O Mestrado em Relações Etnicorraciais do CEFET/RJ convida para a Palestra:
Memória e Ancestralidade: a religião tradicional como promotora das identidades yorubá
“O ‘direito’ de se expressar a partir da periferia do poder e do
privilégio autorizados não depende da persistência da tradição; ele é
alimentado pelo poder da tradição de se reinscrever através das
condições de contingência e contraditoriedade que presidem sobre as
vidas dos que estão ‘na minoria’[...]", (Bhabha, 2008 p:21).
Jokotoyé Awolade Bankole, 55 anos, é o oluwo chefe do Egbé Adifalá, da
cidade de Ogbomoso (Sul da Nigéria). Foi ele que, aos cinco anos, levou o
etnólogo Pierre Verger para a floresta e desvendou-lhe as funções das
folhas no ritual africano. Deste contato, nasceu o livro "Ewe", que se
tornou um dos mais respeitados no Brasil sobre o uso ritual das ervas
sagradas. Trata-se de um personagem-testemunha de muitas histórias da
História que envolve os mitos e ritos afro-brasileiros, em suas
dimensões políticas e religiosas.
De informante privilegiado,
Bankole passou a frequentar o Brasil como liderança religiosa, em 1997.
Seu objetivo: resgatar a tradição de Ifá, que perdera-se no culto dos
Orixás. Registre-se que o Ifá foi reconhecido como patrimônio imaterial
da humanidade, em 1997, pela UNESCO. Nascido em uma cidade assolada pelo
tráfico negreiro, há pouco mais de um século; praticante de uma
religiosidade que hoje está no epicentro de uma "guerra santa", em seu
país, Bankole oferece um olhar plural e pouco mistificado de sua
condição de africano que busca reivindicar uma identidade africana
pós-colonial. É um novo olhar, que está para além das idealizações,
porém ainda profundamente desarraigado do poder civilizatório colonial.
A palestra será feita em yorubá, um dos quatro idiomas falados na
Nigéria, Togo e Benin. Em África, o yorubá é falado por cerca de 10
milhões de pessoas.
Ekundayo Olalekan Awe, que fala fluentemente o português e mora no Brasil há 16 anos, fará a tradução.
Local: Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
Avenida Maracanã 229 ou Rua General Canabarro, 135 - Maracanã - RJ
Auditório 2 - primeiro andar.
Horário: 18h
DATA: 13/11/2012
Jokotoyé Awolade Bankole, 55 anos, é o oluwo chefe do Egbé Adifalá, da cidade de Ogbomoso (Sul da Nigéria). Foi ele que, aos cinco anos, levou o etnólogo Pierre Verger para a floresta e desvendou-lhe as funções das folhas no ritual africano. Deste contato, nasceu o livro "Ewe", que se tornou um dos mais respeitados no Brasil sobre o uso ritual das ervas sagradas. Trata-se de um personagem-testemunha de muitas histórias da História que envolve os mitos e ritos afro-brasileiros, em suas dimensões políticas e religiosas.
De informante privilegiado, Bankole passou a frequentar o Brasil como liderança religiosa, em 1997. Seu objetivo: resgatar a tradição de Ifá, que perdera-se no culto dos Orixás. Registre-se que o Ifá foi reconhecido como patrimônio imaterial da humanidade, em 1997, pela UNESCO. Nascido em uma cidade assolada pelo tráfico negreiro, há pouco mais de um século; praticante de uma religiosidade que hoje está no epicentro de uma "guerra santa", em seu país, Bankole oferece um olhar plural e pouco mistificado de sua condição de africano que busca reivindicar uma identidade africana pós-colonial. É um novo olhar, que está para além das idealizações, porém ainda profundamente desarraigado do poder civilizatório colonial.
A palestra será feita em yorubá, um dos quatro idiomas falados na Nigéria, Togo e Benin. Em África, o yorubá é falado por cerca de 10 milhões de pessoas.
Ekundayo Olalekan Awe, que fala fluentemente o português e mora no Brasil há 16 anos, fará a tradução.
Local: Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
Avenida Maracanã 229 ou Rua General Canabarro, 135 - Maracanã - RJ
Auditório 2 - primeiro andar.
Horário: 18h
DATA: 13/11/2012