sábado, 30 de março de 2013

IFBA abre inscrições para curso de Especialização em Estudos Étnicos e Raciais - BA


O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), através da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Prpgi), informa que já está disponível o edital de abertura para o processo seletivo do curso de pós-graduação lato sensu em Estudos Étnicos e Raciais: Identidades e Representação (CPgEER).

São 35 vagas voltadas para profissionais graduados de diversas áreas do conhecimento, em especial para aqueles que atuam na área de educação. Até 20% das vagas são reservadas para o quadro de servidores do IFBA, em atendimento à política de qualificação da Instituição.
  
As inscrições podem ser efetuadas de 1º a 30 de abril, exclusivamente via internet, através do site www.ifba.edu.br . O valor da taxa de inscrição é de R$55.
  
Clique no link e acesse o Edital 03 PRPGI_CPgEER

sexta-feira, 22 de março de 2013

Colóquio Global Africano CBAAC 2013, na Jamaica

CBAAC e PANAFSTRAG

em colaboração com

Department of Language, Linguistics and Philosophy, University of the West Indies, Mona Campus
Kingston, Jamaica

apresentam


PARA UM NOVO PAN-AFRICANISMO: AS CIÊNCIAS DA ANTROPOLOGIA, ARQUEOLOGIA, HISTÓRIA E FILOSOFIA A SERVIÇO DA ÁFRICA E DA DIASPORA AFRICANA

A ser realizado em

THE UNIVERSITY OF THE WEST INDIES MONA CAMPUS, KINGSTON JAMAICA

30 de OUTUBRO a 3 de NOVEMBRO de 2013


CHAMADA DE TRABALHOS

Preâmbulo

Até hoje, os historiadores continuam a debater as consequências demográficas, econômicas, sociais, culturais, religiosas e metafísicas da escravismo, o trato negro e a “middle passage” para as populações africanas e os descendentes de africanos nas Américas, no Caribe e outras partes do mundo. É extremamente difícil fixar os numerous exatos de pessoas envolvidas no trato e seus efeitos colaterais. Contudo, o impacto psico-comportamental a longo prazo sobre os sobreviventes nos dois lados do Atlântico ainda precisa ser estudado de maneira sistemática.

Podemos confiar nas ideias de Frantz Fanon na sua obra prima, les damnés de la terre para sugerir um profundo reajuste psicológico para as ameaças e incertezas decorrentes do Trato. Essa ideia é hoje explorada de maneira rigorosa por um campo emergente de estudos conhecido como “behavioral epigenetic” – epigenética comportamental (G. Miller 2010). Isso pode produzir impactos significativos na nossa compreensão dos problemas que enfrentam as populações negro-africanas hoje tanto na continente africano como na Diáspora.

Intelectuais e ativistas caribenhos do quilate de Blyden, DuBois, Garvey, e Padmore, só para ficar nos mais conhecidos, eram muito ativos na emergência e na consolidação da ideia do Pan-Africanismo como um movimento que procura definir as origens e o destino comum a todos os povos negro-africanos. Da mesma forma, a nova iniciativa da União Africana para realizar o sonho dos “Estados Unidos da África” pode ser entendida como mais um indício e expressão de um novo Pan-Africanismo. O Colóquio que ora se propõe procura avaliar e propor os paradigmas para este novo Pan-Africanismo dentro das óticas das ciências humanas e sociais tais como as disciplinas de antropologia, arqueologia, história e filosofia.

1: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas das áreas de origem e localização contemporânea das populações afro-diaspóricas

Onde foi que ocorreu a escravidão? Como foi organizada? Quais eram suas consequências demográficas, psicológicas, econômicas, culturais, religiosas e metafísicas? O litoral de Gana com seus fortes e barracões, o interior do país iorubano e edo, o Golfo do Benim, o Golfo de Biafra, o Vale do Senegal, a região norte da iorubalândia, as cidades das costas oriental e ocidental da África (mais conhecida como o Golfo da Guiné) etc. eram áreas de especial notoriedade neste mapeamento do Trato Negro que durou séculos no mundo Atlântico. É importante mapear o movimento de cativos e bens de consumo dessas e outras regiões ao longo dos séculos XVII e XVIII. Esse movimento também acabou influenciando a vida social, a hierarquia e, até a arquitetura das regiões afetadas como foi o caso do cidade iorubana de Okun.

Por outro lado, no Vale do Rio Senegal, dois sistemas distintos de escravismo, uma árabo-maurisco, e o outro européu deixaram uma seqüela na área desde os século VIII e IX. A sucessiva presença de traficantes de escravos nessas regiões até o século passado acabou transformando a área numa região militarizada onde campeam até hoje as bandas rivais de marabouts e seus seguidores.
2: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a resistência das populações africanas e afro-diaspóricas à escravidão

Sinais da resistência e da resiliência à escravidão pelos negros escravizados podem ser apreendidos nos diversos aspectos da vida cotidiana tais como a arquitetura, a paisagem, as atalaias e outros mecanismos de defesa assim como na prática de furto de mantimentos, sabotagem de instrumentos de trabalho, nas cantigas de rebelião, etc. As comunidades de quilombos e mocambos representam a maior prova dessa resistência onde o negro travava uma luta ferrenha para afirmar sua identidade e proteger sua liberdade. A paisagem de todos o continente americano, de norte a sul, está repleta dessas comunidades quilombolas sendo os mais famosos os quilombos do Brasil, Jamaica, México, Suriname e o Sul dos Estados Unidos.

3: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a cultura material das populações africanas e afro-diaspóricas

A tecnologia naval foi um elemento chave na formação da Diáspora africana nas Américas e no Caribe. Os tumbeiros eram desenhados de tal forma que permitiam o embarque do maior número possível de cativos. Da mesma forma, a “Middle Passage” – o trecho maios comprido do Oceano Atlântico continua hoje a abrigar altas resonâncias nas narrativas das populações de origem africana no Novo Mundo. A arquelogia marítima e a história da tecnologia naval representam uma área de estudos capaz de trazer mais luz sobre o leque de opções adotados pelas empresas marinhas e os potentados rivais europeus durante o longo período do tráfico.

Por outro lado, sabe-se que uma transferência do conhecimento naval se produziu em decorrência do exílio de milhões de africanos para o Novo Mundo. De acordo com as pesquisas arqueológicas e históricas realizadas na área em torno da oficina de fundição de St. Thomas na Jamaica, os ferreiros e ourives africanos estavam em alta demanda ao longo de todo o período da escravidão. Seria muito interessante avaliar e analizar o processo de transferência de conhecimentos protagonizado por esta categoria de africanos escravizados durante o longo período da escravidão.

4: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a construção do espaço social e identidade das populações africanas e afro-diaspóricas

A construção do espaço social é muitas vezes um processo dialético. O espaço “controlado” no qual viviam os negros escravizados era um espaço propício para a eclosão de identidades culturais que se manifestavam de diversas formas.

A gestão de monumentos e outros patrimônios é um processo cheio de dificuldades pois as pessoas vêem de modos diferentes a gestão de recursos culturais. Um bom exemplo disso é o caso dos fortes e castelos da época da escravidão localizados ao longo do litoral de Gana e gerenciados pela Ghana Foundation for the Preservation of Castles and Forts. As salas dos castelos foram restauradas e transformadas em atrações turísitcas dotadas de instalações para atrair turistas americanos e caribenhos. Porém, os visitants afro-americanos se sentem incomodados por essa dessacralização da memória dos milhões de seus ancestrais que transitaram por esses lugares em condição de escravizados. Isso é mais um exemplo dos conflictos que resultam das questões identitárias e valores patrimoniais entre os africanos e os afro-americanos.

5: Filosofia, religião e práticas rituais na busca global pelo poder entre as populações africanas e afro-diaspóricas

Como foi possível para os negros escravizados criarem e preservarem sua identidade cultural em condições tão adversas? Existem várias respostas para esta pergunta. Para começar, ao contrário do que se esperava, a dura travessia na chamada “Middle Passage” não foi suficiente para apagar a memória cultural dos escravizados. Por outro lado, é bem conhecido a estratégia adotada pelo senhores de escravos de não abrigar no mesmo espaço os cativos da mesma etnia, o que faz com que alguns especialistas falem das identidades criadas na diápora como sendo uma identidade sincretizada. Contudo, há todavia quem acredite na preservação de práticas culturais africanas dentro de um “continuum”.

6: Cultura, educação, liderança e desenvolvimento entre as populações africanas e afro-diaspóricas

Sem dúvida alguma, o impacto do trafíco negreiro protagonzado pelos povos árabes e europeos continua a merecer a atenção de pesquisadores tanto na África como no resto do mundo. Muitos procuram entender como poderia ter-se produzido a dependência ideológica, econômica e desenvolvimental das sociedades africanas apesar do seu passado como povos altamente desenvolvidos e com sistemas jutrídicas, democráticas e socio-culturais tão bem desenvolvidos. Outros insistem que o sistema educacional herdado do passado colonial por estados africanos não dá suficiente ênfase à cultura e aos sistemas politico-desenvolvementais dos africanos. Outros ainda criticam a aparente falta de noção das lideranças africanas sobre a posição que a África ocupa ou deveria ocupar nas conjunturas globais contemporâneas.

É dentro dessa ótica que o CBAAC, em colaboração com PANAFSTRAG, e o Departamento de Línguas, Linguística e Filosofia da University of the West Indies, Mona Campus Kingston, Jamaica, organizam o IX Colóquio Global Africano para abordar o tema: “Um novo Pan-Africanismo: as ciências da antropologia, arqueologia, história e filosofia a serviço da África e da Diaspora Africana ”. O Colóquo será realizado na University of the West Indies Mona Campus, Kingston Jamaica de 30 de outubro a 3 de novembro de 2013.

O Colóquio contará com a participação de especialistas e pesquisadores das diversas areas humanas e sociais para promoverem debates em torno dos seis eixos temáticos. Os trabalhos a serem apresentados podem focalizar quaquer um das seguintes áreas temáticas :

1: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a área de origem e o habitat atual de populações africanas e afro-diaspóricas
2: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a resiliência e resistências à escravidão no meio das populações africanas e afro-diaspóricas
3: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a cultura material e tecnologia entre as populações africanas e afro-diaspóricas
4: Pesquisas antropológicas, arqueológicas e históricas sobre a construção do espaço social e identidade globals das populações africanas e afro-diaspóricas
5: Filosofia, religião e práticas rituais em prol do desenvolvimento das populações da África e da Diáspora africana.
6: Cultura, educação e liderança entre as populações africanas e afro-diaspóricas
7. A economia política das populações africanas e afro-diaspóricas
8. Velhas e novas configurações da dependência na África e na Diáspora
9. A União Africana diante dos avanços da globalização e da tecnologia da informação
10. A redescoberta do renascimento africano
11. Outros temas afins e relacionados.

Os interessados em apresentar trabalhos durante o Colóquio devem mandar um resumo de 300 toques contend o título do trabalho, nome(s) do(s) autor(es), número(s) de telefone e e-mail de contato até o dia 9 de abril de 2013 para os enderenço a seguir::


Os autores cujos trabalhos forem aceites serão notificados até o dia 15 de maio e devem enviar a versão definitiva do trabalho até 15 de julho de 2013.

Informamos que CBAAC não terá condição de financiar a participação das pessoas para o Colóquio deste ano. Portanto, recomendamos que cada participante procure os apoios financeiros necessários para sua participação.

As línguas oficiais do Colóquio serão ingles, francês, espanhol e português.

Palestras e exibição de documentário sobre a invenção e música de Angola - BA


A invenção de Angola (1520-1800) 
Palestrante: Prof. Dr. Martin Lienhard 
Data e horário: 21/03 (quinta-feira) - 18h 
Local: CEAO – Lgo. Dois de Julho

A música urbana de Angola
Palestrante: Ariel de Bigault
Data: 25/03 (segunda-feira) 
Programação: 18h - Exibição do documentário "Canta Angola", de Ariel de Bigault; 19h - Palestra "A Música Urbana de Angola"; 19h30 - Debate com a palestrante

As atividades são abertas ao público e vão acontecer no CEAO - Largo Dois de Julho, Centro, Salvador.

domingo, 17 de março de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

Curso na Uerj debate as influências culturais e religiosas entre Brasil e Angola - RJ



O Centro de Ciências Sociais da UERJ está com inscrições abertas para o curso de extensão universitária “O Povo Bantu, Mitos e Deuses Africanos de Angola [As influências culturais e religiosas Brasil/Angola]”. O curso é aberto ao público geral. Professores, pesquisadores, historiadores, estudantes do ensino superior, médio e fundamental, entre outros, poderão participar das aulas.

O curso pretende abranger desde a vinda dos negros Bantu (a partir de 1560), a divisão tribal, sua influência cultural nas artes manuais, na musicalidade, na gastronomia, na língua, na religiosidade, sua importância como foco de resistência à escravidão, bem como entrar na magia que envolve suas crenças, trazendo um entendimento fácil da visão céu e terra, da criação do mundo, da cultura ancestral, dos ritos às suas divindades, de suas orações, dos rituais diversos e, finalmente, da união com povos indígenas brasileiros, que deu origem ao candomblé de caboclos, chegando aos dias atuais com todo potencial de uma religião reconhecida e aceita no Brasil.

As inscrições podem ser feitas online, no site do Cepuerj (www.cepueruerj.br), até o dia 05 de maio de 2013.

Mais informações:
Período do curso – de 09 de maio a 01 de agosto de 2013
Dia e horário – Quinta-feira, das 18h30 às 21h30
Local – UERJ – Pavilhão João Lyra Filho, Rua São Francisco Xavier, 524, bloco E,
1º andar – Centro de Treinamento. Maracanã / Rio de Janeiro
Preço da matrícula – R$25,00
Preço do curso – R$25,00

 --------------------------------------------------------------------------------------------CENTRO DE PRODUÇÃO DA UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524
Maracanã, Rio de Janeiro, RJ
1º andar, Bloco A, Sala 1006
CEP: 20559-900
Horário de atendimento na Recepção: de 2ª a 6ª feira, das 9h às 18h
Teleatendimento: (21) 2334.0639 de 2ª a 6ª feira, das 8h às 19h
E-mail: cepuerj@uerj.br

sexta-feira, 1 de março de 2013

Debate sobre cotas na USP com Eunice Durham - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)

Prof.a Eunice Durham é contra as Cotas e defende a manutenção do status-quo. Tem matérias publicadas em jornais onde jamais aborda a questão da "Reparação Histórica". 

Debate sobre cotas na USP com Kabengelê Munanga - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)

Prof Kabengele Munanga é um dos maiores defensores das cotas e também um dos precursores desta luta junto com o NCN-USP na década de 90.