quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Afoxé Filhos de Gandhy sedia encontro sobre Revolta dos Búzios e ações afirmativas - BA



O Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, órgão vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), em parceria com os Filhos de Gandhy, realizam um debate nesta sexta-feira (28) sobre ações afirmativas, trazendo os ideais da Revolta dos Búzios para a atualidade. O encontro será às 18h30, na sede do afoxé, no bairro do Pelourinho, em Salvador, como parte da programação do 'Agosto da Igualdade', mês alusivo à manifestação popular de 1798 pela abolição da escravatura e república democrática.

Para a discussão, foram convidados o cineasta e fotógrafo Antônio Olavo, que já apresentou projetos como Quilombos da Bahia (2004), Abdias do Nascimento: Memória Negra (2008) e A Cor do Trabalho (2014), além dos historiadores Fred Joi e Anne Rodrigues, também coordenadora do Mundo Afro.  Participam ainda do evento, aberto ao público, o presidente do afoxé Filhos de Gandhy, Francisco Lima, e o coordenador do Centro de Referência Nelson Mandela, Walmir França. A atividade é associada à Década Internacional de Afrodescendentes, que vigora até 2024, trabalhando diversas temáticas ligadas às questões raciais nos eixos da justiça, reconhecimento e desenvolvimento.

Serviço:
O quê: Painel de Debate sobre a Revolta dos Búzios.
Quando: 28.08 (sexta-feira), às 18h30.
Onde: Sede do afoxé Filhos de Gandhy (Rua Maciel de Baixo, 53 - Pelourinho, Salvador/BA).
Mais informações: 3321-7073 / 3117-744
 xikolim@yahoo.com.br / cr.racismo@sepromi.ba.gov.br


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Odeere abre inscrições para dois novos cursos de extensão - BA


O Órgão de Educação e Relações Étnicas com Ênfase em Culturas Afro-Brasileiras (Odeere) da Uesb, campus de Jequié, está com inscrições abertas para dois novos cursos de extensão. Ao todo, foram disponibilizadas 200 vagas (100 em cada curso), com duração de 120 horas e cinco módulos mensais.

O Curso de Extensão em Educação Quilombola terá início no próximo dia 29 de agosto e tem como objetivo desenvolver estudos sobre a história cultural de populações quilombolas e afro-brasileiras através das disciplinas: Antropologia das populações Afro-brasileiras; Remanescentes de quilombos: memórias, mitos, diversidade étnica, simbolismos e fronteiras; entre outras. Nesse curso, a maioria dos módulos será ministrado no Colégio Estadual Dr. Milton Santos (Escola Quilombola), bairro Joaquim Romão.
Já o Curso de Extensão em Educação e Culturas Indígenas terá início no próximo dia 25 de setembro e tem como objetivo desenvolver conhecimentos sobre a História e Cultura dos povos indígenas através das disciplinas: Antropologia das Populações Afro-brasileiras; Histórias e Culturas Indígenas no Brasil e na Bahia; entre outras.
É importante informar que todos os cursistas participarão das atividades promovidas pelo Odeere: 5º Congresso Baiano de Pesquisadores Negros (CBPN), 4º Encontro Estadual de Educação das Relações Étnicas, a 11ª Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira e o 2º Seminário do Mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade. Esses eventos acontecerão entre 16 a 20 de novembro de 2015.
As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta, em horário comercial, no Oderre, Rua João Rosa, S/N.º, Pau Ferro/Jequié (antigo Colégio Dom Climério de Andrade) e também na sala do Odeere, localizada no Centro de Aperfeiçoameto Profisional da Uesb. Os interessados de outras cidades deverão preencher a ficha de inscrição (curso 1 e curso 2) e encaminhá-la para o e-mail abaixo. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas pelo telefone (73) 3526-2669 ou e-mail odeere@uesb.edu.br.

Assessoria de Comunicação

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Curta em stop motion traz mito da criação do universo contado por Orixás


Produtora baiana reuniu artistas e técnicos especializados

 para a produção do filme de 12 minutos
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Com mais de 25 mil clicks, o mito da criação do universo será contado pela técnica do stop motion no curta ÒRUN ÀIYÉ, uma realização da Estandarte Produções, produtora baiana que reuniu um time de renomados profissionais para dar vida à animação inédita, que está sendo produzida em Salvador/Camaçari. O curta traz a trajetória do pai de todos os deuses, Oxalá, para cumprir sua missão junto a outras divindades, em uma envolvente narração de 12 minutos, carregada de simbolismos da cultura afrobrasileira. A animação é inclusiva e, por meio de recursos como audiodescrição, subtitulação e janela de Libras, estará disponível para o público surdo e cego, além de estar em mais cinco línguas – português, inglês, francês, espanhol e yorubá.

Para as diretoras da obra, as cineastas Jamile Coelho e Cintia Maria, a animação será um instrumento de educação, combate ao racismo e à intolerância religiosa em meio às crianças e jovens. “Esse material paradidático permitirá às crianças e jovens a ampliação da noção de cultura negra trazida da África para o Brasil, proporcionando uma educação que reconheça e valorize a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro”, afirma Jamile Coelho. A religiosidade afro-brasileira será abordada a partir da contação de histórias, tendo a figura do historiador Ubiratan Castro de Araújo (1948-2013) como o griôt – narrador das lendas envolvendo deuses africanos como Olodumaré, Oxalá, Orunmilá, Ododuwa, Nanã e Exu.

cinco anos, a Estandarte Produções atua na criação e gestão de projetos culturais e pedagógicos, a exemplo de oficinas artísticas, mostras e festivais, debates, intercâmbios, publicações, audiovisuais (cds, dvds, videoclip, documentários e curta-metragens), envolvendo profissionais de formações variadas, como música, teatro, comunicação, administração e artes visuais. No currículo já tem projetos como o premiado A Cartomante, dirigido por Adriano Big e vencedor do Festival de Cinema Baiano em Ilhéus (2012), nas categorias Melhor Diretor e Melhor Atriz e a animação em stop motion Talvez Futuro, exibido no maior festival da categoria em toda América Latina - o 1º Festival Internacional de Stop Motion do Brasil (Recife/PE), em 2011.
Produção - Na produção do curta, nomes renomados como o doutor em Música pela UFRJ, Guilherme Maia na direção musical, Cenografia do premiado Léo Furtado e Mônica Terra Lima, o músico e produtor musical, André T. na mixagem e desenho de som, animação (2D) do renomado Mateus Di Mambro, painéis do grafiteiro Eder Muniz (Calangos) e bonecos do artista plástico, Leonardo Muela (Minhocas).  A animação conta com recursos do Edital de Apoio para Curta-metragem - Curta-afirmativo: Protagonismo da Juventude Negra na Produção Audiovisual, parceria entre a Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura e a Fundação Palmares lançada em 2013, além do Edital de Patrocínio 2014 da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás).

Depoimentos sobre ÒRUN ÀIYÉ:

Caó Cruz Alves é um renomado diretor, cartunista e animador.

"Existe uma política de editais que sempre contempla a animação. Todavia, o principal problema na Bahia é a mão de obra. Infelizmente não temos qualificação profissional para atender a demanda mínima do mercado, por isso é necessário termos cursos, oficinas, mostras e festivais para formação de novos animadores".


Lindinalva Barbosa é educadora, mestre em Estudos de Linguagens/Uneb e omorixá Oyá do Terreiro do Cobre (Salvador).

“A gente vive hoje um dilema muito grande, que é de como vamos implementar a Lei 10.639 e a 11.645, que são dispositivos legais que prevê a implementação de fato a história da cultura africana, afro-brasileira e indígena na educação das pessoas. A Lei existe, mas só vai acontecer de fato se nós fizemos ações e gestões nesse sentido. E o filme não é apenas um produto cultural, mais também o dispositivo pedagógico e isso vai nos ajudar a formar crianças que possam de fato viver em onde sejam respeitadas as diferenças étnicas”.

Sobre a diretora de ÒRUN ÀIYÉ  - Jamile Coelho

Cineasta baiana, Jamile Coelho, é graduada em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal da Bahia — trabalha com animação desde 2008 — quando desenvolveu em parceria com o Grupo Caco de Telha a série 2D "A Turma da Jujuba". Atualmente, trabalha como diretora de comerciais publicitários, programas televisivos e documentários em Camaçari e Salvador. Estudou animação em stop motion com o animador e diretor Walter Tournier (Uruguai) e, com o diretor e animador Barry Purves (Inglaterra). Dirigiu a animação em stop motion "Talvez Futuro", selecionada para I Festival Internacional Brasil Stop Motion (2011).

Acompanhe o filme ÒRUN ÀIYÉ no Facebook.

Informações, entrevistas, gravações:
Jamile Menezes (Assessoria de Imprensa – (71) 9219-7135)