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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cemitério dos Pretos Novos - RJ

“RESGATAR A CULTURA DE UM POVO É

PRESERVAR A MEMÓRIA DE UM PAÍS”.

A escravidão sempre produziu tristeza, violência, destruição, ao longo de toda a história humana. A escravidão sempre destruiu culturas, povos, histórias e vidas. Na África e no Brasil, infelizmente, ela seguiu sua triste rotina de destruição.

O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos - IPN, surge após dez anos de descoberta do Sitio Arqueológico Cemitério dos Pretos Novos com a missão de Pesquisar, Estudar, Investigar e Preservar a Memória da Cultura Afro e Afro-brasileira, de natureza ou valor Histórico, Arquitetônico, Arqueológico, Ambiental, Paisagístico, Científico, Artístico, Etnográfico e Documental, cuja conservação e proteção sejam de interesse Público com ênfase aos Sítios Históricos, aos Cemitérios Negros e a Historia da Cidade do Rio de Janeiro, sobre tudo com a finalidade de valorizar a nossa Identidade em Diáspora.

O IPN - INSTITUTO DE PESQUISA PRETOS NOVOS localiza-se e tem a sua sede que sob o Solo do sitio Arqueológico, o antigo Cemitério dos Pretos Novos, na Rua Pedro Ernesto nºs 32 e 34, no Bairro da Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro

Ele existe por iniciativa da Família Guimarães, que empenha imóveis, recursos financeiros e humanos pela preservação deste espaço, desde 1996.

Por quê? Por que preservar? Por que visitar e refletir? Por que pesquisar?

O IPN - INSTITUTO DE PESQUISA PRETOS NOVOS responde com seus objetivos. Responde com a luta pela promoção da identidade cultural-histórica, brasileira. Responde com a luta pelo resgate da importância econômica, política, social e cultural dos africanos, dos pretos novos, dos afro-descendentes para o Brasil. Responde apontando a importância de nossa história, da história de cada um – independente de cor de pele, de raça de etnia – história que tem origem ibérica, que tem origem européia, origem americana, indígena. Origem africana.

Visitar a história do Cemitério dos Pretos Novos e dos Pretos Novos é visitar a origem de cada um de nós, brasileiros. Além disto, o Cemitério tem 6.119 seis mil, cento e dezenove enterramentos, o que permite prever que centenas de objetos de uso cotidiano poderão ser encontradas em escavações futuras.

Esperamos vocês no dia 16/04

Seminário Local do Programa Conexões de Saberes/UFBA - BA

No dia 11/04 a partir das 14h00min, Projeto Conexões de Saberes

No dia 11/04 (sexta-feira), a partir das 14h, o programa Conexões de Saberes/UFBA – diálogo entre as comunidades populares e a Universidade. Realiza mais um Seminário Local no Auditório de Biologia/Campus de Ondina. Um dos objetivos do Seminário é apresentar as atividades realizadas pelo Projeto, nas comunidades de Engenho Velho de Brotas, São Caetano e Engenho Velho da Federação e também nas escolas da rede municipal, estadual de Salvador e Lauro de Freitas realizadas no ano de 2007.


PROGRAMAÇÃO


No dia 11/04 a partir das 14h00min, Projeto Conexões de Saberes

ABERTURA

INTERVENÇÃO ARTÍSTICA

MESA DE ABERTURA:

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA CONEXÕES DE SABERES/UFBA

Profª. Drª. – FLORENTINA DE SOUZA.

INTERVENÇÃO ARTÍSTICA

PALESTRA:

AÇÕES AFIRMATIVAS E O CONEXÕES DE SABERES-UFBA

Profª. Drª. - FLORENTINA SOUZA

APRESENTAÇÕES:

AÇÃO COMUNIDADE (Jun 2007-Dez 2008)

AÇÃO ESCOLA ABERTA (Jun 2007-Dez 2008)

INTERVENÇÃO CULTURAL

WAJEUM



terça-feira, 8 de abril de 2008

11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos


SEDH convoca sociedade e governos para a atualização do Programa Nacional dos Direitos Humanos

O ano de 2008 será pautado por amplo debate nacional em torno da temática dos Direitos Humanos. Em um ano marcado por datas significativas na área, como os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 20 anos da Constituição Federal de 1988, 18 anos do Estatuto da Criança e Adolescente, 5 anos do Estatuto do Idoso, e 120 anos da Abolição da Escravidão no Brasil, a sociedade civil e os governos Estaduais, Distrital e Federal realizarão a 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). O principal objetivo da conferência é atualizar o Programa Nacional dos Direitos Humanos.

As diretrizes nacionais, que orientam a atuação do poder público no âmbito dos Direitos Humanos, foram desenvolvidas a partir de 1996, ano de lançamento do primeiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH I), centrado na garantia dos direitos civis e políticos. Este documento foi revisado e atualizado em 2002, com o lançamento do segundo Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH II), que incorporou os direitos econômicos, sociais e culturais desde a perspectiva de universalidade, indivisibilidade e interdependência dos Direitos Humanos, expressos na Declaração e no Programa de Ação de Viena.

As proposições dos PNDHs I e II orientaram a concretização e promoção dos Direitos Humanos no Brasil pela via política, jurídica, econômica, social e cultural. Baseado em princípios estabelecidos nos tratados internacionais de Direitos Humanos, o PNDH significa uma iniciativa conjugada de governo e sociedade civil de realizar o viés democrático previsto na constituição.

Portanto, a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos tem como objetivo principal revisar e atualizar o PNDH. A partir da orientação e premissas dos PNDHs anteriores, um novo PNDH será desenvolvido. Trata-se de um processo necessário, a fim de que sejam reavaliadas e legitimadas as prioridades do setor, além de reconhecer os novos e tradicionais atores da área.

O processo de realização da Conferência, bem como da revisão e atualização do PNDH se dará em duas etapas:

I – Etapa Estadual e Distrital: 1º de maio a 15 de agosto de 2008
II – Etapa Nacional: 15 a 18 de dezembro de 2008 – Brasília/DF

Para subsidiar as discussões nas diversas etapas da Conferência, está sendo desenvolvido um texto base, com informações e questionamentos preliminares. As orientações sobre a realização das Conferências Estaduais, Distrital e Nacional estão disciplinadas no Regimento Interno da 11ª CNDH. Estes materiais estarão em breve à disposição.

Conheça o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH I (1996) / PNDH II (2002)

Audiência debaterá Estatuto da Igualdade Racial - DF

A semana - 08/04/2008 11h19

A Comissão Especial do Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/05) realiza amanhã audiência pública com o autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS); com o presidente da Fundação Cultural Palmares, Edvaldo Mendes Araújo (Zulu Araújo), e com os professores Edson Lopes Cardoso e Deborah Silva Santos.

Cardoso, que é diretor do Jornal Irohin, falará sobre "A importância da superação das desigualdades raciais para o fortalecimento da democracia brasileira". Deborah Silva Santos, por sua vez, é coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade Racial do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (UnB) e apresentará o Programa de Combate ao Racismo e à Xenofobia da UnB.

O relator do estatuto, deputado Antônio Roberto (PV-MG), lembrou que o programa da UnB foi lançado em março deste ano por iniciativa de um grupo de trabalho criado após o incêndio em apartamentos de alunos africanos na Casa do Estudante Universitário da instituição. O incêndio ocorreu em 28 de março de 2007 e teria motivação criminosa.

Antônio Roberto foi autor dos requerimentos para participação dos professores na audiência. Já o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) sugeriu o convite ao presidente da Fundação Cultural Palmares.

Combate à discriminação
O Estatuto da Igualdade Racial tem como principais objetivos combater a discriminação racial e promover a participação dos afrodescendentes em condições de igualdade de oportunidades nos setores econômico, social, político e cultural do País.

A proposta em análise prevê, por exemplo, medidas para coibir a discriminação racial no mercado de trabalho e para garantir proteção às mulheres afrodescendentes e o direito à terra das populações remanescentes de quilombos.

A audiência será realizada às 14h30, no plenário 13.

I Seminário da Rede Nacional de I Seminário da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde- Campinas

Inzo Musambu Kaiango M'Boti Ofulá
Instituto Cultural Babá Tologi
&
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde
Convidam para
I Seminário da Rede Nacional de
Religiões Afro-Brasileiras e Saúde- Campinas

O evento tem como objetivo a ampliação da participação das comunidades de Terreiro na Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e a multiplicação de informações, para a eficácia do controle social das políticas púbicas de saúde, em particular a Política Nacional de Saúde da População Negra nos municípios e no Estado de São Paulo.

O seminário acontecerá:
Dia 18 de Abril de 2008, entre 14h – 17h30;
Local: Sinergia - Sindicato dos Eletricitários
Endereço: Rua Dr. Quirino, 1511 - Centro em Campinas/SP.
Maiores informações podem ser obtidas nos fones (19) 9792-0701/3266-6123 ou
3979-8107ou ainda no fone (11) 8219-5595 e no e-mail: saudenoterreiro@yahoo.com.br

Programação
14h – Acolhimento/Credenciamento.
14h30 – Ato religioso: louvações aos Deuses e Ancestrais.
15h - Mesa de Abertura.
Cristina Ilário – Coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids – Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
Babalorixá Eduardo Gomes de Oxumare – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/Piracicaba
Mametu Corajacy – Comissão Organizadora.
Iyalorixá Cristina Martins de Oxum – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/São Paulo.
15h30 - Painel I: Histórico, Princípios e Valores da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.
Babalorixá Celso Ricardo Monteiro de Oxaguián.
Coordenador da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/SP.
Coordenador: Babalorixá Tologi – Instituto Cultural Tologi.
16h30 – Painel II: A Campanha da Rede para o ano de 2008 – participação e contribuição dos municípios.
Babalorixá Alaepeoni
Membro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/Piracicaba.
Babalorixá Rodolfo Voltarelli de Omolu
Membro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde/Piracicaba.
Coordenação: Mãe Dango - Inzo Musambu Angolo Menha/Hortolândia.
17h30 – Encerramento: Confraternização.


Novas diretrizes nortearão educação étnico-racial

Portal MEC, 07/04/08

Boas experiências de implementação da Lei nº 10.639 – que trata da inclusão da história e cultura afro-brasileiras aos conteúdos escolares – servirão de base para a elaboração de um Plano Nacional com estratégias para nortear a implementação da legislação em todas as escolas do país. A Lei nº 10.639 alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e determinou que a temática afro-brasileira fosse obrigatoriamente incluída nos currículos das redes de ensino de escolas públicas e particulares de ensino médio e/ou fundamental.

Para discutir a elaboração do plano nacional, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) organizará seis encontros – chamados Diálogos Regionais - A implementação das alterações da LDB - nas cinco regiões do país. O primeiro ocorrerá nos dias 9 e 10 de abril, em Belém.

“Queremos fortalecer o papel indutor do MEC na implementação da Lei 10.639”, disse a coordenadora geral da Diversidade, Leonor Franco de Araújo. Para ela, é preocupante a “morosidade da implementação da lei”. Criada em 2003, a lei ainda não foi aplicada aos conteúdos de muitas escolas.

Além das alterações da LDB, os encontros também discutirão a formação inicial e continuada de professores – qualificados para o ensino da temática étnico-racial – e a produção de material didático que trate do assunto. “O MEC já formou cerca de 10,5 mil professores e produziu 18 livros voltados para a temática étnico-racial”, informou Leonor. Porém, segundo a coordenadora, há cerca de 2 milhões de professores na rede, muitos sem qualificação para incluir a temática afro-brasileira ao conteúdo das disciplinas.

A coordenadora explicou que estados e municípios que desejam receber apoio federal para formar professores e receber material didático referentes à temática étnico-racial podem incluir a demanda no Plano de Ações Articuladas (PAR). O PAR norteia as ações para melhorar a qualidade da educação básica dos entes que participam do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

Lei – A Lei nº 10.639 estabelece o ensino de cultura e história afro-brasileiras e especifica que deve-se privilegiar o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. Determina ainda que tais conteúdos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, literatura e história brasileiras.

A temática indígena foi incluída pela Lei nº 11.565 ao disposto pela Lei nº 10.639/03. Agora, as escolas de ensino fundamental e médio devem incluir nos seus currículos tanto a temática afro-brasileira quanto o ensino da história e cultura dos povos indígenas. Porém, os diálogos regionais buscam criar diretrizes de implementação da temática afro-brasileira.

Encontros – Em Belém, reúnem-se representantes de Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Tocantins e Amazonas. O 2º Diálogo, da região Centro-Oeste, ocorrerá em Cuiabá, nos dias 23 e 24 de abril, onde haverá representantes de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O 3º Diálogo – da região Sudeste – será em Vitória, nos dias 7 e 8 de maio, com representantes de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No 4º Diálogo – da região Sul - representantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná debaterão em Curitiba, nos dias 14 e 15 de maio. Na região Nordeste haverá dois encontros. O 5º Diálogo, em São Luis, em 28 e 29 de maio, reunirá representantes do Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba. Já no 6º Diálogo, em Aracaju, nos dias 4 e 5 de junho, haverá representantes da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Maria Clara Machado - MEC / Portal

domingo, 6 de abril de 2008

Inscrições abertas para o Coral Iyún Asé Orin (Coral de Cânticos Sagrados) - RJ

Inscrições estão abertas para todos os naipes!

VENHA CANTAR CONOSCO!

VENHA SE EMOCIONAR COM AS MÚSICAS SAGRADAS
DE MATRIZ AFRICANA!


NOSSO OBJETIVO é o de divulgar um dos aspectos mais significantes da cultura negra brasileira na diáspora, isto é, a música, o canto e os instrumentos que acompanharam os africanos para o novo mundo. Os cânticos falam de dilemas existenciais como vida e morte de heróis civilizadores e da relação com a natureza vivenciada, como lugar, privilegiado da experiência humana. A nossa luta é pela igualdade social, econômica e política dos afros descendentes na atualidade, além de mostrar que o belo é fonte de entretenimento, educação e valorização da cultura negra no Brasil. Dr. José Flávio Pessoa de Barros
Confirme sua inscrição por telefone ou e-mail.

Contatos com o Coral Iyún Asé Orin (Coral de Cânticos Sagrados):

Aduni Benton: E-mail: abenton21@yahoo.com.br - 21-2502-5015 / 21-9482-6863
Lucinha Pesssoa: E-mail: lucinhapessoa@gmail.com - 21-2493-8120 / 21-8229-9891

Local dos ensaios: UERJ, na sala de música
Dias: 2ª e 5ª feiras - 19h às 21h
Investimento:
A SUA ALEGRIA DE CANTAR

Especialização em História e Cultura Afrodescendente - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)

sábado, 5 de abril de 2008

Seminário Experiências da População Negra e os 120 anos da Abolição inacabada - BA

Discussões sobre Habitação e Territórios, Educação e Trabalho, Saúde, Religião
Salvador, 07 a 09 de Maio de 2008

A reflexão dos 120 anos de Abolição da escravidão no Brasil é o propósito deste seminário, trazendo o debate através de entidades da sociedade civil, do meio acadêmico e poder público como militantes, representantes de ONG's, grupos de movimentos sociais, estudantes, pesquisadores, professores, profissionais, representantes de instituições e gestores públicos, a respeito da Abolição enquanto um processo inacabado diante das experiências da população negra brasileira.

O Seminário envolverá distintas áreas do conhecimento, com abordagem interdisciplinar, relacionadas transversalmente. A importância e novidade do evento se caracterizam pela forma como os temas - Territórios e Habitação, Educação e Trabalho, Saúde, Religião - serão articulados, discutidos e analisados de forma entrelaçada como forma de entendimento de que a melhoria da qualidade de vida da população negra depende desta interação. O Seminário tem por objetivo que os resultados das discussões possam ser desdobrados em proposições de políticas públicas específicas e inclusivas da população negra.

A estrutura do Seminário consistirá em sessões de palestras e mesas-redondas. As palestras serão proferidas por professores, pesquisadores e produtores de conhecimentos teóricos e empíricos no campo das relações étnicas brasileiras.
As mesas-redondas serão compostas de exposições de atividades desenvolvidas, tanto no âmbito prático quanto no âmbito investigativo, relacionadas aos temas Territórios e Habitação, Educação e Trabalho, Saúde, Religião, Juventude/3ªIdade, Comunicação e outros, seguidas de debate aberto com a participação da platéia. A participação nas mesas-redondas será feita por inscrição prévia através de envio de resumos expandidos de 400 a 500 palavras.

Submissão dos Resumos - 15 a 20 de Abril

Divulgação dos Resumos Aprovados - 30 de Abril

Informações: abolicaoinacabada@ gmail.com

Envio de resumos: abolicaoinacaba. resumos@gmail. com

Promoção: Secretaria Municipal de Reparação / Prefeitura Municipal de Salvador (Gestão: Antônia Garcia)

Coordenação: Maria Estela Rocha Ramos - Mestre em Arquitetura e Urbanismo (PPG-AU/UFBA)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Site reúne dados sobre escravos do Império Britânico

Gravura de escravos no Congo, 1890 (Getty Images)
O website tem informações sobre 2,5 milhões de escravos
Um website especializado em genealogia lançou nesta quinta-feira um registro com informações sobre escravos do Império Britânico, permitindo que seus descendentes tracem suas origens.
O Ancestry.co.uk tem informações sobre 2,5 milhões de escravos e 250 mil senhores de escravos de 17 ex-colônias britânicas, incluindo Barbados, Jamaica e Trinidad e Tobago, indo de 1812 a 1834.
O internauta pode fazer sua busca pelo nome dos escravos, ano de nascimento e sexo ou ainda pelo nome do senhor de escravos.
Segundo dados divulgados pelo site, cerca de meio milhão de britânicos tem origens caribenhas, muitos deles, descendentes de escravos.
"Muitas pessoas entraram em contato, interessadas em fazer buscas na nossa base de dados e também em conseguir informações sobre outras fontes que possam explorar para encontrar detalhes de depois de 1834", disse Simon Ziviani, porta-voz do Ancestry.co.uk.
Ziviani diz que o site teve um aumento considerável de tráfego depois que as informações sobre os escravos foram colocadas na rede nesta quinta-feira, uma indicação de que o assunto ainda desperta grande interesse, mais de 200 anos depois que as autoridades britânicas deram os primeiros passos para abolir a escravidão.

Educação aprova datas comemorativas para etnias do Brasil

por Otávio Praxedes
Rogério Marinho rejeitou a criação de mais feriados
A Comissão de Educação e Cultura aprovou o Projeto de Lei 6369/05, do Senado, que institui datas para celebrar os três principais segmentos étnicos nacionais - indígenas, brancos e negros. A proposta regulamenta o parágrafo segundo do artigo 215 da Constituição. A proposta define os dias 19 de abril (Dia do Índio) para celebrar os povos indígenas; 22 de abril (Descobrimento do Brasil) para lembrar a chegada oficial do branco europeu em território brasileiro; e 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra) em homenagem ao negro e em alusão à data da morte de Zumbi dos Palmares.

O relator da proposta, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), recomendou a rejeição do substitutivo aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que estabelecia feriado em uma das datas (20 de novembro) e mudava a denominação do Dia do Índio; e do Projeto de Lei 330/07, do deputado José Guimarães (PT-CE), que tramita apensado. "Todas as três datas devem ser consideradas comemorativas e não como feriados nacionais, para que se mantenha a sua paridade e se evitem prejuízos à economia do País", argumentou o relator.

Tramitação
O projeto agora será analisado pela comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, pelo Plenário.

Íntegra da proposta:
- PL-6369/2005

quinta-feira, 3 de abril de 2008

V Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as - GO

Pensamento negro e anti-racismo: diferenciações e percursos
Goiânia - 29 de julho a 01 de agosto de 2008

3ª. CIRCULAR - Chamada de Trabalhos

Normas e prazos para inscrição de comunicações e pôsteres
A coordenação do V Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as está recebendo inscrições de trabalhos, por meio de resumos, nas categorias Comunicação Oral e Pôster, no período de 17 de março e 14 de abril.
As comunicações e pôsteres devem apresentar resultados de pesquisa, estudos e experiências realizados por pesquisadores/as, estudantes, profissionais, ativistas e artistas negros/as.
A inscrição de comunicações e pôsteres será individual ou em co-autoria (até 2 coautores/as) e deve ser efetuada pelo site do evento: www.museu.ufg.br/vcopene . Cada autor/a pode apresentar somente uma comunicação e um pôster no evento, com exceção de autores/as orientadores/as.
A avaliação dos trabalhos será realizada pelos/as coordenadores/as de GTs e Sessões de Pôsteres. Os/as autores/as serão notificados da sua aprovação por e-mail sobre o resultado da avaliação, a partir do dia 15 de abril de 2008.
Após o aceite os/as autores/as deverão enviar os trabalhos completos entre os dias 21/04 e 15/05. Os trabalhos aceitos e apresentados serão publicados nos Anais do V Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as, em formato eletrônico (CD-ROM).
A confirmação da participação de autor/a e co-autores/as nos Grupos de Trabalho e nas sessões de pôsteres no V Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as se dará com o pagamento da taxa inscrição (disponível no site: www.museu.ufg.br/vcopene). A taxa de inscrição não será devolvida.
A formatação do resumo (título, autores/as, resumo, etc.) segue os espaços de preenchimento no site do evento.

Comunicações orais
Cada GT terá de 1 (uma) a 3 (três) sessões de apresentação entre os dias 30 de julho e 01 de agosto. Cada sessão de 180 min contará com até 6 (seis) comunicações de 20 minutos e mais 60 minutos para debate.
Nos GT serão aceitos trabalhos de graduandos/as oriundos/as de pesquisas concluídas (monografias, trabalhos de conclusão de curso, iniciação científica) ou em fase de conclusão.

Pôsteres
A apresentação do pôster selecionado deverá conter os seguintes itens: título, identificação do/as expositores/as e sua/s respectiva/as instituição/ões, introdução, problema/questão, objetivos, metodologia, resultados e/ou conclusões. Os pôsteres deverão ser confeccionados em tamanho 90 x 100 cm (com tipo e tamanho da fonte a critério dos/as autores/as, desde que o tamanho mínimo seja 16).
A apresentação dos pôsteres esta aberta para graduandos/as e para ativistas e artistas negras/os (sem restrição de nível de escolaridade).

Prof. Dr. Alex Ratts
Vice-Presidente ABPN
Presidente do V CBPN

Contato
Núcleo de Estudos Africanos e Afro-Descendentes e-mail neaad@museu.ufg.br
Universidade Federal de Goiás Museu Antropológico fone: 62 3209 6010 Ramal: 32
Av. Universitária nº. 1166 - Sala 54 - Setor Universitário fax: 62 3521-1891
74605-010 Goiânia – Goiás – Brasil site: www.museu.ufg.br/vcopene

UNEGRO e Bakisse Aueto Mona Cafunge apresentam "Mãe África: As Três Rodas de Resistência Negra" - SP



Apesar de o ano corrente completar 120 anos da abolição dos escravos, os negros, descendentes diretos dos escravizados são indevidamente valorizados do ponto de vista social e cultural, conseqüentemente, estão a margem da plena cidadania que todas as mulheres e homens livres tem direito de gozar. Compreendemos que compete ao Estado e a toda sociedade civil envidarem esforços que combatam a ignorância, pois ela alimenta o racismo e mantém a população negra sempre em condições desfavoráveis.

Por isso, a União de Negros Pela Igualdade - UNEGRO e o Bakisse Aueto Mona Cafunge apresentarão em 5 de abril de 2008, no CMTC – Clube situado na Av. Cruzeiro do Sul, 808, Pari (SP): "Mãe África: As Três Rodas de Resistência Negra". Através da roda de capoeira, roda das religiões de matriz africana e roda de samba será possível mostrar a contribuição da população negra na cultura nacional e na formação da brasilidade. As Três Rodas de Resistência Negra será um veículo contra a desinformação, preconceito e discriminação que pesam sobre as manifestações culturais de origem africana.

O evento será composto de várias atrações e momentos de reflexão. Iniciará às 9:00h o término está previsto para 18:00 horas. Contaremos com a presença de irmandades religiosas, grupos de capoeiras, grupo de dança afro que apresentará a dança dos orixás e dos inkisses. Haverá lançamento do livro da UNEGRO "Um Olhar Negro Sobre o Brasil", lançamento do "Mapa do Quilombo" e no encerramento das atividades terá um belo samba de roda apresentado pelo Grupo Cultural Samba Autêntico e as baianas velhas paulistas.

A realização da Mãe África: As Três Rodas de Resistência Negra contará com apoio dos Sindicatos dos Metroviários, SINTECT-SP, SINTRATEL, SEEL-SP, Coordenadoria de Assuntos da População Negra - Cone, CMTC – Clube e da Subprefeitura Sé, é parte da agenda dos 120 nos da abolição. O público alvo da atividade são os povos de santos, capoeiristas, sambistas e todos amantes da cultura de descendência negra. A entrada é franca.

Ministro relator vota pelas cotas e sessão do STF é suspensa

Por: Redação: Com informações da jornalista Denise Conselheiro, da Conectas Direitos Humanos - Fonte: Afropress: Foto: Assessoria de Comunicação do STF - 2/4/2008

Brasília - “Essa é uma técnica de compensação jurídica, uma forma de quebrar a hegemonia e colocar a sociedade nos eixos em condição de horizontalidade”. A declaração foi feita pelo ministro Carlos Ayres Britto (foto), ao anunciar nesta quarta-feira (02/04) seu voto favorável às Ações Afirmativas no julgamento da ADI 3330, movida pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN). É a primeira vez que o STF - a mais alta Corte do país - aprecia uma ação desse tipo.
A ação dos proprietários das escolas privadas questiona o sistema de cotas para negros, indígenas e portadores de necessidades especiais, bem como para alunos da rede pública, estabelecido pela legislação que criou o Programa Universidade para todos (Prouni) – Lei 11.906/2005.
O ministro relator destacou a essencialidade da Educação e a importância das Ações Afirmativas. “A diferenciação colocada pela lei 11.906 não ofende a Constituição. Muito pelo contrário, faz valer o princípio da igualdade que ela prevê”, afirmou o ministro Ayres de Brito. Os anti-cotistas alegam que a reserva de vagas no ensino superior para preenchimento com base em critério racial seria inconstitucional.
Logo após o voto do relator, o ministro Joaquim Barbosa pediu vistas ao processo, o que para alguns analistas indicam que, como Barbosa é sabidamente favorável as Ações Afirmativas, pode ter sido uma forma de evitar uma decisão desfavorável. A tese foi reforçada ainda pelo fato de que, esperava-se que a ministra Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal, antecipasse o seu voto favorável, como ocorreu no caso do uso das células tronco, o que não aconteceu.

Discriminação positiva
Na defesa das ações afirmativas, atuou a Conectas Direitos Humanos, entidade majoritariamente formada por brancos anti-racistas, recebida como "amicus curiae" no processo. "Amicus curiae" ou Amigo da Corte ou também amigo do tribunal (amici curiae, no plural) é uma expressão em Latim utilizada para designar uma instituição que tem por finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes melhor base para questões relevantes e de grande impacto.
“Utilizar os critérios de pobreza, raça e origem escolar não para discriminar negativamente, mas para favorecer a fruição de direitos em igual medida por todos os grupos da sociedade é absolutamente compatível com o princípio constitucional da igualdade”, afirmou Oscar Vilhena Vieira, diretor jurídico da organização, que fez a defesa oral durante o julgamento, que deverá ser retomado em nova sessão, sem data prevista.

Seminário da Arquidiocese reflete sobre o papel do negro na História da Igreja - BA

Pesquisadores como Ubiratan Castro, Ordep Serra e Candido Costa e Silva integram a relação de palestrantes do evento

Um encontro do mundo acadêmico com a vida pastoral da Igreja. Assim será o seminário: A presença do negro na história da Igreja Católica na Bahia, que acontece nos dias 4 e 5 de abril, no Teatro do ICBA – Instituto Cultural Brasil Alemanha, no Corredor da Vitória. O evento, que é uma promoção da Arquidiocese de Salvador, através da Pastoral de Comunicação (Pascom), quer refletir a história para pensar o futuro. As inscrições podem ser feitas no ICBA e na sede da Pastoral de Comunicação, na Av. Leovigildo Filgueiras, nº 270, Garcia. Investimento: R$ 30,00 inteira. Estudantes pagam meia, R$ 15,00. Outras informações pelo telefone (71) 4009-6688.
O objetivo do encontro é incentivar a discussão sobre a participação do negro na história da Igreja na Bahia em vista de um novo ardor na ação missionária e pastoral. “Queremos unir pesquisadores e agentes populares para uma troca de saberes sobre a história da Igreja na Bahia; transmitir ao maior número de pessoas informações que possam gerar um novo agir pastoral, a partir da reflexão sobre o passado; e gerar uma consciência histórica nos fiéis da Arquidiocese de Salvador”, explica padre Manoel de Oliveira Filho, coordenador da Pascom.
Na programação, palestras sobre o tráfico escravo e a imposição religiosa; o século XX e as mudanças epistemológicas na sociedade e na Igreja; inculturação, diálogo e inserção social - um olhar midiático sobre o futuro. O papel das irmandades e associações de negros e negras como forma de resistência e inserção comunitária também é tema das conferências.
Nomes de peso do cenário acadêmico e cultural do país, e com vasta caminhada acerca da temática negra proferem palestras no evento, a exemplo dos professores Ubiratan Castro, doutor em História pela Universite de Paris IV (Paris-Sorbonne), funcionário da Universidade Federal da Bahia e Presidente do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra Sjdh Ba; Ordep Serra, doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo, coordenador geral do Grupo Hermes de Cultura e Promoção Social, Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia e Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal da Bahia; e Cândido Costa e Silva, Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Instituto de Teologia da UCSal, e ex-professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, onde atuou como mestre da disciplina Pesquisa Histórica Supervisionada.
Este evento abre o ciclo de seminários que a Pascom promove este ano. Os próximos serão sobre economia solidária, em junho. E doutrina social da Igreja, em agosto.

Fonte: http://www.arquidiocesesalvador.org.br/conteudo.php?ID=2311

quarta-feira, 2 de abril de 2008

AGENDHA promove I Seminário de Educação Agroecológica em Comunidades Quilombolas - BA

Convidamos a participar do I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO AGROECOLÓGICA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS, Fumaça e Fuligem nas Cozinhas - Um Problema de Educação e Saúde Humana e Ambiental, nos dias, 17 e 18 de abr il de 2008, no Centro Médico de Saúde, Praça Dr . Jonas de Carvalho Gomes, município de Jeremoabo/BA. Este Seminário faz parte das ações do Projeto de “ Melhoria da Eficiência Energética e Alimentar” em desenvolvimento no município de Jeremoabo/BA.
Contamos com a presença e agradecemos desde já a colaboração.

Atenciosamente,
Edvalda Pereira Torres Lins Aroucha
Coordenadora da AGENDHA

Lançamento reedição de "Pele negra, máscaras brancas", de Frantz Fanon - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

Cotas serão julgadas amanhã pelo STF

Decisão analisará legislação federal que atrela recursos do Pro Uni à reserva de vagas para negros, indígenas, pessoas com deficiência e alunos da rede pública
Está marcado para amanhã, 02 de abril, o julgamento da ADI 3330 (ação direta de inconstitucionalidade), que questiona o sistema de cotas para negros, indígenas, pessoas com deficiência e alunos da rede pública implementado pela legislação que regulamentou o Programa Universidade para Todos (Pro Uni) - Lei 11.906/2005. Conectas Direitos Humanos, recebida como amicus curiae no caso, deve fazer uma sustentação oral em defesa do sistema na sessão de julgamento, representada por seu diretor jurídico, o Prof. Oscar Vilhena Vieira.
Pela lei em questão, as universidades privadas devem instituir políticas de ações afirmativas para receber os recursos do Pro Uni, com reserva de vagas (cotas) para alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas, para pessoas com deficiência, para negros e indígenas.
Para a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN), propositora da ação, *não se figura legítimo, em face do nosso ordenamento, que se reservem vagas no ensino superior para preenchimento com base em critério racial*. Alega ainda que não pode ser permitido *no ensino universitário, que se outorguem privilégios a quem não esteja capacitado a acompanhá-lo*.
Já a Conectas sustenta em sua manifestação que *as ações afirmativas, voltadas a integrar comunidades historicamente excluídas e discriminadas, encontram-se em plena conformidade com o princípio da igualdade, tal como esculpido em nossa Constituição, ou seja, não apenas a igualdade formal, mas também material. Ademais, perfaz, ainda, as determinações dos princípios da dignidade humana e da cidadania, que fundam nosso Estado Democrático de Direito e atende aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que são a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a redução das desigualdades sociais e regionais e a promoção do bem de todos*. Veja aqui a íntegra do amicus apresentado.
O diretor jurídico da Conectas afirma ainda que o argumento usado para desqualificar a ação afirmativa não tem fundamento. *As pesquisas e avaliações sobre o desempenho de alunos ingressos na universidade pela ação afirmativa indicam que têm um ótimo desempenho, com média de nota superior aos demais alunos, como demonstrou a Unicamp, por exemplo*, destaca Vilhena.

MAIS INFORMAÇÕES:
CONECTAS DIREITOS HUMANOS (11) 38847440

terça-feira, 1 de abril de 2008

Aula Inaugural do curso de Comunicação Política e Políticas da Comunicação - BA

Omi-Dùdú
Acontece no dia 03 de abril (quinta-feira), às 18h30 no auditório do CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, Largo 2 de Julho, Salvador-Ba, a aula inaugural do curso de “Comunicação Política e Políticas da Comunicação”, com depoimentos do Jornalista e Prof. Dr. Fernando Conceição , Jocélio Teles – Diretor do CEAO e Bartolomeu Dias – Presidente do Núcleo Omi-Dùdú.
O curso tem o objetivo de colaborar para a formação e capacitação de lideranças sociais e do Movimento Negro, no que tange às especificidades da Comunicação Política e das Políticas de Comunicação em vigor no Brasil e no mundo, em um momento em que a sociedade brasileira – preparando-se para mais uma campanha eleitoral em 2008 – passa por transformações políticas que devem resultar em maior diversidade e pluralismo democrático. O foco do curso é a Comunicação e a Política, assim como a relação intrínseca dessas duas esferas científicas.
O curso tem cargo horária de 50 horas-aulas, é gratuito. Será ministrado às noites de terças e quintas-feiras, até o início de julho, nas dependências do CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, em parceria com o Grupo de Pesquisa Permanecer Milton Santos, da Faculdade de Comunicação, sob a coordenação do Prof. Dr. Fernando Conceição. Os produtos finais serão um jornal mural e um programa de rádio, frutos do módulo de práticas de Comunicação.
SERVIÇO:
O que: Aula Inaugural do curso de Comunicação Política e Políticas da Comunicação
Quando: 03 de abril 2008 (quinta-feira), às 18:30hs
Onde: CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, Largo 2 de Julho, Salvador-Ba
Realização: Núcleo Omi-Dùdú e Grupo de Pesquisa Permanecer Milton Santos da UFBA
Apoio: CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA
Contatos:
Bartolomeu Dias: (71) 87848482 / 33345982 / 33342948
Dj Branco: (71) 91510631 / 92716371

Audiência debaterá Estatuto da Igualdade Racial - DF

A Comissão Especial do Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/05) ouve na quarta-feira (2) o autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS). Também foi convidado para a audiência o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos.

A audiência foi sugerida pelo relator do projeto, deputado Antônio Roberto (PV-MG), que pretende colher subsídios para aprimorar o texto. O projeto tem como principais objetivos combater a discriminação racial e promover a participação dos afrodescendentes em condições de igualdade de oportunidades nos setores econômico, social, político e cultural do País.

A proposta em análise prevê, por exemplo, medidas para coibir a discriminação racial no mercado de trabalho e para garantir proteção às mulheres afrodescendentes e o direito à terra das populações remanescentes de quilombos.

A audiência será realizada às 14h30, no plenário 14.