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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quinta-feira, 14 de maio de 2009

III Curso de Atualização: “A Teoria e as Questões Políticas da Diáspora Africana nas Américas” - RJ

As inscrições foram prorrogadas para até o dia 15.05.2009


Edital de Seleção 2009

O Programa MultiVersidade Criola , um espaço de formação feminista e anti-racista para mulheres negras, o Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afroamericanos (Proafro) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Centro de Estudos Africanos e Afro-americanos (CAAAS), da Universidade do Texas em Austin, torna público a abertura de inscrições para selecionar alunos e alunas para o Curso de Atualização em Estudos da Diáspora Africana, nas datas e sob as condições especificadas no presente edital.

Objetivos do Curso
Oferecer formação acadêmica e intelectual de alto nível a ativistas, estudantes e intelectuais de todo o país interessados na área de Estudos da Diáspora Africana, a partir das análises críticas produzidas pelo feminismo negro no Brasil em outras comunidades da Diáspora Africana, e em especial nos Estados Unidos. Este Curso de atualização tem como base o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Diáspora Africana da Universidade do Texas em Austin, um dos mais respeitados nos Estados Unidos, e oferecido pelo Centro de Estudos Africanos e Afro-americanos (CAAAS) e pelo Departamento de Antropologia, ambos filiados à Universidade.

Participação
Poderão se inscrever para a seleção ativistas dos movimentos sociais, negro e de mulheres negras, bem como estudantes universitários (as) em nível de graduação e pósgraduação.

Condições para a participação
a) Domínio da língua inglesa (leitura e compreensão), pois as aulas serão ministradas parcialmente em Inglês e a maior parte da bibliografia é em Inglês;
b) Disponibilidade de tempo para participação e leitura da bibliografia.

Estrutura curricular e programa do curso
O curso será realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), às segundas, quartas e quintas-feiras, de 18h às 21h, no período de 28 de maio a 08 de julho de 2009, com carga horária total de 51 horas.

Vagas
20 vagas disponíveis

Recursos
O curso é gratuito. Não haverá apoio à despesas de alimentação, transporte, hospedagem ou material didático e pedagógico.

Inscrição e seleção
A ficha de inscrição está disponível on-line no site www.criola.org.br. Os(as) interessados(as) deverão preencher esta ficha, enviá-la por e-mail para diasporaafricana@criola.org.br anexando um curriculum vitae (três páginas no máximo) com informações sobre formação, ativismo social, experiência profissional, participação em eventos acadêmicos e/ou ativistas e até 3 (três) referências de artigos acadêmicos e/ou informativos de autoria do(a) candidato(a) e pertinentes ao tema do curso. A ficha de inscrição e o curriculum vitae só serão aceitos por e-mail e deverão ser enviados até o dia 30/04/2009.
Os critérios principais de seleção são: experiência ativista na luta anti-racista, conhecimento acadêmico na área de questão racial, curriculum vitae.
A lista com o nome dos selecionados para o curso será publicada no site de criola no dia 15/05/2009.
A seleção dos (as) alunos (as) e a decisão final e irrevogável cabe à coordenação do curso.

Corpo docente
• Edmund T. Gordon (Ph.D., Stanford University)
Diretor da Divisão de Diversidade & Engajamento Comunitário da da Universidade do Texas em Austin, e Professor titular, Depto. de Antropologia. Centro de Estudos Africanos e Afro-americanos Interesses de pesquisa: antropologia afro-americana, antropologia econômica, Antropologia marítima, etnicidade e estratificação social, América Central e Caribe.
Áreas de estudo: Antropologia Social, Diáspora Africana, Antropologia Ativista.

• Magali da Silva Almeida (Me., Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, Doutoranda em Serviço Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio )
Professora da Faculdade de Serviço Social, e Coordenadora do Programa de Estudos e Debates dos povos Africanos e Afro-americanos (PROAFRO), Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Interesses de pesquisa: cultura afro-brasileira e relações raciais e de gênero. Áreas de Estudo: Memória Social e Documento, Serviço Social.

• João Costa Vargas (Ph.D., University of California in San Diego)
Professor Adjunto, Depto. de Antropologia da Universidade do Texas em Austin. Centro de Estudos Africanos e Afro-americanos Interesses de pesquisa: raça, política e desigualdade social, estudos culturais, teoria social, Estados Unidos, Brasil e a Diáspora Africana. Áreas de estudo: Antropologia Social, Diáspora Africana, Antropologia Ativista

• Sônia Beatriz dos Santos (Ph.D., University of Texas at Austin)
Pesquisadora Associada e Professora Assistente (Post-Doctoral Fellow) Hubert H. Humphrey Institute of Public Affairs, University of Minnesota Programa de Políticas Públicas, Raça, e Gênero e Programa de Políticas Públicas e Mulheres Interesses de pesquisa: feminismos negros, organizações de mulheres negras, saúde da mulher negra e da população negra, gênero, raça e sexualidade, políticas públicas com enfoque em raça e gênero. Áreas de estudo: Antropologia Social, Estudos Feministas, Diáspora Africana, Antropologia da Saúde das Populações Afro-Brasileiras

• Christen Smith (PhD., Stanford University)
Professora Assistente, Depto. de Antropologia da Universidade do Texas em Austin. Centro de Estudos Africanos e Afro-americanos Interesses de Pesquisa: Brasil, performace, raça e formação racial, violência, movimentos negros e indígenas na América Latina, teatro, protesto social, organização de base. Áreas de Estudo: Antropologia Social; Diáspora Africana; Antropologia Ativista.

• Charles R. Hale (Ph.D., Stanford University)
Professor Titular, Depto. de Antropologia da Universidade do Texas em Austin. Interesses de pesquisa: raça/etnicidade, identidades políticas, conscientização e resistência, antropologia ativista; America Latina e Caribe Áreas de Estudo: Antropologia Social, Antropologia Ativista.

• Keisha-Khan Y. Perry (Ph.D., University of Texas at Austin)
Professora Assistente de Africana Studies e Antropologia na Brown University Interesses de pesquisa: ativismo das mulheres negras, teoria crítica sobre raça, teoria feminista, geografias urbana e políticas, e relações raciais na América Latina e Caribe. Desenvolveu pesquisa no México, Jamaica, Belize, Brazil, Ecuador, Argentina, e Estados Unidos.
Áreas de estudo: Antropologia Social, Diáspora Africana, Estudos Feministas, Estudos Latinoamericanos e Caribenhos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Governo vai criar cotas para bolsas de pesquisa científica

Serão abertas 600 vagas para estudantes que ingressaram nas universidades públicas por meio de ações afirmativas

Beneficiários terão direito a R$ 300 mensais pelo período de um ano; objetivo da medida é estimular alunos a virarem pesquisadores

EDUARDO SCOLESE
ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


O governo federal irá instituir pela primeira vez cotas em bolsas de pesquisa. Num programa de iniciação científica, serão criadas 600 vagas exclusivas para alunos que ingressaram nas universidades públicas por meio de ações afirmativas, como cotas raciais (para alunos negros) e sociais (para estudantes oriundos de escola pública).
As novas vagas farão parte de uma linha do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, o Pibic, que já oferece todo ano aproximadamente 20 mil bolsas no país.
O lançamento acontece hoje, data que marca os 121 anos da Abolição no Brasil. Será assinado um termo de cooperação entre a Secretaria da Igualdade Racial da Presidência e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Assim como já ocorre nas demais linhas do Pibic, os beneficiários terão direito a R$ 300 mensais no período de um ano. O orçamento dessa linha é de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 1,8 milhão em recursos do CNPq e o restante da Igualdade Racial.
Normalmente, para obter a bolsa de iniciação científica, o candidato tem que estudar em alguma instituição credenciada no programa do CNPq.
A seleção dos estudantes é feita pela própria universidade, a partir de um projeto de pesquisa. A regra também valerá para quem pleitear uma vaga por meio da cota.

Projeto-piloto
A nova medida é tratada pelo governo federal como um projeto-piloto. Caso seja bem sucedida, a ideia é expandi-la em outras áreas.
Na esfera federal, uma iniciativa parecida ocorre desde 2002 no Instituto Rio Branco, do Itamaraty, por meio de um programa de bolsas-prêmio para estimular o ingresso de afrodescendentes na carreira diplomática.
No caso da bolsa de iniciação científica, o objetivo é estimular universitários a virarem pesquisadores e tornar mais eficiente a pós-graduação, reduzindo o período de realização de um mestrado ou doutorado. Poderão aderir à nova linha as universidades públicas que já adotam políticas de ações afirmativas.
"Essa bolsa é um marco na manutenção de estudantes nas universidades. O nosso dilema não é apenas com a entrada, mas também com a permanência deles.. Esses alunos [que ingressam por ações afirmativas] terão a chance de se interessar pela ciência", afirma Martvs da Chagas, subsecretário de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria da Igualdade Racial.
O CNPq não soube informar quantos estudantes do Pibic hoje são negros ou entraram na universidade por meio de ações afirmativas.
Considerando todo o ensino superior do país, os números do IBGE mostram que os negros e pardos são 38% dos alunos de graduação, embora sejam metade da população, pela Pnad de 2007. No mestrado e no doutorado, que o governo quer incentivar, só um terço dos estudantes é negro.

FONTE: Folha de São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009

I Encontro de Estudos Africanos - RJ

Programação


Promoção: Departamento de História - UFF


Dia: 25 de Maio (Segunda-feira)

18:00h – Abertura do Encontro

Mariza Soares

(Depto. de História - UFF)

18:30h – Conferência

Algumas considerações sobre a dimensão atlântica da história da África

Elisée Soumonni

(Diretor do Institut Béninois d'études et de recherche sur la diaspora africaine – IBERDA)


Dia: 26 de Maio (Terça-feira)

13:30/15:30h – Mesa 1

Viajantes ingleses na África Ocidental

Alexsander Gebara (Depto. de História - UFF)

Entre Ruas e Musseques: Imprensa, crioulidade e expansão colonial em Luanda (1870-1930)

Andrea Marzano (Interseção Africana - PUC/Rio)

Desenvolvimento ou barbárie? Os sentidos de “civilização” entre os filhos da terra no sul de Moçambique (1908-1920)

Fernanda Thomaz (Doutoranda - PPGH/UFF)

Colonialismo, resistência, associativismo: um estudo comparativo entre o grêmio africano de Lourenço Marques e a liga angolana

Marcelo Santana (Mestrando - PPGHC/UFRJ)

16h/18h – Mesa 2

Feitiçaria e esfera pública: ressituando igrejas e cultura no pós-guerra angolano

Luena Nunes Pereira (PPGAS/UNICAMP)

Visão de natureza entre os tsongas a partir do discurso de Junot

Marcos Vinícios Santos Dias Coelho (Mestrando - PÓS-AFRO/UFBA)

O problema da terra: Estado e a redistribuição de direitos sobre terra no Waku Kungo/Angola

Garcia Neves Quitari(Mestrando - PPGSD/UFF)

Divisões, tensões e controvérsias em Angola – uma análise das questões étnicas e raciais

Tatiana Pinto (Graduada - História/UFF)

18:30h - Conferência

O papel social da universidade em África

Teresa Cruz e Silva (Professora da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em Moçambique e pesquisadora do Centro de Estudos Africanos da mesma universidade)


Dia 27 de Maio (Quarta-feira)

13:30/15:30h – Mesa 3

O primeiro governo de Angola independente

Marcelo Bittencourt (Depto. de História - UFF)

A visita de Leopold Senghor ao Brasil

Maurício Parada(Depto. de História - PUC/Rio e UNIVERSO)

A nação portuguesa e os muçulmanos de Moçambique

Cristiane Nascimento(Mestranda - PUC/Rio)

Memória e História: um olhar sobre o 27 de maio de 1977

Inácio Marques(Graduado - UFF/História)

16h/18h – Mesa 4

O pensamento político social em Pepetela: reflexões sobre uma proposta de investigação

Sílvio de Almeida (Depto. de História UERJ e UFRJ)

Uanhenga Xitu: a experiência do testemunho na narrativa da experiência

Simone Ribeiro (Mestranda - PPGL/UFF)

Roças em São Tomé (São Tome e Príncipe)

Marina Berthet (PPGAS/USP)

Limites do ultramar português, possibilidades para Angola: o debate político em torno do problema colonial (1951-1975)

Carolina Peixoto (Mestre - PPGH/UFF)

18:30h - Conferência

Problemas atuais do desenvolvimento africano

José Gonçalves (Doutor em Ciências Sociais pela UFRRJ)


Dia 28 de Maio (Quinta-feira)

13:30/15:30h. – Mesa 5

Conexões transatlânticas dos retornados - século XIX

Mônica Lima (CAp/UFRJ)

O movimento de centralização de poder dos reinos de Tio, Cuba e Congo

Larissa Gabarra (Doutoranda – PUC/Rio)

São Tomé no Século XVI

Cecília Guimarães (Mestranda - UNIRIO)

Valongo: o mercado de escravos do Rio de Janeiro, 1758-1831

Cláudio Honorato (Mestre – PPGH/UFF)

16:00/18:00 – Mesa 6

Narrativas, memória e imaginação africana na era pós-colonial: ultrapassando o legado cognitivo do colonialismo europeu

Julio Tavares (Depto. de Antropologia - UFF)

Inspirações na literatura africana para a história da escravidão no Brasil

Ivana Stolze Lima

(Fundação Casa de Rui Barbosa e PUC-Rio)

A literatura angolana e seus espaços ficcionais: representações da contemporaneidade

Renata Flavia da Silva (Depto. de Letras - UFF)

A crioulidade angolana na escrita de Mário António Fernandes de Oliveira: algumas considerações

Suzana Abrantes (Doutoranda - PPGAS/MN/UFRJ)

18:30h. - Sessão de Encerramento

Panorama dos Estudos africanos no Brasil

José Maria Nunes Pereira

(Instituto de Humanidades / UCAM)

Laura Padilha

(Programa de Pós-Graduação em Letras - UFF)

domingo, 10 de maio de 2009

FOQUIBA promove Curso "Relações Raciais e de Gênero" - BA

O Curso de Ralações Raciais e de Gênero faz parte da proposta educativa do Fórum de Quilombos Educacionais da Bahia, por sua enfática abordagem política, crítica e cidadã na proporção das questões sociais, raciais e de gênero para Juventude Negra da Bahia por meio do processo educacional.
Este curso de formação e fortalecimento da Juventude Negra Feminina surge da necessidade de fortalecer o trabalho político de mulheres.

Fomentaremos a partir deste curso a consciência de raça e gênero daquelas/es que já estão inseridas no processo de luta contra o racismo, sexismo, homofobia, e outras discriminações correlatas.

Para participar as/os interessados/as deverão preencher formulário de inscrição ou enviar email para foquiba@hotmail.com até o dia 25 de maio. Estamos disponibilizando 50(cinqüenta) vagas. O curso tem um custo individual de R$ 50,00( cinqüenta reais), contudo haverá 30(trinta) bolsas integrais, preferencialmente, para mulheres negras que exercem atividades de militância na promoção da igualdade de raça e gênero, lideranças comunitárias e participantes dos quilombos educacionais.

As vagas são limitadas, por isso, é necessário fazer inscrição antecipada, pois haverá seleção.

Ainda que o título faça referência à formação de mulheres, os homens que também possuam interesse em participar podem inscrever-se.

As inscrições devem ser enviadas até 25/05/09 para o e-mail foquiba@hotmail.com, maiores informações pelos telefones: (71)81582752/87161336/86272731.

O CURSO SERÁ AOS SÁBADOS DAS 08:00H AS 18:00H NOS DIAS 30/05 -06/06 – 13/06 – 27/06 – 04/07/2009

LOCAL: COEQUILOMBO (PLATAFORMA)

*INSCRIÇÕES PELO E-MAIL: foquiba@hotmail.com

INFORMAÇÕES PELOS TELS: (71)8158-2752 / 8716-1336 / 8627-2731.



Intercâmbio de lideranças negras

A Organização Política UJIMA – Trabalho Coletivo e Responsabilidade e seus parceiros, convidam para inscrição no Programa de Intercâmbio Cultural e Político: UMOJA Brasil- África, que será realizado entre os dias 12 e 19 de Junho de 2009, em Tarrafal- Cabo Verde, durante a Universidade Africana de Juventude e Desenvolvimento.

O objetivo do Programa é realizar um espaço de interação entre lideranças jovens negras brasileiras, oriundas de processos nacionais de articulação política juvenil, com lideranças jovens dos países africanos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, presentes na atividade. As inscrições se encerram dia 15 de maio de 2009 (Sábado).

UJIMA – Trabalho Coletivo e Responsabilidade

instituto.ujima@gmail.com


Que se dane o Norte/Nordeste!

O agravamento da situação de vulnerabilidade social vivenciado por milhares de famílias negras, por conta das chuvas que vêm castigando, sobretudo a região Norte/ Nordeste, não tem causado nenhuma comoção social. Incrível, que recentemente a nação mobilizou-se, a Imprensa fez campanha juntamente com multinacionais e instituições religiosas, motivadas pelo mesmo acontecimento quando o alvo foi Santa Catarina.
Mas, agora que a tragédia atinge o povo do norte e do nordeste, no máximo, se houve falar que a meteorologia prevê continuidade de intensas chuvas; verificam-se ponderações intelectuais acerca do impacto da ação humana na natureza, e as alterações climáticas conseqüentes.
O povo morrendo em desabamentos, famílias limitadas educacionalmente para acionar seus próprios direitos, outras, aptas a receber o irrisório valor de 150R$ de auxilio moradia disponibilizado pelos governos, centenas sendo afetadas por leptospirose em pleno temporal, enquanto Temporão, nosso ministro, potencializa maior atenção à gripe suína. Ainda do lado de lá, nossos senadores preferem discutir interesses previdenciários que afetam a categoria.
As chuvas são bem-vindas, contudo tem muita irmã e irmão desaparecendo sob o argumento exclusivo do efeito das enchentes. Ademais, a Defesa Civil atesta mais de 114.519 pessoas atingidas pelas chuvas no Maranhão; mais de 34 mil famílias no Amazonas; na Bahia, inúmeros municípios já decretaram situação de alerta/emergência.
Pelo visto, a chuva serve como a ‘divisora de água’ no debate político Pan Africanista. Porque se constata uma desatenção regional, tanto por parte da sociedade política como por parte da civil às regiões onde há prevalência de gente preta.

Eu fico a me questionar, como será possível vislumbrarmos outro modelo civilizatório baseado na unidade, solidariedade, igualdade e crença ideológica cujo alicerce objetive a superação das barreiras geográficas?

Bem, aqui na Bahia o Fórum de Juventude Negra, longe de uma postura assistencialista e de (des) responsabilização do Estado enquanto regulador das questões sociais começou a construir uma Campanha em solidariedade as pessoas desabrigadas, pois, mais que nunca, tais indivíduos estão tocados pelo efeito devastador do racismo ambiental e inoperância do Estado Brasileiro.

PS - quem desejar participar desta Campanha pode colaborar, indicando artistas que se disponha de forma gratuita a entreter politicamente no evento que está em construção e visa arrecadar donativos.

Carla Akotirene - 071 8108/6339 * 8854/3034
Coordenação do Fórum Nacional de Juventude Negra/Ba
Articulação Brasileira de Jovens Feministas
Campanha Reaja ou Será Mort@


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Seminário "Onde estão os negros no mercado de trabalho?" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)
Seminário : Onde estão os negros no mercado de trabalho?
Local : Espaço Cultural da Camara de Vereadores
Dia : 13 de maio
Horário: 16 horas
Realização : Atitude Quilombola

Lançamento do livro "Família de negros" - BA



A Editora E-papers e a LDM – Livraria Multicampi convidam a todos para o lançamento do livro

FAMÍLIA DE NEGROS

Entre a pobreza e a herança cultural

de Sergio Mauricio Costa da Silva Pinto

no próximo sábado, 9 de maio, a partir das 10h.

Local:
Livraria LDM
Rua Direita da Piedade, 20
Piedade - Salvador – BA

(71) 2101-8007/ 8000


Mais informações sobre a obra em
http://www.e-papers.com.br

Editora E-papers
http://www.e-papers.com.br
atendimento@e-papers.com.br
telefone (21) 2273-0138 e 2504-5618
fax (21) 2502-6612

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mais 36 comunidades quilombolas são certificadas no país

A Fundação Cultural Palmares alcançou esta semana a marca de 1.342 comunidades remanescentes de quilombos oficialmente certificadas

Na última terça-feira, 05 de maio, a Fundação Cultural Palmares (FCP) publicou no Diário Oficial da União a Portaria nº 43, registrando e certificando mais 36 comunidades como remanescentes de quilombo. Do total, 13 comunidades são da Bahia; 5 do Maranhão; 3 de Santa Catarina e Rio Grande do Sul; 2 de Goiás, Minas Gerais e Piauí. Já Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte e Tocantins tiveram uma comunidade reconhecida em cada Estado.

A certificação ocorreu conforme as declarações de auto-reconhecimento de cada comunidade, respeitando o decreto nº 4.887/2003 e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os povos indígenas e tribais.

Na seqüência, o processo segue para o Incra, onde será elaborado o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) das comunidades. Depois do reconhecimento, segue a etapa de desintrusão, na qual são identificados os imóveis rurais dentro do perímetro da comunidade quilombola. Nesta fase, os imóveis particulares são desapropriados e as famílias não-quilombolas que se enquadrarem no Plano Nacional de Reforma Agrária serão reassentadas pelo Incra.

A quarta e última fase é a titulação, na qual a comunidade quilombola recebe um único título correspondente à área total.

A Fundação Cultural Palmares é responsável por promover políticas públicas voltadas para a população negra, visando à preservação de seus valores culturais, sociais e econômicos e, ainda, pela promoção e apoio de pesquisas e estudos relativos à história e à cultura dos povos negros e pela inclusão dos afro-brasileiros no processo de desenvolvimento.

A certificação de comunidades remanescentes de quilombos pela Fundação Cultural Palmares teve início com a aprovação do decreto nº 4.887/2003, que visa garantir a essas comunidades a posse da terra e o acesso a serviços de saúde, educação e saneamento.

Para que isso ocorra, o grupo deve se auto-reconhecer como comunidade remanescente de quilombo. Após receber a declaração de auto-reconhecimento por escrito, a Fundação Palmares inscreve a comunidade no Cadastro Geral e expede a certidão de auto-reconhecimento.

A certificação é de extrema importância, uma vez que ela é o primeiro passo para a regularização fundiária das comunidades, além de viabilizar a participação dos quilombolas em ações de políticas públicas do governo federal, como o bolsa família, Fome Zero, Luz para Todos, além dos programas de habitação e saúde da família.

Além do decreto 4.887/03, a Constituição Federal brasileira também reconhece às comunidades remanescentes de quilombo o direito à propriedade de suas terras por meio do artigo 216; e dentro do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), pelo artigo 68.

Clique aqui para saber mais sobre os procedimentos para certificação de comunidades quilombolas.

Confira abaixo quais comunidades foram certificadas:

Comunidades /Município/Estado

Vila Santo Antônio / Palestina/Alagoas
Alto da Boa Vista / Abaira/Bahia
Assento / Abaira/Bahia
São Braz / Santo Amaro/Bahia
Capão / Ibitiara/Bahia
Santo Inácio / Ibiassucê/Bahia
Gaioso / Araçás /Bahia
Vila Velha do Jequiriçá / Valença/Bahia
Arueira / Valença/Bahia
Buraco Azul / Valença/Bahia
Jaqueira / Valença/Bahia
Sapé Grande / Valença/Bahia
Buri / Maragojipe/Bahia
Torrinha / Barra/Bahia
Sítio Arruda / Araripe/CE
Oiteiro dos Nogueiras / Itapecuru Mirim/Maranhão
Centro dos Cruz/Bela Vista / São Luis Gonzaga do Maranhão/ MA
Fazenda Conceição / São Luis Gonzaga do Maranhão/MA
Santa Rosa / São Luis Gonzaga do Maranhão/MA
Estiva dos Mafras / Mirinzal/Maranhão
Serra Feia / Cacimbas/Paraíba
Tranqueira / Valença do Piauí/PI
Saco do Curtume / São João do Piauí/PI
Gameleira de Baixo / São Tomé/Rio Grande do Norte
José de Coleto / Colinas do Sul/Goiás
Vó Rita / Trindade/Goiás
Barro Preto Serra do Cambam Bi / Chapada dos Guimarães/Mato Grosso
Mata Grande / Monte do Carmo/Tocantins
Marobá dos Teixeira / Almenara/Minas Gerais
Santo Antônio do Guiné / Piranga/Minas Gerais
Famílias de Três Forquilhas / Três Forquilhas/Rio Grande do Sul
Potreiro Grande / Canguçu/ Rio Grande do Sul
Passo do Lourenço / Canguçu/ Rio Grande do Sul
Morro do Boi / Balneário Camboriú/Santa Catarina
Tabuleiro / Santo Amaro da Imperatriz/ Santa Catarina
Família Thomaz / Criciúma/ Santa Catarina

Total de novas comunidades certificadas: 36

FIEMA promove Seminário "Mulheres Negras" - BA

PROGRAMAÇÃO

8h00 às 8h30 - credenciamento

8h30 às 9h00 Abertura - Mesa institucional/FIEMA com fala de boas vindas e apresentação artística

Dr João Henrique Barradas Carneiro – Prefeito da Cidade do Salvador/ Drº Edvaldo Brito Vice Prefeito

Adriana Nascimento - Gestora FIEMA

Dr Carlos Ribeiro Soares - Secretário Municipal da Educação e Cultura – Presidente do Conselho Deliberativo

Maria Alice Pereira da Silva - Secretaria Municipal da Reparação

Drª Ariane Carla Pereira - Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres

Drª Márcia Regina dos Santos Virgens - Representante do Ministério Público Estadual

Drª Silvia Cerqueira Cardoso - Representante do Movimento de Mulheres Negras

Drº Leonel Leal - Chefe do Gabinete do Prefeito e Assessor de Relações Internacionais

9h20 Apresentação Institucional – Adriana Nascimento Gestora FIEMA

9h40 às 10h10 Palestra O PERFIL DA MULHER NEGRA EM SALVADOR – Drª Valdecir Nascimento - Superintendente de Políticas para as mulheres do Estado da Bahia

10h10 às 10h40 Palestra ALFABETIZAÇÃO DE MULHERES ADULTAS - DESAFIOS E CONQUISTAS - Stella Rodrigues (Profª. UNEB)

10h40 às 11h10 – Debate - MEDIADORA: Juçara Rosa – Coordenadora Geral FIEMA

11h10 às 11h25 Coffee Break

11h25 às 13h00 Oficinas

Oficina 1. Tema:Mulheres negras e educação: acesso e permanência na educação básica.

Palestrante: Lucinete Chaves - Professora UNEB

Mediadora: Ygayara Cabral

Relatora: Angie Biondi

Oficina 2. Tema: Mulheres Negras e Gestão Escolar

Palestrante: Cássia Góes - Diretora da Escola Municipal Alto de Coutos

Mediadora: Eliane Boa Morte

Relatora: Ludmila Santos

Oficina 3. Tema: Mulheres negras e Autonomia Econômica

Palestrante: Maísa Oliveira

Mediadora: Rose Rozendo

Relatora: Stella Castro

13h10 às 14h10 - Almoço

14h10 às 16h10 Continuação das Oficinas - Sistematização das discussões

16h10 às 17h40Plenária

17h40 às 18h00 – Considerações finais e encerramento



Local: Faculdade D. Pedro II, situado na av. Estados Unidos, 18 – Comércio - Salvador – Bahia - Brasil

Data – 20 de maio de 2009

Horário – 08h às 18h00



Realização:

SMEC/FIEMA

CONSELHO DELIBERATIVO

Informações:

Tel.: (71) 2105-2818 ou 2105-2821

Contatos: Mônica Kalile, Elisa Castro, Stella Castro.

Locais de Inscrição: CREs, FIEMA(Comércio), E-mail (grupofiema@gmail.com)

Tel: 2105-2821/2818 - E-mail: grupofiema@gmail.com

Vitória quilombola na Bahia - BA

SÃO FRANCISCO DO PARAGUAÇU

O juiz titular da 7Í£ Vara Federal de Salvador-Ba revogou, em Sentença definitiva, uma liminar que desde o final de 2007 suspendia o processo de reconhecimento dos direitos coletivos da Comunidade de São Francisco do Paraguaçu a suas terras tradicionalmente ocupadas.

A decisão foi revogada no julgamento da Ação Cautelar n. 2007.33.00.017472- 7, patrocinada por fazendeiros locais e cujos autores são seus prepostos e compadres. De acordo com o juiz, "Do ponto de vista das pessoas físicas, em conflitos deste tipo normalmente põem-se de um lado pequenos possuidores que se autodeclaram quilombolas e de outro lado médios e grandes proprietários. No caso, vê-se que os Autores são pessoas humildes (pescadores e marisqueiros quase todos eles) em confrontação com os autoproclamados quilombolas que integram a Associação Ré, também pessoas humildes. Os médios e grandes proprietários não aparecem, o que se afigura muito estranho, algo inusitado. De todo modo, o tema será analisado com maior precisão no processo principal".

O processo cautelar embasou-se nos conhecidos ataques caluniosos da Bancada Ruralista e da Rede Globo de Televisão aos quilombos em geral e a São Francisco em particular e na difusão falsa de que os moradores da comunidade perderiam suas casas e roçados, caso os trabalhos do INCRA avançassem.

A revogação desta liminar representa uma vitória, ainda que parcial, não apenas para o Quilombo de São Francisco, mas para todas as comunidades negras rurais do Brasil, que neste momento se mobilizam em torno da Ação Direta de Inconstitucionalida de movida pelo ex-PFL, atual Democratas, contra o Decreto 4887/2003, uma conquista dos movimentos sociais, em vias de ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal.

São Francisco do Paraguaçu, entre cerca de 5.000 comunidades quilombolas, enfrentam o poder de pressão do agronegócio, o avanço brutal dos mega-projetos desenvolvimentistas em suas terras, a violência física e psicológica, a criminalização dos movimentos sociais no campo, o desconhecimento do Poder Judiciário e, principalmente, a inadmissível lentidão do Estado brasileiro na identificação e titular das áreas ocupadas por quilombos como mandam os artigos 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, 215 e 216 da Constituição Federal.

O quilombo, para quem não o conhece, está situado no município de Cachoeira, berço da diáspora africana no Brasil, zona de mata atlântica, berçário de vida marinha da Bahia de Todos os Santos e parte da Reserva Extrativista do Iguape gerida por quase uma dezena de comunidades quilombolas, há anos cobiçada por vultuosos empreendimentos na área de turismo e que agora, como se não bastasse, tem seu território ameaçado por severos impactos com o megaprojeto do Pólo Naval que se pretende instalar na região, em plena Unidade de Conservação.

São Francisco do Paraguaçu é, sem sombra de dúvidas, um caso emblemático e de grande repercussão nacional no que diz respeito à luta das comunidades quilombolas pelo direito ao território, razão pela qual inúmeras entidades da sociedade civil prestam apoio e se solidarizam com a sua luta. O fato de terem opositores não os descredibiliza, ao contrário, reforça a identidade de classe, étnica, racial, extrativista, da comunidade.

A revogação desta liminar, que vigeu por mais de 1 ano e meio suspendendo a execução de política pública a cargo do INCRA, reforça ainda mais a responsabilidade do Estado brasileiro (executivo, legislativo e judiciário) no cumprimento de seus deveres constitucionais.

AATR - Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia

4º aniversário do Denegrir - RJ

O Coletivo Denegrir convida:

Para a celebração do seu 4º aniversário.

Tema da palestra: Racismo e Sociedade - Palestrante: Dr. Carlos Moore

Data: 13 de Maio 2009 Local: Auditório 91/ 9º andar UERJ

Quarta-feira – às 19h Marcanã

Contato: denegrir_uerj@yahoo.com.br End. Rua São Francisco Xavier, 524

Tel. 75248441 Sala: Abdias Nascimento, 9061 bloco F

DeNegrir
Coletivo de Estudantes Negros/as da UERJ.
http://br.groups.yahoo.com/group/denegrir_uerj2005/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

UNE promove 2º Encontro Nacional de Estudantes Negros, Negras e Cotistas

Um espaço privilegiado de debate econvergência sobre os impactos da adoção de Políticas de Ações Afirmativas paraa população afrodescendente no ensino superior brasileiro.
Assim pode serdefinido o Encontro Nacional de Estudantes Negros, Negras e Cotistas da UNE(ENUNE).
A segunda edição do evento acontece entre os dias 5 e 7 de junho na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Segundo o Diretorde Combate ao Racismo da UNE, Herlom Miguel, o ENUNE é um importante espaço de formação e vai privilegiar debates em torno do acesso e permanência dos estudantes negros e negras ao ensino superior.
A expectativa é de um excelente encontro com universitários e secundaristas de diversas regiões do país, afirma o diretor.
"O MovimentoEstudantil tem como responsabilidade pautar na agenda política brasileira estaque é talvez a mais antiga e grave nuance da questão social do Brasil – o racismo. As ações de combate ao racismo precisam ser acompanhadas de uma série de outras medidas universalizantes para reformarem a educação secundária e universitária", disse Herlom Miguel.
As informaçõessobre alojamento, inscrições e organização podem ser obtidas através dos emails: enune2009@gmail.com,miguelbahia@gmail.com,liliane@gmail.com; além do blog da Diretoria de Combate ao Racismo daUNE

Seminário Mulheres Negras: Promovendo a Inclusão Educacional - BA

No próximo dia 20 de maio, a partir das 08h., no auditório da Faculdade D. Pedro II – Comércio, será realizado o Seminário Mulheres Negras: Promovendo a Inclusão Educacional. A atividade é uma iniciativa do FIEMA – Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humanos e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescendentes e conta com a parceria da Secretaria Municipal da Reparação e da Superintendência de Políticas para as Mulheres.

O evento reunirá as gestoras das escolas públicas municipais além de lideranças comunitárias de diversas entidades e associações de Salvador. Este encontro é uma tentativa de ampliar as discussões sobre a inclusão educacional de mulheres afrodescendentes em situação de vulnerabilidade social, abordando assuntos como desigualdades de gênero, articulados às questões de raça/etnia e de classe social, presentes no sistema escolar. Além disso, a proposta é indicar ações de intervenção junto a Prefeitura, a fim de promover projetos que garantam a efetivação dos direitos das mulheres negras dentro do nosso sistema municipal de educação.

Logo após a palestra da manhã daremos início às atividades das oficinas. Informamos que é necessária a inscrição prévia para acompanhar as atividades da oficina.

As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas de 05.05 até 12.05 através do envio da ficha de inscrição preenchida para o e-mail: seminariofiema@gmail.com ou entregues na SEMUR, no horário de 09:00 às 17:00, no setor CPPR. Nosso telefone para informações é o 4009-2609/2608.

Sua presença é muito importante neste encontro!

Lançamento do livro "Resistência e Fé: Fragmentos da Vida de Valnízia de Ayrá" - BA

No próximo sábado, 9, a partir das 17 horas no Solar do Ferrão (Pelourinho), acontece o lançamento do livro Resistência e Fé: Fragmentos da Vida de Valnízia de Ayrá.
Mãe Valnízia é ialorixá do Terreiro do Cobre, situado no Engenho Velho da Federação, e faz, ao completar 50 anos, um belo relato da sua experiência de vida completamente marcada pela religiosidade.
A ialorixá é a terceira das sacerdotisas baianas a escolher o livro como um veículo para falar das suas experiências no campo da religiosidade. As outras foram Mãe Stella de Oxóssi e Mãe Hilda Jitolu.
Em Resistência e Fé, a autora conta histórias da sua infância no bairro do Engenho Velho, as descobertas da adolescência e o início da sua relação com o candomblé que era uma herança de família, embora ela fosse descobrindo a importância e a responsabilidade deste aspecto aos poucos.
Mãe Valnizia, também conhecida como Mãe Val, é filha-de-santo da Casa Branca, onde foi iniciada aos 16 anos. Ela foi designada, algum tempo depois, para assumir o Cobre, um terreiro fundado no século XIX pela africana Margarida de Xangô.
No livro a autora conta todas estas histórias com a certeza de que a sua fé foi fundamental para a sua aprendizagem do que é resistência. O terreiro comandado por Mãe Valnízia tem sido um conhecido ponto de efervescência cultural e promoção de projetos sociais no Engenho Velho da Federação.

O quê: Lançamento do livro "Resistência e Fé: Fragmentos da Vida de Valnízia de Ayrá".

Quando: Sábado (09/05/2009), às 17 horas.

Onde: Solar do Ferrão (Rua Gregório de Mattos, 45, Pelourinho).

Contatos:
Cleidiana Ramos- DRT-BA (9279-0812)
cleidiana@uol.com.br
Bárbara Lima