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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 9 de junho de 2009

Palestra "A África, o Estado, Genocídio e o Futuro" - BA

O quê? Palestra : A África, o Estado, Genocídio e o Futuro
Com quem? Herbert Ekwe-Ekwe - Center for Cross Cultural Studies - Dakar
Quando? 15 de junho, 2009, segunda-feira
Horário: 18.30h às 20.30h
Cocktail: 20.45h
Local: Centro de Estudos Afro-Orientais, Auditório Milton Santos, Largo Dois de julho, Centro (em frente ao Hotel Capri)
Com tradução de Adjoa Jones de Almeida

Formação: O professor Herbert Ekwe é igbo-nigeriano, formado em CiênciasPolíticas pela Universidade de Ibadan. Ele tem pesquisas sobre o Estado africano e a questão do genocídio. Em sua carreira acabou tendendo para os Estudos de Literaturas africanas pois os textos sociológicos e históricos já não davam conta de responder algumas questões sobre a nação e a imginação, após o genocídio de Biafra. Neste caminho, dialogou com autores como Chinua Achebe, Wole Soyinka, Chimamanda Adichie, dentre outros. O autor foi diretor do Center for Cross Cultural Studies em Dakar, Senegal. Seus últimos livros são: Biafra Revisited e Chinua Achbe: literature in defense of history. Atualmente trabalha na edição do livro: Readings from Reading: Essays in African Politics, Genocide, Literature, que está no prelo.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fundação KELLOG e CEAFRO mapeiam iniciativas para Igualdade Racial, em Alagoas

Nos dias 06 e 07 de julho pesquisadores do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO da Universidade Federal da Bahia (UFBA e representante da Fundação Kellog participarão do Encontro Etnicidades Nordeste: “Promoção da Igualdade Racial, em Alagoas - Teoria e Prática”, das 08 às 16 horas, tendo como objetivo mobilizar lideranças, representantes de organizações, movimento negro, governo, universidades, financiadores que atuam na região, visando à troca de saberes e o mapeamento dos programas e projetos desenvolvidos em Alagoas.

O mapeamento envolve a necessidade de agregar contribuições e identificar as iniciativas de promoção da igualdade racial existentes, gerando novas referências para o fortalecimento das políticas públicas no Estado.

Esta ação possibilita a troca entre os grupos, além de criar espaços de diálogos para discutir a missão das instituições governamentais e não-governamentais dedicadas à temática da etnicidade negra centrando suas ações em projetos concretos e integrados, incorporando a participação efetiva da população negra na gestão social, como também subsidiar o trabalho de pesquisadores interessados no tema da promoção de políticas para a igualdade racial e transformação social e também atrair a atenção de institutos, fundações e empresas que atuam nesta área.

“A realização do Encontro Etnicidades Nordeste: ‘Promoção da Igualdade Racial, em Alagoas: Teoria e Prática” é fruto de uma parceria do Projeto Raízes de Áfricas (ONG Mara Mariá) articulador da ação no estado, com o CEAFRO sob a coordenação de Maria Nazaré Mota de Lima que coordenará o processo de mapeamento financiado pela Fundação Kellog.

O Encontro Etnicidades conta ainda com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas e a Prefeitura de Viçosa, entre outros parceiros.


A Fundação Kellog

Criada nos Estados Unidos pelo pioneiro da indústria de cereais Will Keith Kellogg, a Fundação W.K. Kellogg é hoje uma das maiores financiadoras privadas do mundo, com

doações nos Estados Unidos, América Latina e Caribe, e sul da África, entre outras regiões.

Sua missão é ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas, por meio da aplicação prática de conhecimentos e recursos para melhorar a qualidade de vida das atuais e das futuras gerações.Atualmente, em sua programação para os Estados Unidos, a Fundação prioriza saúde, segurança alimentar e desenvolvimento rural; juventude e educação; filantropia e voluntariado.

No sul da África, os esforços estão centrados em fazer mudanças no contexto socioeconômico local. Participam da programação África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malavi, Moçambique, Suazilândia e Zimbábue. A estratégia usada na região segue os seguintes objetivos: capacitar lideranças; incrementar a capacidade das comunidades; promover o desenvolvimento e a transformação de organizações e instituições continuar apoiando aquelas ações que pretendem fortalecer os mecanismos de coordenação.


O CEAFRO

O CEAFRO é um programa do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO da Universidade Federal da Bahia (UFBA), de educação e profissionalização para a igualdade racial e de gênero, em desenvolvimento desde 1995.

Fundado sob três princípios básicos da existência negra na Diáspora - Ancestralidade, Identidade e Resistência -, em sua trajetória político-pedagógica, o CEAFRO tem investido numa construção teórico-metodológica baseada nos referenciais identitários dos sujeitos nela envolvidos.

Em todos os projetos desenvolvidos, teoria e prática caminham juntas, e o Programa vem contribuindo para as ações afirmativas e políticas públicas focadas em raça e gênero, com repercussão não só em Salvador e no Estado da Bahia, mas em outros municípios, estados, regiões do Brasil.


Serviço: Encontro Etnicidades Nordeste: ‘Promoção da Igualdade Racial, em Alagoas: Teoria e Prática”

Dias: 06 e 07 de julho de 2009

07 de julho- Dia Nacional de Luta contra o Racismo”

Local: Federação das Indústrias ( a confirmar)

Informações e inscrições: (82)8815-5794

Prof. Dr. Elisée Soummoni apresenta trabalho sobre Iorubalândia daomeana - BA

O professor Dr. Elisée Soummoni, historiador, professor da Universidade Nacional do Benim, apresentará seu texto sobre a Iorubalândia daomeana, no evento de encerramento, neste semestre, da Linha de Pesquisas em Estudos Africanos do Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, nesta sexta-feira, dia 12 de junho, às 14:00h, no Centro de Estudos Afro-Orientais. O evento será aberto à participação dos interessados. O professor Elisée Soummoni está finalizando um semestre como professor visitante na UFBA, e retornará ao Benim no início de julho.

A Linha de Pesquisa em Estudos Africanos é parte constituinte do Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, e, além dos estudantes de mestrado e doutorado do programa, aceita a participação de estudantes de pós-graduação e de graduação das Humanidades, especialmente dos cursos de História, Letras e Ciências Sociais interessados em realizar estudos ou pesquisas envolvendo a África. As reuniões ocorrem a cada três semanas, às sextas-feiras, às 14:00h, no CEAO.

O quê: A Iorubalândia daomeana
Quem: Prof. Dr. Elisée Soummoni (Universidade Nacional do Benim)
Quando: Sexta-feira, 12 de junho, às 14:00h
Onde: CEAO (Praça Inocêncio Galvão, 42, Dois de Julho)

domingo, 7 de junho de 2009

Programa "Virando a Mesa": a mulher negra na rede

Tobossis Virando a Mesa é um programa online semanal que vai ao ar todas as quartas-feiras nos sites youtube.com, vidilife.com e tantos outros, além do nosso blog. Diante da ausëncia de programas que privilegiem e destaquem as lutas, conquistas e desafios da mulher Negra no campo midiático, Tobossis decide virar a mesa e ocupar um dos campos determinantes no processo de construcao identitario: o campo da imagem, da comunicação, portanto. Demarcamos aqui um dos territórios no qual a voz da mulher negra será ouvida e respeitada, afim de estabelecer o diálogo com outras mulheres e homens, negros ou não, a partir do nosso lugar, olhar e percepção de mundo.

Tobossis Virando a Mesa dá continuidade a luta de Lélias, Mahins, Rosas, Bells, Marias, Menininhas, Senhoras, Ciatas, Franciscas, Jandiras, enfim, todas as mulheres negras, reconhecidas ou não, que lutaram da maneira que foi possível para que chegássemos até aqui.

Com temas variados, Tobossis conta com a participação de três negras mulheres para virar a mesa: a estudante e esteticista Marah Akin, a jornalista e poetisa Mel Adún e a jornalista e musicista Víviam Caroline.

Idealizado e realizado pelo grupo Abará Tabuleiro da Comunicação, Tobossis Virando a Mesa nasce com a intenção de também chacoalhar a rede!

Fonte: http://newyorkibe.blogspot.com/

sábado, 6 de junho de 2009

50 anos do CEAO terá Sessão Especial da Câmara de Vereadores - BA

Sessão especial da Câmara de Vereadores será realizada na próxima terça-feira (dia 9), às 18 h, em comemoração aos 50 anos de fundação do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), da Universidade Federal da Bahia. Estão confirmadas as presenças do diretor da Fundação Palmares, Zulu Araújo, dos secretários municipal e estadual Ailton Ferreira e Luiza Bairros, da diretora do CEAO, Paula Barreto, além de representantes da UFBA, de terreiros de candomblé e do movimento negro. A sessão foi convocada por sugestão do vereador Gilmar Santiago (PT).

Criado em setembro de 1959, quando o Brasil inaugurava uma política de presença diplomática e cultural na África, o CEAO foi concebido e se consolidou como um canal de diálogo entre o Brasil e os países africanos e entre a universidade e a comunidade afro-brasileira. Criado por sugestão do intelectual português Agostinho da Silva e por iniciativa do reitor Edgard Santos, o órgão construiu uma história relevante de serviços prestados à cultura brasileira, sobretudo no campo da cooperação cultural. Destacam-se dentre as suas atividades, o intercâmbio de pesquisadores, a realização de seminários, cursos, publicações, o ensino de línguas africanas e orientais, a manutenção de uma biblioteca especializada – com 11 mil títulos e 30 mil recortes de jornais digitalizados - e do Museu Afro-Brasileiro, que funciona ininterruptamente desde 1982.

A diretora do CEAO, Paula Barreto, informou que diversas atividades comemorativas serão realizadas ao longo do ano e que o atual desafio do órgão é “rever a sua situação institucional na UFBa assegurando as condições necessárias para a continuidade das atividades nas próximas décadas”.

POLÍTICAS PÚBLICAS - Atualmente, o CEAO abriga diversas iniciativas na área de intercâmbio internacional, como o Fábrica de Idéias - Curso Avançado em Estudos Étnico-Raciais, o escritório de representação do South-South Exchange Programme for Research on the History of Development (SEPHIS), com sede em Amsterdã, o escritório de representação na Bahia do Council on International Education Exchange (CIEE), voltado para a realização de intercâmbio de estudantes de diversas universidades dos EUA na Bahia, e o Projeto Acesso e Igualdade na Educação Superior no Brasil e nos Estados Unidos, parte do Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil - Estados Unidos (Capes-Fipse).

Desde 1965 o CEAO publica a revista Afro-Ásia, a primeira revista acadêmica da América Latina voltada exclusivamente para estudos e pesquisas sobre África e diáspora. A amplitude temática das atividades do CEAO possibilitou que ele viesse a abrigar, desde 2005, o curso de Pós-Graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos, com Mestrado e Doutorado.

No período recente, as atividades do CEAO alcançaram o tema das políticas públicas. Através do CEAFRO e de outros programas, destaca-se a atuação na formação de professores da educação básica, apoio à formação de estudantes de graduação, e na avaliação dos programas de ação afirmativa no ensino superior. Em parceria com as Secretarias Municipais da Reparação e da Habitação, o CEAO realizou, em 2007 e 2008, o mapeamento dos terreiros de candomblé de Salvador, ponto de partida para uma série de políticas públicas a serem adotadas nas comunidades de terreiros, inclusive a legalização e regularização fundiária desses espaços.

Fonte: Boletim do Vereador Gilmar Santiago

sexta-feira, 5 de junho de 2009

UNEB promove cursos de qualificação de jovens negros(as) para o mercado - BA

UNEB, Setre e Casa Civil (órgão da Presidência da República) assinam acordo de parceria para capacitar, inicialmente, 200 jovens negros baianos de baixa renda - Projeto Integrado de Ações Afirmativas: Formação para Concurso Público e Qualificação Sócio-Profissional, orçado em R$400 mil, vai oferecer curso preparatório gratuito voltado para candidatos a concursos públicos de nível médio

Capacitar a população baiana jovem, negra e de baixo poder econômico para a inserção no mercado.
Esse é o principal objetivo do Projeto Integrado de Ações Afirmativas: Formação para Concurso Público e Qualificação Sócio-Profissional, uma parceria entre a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Secretaria Estadual do Trabalho, Renda, Emprego e Esporte (Setre) e o Fundo de Combate a Pobreza (Funcep) da Casa Civil, órgão da Presidência da República, assinada no mês de abril. Orçado em R$400 mil, investimento oriundo dos governos estadual e federal, o projeto vai atender, inicialmente, 200 homens e mulheres, negros e negras, na faixa etária de 16 a 24 anos, provenientes do ensino público, através de um curso preparatório gratuito de capacitação e qualificação para concursos públicos de nível médio.
Cabe a UNEB, através da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), elaborar e executar todo o conteúdo pedagógico do curso, o qual será ministrado por uma equipe de docentes da universidade.
Para o reitor Lourisvaldo Valentim, "a participação da instituição nesse projeto ratifica o compromisso da administração com a inclusão social e educacional de jovens em situação de risco social".
Pró-reitora de Extensão, Adriana Marmori complementou: "Nessa ação, vamos capacitar os jovens de modo que lutem em igualdade de condições por vagas no mercado de trabalho".
Com carga de 410 horas-aula, o curso conta com dois módulos divididos em eixos temáticos que vão desde a matriz curricular da educação básica, a exemplo de Matemática e Língua Portuguesa, até disciplinas de caráter lógico, de crítica sociocultural e específicas da área do Direito.
De acordo com Ivy Mattos, do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da UNEB e uma das coordenadoras da iniciativa, "a capacitação não é apenas profissional, mas social, uma vez que se baseia em dados empíricos de pesquisas, os quais consideram a cidade de Salvador como uma das capitais com maior índice de desemprego na faixa etária a qual o curso irá atender".
Na avaliação da coordenadora, “essa realidade reflete, efetivamente, na exposição desses homens e mulheres, situações de vulnerabilidade e falta de perspectiva à vida. Desse modo, o projeto se configura como uma política de reparação, combate a discriminação racial e a pobreza, visando a igualdade de oportunidades e a inclusão social.”

Processo seletivo

Os candidatos, que devem ser egressos do terceiro ano do ensino médio da rede pública, serão divididos em cinco turmas: quatro na modalidade presencial e uma a distância, nos turnos matutino e noturno.
O processo seletivo será composto de três etapas, as quais serão divulgadas oportunamente pela Proex, através de edital público de seleção. A previsão é de que as inscrições sejam abertas no dia 1º de julho e as aulas comecem no início do mês de agosto.
De acordo com Ivy Mattos, inicialmente, o curso presencial será oferecido apenas em Salvador, no entanto, a expectativa é de que a experiência com as quatro turmas iniciais transforme o projeto em um programa efetivo, que consiga abranger toda a Bahia, através da multicampia da UNEB.

'Ôri'' é uma grande tradução da cultura afro-brasileira (José Geraldo Couto)

"Ôrí", segundo consta, em ioruba significa "cabeça" e, por extensão, "consciência". "Ôrí", o filme, agora relançado no cinema depois de 20 anos, é a tentativa da socióloga e cineasta Raquel Gerber de traçar um painel poético e militante da consciência negra no Brasil, em suas múltiplas facetas.
O filme começou a ser realizado em 1977, com o registro do Congresso dos Povos de Origem Africana, em São Paulo, e sofreu influências visíveis do diretor Glauber Rocha -Gerber foi amiga dele e estudiosa de sua obra.
"Ôrí", com sua montagem descontínua e sua mistura de registros, organiza-se em núcleos temáticos: as raízes étnicas, os rituais religiosos, as lutas históricas, as formas de expressão cultural.
De um debate acadêmico a uma noite de "black music" no Chic Show de São Paulo, de um ensaio da escola de samba Vai-Vai a um ritual de candomblé, de uma manifestação antirracista a cenas cotidianas de trabalho, o filme se organiza como um caleidoscópio.
A costura é feita pela narração em "off" da historiadora e ativista Beatriz Nascimento, que aparece num simpósio na Universidade de São Paulo, bela e altiva como uma Angela Davis sergipano-carioca.
O texto, um misto de ensaio antropológico, prosa poética e panfleto político, pode ter envelhecido um pouco, mas continua intacta a força das imagens e dos sons, dando conta de uma riqueza cultural e de uma energia inesgotáveis. Para isso contribui uma concepção de montagem (de Renato Neiva Moreira e Cristina Amaral) mais rítmica e plástica do que propriamente narrativa.
"Ôrí" é talvez a mais completa tradução cinematográfica da cultura afro-brasileira em sua dupla dimensão, a de cigarra e a de formiga. No momento em que a "questão racial" volta a ser discutida no Brasil com intensidade, poucos lançamentos poderiam ser mais oportunos.
ÔRÍ
Direção: Raquel Gerber
Produção: Brasil, 1989

Curso "História, cultura e arte Iorubá" - BA

Este curso irá abordar fundamentos da história, cultura, religião e arte Yorubá. Será dada ênfase especial à Cosmologia, Arte e Iconografia dos Orixás, Simbolismo das Cores, Mediunidade e Máscaras.

PROF. DR. BABATUNDE LAWAL

Nascido na Nigéria, Babatunde Lawal graduou-se em Artes Plásticas na Universidade de Nsukka, Nigéria. Possui Mestrado e Doutorado em História da Arte pelas Universidades de Indiana (EUA). Ensinou por vários anos na Universidade Obafemi Awolowo, em Ile-Ifé (Nigéria), onde foi fundador e Chefe do Departamento de Belas Artes e Diretor da Faculdade de Artes. Atualmente é Professor de História da Arte no Virginia Commonwealth University, em Richmond, Virginia (EUA). Também foi professor visitante das Universidades de Harvard (Massachusetts) e de Columbia (New York), Dartmouth College (New Hampshire), Michigan State University (East Lansing), Kalamazoo College (Michigan), Harare Polytechnic (Zimbábue), Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal da Bahia – UFBA.

LOCAL:

AUDITÓRIO DO CPDER (Atrás do prédio do mestrado).

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

CAMPUS I

Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:

BIBLIOTECA DA PÓS-GRADUAÇÃO

PROFA. HILDETE

TEL: (71) 3117.2448

PERÍODO:

DE 06 A 10 DE JULHO DE 2009

HORÁRIO:

14 ÀS 18 H.

VALORES:

ESTUDANTES ..... R$ 25,00

OUTROS............ R$ 50,00

FSBA e Mídia Étnica promovem palestra "(In)Tolerância Religiosa" - BA

Parceria entre FSBA (Faculdade Social da Bahia) e Instituto de Mídia Étnica promove o último encontro do curso "Jornalismo, Cidadania e Diversidade", que ocorrerá na sede da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê neste sábado (06/06) às 9h, com participação aberta a toda comunidade para debater a (IN) TOLERÂNCIA RELIGIOSA.

Tema: (IN) TOLERÂNCIA RELIGIOSA

Local: Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê – Rua do Curuzu, 228 – Liberdade.

Data: 06/06 (sábado).

Horário: 09h

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Seminário Brasil-Angola: Estado, Direito e Sociedade - RJ

A Escola da Magistratura Regional Federal da 2ª Região - Emarf realizará - em parceria com o Centro Cultural Justiça Federal - CCJF, com a Universidade Federal Fluminense - UFF e com a Universidade Gama Filho - no dia 08 de junho, segunda-feira, no CCJF (av. Rio Branco nº 241, Cinelândia), das 09h às 18h, o “Seminário Brasil-Angola: Estado, Direito e Sociedade”.
Após a abertura do evento, às 9h, Daniel dos Santos, da Universidade de Ottawa, apresentará a conferência inaugural “Estado, Direito e Sociedade em Angola”. Em seguida, às 11h, Fábio Reis Mota, da UFF, e Maria Stella Amorim, da UGF, palestrarão no painel “Preconceito, Violência Doméstica e Criminalização” .
Na parte da tarde, às 14h, será a vez de Marcelo Bittencourt, também da UFF, falar sobre “As Relações Angola-Brasil: Referências e Contatos”. Já à partir das 15h45min, Luena Nunes Pereira, da Universidade de Campinas - Unicamp, e Daniel Simião, da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, palestrarão sobre o tema “Sistema de Justiça, Violência e Dinâmicas Culturais”. Por fim, às 17h, o juiz da Corte Constitucional da República de Angola e professor da Universidade Agostinho Neto (Luanda/Angola) , Agostinho A. Santos, apresentará a conferência de encerramento: “A Jurisdição Constitucional como Garantia da Construção do Estado Democrático e de Direito em Angola”. No dia seguinte, 9 de junho, haverá programação cultural a partir das 19h.
O seminário será aberto ao público e será transmitido por videoconferência para a Seção Judiciária do Espírito Santo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet: www.trf2.gov. br/emarf na parte de cursos pelo portal de inscrições. Os magistrados federais podem fazê-las pelo módulo do CAE também na internet. Já os servidores do Espírito Santo que quiserem assistir podem se inscrever pelo telefone (27) 3183-5187, ou pelo e-mail nucleoemarf. es@jfes.gov. br. Aos estudantes de direito serão concedidas horas de estágio pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O evento, que integra o cronograma de 2009 do Curso de Aperfeiçoamento e Especialização - CAE para magistrados federais da 2ª Região, conta com o apoio, além do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, das Seções Judiciárias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro - PGE-RJ, da Associação dos Juízes Federais do Brasil - Ajufe, e da Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo - Ajuferjes.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A grande mídia contra as ações afirmativas (Fernando Conceição)

O que o Estado Democrático de Direito, o que o republicanismo, o que o interesse público podem esperar quando se alinham, em uníssono à maneira de campanha, três conglomerados de comunicação que, no Brasil, são os proprietários privados dos mais influentes veículos da imprensa nacional? Uma única coisa: o abuso do direito constitucional à liberdade de expressão e de opinião. A coação dos demais poderes institucionais. O desrespeito ao princípio de igualdade de oportunidade, cerne da democracia.
Pois é exatamente o que a sociedade brasileira assiste hoje, estupefata, com a sórdida manipulação encampada pela Rede Globo, Grupo Folha e Editora Abril – respectivamente donos da TV aberta de maior audiência, com suas filiadas em todo o território brasileiro, controladores da TV por assinatura, de O Globo, de emissoras de rádio; dos jornais Folha de S. Paulo e Valor Ecnômico, do poderoso portal UOL; da maior e mais potente revista noticiosa semanal, Veja, e de vários outros tentáculos midiáticos articulados entre si.
Cotas são o inferno
Esse poderosíssimo Leviatã apresenta-se na atual conjuntura como o sucedâneo do Leviatã hobbesiano. O propósito do monstro é amedrontar a sociedade repetindo insaciável, incontinenti e monocordiamente que o Inferno em breve se instalará no Brasil. Incansavelmente a Rede Globo, a Folha e Veja anunciam que isso já tem hora e data marcada.
O Brasil será transformado no reino de Lúcifer a partir do momento em que deputados e senadores em Brasília votem pela aprovação de dois projetos que tramitam no Congresso Nacional, um deles há mais de decênio: o Estatuto da Igualdade Racial (projeto de lei 6564/05, do senador Paulo Paim, PT), e o projeto de lei 73/99 (da deputada Nice Lobão, DEM) incorporado ao projeto de lei 3.627/2004, do governo federal. Ambos estabelecem, pela primeira vez no país, um sistema de políticas sociais compensatórias, inclusive de acesso às universidades públicas federais, como forma de corrigir as profundas desigualdades repercutidas até hoje pelos mais de 300 anos de escravidão negra e indígena que marcam a história socioeconômica brasileira.
A grande mídia simplifica tais políticas compensatórias, rotulando-as como projeto de cotas "raciais". Isso tem reduzido a abrangência daquelas proposições e tornado irracional o debate. A questão de "raça" é posta no primeiro plano, em uma sociedade que custa a acreditar na existência do racismo em suas relações cotidianas e institucionais. Um povo que acredita, a despeito do desmascaramento do mito, ser o Brasil uma "democracia racial", mercê de todos os mais respeitáveis dados e índices de medição da estrutura demográfica afirmarem sempre o contrário. A sociedade brasileira é cingida por uma forte persistência da herança escravocrata, que atinge "pretos" e "pardos" (na definição do IBGE), colocando-os como grupo nas piores posições da pirâmide sócio-econômica.
Racismo como ideologia
Não são os propositores daqueles projetos de lei que inventaram a noção de "raça" como fator de identidade atribuída às pessoas de acordo com seus papéis e o lugar social por elas ocupado na formação da sociedade brasileira.
"Raça" sempre foi utilizada pelos "senhores da terra", desde o nascedouro da empreitada colonial nas Américas, como traço distintivo. Aos africanos, trazidos como escravos para todos os gêneros de labuta, foi-lhes pregada a definição de "negros" como marca de um tipo de animal racialmente inferior aos demais humanos. Não importaram as suas diferenciações culturais, ou étnicas, tampouco as suas tradições de origem. Todos são (ou eram) da "raça" negra, consequentemente podendo ser escravos pelo estatuto do ordenamento jurídico da Colônia e do Império. O racismo foi uma das ferramentas ideológicas de organização da exploração colonial. A República não solucionou, até o presente, essa equação.
Qual patriota – e a pátria, já disse alguém, é o último refúgio dos canalhas – quer ver seu país "pegar fogo", ter a sua "harmoniosa" população "separada" entre "brancos" (no Brasil identificados como rico ou doutor) e "negros" (sempre suspeitos e vilões)? Quem quer ver a "paz" que hoje reina, como antanho, desde o princípio do escravismo colonial, quem quer todas essas nossas tradições de cordialidade (no fundo perversas) perdidas por conta da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do projeto 3.627?
Nessa tecla batem, de forma orquestrada e combinada, os grandes conglomerados de mídia. Com seus impressos, telejornais, experts em antropologia social, rádios, internet, publicações, almejam influenciar – e muito – os humores e a disposição da opinião pública, isto é, dos brasileiros formadores de opinião e dos eleitores.
Sem-precedentes a não ser no abolicionismo
O Estatuto e o outro projeto de lei seriam obra demoníaca (ou stalinista?). Permitir que congressistas tenham o livre-arbítrio de votar abalizados por razões éticas, de senso de justiça, de consciência histórica dos horrores que até hoje vigem da discriminação negativa contra os negros, isto a Rede Globo, a Folha de S. Paulo e a Veja simplesmente não querem aceitar. Portanto, mobilizam-se, com poucos precedentes similares nos debates legislativos, para derrotar aquelas proposições. Reeditam dessa forma, 130 anos depois, a mesma tipologia das paixões verificadas durante a árdua luta que resultou na abolição da escravatura no país.
Todos os artigos, todas as matérias, todos os editoriais veiculados direcionam-se a semear o pânico e a disseminar a idéia de que assim procede a mídia em defesa da unidade e do bem nacionais. Todas as reportagens ou entrevistas são produzidas e editadas de forma a referendar essa tese.
O método é simples e corriqueiro. Para disfarçar o flagrante desrespeito às regras básicas do jornalismo em sociedades abertas (deve-se dar voz a todas as opiniões), esses grandes veículos usam a fórmula 10 para 1. Dão espaço e peso diferenciados aos que são contrários àqueles projetos e ao demais. Este, já que favorável, tem a sua opinião, posta no contexto das outras contrárias, com um enquadramento que remete ao bizarro, ao fora de propósito. Vira exotismo defender políticas compensatórias para os descendentes de escravos no Brasil, que são a esmagadora maioria dos pobres e miseráveis.
Interesses anti-sociais das empresas
Rede Globo e seu noticioso carro-chefe, o Jornal Nacional – já classificado por seu editor como produto dirigido a gente de mentalidade de Homer Simpson –, Veja e Folha de S.Paulo querem convencer os formadores de opinião, eleitores e seus representados no Congresso Nacional de que essas empresas privadas (ou seja, Globo, Folha e Abril, assim como os seguidores de tal ideário) defendem nessa campanha o que é melhor para "o país". No entanto, os formadores de opinião, e principalmente os atuais detentores de mandatos parlamentares, deveriam atentar para a seguinte obviedade escamoteada nesse debate: Rede Globo, Folha e Editora Abril são crias alimentadas pela última ditadura militar que destruiu a democracia, prendeu, torturou, matou e fechou, por consequência, esse mesmo Congresso Nacional. Perseguiu e cassou mandatos de parlamentares e tantos outros líderes sociais e políticos não-adesistas.
Entre os sombrios anos 1960 ao ocaso dos anos 1980, a maior parte do tempo foram conflitantes e até mesmo opostos os interesses republicanos e os interesses dessa hoje tríplice-aliança. Essas empresas se fortaleceram, se beneficiaram e se consolidaram, cada uma ao seu modo, pelas facilitações que o regime militar lhes proporcionou. Apoiaram abertamente ou foram coniventes em algumas fases com aquela ditadura.
Sobre a Globo há vasto corpus documental a respeito, dentro dele a existência de uma CPI. Carlos Guilherme Mota e Maria Helena Capelato (1980) registraram em História da Folha de S. Paulo: 1921-1981 a estratégia de posicionamento político que fez este jornal jamais ter sofrido sequer de leve os abusos ditatoriais infligidos ao seu concorrente local, O Estado de S.Paulo. A Editora Abril sempre flertou com a cúpula do sistema, tendo em Golbery do Couto e Silva um dos seus referenciais de conduta e em Antonio Carlos Magalhães um dos seus queridinhos.
Dourando a pílula do comprometimento
A Folha buscou se redimir, a partir dos tempos de Claudio Abramo e mais ainda com Boris Casoy, na memorável campanha das Diretas-Já, que na primeira metade da década de 1980 exigia nas ruas o retorno ao Estado de Direito, com o estabelecimento de eleições livres para a Presidência da República. Naquela vez, Folha, Veja e Globo ficaram em campos diferenciados.
A vontade da poderosíssima Globo no período todos nós conhecemos. Se opôs tenazmente a que o povo brasileiro readquirisse a sua soberania por meio do voto. Ignorou ou mentiu, seguindo um padrão jornalístico de obediência à linha-dura do regime à qual serviu o tempo todo com denodo, demonizando os adversários.
Provas ainda piores de que a Globo, quando quer, é o reino da perversão dos interesses cidadãos estão nos anais da história brasileira recente em dois escandalosos episódios. O que ficou conhecido como "Caso Globo/Proconsult" e o debate final da campanha eleitoral de 1989, entre Lula e Fernando Collor. No primeiro, a Globo foi pega de calças curtas na sua ignóbil tentativa de manipular contra Leonel Brizola o resultado da eleição para governador do Rio de Janeiro, em 1982. No segundo, a exibição no Jornal Nacional da edição do debate, beneficiando a performance de Collor, até hoje é estudada como um case do histórico de abuso de poder que essa rede televisiva possui.
Nesse segundo episódio, o então todo-poderoso diretor da Central Globo de Jornalismo, Armando Nogueira, teve pruridos de hombridade, foi ao cacique Roberto Marinho e apresentou sua demissão do cargo. Vemos a confissão envergonhada dele para o teledocumentário Beyond Citizen Kane (Simon Hartog, 1993), que a Globo judicialmente censurou, impedindo sua exibição em todo o território brasileiro.
Um histórico de sujeiras
Esse documentário (assista aqui), que circulou em cópias piratas, é um consistente trabalho jornalístico da TV britânica, mostrando os tentáculos do império de Roberto Marinho e suas ramificações no comando do poder político nacional. Permitir a sua difusão à época seria contrária à estratégia que com o retorno da democracia a Globo traçou, visando apagar da memória o seu passado macbethiano.
Foi nesse vácuo, por exemplo, que alguma programação da emissora, como o Fantástico, até se deu ao luxo de exibir uma reportagem sobre o nascente Movimento Pelas Reparações dos Afrodescentente, enfocando o surgimento no Brasil de uma articulação social por políticas compensatórias de ação afirmativa.
Entretanto, pruridos iguais ao de Nogueira hoje não possui Ali Kamel. Este profissional, agora à frente do Jornalismo da TV Globo, é um dos comandantes do ataque sem trégua ao Estatuto da Igualdade Racial e ao Projeto de Lei do Executivo. Age de cima de um armamento pesado de artilharia, muito além do que poderiam vis mortais, como o autor dessas mal-traçadas linhas, desprovidos estes do instrumental fabuloso que são os comandos da TV Globo, da Veja, da Folha de S.Paulo. Nem um desses veículos abre espaço e tempo equitativos para o exercício de opinião contrária às suas neste tema. Seus colunistas e articulistas, com raras exceções de um Elio Gaspari, têm todos não-surpreendentemente o mesmo ponto de vista de quem lhes paga salários e bônus.
Trapaça e covardia no debate
Não há em toda a grande mídia brasileira um único articulista ou comentarista negro comprometido com a luta anti-racista contratualmente assegurado para, de forma regular, emitir sua opinião nesses veículos. Mesmo o limitado espaço da seção "Tendências/Debates" da página 3 da Folha, ou o seu suplemento "Mais!", nos últimos oito anos têm sistematicamente rejeitado colaborações contestadoras à sua tese. Não faltam pessoas com esse ponto de vista capacitadas para publicar na Folha, e uma lista de intelectuais comprometidos na luta por ações afirmativas foi entregue à Secretaria de Redação desse veículo por uma representação do Movimento Negro há mais de três anos, em visita àquele jornal. Certamente a lista foi para o lixo.
Diante de tão avassaladora campanha "cívica", mentalidades conservacionistas do establishment sentem-se agora encorajadas a bradar as suas posições contra as mudanças institucionais previstas por aqueles dois projetos de lei. Vêem-se estimuladas essas vozes porque sabem poder contar com a tutela dos grandes veículos de comunicação. Não temem, neste momento, a reação adversa das ruas. Porque as ruas estão desmobilizadas pela insuficiência das forças sociais que, sabedoras da justeza política das ações compensatórias aos estratos sempre excluídos (por razões históricas), acham-se órfãs do poder belicoso dos que possuem o controle da grande mídia.
Ouso dizer que por trás de todo esse poder esconde-se a prepotência dos covardes. Em breve eles também pressionarão os integrantes do Supremo Tribunal Federal, quando a matéria for ali analisada.
É esta covardia da Globo, da Veja e da Folha que interdita o nosso acesso equânime aos seus tempos e espaços. Ali Kamel jamais nos convidaria para um debate desarmado, ainda que em ambiente por ele dominado, em qualquer um dos seus jornalísticos ou talk shows cuja edição seja honesta. Otavio Frias Filho, para cujo jornal muitas vezes no passado escrevi, tendo dois textos meus reeditados em coletâneas organizadas pela Publifolha – e a partir dos quais produzi minha tese de doutorado – não me ofereceria em sua Folha um lugar de articulista frequente em contraponto ao seu pensamento. E Veja, para estampar uma "página-amarela" que fosse, somente se eu "revelasse" que Lúcifer não existe no além, Lúcifer é a "alcunha" de Luiz Inácio Lula da Silva.
Como as coisas assim não se darão, ou os defensores e interessados pela democratização verdadeira das relações sociais no Brasil retomam aguerridamente a sua militância, pressionam os parlamentares, ganham as ruas e outros espaços de cidadania; ou, então... adeus às mudanças.
***
P.S. – Uma nota adicional. Comecei a redigir este artigo em Madri, Espanha. Estou na Europa há oito meses como bolsista de pós-doutorado da Capes no Lateinamerika Institut da Freie Universität Berlim, verificando a presença e influência do geógrafo Milton Santos no debate intelectual em países europeus, subsídio para escrever a biografia autorizada dele. Dia desses tive de me deslocar em ônibus para Salamanca. Ao desembarcar na estação, à porta do veículo vieram me recepcionar três homens que se identificaram como agentes da polícia local. Eu era o único negro entre os demais passageiros e não estava chegando ao país naquele momento. Fui o único detido e submetido aos olhares suspeitosos dos demais.
Não se tratava de agentes da Imigração. Eram policiais comuns à paisana, que me levaram a um cubículo, me retiraram os documentos e remexeram minha mochila, cheia de livros – para a surpresa confessa deles – e folhearam meu passaporte com comentários jocosos sobre o número de viagens marcado por vários vistos ali apostos. Telefonaram para sei lá quem, ditando meus nome e sobrenome. Depois do vexame e do constrangimento, permitiram que eu fosse encontrar com um acadêmico da universidade local, estudioso da obra do brasileiro. A essa altura eu já tinha perdido meu humor.
Registro aqui o fato para ilustrar uma simples verdade, que se tenta escamotear: é muito fácil, para os prepostos do poder (público ou privado) saber quem é negro. Afirmo em resposta à questão bizantina levantada pelos inimigos das cotas. No Brasil, episódios como esse são banais. Na Europa frequentemente ocorrem. A cor da pele subsiste como valor de distinção, de discriminação e preconceito. Gostemos ou não, esses são os fatos.

Fonte: Observatório da imprensa

Fernando Conceição é Professor da FACOM-UFBA e faz estágio de Pós-Doutorado na Universidade Livre de Berlim (Freie Universität Berlin), junto ao Lateinamerika-Institut, em pesquisa sobre o impacto do pensamento de Milton Santos no debate sobre a nova fase de globalização nos grupos de pesquisa e entre intelectuais que discutem o tema na Europa (2008-2009)

As cotas desmentiram as urucubacas (Elio Gaspari)

03 de junho de 2009

Os negros desorganizariam as universidades, como a Abolição destruiria a economia brasileira


QUEM ACOMPANHASSE os debates na Câmara dos Deputados em 1884 poderia ouvir a leitura de uma moção de fazendeiros do Rio de Janeiro:

"Ninguém no Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da desorganização do atual sistema de trabalho."

Livres os negros, as cidades seriam invadidas por "turbas ignaras", "gente refratária ao trabalho e ávida de ociosidade". A produção seria destruída e a segurança das famílias estaria ameaçada.

Veio a Abolição, o Apocalipse ficou para depois e o Brasil melhorou (ou será que alguém duvida?).

Passados dez anos do início do debate em torno das ações afirmativas e do recurso às cotas para facilitar o acesso dos negros às universidades públicas brasileiras, felizmente é possível conferir a consistência dos argumentos apresentados contra essa iniciativa.

De saída, veio a advertência de que as cotas exacerbariam a questão racial. Essa ameaça vai completar 18 anos e não se registraram casos significativos de exacerbação. Há cerca de 500 mandados de segurança no Judiciário, mas isso nada mais é que a livre disputa pelo direito.

Num curso paralelo veio a mandinga do não-vai-pegar. Hoje há em torno de 60 universidades públicas com sistemas de acesso orientados por cotas e nos últimos cinco anos já se diplomaram cerca de 10 mil jovens beneficiados pela iniciativa.

Havia outro argumento: sem preparo e sem recursos para se manter, os negros entrariam nas universidades, não conseguiriam acompanhar as aulas, desorganizariam os cursos e acabariam deixando as escolas.

Entre 2003 e 2007 a evasão entre os cotistas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro foi de 13%. No universo dos não cotistas, esse índice foi de 17%.

Quanto ao aproveitamento, na Uerj, os estudantes que entraram pelas cotas em 2003 conseguiram um desempenho pouco superior aos demais. Na Federal da Bahia, em 2005, os cotistas conseguiram rendimento igual ou melhor que os não cotistas em 32 dos 57 cursos. Em 11 dos 18 cursos de maior concorrência, os cotistas desempenharam-se melhor em 61 % das áreas.

De todas as mandingas lançadas contra as cotas, a mais cruel foi a que levantou o perigo da discriminação, pelos colegas, contra os cotistas.

Caso de pura transferência de preconceito. Não há notícia de tensões nos campus. Mesmo assim, seria ingenuidade acreditar que os negros não receberam olhares atravessados. Tudo bem, mas entraram para as universidades sustentadas pelo dinheiro público.

Tanto Michelle Obama quanto Sonia Sotomayor, uma filha de imigrantes portorriquenhos nomeada para a Suprema Corte, lembram até hoje dos olhares atravessados que receberam ao entrar na Universidade de Princeton. Michelle tratou do assunto em seu trabalho de conclusão do curso. Ela não conseguiu a matrícula por conta de cotas, mas pela prática de ações afirmativas, iniciada em 1964. Logo na universidade onde, em 1939, Radcliffe Heermance, seu poderoso diretor de admissões de 1922 a 1950, disse a um estudante negro admitido acidentalmente que aquela escola não era lugar para ele, pois "um estudante de cor será mais feliz num ambiente com outros de sua raça". Na carta em que escreveu isso, o doutor explicou que nem ele nem a universidade eram racistas.

Curso Pré-vestibular Steve Biko abre inscrições - BA

O INSTITUTO CULTURAL STEVE BIKO (ICSB), abre inscrições para preenchimento de 40 vagas no curso pré-vestibular 2009. O objetivo é proporcionar aos afro-descendentes possibilidades de igualdade de condições para concorrer às provas dos vestibulares, bem como promover a ascensão social da comunidade negra por meio da educação e do resgate de seus valores ancestrais. As vagas serão destinadas aos candidatos que concluíram ou que estejam cursando o último ano do Ensino Médio ou equivalente.

I – INSCRIÇÕES
- Estão abertas as inscrições para selecionar os candidatos que ingressarão nas turmas do Curso Pré-Vestibular 2009. O período de inscrições será de 04 a 12 de junho de 2009, e ocorrerão, exclusivamente, na Rua do Paço, 04 Largo do Carmo,
2º andar Pelourinho - Salvador, das 09h. as 12 e das 19 às 21h, de segunda a sexta feira.

1.2 – Taxas: Valor da inscrição (prova): R$ 20,00(vinte reais).

II - DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
No ato da inscrição o candidato obrigatoriamente deverá:
a) Entregar a ficha de inscrição, devidamente preenchida;
b) Apresentar original do comprovante de conclusão do ensino médio ou que está em vias de conclusão ainda no ano de 2009;
c) Original do RG e do CPF;
d) Apresentar Comprovante de Residência; e) 01 foto 3x4 atual;f) Efetuar pagamento da Taxa de inscrição (R$ 20,00)

III – VAGAS
Serão oferecidas 20 (vinte) vagas para o TURNO MATUTINO e 20 (vinte) vagas para o TURNO NOTURNO.

IV– SELEÇÃO: A seleção será realizada em etapa única:

PROVA – DIA 20 DE JUNHO DE 2009 (14 HORAS ) – Local a confirmar
Provas: Português (Redação de 20 a 25 linhas): Língua Portuguesa - Regras de acentuação gráfica; Formação de palavras: derivação; composição; hibridismo; redução; empréstimos e gírias. Concordância verbal e nominal; regência verbal; Semântica: sinonímia; antonímia; campo semântico – hiponímia e hiperonímia; polissemia
Matemática (15 questões de matemática): Raciocínio Lógico; Divisibilidade; Números primos; Mínimo múltiplo comum (MMC) e Máximo divisor comum (MDC); Potenciação e Radiciação; Números fracionários; Números decimais; Razão e proporção; Porcentagem; Média aritmética e média ponderada; Expressões numéricas; Regra de três simples e composta; Equações do 1º grau; Sistemas de equações do 1º grau.
Conhecimentos Gerais (15 questões)
Resultado: 30 de Junho de 2009, ás 14 horas.
Matrícula de 30 de junho a 03 de julho de 2009 no horário: 08 às 12 horas ou das 14 às 18 horas, de segunda a sexta feira.
Início das aulas: 06 de julho de 2009
Local Sede do Instituto Steve Biko: Rua do Paço, 04 Largo do Carmo 2º andar Pelourinho-Salvador.

V - VALOR DO CURSO: R$ 300,00 (trezentos reais).
Formas de pagamento:
1- Parcela única com 15% de desconto – No ato da matrícula
2- Mensalmente: 01 parcela de R$ 100,00 (matrícula) e 04 (quatro) parcelas mensais de R$ 50,00 (agosto a novembro de 2009).

DISPOSIÇÕES FINAIS
a) O horário das aulas do curso NOTURNO é de 19h ás 22h00min de Segunda a Sexta e Sábado das 13h30minh às 17h30min.
b) O horário das aulas do curso MATUTINO é de 8h ás 12h. de Segunda a Sexta.

Salvador, 03 de junho de 2009.
Diretora Pedagógica

terça-feira, 2 de junho de 2009

2º. Simpósio Internacional Diálogos Brasil - Estados Unidos - RJ

"Estudos antropológicos e processos de produção de diferença:
etnicidade, raça, sexualidade, gênero, idade"

Universidade de São Paulo
Departamento de Antropologia
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
NUMAS – Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais de Diferença

Data: 15 e 16 de Junho de 2009
Local : sala 18

Prédio de Ciências Sociais e Filosofia
FFLCH – USP – Campus Butantã

Programação:
Dia 15 de Junho de 2009

14h00- 18h00
Mesa 1 – Regulações e políticas: entrecruzando raça, gênero e sexualidade

Coordenação: Julio de Assis Simões

Abuso policial e a violência do redesenvolvimento urbano
Keisha-Khan Perry, Brown University

Direitos sexuais e secularismos em disputa no Brasil e no México
Rafael de la Dehesa, City University of New York

Gênero, raça e sexualidade no debate brasileiro sobre tráfico internacional de pessoas
Adriana Piscitelli, Unicamp
Debatedor: Luiz Fernando Duas Duarte, MN - UFRJ

18h30 – Conferência de Maria Lucia Montes (USP)
Coordenação da mesa: Lilia Moritz Schwarcz

19h30 – Coquetel de confraternização

16 de junho de 2009

9h00 -13h00
Mesa 2 - Problematizando identidades raciais

Coordenação: Laura Moutinho

Os quilombos e seus direitos hoje: entre a construção das identidades e a história
Jan Hoffman French, University of Richmond

Deus, narrativa e identidade racial na cena da música negra gospel de São Paulo
John Burdick, Syracuse University

Identidade Religiosa, Identidade Política? : o mapeamento dos terreiros em Salvador-BA
Jocélio Teles dos Santos, UFBA
Debatedor: Antonio Sergio Guimarães, USP

Almoço

14h00-18h00
Mesa 3 - Estéticas de gênero e raça

Coordenação: Heloisa Buarque de Almeida

Fantasias coloniais: sobre a estetização de corpos femininos negros em Cuba e no Brasil
Lourdes Martinez Echazabal, University of California, Santa Cruz.

A democratização da beleza? Cirurgia plástica, inclusão e cidadania cosmética
Alvaro Jarrin, Duke University

Beleza roubada: gênero, estética e corporalidade no teatro brasileiro.

Heloísa Pontes, Unicamp
Debatedora: Mirian Goldenberg (UFRJ)

18h00 – Encerramento
Criando encontros iguais: As novas gerações de brasilianistas

James Green, Brown University

mais informações: www.fflch.usp.br/da

CEAO promove palestra "África: Estado, Genocídio e Literatura" - BA

Palestrante: Herbert Ekwe-Ekwe, Cientista Político e Crítico Literário

Onde? CEAO - Milton Santos
Quando? 15 junho, segunda-feira
Horas? 18.30
Tradução? Sim
Promoção: Sephis/Ceao/PósAfro

Materia sobre suspensão das cotas no Rio de Janeiro

Lei de cotas permanece no Vestibular deste ano

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1047662-7823-LEI+DE+COTAS+PERMANECE+NO+VESTIBULAR+DESTE+ANO,00.html

Seminário "História da África na sala de aula" - MG

06 de junho/2009, sábado, 8h30

Auditório UNA – Rua Aimorés, 1451 - Lourdes

Belo Horizonte – MG


INSCRIÇÕES GRATUITAS


PROGRAMAÇÃO


7h30 – Credenciamento

8h30 – Abertura: apresentação digital

“Novas bases para o ensino de História da África no Brasil”

Carlos Moore Wedderburn (Universidade de Kingston, Jamaica)

Coordenação: Iris Amâncio (NANDYALA Editora)

9h – Mesa-redonda: “O ensino de História da África”

- “A História da África em manuais didáticos dos Países Africanos de Língua Portuguesa”

Aracy Alves Martins – UFMG/Educação

- “Representações sobre a África em livros didáticos brasileiros de História”

Alex de Oliveira Fernandes (Prefeitura Municipal de Contagem – PMC/SEDUC)

- “Impactos do ensino de História da África sobre o imaginário político-social brasileiro”

Marcos Antônio Cardoso (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – PBH/FCRCN)

Coordenação: Prof. Frederico de Assis Cardoso (UNA/Pedagogia)

10h30 – Chá de Caxinde e Bate-papo Afro

11h – Mesa-redonda: “História, identidade e prática pedagógica”

- “O papel da história e dos processos sociais na construção da identidade”

Stefânie Arca Garrido Loureiro (PUC Minas/Psicologia)

- “História da África e identidade negra brasileira”

Dalmir Francisco (UFMG/Comunicação)

- “Identidades culturais africanas: cosmovisão, tradição oral e ensino de História da África”

Rosa Margarida de Carvalho Rocha (PBH/SEEMG)

Coordenação: Iris Amâncio (NANDYALA Editora)

12h30 – Sessão de Autógrafos

“Pedagogia da diferença: a tradição oral africana como subsídio para a prática pedagógica” (Rosa Margarida de Carvalho Rocha)

“Identidade étnica em re-construção” (Stefânie Arca Garrido Loureiro)

Informações/inscrições: (31)3281-5894

NANDYALA Livraria & Editora

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lançamento de livro "Retratos e espelhos: raça e etnicidade no Brasil e nos EUA" - SP

RETRATOS e ESPELHOS: Raça e Etnicidade no Brasil e nos Estados Unidos

Quinta-Feira, 18 de junho, 17:00h
Sala da Congregação, FEAUSP

Com artigos acadêmicos de alunos intercambistas brasileiros e americanos do Programa Raça, Desen-volvimento e Desigualdade Social, que envolve as universidades Howard e Vanderbilt (EUA), UFBA e USP.

Participação dos professores:
Orlando Taylor, Pró-Reitor, Howard University
Marshall Eakin, Depto de História, Vanderbilt Univ.
Jane Landers, Depto de História, Vanderbilt Univ
Paula Barreto, Depto de Sociologia, UFBA

Serão também autografados os livros:

Múltiplas Vozes: Racismo e Anti-racismo na Perspectiva de Universitários de São Paulo (Editora UFBA), Paula Barreto

Democracia Racial, do Discurso à Realidade (Editora Paulus), Vinicius Rodrigues Vieira

Na ocasião serão disponibilizados alguns livros e ocorrerá conversa com autores!

Rio de Janeiro se mobiliza a favor das cotas

MOBILIZAÇÃO POPULAR A FAVOR DAS COTAS UNIVERSITÁRIAS

1º de junho/ Segunda-feira
às 14 horas

Em frente ao Fórum (Tribunal de Justiça)
Av. Erasmo Braga, 115 – Centro – Rio de Janeiro – RJ


O ato será em resposta a liminar do Deputado Flávio Bolsonaro que suspendeu os efeitos da Lei Estadual 5.346/2008, que Cria o Sistema de Cotas nas Universidades do estado do Rio de Janeiro.

O Deputado conservador, RACISTA e seus aliados na Justiça, querem VIOLENTAR um legítimo direito conquistado democraticamente pelos afro descendentes, que representam 47% do povo do Estado do Rio de Janeiro.

Companheiros:

Hoje são as cotas universitárias. Amanhã a liminar será para suspender o feriado do dia de Zumbi dos Palmares.

Centro de Pesquisas Criminológicas do Rio de Janeiro – CEPERJ
José dos Santos Oliveira – Diretor

Memória Lélia Gonzalez
www.leliagonzalez.org.br

Diretora do CEAO discute racismo em novo livro - BA

A professora Paula Barreto, diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA (CEAO), lança na terça(2) seu livro "Múltiplas vozes, racismo e anti-racismo na perspectiva dos universitários de São Paulo". A obra é uma publicação da Editora da UFBa (Edufba), em parceria com a Uniafro. O lançamento será na sede do próprio CEAO - Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho, a partir das 18h.