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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 11 de maio de 2010

Universidades federais abrem inscrições para formar 6.700 pessoas em gestão de políticas públicas em gênero e raça

Curso gratuito será ministrado em 18 universidades federais das cinco regiões do País e atenderá pessoas de nível médio e superior. Inscrições já estão abertas na universidade do Pará



Brasília (Brasil) - Formar 6.700 gestores e gestoras para a condução das políticas públicas de gênero e raça. Esse é um dos objetivos do curso gratuito de formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça que será desenvolvido por 18 universidades federais das cinco regiões do País (lista completa abaixo), para pessoas de nível médio e superior. A iniciativa é resultado da parceria entre Ministério da Educação, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher - UNIFEM Brasil e Cone Sul, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – CLAM/UERJ.

O público-alvo é formado por servidoras e servidores dos três níveis da administração pública, integrantes dos Conselhos de Direitos da Mulher, dos Fóruns Intergovernamentais de Promoção da Igualdade Racial, dos Conselhos de Educação, gestores e gestoras das áreas de educação, saúde, trabalho, segurança e planejamento e dirigentes de organismos não governamentais ligados à temática de gênero e da igualdade etnicorracial.

O curso utiliza a plataforma da Universidade Aberta do Brasil, composto por um sistema integrado de universidades públicas através da metodologia da educação a distância com uso de ferramentas de aprendizagem e conteúdo ministrados pela internet. Estão programados de dois a três encontros presenciais.

A formação em gestão de políticas de gênero e raça é uma oportunidade para instrumentalizar gestores, interessados a ingressar na carreira de administração pública ou lideranças de ONGs para intervenção no processo de concepção, elaboração, implementação, monitoramento e avaliação dos programas e ações de forma a assegurar a transversalidade e a intersetorialidade de gênero e raça nas políticas públicas.

Formas de participação e conteúdo
São duas as modalidades de participação: Aperfeiçoamento, com carga horária total de 300 horas, para profissionais de nível médio; e de Especialização, com carga total de 380 horas, para profissionais de nível superior. Para a modalidade Especialização, ao final do curso, deverá ser apresentado um trabalho de conclusão de curso (TCC).

Os conteúdos estão divididos em seis módulos: Políticas Públicas e Promoção da Igualdade, Políticas Públicas e Gênero, Políticas Públicas e Raça, Estado e Sociedade e Gestão Pública. A coordenação e a definição de conteúdos são compartilhadas por pesquisadores e pesquisadoras de gênero e raça, entre os quais estão ativistas de mulheres, feministas e movimentos negro e de mulheres negras. Clique aqui para ver o programa completo do curso

Inscrições abertas no Pará
As universidades federais de Minas Gerais e do Pará são as duas primeiras instituições a abrirem as inscrições. Na UFMG, foram disponibilizadas 500 vagas e o período de inscrições já se encerrou. A Universidade Federal do Pará recebe, até o dia 31 de maio, inscrições para as 300 vagas disponibilizadas para o curso. Conforme a coordenadora do curso na UFPA, Mônica Conrado, já foram preenchidas 200 vagas. Informações sobre dados e formulários de inscrição devem ser solicitados para a professora Mônica Conrado pelo e-mail mpconrado@uol.com.br

Segundo as instituições organizadoras do curso, a expectativa é que durante o mês de junho as demais 16 universidades anunciem a abertura das inscrições. As universidades ofertam de 120 a 700 vagas, a depender do tamanho da turma definida pela coordenação do curso.

Confira:
 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Começa no dia 19 de maio a IV Semana da África - BA

De 19 a 25 de maio acontece em Salvador, a IV Semana da África, promovida por estudantes africanos em Salvador, em parceria com estudantes afro-brasileiros. Este ano, o evento traz à discussão o tema “África: independências e futuros possíveis”.

As discussões serão voltadas para o processo das independências dos países africanos, que, fragmentados por séculos de colonialismo e escravidão, exigiram, através de suas lideranças, o fim da exploração externa. A IV Semana da África debate processos de independência nos países africanos e propostas que consideram a importância das políticas afirmativas nos cursos de graduação e pós-graduação e a implementação do ensino da história, culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas e universidades do Brasil e da África.

A ideia é abrir diálogos entre brasileiros e africanos, fortalecer laços de solidariedade, estimular a pesquisa científica e promover a formação de mais referências históricas sobre o continente africano e a diáspora. O evento, realizado em Salvador desde 2006 e aberto ao público, tem apoio do Centro de Estudos Afro-Orientais e da Pró-reitoria de Assistência Estudantil da Universidade Federal da Bahia.

Dentro da programação está previsto a realização de um Ciclo de Oficinas em escolas públicas, relacionadas aos eixos temáticos que articulam informações sobre as relações entre África e Brasil; sessões de comunicações coordenadas; mesas-redondas; grupos de trabalho e atividades culturais. A abertura do evento acontecerá na Reitoria da UFBA. A IV Semana da África será finalizada com debates no Instituto Anísio Teixeira e na Faculdade das Ciências Econômicas da Bahia, nos dias 24 e 25 respectivamente.

Maiores informações no site www.semanadaafrica.blogspot.com

domingo, 9 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010

EDUCAFRO promove "Sextas-feiras negras" - SP

Sextas-Feiras Negras

Tema: "Existe um privilégio branco na sociedade brasileira?"


Se liga aí! A partir desta sexta, dia 07 de maio, a Educafro realiza uma série de debates semanais sobre a condição negra e o privilégio branco na sociedade brasileira. O evento, que marca o "Maio Negro" na Educafro, contará com a presença de pesquisadores e militantes negros de diversas áreas do conhecimento. O evento também faz parte das aulas de cidadania da Educafro e é requisito fundamental para alunos do projeto.
 
Veja abaixo a programação:

  • 07 de maio - "OLHOS  AZUIS", exibição do filme, seguido de debate com a professora Lucília Santos (Mestre em Ciências Sociais, Universidade Metodista de São Paulo)
  • 14 de maio - “O privilégio branco e a construção social da tragédia: racismo ambiental e geografias racializadas”. (Lia Lopes, Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco, Jaime Amparo-Alves / Doutorando em Antropologia Social / Universidade do Texas, em Austin EUA).
  • 16 de maio – “Existe um privilégio branco na sociedade brasileira?” Debate com Augusto Werneck (Procurador de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) e Cláudio Lembo (ex-governador do Estado de São Paulo) [Reunião geral]
  • 21 de maio -   “Ações afirmativas e privilégio branco: um olhar a partir dos Estados Unidos e do Brasil” (Tianna S. Paschel, Doutoranda em Sociologia e estudos de raça e de gênero, Universidade da California – Berkeley & Flávio José dos Passos, Bolsista do International Fellowship Program - Fundação Ford, Mestrando em Ciências Sociais - Antropologia, na PUC-SP).
  • 28 de maio – “Provincializando o branco: estudos raciais na academia brasileira” (Lourenço Cardoso, Doutorando em Antropologia Social, Universidade de Coimbra, Portugal & Eduardo Antônio Estevam Santos, Doutorando em História Social/PUC-SP)
Os encontros acontecem sempre às 18h30, na sede nacional da Educafro. Atenção: no dia 16 de maio, o debate acontecerá durante a reunião geral mensal da Educafro, as 9h00.

Seminário "A Bahia: desenvolvimento e igualdade" - BA

 (Clique na imagem para ampliá-la)

Simpósio "Limiares da Universidade: uma discussão sobre ações afirmativas, educação e diversidade" - BA

A Coordenadoria de Ações Afirmativas, Educação e Diversidade da  Pró-Reitoria de Assistência Estudantil da UFBA convida as comunidades universitária e externa a participar do Simpósio "Limiares da  Universidade: uma discussão sobre ações afirmativas, educação e diversidade", que acontecerá entre os dias 15 e 16 de junho de 2010,  no salão nobre da Reitoria.
 
Para o evento está previsto uma conferência de abertura e cinco mesas-redondas e contará com as presenças do prof. Dr. André Lázaro (Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD/MEC), de Elisa Lucinda cantora, poetisa e atriz), do prof. Dr.  Wilson de Mattos (professor no Programa de Pós Graduação em Educação e Contemporaneidade da UNEB), de João Jorge Rodrigues Presidente do  Olodum e Mestre em Direito e Estado pela UNB), do Prof. Kaká Werá  Jecupé (tapuia, escritor, professor da UNIPAZ), do Prof. Dr. Reginaldo  Prandi docente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP), do  prof. João Edison Vilas Boas dos Prazeres (Coordenador de Educação  Especial da SEC-BA), do Prof. Dr. Ubiratan de Castro, do Prof. Dr.  Luiz César de Queiroz Ribeiro (Coordenador do Observatório das  Metrópoles e professor da UFRJ), entre outros.

A inscrição no evento é GRATUITA e será realizada através do endereço eletrônico www.limiaresdauniversidade.blogspot.com, estando condicionada à existência de vaga.

A programação completa do evento está disponível no endereço eletrônico acima.
Contamos com sua presença.

Mini-curso "Literatura afro-colombiana em diálogo com a literatura afro-brasileira" - BA

Mini-curso
 
Literatura afro-colombiana em diálogo com a literatura afro-brasileira
 
com a professora Drª Maria Cândida Ferreira (Profesora Departamento de Humanidades y Literatura -Universidad de los Andes)
 
Onde: CEAO
Quando: de 17, 18, 19, 20 e  24 de maio de 2010
Horário: 18hrs-20hs(exceto na quinta-feira que será entre 14-18 horas)

Curso "O significado dos penteados e trançados na cultura Yorubá" - BA

A ênfase dada à cabeça (orí) na cultura e na arte yorubá vai além da sua importância biológica como lugar do cérebro, que controla o corpo. Também reflete a concepção yorubá de Olodumaré (o Deus Supremo) como fonte do universo e a cabeça das forças cósmicas chamadas de Orixás que atuam como agentes empoderadores do axé.
O curso é uma introdução ao significado da cabeça na arte e na cultura yorubá através do estudo dos diferentes penteados e trançados que mostram o poder da cabeça nessa sociedade e projetam sua importância social, política e espiritual. Será dada ênfase especial à Cosmologia, Arte e Iconografia dos Orixás, permitindo desenvolver habilidades analíticas que facilitarão contextualizar sua reinterpretação no Brasil, onde a influência do povo yorubá tem sido marcante dos tempos coloniais aos nossos dias.

PROF. DR. BABATUNDE LAWAL
Nascido na Nigéria, Babatunde Lawal graduou-se em Artes Plásticas na Universidade de Nsukka, Nigéria. Possui Mestrado e Doutorado em História da Arte pelas Universidades de Indiana (EUA). Ensinou por vários anos na Universidade Obafemi Awolowo, em Ile-Ifé (Nigéria), onde foi fundador e Chefe do Departamento de Belas Artes e Diretor da Faculdade de Artes. Atualmente é Professor de História da Arte no Virginia Commonwealth University, em Richmond, Virginia (EUA). Também foi professor visitante das Universidades de Harvard (Massachusetts) e de Columbia (New York), Dartmouth College (New Hampshire), Michigan State University (East Lansing), Kalamazoo College (Michigan), Harare Polytechnic (Zimbábue), Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal da Bahia – UFBA.
O Professor Lawal tem inúmeras publicações sobre diferentes aspectos da arte na África e sobre a Diáspora Africana. A sua pesquisa sobre a estética e os significados das artes e festivais tradicionais contribuiu significativamente para o seu reconhecimento internacional, servindo de inspiração a artistas negros contemporâneos.

LOCAL:AUDITÓRIO DO CPDER (Atrás do prédio do mestrado).
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB CAMPUS I
Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:geaalc@gmail.com
BIBLIOTECA DA PÓS-GRADUAÇÃO PROFA. HILDETE
TEL: (71) 3117.2448
PERÍODO:DE 27 A 30 DE JULHO DE 2010
HORÁRIO: 13 ÀS 17 h.
VALORES:
ESTUDANTES R$ 40,00
OUTROS R$ 60,00



quinta-feira, 6 de maio de 2010

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Exposição geográfica tinerante, organizada pelo Prof. Dr. Rafael Sanzio dos Anjos
Promovida pelo Museu Nacional da República, pela Universidade de Brasília e pela Petrobras.
Abertura 12 de maio de 2010, às 19h, na Galeria Térrea do Museu Nacional da República.
 

Bembé do Mercado, em Santo Amaro - BA

 (Clique na imagem para ampliá-la)

Documentário "CEBA, identidade afro-brasileira" - RJ

O vídeo documentário dirigido por Flávia Vieira conta a história do Centro de Estudos Brasil África que surgiu na década de 1970 em São Gonçalo, através de depoimentos de seus principais participantes.
Este trabalho tem por objetivo preservar a memória daqueles que vem lutando pela inclusão da população afrodescendente no Brasil.

Local: Auditório das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA)
R. Muniz Barreto, 51, Botafogo, RJ
Data: 06/05/2010
Horário: 19h


Fonte: Lista Discriminação Racial

Livro aborda formação de professores e religiões de matrizes africanas

"Formação de Professores e Religiões de Matrizes Africanas: um Diálogo Necessário", livro do sacerdote da religião de matriz africana, professor Erisvaldo Pereira dos Santos, da Universidade Federal de Ouro Preto, preenche uma lacuna, pois a bibliografia na área é escassa e a implementação da lei nº 10.639/03 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira exigem suporte acadêmico confiável para enfrentar ignorâncias e preconceitos contra as religiões de tradição oral, como as expressas no candomblé das nações ketu, efon, ijexá e xambá, que cultuam orixás; e angola e jeje, que, respectivamente, veneram inquices e voduns. Logo, os candomblés são muitos.
O vocábulo candomblé é de origem bantu: ca = uso, costume + ndomb = negro, preto + lê = lugar, casa, terreiro e/ou pequeno atabaque, significando "lugar de costume dos negros". Candomblé é religião e um terreiro de candomblé é um templo, um local sagrado. Num contexto de recrudescimento de intolerância religiosa, é louvável um livro que aborda a tolerância religiosa como a valorização do sagrado do outro. Um ponto fascinante é a abordagem da oralidade, "uma marca das culturas de raízes africanas", que para Juana Elbein dos Santos, autora de "Os Nàgó e a Morte", é mais que uma pedagogia: "é instrumento a serviço da estrutura dinâmica nagô".
E o autor acrescenta: "Mesmo reconhecendo o valor da importância da oralidade no processo de transmissão dos conteúdos sobre as heranças africanas, assumi o desafio de contribuir mais efetivamente para a formação de professores, através da escrita (...), em prol do respeito, do diálogo e do acolhimento à diversidade religiosa brasileira".
O livro do pai de santo Erisvaldo - Babá Mejeuí, "Erisvaldo d’Ogum", filho da yalorixá Lídia de Oxalá - é significativo para quaisquer comunidades religiosas, pois, como ele diz, "não é possível construir atitudes de respeito e valorização do sagrado do outro sem que se conheça a história, os valores e o sentido inerentes à experiência de sagrado presente na religião. O êxito dessa tarefa está relacionado a dois fatores significativos: o primeiro é uma formação de professores com sólidos embasamentos teóricos e comprometidos com os objetivos de uma educação democrática e republicana, fundada em princípios éticos.
O segundo diz respeito ao exercício do ofício das lideranças religiosas, no sentido de contribuir para a construção de convivência respeitosa e pacífica entre adeptos de diferentes crenças". Ah, o livro é da Editora Nandyala Livros e Serviços Ltda, de Belo Horizonte!
Admiradora do patrimônio cultural do povo de santo, sou figurinha fácil nas festas do Ilê Axé Ogunfunmilayo - Casa de Cultura e Tradição Afrobrasileira de Minas Gerais, no Quintas Coloniais, em Contagem. É um deslumbre religioso e gastronômico o Caruru de Cosme e Damião, no dia consagrado a eles, 27 de setembro.
Uma festa linda e doce - uma vitrine do sincretismo religioso, como fala Lecticia Cavalcanti: "A devoção nos foi trazida pelo colonizador português, tendo sido a primeira igreja, em honra deles, construída em Igaraçu-PE (1530). Os escravos que aqui vieram, todos da África Ocidental (Angola, Costa do Marfim, Guiné e Congo), mantiveram os rituais religiosos e a fé nos deuses de sua terra distante. Inclusive nos orixás-meninos (ibejis). Mas aprenderam a sincretizar com os santos católicos, cujos cultos lhes eram impostos".

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Roda de Conversa sobre intolerância Religiosa - RJ

Assessora da Relatoria Nacional para o Direito Humano à Educação da Plataforma Dhesca Brasil
 
Data:05/05/2010
Horário: 18 h
Local: Auditório do 9º andar do Bl. D da UERJ Maracanã.

Contamos com a presença considerando a relevancia da Missão da Plataforma Dhesca sobre intolerância religiosa!

Conheça http://www.dhescbrasil.org.br/_plataforma/

Nota da Comissão de Assuntos Indígenas sobre matéria da Veja

A reportagem divulgada pelo último número da revista Veja, provocativamente intitulada "Farra da Antropologia oportunista", acarretou uma ampla e profunda indignação entre os antropólogos, especialmente aqueles que pesquisam e trabalham com temas relacionados aos povos indígenas. Dados quantitativos inteiramente equivocados e fantasiosos (como o de que menos de 10% das terras estariam livres para usos econômicos, pois 90% estariam em mãos de indígenas, quilombolas e unidades ambientais!!!) conjugam-seà sistemática deformação da atuação dos antropólogos em processos administrativos e jurídicos relativos a definição de terras indígenas.
Afirmações como a de que laudos e perícias seriam encomendados pela FUNAI a antropólogos das ONG's e pagos em função do número de indígenas e terras "identificadas" (!) são obviamente falsas e irresponsáveis. As perícias são contratações realizadas pelos juízes visando subsidiar técnica e cientificamente os casos em exame, como quaisquer outras perícias usuais em procedimentos legais. Para isto o juiz seleciona currículos e se apóia na experiência da PGR e em consultas a ABA para a indicação de profissionais habilitados. Quando a FUNAI seleciona antropólogos para trabalhos antropológicos o faz seguindo os procedimentos e cautelas da administração pública.
Os profissionais que realizam tais tarefas foram todos formados e treinados nas universidades e programas de pós-graduação existentes no país, como parte integrante do sistema brasileiro de ciência e tecnologia. A imagem que a reportagem tenta criar da política indigenista como uma verdadeira terra de ninguém, ao sabor do arbítrio e das negociatas, é um absurdo completo e tem apenas por finalidade deslegitimar o direito de coletividades anteriormente subalternizadas e marginalizadas.
Não há qualquer esforço em ser analítico, em ouvir os argumentos dos que ali foram violentamente criticados e ridicularizados. A maneira insultuosa com que são referidas diversas lideranças indígenas e quilombolas, bem como truncadas as suas declarações, também surpreende e causa revolta. Sub-títulos como "os novos canibais", "macumbeiros de cocar", "teatrinho na praia", "made in Paraguai", "os carambolas", explicitam o desprezo e o preconceito com que foram tratadas tais pessoas. Enquanto nas criticas aos antropólogos raramente são mencionados nomes (possivelmente para não gerar demandas por direito de resposta), para os indígenas o tratamento ultrajante é na maioria das vezes individualizado e a pessoa agredida abertamente identificada. Algumas vezes até isto vem acompanhado de foto.
A linguagem utilizada é unicamente acusatória, servindo-se extensamente da chacota, da difamação e do desrespeito. As diversas situações abordadas foram tratadas com extrema superficialidade, as descrições de fatos assim como a colocação de adjetivos ocorreram sempre de modo totalmente genérico e descontextualizado, sem qualquer indicação de fontes. Um dos antropólogos citado como supostamente endossando o ponto de vista dos autores da reportagem afirmou taxativamente que não concorda e jamais disse o que a revista lhe atribuiu, considerando a matéria "repugnante". O outro, que foi presidente da FUNAI por 4 anos, critica duramente a matéria e destaca igualmente que a citação dele feita corresponde a "uma frase impronunciada" e de "sentido desvirtuante" de sua própria visão.
A agressão sofrida pelos antropólogos não é de maneira alguma nova nem os personagens envolvidos são desconhecidos, isto apenas considerando os últimos anos. O antropólogo Stephen Baines em 2006 concedeu uma longa entrevista a Veja sobre os índios Waimiri-Atroari, população sobre a qual escrevera anos antes sua tese de doutoramento. 
A matéria não saiu, mas poucos meses depois, uma reportagem intitulada "Os Falsos Índios", publicada em 29 de março de 2006, defendendo claramente os interesses das grandes mineradoras e empresas hidroelétricas em terras indígenas, inverteu de maneira grosseira as declarações do antropólogo (pg. 87). Apesar dos insistentes pedidos do antropólogo para retificação, sua carta de esclarecimento jamais foi publicada pela revista. O autor da entrevista não publicada e da reportagem era o sr. Leonardo Coutinho, um dos autores da matéria divulgada na última semana pelo mesmo meio de comunicação.
Em 14-03-2007, na edição 1999, entre as pgs. 56 e 58, uma nova invectiva contra os indígenas foi realizada pela Veja, agora visando o povo Guarani e tendo como título "Made in Paraguai - A Funai tenta demarcar área de Santa Catarina para índios paraguaios, enquanto os do Brasil morrem de fome". O autor era José Edward, parceiro de Leonardo Coutinho, na matéria citada no parágrafo anterior. Curiosamente um sub-título foi repetido na matéria da semana passada - "Made In Paraguay".
O então presidente da ABA, Luis Roberto Cardoso de Oliveira, solicitou o direito de resposta e encaminhou um texto à revista, que nem sequer lhe respondeu.
Poucos meses depois a revista Veja, em sua edição 2021, voltou à carga com grande sensacionalismo. A matéria de 15-08-2007 era intitulada "Crimes na Floresta – Muitas tribos brasileiras ainda matam crianças e a Funai nada faz para impedir o infanticídio" ( pgs. 104-106). O sub-título diz explicitamente que o infanticídio não teria sido abandonado pelos indígenas em razão do "apoio de antropólogos e a tolerância da Funai." A matéria novamente foi assinada pelo mesmo Leonardo Coutinho.
Novamente o protesto da ABA foi ignorado pela revista e pode circular apenas através do site da entidade. 
Em suma, jornalismo opinativo não pode significar um exercício impune da mentira nem práticas sistemáticas de detratação sem admissão de direito de resposta. O mérito de uma opinião decorre de informação qualificada, de isenção e equilíbrio. Ao menos no que concerne aos indígenas as matérias elaboradas pela Veja, apenas requentam informações velhas, descontextualizadas e superficiais, assumindo as características de uma campanha, orquestrada sempre pelos mesmos figurantes, que procuram pela reiteração inculcar posturas preconceituosas na opinião pública.
Numa análise minuciosa desta revista, realizada em seu site, o jornalista Luis Nassif fala de uma perigosa proximidade entre lobistas e repórteres nas revistas classificadas como do estilo "neocon". A presença de "reporteres de dossier" é uma outra característica deste tipo de revista. A luz dos comentários deste conceituado jornalista a lista de situações onde a condição de indígenas é sistematicamente questionada não deixa de ser bastante significativa. Ai aparecem os Anacés, que vivem no município de São Gonçalo do Amarante (onde está o porto de Pecem, no Ceará); os Guarani-M'bià, confrontados por uma proposta do mega-investidor Eike Batista de construção de um grande porto em Peruíbe, São Paulo; e os mesmos Guaranis de Morro dos Cavalos (SC), que lutam contra interesses poderosos, que os qualificam como "paraguaios" (tal como os seus parentes Kayowá e Nandevá do Mato Grosso do Sul, em confronto com o agro-negócio pelo reconhecimento de suas terras).
Como o objetivo último é enfraquecer os direitos indígenas (em disputas concretas com interesses privados), os alvos centrais destes ataques tornam-se os antropólogos, os líderes indígenas e os seus aliados (a matéria cita o Conselho Indigenista Missionário/CIMI por várias vezes e sempre de forma igualmente desrespeitosa e inadequada).
É neste sentido que a CAI vem expressar sua posição quanto a necessidade de uma responsabilização legal dos praticantes de tal jornalismo, processando-os por danos morais e difamação. Neste momento a Presidência da ABA está em contato com seus assessores no campo jurídico visando definir a estratégia processual de intervenção a seguir.
Dada a assimetria de recursos existentes, contamos com a mobilização dos antropólogos e de todos que se preocupam com a defesa dos direitos indígenas para, através de sites, listas na Internet, discussões e publicações variadas, vir a contribuir para o esclarecimento da opinião pública, anulando a ação nefasta das matérias mentirosas acima mencionadas. Que não devem ser vistas como episódios isolados, mas como manifestações de um poder abusivo que pretende inviabilizar o cumprimento de direitos constitucionais, abafando as vozes das coletividades subalternizadas e cerceando o livre debate e a reflexão dos cidadãos. No que toca aos indígenas em especial a Veja tem exercitado com inteira impunidade o direito de desinformar a opinião pública, realimentar velhos estigmas e preconceitos, e inculcar argumentos de encomenda que não resistem a qualquer exame ou discussão.

João Pacheco de Oliveira
Coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas/CAI

Keratuar promove exposição "Exposição "Mulher NEGRA Mulher" - RJ

Mais de 100 Mulheres NEGRAS fotografadas e com seus Depoimentos
13 de Maio – 18:30h

I Jornada Brasileirafro – UNISUAM

Atividades durante todo o dia, onde teremos:
Roda de Capoeira
Trançadeiras
Palestra
Bate-papo
Degustação de comida de origem africana
Reabertura da 1ª Edição da Exposição “Mulher NEGRA Mulher”

Endereço: Av. Paris, nº 72 – Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ

I JORNADA BRASILEIRAFRO UNISUAM

PROGRAMAÇÃO:

9h30m às 10 h – Abertura - Auditório Arapuãn
Prof. Arapuan Netto; Prof. Carlos Alberto Figueiredo, Prof.ª Claudia Freitas Costa; Prof.ª Adriana Ronco
10h às 11h30m - Mesa Redonda - Religiões de Matriz Afro-descendente - Auditório Arapuan
Coordenação: Prof. Nelson Lima - UNISUAM
Componente: Prof. Marcelo Alonso - CPII
Prof. Ivanir Santos - CEAP
11h30m às 12h15m - Aulão de Capoeira – Pátio - Mestre Calumá - UNISUAM
12h15m às 13h -Intervalo
13h às 18h - Salão Coisa D´Negro - Rastafari, Trancinhas, etc. - (Preço Social: R$10,00) - Pátio
14h30m às 17h - Cine- Debate: O Besouro – Auditório Arapuan
Coordenador: Prof. Nelson Lima UNISUAM
Debatedor: Prof. Jorge Felipe (Mestre Calumá) - UNISUAM
17h às 18h
18h às 18h30m - Apresentação de Capoeira – Pátio - Prof. Jorge Felipe (Mestre Caluma) - UNISUAM
18h30m às 19h - Apresentação de Jongo - Grupo de Dança Akoni - Auditório Arapuan
Professora Responsável: Thais Jordão - UNISUAM
19h às 20h - Mesa Redonda: Matriz Afro-descendente e Sociedade Brasileira – Cultura, Danças e Alimentação – Auditório Arapuan
Coordenação da Mesa: Prof. Carlos Alberto Figueiredo - UNISUAM
Prof. Jorge Felipe (Alimentação) UNISUAM
Prof. Thais Jordão (dança) UNISUAM
Prof. Luiz Antonio da Costa Chaves (cultura) –UNISUAM
20h - Exposição “Mulher Negra Mulher” - CCult

Curador e Cenógrafo: Flavio Rocha
Fotografias: Ernane Pinho
Produção: KERATUAR Produções
Realização: SESC Rio de Janeiro, UNISUAM e Keratuar
Horário da Exposição de 10h ás 20:30h, de segunda à sexta – durante o período de 13 maio à 07 junho
End: av. Paris, 72 - Bonsucesso

20h 30m Degustação de Comidas Típicas – Ccult
Alunos de Gastronomia
Prof. Gisele Reis - UNISUAM
Prof. Alejandra Cáceres -UNISUAM

Equipe Mulher NEGRA Mulher
Flávio Rocha
Ernane Pinho
Ricardo Nascimento
e tantos outros imbuídos nesta nossa causa.

Aproveitem e deixem seus depoimentos para postarmos em nosso blog: http://mulhernegramulher.blogspot.com

Esta 1ª Edição é reapresentada pelo SESC Rio de Janeiro e Keratuar, com apoio da UNISUAM

terça-feira, 4 de maio de 2010

IV Semana da África - BA

De 19 a 25 de maio acontecerá em Salvador, a IV Semana da África, promovida por estudantes africanos em Salvador, em parceria com estudantes afro-brasileiros. Este ano, o evento traz à discussão o tema “África: independências e futuros possíveis”.



As discussões serão voltadas para o processo das independências dos países africanos, que, fragmentados por séculos de colonialismo e escravidão, exigiram, através de suas lideranças, o fim da exploração externa. A IV Semana da África debate processos de independência nos países africanos e propostas que consideram a importância das políticas afirmativas nos cursos de graduação e pós-graduação e a implementação do ensino da história, culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas e universidades do Brasil e da África.



A idéia é abrir diálogos entre brasileiros e africanos, fortalecer laços de solidariedade, estimular a pesquisa científica e promover a formação de mais referências históricas sobre o continente africano e a diáspora. O evento, realizado em Salvador desde 2006 e aberto ao público, tem apoio do Centro de Estudos Afro-Orientais e da Pró-reitoria de Assistência Estudantil da Universidade Federal da Bahia.



Dentro da programação está previsto a realização de um Ciclo de Oficinas em escolas públicas, relacionadas aos eixos temáticos que articulam informações sobre as relações entre África e Brasil; sessões de comunicações coordenadas; mesas-redondas; grupos de trabalho e atividades culturais. A abertura do evento acontecerá na  Reitoria da UFBA.A IV Semana da África será finalizada com debates no Instituto Anísio Teixeira e na Faculdade das Ciências Econômicas da Bahia , nos dias 24 e 25 respectivamente.



Coordenação do Evento



Artemisa Odila Candé Monteiro

Estudante de Convênio de Guiné Bissau

Doutoranda em Ciências Sociais - UFBA

Coordenadora Geral do Evento

(071) 8813-9433

e-mail:pretadeguinebissau@yahoo.com.br


Homenagem a Milton Santos em Brasília - DF

O professor da UFBA Fernando Costa da Conceição é um dos palestrantes do seminário que a Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal fará em homenagem à memória do Prof. Milton Santos. A solenidade atende a requerimento da deputada Lídice da Mata (PSB/BA) e acontece nesta terça-feira (4 de maio), às 14h30, enfocando a vida e a obra de geógrafo baiano, conhecido no Brasil e no exterior como um dos mais importantes pensadores em sua área de atuação. A mesa será composta pelo presidente da Casa, deputado Michel Temer; deputado Ângelo Vanhoni, presidente da Comissão de Educação e Cultura; a deputada Lídice da Mata, autora da proposta; ministro da Cultura Juca Ferreira; governador da Bahia Jaques Wagner; e senadora Fátima Cleide, presidente da Comissão de Educação e Cultura do Senado. Fernando Conceição vai explorar as condições de homem e intelectual em Milton Santos. Além dele, também falarão Aldo Aloísio Dantas, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e Marília Luiza Peluso, professora chefe do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB). Já o também professor da UnB Rafael Sânzio Araújo dos Anjos e o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, atuarão como debatedores. 

Fonte: UFBA em Pauta

Colóquio "Exploração Científica em África na Época de Serpa Pinto" - PT


Nos dias 14 e 15 de Outubro de 2010 realizar-se-á em Cinfães, Portugal, o primeiro colóquio sobre a "Exploração Científica em África na época de Serpa Pinto". Este colóquio, promovido pela Associação Cultural Serpa Pinto (ACSP) e o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP), é um convite para a apresentação de trabalhos de pesquisa que divulguem o conhecimento sobre a época de Serpa Pinto em África.
A história da ciência é frequentemente negligenciada quando se apresentam os seus resultados. No caso das ciências sociais é consensual que estas se consolidaram na segunda metade do século XIX e - particularmente nas ciências geográficas - em boa parte ao serviço da expansão colonialista das potências europeias.
O continente africano foi certamente a parte do mundo em que esta associação de fenómenos se tornou mais forte e, simultaneamente, mais espectacular. O interesse das sociedades industrializadas da Europa em criar mercados e domínios em África induziu a que, pela primeira vez, se estabelecesse uma aliança entre Estado e sociedade civil na mobilização de esforços e investimentos no empreendedorismo e na pesquisa científica. Ao mesmo tempo, as ?explorações? geográficas em África coincidiram com o aparecimento dos meios de comunicação de massa que rapidamente faziam chegar a informação às várias capitais do mundo. Este facto transformou-se numa poderosa alavanca na formação de uma opinião pública. Arriscamo-nos a afirmar que a geografia nunca foi tão popular e, simultaneamente, tão politizada.
O interesse historiográfico por este fenómeno social e político ? passada que foi a fase comemorativa destes eventos, celebrados pelas administrações coloniais ? tem vindo a crescer durante as últimas duas décadas. Muita documentação sobre o que verdadeiramente foram as motivações, a organização e os objectivos dessas viagens repousa, ainda, em fundos públicos e privados, parcial ou totalmente ignorados. Além disso, o próprio perfil dos ?exploradores? está em fase de reconstrução: para além dos consagrados europeus, sabe-se agora muito mais sobre os seus apoios africanos, que muitas vezes os tinham precedido na abertura de rotas; para além dos que escreveram e publicaram, sabe-se também mais sobre os restantes e sabe-se mesmo mais sobre o que fizeram os famosos quando não se correspondiam com as Academias científicas.
O Colóquio que se organiza pretende, acima de tudo, comparar resultados desta pesquisa recente. Numa perspectiva interdisciplinar, pretende divulgar e debater o estado dos conhecimentos sobre as viagens terrestres em África até à ocupação colonial.
Como poderia ser de outra forma? Afinal, trata-se da história da geografia mas também da geografia histórica: uma ciência sobre África que mudaria radicalmente depois dela e por causa dela.
Com o apoio da Câmara Municipal de Cinfães, a ACSP e o CEAUP serão os anfitriões na acolhedora Vila de Cinfães, Distrito de Viseu, Portugal.
Chamada de comunicações:

A Comissão Científica estabelece os seguintes prazos :

Envio de propostas de comunicações e/ou painéis (título e resumo em 2 línguas):
31.05.2010

Notificação de aceitação:
30.06.2010

Divulgação do programa final:
30.09.2010

Envio da versão final do artigo:
15.10.2010

Data do Colóquio:
14 e 15 de Outubro de 2010
As línguas de trabalho deste Colóquio são o português, o inglês e o francês.
Inscrição:
Participação com comunicação ou painel aprovado: 40
Estudantes e investigadores do CEAUP: 20
Os pagamentos relativos às inscrições no Colóquio deverão ser efectuados de 1 de Julho a 31 de Agosto de 2010 através de cheque endereçado a ACSP, Apartado 30 - 4690 Cinfães, Portugal ou por transferência bancária através do NIB 003502520002634743035 com indicação do nome.
Os pagamentos efectuados até 31 de Julho beneficiarão de uma redução de 25%.

Normas:
As propostas de comunicação e/ou painel deverão ser enviadas em formato digital para o endereço do CEAUP: ceaup@letras.up.pt.
Deverão ter a extensão máxima de 2000 caracteres (inclui espaços=1 página A4) e ser redigidas em duas das línguas de trabalho do Colóquio.
Serão aceites, no máximo, 3 trabalhos por autor.

Localização
Auditório Municipal da Câmara Municipal de Cinfães

Contactos
Centro de Estudos Africanos U.P.: ceaup@letras.up.pt
Telefax: + 351 22 607 7141
Associação Cultural Serpa Pinto: geral.acserpapinto@gmail.com