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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Documentarista Adrian Cowell morre em Londres

 

Morreu na segunda-feira 10, de insuficiência respiratória, em Londres, o documentarista Adrian Cowell. Com um trabalho histórico de registro da destruição da Amazônia, ele estava vindo ao Brasil, onde chegaria dia 12, para finalizar a versão brasileira do filme Killing For Land (Matando pela terra, em tradução livre), inédito aqui, que aborda a violência no sul do Pará. Aos 77 anos, Cowell seguia filmando.
Cowell foi companheiro dos irmãos Villas Boas em expedições antes mesmo da criação do Parque Indígena do Xingu, registando tanto o cotidiano dos índios, quanto o trabalho dos sertanistas e as ameaças, por garimpeiros e fazendeiros. Trabalhou também com Apoena Meirelles, outro grande sertanista, no contato dos índios uru-eu-wau-wau, em Rondônia. Filmou, quase ininterruptamente, por 50 anos no Brasil. Seu trabalho começou em 1958, quando ainda era estudante. Foi mais intenso, sobretudo, nos anos 1980, quando fez a premiada série para TV “A Década da Destruição. E todo o seu trabalho, que são mais de sete toneladas de filmes, foi doado para a PUC de Goiás, para o Brasil, onde a consulta está disponível. O Acervo Adrian Cowell é um material fabuloso constituído de filmes 16 mm, fitas de vídeo, áudios, cassetes, slides e diários de campo sobre a Amazônia. (Informações no site http://imagensamazonia.pucgoias.edu.br/)
Cowell produziu o maior registro documental da memória da Amazônia nesse período. “Tem coisas que não existem em lugar nenhum,  que não está escrito, mas está registrado apenas pelo trabalho do Adrian.  E ele doou de volta para o Brasil”, diz Stella Penido, da Fiocruz, que auxiliava a restauração dos filmes. “Era incansável. E ele estava vindo ao Brasil, morreu trabalhando.” Amiga pessoal, diz Stella: “A vida dos seres humanos é como um trabalho de tecedura. Termina o trabalho com delicados fios, tecidos do inicio ao fim (Buda). Acho que não é nenhum exagero pensar que a vida do Adrian foi um bonito trabalho tecido com delicados e atentos fios do inicio ao fim. (obrigada, querido Adrian)”.
Imagem da série 'Destruição do Índio'

Vicente Rios, seu câmera, co-diretor no Brasil e que se tornou seu grande parceiro de trabalho a partir da “Década da Destruição”, está concluindo um documentário sobre Cowell, que vai se chamar “Visões da Amazônia”. “Faltava duas ou três frases, que ele iria completar agora”, disse Rios, chocado pela notícia. O filme, que contém cenas de bastidores das filmagens e também a visão de Cowell sobre a natureza, inclui sequencias inéditas como Cowell conversando com Orlando Villas Bôas sobre a memória de ambos dos tempos do Xingu, na casa do sertanista, em São Paulo.
Adrian Cowell nasceu em Tongshan na China, em 2 de fevereiro de 1934, e concluiu seus estudos na Universidade de Cambridge. Em um encontro que tivemos, no Rio de Janeiro, ele me explicou com um característico sotaque britânico, que aprendeu a falar português com o cacique Raoni. Em suas lembranças, sempre falava bem humorado, e extremamente dedicado e fiel tanto a seus princípios humanitários, quanto a seus parceiros, como os sertanistas, amigos índios, seringueiros.
Por um longo período, ele alternou viagens entre áreas de conflito na Amazônia e Myanmar, filmando a guerra civil no país, que viria a ser o objeto da série Opium, filmada ao longo de oito anos.
Quando Adrian Cowell decidiu filmar a destruição da Amazônia, em um trabalho documental de fôlego inigualável,  tudo podia acabar. Os índios, os seringueiros, a floresta. A Amazônia em sua totalidade. O trator do desenvolvimento, em curso e a todo vapor durante a ditadura militar, queria trazer o progresso, ou a idéia de “um progresso”, sobre um território visto como hostil e inabitado. Mas haviam os índios, os seringueiros e a biodiversidade no caminho. Na década de 1980, “nunca tanta matéria viva foi queimada como em Rondônia em toda a história”, apresenta o narrador de “A Floresta que virou Cinza”, da premiada série de cinco filmes chamada “A Década da Destruição”, em que ele filmou, ao longo de dez anos, a maior destruição já vista de um ambiente. Ganhou reconhecimento público em premiações como da British Academy (BAFTA), o Emmy Founders e o Golden Gate.
“A Década da Destruição” é o maior projeto de documentação da devastação da Amazônia jamais realizado. A seriedade, o comprometimento demonstrado pelo documentarista ao longo dos dez anos, surpreendem pelo acompanhamento incansável das histórias dos personagens, que são acompanhados por esse período. Também a coragem, como nas filmagens de tiroteios entre posseiros de terra e pistoleiros, em festas e tiroteios em garimpos, como o registro de um garimpeiro morto por um tiro de fusil, a escravidão na produção de carvão, ameaças de fazendeiros.

Acervo doado pelo documentarista para a Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Enquanto ainda era pouco conhecido pela imprensa brasileira, Chico Mendes já era filmado por Cowell, tanto os empates que fazia nos seringais, quanto em reuniões internacionais. Amigo pessoal do seringueiro, o filme, “Chico Mendes, eu quero viver”, foi concluído em 1991. O mesmo com o Padre Josimo, assassinado no Tocantins.
Em um email, escrito há três semanas, ele me disse, comentando a recente onda de assassinatos no sul do Pará: “Sem dúvida estes assassinatos possuem alguma influencia um sobre o outro. Antes de nossa proposta de filmar Chico, fiz uma decisão para a serie A Década da Destruição. Decidi que foi essencial mostrar o motivo porque tantos colonos estavam invadindo as florestas amazônicas. Resolvi fazer um filme sobre as brigas para terra em Para. Fui com Vicente Rios ao Sul de Para para encontrar com Padre Josimo – um padre negro de CPT.  Combinamos de filmar o trabalho e vida dele, mas antes que desse tempo para iniciar a filmagem,, ele foi assassinado.  Logo depois, encontramos Chico e combinamos filmar ele  (Chico viria a ser morto ao longo das filmagens)  Padre Josimo foi um caso famoso naquele tempo e tenho ainda um foto do Chico fazendo um comício num seringal embaixo de um foto do Josimo”
Uma outra série de extremo fôlego é “Os últimos isolados”, sobre os povos indígenas que vivam, ainda isolados, na floresta, enquanto se produzia a ocupação engendrada pelo regime militar. O documentarista acompanhou de perto o trabalho dos sertanistas da Funai, descrevendo o entorno dos territórios onde viviam os índios ameaçados – e que deveriam travar o primeiro contato com a sociedade ocidental. A “Destruição do Índio”, outra série memorável, reporta a difícil relação entre os povos indígenas e a colonização.
Rever o trabalho de Adrian Cowell hoje é explorar as mazelas que marcaram a exploração e a devastação da Amazônia desde o início da sua ocupação recente, engendrada durante a Ditadura. A obra que deixou vai ensinar muitas gerações de brasileiros a compreender melhor o país em que vivem – e que está sendo destruído.

Acadêmicas de MS gerenciam site para ajudar professores no ensino sobre os índios

Dos seis universitários indígenas que criaram o site www.indioeduca.org, duas são de Mato Grosso do Sul. O objetivo do site é subsidiar professores e alunos no estudo da História e das Culturas Indígenas, como previsto na Lei Federal 11.645, de 2008. Além disso, os estudantes pretendem desconstruir estereótipos criados para o índio durante a colonização, que, ainda hoje, são reforçados em salas de aula. Por isso, esclarecem mitos e verdades e ainda respondem nas páginas do site “O que é ser índio hoje?”, “Índio come gente?”, “Índio mora em Oca?”, “Índio anda nu?”.

As acadêmicas Marina Cândido Marcos, da etnia Terena, que cursa Geografia na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Micheli Alves Machado, da etnia Kaiowá, do curso de Pedagogia no Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) fazem parte deste projeto da Organização Não Governamental Thydêwá, que foi selecionado pela Brazil Foundation. Os outros integrantes do grupo são Alex Macuxi e Sabrynna Taurepang, de Roraima; Amaré Krahô-Kanela, do Tocantins e Aracy Tupinambá, do Rio de Janeiro.

O www.indioeduca.org está sendo lançado entre os dias 12 e 15 de outubro, paralelamente, em escolas e universidades das cidades em que moram os gerenciadores. Em seu recado aos primeiros visitantes da página Marina diz: “Quero estar contribuindo no portal Índio Educa, como tratar esse tema tão diverso em sala de aula e estar aprendendo com vocês. Espero que gostem da rede, de nós, e possamos estar dialogando cada vez mais sobre esse tema tão importante, que é os Povos Indígenas”.

“Além de educadora meu papel é buscar um novo futuro para os jovens e crianças indígenas e através dos poucos anciões que ainda existem entre nós, manter nossa  cultura, crenças e língua materna. Sei que tenho um grande compromisso com meu povo e minha comunidade, pois tenho em mim a vontade de lutar por dias melhores, sem violência e discriminação, lutar por uma terra sem males”, diz Micheli, em mensagem no site.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Campanha da Secretaria de Estado da Cultura seleciona vídeodocumentários curtos sobre a população negra - SP

Qualquer pessoa pode participar da campanha “Nós, os afro-brasileiros”, inclusive com vídeos caseiros. Inscrições acontecem na internet
A Secretaria de Estado da Cultura está com as inscrições abertas para a campanha participativa “Nós, os afro-brasileiros”, visando à conscientização para a diversidade étnica e cultural.Qualquer pessoa pode se inscrever com pequenos vídeodocumentários de 3 a 5 minutos, apresentando personagens, fatos, lugares e histórias que tenham como base o fortalecimento da população negra. As inscrições podem ser feitas pelo site www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias.
Pensada dentro das comemorações do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, declarado em 2011 pela Organização das Nações Unidas, a campanha “Nós, os afro-brasileiros” estimula a produção do público, que terá seu material avaliado pelo curador Jéferson DE. Os 40 vídeos selecionados serão editados num DVD produzido pela Secretaria de Estado da Cultura e exibidos em mostras. O tema dessa campanha foi escolhido através de parceria com o Museu Afro Brasil.
“A cultura é um dos caminhos para transformar as pessoas e a sociedade. Realizando campanhas como esta, estamos agindo diretamente para reduzir preconceitos, promovendo o reconhecimento e o fortalecimento de grupos hoje discriminados”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.
A ação é coordenada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias que, desde 2007, realiza campanhas com foco no combate às discriminações e no fortalecimento das identidades. Neste ano, além de “Nós, os afro-brasileiros”, foram lançadas também “Laços afetivos”, com foco na diversidade sexual, e “Pela arte se inclui”, que reunirá exemplos de ações e projetos de inclusão de pessoas com deficiência.
Em “Laços afetivos”, o público poderá contribuir com crônicas, depoimentos e reportagens sobre as relações familiares, de amizade, no trabalho e na escola, entre pais e filhos heterossexuais ou homossexuais. Os melhores trabalhos serão selecionados pelos curadores Laura Bacellar e João Federici; os ganhadores farão parte de um livro.
Já em “Pela arte se inclui”, os melhores exemplos de trabalhos ligados à inclusão de pessoas com deficiência nas áreas da literatura, dança, fotografia, teatro, canto, música, circo, desenho e cinema também vão compor um livro/catálogo e participar de programação montada por ocasião das datas comemorativas de pessoas com deficiência.


Inscrições

Os interessados poderão se inscrever no endereço:
www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias
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Assessoria de Imprensa

Secretaria de Estado da Cultura
Ciro Bonilha: 2627-8166 – cbonilha@sp.gov.br Renata Beltrão: 2627-8164 – rmbeltrao@sp.gov.br
Thiago Sogayar Bechara: 2627-8162 – tbechara@sp.gov.br

Thiago Sogayar Bechara

Jornalista - Mtb: 0058514 SP  Assessoria de imprensa Secretaria de Estado da Cultura             11 2627-8162     

Campus V sedia eventos sobre África e Diáspora a partir desta quarta (12) - BA

Danilo Oliveira
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação

Entre os dias 12 e 16 deste mês, o Campus V da UNEB, em Santo Antônio de Jesus, sedia o III Congresso Baiano de Pesquisadores Negros (CBPN) e o III Seminário Internacional Áfricas: historiografia e ensino de história da África. As ações acontecem simultaneamente.
A organização dos eventos, que trazem o tema África e Diáspora: para além das fronteiras, conta com o apoio do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (Afrouneb), vinculado ao Departamento de Ciências Humanas (DCH) do campus, e do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da UNEB.
A iniciativa é franqueada ao público externo e pretende reunir cerca de 600 pessoas, entre estudantes, professores, pesquisadores e comunidades quilombolas.
“O DCH já é referência na região quando se trata de discussões sobre a cultura negra. O departamento já realizou mais de 15 edições da Semana da Consciência Negra e mantém o Afrouneb, o que decisivamente qualifica o campus para sediar esses tipos de eventos”, destaca Wilson Mattos, diretor do Cepaia.
Wilson lembra que o mestrado em história regional e local oferecido pelo Campus V reserva uma linha de pesquisa sobre as populações negras, o que contribuiu para a UNEB ter se tornado referência nas atividades sobre cultura negra.
A programação dos eventos prevê a realização de conferências, mesas-redondas, minicursos e apresentação de comunicações científicas sobre temas como educação e relações étnicas, educação básica da Bahia, história e cultura afro-brasileira, questões urbanas e racismo, gênero e contemporaneidade e saúde da população negra.
Destaque para as conferências que serão proferidas pelos pesquisadores africanos Severino Elias Ngoenha e Armindo Ngunga, ambos de Moçambique, e Claudio Furtado, de Cabo Verde.
“Ao debater África e Diáspora com pesquisadores brasileiros e estrangeiros especialistas em cultura negra, queremos socializar e consolidar as pesquisas feitas no departamento sobre essa temática”, explica Wilson Mattos.
O III Congresso Baiano de Pesquisadores Negros (CBPN) e o III Seminário Internacional Áfricas são uma realização da Associação Baiana de Pesquisadores Negros (APNB) e da Rede Internacional de Estudos Africanos e da Diáspora (Readi).
Informações: Afrouneb – tel. (75) 3631-2855.

FONTE: Site da UNEB

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Celebração dos 22 anos da lei Caó - RJ

 (Clique na imagem para ampliá-la)

Amanhã, terça-feira , dia 11 de outubro o Movimento Negro brasileiro estará em festa. Celebraremos os 22 anos da Lei 7.716/1989 conhecida como LEI CAÓ, um marco brasileiro na luta anti-racista. O líder estudantil, advogado, jornalista e Ex Deputado Constituinte Carlos de Oliveira Caó fará uma palestra na sede do PDT, na Rua sete de setembro nº 141, às 18 horas – no centro do Rio. O autor da lei que pune com cadeia o racismo e a intolerância religiosa dividirá a mesa com a pesquisadora Irene Rosseto, do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) da UFRJ. Sua apresentação trará dados sobre o racismo institucional demonstrando a disparidade entre os gastos dos Governos no Brasil referentes às necessidades da população afro-descendente e suas reais necessidades em boa parte apontadas pelo próprio IBGE e não levadas em conta na execução dos gastos públicos. O evento é promovido pela Secretaria Municipal do Movimento Negro do PDT/Rio, com apoio do Vereador Leonel Brizola Neto.

NEAA/UEL promove o Prêmio “Saberes da Diversidade” - PR

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio “Saberes da Diversidade”, voltado para valorização e divulgação de trabalhos e projetos empenhados em estabelecer uma educação anti-racista em Londrina e região. 

O Prêmio visa ser um canal de disseminação de iniciativas em andamento ou concluídas, gestadas em escolas e em outros espaços formativos, que apresentam propostas inovadoras para a construção de uma escola plural e diversa.

O NEAA premiará duas categorias: “escola” e “individual”. A primeira categoria é voltada para as escolas que possuem projetos dedicados à temática e a segunda destina-se a professores e outros sujeitos da educação que vêm realizando ações nesse âmbito. 

O Prêmio “Saberes da Diversidade” vem, no “Ano Internacional do Afrodescendente”, reconhecer essas ações num gesto de tributo às escolas e aos educadores anti-racistas.

As inscrições podem ser feitas até dia 21 de novembro.
O resultado oficial da premiação sairá no dia 1 de dezembro.

Mais informações: NEAA (neaa@uel.br) e (43) 3326-2099.
 
Silvia Castro
Mestranda em Ciências Sociais/UEL
Coordenadora de Comunicação
MTb: 8513/PR
Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos - NEAA(43)8805-4791(43)3326-2099

sábado, 8 de outubro de 2011

Documentário aborda violência urbana a partir do caso Joel


 
Fazer cinema no Brasil nunca foi fácil, mas um dos maiores motivadores para que arte seja feita ainda é a indignação. A vontade de alterar a percepção das pessoas sobre algo especifico. A algum tempo vivemos cercados pelo medo e na Bahia isso tem se tornado cada vez pior. Apenas para ilustrar, de janeiro a agosto de 2011, 1056 pessoas foram assassinadas na capital baiana, enquanto na capital paulista, com uma população três vezes maior, foram 674. Sabemos que a atual gestão tenta conter a criminalidade, porém os passos dos criminosos sempre são maiores. O grande problema é imaginar que parte dessas mortes vem justamente do lado de quem deveria garantir o estado de direito, a paz social. " A paz social é utópica!", disse um conhecido meu, e baseado no livro de Eduardo Galeano "As veias abertas da América Latina" respondi: "A utopia é como a linha do horizonte: quando damos dez passos, ela se distancia dez passos". Então para que serve a utopia? Para caminhar.

Um pouco incomodado com essa situação, onde polícia e crime se misturam, eu (Ecletique - roteiro, produção, edição e finalização) juntamente com a Max Filmes (roteiro e direção) resolvemos investigar um pouco da violência urbana com uma lente de aumento no caso Joel. Para quem não lembra, Joel era um pequeno capoeirista de 10 anos de idade que foi assassinado a menos de um ano por policiais militares no Nordeste de Amaralina, aqui em Salvador. O caso comoveu a cidade e gerou uma grande repercussão nacional principalmente pelo fato do Joel ter sido garoto propaganda do Governo do Estado da Bahia semanas antes da sua morte. Nove policiais irão a julgamento (em júri popular) no próximo dia 13/10 (quinta) e esperamos que possam ser condenados tanto pela omissão de socorro quando pelo homicídio doloso.

A obra é um documentário que fala de sonhos interrompidos, mas que acima de tudo fala da realidade da vida. Ao longo de algum tempo estamos ouvindo governantes, secretários, policiais, doutores, vizinhos, jornalistas, lideres comunitários, a família do Joel, entre outros. Cansados, felizes e perto da conclusão desse trabalho. Não programamos ainda a estréia pois ainda estamos em produção, mas assim que tivermos as datas manterei vocês informados e devidamente convidados. Estou enviando em primeira mão um cartaz do filme (anexo), bem como o trailer. A versão final terá legendas em inglês, espanhol e italiano. 

Espero, que assim como nós, vocês indignem-se, compartilhem essa informação (por favor!!!) e consigam ver uma perspectiva de melhora. Como disse o bispo sul-africano Desmond Tutu "Se você for neutro em uma situação de injustiça, significa que você já escolheu o lado do opressor".  Espero estar dando um passo largo para indignar pessoas e fazer com que elas caminhem em direção a algo que apesar de dificil de alcançar, permite que o "utópico" caminhar seja sempre uma recompensa.
http://www.youtube.com/watch?v=ZSEp6-e3Cb0

Caminhem sempre.

Abraços,
Rodrigo Cavalcanti

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

UESB promove a "VII Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira" - BA

Passo para divulgar a "VII Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira: educação, relações étnicas e gênero" na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB, Campus de Jequié. As inscrições estão abertas para trabalhos, mini-cursos, mesas -redondas, mostras fotográficas e de vídeos nos seguintes GT's:

GT1 - Educação, Relações Étnicas e Legado Africano
GT2 - Diversidade Linguística, Literatura e Linguagem
GT3- Etnociência e Diversidade Cultural
GT4- Saúde da População Negra
GT5- Saberes e Práticas Educativas: Terreiros e Quilombos
GT6- Linguagens Visuais e Culturas
GT7- Artes, Manifestações Culturais, Moda e Corpo
GT8- Políticas de Ações Afirmativas e Movimentos Sociais
GT9- Populações Negras: Gênero e Homoafetividades
GT10- Construção Cultural dos Povos Indígenas Brasileiros: Territorialidades, Histórias, Culturas, Saberes e Educação Escolar Indígena
GT11- História da África e Experiências na Diáspora.

Segue abaixo o link:

http://www.odeeresemana.webcindario.com/index.htm

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sarau Bem Black recebe o poeta Berimba - BA

Sarau Bem Black recebe o poeta Berimba do Coletivo dePoesia Maloqueirista (SP) que lança o livro {:multívio:} 

Salve todos, salve todas!

O Sarau Bem Black será o ponto de encontro de uma série de visitas e lançamentos literários da Literatura Divergente bastante importantes para nós. Receberemos alguns amigos escritores diretamente de São Paulo envolvidos na cena literária divergente, todos frequentadores e/ou promotores de Saraus. Também de Salvador, teremos a honra de receber pessoas que tocam bravamente a cena por aqui.

Já está na cidade nosso irmão Berimba. Além de assinar seu livro de poesia {:multívio:}, o parceiro para bate um papo com a gente sobre escrita, edição e distribuição, edição produção. Ele tem muito jeito para isso. Os livros editados pelo Selo Maloqueirista são realmente bonitos esteticamente nos textos e nas edições em si: capa, diagramação, papel, etc.

Quem for ao Sankofa African Bar nesta quarta-feira, 05/10, não se arrependerá e, como eu, com certeza ficará ainda mais convicto da necessidade de editarmos noss
os livros com a maior urgência. 

Pinta lá!


Poeta Berimba
 
É poeta, editor, articulador cultural e membro do coletivo Poesia Maloqueirista. Publicou os livros "multívio" (Edições Maloqueirista, 2010) e "encarna" (annablume, 2009). A partir de 2001, publicou de forma artesanal diversos livretos reproduzidos em xerox, entre eles estão os livretos "apanágio" (2007), "feito a mão" (2006) e os folhetos " a sexsualidade posta no freezer" (2004) e "auto-retrato" (2003), todos veiculos de mão em mão. Participa de mesas de debates, desenvolve eventos voltados ao diálogo entre as diferentes manifestações artísticas, é produtor cultural do Espaço Zé Presidente, ministra oficinas de criação literária, fala poesia, e faz outros tantos trabalhos.

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O Coletivo Poesia Maloqueirista

A Poesia Maloqueirista nasceu a partir do encontro de poetas que veiculavam seus libretos pelas ruas. Assim, passou a gerar um diálogo popular e identidade mambembe, indo aonde o povo está, tradição esta que sempre resistiu aos meios de comunicação padrão. Atualmente, na era digital, o coletivo otimiza tais elementos com uma posição artística multifacetada, que mantém a poesia como base de linguagem, porém abrindo o campo de criação e troca de experiências, desenvolvendo saraus, oficinas, publicando livros, promovendo intervenções performáticas e eventos multimídia, possibilitando assim uma popularização maior da poesia.
email: poesiamaloquerista@gmail.com

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Edições Maloqueirista

Edições Maloqieirista é um selo editorial independente, organizado pelo poeta Berimba de Jesus, integrante do Coletivo Poesia Maloqueirista. O Selo pretende publicar de forma independente autores de diferentes circuitos literários, a proposta é organizar uma coleção reunindo obras significantes para a cena da poesia contemporânea, já foram publicados pelo selo, Heyk Pimenta, Marcelo Nietzsche, Zinho Trindade, Aline Binns, Giovani Baffô, José Henrique Calazans, Renato Limão, Thiago Calle. O selo não é líder no setor editorial, os autores divulgam seus livros popularmente, de mão em mão, em saraus e eventos envolvendo arte e literatura. Tendo todos, uma boa difusão de vossas obras, alguns, mais do que os editados por grandes editoras.
Blog: poesiamaloquerista.blogspot.com

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Berimba no Sarau Bem Black – Sankofa African Bar
Quarta-feira, 05/10, à 19h:30min.
Participação: Berimba de Jesus
bate papo e assinatura de {:multívio:} / R$ 10 (Poesia) 

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Outubro Divergente - Programação Geral

05/10 – Literatura e maloqueiragem
Berimba de Jesus - Coletivo de Poesia Maloqueirista / SP
Bate papo e assinatura do livro {:multívio:} (Poesia)
19/10 – Bahia Preta: histórias do lado b da Roma Negra
Fábio Mandingo - Quilombo Cultural Cecília /BA
Bate papo e lançamento do livro Salvador, Negro Rancor (Prosa)
26/10 – O texto que deseduca das verdades únicas
Rodrigo Ciríaco – Sarau Mesquiteiros / SP
bate papo e lançamento o livro 100 Mágoas (Prosa - Rodrigo)
02/11- - A literatura tá viva ainda lá: na Periferia
Michel Ceríaco & Raquel Almeida - Sarau Elo-da-Corrente / SP
bate papo e assinatura dos livros Sobrevivendo no Gueto (Poesia - Raquel)
Sarau Elo da Corrente (Coletânea) e outros títulos do selo.
Local: Sankofa African Bar – Pelourinho
Conversas e lançamentos: quartas às 19h /
Sarau poético: 20h:30min.
* Mediação: Poetas do sarau Bem Black
Realização: Blackitude: Vozes Negras da Bahia & Sankofa African Bar
Info: 91304618 / gramaticadaira.blogspot.com / Blackitude@gmail.com

Conferência "O candomblé Congo-Angola e a religiosidade brasileira: muita história para contar" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

Envio de Resumos - Seminário de Reflexão e Memória da Cultura Afrobrasileira - Até o dia 10/10/2011

O prazo para para submissão de resumos a serem apresentados nos Grupos de Trabalho GT's) do Seminário de Reflexão e Memória da Cultura Afrobrasileira a ser realizado nos dias 08 e 09 de novembro de 2011, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O tema deste ano será “O Ano Internacional dos Afrodescendentes e a  Resistência Política dos Negros no Brasil de Zumbi dos Palmares a Abdias Nascimento”.

Maiores informações através do endereço:

http://seminarioafro2011pucrio.blogspot.com/

As inscrições são gratuitas!


Prazo para submissão de resumos até o dia 10/10/11

Divulgação do Resultado dos Trabalhos Aprovados: 15/10/11


Ementa dos Grupos de Trabalho:


GT1 - Políticas Públicas e Questão Racial

Coordenadora: Profa. Ms. Ana Helena Passos (Doutoranda PPGSS PUC-Rio)

O profundo processo de transformação pelo qual o Brasil
redemocratizado vem passando engloba uma séria de políticas públicas voltadas para promoção de igualdade racial. Tais políticas estão intimamente ligadas ao legado e à luta diária, no presente, dos  movimentos sociais negros. Como acentua o sociólogo Antonio Sérgio Guimarães é a partir de uma bandeira unificada pela luta de combate ao racismo que os movimentos negros trazem para cena brasileira atual uma agenda que alia política de reconhecimento (de diferenças raciais e  culturais), política de identidade (racialismo e voto étnico), política de cidadania (combate à discriminação racial e afirmação dos direitos civis dos negros) e política redistributiva (ações  afirmativas ou compensatórias). É no sentido de entender e problematizar essas políticas que se enquadra nosso Grupo de Trabalho. 
Dito isso, o objetivo deste grupo está em acolher e conjugar as mais  diversas produções de conhecimento e intervenções que tratem desta temática bem como discutir as políticas públicas já implementadas pelas distintas esferas do Governo brasileiro no desejo de promover um diálogo que segue de encontro com as agendas políticas envolvidas com  a busca por promoção de igualdade e pela luta antirracista.

GT2 - Educação das relações étnico-raciais: a lei 10.639/2003

Profa. Ms. Antonia Ceva (REDEH / Doutoranda PPGSS PUC-Rio)

A Lei nº 10.639/03 insere a temática da História e da Cultura
Afrobrasileira e Africana no currículo das instituições oficiais de ensino. É uma Lei Federal, ou seja, contempla todo o território brasileiro e é obrigatória, tendo em vista resgatar a história e a  memória dos povos africanos escravizados no Brasil. Para tanto, a proposta é enfatizar a luta dos negros e das mulheres negras, bem como a resistência do período da escravidão, destacando lideranças deste período e da pós-emancipação. Nossa proposta com este GT é discutir o  alcance e os limites da Lei 10.639/03, tendo em vista que o mito da democracia racial (um dos grandes entraves da luta contra o racismo) se encontra presente no imaginário da população brasileira, sobretudo, nos livros didáticos e, também, trazer expeirências concretas de  implementação da Lei 10.639/03 nas insituições de ensino superior e na educação básica.

GT3 - Racismo Institucional e Sistemas de Justiça

Coordenador: Prof. Ms. Ilzver Matos de Oliveira (UNIT / Doutorando PPGD PUC-Rio)

O Grupo de Trabalho busca promover intercâmbios entre pesquisadores e
  militantes sociais de diversas áreas do conhecimento, que discutem e refletem nos seus trabalhos sobre o conceito de Racismo Institucional e sobre as estratégias de percepção e superação das práticas institucionais racistas reproduzidas naturalmente ao longo dos  séculos, notadamente dentro do Sistema de Justiça brasileiro (Delegacias, Ministério Público, Tribunais, entre outros). Neste sentido, o presente GT objetiva reunir trabalhos científicos que  possam traçar um panorama desse debate no Brasil e que contribuam para a construção de novas práticas institucionais, sintonizadas com a necessidade de se reconhecer o racismo como um dos problemas mais graves, persistentes e desumanizantes no nosso país e com o dever de  se promover mecanismos de garantia dos direitos étnicos-raciais no Brasil.

GT4 - Patrimônio, Territórios e Memória Afrobrasileira: processos
identitários contemporâneos
Coordenadora: Profa. Ms. Lady Christina de Almeida (NIREMA PUC-Rio)

O presente GT busca compreender as novas relações estabelecidas entre
  território, memória, identidade e patrimônio advindos das novas dinâmicas na contemporaneidade, no momento em que a identidade torna-se instrumento de ação política, apropriada pelos movimentos sociais que utilizam esse discurso como estratégia para obtenção de  conquistas políticas e sociais efetivas e reconhecimento institucional na formulação de políticas de identidade. Assim, como a construção e fortalecimento das identidades contribuem para reconstrução da memória e para ressignificações de território e patrimônio? Neste GT  pretendemos reunir trabalhos e discussões que tratam a memória sobre suas várias dimensões, que reflitam sobre o patrimônio como imagens construídas em modalidades de expressão escritas, além de visuais e espaciais. Buscamos aqui também entender as narrativas acerca dos movimentos, das territorialidades como experiências que demarcam a  legitimidade do passado re-contado no presente como justificativa de sua existência e afirmação de identidades e suas relações com o poder.

GT5 - Gênero, Raça e Sexualidade

Coordenadora: Profa. Ms. Vanessa do Canto (Doutoranda do PPGD PUC-Rio)

Nos últimos anos, as pesquisas sobre gênero, raça e sexualidade têm
sido ampliadas sob a perspectiva da interseccionalidade que se constitui em um conceito importante para as investigações críticas sobre as múltiplas formas de produção e manifestação da subjetividade  nas sociedades contemporâneas. No Brasil, tem sido útil para a compreensão das peculiaridades relativas às formas de manifestação do racismo e seus efeitos agravados quando aliados à discriminações baseadas no gênero e na sexualidade. Neste sentido, o presente Grupo de Trabalho tem por objetivo constituir um espaço de interlocuções  interdisciplinares no qual possam ser compartilhadas as reflexões oriundas de pesquisas relacionadas à ação política feminista e dos movimentos de mulheres, bem como sobre políticas públicas que tenham por finalidade o enfrentamento das desigualdades decorrentes de discriminações baseadas no gênero, raça e/ou sexualidade nos  diferentes espaços da sociedade. Dessa forma, serão bem vindos trabalhos ligados a distintas correntes teóricas que permitam ampliar e aprofundar os debates sobre os temas propostos.

GT6 - Religiosidade Afrobrasileira e Intolerância Religiosa

Coordenadora: Mãe Flávia Pinto (Casa do Perdão)

GT7 - Racismo, Multiculturalismo e Reconhecimento

Coordenadora: Profa. Ms. Thula Pires (PUC-Rio)

O Grupo de Trabalho Racismo, Multiculturalismo e Reconhecimento
  pretende acolher as reflexões e críticas de pesquisadores, pesquisadoras e ativistas que enfrentam o racismo, nas suas mais variadas formas de expressão, a partir do referencial teórico da  Teoria do Reconhecimento e do Multiculturalismo. As demandas por respeito, além de redefinirem os papéis na seara econômica e política, permitem, ainda, redimensionar a importância simbólica das tradições e da cultura negra no Brasil. Busca-se, primordialmente, debater a  racialização da sociedade brasileira e do sistema de privilégios decorrentes de sua naturalização a partir do enfrentamento das conseqüências do falso reconhecimento ou da sua total ausência na  conformação das Identidades.

Realização:

PUC-Rio

Apoio:

Centro de Ciências Sociais

Departamento de Direito

(Núcleo de Estudos Constitucionais e Núcleo de Direitos Humanos)
Departamento de Serviço Social

Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente (NIREMA)


Comissão Organizadora:

Profa. Ms. Thula Pires (PUC-Rio)

Vanessa do Canto (Doutoranda do PPGD PUC-Rio)

Encontro internacional de literatura africana e afro-brasileira abre inscrições - PI

O evento será realizado de 15 a 18 de novembro no Campus Poeta Torquato Neto
 
O Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro, do Centro de Ciências Humanas e Letras (NEPA/CCHL), da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), receberá até o dia 30 de outubro de 2011, por meio do site http://nepauespi.wordpress.com/, as inscrições referentes ao II Encontro Internacional de Literaturas, Histórias e Culturas Afro-Brasileiras e Africanas – ÁFRICA BRASIL, que será realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro – NEPA e o Mestrado Acadêmico da Uespi. O evento será realizado em Teresina – Piauí, de 15 a 18 de novembro de 2011, no Campus Poeta Torquato Neto.

O encontro terá o objetivo de reunir pesquisadores do Brasil e de países africanos em torno do debate sobre a Literatura, a História e a Cultura de matriz africana, trazendo à tona o discurso pós-colonial dos povos da Diáspora. Mesas-redondas, conferências, minicursos, comunicações e simpósios temáticos serão as formas a partir das quais direcionaremos os debates propostos pela temática desse evento: memória e construções literárias. A programação é formada por minicursos, mesas-redondas, conferências, comunicações, lançamento de livros e atividades culturais.

As atividades acadêmicas serão abertas pelo Prof. Dr. Eduardo Assis Duarte, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que falará sobre “Literatura Afro-Brasileira”. Em outra conferência, o Prof. Dr. Henrique Cunha Júnior, da Universidade Federal do Ceará (UFC), discorrerá sobre “Os africanos escravizados no Brasil sabiam ler: aportes da história africana para a história brasileira”. O Prof. Dr. Múleka Dítoka Wa Kalenga, da República Democrática do Congo, encerrará a sequência de conferências ministrando: “A Cibernética e equação dos búzios: do Egito à Contemporaneidade”.

As mesas-redondas prometem discussões sobre diversas temáticas que dizem respeito à literatura africana e afro-brasileira, por exemplo: “Religiões Negras e Indígenas no Piauí”, a ser debatida pelos professores: Prof. Dr. Solimas Lima (UFPI), Prof. Dr. Alcebíades Costa Filho (Uespi), Profa. Dra. Claudete Dias (UFPI), Prof. Dr. João Júnior – (Uespi), Profa. Dra. Algemira de Macedo Mendes (Uespi) e Profa. MSc. Assunção de Maria Sousa e Silva (Uespi).

O Prof. Dr. Élio Ferreira, da comissão organizadora, informa que o evento é aberto a todos da sociedade que estudam a temática. Ele lembra, ainda, que as vagas são limitadas, principalmente as referentes aos minicursos. “Os interessados precisam se inscrever o quanto antes. Todas as participações terão direito a certificação emitida pela Pró-Reitoria de Extensão da Uespi”, afirma o professor.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

I Seminário de Estudos Africanos e Afro-brasileiros - GO

Proposto pelo Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros do Programa Afro-brasileiro da PUC Goiás, o I Seminário de Estudos Africanos e Afro-brasileiros será espaço de socialização de conhecimentos e saberes sobre o continente africano em suas diversidades, da diáspora afro-americana e afro-brasileira e da presença africana em Goiás colonial.
O conhecimento de África e de sua diáspora se consolida de forma indispensável para o adequado conhecimento da sociedade brasileira em sua pluralidade étnica e cultural, abarcando um grande campo de estudos que exige a atenção de equipes multidisciplinares de pesquisadores/as.
Especialistas em africanidades e afrodescendências da PUC Goiás e de instituições de ensino superior de Goiás estarão presentes apresentando resultados de pesquisas e compartilhando conhecimentos adensados em suas trajetórias acadêmicas e profissionais.

PROGRAMAÇÃO
Dia 05/10/11 (quarta-feira)
19h - Hino Nacional - Olodumica: território e diversidade
Felipe Kopanakis - Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2002). Pesquisador na área de Cartografia Histórica da África e Geografia do Continente Africano, Gerente de Articulação e de Projetos, do Gabinete de Gestão de Interlocução com os Movimentos Sociais, do Governo de Goiás.
Jean Marie Lambert - Professor do Curso de Relações Internacionais da PUC Goiás

Dia 06/10/11 (quinta-feira)
19h - Dança Afro-Contemporânea – Juliana Jardel Brasileira
Alex Ratts - Professor da Faculdade de Geografia da UFG
Irene Dias - Professora da Pós-graduação em Ciências da Religião da PUC Goiás

Dia 07/10/11 (sexta-feira)
19h - Música Popular Afro-brasileira – Ilton John (voz e violão)
Maria Lemke - Professora do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás
Cristina de Cássia Moraes - Professora da Faculdade de História da UFG
Antônio Cezar Caldas Pinheiro - Diretor do IPHBC

Coordenação:
Janira Sodré Miranda
Secretaria:
Lourivan Noleto da Silva
Thearley Marques de Queiroz
Ana Carolina Andalécio

Documentário – Abdias Nascimento

2/10/2011 por


Abdias Nascimento


Abdias Nascimento foi um dramaturgo, pintor, escritor, professor, deputado e senador da República. Em 1944, Abdias criou o Teatro Experimental do Negro. Na época, uma iniciativa totalmente insólita que tentava promover a inclusão de atores, diretores e autores negros. Dessa experiência revolucionária sairiam grandes nomes da dramaturgia brasileira, como Léa Garcia e Ruth de Souza.
Mas essa é só uma das várias frentes de luta de uma vida toda dedicada à militância pelos direitos dos negros. Como parlamentar, Abdias Nascimento apresentou diversos projetos para reduzir a desigualdade racial. É dele o primeiro projeto de lei propondo ações compensatórias como políticas públicas de igualdade racial. No cenário político, Abdias figura como um dos expoentes do PDT, vinculado ao partido e ao seu criador, Leonel Brizola, desde as primeiras conversas para criação da legenda, ainda no exílio.

No documentário, baseado no último grande depoimento gravado por Abdias, também estão contadas histórias de uma trajetória difícil, que inclui prisões e perseguição na época da ditadura. Ao mesmo tempo, Abdias rememora passagens engraçadas, como as confusões do tempo em que esteve no Exército, na década de 1930, e as viagens do grupo de poetas que se intitulava Santa Hermandad Orquídea pela América Latina.
 

Direção: Fernando Bola / TV Câmara

FONTE: Revista Áfricas 

Confira os vídeos da participação dos acadêmicos no IV Fórum de Educação Escolar Indígena de MS

Estão na internet vídeos que mostram parte das falas dos representantes dos acadêmicos indígenas e profesores durante o IV Fórum de Educação Escolar Indígena de Mato Grosso do Sul, que aconteceu de 29 de setembro à 1º de outubro, em Campo Grande. Com o tema “Avanços e Desafios”, o Fórum teve mesas redondas e discussões que geraram um documento enviado às autoridades da área. Entre as reivindicações estão a criação de uma universidade indígena, que os planos pedagógicos garantam a participação de organizações indígenas na elaboração e que o Estado garanta a admissão de profissionais indígenas com formação e do notório saber para atender a legislação que garante a recuperação das memórias históricas e fontes orais.

O professor Kaiowá Eliel Benites, lembrou a importância de se trabalhar o diálogo intercultural em sala de aula e também manter viva a espiritualidade que é a base da cultura indígena.
O bacharel em Direito, Luiz Eloy Amado, representando o projeto Rede de Saberes, destacou a importância do movimento dos professores para os estudantes e contou ainda algumas das dificuldades que enfrentam os estudantes nas universidades do estado. A ex-acadêmica da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Edmara Antônio Miguel, contou também algumas das situações que vivenciou junto aos colegas durante um semestre na academia. A professora Terena, Maria de Lourdes, destacou a importância da organização dos professores e o engajamento para se conseguir a educação diferenciada.

Clique aqui para assistir os vídeos
ou acesse www.youtube.com/neppiucdb.

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CONTATO
Caroline Maldonado
 
SOBRE O PROJETO REDE DE SABERES
O Projeto Rede de Saberes apoia a permanência de indígenas no ensino superior, atuando com recursos da Fundação Ford, por meio de parceria entre a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul de Aquidauana (UFMS). Porém, acadêmicos de outras universidades do estado também participam dos eventos promovidos pelo Rede de Saberes, que alcança assim mais de 600 indígenas universitários em MS. O Rede de Saberes estimula e orienta a iniciação científica, têm laboratórios de informática, oferece cursos de extensão, monitorias e auxilia na cópia e impressão de material. O coordenador geral é o professor da UCDB, Doutor em História, Antonio Brand.

Reunião do Programa de Pós-Doutorado em Estudos Culturais do PACC - RJ



06 de outubro de 2011 - 14h às 17h

 Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ

(antiga Casa do Estudante Universitário - CEU)




Programação



14h – Mini-apresentação de novos projetos, por linha de pesquisa



Cultura e Desenvolvimento

Objetos da Adversidade: um olhar etnográfico sobre a recontextualização material urbana.

Por Marcus Dohmann (EBA/UFRJ)
Supervisão Rosza Zoladz



Imaginários Urbanos

O Espaço, a Esfera, o Plano e seus Agentes: a praia carioca no século XXI.




Novas Tecnologias

Produção Literária Afro-brasileira e sua Difusão por Meio Digital.






15h 30min – Palestra com Conceição Evaristo



NOS LABIRINTOS DO SILÊNCIO DE ANASTÁCIA: UM GRITO DE MUITAS VOZES” - a identidade mítica de Escrava Anastácia como símbolo de resistência de um povo.

Sinopse: embora a imagem de Escrava Anastácia mostre uma das marcas da opressão do sistema escravocrata sobre os corpos escravos, – a máscara de flandres sobre a sua boca – outros sentidos ao longo do tempo foram construídos em torno de seu suplício. A história de Anastácia propagada e sustentada particularmente pela memória afro-brasileira é retirada do lugar da dor para  se configurar em explicitações de uma fé católica diferenciada, assim como se transforma em signos e produções culturais contemporâneas, tradutoras de discursos ideológicos, que afirmam a posição e o lugar de resistência da mulher negra na sociedade brasileira.



Confirme sua presença aqui.

domingo, 2 de outubro de 2011

Seminário debate Promoção da Igualdade Racial nos Eventos Esportivos - BA

"Promoção da Igualdade Racial no Contexto dos Grandes Eventos Esportivos”, esse é o tema do seminário que vai ocorrer no dia 03 de outubro de 2011, Hotel Pestana, Espaço Gregório de Matos, a partir das 8h, para discutir quais as ações e as estratégias serão adotadas pelos gestores públicos, empresários e sociedade civil, para garantir a participação da população negra no contexto dos dois megaeventos esportivos que serão sediados no Brasil: A Copa 2014 e as Olimpíadas 2016.

No seminário serão debatidos o legado social destes eventos e as medidas que deverão ser implementadas na capacitação e geração de emprego e renda, com o objetivo de contribuir com a formação profissional dos afrodescendentes, considerando que os acontecimentos que estão por vir, constituem-se como possibilidades concretas de ações de promoção da igualdade racial.

O encontro será promovido pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretária de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), juntamente com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e o Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro.

Estarão presentes ao evento, além do Governador Jaques Wagner, a ministra da SEPPIR, Luiza Bairros e o ministro do Esporte, Orlando Silva, a ex-Prefeita de Atlanta Shirley Franklin, que proferirá a palestra "Promovendo o Empreendedorismo e a Inclusão Racial: O caso das Olimpíadas de Atlanta”, o conselheiro da Embaixada dos EUA, John Matel, o presidente do Conselho da Região Metropolitana de Atlanta, John Eaves, o Secretário da Sepromi, Elias Sampaio e outras lideranças da sociedade civil e do governo.

Na oportunidade, ocorrerá a assinatura de um protocolo de intenções, entre o Governo Federal e o Governo Estadual para Promoção da Igualdade Racial no Contexto dos Grandes Eventos Esportivos, a fim de garantir a implementação de ações conjuntas que assegurem iniciativas e estratégias de inclusão da população negra, nas atividades decorrentes dos eventos esportivos mundiais.

Essa atividade é uma das iniciativas do Plano de Ação Conjunto Brasil-EUA Para Promoção da Igualdade Étnica e Racial (JAPER) e faz parte das ações do Ano Internacional dos Afrodescendentes, no qual terá seu ápice em Novembro, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) promoverá em Salvador, o Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, em que a presidenta Dilma Rousseff e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com mais 15 chefes de Estado, irão carimbar decisões conjuntas deliberadas, sobre os seguintes temas: infância e juventude negra, continuidade cultural e preservação da vida.

O que: Seminário "Promoção da Igualdade Racial no Contexto dos Grandes Eventos Esportivos”
Data: 03/10/2011
Horário: 8h às 17h30
Local: Hotel Pestana - Espaço Gregório de Matos
Endereço: Rua Fonte do Boi, nº 216 - Rio Vermelho