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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 13 de março de 2012

Evento internacional discute comunidades tradicionais em Salvador - BA

Inscrições: congressodireitopct@gmail.com 
 
I Congresso Internacional do Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais ocorrerá no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, nos dias 10 a 12 de maio. A atividade possui coordenação cientifica dos professores Ordep Serra (antropologia UFBA) e Júlio César de Sá da Rocha (Direito UFBA). As inscrições do Congresso serão gratuitas e realizadas através do e-mail congressodireitopct@gmail.com. Serão debatidos vários temas como Direito dos povos indígenas, das comunidades Quilombola, pescadores e marisqueiras, povos de santo e povos do campo. A atividade terá participação de lideranças das comunidades tradicionais, experiências internacionais e diálogos interculturais.

Oficina "Educação Patrimonial e Relações Étnico-raciais: lei 10639/03 e Estatuto da Igualdade Racial" - SC

O Núcleo de Estudos Negros convida para a oficina temática: Educação  Patrimonial e Relações Étnico-raciais: lei 10639/03 e Estatuto da Igualdade Racial, a realizar-se no dia 31de março de 2012, na sede do sede do Porto Seguro, em São José, as 14:00 horas.

A oficina realizada pelo Núcleo de Estudos Negros, conta com o apoio da  Brazil Foundation, da Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil através do Programa de Pequenas Doações – JAPER, da prefeitura municipal de São José, através da Fundação Municipal de Turismo e Cultura, da Fundação Municipal de Esporte e Lazer, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Assistência Social. 
 
A mesma será ministrada pela Doutora em Educação, pela UFSC, Joana Célia  dos Passos e pelos doutorandos em “Quaternário Materiais e Culturas, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Tânia Tomázia do Nascimento e João Carlos Nogueira.
 
Vagas limitadas. Com certificado de participação.
 
Mais informações através do e-mail: nen@nen.org.br e do telefone:
96427509. 

Tânia Tomázia do Nascimento
Colaboradora do NEN
Consultoria Arqueológica e Gestão do Patrimônio Histórico Cultural
Florianópolis - SC
(48) 96427509

quarta-feira, 7 de março de 2012

UNEB promove I Seminário "Histórias das Áfricas para o ensino fundamental" - BA

Convidamos para o I Seminário: HISTÓRIAS DAS AFRICAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL, onde serão apresentadas propostas didáticas para a inserção de temas da História da África no Ensino Fundamental.
Local: Auditório do Campus XIII
Data: 15/03/2012
Público Alvo: Alunos e professores da UNEB e da rede estadual e municipal de Ensino
Organização: Professora e alunos do 5º Semestre – História da África, Profa. Cristiane Batista

terça-feira, 6 de março de 2012

Seminário "Resistência quilombola: desafios e perspectivas" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) recebe inscrições para simpósios temáticos

O VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) – COPENE está com inscrições abertas até o dia 13 de março para os interessados em submeter propostas de simpósios temáticos para o evento que será realizado de 16 a 20 de julho em Florianópolis. Esta edição terá como tema “Os desafios da Luta Antirrracista no século XX”, e contará com pesquisadores de todo o Brasil e de países da África, Europa e Américas do Sul, Central e do Norte.

O objetivo do COPENE é promover discussões sobre os processos de produção e difusão de conhecimentos ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas mais diversas esferas institucionais e áreas do conhecimento. O vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN e Pró-reitor de Extensão, Cultura e Comunidade da Udesc, Paulino de Jesus Francisco Cardoso, explica que os simpósios temáticos serão os espaços para a apresentação e discussão de pesquisas concluídas ou em estágio avançado de realização sobre um mesmo tema. O formulário para o envio de propostas pode ser acessado no site do evento www.abpn.org.br/copene.

A sétima edição do COPENE é organizada pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros – NEAB da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc); pela Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN; Instituto de Estudos Culturais Luisa Mahin; União de Negros pela Igualdade de Santa Catarina –  Unegro; Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e Coordenadoria de Políticas de Promoção da  Igualdade Racial da Prefeitura Municipal de Florianópolis.

Programação

Além dos simpósios temáticos, a programação do VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) contará com conferências, mesas redondas, sessões de comunicação, sessões de comunicações de iniciação científica, minicursos e oficinas. Já estão confirmados conferencistas como Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo (USP), Elika M’Bokolo, da República Democrática do Congo, e Shirley Campbell Barr, da Costa Rica.

Também integrarão a programação artístico-cultural do COPENE exposições de artes plásticas e visuais, mostra fotográfica, mostra de vídeo, festas temáticas, feira com exposição de livros e venda de produtos afros, atrações artístico culturais com performances de dança, música, teatro, capoeira e maracatu, além de atividades comemorativas em alusão aos 150 anos de nascimento do poeta Cruz e Souza.

Paralelamente ao congresso serão realizados o 2º Seminário Internacional de Pesquisadores(as) Negros(as); o 1º Seminário de Iniciação Científica da ABPN; além do 1º Encontro de Pesquisadores sobre a Saúde da População Negra.
Mais informações sobre a programação do VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) e as inscrições para o evento podem ser acessadas do site: www.abpn.org.br/copene.

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Carolina Hommerding
Jornalista | (48) 9133-1236
Assessoria de Comunicação | FAED/UDESC
(48) 3321-8512 | www.faed.udesc.br
Centro de Ciências Humanas e da Educação | FAED
Universidade do Estado de Santa Catarina | UDESC

domingo, 4 de março de 2012

VI Curso de Atualização: "A Teoria e as Questões Políticas da Diáspora Africana nas Américas" - RJ

Seleção 2012

O curso oferece 20 vagas. E será realizado nas dependências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), às segundas e quartas-feiras, de 13h às 18h, no período de 18/06 a 27/07 de 2012, com carga horária total de 60h. Será considerada aprovada a aluna e o aluno que atender aos critérios de avaliação do curso: 1) freqüência de até 75% do total de horas do curso, 2) apresentar resumo e perguntas para debate em pelo menos 2 aulas, 3) entrega de um paper acadêmico ao final do curso, de 15 à 20 páginas, baseado em trabalho etnográfico, de arquivo ou de caráter sociológico, com foco no Brasil

Poderão se inscrever para a seleção ativistas dos movimentos sociais, negro e de mulheres negras, bem como estudantes universitárias/os em nível de graduação e pós-graduação.

A ficha de inscrição está disponível em anexo e on-line nos sites: www.criola.org.br e www.neab-proafro.uerj.br. As/os interessadas/os deverão preencher esta ficha, enviá-la por e-mail para diasporaafricana@criola.org.br anexando um curriculum vitae (três páginas no máximo) com informações sobre formação, a ação antirracista e feminista, participação em eventos acadêmicos e/ou ativistas.

A lista com o nome d@s selecionad@s para o curso será publicada no site de Criola e do PROAFRO no dia 23/03/2012.

Marinha decide despejar moradores do Quilombo Rio dos Macacos - BA

RIO DOS MACACOS RESISTE, MAS ESTAMOS TEMENDO A VIOLÊNCIA DE SEMPRE DA MARINHA DO BRASIL...

Marcada para a hoje, 04.03.2012, e suspensa por ação da Presidência da Republica (Secretaria Geral, SEPPIR e FCP), a tomada do Território do Quilombo Rio dos Macacos, ainda não foi assimilada pela Marinha do Brasil, que mesmo diante da suspensão insistir em tencionar e atentar contra os direitos da comunidade. A Marinha do Brasil não pode realizar esta ação hoje mas neste momento a comunidade está vivendo uma grande tensão, pois já tem mais de 03 caminhões de fuzileiros dentro da Comunidade, cada um com cerca de 80 homens, do lado de fora tem os militares da Bahia (que não podem entrar por se tratar de área federal) e 01 trator posicionado no portão da Vila Naval, área tomada da comunidade há 42 anos pela Marinha do Brasil. A Polícia Federal é a única instituição que pode cumprir a decisão desastrosa da 10ª Vara Federal na Bahia, mas está não irá em Rio dos Macacos, pois não pode agir acima das Leis. Qualificamos de desastrosa a decisão, porque a Comunidade de Rio dos Macacos não foi ouvida em qualquer fase do processo, estando a justiça agindo em um único pólo.


A Marinha do Brasil, não pode tomar o Território de Rio dos Macacos, porque ela como instituição Brasileira não está acima das demais instituições nacionais, vivemos sob a vigência do estado democrático e as instituições estão em funcionamento. Agindo com um modus operandi irreconhecível por instituições marcadas pela hierarquia e disciplina, ontem a noite (03.03.12) um senhor da comunidade sofreu um atentado contra sua vida, quando quase foi morto com um tiro em sua direção, dado por um membro da corporação, identificado pela comunidade. O caso foi registrado em uma delegacia da região.


O Artigo 68 da Constituição de 1988 e o Decreto 4887/2003, garantem os direitos da ocupação secular da Comunidade. Rio dos Macacos está naquele Território há mais de 238 anos e não pode ser derrotado, por um crime de uma instituição que, ao contrario, deve garantir e fazer valer as Leis do país, por isso precisamos das/dos jornalistas agora em Rio dos Macacos. Todo o mundo precisa saber, para impedir uma tragédia hoje em Salvador, aos nossos olhos.


Mandem essa nota para todas as pessoas possíveis, para todas as redes, não podemos ficar em silêncio diante da possibilidade de uma barbárie, O Brasil e o mundo precisam saber!


Nossa luta é todo dia!!!

Vilma Reis
Presidente do CDCN - Bahia
Profa. Sociologia - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias
Campus XXIII, UNEB - Seabra
Coordenação Colegiada do Programa CEAFRO
CEAO: Centro de Estudos Afro-Orientais - FFCH/UFBA
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 02 de Julho
Salvador/Bahia, Brasil, Cep.40.060-180
Tel. (55-71)3283-5520 , Fax.(55-71)3322-2517, Cel.(55-71)9994-3749
E-mail:ceafro@ufba.br - Site:www.ceafro.ufba.br

sábado, 3 de março de 2012

X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas - AL

O X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas acontece em Maceió, AL, de 19 a 23 de março.
Tendo como tema central : Im/Ex-pressão Afrodescendente nas Américas , o X Ígbà propõe uma análise sobre o racismo e suas ideologias subjacentes, nas Américas, tanto no plano simbólico quanto estrutural, como também mobilizar parcelas importantes da população como estratégia de fortalecimento para efetivação das políticas de promoção para igualdade racial, desde a Lei nº 10.639/03 a discussão do Estatuto da Igualdade Racial.
Contando com o apoio da Fundação Cultural Palmares, Ministério de Educação, Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Universitário-CESMAC, o Seminário de Conversas Internacionais busca decodificar as barreiras institucionais, que dificultam a inserção de uma política integral visando o combate ao fenômeno geracional da desigualdade sócio-étnica.
Celebrando o 21 de março- Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial ,o Seminário referencia a memória do grande ícone contemporâneo, o estadista negro, Abdias Nascimento.
E ,ainda tem mais: lançamentos literários, exposição fotográfica Yalodê- uma homenagem as mulheres negras, IV Festival Alagoano das Palavras Pretas-*Asè à Mulher Negra! , Orikì a Abdias Nascimento, rodas de conversas, palestras, debates, trocas de experiências, com a participação de especialistas nacionais e internacionais, o rapper misturado com poesia de altissima qualidade , com a Rapper carioca ReFém e da cantora alagoana Paula Rocha.
Com certificação de 20 horas o X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas é aberto aos diversos públicos, especialmente para você.
Conheça um pouco mais da nossa programação discursiva:
1-A branquidade normativa e a naturalização do discurso racista embutido e disfarçado na prática social brasileira e de outros países das Américas.
2-O 21º Encontro Ibero-americano de Afrodescendentes e a Declaração de Salvador – Uma Abordagem sobre as Ações Afirmativas de Reparação para Populações Afrodescendentes.
3-Existe uma Política Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra? Uma abordagem sobre direitos humanos
4-O Espaço Vivo Abdias Nascimento- Celebrando a Memória da Nossa História na República dos Palmares, em Alagoas.
5-O Hip Hop e as Possibilidades de Construção do Ativismo Político em Gênero e Raça
E aí já se agendou?
Ainda, não? Então se apresse, senão você vai perder um bonde conhecimentos.

Serviço:
X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas
Locais:
Dia 19- Teatro Abelardo Lopes/SESI- Galeria Arte Center. Av. Antonio Gouveia, 1113- Pajuçara/Maceió, AL.
Dia 21- Auditório térreo da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas.
23 de março- ( opcional)- Parque Memorial Quilombo dos Palmares/ Serra da Barriga- União dos Palmares/Alagoas.
Certificação: 20 horas
Taxa de inscrição: R$:10.00 (dez reais)
O pagamento da taxa de inscrição de R$ 10.00 deverá se feita em forma de depósito:
Agência 2391- Conta Corrente -00000983-1-Caixa Econômica Federal. O comprovante do depósito deverá ser escaneado e enviado por e-mail, como comprovante da inscrição
Informações: (82)8827-3656/3231-4201
E-mail: raizesdeafricas@gmail.com,

sexta-feira, 2 de março de 2012

Conar determina alteração do anúncio da Devassa considerado racista e sexista

A Ouvidoria da Seppir foi oficiada ontem (29), sobre a decisão do órgão

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) determinou a alteração do anúncio da Devassa por concluir pela ocorrência de racismo, machismo e sexismo, entre outras infrações éticas, na composição da peça. A decisão foi comunicada ontem (29) à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em resposta ao processo instaurado e encaminhado por essa instância ao Conar e ao Ministério Público.

"A frase utilizada na peça associa a imagem de uma mulher negra à cerveja, reforçando o processo de racismo e discriminação a que elas estão submetidas historicamente no Brasil e que é caracterizado, entre outras manifestações, pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade", afirma o Ouvidor da Seppir, Carlos Alberto de Souza e Silva Júnior, segundo o qual o processo foi instaurado na Ouvidoria a partir de uma denúncia referente à propaganda que divulgava a frase: "É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra. Devassa negra encorpada. Estilo dark ale de alta fermentação. Cremosa com aroma de malte torrado".

De acordo com o Conar, as infrações cometidas no anúncio encontram-se previstas em inúmeros artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. "O contexto da imagem associado à frase transcrita, deixa explícita uma ideologia de estereótipos, tendo em vista que esta publicidade de cunho ambíguo expõe um segmento étnico e a imagem das mulheres negras, referindo-se ao seu corpo e sua sexualidade", conclui Carlos Alberto.

Sobre o Conar
O Conar é uma organização não governamental que visa impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas. Constituído por publicitários e profissionais de outras áreas, o Conar tem como missão principal o atendimento a denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria. As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética, com garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, o Conar recomenda alteração ou suspensão da veiculação do anúncio.

FONTE: Notícias SEPPIR 

Reconhecimento aos guardiões da cultura afro-brasileira

Por Jacqueline Freitas


Sob pressão da Inglaterra, o estado imperial brasileiro proibiu o comércio de escravos africanos em 1831. Apesar da lei, um intenso tráfico clandestino continuou para o litoral do Brasil, especialmente para as novas áreas cafeeiras em produção. O tráfico transatlântico só seria efetivamente reprimido por uma nova lei em 1850, e somente nesse período, cerca de um milhão de africanos chegaram ao litoral brasileiro, especialmente na costa fluminense. Esses cativos, oriundos da África Central, povoada por diferentes povos falantes das chamadas línguas banto, desembarcavam em portos clandestinos do litoral sul e norte do estado do Rio de Janeiro, resultando em índices significativos tanto da territorialidade negra como da prática de manifestações diretamente relacionadas à memória ancestral. [1]

Para os quilombolas, descendentes de africanos escravizados no Brasil, é uma importante conquista ter a sua comunidade oficialmente reconhecida. É o primeiro passo de uma série de etapas até a titulação, e que já lhes assegura direitos dos quais antes não conseguiam usufruir. O ato de receber, em mãos, a certidão de autorreconhecimento tem significado todo especial. E assim aconteceu, recentemente, em duas comunidades remanescentes de quilombo do Estado do Rio de Janeiro.
Baía Formosa
Em Armação dos Búzios – município do litoral norte do Rio de Janeiro alçado à condição de atração turística internacional, no início dos anos 1960, pela atriz francesa Brigitte Bardot – a comunidade de Baía Formosa reuniu-se em recepção solene, no dia 23 de fevereiro, para receber do presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, o documento com que tanto sonhou.
A festa foi prestigiada por quilombolas da região e de municípios vizinhos, como os das comunidades de Rasa e Botafogo, e também por autoridades locais. Após um breve histórico sobre a criação e a missão da Fundação Cultural Palmares, o presidente Eloi Ferreira destacou a importância dos quilombolas não só para a história do País, mas, especialmente, em seus valores mais caros: o respeito ao próximo, aos hábitos locais e à natureza.
“Não existem registros de comunidades quilombolas com área de desmatamento, com poluição, com grilagem de terras, com queima de cartórios ou com fraude de certidões. Ser quilombola é ter um vínculo histórico com a resistência à escravidão e com os antepassados. Ser quilombola é  ser detentor da cultura afro-brasileira e de sua terra”, enfatizou.
Ao entregar formalmente a certidão de autorreconhecimento à comunidade de Baía Formosa, o presidente da Fundação Cultural Palmares também ressaltou que, quando for conquistada a titulação, a terra passará a ser de propriedade coletiva, ou seja, inalienável – o que, vale lembrar, reproduz o costume ancestral de utilização da terra, fossem as atividades agrícolas, extrativistas ou outras, assim caracterizando diferentes formas de uso e ocupação dos elementos essenciais ao ecossistema, que tomam por base laços de parentesco e vizinhança assentados em relações de solidariedade e reciprocidade. “Assim como uma herança deixada pelos antepassados, essa terra será transmitida aos descendentes de vocês e jamais poderá ser negociada e penhorada”, finalizou Eloi Ferreira.
Um pouco de História – A história das comunidades negras da Região dos Lagos tem como referência a fazenda Santo Inácio dos Campos Novos, localizada em Sesmaria concedida a jesuítas e depois vendida a escravagistas. A Comunidade de Baía Formosa localiza-se nessa região, que já abrigou cultivos principalmente de banana, além de milho e feijão, e onde trabalhavam negros escravos. No período de prosperidade agrícola, tornou-se ponto de desembarque clandestino de navios negreiros após a proibição do tráfico no Brasil. Assim, a área é de ocupação antiga e sua história remonta às fugas dos negros das fazendas. Dessas fugas teria surgido um quilombo, mas, com a assinatura da Lei Áurea, os negros teriam sido expulsos e formado a periferia, onde fizeram descendência. Consta ainda que algumas famílias de ex-escravos e seus descendentes pagavam arrendamento ao proprietário das terras para permanecer no local e, com o tempo, também foram deslocadas pela especulação imobiliária, que é muito forte na região.
Foto: Jacqueline Freitas / FCP
Presidente da Palmares em discurso durante o evento
Santa Rita do Bracuí
No dia 24 de fevereiro, a comitiva da Fundação Palmares dirigiu-se ao litoral sul fluminense, na região de Angra dos Reis – outra área onde a especulação imobiliária é significativa – para entregar o documento pertencente à Comunidade Remanescente de Quilombo de Santa Rita do Bracuí.
Ali, como que reproduzindo uma postura ancestral e sem conter a emoção, o presidente Eloi Ferreira de Araujo reverenciou o mestre jongueiro Zé Adriano, de 89 anos de idade – guardião de uma das mais tradicionais manifestações culturais afro-brasileiras, o jongo, e importante liderança local na luta pela titulação das terras – ao lhe entregar oficialmente a certidão de autorreconhecimento, que já havia sido formalizada pela FCP.
Foto: Jacqueline Freitas / FCP
Mestre jongueiro Zé Adriano recebe certidão das mãos de Eloi Ferreira
Origens – A Comunidade de Santa Rita do Bracuí originou-se em 1877, a partir de uma doação de 260 alqueires que o fazendeiro José de Souza Breves, que ficou conhecido na região como “o comendador Breves”, fez aos seus escravos.
A comunidade foi atingida pela construção da estrada Rio-Santos, que a dividiu em duas partes, e desde os anos 1960 luta contra grileiros e condomínios de luxo para se manter nas terras herdadas dos antepassados. Antigos e jovens moradores compartilham memórias, experiências e projetos – o que resultou em um Ponto de Cultura – e se associam para a construção de alternativas de desenvolvimento comunitário e sustentável.
Conceito – Contemporaneamente, a expressão “quilombo” não se refere estritamente a resíduos ou resquícios arqueológicos de ocupação temporal ou comprovação biológica. Também não se limita a grupos isolados, uma população homogênea ou que necessariamente se tenha constituído a partir de movimentos de insurreição. São, de fato, grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência em manter e reproduzir modos de vida característicos e de consolidação de um território próprio. A identidade quilombola não se define pelo tamanho e número dos membros da comunidade, mas pela experiência vivida e as versões compartilhadas de sua trajetória comum e da continuidade enquanto grupo [2].
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[1] Jongos, calangos e folias – Memória e música negra em comunidades rurais do Rio de Janeiro. Projeto desenvolvido a partir de 2005 pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) e o Núcleo de Pesquisas em História Cultural (NUPEH) da Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ.
[2] O’Dwyer, Eliane Cantarino. Apresentação do Caderno Terra de Quilombos. Rio de Janeiro: UFRJ/ABA, 1995.

Campanha "Somos Quilombo Rio dos Macacos" - BA


*Doação de alimentos no Quilombo Cecília (Rua do Passo/Pelourinho)


DEBATE NO CEPAIA - CARMO
Sábado, dia 3/03, às 14h
Com as comunidades quilombolas de Marambaia (RJ), Alcântara (MA) e Quilombo Família Silva (RS).

ATO NO QUILOMBO RIO DOS MACACOS
* Para a entrega dos alimentos arrecadados.
Domingo, dia 04/03

A concentração está marcada para as 09 horas no posto Inema, onde continuaremos a arrecadação e entregaremos alimentos.


Com respeito,

Nelson Maca

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Lançamento do livro Insubmissas Lágrimas de Mulheres, de Conceição Evaristo - BA


A escritora mineira Conceição Evaristo lança o livro Insubmissas Lágrimas de Mulheres, da editora Nandyala, no próximo dia 1º de março, no auditório Milton Santos do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO-UFBA), às 18h. A antologia, composta por 13 contos, têm como protagonistas das histórias as mulheres negras. Dentro da cena, vozes-mulheres explicitam suas dores, anseios, temores, mas antes de tudo revelam a imensa capacidade de se retirem do lugar de sofrimento e inventarem modos de resistência.
Uma intima fusão entre as personagens, a voz ficcional de quem apresenta essas personagens e a autora, marca o processo criativo dos textos e afirma o projeto literário de Conceição Evaristo. Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense Conceição alcançou reconhecimento nacional com a publicação, em 2003, de seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio. 
Para embelezar a noite a atriz Josiane Acosta fará uma pequena apresentação do recital poético Minas de Conceição Evaristo no qual reúne poemas da autora. A proposta faz parte das apresentações de um elenco de atrizes e músicos gaúchos que já desenvolvem esse trabalho. 
O primeiro livro de Conceição Evaristo foi Becos da Memória escrito em 1988 e publicado em 2006. Entre suas obras individuais estão Poemas da Recordação e Outros Movimentos, antologia poética, de 2008, que recebeu o Prêmio Portugal TELECOM 2009, figurando entre as 50 melhores publicações do mundo em Língua Portuguesa. Seus textos foram publicados nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Alemanha. 
Em sua visita a Bahia, Conceição Evaristo também fará o lançamento do livro em Alagoinhas e ainda dará um curso, como convidada do Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural, da UNEB .

SERVIÇO

O Quê: Lançamento o livro Insubmissas Lágrimas de Mulheres – antologias de contos de Conceição Evaristo
Quando: 1º.03.2012
Onde: Auditório Milton Santos do Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO/UFBA
Horário: 18h
*Obrigada por sua atenção. Caso queira mais informações favor contatar com:
Camila de Moraes –Ass. de Comunicação do CEAFRO/CEAO/UFBa
DRT. 14.833/RS
Tel. - (71) 3283.5520 ou (71) 8127.7035
Nazaré Mota- Coord. da área de Educação do CEAFRO/CEAO/UFBa
Tel. – 99036456 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Quilombolas ganham reconhecimento legal pela 1ª vez no Ceará

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A comunidade de Alto Alegre é uma das beneficiadas em Horizonte
FOTO: RODRIGO CARVALHO
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O próximo passo é a desapropriação de não-quilombolas das cinco comunidades contempladas
Limoeiro do Norte O Ceará obteve, neste mês, a primeira legitimação dos processos de reconhecimento e delimitação de seus territórios quilombolas. É um marco na luta de comunidades remanescentes de quilombos. A partir de agora, não se pode mais contestar que cinco comunidades nos Municípios de Horizonte, Pacajus, Tamboril, Araripe e Salitre são quilombolas e, portanto, originárias de comunidades de negros fugidos durante a escravidão.

O reconhecimento foi assinado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e publicado no Diário Oficial da União (DOU). O próximo passo é o processo de desapropriação de não-quilombolas das áreas. Em todo o Ceará, há 26 territórios em processo de reconhecimento quilombola.

Há muito já se sabe da presença de comunidades quilombolas no Ceará, mas esta é a primeira vez que se chega ao estágio de legitimidade que aponta, de forma incontestável, o fato de um determinado povo ser quilombola. Foi o que aconteceu às comunidades de Alto Alegre e Base, entre os Municípios de Horizonte e Pacajus, de Lagoa das Pedras e Encantados do Bom Jardim, em Tamboril, e de Sítio Arrusa, entre os Municípios de Araripe e Salitre. O Incra identificou 476 famílias remanescentes de quilombos nesses três territórios que somam 2.882 hectares.

As três portarias foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) no dia 15 de fevereiro e encerram a fase de análise e julgamento de contestações dos estudos antropológicos, agronômicos e cartográficos já realizados pelo Incra.

Os estudos de cada território foram reunidos em documentos chamados Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID), publicados no DOU e no Diário Oficial do Estado (DOE), entre dezembro de 2008 e dezembro de 2010, quando foram abertos os prazos para contestações. Assim, o Instituto publica uma Portaria de Reconhecimento delimitando os limites das áreas. Agora, os três territórios terão regularização fundiária, processo que vai da desapropriação dos não pertencentes à comunidade, desintrusão e titulação da terra.

No Ceará, estão em andamento 26 processos de reconhecimento e identificação de territórios quilombolas. Desses, dez estão em estágios mais adiantados para a titulação das terras, sendo os três territórios recém-definidos em situação mais avançada.

Processos
Há muito se sabe da presença e preservação cultural de comunidades negras no Ceará advindas da luta de escravos fugidos em busca de liberdade. O que faltava era um reconhecimento legal. Os atuais processos em fase "avançada" acontecem tardiamente, pois só há pouco mais de dois anos o Incra no Ceará possui um antropólogo para fazer os levantamentos junto às comunidades. Esse profissional das Ciências Sociais é responsável por acompanhar e registrar o processo de auto-reconhecimento dos povos como quilombolas.

"Esses foram os três primeiros reconhecidos como comunidades quilombolas, outras estão no mesmo processo", afirma o antropólogo José da Guia. Ele trabalhava no Incra em Roraima, e foi remanejado para o Ceará devido à forte demanda deste Estado. "Mas, até agora, os processos de reconhecimento estão pacíficos", afirma Mário Evaristo, da divisão de regularização fundiária do Incra. Mas ele admite que os processos de desapropriação e desintrusão são os mais delicados. Existe o potencial de conflito no território pertencente à comunidade de Alto Alegre (Horizonte), pois existem loteamentos imobiliários, inclusive com casas já construídas.

Há alguns processos de reconhecimento quilombola no Ceará suspensos a pedido das próprias comunidades. É o caso da comunidade de Bastiões, em Iracema (região jaguaribana). A notícias de que ali se faria reconhecimento e delimitação de terras causou forte reação de algumas famílias não-negras que ali moram ou têm casas de veraneio.

O Ministério Público Federal questionou o Incra quanto à interrupção do processo. "Os processos não foram arquivados. Estamos estabelecendo um diálogo de esclarecimento", diz o antropólogo José da Guia. Ele acredita que um erro de interpretação possa causar conflitos nas áreas em estudo.

"O que verifico são os critérios de pertencimento à comunidade", frisa, para ilustrar que se há casos de não-negros que têm vínculo sanguíneo ou de casamento, por exemplo, com a comunidade. Esses grupos tendem a ficar e ser declarados pertencentes aos quilombolas.

Desde 2003, o Incra é o responsável pela titulação dos territórios quilombolas no Brasil. Os processos se iniciam quando a comunidade solicita abertura de processo administrativo. A comunidade deve estar registrada na Fundação Cultural Palmares, que emite uma Certidão de Auto-reconhecimento.

Mais informaçõesInstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
Avenida José Bastos, 4700,
Couto Fernandes - Fortaleza
Telefone: (85)3299-1326

MELQUÍADES JÚNIORREPÓRTER

Escola Doutoral 2012 Fábrica de Ideias terá como tema "Tecnologia, consumo e identidades" - BA

6-16 de agosto de 2012

 EDITAL


A Escola Doutoral 2012 FÀBRICA DE IDÉIAS é o resultado da parceria entre dois programas de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia, o Programa Fábrica de Idéias, associado ao Programa de Pós Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, e o Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas-FACOM/UFBA. O Pós-Com é um programa de Pós Graduação em Comunicação com nível de excelência na área de comunicação, cultura e tecnologia. O Programa Fábrica de Idéias realiza já pelo décimo quinto ano consecutivo o Curso Avançado Fábrica de Idéias, que visa contribuir para a formação de pesquisadores que estudam processos de racialização e formação de identidades étnicas. O Curso adota uma perspectiva comparativa, explorando vários contextos e espera promover o intercâmbio entre estudantes e professores de diversas regiões do Brasil e de outros países, sobretudo no eixo Sul-Sul.
Esse ano o curso abordará a vasta produção teórica bem como as reflexões contemporâneas em torno de temas como globalização, cidadania, comunicação, consumo, política, desenvolvimento tecnológico e seus impactos na formação de processos identitários.
Em uma serie de seminários serão apresentados e discutidos também o crescimento de centros e departamentos de Tecnologias para as humanidades, museus e arquivos digitais, usos e apropriações populares de termos como web, Internet, mídias e redes sociais, a interface entre cultura popular e tecnologia, o crescimento e o papel de Blogs como espaço de atuação jornalística na África e no Brasil, assim como as diversas formas de etnografia digital.
Docentes: André Lemos (Pos-Com), Wilson Mattos (Pos-Com), Annalisa Frisina (Universitá di Padova), Abdoumaliq Simone (Goldsmith College & SOAS, Londres), Zita Nunes (University of Maryland), Sonia Melo (Nações Unidas).
O Curso, em caráter intensivo, consistirá de 8 horas de aulas diárias durante onze dias. Cada sessão tratará de um tema numa perspectiva interdisciplinar, composta pelas abordagens histórica, sociológica, antropológica e das teorias da comunicação. Buscar-se-á enfocar três temas centrais: a relação entre Tecnologias (digitais, corporais e simbólicas), Consumo (para além das relações objetivas, pensado também como espaço de produção de subjetividades) e Produção de Identidades locais e globais. Como é tradicional neste Curso, as aulas serão ministradas por professores com ampla experiência de pesquisa no tema abordado. Para a edição XV serão selecionados até 40 alunos, por meio de uma seleção internacional. Os candidatos deverão estar cursando ou concluído o mestrado e/ou doutorado.
Os participantes receberão o material didático em formato digital disponibilizado em nossa página, devendo, em contrapartida, arcar com as despesas relacionadas com as passagens, hospedagens e alimentação.
Serão disponibilizados ainda no sitio web do Fábrica de Ideias indicações de hotéis, pousadas e restaurantes, que oferecerão desconto para os participantes do curso.

Os participantes deverão durante o curso proceder à leitura da bibliografia obrigatória e deverão ter ativa participação nas discussões, constituídas, em grande parte, por textos em inglês.
Todos deverão incorporar seus interesses de pesquisa aos debates, não obstante devamos alertar que não será possível analisar exaustivamente o conteúdo das pesquisas de cada participante. Por outro lado, os estudantes serão encorajados a tratar dos seus temas de pesquisa em todos os módulos do curso, além daquele exclusivamente dedicado à discussão dos projetos individuais. As aulas serão ministradas em português e inglês. As aulas em inglês serão com tradução. Daí a exigência de proficiência para quem pretenda acompanhar o curso.
A permanência dos alunos no curso estará condicionada a avaliação que levará em conta frequência e participação. Ao todo serão computadas 64 horas aula que equivalem a 4 créditos. Será conferido certificado àqueles que apresentarem desempenho satisfatório.
A Escola Doutoral se realiza no auditório da Faculdade de Comunicação e no Centro de Estudos Afro-Orientais da FFCH.

REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO:

Os candidatos deverão ter formação pós-graduada ou equivalente. Uma comissão fará a seleção com base na documentação apresentada e suas decisões serão definitivas.
Os interessados em participar deverão preencher o formulário on line disponível no site http://www.fabricadeideias.ufba.br, no período compreendido entre 01 de março a 15 de abril de 2012 O formulário poderá ser preenchido em português, espanhol ou na versão em inglês.
  
No preenchimento deste formulário, deve-se prestar atenção para:
ü  Uma carta (no máximo duas laudas) que exponha os motivos do interesse pelo curso e descreva em que medida este contribuirá para a formação do candidato e o desenvolvimento da pesquisa;
ü  Curriculum Vitae resumido (no máximo 5 laudas), no formato Lattes para os brasileiros;
ü  Uma síntese do projeto de pesquisa com, no máximo, 5 laudas (espaço simples, fonte Times New Roman 12), incluída a bibliografia utilizada no resumo do projeto
ü  Cópia de um artigo, ou um capítulo da dissertação ou da tese de doutorado;

O resultado da seleção será divulgado até 10 de maio de 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ato Show em solidariedade ao Quilombo Rio dos Macacos - BA

UFMG promove curso de formação pré-acadêmica - MG

O Curso de Formação Pré-Acadêmica: Afirmação na Pós destina-se a preparar candidatos para a seleção em programas de pós-graduação stricto sensu (nível mestrado). Nessa preparação, além da oferta de disciplinas serão promovidos seminários para socialização de estratégias de formação acadêmica e conhecimento dos programas de pós-graduação. Os/as cursistas/as serão acompanhados/as desde o processo de elaboração de projetos de pesquisa até a inscrição em processos seletivos de programas de pós-graduação stricto sensu.
O Curso de Formação Pré-Acadêmica: Afirmação na Pós é promovido pelo Consórcio UFMG e UEMG, através de suas respectivas Pró-Reitorias de Extensão, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Educação e Relações Étnico-Raciais da UEMG, Programa Ações Afirmativas na UFMG, Projeto Conexões de Saberes na UFMG, Observatório da Juventude da UFMG e Observatório da Educação Indígena da UFMG. O curso conta com a parceria do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do CEFET-MG e recebe financiamento da Fundação Ford e da Fundação Carlos Chagas. 

INSCRIÇÕES E MAIS INFORMAÇÕES: http://www.ufmg.br/proex/afirmacao/