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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 20 de março de 2012

CEAO promove o curso aberto "Biografia e biografismo" - BA

BIOGRAFIA E BIOGRAFISMO: PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS

Professor: Dr. Cláudio Luiz Pereira
Período do curso: 22 de março a  10 de maio.
Carga horária: 20 horas.
Horário: 18h às 20h30 (quinta-feira).
Número de vagas: 20 (vinte).
Período de inscrição: 20 a 22 de março, das 14h às 17h no CEAO (Largo Dois de Julho).
Local das aulas: Auditório Agostinho da Silva (CEAO, Largo Dois de Julho).

Mais informações: clpereira@uol.com.br

sexta-feira, 16 de março de 2012

Curso Conversando com sua história discute o tema "Escravidão e Liberdade" - BA

A 10ª edição do curso Conversando com a sua História, promovido pelo Centro de Memória da Bahia, dedicará o mês de abril para o tema: “Escravidão e Liberdade”. Durante todas as segundas-feiras do mês de abril, serão oferecidas aulas gratuitas sobre aspectos da história, ministradas por especialistas e pesquisadores, entre eles o historiador Ubiratan Castro de Araújo e o antropólogo Luiz Mott, que abrem o curso no dia 2 de abril. Voltado para estudantes, pesquisadores e amantes da história, o curso vai de abril até outubro, sempre a partir das 17h, na Sala Katia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

Os próximos temas serão: “Tráfico de Escravos e Etnicidade no século XVIII”, que reunirá os historiadores Carlos Silva Júnior e Cândido Domingues no dia 09 de abril; “Processos da Abolição”, com o historiador José Pereira, dia 16 de abril e “Remanescentes Quilombolas”, com o antropólogo Valdélio Santos Silva, dia 23 de abril. Nos próximos meses, temas como movimentos sociais, religiosidade, sertão, trabalho livre e trabalho escravo, terão destaque. Para inscrição e maiores informações sobre curso: telefone 71-3117-6067 ou no endereço: www.fpc.ba.gov.br

Museu Paranaense oferece curso de língua guarani - PA

Em parceria com o Laboratório de Interculturalidade e Diversidade da Universidade Federal do Paraná do litoral e o Programa de Educação Tutorial – Conexão de Saberes, o Museu Paranaense oferece a partir do dia 20 de março o curso de Língua e Cultura Guarani. As matrículas já estão abertas e podem ser feitas pelo e-mail mariafernanda@seec.pr.gov.br ou pelo telefone (41) 3304 3332. O curso será ministrado por acadêmicos indígenas mbyá-guarani, estudantes da UFPR e bolsistas PET, tendo como público alvo professores, funcionários públicos, estudantes e demais interessados. O curso, recomendado para maiores de 16 anos, é gratuito e com 30 vagas em cada módulo. A intenção do curso é apresentar aspectos da cultura mbyá-guarani e a influência na formação da identidade do povo paranaense, divulgando a cultura e sensibilizando a sociedade sobre a presença indígena, a valorização das raízes culturais e da diversidade do povo brasileiro. O Museu Paranaense fica na Rua Kellers, 289 – São Francisco.

FONTE: Famaliá

quinta-feira, 15 de março de 2012

Escola de Dança da FUNCEB oferece cursos de qualificação para profissionais de dança - BA

Centro de Formação em Artes matricula artistas para Ballet Clássico, Dança Moderna e Dramaturgia da Dança dos Orixás

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A Escola de Dança da FUNCEB, integrada ao Centro de Formação em Artes da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), está com inscrições abertas para cursos de qualificação voltados a profissionais da dança. São três opções: Ballet Clássico, com o professor Joffre Santos, em aulas às terças e quintas, das 9h10 às 10h40; Dança Moderna, com a professora Bárbara Santos, às segundas e quartas, das 10h50 às 12h20; e Dramaturgia da Dança dos Orixás, com Augusto Omolu, às terças e quintas, das 9h10 às 12h20. O valor de inscrição para cada um dos cursos é de R$ 20, única taxa cobrada para todo o semestre. As aulas vão transcorrer de março a julho de 2012 e as matrículas ficam abertas até o fim deste mês, ou até ocupação total das 30 vagas disponíveis em cada disciplina.

Na perspectiva de uma educação integral e cidadã, os princípios do Centro de Formação em Artes, além de prezar pela formação técnica e iniciação artística, também se alinham à política de educação profissional dos ministérios da Cultura e da Educação, tendo em vista a qualificação dos trabalhadores das artes. Dentro desta perspectiva, os alunos que obtiverem 75% de frequência nestes cursos vão receber certificado reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Cursos de Qualificação Profissional em Dança
Para profissionais de dança
Aulas de março a julho de 2012
Onde: Escola de Dança da FUNCEB (Rua da Oração, nº 1, Terreiro de Jesus – Pelourinho)
Telefones: 71 3116-6643/ 6644/ 6640
Quanto: R$ 20 (valor da matrícula, taxa única semestral)

Ballet Clássico: 3ª e 5ª – 9h10 às 10h40
Professor: Joffre Santos
Dança Moderna: 4ª e 6ª – 10h50 às 12h20
Professor: Bárbara Santos
Dramaturgia da Dança dos Orixás: 3ª e 5ª – 9h10 às 12h20
Professor: Augusto Omolu

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Denia Gonçalves e Rita Hamori
Assessoria - Coordenação de Dança
Fundação Cultural do Estado da Bahia

quarta-feira, 14 de março de 2012

Desmascarando o racismo...

Parodiando Adriana Dias.


01. O/A racista perplexo
"Seu/Sua companheiro/a é negro/a? Nossa, mas você é tão bonitinha/o pra ele/a..."


02. O/A racista justo/a
"Ele/a é negro/a, mas é uma ótima pessoa."


03. O/A racista bonzinho/a
"Tenho vários amigos/as negros/as, adoro todos/as."


04. O/A racista sem racismo
"Eu não tenho nenhum preconceito. O problema são as OUTRAS pessoas. O quê ELAS vão pensar se eu tiver um/a amigo/a ou namorado/a negro/a?"


05. O/A racista confiante
"Jamais vou ter um/a negro/a em minha família, aqui em casa foram todos/as bem criados/as."


06. O/A racista covarde
"Eu juro que não tenho nada contra. Mas que essa gente não é igual a nós, não é".


07. O/A racista assumido/a
"Não gosto de negros/as mesmo, e daí?"


08. O/A racista com senso crítico
"As/Os negros são muito mal educados/as, feios/as e pouco inteligentes, mas acho totalmente errado ficar discriminando."


09. O/A racista pacífico/a
"Não acho que negros/as sejam boa gente, mas sou contra qualquer tipo de violência".


10. O/A racista confuso/a
"Eu não sei onde a gente vai parar com essa corrupção, com a violência, com todas essas guerras. E agora mais essa, negro/a querendo ser doutor/a!"


11. O/A racista indignado/a
"Agora pode tudo, pode matar, pode estuprar, pode usar drogas, pode negro/a entrar na universidade, casar com branco/a, e todo mundo tem que achar normal."


12. O/A racista distraído/a
"Não sei nem como distinguir negros/as e não negros. Aliás, aqui todo mundo é misturado."


13. O/A racista compreensivo/a
"Eu respeito, com certeza. Hoje em dia tem tanta gente pior que eles!"


14. O/A racista realista
"Eu acho que tem que ter casais interraciais na novela. A novela tem que mostrar a realidade, mesmo que ela seja ruim."


15. O/A racista moralista
"Não podemos aceitar essa mistura de negro/a com branco/a como algo normal. Temos que resguardar a moral e os bons costumes."


16. O/A racista birrento/a
"Eu até aceito, mas não sou obrigado a considerar um igual. Não sou obrigado mesmo!"


17. O/A racista que dá o maior apoio
"Se a pessoa é feliz, a gente tem mais é que apoiar a união interracial. Afinal, todo mundo tem defeitos."


18. O/A racista não-me-toque
"Eles que façam o que quiserem, desde que fiquem no canto deles".


19. O/A racista matemático/a
"Homem e mulher brancos dominando + homem e mulher negros dominados = ordem."


20. O/A racista educador/a
"Se filho/a meu/minha namorasse com negro/a, eu daria umas boas palmadas pra corrigir".


21. O/A racista psicólogo/a
"Eu tenho pena dos/as negros/as. São pessoas mal resolvidas, com complexo de inferioridade  e recalcadas."


22. O/A racista pró-saúde
"Essas pessoas que querem igualdade pra negros/as e brancos/as deveriam fazer tratamento psicológico. Hoje tem tratamento pra tanta coisa, imagina se não podem curar isso também!"


23. O/A racista cientista
"Vários estudos científicos comprovam que eles são uns intelectualmente inferiores".


24. O/A racista noveleiro/a
"Agora até nas novelas estão fazendo campanha pra convencer as pessoas de que ser negro/a é igual a branco/a."


25. O/A racista que respeita o telespectador
"As pessoas não estão preparadas para ver negros/as na TV. Além do mais, pessoas brancas ficam melhor na tela".


26. O/A racista que nega o racismo
"Eu não sou racista, mas conheço várias pessoas que são".


27. O/A racista que só se defendeu
"Só agredi porque eles/as estavam me provocando."


28. O/A racista visionário/a
"O que vai ser do nosso futuro? Eles vão fazer uma lei pra obrigar as pessoas a conviverem com negros/as?"


29. O/A racista dramático/a
"Esses/as negros/as catimbozeiros/as querem mandar Deus embora do Brasil!".


30. O/A racista que falou com Deus
"Deus amaldiçoou os negros!".


31. O/A racista regionalista
"Se eles querem viver em igualdade, vão morar na Bahia junto com outros/as negros/as!"


32. O/A racista pró-liberdade de expressão
"Eu tenho todo o direito de dizer que essa gente não presta".


33. O/A racista que descobriu uma conspiração
"Eles representam um grande perigo à sociedade pois querem tomar tudo o que é nosso, com o apoio do governo”.


34. O/A racista com fé
"Eu acho que se eles renegarem a origem africana, pecadora, conseguirão se converter para o caminho do bem".


35. O/A racista bíblico/a
"São os descendentes de Cam!".


36. O/A racista bíblico II
"Deus criou a humanidade. Não sou EU que estou dizendo que os/as negros/as são inferiores, são ELES que querem ir contra a lei divina".


37. O/A racista metódico/a
Deus criou negros/as e brancos/as, cada qual com seu papel na sociedade. Não podemos inverter a ordem das coisas.


38. O/A racista religiosoa
"Eu respeito os/as negros/as porque Deus nos deu o livre arbítrio. Eles podem bater tambor o quanto quiserem, mas depois vão prestar contas no dia do juízo final."


39. O/A racista apocalíptico/a
"Eles têm filhos demais e são naturalmente violentos. Uma ameaça à nossa tranquilidade!".


40. O/A racista higiênico/a
"Imagina só que horror, fazer sexo com um/a negro/a!"


41. O/A racista imaginativo/a
"Já imaginou negros/as entrando em massa na universidade? Que tipo de educação teremos daqui há alguns anos com toda essa gente diferenciada?"


42. O/A racista que viveu nos bons tempos
"No meu tempo não tinha nada disso".


43. O/A racista convicto/a
"Eles se esforçam, mas não conseguirão nunca ser iguais a nós. Não tenho dúvidas disso."


44. O/A racista essencialista
"Eles/as são subalternos/as porque não têm capacidade de ocupar funções de liderança. Já nasceram desse jeito."


45. O/A racista indignado/a
"Era só o que faltava ver filho/a de empregada/o junto com meu/minha filho/a na faculdade!"


46. O/A racista em defesa da família
"Já imaginou admitir negro/a em minha família? Vai misturar nosso sangue com gente ruim!".


47. O/A racista reativo/a
"Eles querem nos obrigar a conviver com essa gente em todos os espaços, temos que reagir contra isso!"


48. O/A racista nazista
"A gente tem que acabar com essa raça!"


49. O/A racista orgulhoso/a
"Nós é que trouxemos o progresso para este país!"


50. O/A racista igualitário/a
"Eu considero negros/as iguais a brancos/as, mas acho um exagero não poder contar umas piadinhas inocentes. Essa gente tá cheia de melindres!"

terça-feira, 13 de março de 2012

Evento internacional discute comunidades tradicionais em Salvador - BA

Inscrições: congressodireitopct@gmail.com 
 
I Congresso Internacional do Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais ocorrerá no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, nos dias 10 a 12 de maio. A atividade possui coordenação cientifica dos professores Ordep Serra (antropologia UFBA) e Júlio César de Sá da Rocha (Direito UFBA). As inscrições do Congresso serão gratuitas e realizadas através do e-mail congressodireitopct@gmail.com. Serão debatidos vários temas como Direito dos povos indígenas, das comunidades Quilombola, pescadores e marisqueiras, povos de santo e povos do campo. A atividade terá participação de lideranças das comunidades tradicionais, experiências internacionais e diálogos interculturais.

Oficina "Educação Patrimonial e Relações Étnico-raciais: lei 10639/03 e Estatuto da Igualdade Racial" - SC

O Núcleo de Estudos Negros convida para a oficina temática: Educação  Patrimonial e Relações Étnico-raciais: lei 10639/03 e Estatuto da Igualdade Racial, a realizar-se no dia 31de março de 2012, na sede do sede do Porto Seguro, em São José, as 14:00 horas.

A oficina realizada pelo Núcleo de Estudos Negros, conta com o apoio da  Brazil Foundation, da Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil através do Programa de Pequenas Doações – JAPER, da prefeitura municipal de São José, através da Fundação Municipal de Turismo e Cultura, da Fundação Municipal de Esporte e Lazer, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Assistência Social. 
 
A mesma será ministrada pela Doutora em Educação, pela UFSC, Joana Célia  dos Passos e pelos doutorandos em “Quaternário Materiais e Culturas, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Tânia Tomázia do Nascimento e João Carlos Nogueira.
 
Vagas limitadas. Com certificado de participação.
 
Mais informações através do e-mail: nen@nen.org.br e do telefone:
96427509. 

Tânia Tomázia do Nascimento
Colaboradora do NEN
Consultoria Arqueológica e Gestão do Patrimônio Histórico Cultural
Florianópolis - SC
(48) 96427509

quarta-feira, 7 de março de 2012

UNEB promove I Seminário "Histórias das Áfricas para o ensino fundamental" - BA

Convidamos para o I Seminário: HISTÓRIAS DAS AFRICAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL, onde serão apresentadas propostas didáticas para a inserção de temas da História da África no Ensino Fundamental.
Local: Auditório do Campus XIII
Data: 15/03/2012
Público Alvo: Alunos e professores da UNEB e da rede estadual e municipal de Ensino
Organização: Professora e alunos do 5º Semestre – História da África, Profa. Cristiane Batista

terça-feira, 6 de março de 2012

Seminário "Resistência quilombola: desafios e perspectivas" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) recebe inscrições para simpósios temáticos

O VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) – COPENE está com inscrições abertas até o dia 13 de março para os interessados em submeter propostas de simpósios temáticos para o evento que será realizado de 16 a 20 de julho em Florianópolis. Esta edição terá como tema “Os desafios da Luta Antirrracista no século XX”, e contará com pesquisadores de todo o Brasil e de países da África, Europa e Américas do Sul, Central e do Norte.

O objetivo do COPENE é promover discussões sobre os processos de produção e difusão de conhecimentos ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas mais diversas esferas institucionais e áreas do conhecimento. O vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN e Pró-reitor de Extensão, Cultura e Comunidade da Udesc, Paulino de Jesus Francisco Cardoso, explica que os simpósios temáticos serão os espaços para a apresentação e discussão de pesquisas concluídas ou em estágio avançado de realização sobre um mesmo tema. O formulário para o envio de propostas pode ser acessado no site do evento www.abpn.org.br/copene.

A sétima edição do COPENE é organizada pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros – NEAB da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc); pela Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN; Instituto de Estudos Culturais Luisa Mahin; União de Negros pela Igualdade de Santa Catarina –  Unegro; Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e Coordenadoria de Políticas de Promoção da  Igualdade Racial da Prefeitura Municipal de Florianópolis.

Programação

Além dos simpósios temáticos, a programação do VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) contará com conferências, mesas redondas, sessões de comunicação, sessões de comunicações de iniciação científica, minicursos e oficinas. Já estão confirmados conferencistas como Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo (USP), Elika M’Bokolo, da República Democrática do Congo, e Shirley Campbell Barr, da Costa Rica.

Também integrarão a programação artístico-cultural do COPENE exposições de artes plásticas e visuais, mostra fotográfica, mostra de vídeo, festas temáticas, feira com exposição de livros e venda de produtos afros, atrações artístico culturais com performances de dança, música, teatro, capoeira e maracatu, além de atividades comemorativas em alusão aos 150 anos de nascimento do poeta Cruz e Souza.

Paralelamente ao congresso serão realizados o 2º Seminário Internacional de Pesquisadores(as) Negros(as); o 1º Seminário de Iniciação Científica da ABPN; além do 1º Encontro de Pesquisadores sobre a Saúde da População Negra.
Mais informações sobre a programação do VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) e as inscrições para o evento podem ser acessadas do site: www.abpn.org.br/copene.

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Carolina Hommerding
Jornalista | (48) 9133-1236
Assessoria de Comunicação | FAED/UDESC
(48) 3321-8512 | www.faed.udesc.br
Centro de Ciências Humanas e da Educação | FAED
Universidade do Estado de Santa Catarina | UDESC

domingo, 4 de março de 2012

VI Curso de Atualização: "A Teoria e as Questões Políticas da Diáspora Africana nas Américas" - RJ

Seleção 2012

O curso oferece 20 vagas. E será realizado nas dependências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), às segundas e quartas-feiras, de 13h às 18h, no período de 18/06 a 27/07 de 2012, com carga horária total de 60h. Será considerada aprovada a aluna e o aluno que atender aos critérios de avaliação do curso: 1) freqüência de até 75% do total de horas do curso, 2) apresentar resumo e perguntas para debate em pelo menos 2 aulas, 3) entrega de um paper acadêmico ao final do curso, de 15 à 20 páginas, baseado em trabalho etnográfico, de arquivo ou de caráter sociológico, com foco no Brasil

Poderão se inscrever para a seleção ativistas dos movimentos sociais, negro e de mulheres negras, bem como estudantes universitárias/os em nível de graduação e pós-graduação.

A ficha de inscrição está disponível em anexo e on-line nos sites: www.criola.org.br e www.neab-proafro.uerj.br. As/os interessadas/os deverão preencher esta ficha, enviá-la por e-mail para diasporaafricana@criola.org.br anexando um curriculum vitae (três páginas no máximo) com informações sobre formação, a ação antirracista e feminista, participação em eventos acadêmicos e/ou ativistas.

A lista com o nome d@s selecionad@s para o curso será publicada no site de Criola e do PROAFRO no dia 23/03/2012.

Marinha decide despejar moradores do Quilombo Rio dos Macacos - BA

RIO DOS MACACOS RESISTE, MAS ESTAMOS TEMENDO A VIOLÊNCIA DE SEMPRE DA MARINHA DO BRASIL...

Marcada para a hoje, 04.03.2012, e suspensa por ação da Presidência da Republica (Secretaria Geral, SEPPIR e FCP), a tomada do Território do Quilombo Rio dos Macacos, ainda não foi assimilada pela Marinha do Brasil, que mesmo diante da suspensão insistir em tencionar e atentar contra os direitos da comunidade. A Marinha do Brasil não pode realizar esta ação hoje mas neste momento a comunidade está vivendo uma grande tensão, pois já tem mais de 03 caminhões de fuzileiros dentro da Comunidade, cada um com cerca de 80 homens, do lado de fora tem os militares da Bahia (que não podem entrar por se tratar de área federal) e 01 trator posicionado no portão da Vila Naval, área tomada da comunidade há 42 anos pela Marinha do Brasil. A Polícia Federal é a única instituição que pode cumprir a decisão desastrosa da 10ª Vara Federal na Bahia, mas está não irá em Rio dos Macacos, pois não pode agir acima das Leis. Qualificamos de desastrosa a decisão, porque a Comunidade de Rio dos Macacos não foi ouvida em qualquer fase do processo, estando a justiça agindo em um único pólo.


A Marinha do Brasil, não pode tomar o Território de Rio dos Macacos, porque ela como instituição Brasileira não está acima das demais instituições nacionais, vivemos sob a vigência do estado democrático e as instituições estão em funcionamento. Agindo com um modus operandi irreconhecível por instituições marcadas pela hierarquia e disciplina, ontem a noite (03.03.12) um senhor da comunidade sofreu um atentado contra sua vida, quando quase foi morto com um tiro em sua direção, dado por um membro da corporação, identificado pela comunidade. O caso foi registrado em uma delegacia da região.


O Artigo 68 da Constituição de 1988 e o Decreto 4887/2003, garantem os direitos da ocupação secular da Comunidade. Rio dos Macacos está naquele Território há mais de 238 anos e não pode ser derrotado, por um crime de uma instituição que, ao contrario, deve garantir e fazer valer as Leis do país, por isso precisamos das/dos jornalistas agora em Rio dos Macacos. Todo o mundo precisa saber, para impedir uma tragédia hoje em Salvador, aos nossos olhos.


Mandem essa nota para todas as pessoas possíveis, para todas as redes, não podemos ficar em silêncio diante da possibilidade de uma barbárie, O Brasil e o mundo precisam saber!


Nossa luta é todo dia!!!

Vilma Reis
Presidente do CDCN - Bahia
Profa. Sociologia - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias
Campus XXIII, UNEB - Seabra
Coordenação Colegiada do Programa CEAFRO
CEAO: Centro de Estudos Afro-Orientais - FFCH/UFBA
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 02 de Julho
Salvador/Bahia, Brasil, Cep.40.060-180
Tel. (55-71)3283-5520 , Fax.(55-71)3322-2517, Cel.(55-71)9994-3749
E-mail:ceafro@ufba.br - Site:www.ceafro.ufba.br

sábado, 3 de março de 2012

X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas - AL

O X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas acontece em Maceió, AL, de 19 a 23 de março.
Tendo como tema central : Im/Ex-pressão Afrodescendente nas Américas , o X Ígbà propõe uma análise sobre o racismo e suas ideologias subjacentes, nas Américas, tanto no plano simbólico quanto estrutural, como também mobilizar parcelas importantes da população como estratégia de fortalecimento para efetivação das políticas de promoção para igualdade racial, desde a Lei nº 10.639/03 a discussão do Estatuto da Igualdade Racial.
Contando com o apoio da Fundação Cultural Palmares, Ministério de Educação, Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Universitário-CESMAC, o Seminário de Conversas Internacionais busca decodificar as barreiras institucionais, que dificultam a inserção de uma política integral visando o combate ao fenômeno geracional da desigualdade sócio-étnica.
Celebrando o 21 de março- Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial ,o Seminário referencia a memória do grande ícone contemporâneo, o estadista negro, Abdias Nascimento.
E ,ainda tem mais: lançamentos literários, exposição fotográfica Yalodê- uma homenagem as mulheres negras, IV Festival Alagoano das Palavras Pretas-*Asè à Mulher Negra! , Orikì a Abdias Nascimento, rodas de conversas, palestras, debates, trocas de experiências, com a participação de especialistas nacionais e internacionais, o rapper misturado com poesia de altissima qualidade , com a Rapper carioca ReFém e da cantora alagoana Paula Rocha.
Com certificação de 20 horas o X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas é aberto aos diversos públicos, especialmente para você.
Conheça um pouco mais da nossa programação discursiva:
1-A branquidade normativa e a naturalização do discurso racista embutido e disfarçado na prática social brasileira e de outros países das Américas.
2-O 21º Encontro Ibero-americano de Afrodescendentes e a Declaração de Salvador – Uma Abordagem sobre as Ações Afirmativas de Reparação para Populações Afrodescendentes.
3-Existe uma Política Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra? Uma abordagem sobre direitos humanos
4-O Espaço Vivo Abdias Nascimento- Celebrando a Memória da Nossa História na República dos Palmares, em Alagoas.
5-O Hip Hop e as Possibilidades de Construção do Ativismo Político em Gênero e Raça
E aí já se agendou?
Ainda, não? Então se apresse, senão você vai perder um bonde conhecimentos.

Serviço:
X Ígbà Seminário de Conversas Afro-Internacionais: Im-Expressão Afrodescendente nas Américas
Locais:
Dia 19- Teatro Abelardo Lopes/SESI- Galeria Arte Center. Av. Antonio Gouveia, 1113- Pajuçara/Maceió, AL.
Dia 21- Auditório térreo da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas.
23 de março- ( opcional)- Parque Memorial Quilombo dos Palmares/ Serra da Barriga- União dos Palmares/Alagoas.
Certificação: 20 horas
Taxa de inscrição: R$:10.00 (dez reais)
O pagamento da taxa de inscrição de R$ 10.00 deverá se feita em forma de depósito:
Agência 2391- Conta Corrente -00000983-1-Caixa Econômica Federal. O comprovante do depósito deverá ser escaneado e enviado por e-mail, como comprovante da inscrição
Informações: (82)8827-3656/3231-4201
E-mail: raizesdeafricas@gmail.com,

sexta-feira, 2 de março de 2012

Conar determina alteração do anúncio da Devassa considerado racista e sexista

A Ouvidoria da Seppir foi oficiada ontem (29), sobre a decisão do órgão

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) determinou a alteração do anúncio da Devassa por concluir pela ocorrência de racismo, machismo e sexismo, entre outras infrações éticas, na composição da peça. A decisão foi comunicada ontem (29) à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em resposta ao processo instaurado e encaminhado por essa instância ao Conar e ao Ministério Público.

"A frase utilizada na peça associa a imagem de uma mulher negra à cerveja, reforçando o processo de racismo e discriminação a que elas estão submetidas historicamente no Brasil e que é caracterizado, entre outras manifestações, pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade", afirma o Ouvidor da Seppir, Carlos Alberto de Souza e Silva Júnior, segundo o qual o processo foi instaurado na Ouvidoria a partir de uma denúncia referente à propaganda que divulgava a frase: "É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra. Devassa negra encorpada. Estilo dark ale de alta fermentação. Cremosa com aroma de malte torrado".

De acordo com o Conar, as infrações cometidas no anúncio encontram-se previstas em inúmeros artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. "O contexto da imagem associado à frase transcrita, deixa explícita uma ideologia de estereótipos, tendo em vista que esta publicidade de cunho ambíguo expõe um segmento étnico e a imagem das mulheres negras, referindo-se ao seu corpo e sua sexualidade", conclui Carlos Alberto.

Sobre o Conar
O Conar é uma organização não governamental que visa impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas. Constituído por publicitários e profissionais de outras áreas, o Conar tem como missão principal o atendimento a denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria. As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética, com garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, o Conar recomenda alteração ou suspensão da veiculação do anúncio.

FONTE: Notícias SEPPIR 

Reconhecimento aos guardiões da cultura afro-brasileira

Por Jacqueline Freitas


Sob pressão da Inglaterra, o estado imperial brasileiro proibiu o comércio de escravos africanos em 1831. Apesar da lei, um intenso tráfico clandestino continuou para o litoral do Brasil, especialmente para as novas áreas cafeeiras em produção. O tráfico transatlântico só seria efetivamente reprimido por uma nova lei em 1850, e somente nesse período, cerca de um milhão de africanos chegaram ao litoral brasileiro, especialmente na costa fluminense. Esses cativos, oriundos da África Central, povoada por diferentes povos falantes das chamadas línguas banto, desembarcavam em portos clandestinos do litoral sul e norte do estado do Rio de Janeiro, resultando em índices significativos tanto da territorialidade negra como da prática de manifestações diretamente relacionadas à memória ancestral. [1]

Para os quilombolas, descendentes de africanos escravizados no Brasil, é uma importante conquista ter a sua comunidade oficialmente reconhecida. É o primeiro passo de uma série de etapas até a titulação, e que já lhes assegura direitos dos quais antes não conseguiam usufruir. O ato de receber, em mãos, a certidão de autorreconhecimento tem significado todo especial. E assim aconteceu, recentemente, em duas comunidades remanescentes de quilombo do Estado do Rio de Janeiro.
Baía Formosa
Em Armação dos Búzios – município do litoral norte do Rio de Janeiro alçado à condição de atração turística internacional, no início dos anos 1960, pela atriz francesa Brigitte Bardot – a comunidade de Baía Formosa reuniu-se em recepção solene, no dia 23 de fevereiro, para receber do presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, o documento com que tanto sonhou.
A festa foi prestigiada por quilombolas da região e de municípios vizinhos, como os das comunidades de Rasa e Botafogo, e também por autoridades locais. Após um breve histórico sobre a criação e a missão da Fundação Cultural Palmares, o presidente Eloi Ferreira destacou a importância dos quilombolas não só para a história do País, mas, especialmente, em seus valores mais caros: o respeito ao próximo, aos hábitos locais e à natureza.
“Não existem registros de comunidades quilombolas com área de desmatamento, com poluição, com grilagem de terras, com queima de cartórios ou com fraude de certidões. Ser quilombola é ter um vínculo histórico com a resistência à escravidão e com os antepassados. Ser quilombola é  ser detentor da cultura afro-brasileira e de sua terra”, enfatizou.
Ao entregar formalmente a certidão de autorreconhecimento à comunidade de Baía Formosa, o presidente da Fundação Cultural Palmares também ressaltou que, quando for conquistada a titulação, a terra passará a ser de propriedade coletiva, ou seja, inalienável – o que, vale lembrar, reproduz o costume ancestral de utilização da terra, fossem as atividades agrícolas, extrativistas ou outras, assim caracterizando diferentes formas de uso e ocupação dos elementos essenciais ao ecossistema, que tomam por base laços de parentesco e vizinhança assentados em relações de solidariedade e reciprocidade. “Assim como uma herança deixada pelos antepassados, essa terra será transmitida aos descendentes de vocês e jamais poderá ser negociada e penhorada”, finalizou Eloi Ferreira.
Um pouco de História – A história das comunidades negras da Região dos Lagos tem como referência a fazenda Santo Inácio dos Campos Novos, localizada em Sesmaria concedida a jesuítas e depois vendida a escravagistas. A Comunidade de Baía Formosa localiza-se nessa região, que já abrigou cultivos principalmente de banana, além de milho e feijão, e onde trabalhavam negros escravos. No período de prosperidade agrícola, tornou-se ponto de desembarque clandestino de navios negreiros após a proibição do tráfico no Brasil. Assim, a área é de ocupação antiga e sua história remonta às fugas dos negros das fazendas. Dessas fugas teria surgido um quilombo, mas, com a assinatura da Lei Áurea, os negros teriam sido expulsos e formado a periferia, onde fizeram descendência. Consta ainda que algumas famílias de ex-escravos e seus descendentes pagavam arrendamento ao proprietário das terras para permanecer no local e, com o tempo, também foram deslocadas pela especulação imobiliária, que é muito forte na região.
Foto: Jacqueline Freitas / FCP
Presidente da Palmares em discurso durante o evento
Santa Rita do Bracuí
No dia 24 de fevereiro, a comitiva da Fundação Palmares dirigiu-se ao litoral sul fluminense, na região de Angra dos Reis – outra área onde a especulação imobiliária é significativa – para entregar o documento pertencente à Comunidade Remanescente de Quilombo de Santa Rita do Bracuí.
Ali, como que reproduzindo uma postura ancestral e sem conter a emoção, o presidente Eloi Ferreira de Araujo reverenciou o mestre jongueiro Zé Adriano, de 89 anos de idade – guardião de uma das mais tradicionais manifestações culturais afro-brasileiras, o jongo, e importante liderança local na luta pela titulação das terras – ao lhe entregar oficialmente a certidão de autorreconhecimento, que já havia sido formalizada pela FCP.
Foto: Jacqueline Freitas / FCP
Mestre jongueiro Zé Adriano recebe certidão das mãos de Eloi Ferreira
Origens – A Comunidade de Santa Rita do Bracuí originou-se em 1877, a partir de uma doação de 260 alqueires que o fazendeiro José de Souza Breves, que ficou conhecido na região como “o comendador Breves”, fez aos seus escravos.
A comunidade foi atingida pela construção da estrada Rio-Santos, que a dividiu em duas partes, e desde os anos 1960 luta contra grileiros e condomínios de luxo para se manter nas terras herdadas dos antepassados. Antigos e jovens moradores compartilham memórias, experiências e projetos – o que resultou em um Ponto de Cultura – e se associam para a construção de alternativas de desenvolvimento comunitário e sustentável.
Conceito – Contemporaneamente, a expressão “quilombo” não se refere estritamente a resíduos ou resquícios arqueológicos de ocupação temporal ou comprovação biológica. Também não se limita a grupos isolados, uma população homogênea ou que necessariamente se tenha constituído a partir de movimentos de insurreição. São, de fato, grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência em manter e reproduzir modos de vida característicos e de consolidação de um território próprio. A identidade quilombola não se define pelo tamanho e número dos membros da comunidade, mas pela experiência vivida e as versões compartilhadas de sua trajetória comum e da continuidade enquanto grupo [2].
__________________________
[1] Jongos, calangos e folias – Memória e música negra em comunidades rurais do Rio de Janeiro. Projeto desenvolvido a partir de 2005 pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) e o Núcleo de Pesquisas em História Cultural (NUPEH) da Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ.
[2] O’Dwyer, Eliane Cantarino. Apresentação do Caderno Terra de Quilombos. Rio de Janeiro: UFRJ/ABA, 1995.

Campanha "Somos Quilombo Rio dos Macacos" - BA


*Doação de alimentos no Quilombo Cecília (Rua do Passo/Pelourinho)


DEBATE NO CEPAIA - CARMO
Sábado, dia 3/03, às 14h
Com as comunidades quilombolas de Marambaia (RJ), Alcântara (MA) e Quilombo Família Silva (RS).

ATO NO QUILOMBO RIO DOS MACACOS
* Para a entrega dos alimentos arrecadados.
Domingo, dia 04/03

A concentração está marcada para as 09 horas no posto Inema, onde continuaremos a arrecadação e entregaremos alimentos.


Com respeito,

Nelson Maca