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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
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quinta-feira, 8 de maio de 2008
Inauguração da 1ª Biblioteca Comunitária Especializada em Cultura Afro-brasileira e Africana - BA
terça-feira, 6 de maio de 2008
Palestra "O Papel dos Abolicionistas, ontem e hoje" - SP
segunda-feira, 5 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
Marcha Noturna do Povo Negro - SP
XII MARCHA NOTURNA
120 ANOS DA FALSA ABOLIÇÃO
PELA APROVAÇÃO DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
De 12 para 13 de Maio
Concentração às 18 hs - Rua do Carmo, 51
Em frente a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte (próximo ao Poupatempo Sé)
http://marchanoturna.blogspot.com / marchanoturna@gmail.com
A Marcha Noturna
Nos últimos doze anos, sempre no dia 12 de maio, a comunidade negra se reúne para celebrar seu histórico de resistência, percorrendo ruas do centro da cidade que marcaram a trajetória da população negra na luta pela conquista do direito à liberdade. Através da memória de importantes personalidades negras, destacando-se aqui o Padre Batista e de espaços que se confundem com a história dos negros na capital paulista, a Marcha pretende consagrar a resistência histórica da comunidade negra e erguer as bandeiras da luta negra contemporânea.
A Marcha Noturna inicia o primeiro minuto do dia 13 de maio como um protesto contra o racismo e todas as formas de discriminação.
O percurso da Marcha tem sido o mesmo nestes últimos doze anos, privilegiando a passagem por importantes pontos históricos.
A Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, ponto de partida da Marcha, fica na Rua do Carmo, esquina com a Rua Tabatinguera “nome indígena de origem Caiubi”, é historicamente conhecida por ser o local onde escravos “rebeldes” e condenados recebiam as últimas “bênçãos” antes de serem executados.
A Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, é o local que o Padre Batista foi capelão e iniciou o seu trabalho com crianças e adolescentes de rua, sendo a mesma tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo.
Depois, a Marcha prossegue pela Praça Clóvis Bevilácqua, Praça da Sé (onde havia um Pelourinho no século XVII). Também é local que o Padre Batista trabalhou como padre na Catedral da Sé e desenvolveu um grande trabalho com crianças e adolescentes de rua e muitas vezes protegendo-os da violência policial, seguindo pela Rua Roberto Simonsen, Rua Venceslau Brás (sede do Instituto do Negro Padre Batista), Rua Quinze de Novembro (que antigamente tinha o nome de Rua do Rosário dos Homens Pretos).
Em seguida a Marcha chega a Praça Antonio Prado, antigo Largo do Rosário, onde em 1724, foi construída a Igreja de Nossa senhora do Rosário dos Homens Pretos, que possuía um cemitério para o enterro de pessoas negras, permanecendo neste local até o final do século XIX.
O trajeto segue pela Avenida São João, Rua Líbero Badaró, Viaduto do Chá e Praça Ramos de Azevedo, local que fica o Teatro Municipal e em 1978, foi lançado em suas escadarias o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial.
O caminho continua pela Rua Conselheiro Crispiniano, chegando, enfim, ao Largo do Paissandu, onde atualmente está localizada a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (que foi transferida no início do século XX da Praça Antonio Prado e inaugurada em 1904), local que termina a Marcha em homenagem à luta e a resistência desta igreja, desde o período da escravidão até os dias de hoje.
HISTÓRICO
Nestes 12 anos, a Marcha noturna reuniu milhares de pessoas e levou às ruas diversas reivindicações, segue um breve resumo de cada uma das marchas:
A I Marcha Noturna ocorreu em 1997 e teve como tema: NEGROS NAS RUAS NA MADRUGADA DO 13 DE MAIO, sendo promovida e idealizada pela Subcomissão do Negro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção São Paulo e teve a adesão de várias entidades do movimento negro. Nesta primeira edição foi Fixado o simbolismo, o objetivo de denúncia do racismo existente no país e a necessidade de implantação de políticas públicas, bem como o resgate dos heróis anônimos afro-brasileiros. Foi escolhido, como ponto final da marcha a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em face da luta desta irmandade e resistência do povo negro com o nosso passado de luta por Zumbi e pelo Batalhão do Paissandu.
A partir de 1998, a Marcha Noturna pela Democracia Racial passou a ser organizada pelo Instituto do Negro Padre Batista. A II Marcha enfocou A LUTA CONTRA O DESEMPREGO, A MISÉRIA E A FOME dos afrodescendentes, que, conforme dados estatísticos, são as maiores vítimas da política de exclusão vivenciado pelo Brasil. Neste ano, houve uma ampliação das entidades participantes, integrando-se sindicatos patronais e de empregados, empresários, artistas, parlamentares, associações e vários outros seguimentos da sociedade civil.
A III Marcha refletiu a permanência da crise sócio-econômica brasileira, daí o tema: DESEMPREGO E RESISTÊNCIA – 500 ANOS DE EXCLUSÃO DO NEGRO NO BRASIL. Neste ano de 1999, o percurso inicial foi alterado em razão da decisão de resgatar os espaços históricos e sagrados para a formação do povo paulistano, assim, a saída foi da Igreja da Boa Morte, que guarda o lamento dos escravos condenados, que antes de sua execução, passavam por ela a fim de expressar a Nossa Senhora um último desejo: uma boa morte.
A IV Marcha teve como tema: NOSSOS 500 ANOS DE RESISTÊNCIA NEGRA, mostrando nossa capacidade de resistir e lutar contra a opressão ao longo dos 500 anos, quando então, inserimos, na liturgia da Marcha Noturna “banner’s” homenageando nossos heróis e heroínas negros.
A V Marcha, realizada em 2001, teve como tema: NEGRITUDE A CAMINHO NO TERCEIRO MILÊNIO EM BUSCA DE EDUCAÇÃO , MORADIA, SAÚDE, TRABALHO E TERRA, revelando o resgate do ideal da utopia quilombola, que nos permitiu resistir à escravidão e demonstrar ao longo de 500 anos a nossa capacidade permanente de sobreviver ao racismo, à opressão e às desigualdades econômicas e sociais na busca de uma sociedade fraterna multicultural e com igualdades de oportunidades para todos os cidadãos.
A VI Marcha, realizada em 2002, teve como tema: POLÍTICAS AFIRMATIVAS JÁ! Ressaltando a importância das políticas afirmativas já delineadas desde meados dos anos 60 por Martin Luther King, o qual defendia a criação de leis anti-racistas nos EUA, no sentido de que o negro fosse respeitado. A adoção imediata de medidas afirmativas efetivas garantiria que as versões futuras da Marcha conduzidas por nossos filhos e netos encontrem uma sociedade mais justa e igualitária como palco de homenagens aos nossos antepassados.
A VII Marcha, realizada em 2003, teve como tema: NEGROS, BRANCOS, INDÍGENAS, ORIENTAIS UNIDOS PELA PAZ, depois de muita luta, pudemos visualizar algumas conquistas significativas. Neste ano foram empossados quatro ministros de estado negros. Também foi criada a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, e ainda, empossado o primeiro negro a ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Neste mesmo ano, uma coalizão anglo-americana resolveu, de forma absolutamente unilateral e contra a orientação da ONU, invadir o Iraque, ocasionando o massacre de civis inocentes que poderia ser evitado através do diálogo. Desta forma o tema desta Marcha baseou-se na defesa da paz e da justiça entre os povos.
A VIII Marcha, realizada em 2004, teve como tema: CIDADANIA QUILOMBOLA. Os quilombos surgiram a partir da reunião de homens e mulheres que não se conformavam com a escravização de negros e índios impostas pelos europeus nas Américas. Rememorando esta luta, foi escolhido este tema, com a finalidade de homenagear os homens e mulheres quilombolas que, já no início da formação da sociedade brasileira, lutavam pela reconquista de sua liberdade e apesar de ter seus direitos garantidos na Constituição Federal, ainda hoje lutam pela titulação de suas terras.
A IX Marcha, realizada em 2005, teve como tema: BASTA DE VIOLÊNCIA QUEREMOS A PAZ! O tema foi escolhido devido à tamanha violência, somada a outros instrumentos do racismo estrutural, que afeta sobremaneira a construção identitária dos negros e negras deste país. Ao marcharmos contra a violência, pelo fim do racismo, pela igualdade e pela paz, reivindicamos dos governos o combate à pobreza, investimentos efetivos na educação, promoção de lazer às crianças e jovens, acesso democrático às novas tecnologias e democratização dos meios de comunicação.
A X Marcha, realizada em 2006, teve como tema: COTAS, AFIRMANDO DIREITOS E CONSTRUINDO POLÍTICAS PÚBLICAS. Diante da ampla discussão a respeito das políticas de ações afirmativas, que reconhecem a necessidade de inclusão no ensino superior e no mercado de trabalho, as populações historicamente excluídas – indígenas, negros, mulheres, homossexuais e portadores de deficiência - tornaram-se sujeito de um debate nacional, focado principalmente na implementação de COTAS para negros e estudantes de escolas públicas nas universidades federais e estaduais.
A XI Marcha, realizada em 2007, teve como tema: O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA. Diante de um grande numero de mortes de jovens negros e de números estatísticos gritantes, a comissão organizadora da Marcha, escolheu este tema para chamar a atenção da sociedade brasileira e ao mesmo tempo cobrar das autoridades medidas concretas para acabar com este genocídio. Os dados do Mapa da Violência de 2006 situam o Brasil em 3º lugar no assassinato de jovens, num ranking de 84 países. Dentre os jovens assassinados, jovens negros tem o maior índice de vitimação, 85,3%, superior aos jovens brancos. Além disso, o estudo apontou que o que o crescimento do número de homicídios nas últimas décadas no Brasil, explica-se exclusivamente pelo aumento de homicídios contra a juventude.
XII Marcha Noturna
Na XII edição da Marcha Noturna o tema será: 120 ANOS DE FALSA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA - PELA APROVAÇÃO DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL. Assinada em 13 de maio de 1888 com o intuito de extinguir a escravidão no Brasil, neste ano de 2008, a Lei Áurea completa 120 anos. Sua assinatura foi decorrência de pressões internas e externas: o movimento abolicionista já tinha grande força no país, haviam frequentes fugas de negros, o exército já se recusava a fazer o papel de capitão-do-mato. Além disso, estava se tornando economicamente inviável manter o trabalho escravo, em face da concorrência com a mão-de-obra imigrante, barata e abundante. O Brasil foi o último país independente do Ocidente a erradicar a escravatura. A Constituição do Império, outorgada em 1824, embora mais liberal do que várias outras Cartas monárquicas, mantinha a escravidão usando de um subterfúgio hipócrita: declarava o respeito aos direitos de propriedade, ao mesmo tempo que empregava, em certas passagens, a expressão "homens livres", o que dava a entender que nem todos eram livres, e que era legítima a propriedade sobre os não-livres.
De fato, com a abolição, mantinha-se não só a desigualdade econômica e social entre brancos e negros, mas principalmente a ideologia que definia bem a diferença entre os dois e reservava ao negro uma posição de submissão. O processo de passagem da condição de escravo para a de cidadão foi feito de maneira errada e sem se pensar o que fazer com o contingente de trabalhadores livres. De um dia para o outro, negros e negras foram declarados livres e após a abolição encontravam-se sem abrigo, trabalho e meios de subsistência. Mesmo sendo forçado, no trabalho havia a possibilidade de subsistência. Com a libertação, não se considerou a necessidade de proporcionar-lhes meio de sobrevivência, como posse da terra para sua fixação. Sem direito a terra, estava decretado o primeiro passo para sua marginalização e desfavorecimento. Após a abolição, a população negra parte das senzalas para as margens sociais e econômicas da sociedade. Permanecendo nas fazendas, ou migrando para os centros urbanos, a possibilidade de renda para os negros e negras verificou-se quase nula, sendo os salários quase sempre aviltados devido a grande oferta da força de trabalho.
Nesse contexto, se dá o processo de favelamento urbano e a disseminação de doenças, devido às péssimas condições de vida. Também cresce neste período a repressão policial contra a população negra.
Com o predominância do capitalismo, a população negra, vitima das consequências sociais do racismo, fica à margem do processo ou é utilizado em serviços pesados. Essa situação se reflete, para a população negra, não apenas economicamente, mas leva a um processo de marginalização social, já que preconceito e discriminação ganham, então, novos significados e espaços de atuação, voltados para a defesa desta estrutura de privilégios.
Na sociedade contemporânea, mesmo disfarçado, o racismo ainda é a forma mais explicita de discriminação na sociedade brasileira. Isso se verifica facilmente ao analisarmos dados das áreas da saúde e da educação, nos indicadores econômicos e no acesso ao saneamento básico.
Diante desta realidade, a coordenação da XII Marcha Noturna, em consonância com o movimento negro e a população negra brasileira, defende a implementação de políticas publicas que atinjam de forma frontal este problema, bem como uma legislação que combata a desigualdade e garanta o acesso à cidadania. Com efeito, elegemos conjuntamente com o tema dos 120 anos de abolição a bandeira PELA APROVAÇÃO DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL.
O Estatuto da Igualdade Racial trata-se de um conjunto de leis que visa garantir os direitos fundamentais da população negra brasileira. Dispõe sobre um conjunto de políticas públicas de superação da desigualdade racial, entre eles:
- acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde (SUS) para promoção, proteção e recuperação da saúde dessa parcela da população;
- respeito às atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer, adequadas aos interesses e condições dos negros brasileiros;
- garantia dos direitos fundamentais das mulheres negras;
- reconhecimento do direito à liberdade de consciência e de crença e da dignidade dos cultos e religiões de matriz africana praticadas no Brasil;
- instituição de políticas de inclusão social, buscando corrigir as desigualdades raciais que marcam a realidade brasileira;
- direito à propriedade definitiva das terras aos remanescentes de quilombos;
- veiculação, pelos meios de comunicação da herança cultural e a participação dos negros brasileiros na história do país;
- criação de ouvidorias, garantindo às vítimas de discriminação racial o direto de serem assistidas;
- implementação de políticas voltadas para a inclusão de negros no mercado de trabalho;
- criação de um fundo nacional de promoção da igualdade racial, que tem por objetivo garantir a implementação das presentes no estatuto.
Desta forma, o Estatuto da Igualdade Racial tem por objetivo primeiro, ocupar um espaço vazio no tocante a legislação voltada aos negros brasileiros, garantindo a existência de um mecanismo legal que dê conta das demandas apresentadas por esta população. De fato, fortalece o debate da igualdade, contribuindo para a inclusão de grupos discriminados, a partir de uma perspectiva de igualdade.
OBJETIVO
A XII Marcha Noturna e semana Padre Batista de combate à discriminação racial tem como objetivos:
- Resgatar a memória de importantes personalidades negras e de espaços que se confundem com a história dos negros na capital paulista;
- Consagrar a resistência histórica da comunidade negra e erguer as bandeiras da luta negra contemporânea;
- Denunciar o racismo presente na sociedade brasileira e chamar a atenção da população para as ações voltadas a promoção da igualdade racial de oportunidades;
- Discutir com organizações dos movimentos sociais negros, de mulheres negras e demais movimentos, entidades e pessoas a construção de ações que visem a igualdade racial de oportunidades;
- Promover um momento de reflexão em relação ao combate a intolerância;
- Trabalhar as principais bandeiras de luta do movimento negro.
- Consolidar a Marcha Noturna como momento de celebração e luta da população negra.
PROGRAMAÇÃO E CRONOGRAMA
Dia 12 de maio de 2008
17h – Inicio das atividades.
18h – Ato cultural, em frente à igreja Nossa Senhora da Boa Morte.
20h30 – Entrega do prêmio Padre Batista de combate à discriminação.
21h – Ato inter-religioso.
22h – Inicio da Marcha Noturna.
23h345– Chegada ao Largo do Paissandu e Ato final.
00h – Abraço coletivo na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
00h10 – Término da Marcha.
ROTEIRO DA MARCHA
- Rua do Carmo / Igreja Nossa Senhora da Boa Morte.
- Praça Clóvis Bevilácqua.
- Praça da Sé.
- Rua Roberto Simonsen.
- Rua Venceslau Brás.
- Rua Quinze de Novembro.
- Praça Antonio Prado.
- Avenida São João.
- Rua Líbero Badaró.
- Viaduto do Chá.
- Praça Ramos de Azevedo.
- Rua Conselheiro Crispiniano.
- Largo do Paissandu / Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Curso gratuito sobre a África - SP
"ÁFRICA: História e ações proativas diante da globalização das nações ricas e os acordos bilaterais dos mercados emergentes"
As inscrições serão prévias e o curso dará direito a certificado de participação.
Programação
Tema 1: Reflexão sobre as relações de gênero na África.
Data: 19/05/2008
Local: PUC-SP - R. Marquês de Paranaguá, 111, consolação (próximo ao 4º DP).
Regente: Prof. Dr. Carlos Subuhana – moçambicano - USP e Casa das Áfricas
Carga Horária: 3 horas.
Tema 2: Relação entre Brasil e África, a partir do imaginário do brasileiro.
Data: 20/05/2008
Local: PUC-SP - R. Marquês de Paranaguá, 111, consolação (próximo ao 4º DP).
Regente: Francisco Sandro Silveira Vieira - angolano – Mestrando– PUC-S
Carga Horária: 3 horas.
Tema 3: Guerra e etnias na África.
Data: 21/05/2008
Local: PUC-SP – R. Marquês de Paranaguá, 111, consolação (próximo ao 4º DP).
Regente: Francisco Sandro Silveira Vieira
Carga Horária: 3 horas.
REALIZAÇÃO: Fórum África.
APOIO: Gabinete da Vereadora Claudete Alves.
PUC-SP
PRODUÇÃO: Produzcultura.
Inscrição
A data limite das inscrições será 14 de maio de 2008.
· Preencher a ficha de inscrição (em anexo) e encaminhá-la para saddoag@gmail.com.
· Taxa de inscrição: um quilo de alimento não perecível (exceto sal) que será entregue no primeiro dia do curso.
e abertura da Exposição
“CONSCIÊNCIA VIVA” dofotógrafo Januário Garcia.
Lançamento: 8 de maio, às 18h
Local: Museu da RepúblicaRua do Catete, 153 – Catete – Rio de Janeiro – RJ
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Movimentos étnicos na França: códigos emocionais e fluxos territoriais
Linha de Pesquisa em Estudos Étnicos
05/05/08 – Segunda-feira
Martin Soares
(Universidade de Lyon II)
Movimentos étnicos na França: códigos emocionais e fluxos territoriais
CEAO/UFBA - 17 horas
Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho. Salvador/ Ba
quarta-feira, 30 de abril de 2008
64º Fórum do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz - SP
A ÁFRICA E SUAS RECIPROCIDADES NA CONSTRUÇÃO DA PAZ MUNDIAL
a cargo do Prof. Dr.Acácio Sidinei Almeida Santos
Vinte anos depois da euforia do bem sucedido single "We are the world" em "benefício" das vítimas da fome na África, o mundo volta-se novamente para o continente africano. Crescem os programas de ajuda humanitária e a esperança de ver resolvida, pelo menos em parte, as dores humanas. Crescem também os esforços para que o mundo daqueles que querem ajudar conheça o mundo daqueles que serão "ajudados" e o convite para que atravessem as fronteiras e vejam a África não-oficial, a África das economias vernaculares, das solidariedades e das reciprocidades, elementos primordiais para a construção da paz duradoura.
Crescem os esforços para que os mundos (africano e não-africano), em um só mundo, vejam nas reciprocidades uma esperança para que as ajudas não representem apenas uma vontade de dominação e arrogância, mas sim o mais profundo reconhecimento de que o remédio do homem é o homem.
A África é uma das últimas escolas para todos nós que acreditamos que um outro mundo é possível. O alerta que ecoa alto daquele continente nos adverte para que saibamos que aquilo que acontecer às sociedades africanas, acontecerá irremediavelmente a todos nós.
Por isso, ao tratarmos das reciprocidades africanas na construção da paz mundial, estaremos tratando também de descobrir possibilidades comunitárias para uma sociedade mais ampla e potencialmente mais aberta para a vida.
NA OCASIÃO HAVERÁ UMA EXPOSIÇÃO DE TECIDOS AFRICANOS DE DIVERSAS
PARTES DO CONTINENTE.
A maneira de vestir o corpo revela, em todas as sociedades e culturas, modos de estar no mundo. Assim, em muitas partes da África os tecidos, com suas variadas tramas, cores e texturas indicam papéis sociais, estampam mensagens, contam histórias, transmitem idéias, valores e propõem soluções. Enquanto a padronização da vestimenta impera em muitas partes do globo, as cidades e aldeias africanas pulsam o ritmo da criatividade vibrante das roupas e de seus
habitantes.
ACÁCIO SIDINEI ALMEIDA DOS SANTOS possui graduação e mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) . Doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP/SP) e Pós-doutorado pela Faculdade de Saúde Pública / USP.
Atualmente é professor do Departamento de Antropologia da PUC/SP, consultor da Faculdade de Medicina da PUC/SP, pesquisador e vice-coordenador da Casa das Áfricas (www.casadasafricas. org.br). Tem experiência nas áreas de Antropologia e Sociologia, atuando
principalmente nos seguintes temas: África, migração, ritos funerários, morte, afro-brasileiro, religiosidade afro-brasileira, ancestralidade, saúde e HIV/AIDS. Desde 1999 desenvolve trabalho de campo na Costa do Marfim, África do Oeste.
ENTRADA FRANCA
6 de maio de 2008 • terça-feira • 19 horas
Auditório do MASP • Museu de Arte de São Paulo
Av. Paulista, 1578 - São Paulo - SP (Estação Trianon-Masp do Metrô)
Informações: Palas Athena (11) 3266-6188
Realização: Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz
www.comitepaz. org.br - www.palasathena. org.br
II Seminário Quilombos: Direitos, Desafios e Experiências - BA
Local: Auditório do INCRA/BA
Inscrições: (71) 3206-6436 (Valéria ou Camila)
e-mails: valeria.ferreira@sdr.incra.gov.br / camila.dutervil@sdr.incra.gov.br
Período: 05 e 06 de maio, das 9 às 18 horas
terça-feira, 29 de abril de 2008
MEC cria Rede de Educação para a Diversidade
O Ministério da Educação lançou edital nesta sexta-feira, 18, convocando as instituições de ensino superior a constituir uma Rede de Educação para a Diversidade, no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Está no centro deste projeto a qualificação de professores da educação básica em oito áreas da diversidade, atendendo a pedido apontado pelos Planos de Ações Articuladas (PAR), elaborados pelas prefeituras. A expectativa do ministério é abrir 75 mil vagas para professores e gestores em 2008.
O projeto envolve as secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e Educação a Distância (Seed), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os cursos, todos na modalidade semi-presencial oferecidos nos pólos da UAB, serão de extensão, especialização e aperfeiçoamento, com carga horária de 40 horas a 360 horas.
O edital propõe a criação de uma rede de instituições públicas e privadas e determina que, em 2008, o projeto será executado somente com instituições públicas federais, estaduais e municipais. O prazo para cadastro das instituições é de 90 dias, contados da publicação do edital. Todas as etapas do cadastro e envio de propostas estão detalhados no edital.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
I Congresso Baiano de Educadoras/es Negras/os - BA
Período de inscrição:
de 12 a 21 de maio de 2008.
Local de inscrição:
Faculdade de Educação UNEB, Cabula.
Local do Evento: COLÉGIO CENTRAL, Av. Joana Angélica, s/n Nazaré SALVADOR/BA.
Em breve sairão a programação e demais notícias
OBS.: Qualquer dúvida ligue: 8119-4855 / 8764-0782 / 9997-2769 / 9119-2479 ou partenegra@gmail.com
domingo, 27 de abril de 2008
Audiência pública discutirá permanência de cotistas nas Universidades - BA
De acordo com o coordenador de comunicação do Movimento PROUNIÃO, que é contra a extinção do PROUNI, Celízio de Souza C. Filho, o intuito da Audiência Pública é chamar a atenção dos estudantes cotistas e sociedade como um todo, alertando sobre essas ações que podem tirar o direito de negros, negras, indígenas, portadores de necessidades especiais e estudantes oriundos de escolas públicas, de terem acesso a um curso universitário.
Atualmente o PROUNI, que foi criado no ano de 2004, beneficia 310 mil universitários, sendo que destes, 35 mil são de Salvador.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Mostra de Cinema da África e da Diáspora Negra "Espelho Atlântico" - RJ
Em parceria com o African Filme Festival, de Nova York, a mostra traz um panorama contemporâneo de filmes africanos e filmes brasileiros que refletem a herança daquele continente.
A CAIXA Cultural recebe, de 22 a 27 de abril, a mostra "Espelho Atlântico". Com direção geral da cineasta Lilian Solá Santiago, o evento traz uma primorosa seleção de filmes africanos e da diáspora negra para o Rio de Janeiro. Espelho Atlântico é uma abordagem atual e significativa da produção cinematográfica africana contemporânea e também da realizada fora do continente, mas que dialoga diretamente com a herança cultural do continente africano.
A mostra Espelho Atlântico é uma oportunidade única de assistir a importantes títulos de um acervo praticamente inédito no Brasil, capaz de fomentar discussões e ampliar nosso conhecimento da diversidade cultural do vasto continente africano e de seus descendentes pelo mundo, propondo um novo caminho para a leitura e identificação com a identidade africana por parte do público brasileiro.
A seleção de filmes foi definida em parceria com a organização sem fins lucrativos AFF – African Film Festival, que contribui para a realização de importantes eventos culturais internacionais, todos de divulgação do cinema africano e da diáspora. Entre esses eventos, podemos destacar a realização do festival de cinema FESPASCO – Festival PanAfricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, o mais importante do continente africano, em Burkina Faso, e a recente parceria com o governo australiano para a realização do Sidney African Film Festival.
A mostra Espelho Atlântico foi selecionada pelo edital 2007 de ocupação dos espaços da CAIXA Cultural e será oferecida ao público a preços populares.
Serviço
Mostra Cinematográfica Espelho Atlântico
Local: CAIXA Cultural RJ – Cinema 1 e 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (ao lado da estação Carioca do metrô)
Tel: 21 2544 4080 – Site: www.caixacultural.com.br
Temporada: de 22 a 27 de abril de 2008
Sessões: a partir das 19h (curta-metragem sempre seguido de um longa metragem)
Classificação etária: confira a programação
Preço: R$ 4,00 (inteira); R$ 2,00 (meia-entrada)
Acesso para portadores de necessidades especiais
Como o número de pessoas está sempre superando a capacidade da sala, nos dias 26 e 27 , além da exibição na sala 2 o mesmo filme será exibido na sala 1. Portanto serão 170 lugares disponíveis!
Além disso, domingo às 17h, devido às inúmeras solicitações do público,
PROGRAMAÇÃO PREVISTA
Dia 22 | Dia 23 | Dia 24 | Dia 25 | Dia 26 | Dia 27 |
O Clandestino Dir: Jose Laplaine 1997 15 min. Zaire/Angola Livre | Mama Put Dir.: Seke Somolu 2006 30 min Nigéria 12 anos | Menged Dir: Daniel Taye Workou 2006 20min Etiópia Livre | Balé de pé no chão Dir: Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro 2005 17 min Brasil Livre | Maria sem graça Dir: Leandro Goddinho 2007 12 min Brasil Livre | The Ball SESSÃO EXTRA 17h- A Cidade das Mulheres
Orlando Mesquista 2001 5 min Moçambique Livre |
Kuxa Kanema - O nascimento do cinema Dir: Margarida Cardoso 2003 53 min Bélgica/ França/ Portugal Livre | A Cidade das Mulheres Dir: Lázaro Faria 2005 72 min Brasil Livre | Mortu Nega Dir: Flora Gomes, 1987, 85min Guiné-Bissau. 12 anos | Na Cidade Vazia Dir: Maria João Ganga 2005 88min Angola Livre | Família Alcântara Dir.: Lílian e Daniel Solá Santiago, 2006 52min Brasil Livre | O Herói Dir: Zezé Gamboa 2004 97 min Angola Livre |
Informações para a imprensa
Assessoria de imprensa da CAIXA Cultural RJ
Daniele Lucena, Mara Marques e Aline Borba
Tel: (21) 2497 5022
Cels: (21) 78921433//96174772//82150900
redacao@planocomunicacao.com.br
imprensa@planocomunicacao.com.br
planocomunicacao@uol.com.br
quinta-feira, 24 de abril de 2008
V Colóquio Internacional Trabalho Forçado Africano – Brasil, 120 anos de Abolição - BA
O Colóquio Trabalho Forçado Africano que o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP) vem organizando desde 2004, visa a promoção do diálogo entre pesquisadores e a divulgação para o público em geral das modalidades do trabalho forçado africano, desde o século XVI até a atualidade.
Com um foco comparativo, o Colóquio pretende evidenciar como e porque o trabalho forçado africano – sob qualquer uma das muitas modalidades que revestiu – foi estruturante da maioria das sociedades da América e da África. Por isso, considera-se que as pesquisas concernentes a todas as áreas geográficas nas quais esta relação social se desenvolveu, da América do Norte ao Transvaal são pertinentes a este Colóquio.
O tráfico de escravos em larga escala marcou profundamente a história do continete africano e das ex-colônias portuguesas. Por conta desse tráfico, grandes contigentes populacionais foram lançados numa aventura involuntária para a Europa, o Caribe e as Américas. O tráfico, a escravização de africanos e o trabalho forçado no pós-emancipação constituíram fases de um processo com muitas continuidades.
Considerando que em quase toda a África ocidental e central o tráfico atlântico durou até a década de 1860, que sociedades escravagistas se desenvolveram no interior das áreas afetadas pelo tráfico e que pouco tempo depois se instalaram nessas regiões os novos poderes coloniais, pode-se falar de um trabalho forçado africano ininterrupto. É sabido que durante o século XX, as administrações europeias adotaram nos seus territórios africanos uma extraordinária tolerância com a manutenção do trabalho compelido.
Data: 03 a 05.11.2008
Local: Salvador/BA
Site: http://www.fpc.ba.gov.br/apresentacao.asp
É razoável prever que um número elevado de investigadores brasileiros sobre o tráfico atlântico e as formas de trabalho forçado durante e depois da escravidão possam partilhar os resultados das suas pesquisas com colegas europeus e africanos no V Colóquio Internacional Trabalho Forçado Africano. É também possível antecipar que, da perspectiva comparada, deverão igualmente esperar-se novas pistas de pesquisa, a explorar as temáticas do colóquio.
1º Encontro de Negras e Negros de Camaçari - BA
Temas :
- Educação;
- Intolerância religiosa.
Cassiana Souza
71 8874 7015
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
Seminário "Experiências da população negra e os 120 anos da abolição inacabada" - BA
Salvador, 07 a 09 de Maio de 2008
A reflexão dos 120 anos de Abolição da escravidão no Brasil é o propósito deste seminário, trazendo o debate através de entidades da sociedade civil, do meio acadêmico e poder público como militantes, representantes de ONG's, grupos de movimentos sociais, estudantes, pesquisadores, professores, profissionais, representantes de instituições e gestores públicos, a respeito da Abolição enquanto um processo inacabado diante das experiências da população negra brasileira.
O Seminário envolverá distintas áreas do conhecimento, com abordagem interdisciplinar, relacionadas transversalmente. A importância e novidade do evento se caracterizam pela forma como os temas - Territórios e Habitação, Educação e Trabalho, Saúde, Religião - serão articulados, discutidos e analisados de forma entrelaçada como forma de entendimento de que a melhoria da qualidade de vida da população negra depende desta interação. O Seminário tem por objetivo que os resultados das discussões possam ser desdobrados em proposições de políticas públicas específicas e inclusivas da população negra.
A estrutura do Seminário consistirá em sessões de palestras e mesas-redondas. As palestras serão proferidas por professores, pesquisadores e produtores de conhecimentos teóricos e empíricos no campo das relações étnicas brasileiras.
As mesas-redondas serão compostas de exposições de atividades desenvolvidas, tanto no âmbito prático quanto no âmbito investigativo, relacionadas aos temas Territórios e Habitação, Educação e Trabalho, Saúde, Religião, Juventude/3ªIdade, Comunicação e outros, seguidas de debate aberto com a participação da platéia. A participação nas mesas-redondas será feita por inscrição prévia através de envio de resumos expandidos de 400 a 500 palavras.
Submissão dos Resumos - 15 a 20 de Abril
Divulgação dos Resumos Aprovados - 30 de Abril
Informações: abolicaoinacabada@ gmail.com
Envio de resumos: abolicaoinacaba. resumos@gmail. com
Promoção: Secretaria Municipal de Reparação / Prefeitura Municipal de Salvador (Gestão: Antônia Garcia)
Coordenação: Maria Estela Rocha Ramos - (PPG-AU/UFBA)
Inventores negr@s
"Somente quando leões forem historiadores caçadores deixarão de ser heróis.” - Provérbio Africano
Garrett Augustus Morgan (1877-1963)
Inventor da máscara anti-gás, em 1921, e do semáforo, patenteado em 1923
Lewis Latimer trabalhou com Thomas Edison e Alexander Graham Bell desenhando o projeto do primeiro telefone de Bell e foi consultor de Thomas Edison no projeto da lâmpada elétrica.
Mark Dean, Ph.D. da Stanford University, projetou o computador pessoal e liderou a equipe que criou o processador de 1 GHz.
Patricia E. Bath inventou a técnica da cirurgia de olho a laser.
Sarah Boone patenteou em 26 de abril de 1892 a tábua de passar roupa.Jan Matzeliger inventou a máquina de colar sola de sapato, contribuindo assim para a produção de sapatos em larga escala.
Lydia Newman inventou a escova de cabelo.
John Love inventou o apontador de lápis.
Lee Burridge inventou a máquina de escrever.
John Burr inventou o cortador de grama.
Alice Parker inventou o aquecedor.
Alexander Miles, patenteou o elevador elétrico em 11 de outubro de 1887. Apesar de não ter sido o inventor do elevador, ele aperfeiçoou o método de abrir e fechar as portas do elevador e melhorou o fechamento e abertura do poço do elevador quando o elevador não está no andar. Ele criou um mecanismo automático que impede o acesso ao poço, o que evitou vários acidentes. Antes, o acesso ao poço era impedido manualmente.
Charles Drew, na década de 30, criou a técnica de armazenagem de sangue em bancos de sangue. Antes dela, o sangue não poderia ser armazenado por mais que dois dias porque as células vermelhas eram perdidas. Em 1945, criou a bolsa para armazenar plasma.
Dr. William Hinton inventou o teste para detectar a sífilis.
Benjamin Banneker inventou o almanaque, aproximadamente em 1791.
Henry T. Sampson inventou o telefone celular em 1971.
T. Marshall inventou o extintor de incêndio em 1872.
W. B. Purvis inventou a carga para caneta em 1890.
Robert F. Flemming, Jr. inventou a guitarra em 1886.
J. Standard inventou o refrigerador em 1891.
Frederick Jones, em 1935, inventou o primeiro sistema de refrigeração para caminhões, que depois foi adaptado para outros automóveis.
J. W. Smith inventou um dispositivo para molhar jardins, o aspersor.