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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Encontros Preliminares de Cultura Negra e Psicanálise - RJ

Dessa vez: Folclore, Mitos, Lendas e Identidade Nacional
Expositores:
Lara Pamplona (Professora do Instituto Luso-Brasileiro da Universidade de Colônia/Alemanha)
Januário Garcia (Fotógrafo, autor do livro 1980-2005: 25 anos de Movimento Negro);
Rodrigo Lyra (Psicanalista/Digaí-Maré)

Dia: 13 de junho, sexta-feira, às 19:00 horas
Local: IPDH, Av. Mem de Sá, nº 39, Arcos da Lapa (Espaço Abdias Nascimento)

Desde janeiro desse ano o Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH, em parceria com o Instituto OCA e com o apoio da Associação DIGAÍ-MARE, vem realizando uma série de encontros preliminares para o I Seminário de Cultura Negra e Psicanálise: das caravelas e tumbeiros ao Hip-Hop, que se realizará do dia 31 de agosto ao dia 4 de setembro de 2008, no Espaço Abdias Nascimento, sede do IPDH, na Lapa.

Sob o enfoque de cultura negra e psicanálise, os temas tratados nos encontros preliminares anteriores foram: Tornar-se Negro (como referência, o pioneirismo da Dra. Neuza Santos Souza); Madame Satã (como referência de ícone da malandragem carioca, homossexual e negro); Cidadania e Singularidade (sobre as bases, os conflitos e as particularidades individuais e coletivas na cultura e na psicanálise); Hip- Hop, cidadania e cultura (sobre a experiência de jovens negros com o Hip-Hop, seu modo de intervenção social e seus ideais).

ERRATA - CEAO seleciona estudantes cotistas

No edital de seleção de estudantes cotistas, onde está escrito

"Os(as) estudantes receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 200,00(duzentos reais) durante os 3(três) meses de vinculação ao projeto."

leia-se

"Os(as) estudantes receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 300,00(trezentos reais) durante os 4(quatro) meses de vinculação ao projeto."

quinta-feira, 5 de junho de 2008

CEAO seleciona estudantes cotistas - BA

O CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS (CEAO-UFBA)

Seleciona estudantes de graduação para

PROJETO DE INCENTIVO À PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES COTISTAS

Perfil requerido:
Estudantes de quaisquer cursos da UFBA que:
- ingressaram no 1º semestre de 2008;
- cursaram todo o nível médio e, pelo menos, 1(um) ano do nível fundamental em escola pública;
- possuem renda familiar, comprovada, de até 3(três) salários mínimos;
- tenham horário disponível para freqüentar os cursos à noite e aos sábados (manhã);

O Projeto:
Integrando o Programa de Ações Afirmativas da Universidade Federal da Bahia, este projeto visa apoiar a permanência de alunos(as) cotistas e de baixa renda na universidade através da oferta de cursos básicos de Inglês, Informática e Produção de Textos. Os(as) estudantes receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) durante os 3(três) meses de vinculação ao projeto.

Inscrições:
- 04 a 13 de junho de 2008, das 9 às 12 horas (a partir de 09/06/08, também das 13 às 17 horas)

Documentos exigidos (cópias e originais):
- Histórico Escolar dos níveis médio e fundamental
- Comprovante de Matrícula na UFBA
- Comprovantes da renda familiar
- Boletim de Desempenho no Vestibular
- RG e CPF, do comprovante de residência
- Declaração de disponibilidade integral ao projeto
Seleção:
- Análise da documentação: 16 a 20 de junho de 2008
- Entrevista: 23 a 27 de junho de 2008

Resultado:
- 30 de junho de 2008

Início das Atividades:
- 1 de julho de 2008

CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS/CEAO
Praça General Inocêncio Galvão, 42, Largo 2 de Julho, Salvador/BA
Tel: 3322-8070 / 3322-6742
e-mail: permanencia.ceao@gmail.com

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Disque Racismo promove Seminário “Discriminação Racial no Mercado de Trabalho” - BA

Disque Racismo – Serviço de Assistência a Vítimas de Discriminação Racial

Convida você para o seminário

“Discriminação Racial no Mercado de Trabalho”

Local: Centro de Promoção da Igualdade Racial (sede do CDCN) – Rua Ribeiro dos Santos, nº. 42 (Rua do Paço – Pelourinho)
Data/ Hora: dia 06 de junho (sexta-feira), às 14 horas

A partir deste seminário, será reestruturada a campanha contra a Discriminação Racial no Mercado de Trabalho.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Lançamento de livro e oficina com Cidinha Silva - BA

Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!

Entre crônicas e mini-contos, o novo livro de Cidinha da Silva nos leva para o conflituoso mundo humano que gira em torno da sexualidade, do amor e do corpo.

O lançamento do livro Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor! acontece no dia 12 de junho, quinta-feira, às 18hs na Fundação Pedro Calmon. Composto por 25 histórias curtas centradas em dois temas: o amor e a solidão, o livro é uma boa pedida de leitura ou presente para o Dia dos Namorados.
Pequenas histórias contadas por personagens femininas, que divagam sobre os relacionamentos amorosos, com uma acidez peculiar, mas também com gotas de lirismo e, em um ou outro texto, com humor. Relações aplacadas, inacabadas, conflituosas, são esquadrinhadas por Cidinha, que mais uma vez nos oferece a possibilidade de nos (re)visitar a partir da arquitetura que construímos nas moradias efêmeras do outro.
O lançamento em Salvador contará também com a realização da oficina “Literatura negra, caminhos de escritura e editoriais”. O objetivo desse trabalho é discutir a produção contemporânea de escritoras negras brasileiras, principais temas abordados nas obras, processo criativo e possibilidades editoriais adotadas por elas.

Prefaciado pela professora doutora Maria Nazareth Soares Fonseca, professora de Literatura da PUC Minas, apresentado, na orelha, pelo cineasta Jeferson De, e ilustrado sob a pena da artista Lia Maria, Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor! (Mazza Edições, Belo Horizonte, 2008) é timbrado pela ironia requintada, leveza e sonoridade, fazendo-nos nos lembrar, vez por outra, a sonoridade de alguns poetas africanos.

Com lançamento nacional iniciado em março, a escritora, Cidinha da Silva, já percorreu as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre..


Sobre a escritora
Nascida em Belo Horizonte, Cidinha da Silva é historiadora, diretora do Instituto Kuanza, escreve ensaios e histórias curtas. Publicou artigos relacionados à temática das relações de gênero e raciais e é autora dos livros Cada tridente em seu lugar (2006, 2ª edição), Ações afirmativas em educação: experiências brasileiras (2003, 3ª edição), entre outros.


O que: Coquetel de Lançamento do livro Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!
Quando: 12 de junho – quinta-feira
18 horas
Onde: Fundação Pedro Calmon - Praça Thomé de Souza, Palácio Rio Branco,
Salvador-Ba
Contatos: ligiavillas@gmail.com ; janja.araujo@uol.com.br
(71)3241-4291 / (71) 9124-6771 / (71) 9609-0106
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O que: Oficina “Literatura negra, caminhos de escritura e editoriais”
Quando: 13 de junho – sexta-feira
10 horas
Onde: Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN) - Rua Ribeiro dos Santos, nº42, Carmo, Pelourinho.
Contatos: ligiavillas@gmail.com ; cidinha.tridente@ gmail.com
(71)3241-4291 / (71) 9124-6771 / (71) 9609-0106

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Lançamento do XVI Caderno de Educação do Ilê Aiyê - BA

ILÊ AIYÊ, O MAIS BELO DOS BELOS

A Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, tem o prazer de convidar V.Sa. para o lançamento do XVI Caderno de Educação do Ilê Aiyê – Candaces, Rainhas do Império Méroe, a ser realizado no dia 11/06/2008(quarta-feira), às 18:30h, na Senzala do Barro Preto - Rua do Curuzu, 228, Liberdade, Salvador-Ba.

domingo, 1 de junho de 2008

IX Congresso da Associação Latino Americana de Estudos Africanos e Asiáticos do Brasil - RJ


Objetivos:

Estimular a reflexão sobre a produção de conhecimento sistematizado de questões relacionadas com os estudos africanos, asiáticos e afro-brasileiros, além das relações internacionais do Brasil com a África, Ásia e América Latina, e demais partes do mundo globalizado; refletir sobre questões pedagógicas e processos deação de professores para o ensino de História da África no Brasil; Realizar um profícuo diálogo entre os diversos campos de saber, espaços, lugares e culturas.

Congresso tem ainda como objetivo, refletir sobre o conhecimento adquirido a respeito dos estudos africanos, asiáticos e afro-brasileiros no âmbito das ciências sociais e humanas; Aprofundar as análises sobre a didática e pedagogia dos estudos africanos no Brasil; Ampliar a compreensão das histórias, sociedades, culturas, economias, literaturas e relações internacionais do Brasil, da América Latina, da África e da Ásia entre os brasileiros.

Local:
Universidade Candido Mendes. Praça Pio X, 7. Candelária - Centro – Rio de Janeiro – RJ, CEP:20040-020
Abertura do evento será no Teatro João Theotônio
Rua da Assembléia, 10 Centro, Rio de Janeiro.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Festival da Culinária Africana - DF

O dia 25 de maio é uma data importante para o africano, e ao afro descendente no mundo inteiro. Este dia é o símbolo da união das nações africanas. Uma união cujo objetivo é permitir a África, como unidade continental, de jogar o seu papel no teatro da comunidade internacional e voar com as próprias asas. Maio, justamente por isso, é um mês de celebração.
Na ocasião desta celebração, será exposto, a sua apreciação um pouco da arte culinária africana, numa atmosfera exótica, e encantadora. Durante este lado do evento, será possível viver o encanto dos sabores, das melodias, e das cores do berço da humanidade.
O projeto chama-se « Festival da Culinária africana » (FCA). Tendo como apoio a Aliança Francesa e Chez Le Petit Prince, o evento acontecerá do dia 30 (sexta às 20h) ao dia 31 de maio (sábado às 12h), na Aliança Francesa de Brasília que fica na Av. W4 – EQ 708/907 Sul – Lote A. Objetos, pratos africanos típicos, e diversas autenticidades serão as jóias deste festival.

Para mais informações, contate-nos pelos seguintes números de telefone: (61) 8503-8258 / (61) 3262-7600

1º Encontro Nacional de Juventudes do Coletivo de Entidades Negras (CEN) - BA



A Juventude do Coletivo de Entidades Negras tem o prazer de anunciar a realização do 1º Encontro Nacional de Juventudes do Coletivo de Entidades Negras –
CEN .O encontro tem o objetivo de fortalecer e propor estratégias de atuação, pleitear ações fundamentais para que a população negra e jovem desse país tenha
acesso às políticas públicas e fortalecer as lideranças negras comunitárias juvenis.


Esse será o momento de comungar de orientações comuns para a atuação dos grupos de juventudes que compõem a entidade nacionalmente, vislumbrando a priorização das jovens mulheres, os jovens LGBTTS, jovens quilombolas, jovens de terreiros de candomblés para a politização das ações. A nossa expectativa é reunir 100 jovens que compõem a entidade, contando com a experiência dos mais velhos de nossa entidade e convidadas/os.


O Encontro será realizado na cidade de Alagoinhas - Bahia, nos dias 30, 31 de maio e 1º de junho de 2008.

Programação

30 de maio de 2008

14 h – Audiência Pública: Juventude negra e o mundo do trabalho - Desde 14 de maio de 1888.
Câmara dos Vereadores de Alagoinhas
Composição da Mesa:
Giovane Havey |
Subsecretário de Ações afirmativas da SEPPIR.
Vilma Reis
| Presidenta do Conselho para o Desenvolvimento da Comunidade Negra
Bira Côroa
| Presidente da comissão de Educação da Assembléia Legislativa.
Elinaldo |
JUNA-CEN
Ana Cáritas
| JUNA-CEN
Deise Queiroz
| Diretora Nacional de Juventude do CEN
Latoya Guimarães
| CEN-SP
Dr... Kabengele Munanga
| Antropologia- USP

18h - Abertura do I Encontro Nacional de Juventudes do CEN
Local : Salão do Hotel de Alagoinhas
Composição da mesa : Coordenação do CEN e Representações das Juventudes Estaduais.
31 de maio de 2008

8h - Integração do grupo e expectativas

Mesas de Debates:
9 às 11h
– Juventude negra – Do extermínio ao ENJUNE.
- Debatedoras: Cátia Coelho | Edson Shomer | Deise Queiroz.

11 às 13h – A juventude negra e a construção política – A importância de fazer política.
- Debatedoras: Lindinalva de Paula | Cristiano Lima | Poliana.

13h – Almoço

14h30 às 16h30 – Revoluções vitoriosas do Povo Negro no Brasil e as atuais inserções do Movimento Negro – De Palmares ao CONNEB
Debatedoras: Marcos Rezende | Márcio Alexandre | Rebeca Tárique

16h30 às 18h30 Das lutas por REPARAÇÃO às conquistas das ações afirmativas |Políticas de cotas|
Debatedoras: Ana Rita| Lindacy Assis | Luís Paulo Pinto.

18h30 – Jantar

20h – Show das Juventudes:

Banda Epahey

Hip Hop Axé Babá

1º de junho de 2008

9h Grupos de Trabalho:

GT1 – Ações Afirmativas
GT2 – CONNEB
GT3 – Fórum de Juventude Negra

12h – Almoço

14h – Encerramento



quinta-feira, 29 de maio de 2008

Inauguração de estátua em homenagem a Zumbi dos Palmares - BA

O Grêmio Comunitário e Carnavalesco a Mulherada inaugura nesta terça-feira, 30 de maio, às 10h, na Praça da Sé, em Salvador, uma estátua em homenagem a Zumbi dos Palmares, um dos maiores símbolos da resistência de lutas contra o escravismo no Brasil. Na ocasião estarão presentes autoridades municipais, governamentais, além de representantes do Movimento Negro da Bahia e entidades religiosas de matrizes afro,grupos afros e afoxés.
De acordo com Mônica Kalile, do Grupo A Mulherada, todo o evento será registrado para a produção de um DVD educativo que será distribuído gratuitamente nas escolas, organizações sociais e bibliotecas do Brasil.
O projeto de composição da estátua, de autoria do grupo A Mulherada, já existe há três anos, sendo que só agora será realizado. A peça de bronze possui 2,20 metros de altura, onde o personagem segura uma lança em uma das mãos e na outra segura uma adaga de 60 cm, que representa o poder de grandes líderes africanos, demonstra ainda austeridade, vigilância, sagacidade, um verdadeiro guardião do Povo Negro Brasileiro.
LÍDER NEGRO
Em novembro de 2008, comemora-se 313 anos da morte de Zumbi dos Palmares. Tendo nascido em Palmares, em 1655 e sendo neto da princesa Aqualtune, filho de um importante rei do Congo. Até hoje é considerado o líder mais famoso da confederação de quilombos dos Palmares, que se estendia entre os territórios atuais de Alagoas e Pernambuco, tendo sido ainda o maior líder negro da América Latina.
Mais informações - Mônica Kalile - (71 3321-5523 / 9925-9529 / 8219-5697 E-mail: mokalile@terra.com.br / WWW.amulherada.com.br / WWW.amulherada.org.br

USP promove curso de difusão cultural "Abolição: 120 anos de quê?

Núcleo de Pesquisa da Universidade oferece curso de pós-graduação para profissionais formados em todas as áreas

O Neinb (Núcleo Interdisciplinar do Negro Brasileiro da USP), com apoio do Celacc e da Secretaria da Justiça do Estado de SP, promovem, a partir de 29 de maio, o Curso de Extensão Universitária com o tema 'Abolição: 120 anos de que?'.
O objetivo do curso é o de analisar os 120 anos de
liberdade formal dos afrodescendentes e suas lutas para conquistar a cidadania plena.
O curso terá carga horária de 14 horas e será voltado para estudantes universitários ou pessoas com curso superior concluído (em qualquer área)que tenham interesse em aprofundar os estudos sobre as relações étnicas no Brasil.
As aulas acontecerão ministrado no Espaço da Cidadania, na sede da Secretaria da Justiça, todas as quintas-feiras, de 5 a 26 de junho. A abertura do curso se dará com um TRIBUNAL SIMULADO DE JULGAMENTO DA ABOLIÇÃO INCONCLUSA A ser realizado no dia 29 de maio, às 19h30 no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP.
As inscrições podem ser feitas preenchendo o formulário aqui no site. É necessário enviar para o Celacc (via fax) cópia do RG, CPF e comprovante de que está matriculado em curso superior ou de conclusão do mesmo. As inscrições poderão ser feitas até o dia 29 de maio, no dia do Tribunal Simulado ou até o número de vagas ser completado.

Programa
completo das disciplinas:
29/05/2008 (Abertura) - Faculdade de Direito do Largo São Francisco/USP - Salão Nobre 19 horas - TRIBUNAL SIMULADO DA ABOLIÇÃO INCONCLUSA - Dr. Marcos Orione, Dra. Eunice Aparecida de Jesus Prudente, Dr. Hamilton Rangel Junior, Dr. Nadir de Campos Junior e Dra. Carmem Dora de Freitas Ferreira.
05/06/2008 - Espaço da Cidadania - Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
19 horas - 120 ANOS DE LUTA: OS QUILOMBOLAS - (Prof. Dr. Dennis de Oliveira - ECA/USP)
21 horas - 120 ANOS DE LUTA: O MOVIMENTO NEGRO (Prof. Dr. Dennis de Oliveira - ECA/USP)
12/06/2008
19 horas - 120 ANOS DE PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E RACISMO - (Profa. Dra. Eunice Prudente - FD/USP) - IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 (Prof. Dr. Celso Luiz Prudente - Faculdade UniPalmares)
21 horas - QUESTÕES JURÍDICAS ANTES E DEPOIS DE 1888 - (Profa. Dra. Eunice Prudente - FD/USP e Dr. Luiz Antonio Calazans - Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania) 19/06/2008
19 horas - O RACISMO NO BRASIL HOJE: CIDADANIAS MUTILADAS, REIVINDICAÇÕES E PROPOSTAS DO MOVIMENTO NEGRO DE SUPERAÇÃO DO RACISMO - (Prof. Dra. Liana Trindade - FFLCH/USP)
21 horas - A VIDA DO AFRODESCENDENTE EM SÃO PAULO - (Profa. Dra. Liana Trindade - FFLCH/USP)
26/06/2008
19 horas - PRESENÇA DE LIDERANÇAS DO MOVIMENTO NEGRO - (Prof. Dr. Dennis de Oliveira - ECA/USP)

Serviço:

Curso de Extensão Universitária - Abolição: 120 anos de que?
Data: 29/05/2008 a 26/06/2008 (todas as quintas-feiras)
Horário: 19h00 às 23 horas
Local: Patéo do Colégio, 148 - Espaço da Cidadania André Franco Montoro

INSCRIÇÕES PELO SITE:
http://www.eca.usp.br/nucleos /celacc/cursos_e_eventos_04.shtml[1]

terça-feira, 27 de maio de 2008

I Colóquio Internacional Etnicidade, Religião e Saúde: questões identitárias em saúde da população negra no Brasil - BA

É com grande satisfação que anunciamos a realização do I Colóquio Internacional Etnicidade, Religião e Saúde: questões identitárias em saúde da população negra no Brasil que ocorrerá entre os dias 13 e 15 de julho de 2008 em Salvador e dirige-se a pesquisadores, estudantes, gestores públicos, profissionais de saúde, instituições não governamentais, servidores públicos e privados, lideranças religiosas e representantes de movimentos sociais. O evento é uma iniciativa do Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica Comunidade Família e Saúde – FASA do ISC-UFBA e conta com o apoio da Assessoria de Promoção da Equidade Racial Em Saúde – SMS, do INFANS – Unidade de Atendimento ao Bebê, do Centro de Estudos Afro-orientais - CEAO e da Pró-Reitoria de Extensão da UFBA.

O colóquio constitui um desdobramento dos debates e parcerias produzidos no interior da pesquisa Itinerários Terapêuticos de Famílias afrobaianas em um Bairro popular de Salvador: o papel das redes sociais e da experiência religiosa (Edital MCT- CNPq / MS-SCTIE-DECIT, 26/2006) coordenado pelo grupo FA-SA, bem como, das interfaces estabelecidas neste projeto com o estudo Usages du passe et constructions identitaires au Brésil” coordenado pela Université Pierre Mendes (Grenoble) que analisa o lugar e a representação do negro na sociedade brasileira, incluindo o campo da saúde. Convidamos a todos a visitar a página do colóquio na web www.coloquiofasa.isc.ufba.br onde constam informações detalhadas sobre o evento e os procedimentos necessários para inscrição. A data limite para envio de trabalhos será 13 de junho de 2008.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

Companhia Rubens Barbot Teatro de Dança apresenta "O reino do outro mundo" - RJ

(Clique na imagem para ampliá-la)

O Reino do Outro Mundo
um espetáculo contemporâneo sobre as danças dos Orixás

onde: Catedral Anglicana São Paulo Apóstolo
Rua Paschoal Carlos Magno, 95 – Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ
(continuação da linha do bonde, a partir do Largo do Guimarães, em direção ao Largo das Neves)

como: Ingressos: Casa Brasil Nigéria – Mém de Sá. 39 – Lapa
Cine Santa Teresa – Largo dos Guimarães – Santa Teresa


quando: de 15 de maio a 29 de junho
de quinta-feira a domingo, às 20 horas


informações – 21-2220-5458
http://ciarubensbarbot.blogspot.com

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Morre Dinha do Acarajé, famosa quituteira de Salvador

Agencia Estado

A quituteira Lindinalva de Assis, a Dinha do Acarajé, morreu na madrugada de hoje, aos 56 anos, depois de sofrer uma parada cardiorrespirató ria. Dinha havia passado seis dias internada no Hospital Aliança, em Salvador (BA), com sintomas de insuficiência respiratória, mas tinha recebido alta na tarde de ontem. Assim que chegou em casa, teve uma nova crise e foi levada de volta ao hospital, mas não resistiu. O enterro será realizado hoje à tarde, no Cemitério Jardim da Saudade.

Dinha era uma das mais conhecidas quituteiras da Bahia. Sua barraca no Largo de Santana, no bairro boêmio do Rio Vermelho, na capital baiana, rebatizou informalmente o local, hoje conhecido como Largo da Dinha. O ponto foi o primeiro do gênero estabelecido no bairro, pela avó da baiana, a cozinheira Ubaldina de Assis, há 60 anos. Dinha passou a acompanhar a avó no preparo das iguarias aos 7. Aos 10, assumiu o ponto.

O local passou a ser ponto de encontro de famosos. Por ali, segundo a filha - e sucessora - Cláudia de Assis, de 39 anos, passaram personalidades de todos os segmentos, como os músicos Chico Buarque, Lulu Santos, Jorge Benjor, Daniela Mercury e Carlinhos Brown, os pilotos Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Rubens Barrichello, as atrizes Dercy Gonçalves e Susana Vieira, entre muitos outros.

Em 1999, a quituteira inaugurou um restaurante formal, também no largo, a Casa da Dinha, hoje um tradicional ponto de encontro de turistas e intelectuais baianos. A administração do restaurante fica a cargo de outro filho da quituteira, Edvaldo de Assis, de 37 anos.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Lançamento da Revista Eletrônica África e Africanidades

Em comemoração aos 120 anos de abolição da escravidão, estudantes, pesquisadores e sociedade civil passaram a contar com mais um meio de comunicação sobre as temáticas africanas e afro-brasileiras. O lançamento e disponibilização do conteúdo online da Revista África e Africanidades aconteceu às 07 horas e 50 minutos. Às 18hs, na Central do Brasil, três representantes do periódico participaram de uma mesa de lançamento.

O periódico, é trimestral e abrange materiais acadêmicos e de informação, tais como direito, saúde, beleza, gastronomia etc.

Endereço: www.africaeafricanidades.com

I Congresso Baiano de Educadores(as) Negros(as) - BA

UNEB apóia I Congresso Baiano de Educadores (as) Negros (as) - Evento conta com a participação da vereadora Olívia Santana e do secretário de Promoção da Igualdade (Sepromi), Luiz Alberto - De 23 a 25/maio, em Salvador - Inscrições abertas até 21/maio, no Departamento de Educação.

Refletir e discutir de que modo a educação baiana reproduz ou transforma as relações étnicas. Esta é a proposta da primeira edição do Congresso Baiano de Educadoras (es) negras (os), que acontece entre os dias 23 e 25 de maio, no Colégio Central, em Salvador.

O encontro é realizado pelo coletivo Partenegra, formado por estudantes negros da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e tem o apoio da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). As inscrições dos participantes acontecem até o dia 21 de maio, no Departamento de Educação, no Campus I da UNEB, no Cabula. As inscrições têm uma taxa de R$ 10, e as vagas são limitadas.

Com o tema Negritude e Educação: um desafio para a construção de uma nova sociedade, o encontro irá reunir educadores de todo o estado, pesquisadores, estudantes e membros de movimentos sociais. O objetivo é discutir e avaliar qual o papel dos educadores neste processo de afirmação e valorização da identidade étnica negra.

A mesa de abertura do evento será realizada às 19h do dia 23 de maio, no Centro Cultural da Câmera de Vereadores de Salvador. Entre os convidados participantes está o assessor da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PPG), Romilson da Silva Sousa. Segundo ele, a política de ações afirmativas da UNEB é uma marca importante e da identidade institucional da universidade.

Um evento relacionado à educação e ao racismo faz parte desta linha de pensamento, e une as ações afirmativas da universidade com a sua trajetória na área de educação. Esta é uma ação que visa valorizar e afirmar a diversidade étnico-racial da sociedade baiana, e a UNEB não poderia negar apoio”, afirma.

Entre os destaques da programação, estão as participações da vereadora e ex-secretária municipal de educação, Olívia Santana, discutindo sobre o tema Organização e Luta Política dos Educadores Negros na Bahia; e do secretário estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi), Luiz Alberto Silva, que falará sobre O Estado Brasileiro e a Lei 10639/03: da regulamentação a prática. A programação conta ainda com atividades culturais, debates, mesas redondas e oficinas.

Informações: PPG – Tel.: 3117-2429

[Texto e imagem: Ascom/UNEB] ap/af



Sessão Especial "Dia da África" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

terça-feira, 13 de maio de 2008

UNEB abriu inscrições para cursos de extensão - BA

A Universidade do Estado da Bahia abriu inscrições para dois cursos de extensão:

- - A Importância do Serviço de Referência e Informação (08 a 12.09.2008)

- Educação em Museus (13 a 17.10.2008)


domingo, 11 de maio de 2008

1ª Desembargadora Negra do Brasil

Neuza Maria Alves da Silva, nasceu em Salvador, tomou posse como desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 17 de dezembro de 2004, promovida pelo critério de merecimento. Seu ingresso na magistratura federal se deu em agosto de 1988, quando assumiu a titularidade da 2ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Rondônia e exerceu a função provisória de Juíza auxiliar junto à 1ª Vara da Seção Judiciária do Estado da Bahia. Em outubro do mesmo ano se tornou Juíza Federal Titular da 8ª Vara Federal e em maio de 1989 assumiu a titularidade plena da 5ª Vara Federal. A desembargadora graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 1974. Especializou- se, ainda, em Processo Civil, Processo Penal e Direitos Humanos. O caminho até a magistratura foi longo e, muitas vezes, segundo ela própria, espinhoso. Mas, os obstáculos ganharam sabor de desafio. Os sonhos viraram obsessão. Hoje, é apaixonada pelo que faz. Determinada, a desembargadora tem diálogo fácil e acessível. De pronto, apesar da agenda cheia, aceitou conceder esta entrevista. Sem meias palavras contou casos, fez análises, relembrou sua história. O resultado do bate-papo está aí, com exclusividade, para os leitores de "O Magistrado em Revista".
O Magistrado - Que tipo de sentimento ostenta ao saber que é a primeira Desembargadora negra do país?
Neuza Maria - É um misto de perplexidade e euforia, de lamento e alegria, haja vista que sei da existência de várias pessoas, homens e/ou mulheres, negros, que reúnem as condições necessárias para ocupar lugar de destaque no cenário nacional, em todos os campos do conhecimento humano, mas encontram barreiras vindas de diversas direções a impedir esse reconhecimento. Busquei muito a minha nomeação e pude perceber que os muros são altos, as pedras no caminho são enormes, os fossos cavados são profundos. Mas valeu a pena! Espero firmemente que outros profissionais portadores das minhas e de outras "diferenças" se sintam motivados a tentar ascender na escala profissional, primando sempre pela sua capacitação e dispostos a enfrentar os percalços decorrentes dos desafios naturais advindos da ousadia. É necessário acreditar que podemos. E seguir em frente.
O Magistrado - Existe discriminação quanto ao negro no Brasil? Neuza Maria - Só não enxerga quem não quer ver. As atitudes veladas são as mais perversas; mas existem inúmeros exemplos que configuram a discriminação explícita, embora aqueles aos quais a correção do problema não interessa, teimem em enquadrar a situação no campo da segregação social. Em verdade, quem sente na pele os efeitos da apartação, sabe que ela existe e está longe de ser debelada. Pessoalmente, já sofri demais com essas atitudes ora preconceituosas, ora racistas, ora discriminatórias, mas optei por ignorá-las solenemente e seguir sempre em frente, usando o sofrimento gerado por algumas dessas atitudes, como escadas para atingir o patamar superior, como estímulo para estudar mais e trabalhar cada vez melhor, sendo essa a resposta que meus opositores tiveram, ao longo do tempo. Isso não significa que vou deixar de reagir ou de denunciar quando entender que fui alvo de conduta criminosa típica, dispondo de provas, com o fito de punir eventuais transgressores das leis a respeito da problemática do negro.
O Magistrado - Quais obstáculos enfrentou da vida escolar até a magistratura?
Neuza Maria - Como pude freqüentar a escola pública de qualidade, que me deu condições de disputar mercado de trabalho independentemente de ter família tradicional, sobrenome de peso ou uma imagem física considerada privilegiada, fiz opção pela forma mais democrática de realização profissional que foi enfrentar os concursos públicos de provas e títulos que me abriram as portas para trabalhar como Advogada de uma sociedade de economia mista (RFFSA), depois como Juíza do Trabalho (TRT-5a Reg. BA) e por último como Juíza Federal (SJBA), cargo que exerci por mais de dezesseis anos até encarar a possibilidade de ser promovida ao cargo de Desembargadora Federal, por merecimento, junto ao Tribunal Regional Federal da 1a. Região, sediado em Brasília. É impossível descrever os obstáculos enfrentados emtoda essa trajetória, mas posso referir, principalmente, o fator econômico, a dificuldade de acesso à informação, a impossibilidade de diversificar as áreas de aprendizado com viagens, cursos, mestrado, doutorado, o dever de criar filhos e ajudar parentes menos favorecidos ainda, como arrimo de família, entre muitos outros fatores que normalmente levam as pessoas a desistirem até mesmo de sonhar.
O Magistrado - Por que tão poucos negros ocupam cadeiras na magistratura e no Ministério Público? A Justiça do país é elitista?
Neuza Maria - A questão não é tão simples assim. Não discuto se a Justiça do país é ou não elitista, pois considero esse fato resultado de um conjunto de fatores existentes dentro e fora do Poder Judiciário, a partir do processo histórico consistente na tentativa de incutir no próprio negro a falsa idéia de que ele não é, não pode, não tem, não merece! O que deveria ser considerado absolutamente normal, num universo como o da Bahia, com população majoritariamente formada por afro-descendentes, passa a ser ousadia, feito inédito e coisas que tais. Basta fazer uma simples pesquisa fotográfica em cada turma de formandos em cursos superiores: às vezes dois ou três desses universitários são negros. Principalmente nos cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Engenharia e outros tidos como de destaque. Se somos poucos na graduação, o que dizer então da pós-graduação, mestrado e doutorado? Mas não é só isso! Para além dessa realidade, não é difícil encontrar exemplos daqueles que romperam as barreiras, superaram os obstáculos, capacitaram- se e mesmo assim são desestimulados por conta da necessidade imediata de sustentar-se a si próprio e à família, sem tempo para se dedicar ao estudo sistematizado que permitiria disputar vaga em igualdade de condições. Para ser aprovado em concursos do porte dos que foram citados, necessário se faz, antes de qualquer coisa, dedicação ao extremo, o que implica afastamento de outras atividades ou diminuição do ritmo de trabalho em busca da sistematização do estudo direcionado ao objetivo traçado, de conquistar o merecido lugar ao sol.
O Magistrado - É a favor das cotas para negros nos bancos das Universidades como já acontece em Brasília? Neuza Maria - Já tive oportunidade de declarar: não se trata, hoje, de ser contra ou a favor. Temos que entender que esse é um caminho, embora não o único, em direção ao resgate da cidadania do povo negro, tão espezinhado e quase reduzido à condição de coisa, ao longo dos séculos de escravidão e mesmo após a "libertação", assim, entre aspas, diante de que não se cuidou de devolver ao escravo, jamais, qualquer parcela do muito que lhe foi usurpado, largado que foi à própria sorte, em seguida à abolição da escravatura, no papel. Na minha visão o sistema de cotas pode e deve ser aperfeiçoado, corrigindo rumos, a partir da apuração dos resultados que vier a proporcionar, mas as críticas que comumente são endereçadas às unidades que o estão adotando não passam de palavras vãs, tentativas desesperadas de deixar tudo como está, desde que não incomode nem ameace o grupo dominante que não sente falta de nada - só sabe olhar para a própria sombra. O sistema de cotas visa à inclusão do negro na vida do grupo social ao qual pertence, devendo ser incentivado seja na educação, no mercado de trabalho, nos meios de comunicação e propaganda, na saúde, na política, a fim de se resgatar a sua plena condição de cidadão.
O Magistrado - E as mulheres sofrem discriminação? Neuza Maria - A questão da mulher vem sendo debatida com mais força e com mais tenacidade, graças à atuação destacada das ilustres representantes dos movimentos oriundos da sociedade civil organizada, como associações profissionais, conselhos estaduais e municipais, programas oriundos de diversas organizações nacionais, internacionais e principalmente pela força e coragem de militantes femininas no Congresso Nacional, nas ONGs e em todas as camadas da população, inclusive a mais pobre. Os avanços são evidentes, mas por outro lado desnudam a verdade que estava sendo posta sob o tapete. Tanto a discriminação contra o negro, como a que se volta contra a mulher, merecem, sim, medidas contundentes, ainda que impliquem discriminação (positiva), visando reverter o quadro existente (falta de oportunidade no aprimoramento intelectual, desigualdade de emprego e renda, inexistência de salvaguarda de direitos), para que seja possível pensar-se em igualdade num futuro que, espero, não seja tão distante. Interessante observar a diferença de postura com relação ás minorias: nunca ouvi ninguém verberar com veemência contra as cotas para a mulher na participação política ou contra a cota para deficientes físicos nos concursos patrocinados pelo governo...
O Magistrado - Acha que o Conselho Nacional de Justiça que está sendo montado vai interferir negativamente nos trabalhos do Judiciário? Neuza Maria - Espero firmemente que não, embora não possa avaliar a intenção que presidiu a idéia de criação do Conselho. Eu explico: tem sido comum o discurso de que a culpa por não termos um judiciário modelo, é dos Juízes. Ledo engano! Se o CNJ vier de espírito aberto, disposto a apurar e solucionar os problemas do judiciário, pelo menos na parte da culpa que a ele, judiciário, cabe, já é um grande passo na conquista das melhorias possíveis de se alcançar. Entretanto, se permitir ingerências espúrias e distanciadas do verdadeiro propósito de crescimento e fortalecimento dos diversos órgãos a ele subordinados, será o caos. Até aqui, pelo que tenho observado, a composição do CNJ sinaliza para a existência de um órgão sério, não manipulável, não submisso, não perseguidor. Torço para que ele desempenhe seu papel com maestria e rejeite qualquer tentativa de subordinar as decisões judiciais à satisfação de interesses menores, hipótese em que haveria,sim, interferência não só negativa como abjeta.
O Magistrado - É a favor que crimes como o da missionária Doroty Stang sejam julgados pela Justiça Federal?
Neuza Maria - Sou a favor de que os crimes, todos eles, sejam julgados. Não tenho o direito de ser preconceituosa e achar que esse ou aquele órgão do Poder Judiciário é mais capaz, mais independente, mais sério de que o outro. Necessitamos, urgentemente, definir repartição de competência, isto sim, sem brigas intestinas que revelem disputas sobre "fatias de poder". O Poder Judiciário tem que ser íntegro, aparelhado, célere, competente - não procurar holofotes, porque essa não é a nossa missão. Seja de quem for a tarefa de levar esses crimes a julgamento, o importante é que o faça com dignidade, sem permitir o concurso de influência política ou de interesses financeiros. O Magistrado - O Executivo e o Legislativo dão indícios de desgaste. Isso pode se refletir no Judiciário?

Neuza Maria - O desgaste é da nação! Bons e maus profissionais existem em toda esfera de poder. É certo que só posso falar com conhecimento de causa, da realidade que vivencio, vale dizer, do Poder Judiciário que vem sofrendo enxovalhos até por problemas aos quais não deu causa, injustamente! Somente a título de exemplo, lembro a questão dos pagamentos dos débitos pela via crucis do precatório: a justiça certifica o direito, as partes recorrem a todas as instâncias, os processos levam anos para alcançar o chamado trânsito em julgado, inicia-se o doloroso processo de execução e depois não se segue o pronto pagamento... aguarda-se a fila para recebimento via precatório de requisição. Muitas mazelas do Judiciário são causadas por fatores exógenos, como a pletora de feitos ajuizados diariamente, em decorrência dos descompassos governamentais, em todas as áreas; a grande quantidade de recursos e sua utilização aviltada; a falta de lealdade processual das partes envolvidas, entre muitos outros. O Judiciário precisa de ajuda, não de detratores!
O Magistrado - Que análise faz do cenário político que vivemos hoje? O brasileiro deve sonhar com dias mais prósperos?
Neuza Maria - Sonhar é preciso, mas realizar é fundamental. O presente espaço não comporta análise do cenário político brasileiro, nem eu estou habilitada para tanto, vez que, segundo entendo, necessário seria dispor de informações fidedignas oriundas dos diversos ambientes que detêm o poder de decisão na condução das políticas públicas; para poder oferecer a avaliação solicitada, precisaria conhecer com profundidade as vontades políticas que dão o norte na direção dos destinos do país. Só me resta dizer que eu acredito num futuro melhor. Não sei quando, nem de que forma esse objetivo será alcançado, mas um caminho eu considero seguro: o do investimento em educação, maciçamente, corajosamente, comprometidamente, responsavelmente. Fora daí, ficaremos apenas no sonho.