Leia a matéria na Integra no : www.correionago.com.br
.
CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Nasce o Fórum Nacional de Religiosos de Matrizes Africanas
Leia a matéria na Integra no : www.correionago.com.br
Lançamento Cadernos CEAP - RJ
CONVITE
História e Cultura Negra em foco
O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas – CEAP, com o apoio do Grupo de Estudos Tornar Ser Negro e Negra – DENEGRIR, convidam para o lançamento do DVD “Cultura Negra, Resistência e Identidade” e a série Cadernos CEAP.
As publicações serão distribuídas gratuitamente para representantes de instituições que se cadastrarem antes e durante a realização do evento.
Programação
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Av. São Francisco Xavier, N° 524 - Auditório 93
DIA 01 DE JULHO. QUARTA-FEIRA, AS 18:30 h. DE 2009
18:30h. – Exibição do DVD Cultura Negra, Resistência e Identidade
19:30h. – Exposição e Debate: “O saber e o fazer Negro e a Lei 10.639/03”
- Professor Ivanir dos Santos
- Professora Conceição Evaristo
- Professor Carlos Alberto Medeiros
21:00h. – Lançamento da série Cadernos CEAP, autógrafos e coquetel.
Cadernos CEAP
- “O projeto político da/na escola: capilarizando a temática das africanidades brasileiras”. Azoilda Loretto da Trindade.
- “Movimento negro brasileiro: motor e ponta-de-lança da luta contra o racismo”. Amauri Mendes.
- “Religiões de matrizes africanas”. Edson Fabiano dos Santos.
- “Literatura Negra”. Conceição Evaristo.
- “Arte negra: pontos reflexivos para a compreensão das artes plásticas, música, cinema e teatro”. Celso Prudente.
- “Cultura afro-brasileira”. Helena Theodoro.
DVD “Cultura Negra, resistência e Identidade”.
- Direção: Ricardo Malta
- Roteiro: Jorge Melo
segunda-feira, 29 de junho de 2009
3°Encontro de Nacional de Graffiteiras - BA
O intuito do encontro é manter contatos entre graffiteiras brasileiras e sul-americanas em torno do graffiti, enfocar a discussão na participação feminina na arte de rua/urbana. pois sabemos que o graffiti está presente num ambiente predominantemente masculino e, por vezes, machista, onde a maioria das graffiteiras não tem contato com outras meninas para compartilhar suas experiências. Assim, a criação de um encontro nacional foi essencial para que algumas referências femininas no universo do graffiti se estabelecessem e, principalmente, para criar um espaço de diálogo entre as diversas meninas que pintam em todo o país.
A Rede GraffiteirasBr é um coletivo de jovens graffiteiras de todo o país, e algumas da América Latina, que surgiu no início de 2004 a partir de uma grande necessidade de trocas de informações e experiências entre garotas graffiteiras. No início foi criada uma lista de discussão na internet com a finalidade de aproximar, através da troca de mensagens e informações, graffiteiras que se encontravam distantes física e espacialmente, porém estavam submetidas às mesmas condições no universo do graffiti e do movimento hip hop.
Programação:
02/07 – Quinta-feira(ZAUBER MULTICULTURA)
19:00 – Palavra de mulher: Empoderamento da mulher no Hip-hop
20:30 - Coquetel de abertura do encontro.
03/07 – Sexta-feira(SEDE DA MAÇONARIA-PELOURINHO)
07:30 – Café da manhã;
09:00 – Apresentação
10:30 – Fortalecimento das Organizações de Mulheres. (S.O.S Corpo)
12:30 – Almoço
14:00 – Discussão e criação da carta de principios
19:00 – Fim das atividades
04/07 – Sábado(SEDE DA MAÇONARIA-PELOURINHO)
07:30 – Café da manhã;
09:00 – Oficina de WenDo
12:30 – Almoço
14:00 – Oficina de graffit com Viber(Belo Horizonte-MG) e DonaJoana(Brasília-DF)
19:00 – Fim das atividades
05/07 – Domingo(viaduto do politeama)
07:30 – Café da manhã
09:00 – Pintura e Sound Sistem com pausa para almoço às 14:00 hs.
ORGANIZAÇÃO
SISTA CREW
GRAFFITEIRASBR
MONICA (TOQUE FEMININO)
SISTAK
CEAO prorroga prazo de inscrição do Curso de Formação de Professores - BA
Mais informações: www.educacaoafrobrasil.ufba.br
Lançamento de livro e Mesa Redonda - RJ
C O N V I T E
Lançamento do livro
“ A SOCIEDADE NO MERCADO “
– Ensaios em torno do pensamento de Karl Polanyi -
Autor : Ailton Benedito de Souza
Local: Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH
Espaço Cultural Senador Abdias do Nascimento
Av. Mem de Sá, 35 – Lapa / Rio de Janeiro
CEP 22230-150 (Ao lado do Asa Branca ]
Data : 30 de junho de 2009 – 3ª feira
Horário: Início às 18:30 horas
Mesa Redonda sobre a temática do livro :
O povo brasileiro e a atual crise mundial
O autor Ailton Benedito de Souza receberá os convidados:
Carlos Alberto Medeiros – Coordenador de Promoção de Política da Igualdade Racial do Rio de Janeiro
Wilson Roberto Prudente – Procurador Ministério Público Federal do Ministério do Trabalho.
Apoio:
Centro de Pesquisas Criminológicas do Rio de Janeiro – CEPERJ
Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH
ONG Estimativa
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde realiza seminário para discutir políticas públicas de saúde - RJ
Atualmente a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde conta com mais de 36 núcleos espalhados pelo país e representações em 21 estados. Para atingir seus objetivos a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde vem realizando, desde a sua criação, uma série de capacitações, seminários e encontros nos estados e municípios com o objetivo de instrumentalizar e potencializar os saberes das lideranças de terreiros para o exercício do controle social de políticas públicas de saúde e a sensibilização de gestores e profissionais de saúde sobre os impactos do racismo e da intolerância religiosa no campo da saúde.
Mais informações através do e-mail semireligafro2007@yahoo.com.br ou redeterreirosaude@hotmail.com
quinta-feira, 25 de junho de 2009
CEAO(UFBA) inscreve para curso de formação de professoras(es) - BA
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Crônica da abordagem policial na Trezena do Santo Antonio Além do Carmo - BA
Salvador, 10 de junho de 2009.
“Nós somos diferença...nossas identidades
são as diferenças das máscaras.
(Foucault 1972,p.131)”
Crônica da abordagem policial na Trezena do Santo Antonio Além do Carmo
Nildes Sena
Arte-educadora, artista plástica e arte terapeuta, líder comunitária, e vivo capoeira angola.
Precisa-se rever o desdobramento da celebração de festa religiosa tradicional que é a Trezena de Santo Antonio Além do Carmo, pois o considerado lado profano desta manifestação cultural local que acontece no Largo do Santo Antonio Além do Carmo, tem se tornado palco para as diversas formas de violência, tanto a simbólica, quanto a física. Mas o constrangedor deste fato é que grande parte desta violência é cometida pelos membros da policia Militar da Bahia, que vem Cometendo diversas formas de violência contra os moradores da Comunidade local, em especial os moradores da Chácara Santo Antonio(discrimando por ser local de Ocupação residencial). Policiais que abordam com violência e até batem, indo mesmo ate a casa das pessoas e as desrespeitando por completo. Sem falar que os comerciantes ambulantes, jogam lixos e detritos na entrada da comunidade citada, e este ano nem sanitário químico tem. Deste modo os freqüentadores da festa usam como sanitário e também como Motel a entrada da citada comunidade, submetendo toda a população a situações de constrangimento. A policia deveria evitar esta situação, mas por ser preconceituosa e racista, termina por reforçá-la com sua prática.
Na noite de terça feira, nove de junho de 2009 (09/06/2009), por volta das 23:40, quando eu, Ivanildes Teixeira de Sena(Nildes Sena), vinha saindo da comunidade da Chácara Santo Antonio, local onde tenho residência, fui violentamente abordada por policiais militares. Me senti bastante ameaçada. Eram três homens e uma mulher que se dizia sargento, e por tanto com direito de me abordar daquela forma. Quando sai no portão de acesso a comunidade, joguei o lixo no local apropriado e continuei andando na direção da igreja católica, quando percebi um movimento estranho de quatro policiais correndo em minha direção, eu fiquei extremamente assustada porque eles avançaram contra mim e tentavam pegar meus pertences, eu perguntava o que esta acontecendo e tentava mim proteger deles. Perguntei insistente o que estava acontecendo, pois enquanto caminhava um deles chegou mais perto e tentou puxar a mochila das minhas costas então todos avançaram contra mim, eu recuei e perguntei mais uma vez. A policial veio tentando me puxar, afastei, ela ordenou que colocasse as mãos no muro inclinado do Forte Santo Antonio, onde pratico Capoeira Angola e faço parte do grupo do Mestre João Pequeno de Pastinha, o segurança que me conhece ficou olhando lá de cima, sem ação. Ela disse ainda que ficasse de costas, eu disse que não tinha como por as mão no muro, estava com o celular em uma das mãos, ela ousou pedir que colocasse no chão, eu disse: não vou fazer isso, e o saco plástico com um edredom e uma sobrinha na outra mão. Um dos policiais repetia que eu não tinha motivo para resistir, pois estava sendo aborda por uma policial feminino. Não atendi, pois estava deveras assustada, ela tomou o saco, verificou-o deixando cair no chão a sombrinha, a essa altura a mochila permanecia em minhas costas, acho que permanecia nas costas. Ela tentou desnecessariamente afastar meus pés, eu resisti e um dos policias tentou torcer meu braço para trás, eu o puxei e eu perguntei para ela, “o que isso que sou colega está fazendo?” Então ele parou. Como eu não parava de falar da violência que estava sofrendo, ela ficou irritada e enquanto fazia o “baculejo”, puxou bastante o meu cabelo, comecei a chorar de raiva, mais o constrangimento era tamanho e vontade de explodir, que eu retomei o controle choro e continuei a discutir com todos eles.
Ela tentava me convencer que era normal fazer aquela abordagem e eu disse que desde de quando se dissesse o motivo da abordagem e a mesma não fosse agressiva. Pois eu conheço muito bem as leis e meus direitos. Ela então começou a dizer que eu estava sendo abordada para a minha própria segurança. Então eu disse para ela que informação dever ser enquanto ou antes da abordagem ,legalmente falando. Eu a encarei muito, assim como um policial negro que permanecia ao lado dela. Isso os deixou bastante irritados, ela afirmou que eu não conhecia o código penal brasileiro, e que segundo o código, o direito individual estava sendo cercado pelo bem do coletivo, que eu estava desrespeitando-a como autoridade e que mim levaria para o módulo policial, eu neguei a afirmação dela, disse que conhecia o código penal sim e pedi que então mim levasse na mesma hora para o módulo, eles desconversaram. Ela já mais calma e eu mais racional, porém muito indignada com a situação, insisti que não fazia sentido ser desrespeitada daquela forma, perguntei se queriam ver meus documentos e ela começou a verificar minha mochila e perguntou se tinha algo perfuro cortante, simplesmente olhei para ela e perguntei, com ênfase ”o que?”. Ela fez um gesto infantil de olhar para cima com descaso.
O estúpido policial perguntou, Porque você está tremendo? Respondi bem perto do rosto dele. Porque sou uma Cidadã e tão profissional quanto o senhor, o senhor quer ser abordado desta forma?, ele insistia; a senhora esta dificultando...
Eu - Dificultando? Estou sendo desrespeitada, violentada, eu moro aqui... Querem ver meus documentos ? comprovante de residência?. Nem reposta eles davam, pareciam surdos.
Diante de tantos questionamentos e resistência, a policial tentava se justificar, e eu disse que isto não é humano e continuei falando da violência deles. O embate comigo e eles foi muito seguro e demorado, acredito que eles começaram a ficar com receio de mim machucar, pois nem sei como não mim machucaram fisicamente, porque psicologicamente e simbolicamente eles mim feriram muito. A certa altura começou a não fazer sentido a agressividade toda deles em relação a mim porque respondi sempre da mesma forma como falavam comigo. Quando ela abiu minha mochila tirou as roupas (duas blusas) de forma a expo - las o máximo possível, para agredir pareceu-me, eu a ignorei e ela chamou minha atenção que eu deveria acompanhar a verificação da bolsa, que diga-se de passagem, foi feita da maneira mais estúpida possível. Fiquei tentada a sugerir que ela lesse o livro que estava na mochila que é “Rediscutindo a mestiçagem no Brasil, identidade brasileira versus identidade negra, organizado por Kabengele Munanga.” e minha agenda da UNEGRO, é impressionante o quanto ela ficou desapontada e começou a mudar de atitude , pois na agenda da UNEGRO estava bem visível a palavra “NEGRO”, Eu disse que aquela atitude deles era absurda, ela disse que eu era suspeita e sai de um lugar suspeito. Eu não resisti e perguntei, “todo negro é suspeito então?”, ela disse que eu a estava acusando-a de racismo, que ela é mestiça que a vó dela é negra e falou lá outros parentescos, que poderia me processar por calunia, eu neguei e mostrei que estava sendo constrangida, calunia não seria, pois, a situação mostrava isso. Isto porque ela se acredita branca, muito embora eu via na minha frente uma não branca. E quase começamos a discutir outra vez.
Retomei a palavra com ênfase e disse, não estou dificultando nada, apenas sei que esta não é esta a forma correta de abordagem. Ela passou a mão na arma, não sei com que propósito, deu as costas e foi em busca de mais uma vitima, antes mesmo que eu me refizesse arrumasse a mochila e saísse andando eu os vi correndo literalmente correndo atrás de um homem negro que andou em direção a entrada da Comunidade em pauta.
Entrei em estado de choque, chorei durante mais de uma hora sem parar, não conseguia se quer ligar para familiares ou amigos. Liguei o computador e comecei a relatar esta fato. E confesso que ate agora não sei como eles não me mataram, pois reagi a cada gesto ou palavra deles, e sei que ainda corro risco de ,morte ou de nova abordagem por provocação.
Isto retrata exatamente o que podemos considerar como desconstrução de identidade, propondo de forma nem tão tanto subjetiva, de que todo negro é marginal e ignorante. Esse “Preconceito racial de Marca”, como define Oracy Nogueira, está estabelecido e nacionalmente institucionalizado, logo aqueles policiais estão respaldados para agirem de tal maneira. O que mais me chocou nesta abordagem é a forma da violência simbólica aliada a física, uma construção social muito estruturada do negro marginal, bandido. A um poder de convencimento institucionalizado, preparado para convencer os negros e negras de que somos inferiores. Causa perplexidade pensar o quanto é naturalizada esta ação de violentar pessoas, seres humanos.
Segundo comentários de Roberto Cardoso de Oliveira em (Des)Caminhos da Identidade, temos o que se pode denominar de caráter, entendido como” o resultado da acumulação histórica”, como uma “variável abstrata” de conteúdo psicológico, põem central na construção simbólica da cidadania.
Salvador, 10 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Programação da II CONAPIR
Durante quatro dias, Brasília será o centro das discussões sobre as políticas para um país mais justo sob o ponto de vista das relações étnico-raciais. É a II Conferência Nacional de Igualdade Racial (II CONAPIR), que de 25 a 28 de junho reunirá cerca de 1.500 pessoas de todo o Brasil no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Nos painéis e grupos de trabalho, o Poder Público e os movimentos sociais vão debater temas que vão desde a titulação de terras quilombolas até as cotas no ensino superior, passando pelo respeito às religiões de matrizes africanas, programas de saúde específicos para a população negra e o combate ao racismo institucional.
As demandas específicas dos povos indígenas e de etnia cigana também serão debatidas na II CONAPIR. A Conferência terá seis eixos centrais: Terra; Educação; Trabalho e Renda; Segurança e Justiça; Saúde e Políticas Internacionais.
Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, e demais autoridades do Governo Federal, a abertura solene da II CONAPIR terá início às 18h do dia 25.
Os delegados, eleitos em etapas municipais, regionais, estaduais e também na Plenária Nacional de Comunidades Tradicionais, estarão reunidos diariamente entre 9h e 18h para aprofundar o debate em torno das propostas encaminhadas à Comissão Organizadora, atualmente em fase de sistematização. O relatório final da II CONAPIR será apresentado e votado na plenária final, no dia 28, entre 14h e 18h.
PROGRAMAÇÃO
Dia 25/06 (QUINTA-FEIRA)
Credenciamento dos delegados – das 8h às 15h
Almoço – das 12h às 14h
Credenciamento dos suplentes – das 15h às 17h
Abertura solene e atividade cultural – das 18h às 20h – com a presença do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
Jantar – 21h
Dia 26/06 (SEXTA-FEIRA)
Ato interreligioso – das 8h às 8h30min
Plenária de discussão e aprovação do Regimento Interno e do Regulamento – das 9h às 12h
Almoço – das 12h às 14h
Painéis simultâneos* – das 14h às 18h
Atividades no Espaço de Convivência – 18h30min**
Jantar – das 18h às 20h
Dia 27/06 (SÁBADO)
Grupos de trabalho – das 9h às 12h
Almoço – das 12h às 14h
Grupos de trabalho (continuação) – das 14h às 18h
Jantar – das 18h às 20h
Atividade cultural – 21h
Dia 28/06 (DOMINGO)
Plenária – 9h
Almoço – das 12h às 14h
Plenária – 14h
Encerramento – 18h
*PAINÉIS SIMULTÂNEOS
PAINEL I
O Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano Nacional de Saúde Integral da População Negra
As políticas de atenção à saúde das populações tradicionais
Avanços e desafios das políticas de saúde para as mulheres
• Nilcéa Freire – Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres
• Ana Maria Costa – Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa do Ministério da Saúde
• Dra. Jurema Werneck – Coordenadora geral da ONG Criola (RJ)
• Deputado Ricardo Quirino, membro da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados
Moderadora – Profª. Drª. Maria Inês Barbosa – Docente da Universidade Federal do Mato Grosso e coordenadora do Programa de Gênero, Raça e Etnia da UNIFEM/ Brasil e Cone Sul
PAINEL II
O sistema educacional brasileiro e as políticas educacionais de promoção da igualdade racial
O Plano Nacional de Implementação das Leis nº 10.639/ 03 e nº 11.645/ 08
A cultura como instrumento de promoção da igualdade racial
• Fernando Haddad – Ministro da Educação
• Juca Ferreira – Ministro da Cultura
• Profª. Drª. Petronilha B. G. e Silva – Docente da Universidade de São Carlos (SP) e relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais do Conselho Nacional de Educação/ Ministério da Educação
• Representante da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados dos Deputados
Moderadora – Profª. Marilândia Espinosa Frazão – Coordenadora pedagógica para a implementação das Leis nº 10.639 e nº 11.645 da Secretaria de Educação de Osasco (SP) e integrante do Conselho Municipal de Educação de Osasco
PAINEL III
As políticas de emprego e renda e a promoção da igualdade racial no mercado de trabalho
A Previdência Social e as comunidades tradicionais
• Carlos Roberto Lupi – Ministro do Trabalho e Emprego
• Valdir Moysés Simão – Presidente do Instituto nacional do Seguro Social (INSS)
• Prof. Dr. Mario Theodoro – Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
• Deputado Vicente Paulo da Silva – membro da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados
• Ademir Figueiredo – Economista, coordenador de Estudos e Desenvolvimento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
Moderador – João Carlos Nogueira – Sociólogo, consultor PNUD/ SEPPIR e ex-coordenador do Núcleo de Estudos Negros
PAINEL IV
Direito à terra e à habitação como política de inclusão sócio-étnico-racial
• Márcio Fortes – Ministro das Cidades
• Guilherme Cassel – Ministro do Desenvolvimento Agrário
• Ministro José Antônio Dias Toffoli – Advogado Geral da União (AGU)
• Profª. Drª. Raquel Rolnik – Docente da Universidade de São Paulo e relatora da ONU para o direito à moradia adequada
• Representante da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados
PAINEL V
A justiça e a segurança para as populações em situação de vulnerabilidade social
As políticas para a juventude e a prevenção e redução da violência
• Tarso Genro – Ministro da Justiça
• Beto Cury – Secretário Nacional da Juventude
• Dra. Silvia Nascimento Cardoso dos Santos – Presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade da Ordem dos Advogados do Brasil
• Deputado Luiz Alberto – Membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados
PAINEL VI
Democracia e Superação do Racismo no Século XXI
• Celso Amorim – Ministro das Relações Exteriores
• Zulu Araújo – Presidente da Fundação Cultural Palmares/ Ministério da Cultura
• Embaixador Martin I. Uhomoibai – Presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU
• Adama Samassekou – Secretário Executivo da Comissão da União Africana e Presidente da Academia de Letras Africanas
• Wade Henderson – Presidente da Conferência de Lideranças em Direitos Civis
• Epsy Campbell – Integrante do Comitê Internacional de Seguimento de Durban
• Monica Aleman – Coordenadora do Fórum Internacional de Mulheres Indígenas
Moderador – Carlos Alberto Ivanir dos Santos – Pedagogo e secretário executivo do Centro de Articulação das Populações Marginalizadas (CEAP)
Atividades no Espaço de Convivência da II CONAPIR
Sexta-feira (26/06), a partir das 18h30min
• Lançamento do livro “A construção de uma política de promoção da Igualdade Racial: uma análise dos últimos 20 anos” – Organizado por Luciana Jaccoud, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com o apoio da SEPPIR e da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
• Diálogo com o Sistema ONU – Debate das agências do Sistema ONU com a sociedade civil e gestores públicos.
Fonte: Comunicação Social da SEPPIR/ PR
domingo, 21 de junho de 2009
Ferramenta interativa para identificar financiadores de projetos
El Índice de Donantes a América Latina ayudará a los donantes y las ONG a identificar aliados y colaboradores para potenciar su trabajo en la región.
Esta es la primera vez que una herramienta de este tipo se encuentra en un sólo lugar. La herramienta interactiva disponible en Internet incluye una base de datos contiene 547 donantes en América Latina y el Caribe. Constituye un valioso aporte para ayudar tanto a los donantes como a las ONG a identificar posibles alianzas con organizaciones o individuos interesados en financiar proyectos en la región. Los datos están organizados para identificar a los donantes por área geográfica, sector de interés y tema relacionado a sus contribuciones y otras variables.
El Índice de Donantes es una puerta abierta para conocer el trabajo de organizaciones filantrópicas en temas de interés compartidos y zonas geográficas en donde las organizaciones pueden detectar esfuerzos e intereses similares. Con esta herramienta, el BID y AVINA buscan promover agendas comunes entre los donantes y las organizaciones de la sociedad civil a fin de contribuir al progreso de la región.
Asimismo, la creación de la herramienta busca un espíritu de colaboración y mayor transparencia y rendición de cuentas según la información compartida por los donantes a través de este nuevo medio.
Esta herramienta está disponible en inglés y estará disponible en español y portugués en las próximas semanas.
Para más información consultar directamente el sitio: http://www.lacdonors.org/
sexta-feira, 19 de junho de 2009
UFRB promove "Curso de Formação sobre Políticas para a Diversidade" - BA
Módulo III
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EQUIDADE ( 17 de setembro de 2009)
Problematiza o atual cenário nacional, as políticas públicas para a promoção da equidade (na educação, saúde, economia e cultura) e o debate multicultural.
| Convidado(s) | Local /Horário |
Palestra: Experiências Internacionais de Combate às Desigualdades
| Clóvis Zimmermann, Doutor em Sociologia pela Universitat Heidelberg (Ruprecht-Karls), relator nacional para o Direito à Alimentação e Terra Rural e professor do CAHL/UFRB. | F. Hansen Bahia 17/09/09 – 9:00 h |
Mesa redonda: Políticas Públicas, Equidade e Desigualdades para a Equidade
| Denize Ribeiro Doutoranda no Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Foi coordenadora do GT de Saúde da População Negra na Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. É professora do CCS/UFRB. Jucileide Nascimento mestre em Política Social pela Universidade de Brasília, integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Seguridade Social e Trabalho ( GESST). Faz parte da atual diretoria do CRESS-BA. É coordenadora do Colegiado do Curso de Serviço Social e professora do CAHL/UFRB. Rita Dias Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia. Pró-Reitora de Assuntos Estudantis e Ações-Afirmativas da UFRB e Professora do CAHL/UFRB. | F. Hansen Bahia 17/09/09 – 14:00 h |
Debate (filme): “Abdias do Nascimento – Memória Negra”
| Antonio Liberac Doutor em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). | F. Hansen Bahia 17/09/09 – 19:00 h |
Inscrições gratuitas no CAHL (anexo do Colégio Estadual da Cachoeira) ou com o Prof. Osmundo Pinho. O curso é aberto a professores, estudantes, servidores técnico-administrativos e demais interessados.
PRÓ-REITORIA DE POLÍTICAS AFIRMATIVAS E ASSUNTOS ESTUDANTISTel: (75) 3621-9624
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Preconceito e desempenho escolar
Concurso de fotografia "África em nós"
África em Nós é tema de campanha fotográfica
Com curadoria do fotógrafo Walter Firmo, ação da Secretaria de Estado da Cultura selecionará fotografias sobre a presença africana na cultura brasileira; as 100 melhores fotos serão publicadas em um livro e farão parte de uma exposição no Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro
As 100 melhores fotos, escolhidas por uma comissão julgadora liderada por Walter Firmo – premiado fotógrafo brasileiro que deu início à sua trajetória profissional em 1957, no jornal “Última Hora”, e sempre se dedicou a imagens com temática social –, serão publicadas em um livro/catálogo e vão também integrar uma exposição, dentro da programação cultural do Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro.
Serão aceitas imagens em qualquer formato, tamanho e mídia entre 9 de junho a 15 de setembro. Cada participante pode mandar até 10 fotos para o site da campanha www.africaemnos.com.br, junto com o termo de autorização de uso de imagem. Já as fotos em papel devem ser encaminhadas para a Caixa Postal 13888, CEP: 01216-970, São Paulo/SP.
Para o Secretário de Estado da Cultura, João Sayad, a ação vai valorizar a importância da herança africana para os brasileiros. “Ao enviar suas fotos, os participantes vão demonstrar como essa cultura está presente e faz parte do nosso dia-a-dia”, explica.
Todas as fotografias enviadas à Secretaria ficarão expostas no site da campanha e, após o encerramento do prazo, serão avaliadas pela curadoria da campanha, com apoio da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura . Para a seleção das melhores fotos, serão utilizados critérios como: concordância com o tema definido na campanha; criatividade; originalidade; estética; qualidade fotográfica (técnica); relevância da mensagem de prevenção e qualidade informativa.
“Esta é a chance de mostrarmos toda a nossa diversidade, valorizar a nossa herança africana e todas as outras que hoje estão junto a ela”, afirma Leandro Rosa, assessor de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria. “Acho que esta campanha é um grande exercício, e esperamos receber cerca de 50 mil fotos”, diz.
Para divulgar a campanha, a SEC distribuirá 30 mil cartazes, ilustrados com fotos de autoria de Walter Firmo, além de 200 mil folders que trazem o regulamento da campanha e a ficha de inscrição para o envio de fotos pelo Correios. As peças serão distribuídas em diversos pontos da capital, como estaç� �es do Metrô e CPTM, agências do Poupatempo, museus, Sabesp, Secretaria de Estado da Saúde, da Fazenda e Educação, EMTU, unidades do PROCON e agências da Nossa Caixa e do Acessa SP.
Outra novidade na campanha deste ano é a proposta de interatividade. O site www.africaemnos.com.br terá uma construção evolutiva, apresentando novidades e funcionalidades ao longo da ação. Ao entrar na página, o internauta poderá se atualizar sobre a campanha e conferir notícias sobre Brasil e África no “Blog Baobá”. Além disso, a campanha será divulgada em diversas comunidades sociais da Internet, como Twitter, Orkut, Flicker entre outros.
“Participar da campanha África em Nós significa que eu vou sem ear aquilo que o meu trabalho mostrou ao longo desses anos, que nada mais é do que apresentar a África no Brasil. Essa campanha é o reencontro do que somos, todos os brasileiros são marcados pela africanidade – seja na música, na gastronomia, no jeito alegre de ser. Cada um tem uma África dentro de si. E o mais importante é que todos podem participar dessa campanha, independente da cor dos olhos ou do quanto liso é o seu cabelo. Buscamos o congraçamento, a aglutinação de todos os brasileiros em torno do tema”, finaliza o curador da campanha, Walter Firmo.
Curso História, Cultura e Arte Iorubá - BA
PROF. DR. BABATUNDE LAWAL
Nascido na Nigéria, Babatunde Lawal graduou-se em Artes Plásticas na Universidade de Nsukka, Nigéria. Possui Mestrado e Doutorado em História da Arte pelas Universidades de Indiana (EUA). Ensinou por vários anos na Universidade Obafemi Awolowo, em Ile-Ifé (Nigéria), onde foi fundador e Chefe do Departamento de Belas Artes e Diretor da Faculdade de Artes. Atualmente é Professor de História da Arte no Virginia Commonwealth University, em Richmond, Virginia (EUA). Também foi professor visitante das Universidades de Harvard (Massachusetts) e de Columbia (New York), Dartmouth College (New Hampshire), Michigan State University (East Lansing), Kalamazoo College (Michigan), Harare Polytechnic (Zimbábue), Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal da Bahia – UFBA.
LOCAL:
AUDITÓRIO DO CPDER (Atrás do prédio do mestrado).
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
CAMPUS I
Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:
BIBLIOTECA DA PÓS-GRADUAÇÃO
PROFA. HILDETE
TEL: (71) 3117.2448
PERÍODO: DE 06 A 10 DE JULHO DE 2009
HORÁRIO: 14 ÀS 18 H
VALORES: ESTUDANTES R$ 25,00 / OUTROS R$ 50,00
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Haitianos querem saída de tropas brasileiras
17/06/2009 - 13h31
No Senado, haitianos pedem que missão liderada pelo Brasil acabe
MARCELA CAMPOS
da Folha Online, em Brasília
"Um fracasso" é como o haitiano Frantz Dupuche, membro da Papda (Plataforma Haitiana em Defesa de um Desenvolvimento Alternativo) , qualifica a atuação da missão de paz liderada por tropas do Brasil naquele país, há cinco anos.
"Viemos informar os senadores brasileiros que o desempenho da Minustah [Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti] é um fracasso por não cumprir sua meta de estabilizar o país. Trouxemos fotos de zonas com
hospitais e escolas que foram bombardeadas com gás [lacrimogêneo] pelos soldados da ONU", afirmou.
Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, Dupuche afirmou que uma delegação de trabalhadores haitianos, da qual faz parte, chegou ao Brasil nesta terça-feira (16) para denunciar excessos perpetrados pelos soldados das tropas da ONU (Organização das Nações Unidas).
O Brasil tem 1.200 soldados dos 7.000 no país da América Central. "O que queremos é nossa soberania. Se essa tropa não está ajudando, que se vá", disse Dupuche à Folha Online. Ele diz que a violência civil não diminuiu após a intervenção das tropas. "Pelo contrário, aumentou o mercado de drogas. E não se sabia o que eram sequestros antes de 2004."
Há também relatos de desaparecimento de pessoas, de exploração de mão-de-obra infantil e de repressão violenta a greves e a mobilizações sindicais pela polícia local, referendada pelas tropas da Minustah, de acordo com o diretor do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio), Aderson Bussinger, que esteve no Haiti em 2007.
"É um quadro, moral e psicologicamente, de uma ocupação de militarismo exacerbado, que, a meu ver, não tem nada a ver com uma missão humanitária."
Sandra Quintela, integrante do movimento social internacional Jubileu Sul, ainda acusou as tropas de, no começo deste mês, terem reprimido violentamente manifestações por aumento do salário mínimo na capital Porto Príncipe. De acordo com Quintela, dezenas de estudantes universitários foram presos ou ficaram feridos, e um deles foi baleado na cabeça.
O salário mínimo haitiano é de 70 gourdes, o equivalente a menos de R$ 100 por mês. O valor é o mesmo desde 2003, a despeito do aumento no custo de vida desde então.
Além de Dupuche, compareceram ao Senado Carole Pierre Paul-Jacob, dirigente da organização Solidariedade das Mulheres Haitianas, e Didier Dominique, membro da Central Sindical e Popular Batay Ouvriyer. O trio, trazido ao Brasil a convite da Conlutas, Jubileu Sul, MST, Intersindical e setores do Movimento Negro, também terá audiência no Itamaraty.
Gastos
"Os haitianos poderiam resolver os próprios problemas", opina Dupuche. "A Minustah gasta cerca de US$ 560 milhões de dólares por ano. Nesses cinco anos, já foram quase US$ 3 bilhões. Queremos que esse dinheiro seja usado para contratar médicos, professores. "
Os números de Dupuche não condizem com os do Ministério da Defesa, que contabiliza gastos de cerca de R$ 577 milhões em mais de quatro anos de atuação --de junho de 2004 a dezembro de 2008.
Outro lado
O Ministério das Relações Exteriores defende a Minustah e diz que ela possui um caráter multidimensional, além do consentimento por parte do governo do Haiti. "A Minustah [...] não trata só da segurança, vai além das funções de monitoramento de acordos de cessar fogo, abrange a reinserção social de grupos armados, a promoção dos direitos humanos e a criação de um ambiente propício para investimentos e desenvolvimento" , diz Gilda Motta Santos Neves, chefe da Divisão das Nações Unidas no MRE.
Para Neves, a "presença do Brasil no Haiti atende a um princípio de não-indiferenç a, de solidariedade, que complementa o princípio da não-intervenção". Segundo a diplomata, houve avanços desde 2004, como a realização de eleições e queda nos índices de criminalidade. "Hoje a polícia já circula em áreas onde antes não podia."
De acordo com a diplomata, vai haver uma substituição gradual das tropas por uma presença civil e, posteriormente, a retirada completa da missão, "o que é o objetivo de todos nós". Ela apontou áreas em que há intensa cooperação bilateral, como saúde da mulher, recolhimento e processamento de lixo e formação profissional.
Gilda relatou que, desde 1956, o Brasil participou de mais de 30 operações de paz da ONU e que o uso da força só se dá sob autorização do Conselho de Segurança da instituição.
---
Tobossis: Virando a Mesa
Tobossis Virando a Mesa é um programa online semanal que vai ao ar todas as quartas-feiras nos sites youtube.com, vidilife.com e tantos outros, além do nosso blog. Diante da ausência de programas que privilegiem e destaquem as lutas, conquistas e desafios da Mulher Negra no campo midiático, Tobossis decide virar a mesa e ocupar um dos campos determinantes no processo de construção identitário: o campo da Imagem, da Comunicacao, portanto. Demarcamos aqui um dos territórios no qual a voz da mulher negra será ouvida e respeitada, afim de estabelecer o diálogo com outras mulheres e homens, negros ou não, a partir do nosso lugar, olhar e percepção de mundo.
Tobossis Virando a Mesa dá continuidade a luta de Lélias, Mahins, Rosas, Bells, Marias, Menininhas, Senhoras, Ciatas, Franciscas, Jandiras, enfim, todas as mulheres negras, reconhecidas ou não, que lutaram da maneira que foi possível para que chegássemos até aqui.
Com temas variados, Tobossis conta com a participação de três negras mulheres para virar a mesa: a estudante e esteticista Marah Akin, a jornalista e poetisa Mel Adún e a jornalista e musicista Víviam Caroline.
Idealizado e realizado pelo grupo Abará Tabuleiro da Comunicação, Tobossis Virando a Mesa nasce com a intenção de também chacoalhar a rede!
Veja os programas já exibidos:
Ser Mulher Negra - 28 de maio 2009;
Afro-Balzac; E agora 30? - 5 de junho de 2009;
Juventude Negra - 11 de junho de 2009
http://tobossis.blogspot.com/
De onde surgiu o nome Tobossis: as Tobossis são energias femininas e infantis, cultuadas na Casa das Minas no Maranhão. Muitas pessoas tendem a confundir as Tobossis com os Êres (energias infantis), comuns nas religiões de matriz africana.
As Tobossis pertenciam a nobreza africana – da antiga Dahome, atual Benin. A líder das Tobossis se chamava Nochê Naé, a grande matriarca da família Davice, ancestral da família real de Dahome (família do Abomey), considerada por eles, a mãe de todos os Voduns.
Para receber uma Tobossis era necessário uma iniciação específica. O principal Vodun da casa escolhia um grupo de filhas de santo, as voduncirrês, formando assim o Barco das Meninas ou Barco das Novidades, preparatório para a feitura das Tobossis.
Depois de iniciadas, as filhas de santo se tornavam vodunsi - gonjaí. Ao contrário dos Êres, uma Tobossi só vinha em uma determinada gonjaí. Quando a mesma morria, sua Tobossi nunca mais voltava. O último barco que se tem conhecimento foi de 1913/1914 e a última gonjaí faleceu na década de 70. Desde então nunca mais se teve notícias das Tobossis ‘em terra’.
O visual das Tobossis também era singular; usavam saias coloridas, pulseiras feitas com búzios e coral e uma manta de miçangas coloridas. Gostavam de brincar e dançar, além de passar dias incorporadas.