O repórter Bernardo Mello Franco, de “O Globo”, escreveu que a “Câmara dos Deputados aprovou ontem uma versão esvaziada do Estatuto da Igualdade Racial”. Na mesma reportagem, o ministro Edson Santos afirmou que “o grande avanço é que ele não vai gerar conflito”. (O Globo, p. 11.)
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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
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sábado, 12 de setembro de 2009
É o racismo, estúpidos (Edson Cardoso)
O repórter Bernardo Mello Franco, de “O Globo”, escreveu que a “Câmara dos Deputados aprovou ontem uma versão esvaziada do Estatuto da Igualdade Racial”. Na mesma reportagem, o ministro Edson Santos afirmou que “o grande avanço é que ele não vai gerar conflito”. (O Globo, p. 11.)
Colóquio Centro de Estudos Afro-Orientais - BA
50 Anos de estudos africanos, afro-brasileiros e asáticos na Bahia. 29 e 30 de setembro de 2009
O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) completa, em 2009, 50 anos de dedicação à pesquisa e ação comunitária na área dos estudos afro-brasileiros e das ações afirmativas em favor das populações afro-descendentes, bem como à área dos estudos das línguas e civilizações africanas e asiática. A relevância do Centro de Estudos Afro-Orientais é amplamente reconhecida no plano nacional e internacional. Seu pioneirismo nas missões de estudo e intercâmbio com países da África antecipou as iniciativas recentes do governo brasileiro e das agências de fomento à pesquisa (Capes, CNPq) de estímulo às conexões entre o Brasil, a África e a Ásia. O Colóquio CEAO: 50 ANOS tem o intuito de propiciar a ampliação de diálogos e debates entre pesquisador@s brasileir@s e estrangeir@s sobre as culturas africanas e sobre as relações etnicorraciais, e estimular a reflexão sobre o futuro do CEAO como referência na área dos estudos étnicos e africanos no contexto local e global.
PROGRAMAÇÃO
DIA 1 – TERÇA, 29 DE SETEMBRO 2009
15:00 h - ABERTURA
HOMENAGEM AOS EX-DIRETORES E EX-FUNCIONÁRIOS DO CEAO
16:00 h. - Conferência de Abertura
Título: O CAMPO DOS ESTUDOS AFRICANOS NO BRASIL
Conferencista: Prof. Kabenguelê Munanga (Centro de Estudos Africanos - USP)
LOCAL: Anfiteatro da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBa (TERREIRO DE JESUS – Centro Histórico)
. 18:00 h.- DESCERRAMENTO DE PLACA COMEMORATIVA
. 18:30 h. - LANÇAMENTOS
. ÁFRICA NEGRA. História e Civilizações,Tomo I., de Elikia M’bokolo;
. O Poder dos Candomblés. Perseguição e Resistência no Recôncavo da Bahia, de Edmar Ferreira Santos;
. Martiniano Eliseu do Bonfim. Um Príncipe Africano na Bahia. Cadernos da Memória, Volume 1, de Marcos Santana;
. Revista Afro-Ásia n.38;
. Mapeamento dos Terreiros de Salvador (CD), Jocélio Teles dos Santos (Coord.).
LOCAL: AUDITÓRIO MILTON SANTOS – CEAO (Lgo. 2 de Julho)
DIA 2 – QUARTA, 30 DE SETEMBRO 2009
9:00 h. – Exibição seguida de debate do Filme "Agostinho da Silva - Um pensamento vivo" de João Rodrigo Mattos - 2006 - (Brasil-Portugal) - 96 min. Filme documentário realizado pelo neto do fundador do CEAO, apresenta o percurso biográfico do humanista português, retratando desde sua infância, passando pelas obras que escreveu durante seu auto-exílio de 25 anos no Brasil, e indo até sua morte, em Portugal, em 1994.
11:00 h. – Mesa Redonda – A UNIVERSIDADE E AS POLÍTICAS PARA AS COMUNIDADES NEGRAS
12:30 h. - ALMOÇO
14:00 h: Mesa Redonda - OLHARES SOBRE O BRASIL E A BAHIA – Prof. Eakin Marshall (Associação de Estudos Brasileiros; Vanderbilt University), Prof. Yussuf Adam (Univ. Eduardo Mondlane, Moçambique) e Prof. Ralph Cole Waddey (Mestre em Economia e Estudos Latino-americanos, University of Florida; pesquisador da música brasileira).
16:00: Conferência de Encerramento – Percepções da Bahia do final do Século XX: A Conexão CEAO
Conferencista: Prof. Anani Dzidzienyo (Africana Studies, Portuguese Brazilian Studies, Brown University – USA)
18 HS – COQUETEL (Carurú)
LOCAL: Anfiteatro e área externa da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBa (TERREIRO DE JESUS – Centro Histórico)
REALIZAÇÃO: CEAO - UFBA
APOIO:
FAMED - UFBA
FFCH – UFBa
PATROCÍNIO:
FAPESB
Fundação Pedro Calmon
BAHIAGÁS
DESENBAHIA
PETROBRÁS
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Aprovado o Estatuto da Igualdade Racial na Câmara Federal
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Mãe Stella de Oxóssi recebe título de Doutora Honoris Causa - BA
Palestra "Racismo, violência e globalizacao" - SP
No ano da França no Brasil, supermercado Francês agride negro Brasileiro
PALESTRANTES:
Prof. Kabengele Munanga (USP)
Prof. Dennis de Oliveira (USP)
Mara Punho Negro (Pão e Rosas)
Douglas Belchior (Uneafro)
Maria José (Sintusp)
Profa. Dilma de Melo Silva (ECA)
LOCAL: Espaço Aquario da Historia - USP (Cidade Universitária)
Quinta-feira (10/09/09), as 18hs.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Sindjors realiza seminário internacional sobre os indicadores da negritude nos meios de comunicação - RS
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul - Sindjors realiza nos dias 17 e 18 de setembro próximo, no Salão Nobre da Associação Rio-grandense de Imprensa - ARI o 2º Seminário Estadual O Negro na Mídia - a Invisibilidade da Cor, nesta edição, tendo como tema Indicadores da Negritude e os Meios de Comunicação e o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodada dos Censos de 2010. A entrada é franca e as inscrições estão abertas até o dia 15/09, podendo a ficha de inscrição ser solicitada através do e-mail: secretaria1@jornalistasrs.brte.com.br. Os eventos são uma produção do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileiros e marcam a parceria do Sindjors com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher Unifem, Centro de Informação das Nações Unidas - UNIC e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA. Com tradução simultânea, o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodadas dos Censos 2010 já tem confirmada a presença de convidados do Equador, Colômbia, Porto Rico e Espanha.
De acordo com Jeanice Dias Ramos, integrante da diretoria do Sindjors e coordenadora do Núcleo, um dos objetivos do Seminário é refletir sobre o que significa para os profissionais da mídia ter em mãos informes e indicadores sobre a população negra, ou seja representa a oportunidade de dominar com maior propriedade a temática étnica racial. Ela, também, alerta que os eventos são abertos para o público em geral e as inscrições devem ser feitas de imediato para garantir lugar, já que a procura tem sido grande nestes últimos dias".
VISIBILIDADE - Sobre o Encontro Latino-americano de Comunicação, Jeanice Ramos enfatiza que o seminário é parte da estratégia de assegurar a visibilidade estatística de afrodescendentes na região das Américas e no Brasil, como uma ação política que garanta a coleta e análise de dados desagregados por raça/etnia nos censos de 2010/2012 e, igualmente, verificar o impacto dessas alterações na produção de dados e indicadores socioecnômicos.
A desagregação de dados por raça/etnia pode resultar, segundo a coordenadora do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileirpos , no aperfeiçoamento das políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, de acordo com os compromissos assumidos pelos Estados da região e reiterados na Conferência de Revisão de Durban, realizada em Genebra, em abril de 2009.
Esta iniciativa do Sindjors se integra aos esforços de garantir a ampliação dos direitos humanos da população negra através do enfrentamento do racismo, como determinam o Plano de Ação de Durban e as orientações do Comitê sobre Eliminação da Discriminação Racial - CERD, bem como instalar uma agenda de interlocução com jornalistas e comunicadores e sociedade civil.
O Seminário O Negro Na Mídia Invisibilidade da Cor terá abertura no dia 17/9, quinta-feira, às 18h30min, no Salão Nobre da Associação Rio-grandense de Imprensa ARI com prosseguimento, no mesmo local, no dia seguinte, 18/9, às 8h30min e reunirá representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA (DF); do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (DF); Centro de Informação das Nações Unidas UNIC (RJ); Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Seppir (DF) e Empresa Brasil de Comunicação EBC (DF) e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher Unifem (DF).
Programação
17 de setembro de 2009 - Seminário Estadual O Negro na Mídia a Invisibilidade da Cor
Das 18h30min às 22h
18 de setembro de 2009 - Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodada dos Censos de 2010
Das 8h30 às 10h - Painel I Afrodescendentes e a Rodada dos Censos de 2010
Das 10h30 às 12h - Painel II Raça e Etnia nos Censos do Brasil, Pesquisas e Indicadores sobre a População Negra
CONVIDADOS/CONFIRMA DOS
Eloi Ferreira de Araújo - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Seppir
Mário Lisboa Theodoro - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA
Maria Inês Barbosa -Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher Unifem
Ana Lucia Sabóia - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Giancarlos Suma - Centro de Informação da ONU
José Carlos Torves - Federação Nacional de Jornalistas - Fenaj
Eliane Cavalleiro - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN
Cristian Guevara - Federação de afrodescendentes iberoamericanos - Fedafro - Espanha
Esaud Noel - Presidente da Associação Nacional de Jornalistas Afrocolombianos - Colômbia
Julio Rivera - Jornalista de Porto Rico
Mais informações com: Jeanice Dias Ramos - 51 91.17.33.90 - jeanice_ramos@ hotmail.com
Vera Daisy Barcellos - Jorn. Reg.Prof.3.804 - 51.913.56.435Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros /Sindjorsveradaisyb@yahoo. com.br
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
CLAUDIA entrevista Luiza Bairros
domingo, 6 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Criada a primeira secretaria indígena
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
PL dos Heróis dos Búzios tem Relator da Bahia
HISTÓRICO - A Revolta dos Búzios, também chamada de Revolta dos Alfaiates, Revolta das Argolinhas ou Inconfidência Baiana aconteceu em 12 de agosto de 1798 em Salvador. João de Deus, Lucas Dantas, Manuel Faustino e Luis das Virgens foram os heróis e mártires da Revolta dos Búzios. Entre 12 e 25 de agosto de 1798 os quatro foram presos. No dia 7 de novembro de 1799 foram enforcados na Praça da Piedade, também na capital baiana.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Deputado Federal Luiz Alberto (PT/BA)
Brasília: Daniela Luciana (DRT/BA 1998)
61 3215-5954 / 61 8179-9316 - daniela.silva@camara.gov.br
Salvador: Naiara Leite (DRT/BA 2823)
71 2223-9149 / 71 8229-8159
Curso Cinema Negro - DF
São oferecidas 15 vagas abertas a toda comunidade com direito a certificado de extensão. As inscrições vão de 8 a 11 de setembro e o curso tem carga horária de 60 horas-aulas. As aulas serão ministradas no Centro de Convivência Negra, ao lado da Prefeitura do campus, toda sexta-feira das 14:00 às 18:00.
Para se inscrever basta comparecer no Núcleo de Promoção da Igualdade Racial – NPIR/DEX – 1º andar do Prédio da Reitoria.
Informações: NPIR/DEX – Telefone 3307-26 10 ramal 24 – Contato com Fabiana Paiva e Fabiana Antonia, ou pelo e-mail: igualdaderacial@unb.br.
Mídia e Ação Afirmativa: A Construção de uma Opinião Pública
Programa:
Dia 9 de setembro – quarta-feira
13h00 – Abertura
Dr. André Fontes - Desembargador Federal ...
Carlos Alberto Medeiros – Coordenador da CEPIR
14h30 - Coffee break
15h00 – 16h:30 - Painel I, Debates e Encerramento
Acadêmicos contra a ação afirmativa: uma análise da argumentação pública
João Feres Júnior
Mídia e Ação afirmativa
Julio Tavares
Dia 10 de setembro – quinta-feira
13h00 – Painel II
A revista Veja no debate das cotas
Verônica Toste Daflon
Intelectuais e ação afirmativa no Globo
Luiz Augusto Campos
14h30 - Coffee break
15h00 – 16h:30 - Paine III, Debates e Encerramento
A constitucionalidade das políticas de ação afirmativa: critérios adotados pela jurisprudência brasileira
Cláudio Pereira S. Neto
Considerações sobre Mídia & Direito no Brasil
Luiz Fernando Martins da Silva
Local: Centro Cultural Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, n. 241, Centro (Saída Pedro Lessa da estação Cinelândia do METRÔ)
Informações: 3261-2550. Inscrições: no local, na hora do evento
Organização: AJUFE, AJUFERJES, GEMAA, IUPERJ, SEPPIR, CEPIR, COMDEDINE
Salvador se mobiliza para o Grito dos Excluídos - BA
Em Salvador, a mobilização para o Grito está envolvendo diversos bairros populares da cidade, com os Pré-Gritos da Semana Social, que acontecem entre os dias 31 de agosto e 03 de setembro. A caminhada do Grito acontece logo após o desfile oficial, do Campo Grande à Praça Castro Alves. Em Aracaju, a caminhada parte da Praça da Catedral, às 11h, passa pela Assembléia Legislativa e segue até a Praça da Bandeira. Em Sergipe, a manifestação também acontece no município de Boquim, pela manhã, protagonizada pela Cáritas de Estância e movimentos sociais.
O principal objetivo do Grito dos Excluídos é denunciar todas as formas de exclusão e as causas profundas que levam o povo a viver em condições de vida precárias. Cada vez mais, as entidades e movimentos de defesa e promoção de direitos vêm investindo na atividade como forma de denunciar o modelo de desenvolvimento e crescimento econômico que resulta em desigualdade social, miséria, violência e devastação ambiental. Além disso, estas organizações buscam revelar alternativas de desenvolvimento que sejam pautadas na organização e participação popular e que têm como princípio a convivência com os biomas, a segurança alimentar, a economia solidária, a equidade de gênero, etnia e geração, dentre outros.
O papel da Semana Social é envolver as comunidades numa reflexão mais aprofundada sobre os problemas que afligem a cidade e o país. Na Bahia, a abertura está prevista para as 19h da próxima segunda-feira (31/08), no auditório do Centro Bom Pastor (Garcia), em Salvador. Os Pré-Gritos acontecem nos dias 01, 02 e 03 de setembro, em acampamentos e comunidades de Salvador e região metropolitana: Mata Escura, Alto do Peru, Pau da Lima, Centro Histórico, Água de Meninos, Cajazeiras, Jardim Eldorado, Tororó e Acampamento do MSTB, na BR 324. Os Pré-Gritos são momentos preparatórios em que as comunidades organizam oficinas sobre diversas temáticas. O resultado das oficinas é exposto de forma lúdica no encerramento da Semana Social e na caminhada do Grito.
O Grito dos Excluídos é uma ação organizada pelos movimentos e entidades populares. O Fundo Nacional de Solidariedade, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira são alguns dos apoiadores. Para a assessora da Cáritas, Cátia Cardoso, o tema da organização popular será trabalhado num momento crucial. “Os movimentos e organizações sociais estão numa condição de fragilidade e fragmentação”, disse.
Quem precisar de informação e material deve fazer contato pelo telefone (71) 33568013 ou pelo e-mail caritasne3@caritas.org.br
Alunos de escola pública nao aprendem História da África
Consulta em três capitais mostra que a formação de professores para essa área continua ineficiente quase quatro anos após a aprovação da lei que inclui no currículo escolar o ensino de história e cultura africana.
A sanção da lei 10.639 - que inclui a temática História e Cultura Afrobrasileira e Africana no currículo escolar - foi uma das primeiras medidas do governo Lula, em janeiro de 2003. Quase quatro anos depois, no entanto, organizações envolvidas com educação e igualdade racial avaliam que, apesar dos avanços, ainda é necessário mais empenho para superar as barreiras de "500 anos de história equivocada."
Embora altere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a lei 10.639 ainda não é conhecida por muitas escolas, fato admitido pelo próprio diretor de ações afirmativas da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do governo federal, Jorge Carneiro. "O governo assumiu essa agenda, da promoção social. É uma agenda histórica, que enfrenta dificuldades. São 500 anos de dívida cultural", justifica. Segundo ele, estão atualmente em discussão maneiras de levar a lei para todos os municípios do Brasil, através de avanços na sua divulgação e implementação.
Em fase de finalização, uma consulta realizada pela ONG Ação Educativa nas séries de Educação Infantil e Fundamental II de 15 escolas públicas revela que, apesar de já haver material sobre o tema e de ele ser conhecido por professores e funcionários - como bibliotecários, por exemplo -, ainda não há impacto sobre os alunos.
"A formação do educador não pode contemplar só a questão dos conteúdos, mas discutir como o racismo se manifesta na escola, os conceitos de discriminação e racismo, além de procurar abordar valores", propõe Camilla Croso, coordenadora pela Ação Educativa da consulta. Só assim, ela defende, será possível preparar devidamente os professores para abordar o tema em sala de aula. A pesquisa foi aplicada em Salvador (BA), Belo Horizonte (BH) e São Paulo (SP) em parceria com Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (Ceafro-UFBA), Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) e Movimento Interforuns de Educação Infantil do Brasil (Mieib).
Maria Luiza Passos, educadora do Ceafro que acompanhou a consulta em Salvador, ressalta que a maioria dos professores não teve acesso a um conteúdo aprofundado sobre África nas escolas e faculdades, fato que dificulta a aplicação do tema. "Até há pouco tempo, nós estudávamos Egito como se fosse fora da África", lembra. "Queremos uma formação de qualidade em todos os níveis, que traga a percepção de África enquanto berço civilizatório da humanidade. Não é só para falar do continente pela musicalidade e culinária, porque no Brasil isso vem sendo feito há quase 500 anos..."
A equipe que está analisando os resultados da consulta - que envolveu professores, funcionários, estudantes e pais - também percebeu um grande potencial de aplicação do assunto na sala de aula. Em relação à pergunta do questionário "o que você gostaria de saber sobre história e cultura africana?", as crianças deram respostas variadas, demonstrando curiosidade por rituais, pela arte, pela maneira como as crianças brincam na África, como lidam com a morte etc. "Isso é incrível, revela que elas estão abertas para saber mais sobre o tema e que existem diferentes maneiras de abordá-lo", analisa Camilla Croso.
Um terceiro dado da consulta já identificado é a grande distância dos pais em relação à escola, algo que dificulta a implementação de políticas educacionais. Os questionários aplicados incluíam uma pergunta sobre a vivência de situações de preconceito ou de conflito racial na escola. Cerca de dois terços dos professores e a mesma parcela dos alunos disseram que sim, que já haviam vivenciado situações desse tipo. Já os pais, por sua vez, responderam não ter conhecimento de situações do gênero no ambiente escolar. Para Croso, isso mostra uma lacuna na comunicação entre pais, filhos e escola. "É importante que o debate das diretrizes e das problemáticas dessas questões também envolva os pais."
A pesquisa está sendo finalizada e seu lançamento está previsto para março de 2007. Serão abordados pontos como a diferença entre as três capitais no tratamento da questão racial e uma análise mais profunda sobre as possibilidades e os limites para a implementação da lei 10.639.
Séculos de dívida
Para Maria Luiza Passos, houve investimento governamental para viabilizar a implementação da lei, mas é preciso mais. "Ela entrou em vigor em 2003 e observamos que alguns livros didáticos ainda tratam a História de forma equivocada, a partir do ponto de vista do colonizador", analisa. Ela cita como exemplo a abordagem da Abolição da Escravatura e do aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, transformado em Dia da Consciência Negra. Por outro lado, a educadora pondera que "coisas bacanas aconteceram, como a publicação de livros e da diretriz nacional da lei, que está sendo distribuída gratuitamente".
"O absurdo do Brasil é isso: tivemos que criar uma lei para que as crianças pudessem ter acesso à sua história", expõe Jorge Carneiro, do Seppir. Passos afirma que os estereótipos sobre a África só vão sumir quando houver conhecimento sobre o continente e suas influências. "O conhecimento faz com que educadores, jovens e crianças possam perceber que sua identidade existe para além do processo de escravidão", diz. "Isso pode gerar uma mudança de auto-estima importante. Esses outros olhares sobre a cultura africana precisam ser despertados.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
IV Seminário dos Malês na Diáspora Africano - RJ
13 30 ás 14:00 H
CREDENCIAMENTO
14:00: ÁS1430:H
ABERTURA
MODERADOR : DRA.CREUZELY FERREIRA / ALDEIR DIAS BERNARDO
EXECUÇÃO DO HINO NACIONAL E SURATA DE ABERTURA
14 :30 ÁS 15 : 15 H
PALAVRA DE SAUDAÇÃO DAS REPRENTAÇÕES INSTITUCIONAL E AUTORIDADES:
SR. MINISTRO EDISON SANTOS – SECRETARIA ESPECIAL DE POLITICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
ATRIZ ZÉZE MOTTA-PRESIDENTE DA SUPPIR
YEDO FERREIRA-FUNDADOR DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO
DR-CARLOS ALBERTO DE MEDEIROS-COORDENADORIA DE POLITICAS DE IGUALDADE RACIAL RJ
DR. PAULO ROBERTO DOS SANTOS – PRESIDENTE DE CEDINE-CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITO DOS NEGROS
CECILIA TEXEIRA SOARES – PRESIDENTE DO CEDIM,-CONSELHO ESTADUAL DO DIREITO DA MULHER)
BENEDITO SÉRGIO–REPRESENTANTE REGIONAL.RJ FUNDAÇÃO PALMARES
IVANIR DO SANTOS MEMBRO E FUNDADOR DE CEAP–(CENTRO DE ARTICULAÇÃO DE POPULÇÃO MARGINALIZADA
RONSANGELA FRANÇA – CDIAL -CENTRO DE DEVULGAÇÃO DO ISLAM NA AMERICA LATINA
MÃE FATIMA DAMAS – CEUB - CONGREGAÇÃO ESPIRITA UMBADISTA DO BRASIL
ALUFÃ ABDULLLAI SANIN ALEISO – PRESIDENTE DO ICAMMALÊS –IRMANDADE DOS CRÊOULOS AFRICANOS MUÇULMANOS MALÊS
15 15:H.
INTERVALO /CAFË SOCIAL
15 :30 ÁS 16:30:H
CONSTITUIÇÃO DA MESA TÉCNICA
HONERÊ AL-AMIN OADQ - POSSE-HAUSA – MNU – FARÁ A A PRESENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
IYA TORODY D`OGUN – ILE ASË ALA KORO WO AMALYRA
Dr. JESUS DO NACIMENTO – ADVOGADO, CONSULTOR E PROFESSOR
MOKOTA KINZANDEMBU KIAMAZA – MONABANTUMG (REPRISENTANTE DO MOVIMENTO NACIONAL DA NAÇÃO BANTO)
MÃE FATIMA DAMAS – CEUB - CONGREGAÇÃO ESPIRITA UMBADISTA DO BRASIL
ZÉZE D’NANAN – REPRESENTANTE DA SOCIEDADE BENEFICENTE CULTURAL RECRIATIVA (EGBE E WÉ MIMÓ
IVANIR DOS SANTOS REPRESENTANTE DO - CENTRO DE ARTICULAÇÃO DA POPULAÇÃO MARGINALIZADA (CEAP)
ALUFÃ ABDULLLAI SANIN ALEISO – PRESIDENTE DO ICAMMALÊS - IRMANDADE DOS CRÊOULOS AFRICANOS MUÇULMANOS MALÊS
17:00 AS 17:30H DEBATE
17:30 APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE DANÇA ( CIA DE DANÇA CORPAFRO)
18:00H-LANÇAMENTO DA CARTILHA CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E RACISMO .E DISCRIMINAÇÁO ËTNICO RACIAL
EXPOSIÇÃO 174 ANOS DE REVOLTA DOS MALêS - POSSE-HAUSA EM PARCERIA COM CDIAL E DEPTO DE CULTURA DE SãO BERNADO DO CAMPO- APÓS DO EVENTO A EXPOSIÇÃO SERÁ TRANFERIDA PARA O C. C.M. JUSÈ BONIFACIO, RUA PEDRO ERNESTO, GAMBOA ONDE VAI FICAR EXPOSTA AO PUBLICO DE 18/09 Á 25/09.
19::00 H
ENCERRAMENTO
.* ALUFÁ significa professor de religião em Yoruba e, é um nome das regiões de Ekiti State e Ondo State
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Oportunidade de participação de ONGs no processo seletivo do FIES
Podem ser inscritos programas de Educação Infantil (0 a 5 anos), Educação Ambiental (6 a 17 anos) e Educação para o Trabalho (14 a 24 anos). Além dos programas de atendimento direto às crianças, adolescentes e jovens, também podem ser inscritos programas de formação de educadores nestas três áreas de educação.
Serão selecionados 19 programas em todo o país, sendo que 3 receberão R$ 150.000,00 e 16 receberão R$ 100.000,00.
As inscrições estão abertas até o dia 11 de setembro, pelo site: www.itau.com.br/fies.
Contatos com:
Márcia Quintino
Fundação Itaú Social
Tel (11) 5019-8598 / 9656-7141
Fax (11) 5019-8898
marcia.quintino@itau-unibanco.com.brExibição do filme "Batatinha, poeta do samba" - BA
ESPAÇO UNIBANCO DE CINEMA
GLAUBER ROCHA
SALVADOR
Programação de 28/08 a 03/09/2009
Sala 2
BATATINHA – POETA DO SAMBA – EXIBIÇÃO DIGITAL
Direção: Marcelo Rabelo – Bahia – 2008 – 62 min. - Livre
Gênero: Documentário
Sinopse: Um dos mais importantes sambistas do Brasil, o baiano Oscar da Penha,
o Batatinha (1924 -1997), é visto aqui sob a perspectiva de seus nove filhos. São eles que vão atrás das memórias do pai, investigam a sua vida, história e obra e se encontram com familiares, amigos e músicos. Vemos um homem simples, compositor de um samba lamento carregado de poesia, cheio de facetas românticas, satíricas e que resgatavam a alma popular do povo baiano. Seus filhos, ao mesmo tempo em que reúnem fragmentos que revelam a história do pai, acabam conhecendo mais sobre ele, estabelecendo também elos fraternais importantes entre a própria família.
Horários: 15h30 – 18h
Sábado no Clube do Professor, onde professor não paga e pode trazer um acompanhante