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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mesa Redonda "Rio Vermelho, ontem e hoje" - BA




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Lançamento da coleção Retratos do Brasil Negro - BA

 
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lançamento do livro "Capoeira, identidade e gênero" - BA




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Augusto Leal /Josivaldo Oliveira
ISBN 978-85-232-0585-0
Editora EDUFBA - 2009
200 p. Com ilustrações

Capoeira, identidade e gênero: ensaios sobre a história social da capoeira no Brasil trata do processo de (re)invenção e afirmação das identidades produzidas na dinâmica da cultura afro-brasileira, com especial atenção para a experiência histórica da capoeira e sua relação com diferentes contextos vivenciados na sociedade brasileira. O livro é composto por 9 ensaios, divididos em 3 partes temáticas distintas. Na primeira parte do livro, intitulada: Capoeira, história e identidade, a capoeira é situada na produção da historiografia brasileira, nos manuais didáticos de história, assim como no debate político-ideológico que definia a sua participação, como prática simbólica afro-brasileira, no "projeto" de formação da identidade nacional. Na segunda parte, Personagens da capoeira na literatura brasileira, narrativas literárias são analisadas como registros das diferentes experiências sócio-culturais dos capoeiras tanto na Bahia quanto no Pará, através da produção romanesca da literatura brasileira. A terceira e última parte do livro - Gênero, cultura e capoeiragem - trata da experiência de mulheres no universo da capoeiragem, problematizando as possibilidades de pesquisas mais aprofundadas sobre este tema que tem custado tão caro à historiografia da capoeira no Brasil. Nesta parte do livro, é também apresentada para o leitor uma outra possibilidade de leitura da capoeira, a partir do discurso imagético de Gabriel Ferreira, artista plástico baiano que tem se destacado pela mágica de seus pincéis, ao dar movimento ao jogo da capoeira sobre as telas de madeira e algodão.
A reunião destes ensaios, visa demonstrar a importância da história da capoeira para a compreensão da história do Brasil. Além disso, permite uma reflexão acerca dos procedimentos metodológicos, domínios temáticos e crítica à documentação que devem estar voltados para qualquer pesquisa que venha a ser feita sobre a capoeira. 

Politicamente, os recortes em torno da identidade nacional, educação, historiografia, literatura, gênero e arte visam permitir ao leitor, de qualquer nível de formação e interesse, compreender o alcance da prática da capoeira na sociedade brasileira.
Retirar a capoeira de certo nicho, reduto marcado pelo exotismo, pela "folclorização" (com todo respeito pelos trabalhos de folclore) e de um campo mitológico empolgante, mas igualmente isolado e estigmatizado, para incorporá-la às questões maiores da formação da nacionalidade, da educação, da construção da identidade nacional.
Assim, (...) a capoeira finalmente se torna parte integrante da história do país, da sua face, da sua gênese, faceta antes percebida, mas nunca explicitada.
 

Do prefácio de Carlos Eugênio Líbano Soares
Universidade Federal da Bahia

O quê: Lançamento do livro Capoeira, identidade e gênero: ensaios
sobre a história social da capoeira no Brasil, escrito por Luiz
Augusto Pinheiro Leal e Josivaldo Pires de Oliveira.
Quando: 04 de dezembro, sexta-feira.
Onde: Espaço do andar térreo da Biblioteca Central do Campus de Ondina
Horário: 18:00 horas.

Respostas ao racismo: produção acadêmica e compromisso político em tempo de ações afirmativas - SP




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sábado, 21 de novembro de 2009

Seminário Recôncavo Contemporâneo - BA


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Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira - CULTNE


 
No site CULTNE - Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira você tem a chance de conhecer novos pontos de vista da história do nosso país, através de materiais inéditos em vídeo, em diversos momentos artísiticos e políticos, registrados ao longo de décadas. Além de assistir, você pode se cadastrar e baixar todo o conteúdo do site para seu computador, utilizando livremente o material em edições jornalísiticas, projetos estudantis, ou qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte.  

Site: http://www.cultne.com.br/

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cotistas permanecem nas universidades e têm bom desempenho

Luisa Torreão, do A TARDE, 20/11/2009
Margarida Neide / Agência A TARDE
Alunos cotistas da UFBA. Ao fundo, estátua de Zumbi dos Palmares
Alunos cotistas da UFBA. Ao fundo, estátua de Zumbi dos Palmares
O estudante negro cotista não só tem permanecido na faculdade como tem demonstrado desempenho igual – ou superior – aos demais alunos. Isso é o que mostram os dados da Universidade Federal da Bahia (Ufba), divulgados no mês passado, pelo Serviço de Seleção, Orientação e Avaliação, em referência à primeira turma ingressa pelo sistema de ações afirmativas, em 2005.
Ainda sem números concretos, uma pesquisa da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em andamento há um ano, antecipa conclusões similares, cujo resultado deve sair em março. “As taxas de evasão dos cotistas são relativamente menores e o desempenho é bastante semelhante. Há casos, nas ciências humanas, acima da média”, atesta  Wilson Mattos, pró-reitor de pós-graduação.
Na Ufba, entre estudantes na faixa mais alta (7,6 a 10), cotistas apresentaram notas melhores em cursos como ciências da computação, engenharia elétrica, química, fonoaudiologia, enfermagem, farmácia e comunicação. Em medicina, há uma diferença: no 9º semestre da turma de 2005, 86,7% dos cotistas tiveram desempenho entre 7,6 e 10, perante 91,7% dos não-cotistas.
Quando o assunto é reprovação por falta, não é diferente. Em engenharia elétrica, apenas foi reprovado 0,19% dos cotistas, contra 2,71% dos demais. Em comunicação, perderam 9,48% dos que entraram por cotas e 11,21% do restante. Só em medicina, foi reprovado 1,19% dos cotistas, diante de apenas 0,17% dos não-cotistas.
Em nove cursos de prestígio (entre eles arquitetura, engenharia e direito), a taxa de jubilamento de cotistas foi zero. “O argumento de que o cotista abandonaria não tem consistência analítica”, diz o Jocélio Teles, pesquisador do Centro de Estudos Afro-Orientais e coordenador do Fórum Interinstitucional em Defesa das Ações Afirmativas. “Os dados são positivos e mostram que a adoção de cotas promoveu a democratização do ensino, sem perda de qualidade”, analisa Teles.
O reitor Naomar de Almeida diz que a qualidade da Ufba cresce: “Começamos a dar uma virada. A mudança no perfil do alunado trouxe a diversidade”.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eventos da SEMUR lembram o 20 de Novembro - BA


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IPCN 35 Anos - RJ






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Uma Escola de Formação Política"

PROGRAMAÇÃO

Fotos do Folder: Jörg Trettler

MESTRE DE CERIMÔNIA:
Adagoberto Arruda
– Professor, Ator e Diretor Administrativo e de Patrimônio do IPCN

DIA: 23 DE NOVEMBRO DE 2009


O IPCN HOMENAGEIA
PAI AMARO DE XANGÔ,
MÃE BELINHA DE OXÓSSE E
PAI ZÉZINHO DA BOA VIAGEM,
como Mantenedores da Tradição das Matrizes Africanas.


18:00h 1ª Mesa – Abertura do Seminário com saudações das autoridades.

- Representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
- Hildézia de Medeiros - Superintendente Executiva dos Conselhos Vinculados da Secretaria de Estado de Ação Social e Direitos Humanos - SEASDH
- Paulão Santos - Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro
- Cecília Teixeira Soares - Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
Mediadora: Aduni Benton – Diretora do Documentário "IPCN 35 Anos! Uma Escola de Formação Política", Diretora Artística da Cia. É Tudo Cena!, membro da UNEGRO

· 18:45h - MOMENTO PARA O CAFÉ

19:00h 2ª Mesa – A INFLUÊNCIA DO IPCN NO COMBATE AO RACISMO NACIONAL

- João Jorge –
Mestre em Direito Publico pela UnB, advogado e Presidente do Olodum

- Gevanilda Silva – Mestre em Sociologia Politica PUC / SP
- Milton Barbosa – Membro fundador do MNU / Bacharelando em Economia na USP
- Teresa Santos - Atriz, Diretora de Teatro, Filósofa e Militante do Movimento Negro
- Juarez Xavier – Jornalista - Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura, Membro fundador da UNEGRO
- Amauri Mendes – Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Educaçao pela UERJ, Professor de Sociologia da UEZO – Ex-Presidente do IPCN
Mediador: Luiz Eduardo NEGROGUN  – Produtor Cultural, Presidente do COBRA e Presidente Regional do Movimento Negro do PDT

DIA: 24 DE NOVEMBRO DE 2009

● 18:00h 1ª Mesa – A CONSTRUÇÃO DO MOVIMENTO NEGRO NO RJ – DÉCADAS DE 70/80



- Yedo Ferreira –
Bacharelando de Matemática pela UFRJ / Membro Fundador do IPCN / Membro Fundador do MNU

- Suzete Paiva - Professora e Membro da UNEGRO
- Ana Felipe - Pós-graduada em Filosofia // Coordenadora do Memorial Lélia Gonzalez // Fundadora do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN // Presidente da Associação de Estudos e Atividades Filosóficos - SEAF
- Wilson Prudente – Procurador do Ministério Público do Trabalho
- Edialeda Salgado – Médica e Presidente Nacional do Movimento Negro do PDT
- Jorge Coutinho – Presidente do Sindicato dos Artistas e Presidente do PMDB Afro.
Mediadora: Angélica Basthi - Jornalista

● 19:45h – MOMENTO PARA O CAFÉ

20:00h 2ª Mesa - EXPERIÊNCIAS DE GESTÃO, CONQUISTAS, DIFICULDADES E LEGADOS




- Benedito Sergio – Representante da Fundação Cultural Palmares no Rio de Janeiro

- Orlando Fernandes - Capitão, Mecanico de Manutençao de Aeronaves e Mecanico Ferramenteiro, Publicitario e Produtor Gráfico, antigo militante do partidão e fundador do PDT, fundador do IPCN e GRANES Quilombo

- Paulo Roberto dos Santos – Professor e Assessor Especial da Superintendência de Igualdade Racial - SEASDH

- Abgail Páschoa – Militante Histórica do Movimento de Mulheres e Homens Negros

- Sebastião Soares - Pós Graduado em Historia da África

- Amauri Silva – Diretor do Centro Cultural José Bonifácio

- Maria Alice Santos – Produtora Cultural e Presidente do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras - IPCN

Mediador: Júlio Tavares – Antropólogo

Clique nas imagens acima ou no link do nosso blog:
http://institutodepesquisadasculturasnegras.blogspot.com/


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Justiça do Rio considera constitucional lei de cotas em universidades

Publicidade
DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio


O Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio declarou na tarde desta quarta-feira que a lei estadual (5.346/2008) que instituiu o sistema de cotas para ingresso nas universidades estaduais é constitucional. Por maioria de votos, os desembargadores acompanharam a posição do relator da ação direta de inconstitucionalidade, desembargador Sérgio Cavalieri, que afirma que a norma aprovada pela Assembleia Legislativa não fere o princípio da igualdade.
A lei, que entrou em vigor em dezembro de 2008, beneficia estudantes carentes negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, portadores de deficiência física e filhos de policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço. O prazo de validade da lei, segundo a Justiça, é de dez anos.
A ação, com pedido de liminar, foi proposta pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro. O argumento do deputado em sua ação era de que a lei era discriminatória e demagógica.
Em maio deste ano, ao examinar o pedido, o Tribunal de Justiça suspendeu os efeitos da lei. No mês seguinte, diante de uma questão de ordem suscitada pelo governo do Estado, e para evitar prejuízos aos estudantes que já estavam inscritos nos vestibulares deste ano, os desembargadores decidiram que a suspensão entraria em vigor a partir de 2010.
De acordo com o TJ, nesta quarta-feira, ao julgar o mérito da ação, o desembargador Sérgio Cavalieri --que participou de sua última sessão no Órgão Especial em razão de sua aposentadoria-- adotou em seu voto os pareceres da Procuradoria Geral do Estado e da Procuradoria de Justiça em favor da constitucionalidade da lei.
"A igualdade só pode ser verificada entre pessoas que se encontram em situação semelhante. Há grupos minoritários e hipossuficientes que precisam de tratamento especial. Se assim não for, o princípio da isonomia vai ser uma fantasia", afirmou o desembargador.
Ainda segundo o relator, não há igualdade formal sem igualdade material. Defendeu ainda que ações afirmativas como as cotas e a reforma do ensino básico não são medidas antagônicas. O relator classificou ainda de "simplista a afirmação de que a política de cotas fomentaria a separação racial".
 

Seminário "No embalo da identidade: o reggae na Bahia" - BA

Seminário Permanente com Pesquisadores Baianos




Fabricio dos Santos Mota
Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia da Bahia
Mestre em Estudos Étnicos e Africanos
pela Universidade Federal da Bahia

Maria Bárbara Vieira Falcón
Mestra em Estudos Étnicos e Africanos
pela Universidade Federal da Bahia

Coordenação
Antonio Jorge Victor dos Santos Godi
Universidade Estadual de Feira de Santana
Mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea
pela Universidade Federal da Bahia


data e horário:
quinta-feira
26 de novembro de 2009
16:00h


local:
Fundação Clemente Mariani
Rua Miguel Calmon , 398
Ed. Conde Pereira Marinho
Comércio - 40015-010 - Salvador BA


inscrições e informações:
(71) 3243 2491 | 3243 2666
academico@fcmariani.org.br
Entrada franca mediante inscrição

Caminhada na Liberdade no dia 20 de Novembro - BA


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Palestras "Arte negra: literatura e cinema" - BA


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CEAO(UFBA) é convidado para atividades culturais em Milão

O CEAO participa das atividades do mês da consciência negra promovidas pelo Istituto Culturale Brasile Itália, situado em Milão, com uma exposição da mostra fotográfica Terreiros de Salvador que reúne imagens e documentos do projeto Mapeamento dos Terreiros de Salvador, aberta no dia 4 de novembro, e uma conferência do Prof. Jocélio Teles dos Santos sobre o tema “O Centro de Estudos Afro-Orientais: Projetos e Interfaces com a Comunidade Negra na Bahia, 1959- 2009” , que se realizará no dia 27 de novembro. Esta atividade integra ainda as comemorações do cinqüentenário do CEAO e tem apoio do Consulado do Brasil em Milão, Itália.

III Desfile de Moda e Penteados Afro - BA

Especializao em Educao a Distncia
CONVITE
O Mais Social através do Programa Mais Futuro – Projeto Culturarte convida V. Sa. para o “O III DESFILE DE MODA E PENTEADOS AFRO”, o objetivo é promover homenagem ao DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA possibilitando a crianças, adolescentes, idosos e convidados, vivenciarem de forma artística e cultural a sua própria história, pois os estereótipos sobre a África só vão sumir quando houver conhecimento e consciência sobre o continente, suas influências, uma vez que só o conhecimento contribuirá para que percebamos que nossa identidade existe para além do processo de escravidão.
Pensando nesta perspectiva, o Mais Social através do Programa Mais Futuro  promove com os alunos das Oficinas de dança, música, customização e convidados uma atividade para celebrar e refletir o 20 de novembro, colocando em evidência a estética do vestuário e cabelos típicos da cultura afro-brasileira.

                                                                               Profª. Silvia Rita de Cerqueira
                                     PROGRAMAÇÃO
      
 15:00h -  Abertura: Diretoria Mais Social
       
       15:15 – Oficina de Música  – Mais Futuro
           - ORQUESTRA DE XEQUERÊ
      
       15: 30h - Grupo Eterna Juventude – Centro Histórico
               - Desfile: BELEZA NEGRA MELHOR IDADE             
     
       15:45h Condicionamento Físico e Dança – Mais Futuro
                             - III DESFILE DE MODA AFRO
    
      16:00h –  Grupo de Dança Afro Jogo de Ifá - GDAJI
- Coreografia: ÁFRICAS


            16:15h –  Desfile Cabelo e Moda Afro - NEGRA JHÔ
    
      16:30h  - Oficina de Dança Mais Futuro
                         - III DESFILE DE PENTEADOS AFRO

      17:00h  - Encerramento:
- Banda Percussiva Jogo de Ifá    


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Políticas públicas para as mulheres negras de Salvador é tema de debate no Centro de Referência Loreta Valadares - BA


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A Superintendência de Políticas para as Mulheres, através do Centro de Referência Loreta Valadares, promove um debate sobre “Políticas públicas para as mulheres negras de Salvador: Ações e Perspectivas”. Representantes de entidades públicas, associações de mulheres, lideranças comunitárias e sociedade em geral participam do encontro no próximo dia 19 de novembro, a partir das 09h., no CRLV.
A atividade da “Quinta Temática” integra a programação de aniversário do Centro de Referência e dá início à Campanha Nacional dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres que, na Bahia, começa mais cedo em ocasião do 20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra.
Entre as convidadas para a discussão destaca-se a Professora Vilma Reis, socióloga e coordenadora executiva do CEAFRO – Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero, Adriana Nascimento, gestora do FIEMA – Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afro-descendentes e Luciana Mota, representante da Fundação Cultural Palmares na Bahia.
Confira nossa programação de aniversário e participe!
Contamos com sua presença!

Mobilização contra o extermínio da juventude negra - BA


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O Fórum Nacional de Juventude Negra
realiza no período
de 21 a 23 de novembro

a mobilização regional
contra o extermínio da juventude negra.



O evento ocorre na cidade de Salvador e contará com a participação da juventude negra de outros estados do país, sobretudo da região nordeste. A juventude negra cansou de ser tratada como apenas alvo preferencial do extermínio, agora lutamos pela defesa de nossas vidas!

Programação

Dia  21
·         9 às 12h - Mesa de abertura
·         Local: Sede da OAB
·         15 às 22h - Arte Negra em defesa da vida e da liberdade
·         Local: Praça Pedro Arcanjo
 Dia 22
·         9 às 12h - Debate sobre os aspectos do extermínio 
·         Local: Colégio Central
·         15 às 22h – Arte negra em defesa da vida e da liberdade
·         Local: Praça Pedro Arcanjo
 Dia 23
 ·         9 às 12h – Ato publico contra o extermínio
·         Local: Praça da Piedade

Participe!

Fonte: Memória Lélia Gonzalez

Vilma Reis fala em CPI da Câmara

Pesquisadores negros depõem na CPI da Violência Urbana em Brasília
“Nós não nascemos para enterrar os mais novos” (Vilma Reis)
Por Jamile Menezes*
 
Djair Santana de Jesus, negro, 16 anos, estudante do ensino fundamental, com mãe negra chefa de família, foi assassinado pela Polícia Militar da Bahia, na comunidade do Alto da Esperança, na região das Sete Portas, sob a acusação de ter trocado tiros com os policiais da ROTAMO. As mulheres que protestaram a sua morte foram covardemente espancadas e sua tia, dona Jaciara Santana, foi baleada nas nádegas..” Esta realidade se repete em Salvador e na maioria das cidades brasileiras. Segundo dados da UNICEF, até 2012 33 mil mães em todos os estados brasileiros não verão seus filhos completarem 18 anos.

O quadro acima foi relatado pela socióloga Vilma Reis em seu depoimento na audiência pública da CPI da Violência Urbana, realizada na Câmara de Deputados, em Brasília, na última quarta – feira (11). Convidada para depor junto ao coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ, Marcelo Paixão, Reis apresentou ao relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o relatório da Campanha Reaja ou Será Mort@!, desenvolvida por membros do movimento negro organizado em Salvador, que traz registros da violência e do extermínio perpetrado por agentes da Policia Militar baiana nos últimos anos. São prisões sem investigação, mortes sem julgamento listadas no documento que comporá a relatoria da CPI. “Diante do fracasso da Conseg, o Estado não tem o que nos dizer. A Câmara e o Congresso precisam ser a porta que estimule um nível mínimo de debate com a população negra, que é quem está morrendo”, pontuou Vilma Reis. De acordo com estatísticas expostas pelo economista Marcelo Paixão, a probabilidade de um jovem negro na faixa dos 17 aos 24 anos morrer em conseqüência da violência urbana está acima da casa dos 100% superior a de um jovem branco da mesma idade no Brasil. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) dão conta de que, em dois anos (2006-2007), 59.896 negros foram assassinados e é entre 10 e 24 anos a faixa etária onde se constata a maior diferença entre o número de homicídios de negros e brancos.

Homens e mulheres - Outros dados que fragilizam essa juventude também foram apresentados no depoimento do pesquisador, como o desemprego e o da escolaridade que revela que cerca de 90% dos jovens negros com idade para cursar o ensino superior estão fora das universidades. No quesito gênero, o disparate continua. “Quando analisamos homens e mulheres, constatamos que, durante o ano escolar médio, por exemplo, em uma turma que comece equilibrada (meninos e meninas negras), ao final, teremos a grande maioria, quando não sua totalidade, formada apenas por meninas. Para onde foram aqueles jovens?”, questionou Paixão. Para o pesquisador, o trabalho da CPI não pode estar dissociado destes indicadores. “Se a discussão sobre racismo não for incorporada nas reflexões dos deputados desta Comissão, será difícil chegar a um entendimento desta realidade de extermino que vivenciamos”, pontuou.
Segundo dados de pesquisa realizada pela socióloga Vilma Reis em 2007, e apresentada em seu depoimento, estes jovens estão perdendo, em média, 44 anos de vida. “Este modelo policial é incompatível com a nossa existência. Já ouvimos dos chefes de segurança nos estados que nós, mulheres negras, estamos parindo bandidos, como foi dito pelo governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, de que “se tiver que tombar um, que seja do lado de lá”, como publicizou o secretário de segurança da Bahia, Cesar Nunes. É uma máquina estatal voltada, secularmente, para matar negros e que se une a outras para legitimar esse extermínio”, disse Vilma Reis. A pesquisadora refere-se, dessa forma, a algumas emissoras de TV na Bahia que, através de programas ditos “populares”, tem exposto os denominados “suspeitos”, “atuando como Polícia, julgando as pessoas, que são negras, violando todo e qualquer tipo de direito humano desses homens e mulheres”. Mesmo com veiculação proibida pelo Ministério Público, os programas continuam sendo exibidos, com a conivência, inclusive, dos próprios delegados de polícia que permitem a entrada e o interrogatório dos presos por parte das equipes de reportagem. “Queremos que esta CPI possa intervir para que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre essas emissoras e o MP seja cumprido. Elas devem ser identificadas e chamadas para depor aqui. Brigamos por produções regionais na TV mas não podemos concordar com a diária criminalização da maioria local como é feita por estes programas contra a população negra”, frisou Vilma Reis.

“Licença pra matar” - Outro ponto colocado na agenda da CPI foi o Ato de Resistência, instrumento utilizado pela Polícia à época da Ditadura Militar. Na avaliação da socióloga Vilma Reis, o mesmo vem sendo usado pela Polícia baiana como uma verdadeira “licença para matar”. “Podemos dizer que, na Bahia, no que se refere à segurança pública voltada para a população pobre, majoritariamente negra, a Ditadura continua vigente pois um instrumento erguido por ela continua se valendo como ferramenta de legitimação e oficialização da matança”, enfatizou, solicitando ainda a investigação da Comissão quanto ao fato.
Para o deputado federal Luiz Alberto, que também compõe a CPI, as contribuições dos convidados devem ser levadas a todos os deputados da Comissão, que deverão resultar em proposições viáveis de políticas públicas e não apenas em recomendações. Programas como o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) também foram colocados em pauta. “O PRONASCI não pode ser agenda da Secretaria Segurança Pública (SSP), ele deve dialogar com outras secretarias como a Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), pois a SSP não consegue pensar em políticas que não sejam criminalizadoras da população negra, que é seu alvo direto. É preciso inverter esta lógica. A negritude de Djair está em cada um de nós, portanto a linha que separa cada pessoa negra da possibilidade de ser assassinada pelas polícias é muito tênue. Não queremos mais seminários para diagnosticar o óbvio, nem apenas cursos inócuos de formação em Direitos Humanos para policiais. Em um Estado com 77% de habitantes negros, não vamos morrer em silêncio, de bruços e com as mãos na cabeça, exterminados pelos tiros de misericórdia do Estado”, concluiu Vilma Reis que, “paradoxalmente”, como destacado pelo deputado e relator da CPI, Paulo Pimenta, junto ao pesquisador Marcelo Paixão foram os únicos negros, até o momento, convidados a depor desde a instalação da Comissão em agosto.

* Jornalista/BA
Fonte: Irohin

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Seminário "Respeito aos mais velhos" - BA



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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Espetáculo Rosário estréia no dia 20/11 - BA

Estréia dia 20 de Novembro, data de celebração da consciência negra.
 
O espetáculo Rosário é inspirado na simbologia da coroação de reis negros, sempre viva nos congados mineiros e em outros folguedos brasileiros. O acontecimento cênico revela aspectos da formação das identidades brasileiras pelo viés da mestiçagem religiosa tendo como temática o encontro de culturas diversas em novo território e a religiosidade como força de sobrevivência e resistência numa realidade hostil. Centrado na vivência de manifestações populares como os reisados e romarias da região do Cariri, na pesquisa vocal e na força dos cantos tradicionais, o espetáculo solo da atriz Felícia de Castro manifesta um ritual feminino e poético. Através de canções e explosões de textos, a atriz traz à cena um rosário de mulheres em uma única prece. Um corpo dilacerado pelo corte da desterritorialização traduz no acontecimento cênico um ciclo de crueldade, criatividade, luta e reinvenção de si mesmo pela beleza e pela fé. Uma fábula pessoal que recria imagens de terra, mar, mãe, rainhas, coroações, cortes e catarses.

FICHA TÉCNICA:
Concepção, Direção e Atuação – Felícia de Castro.
Co-direção e Preparação Vocal  – Demian Reis
Assistência de direção – Carolina Laranjeira
Iluminação – Eduardo Albergaria
Figurino – Rino Carvalho
Trilha Sonora – criação coletiva
Produção – Vanessa Salles e Maiara Ribeiro
Assessoria de Imprensa – Karlene Rios
Fotografias e Arte Gráfica – Eduardo Ravi
Adereços (boi e coroa) – Maurício Pedrosa
Costureira – Angélica Paixão

TEATRO DO ICBA (corredor da Vitória, 1809, telefone: 3338 4700).
Quando: ESTRÉIA: 20 de Novembro
Em cartaz até 18 de dezembro de 2009 
Quintas e Sextas às 20 h.
Quanto: Valor: R$ 10,00 e 5,00
Realização: Felícia de Castro
Contato: 71 – 87321535 / 71 – 88434420 / 71 – 81837688