Programação:
Dia 16 de Agosto - Segunda Feira
09:00hs: Missa na Igreja do Carmo com a Irmandade do Rosário dos Homens de Preto.
11:00hs: Concentração na Praça do Reggae - Saída às 13:00hs com o Afoxé Korin Efan.
Com satisfação informo já estar disponível no portal do LAESER (http://www.laeser.ie.ufrj.br/tempo_em_curso.asp) o sétimo número do ano de 2010 do boletim eletrônico “Tempo em Curso” editado pelo nosso Laboratório.Como destaque da presente edição podem ser destacadas a realização do VI Congresso dos Pesquisadores Negros (COPENE), realizado na cidade do Rio de Janeiro, no final do mês de julho, bem como as atividades realizadas pelo LAESER naquele evento.Igualmente, na presente edição, os leitores e leitoras poderão ver as desigualdades de cor ou raça dentro de cada uma das seis maiores Regiões Metropolitanas (RM) brasileiras que são captadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Como nota especialmente curiosa o fato de que seja para a população ocupada no seu conjunto, seja quando desagregado pelos grupos de sexo, a RM de Salvador é justamente onde as assimetrias de cor ou raça são maiores em termos dos rendimentos habituais médios. De qualquer modo, da análise das seis RMs, em todas os homens brancos percebiam as maiores remunerações, ao passo que as mulheres pretas & pardas percebiam as menores.Mais uma vez ficamos contando com vossa leitura e sugestões no sentido do aprimoramento deste veículo de informação e análise totalmente dedicado ao estudo das assimetrias de cor ou raça e sexo ao longo dos ciclos da economia brasileiraBoa leitura!!
Marcelo PaixãoIE/UFRJProfessor - Pesquisador / Coordenador LAESER www.laeser.ie.ufrj.br
Coleção será publicada pelo MEC e distribuída para os centros de formação de professores da educação básica das universidades e para pesquisa em bibliotecas O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) concluiu a tradução e atualização ortográfica dos oito volumes da coleção História Geral da África. As obras constituem material de referência que serão usados nos cursos de formação de professores em História da África e relações etnicorraciais e em cursos de graduação, especialmente nas licenciaturas e pedagogia. A coleção é reconhecida como a principal obra de referência internacional sobre o continente africano, informa o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar, Valter Silvério. Foi publicada pela primeira vez no final da década de 1980, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Agora, explica Silvério, a coleção será publicada pelo MEC e distribuída para os centros de formação de professores da educação básica das universidades e para pesquisa em bibliotecas. A expectativa de Silvério é que o MEC publique a coleção em novembro deste ano. Durante dois anos, a pedido do Ministério da Educação, a UFSCar coordenou a atualização ortográfica dos volumes da coleção já traduzidos pela Unesco: Metodologia e Pré-História, Antiga Civilização, África dos Séculos XII a XVI e A Dominação Colonial de 1880 a 1935. No mesmo período, contratou tradutores da língua francesa para o português, que trabalharam nos outros quatro livros: África do século VII ao XI, África dos séculos XVI ao XVIII, África dos séculos XIX a 1880, e África de 1935 em diante, que é o oitavo volume. Na avaliação do professor Valter Silvério, a coleção vai ajudar a suprir uma lacuna em nossa formação sobre o legado africano. A dimensão dos conteúdos, diz, vai além da história européia. "Abrange a história mundial dos povos originários". Atende, ainda, a questão política atual de aproximação e aprofundamento do diálogo Sul-Sul, do estreitamento das relações do Brasil com o continente africano, além de ser útil para os países da África portuguesa. Histórias cruzadas A Universidade Federal de São Carlos também desenvolve outro projeto encomendado pelo MEC. "Brasil-África - histórias cruzadas" é um material para uso pedagógico de estudantes da educação básica pública, para professores e alunos das licenciaturas. Valter Silvério explica que os materiais abordam a cultura brasileira e a cultura africana com conteúdos e ilustrações apropriados para cada etapa da educação básica. São volumes específicos para a educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Para os professores que vão trabalhar esses conteúdos na sala de aula e para os alunos das licenciaturas, o projeto desenvolveu dois cadernos de estudos sobre História da África e um guia de orientação pedagógica. Para criar a coleção "Brasil-África - histórias cruzadas", a UFSCar contratou pesquisadores das cinco regiões do país para reunir materiais sobre a influência da cultura africana na vida dos brasileiros do norte, do sul, do nordeste, do centro-oeste e do sudeste. É um trabalho complexo e demorado, segundo Silvério. Esse projeto, que está em andamento, tem uma tríplice parceria - MEC, UFSCar e Unesco. Pedidos Em 2008, o Ministério da Educação selecionou 27 universidades públicas, federais e estaduais, para organizar cursos de formação de professores (aperfeiçoamento, especialização ou extensão) e produção de materiais didático-pedagógicos na temática etnicorracial. A abordagem dos conteúdos segue o que determina a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Os materiais didáticos e a qualificação de professores foram solicitados por 72% dos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008. Para executar essa tarefa, as 27 universidades receberam R$ 3,6 milhões do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Das 27 instituições, a UFSCar foi selecionada para criar materiais didáticos e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para produzir vídeos. O Plano de Ações Articuladas (PAR) é um diagnóstico e planejamento das ações educacionais realizado por estados e municípios para um período de cinco anos, de 2007 a 2011. (Ionice Lorenzoni, da Assessoria de Imprensa do MEC) |