Casa das Áfricas convida:
Círculo Áfricas: contribuições de intelectuais e artistas africanos no Brasil
O Projeto Círculos Áfricas tem como objetivo organizar encontros
inspirados no formato dos Círculos de Cultura de Paulo Freire com
temáticas ligadas à África e às culturas africanas. Pretende-se
contribuir para a discussão sobre a coexistência e da diversidade com
foco no diálogo com os artistas, pesquisadores e professores africanos
que hoje compõe nossas universidades ou atuam nas diversas modalidades
dos espaços culturais no país. Isto nos permite aprofundar conhecimentos
sobre África e culturas africanas, respondendo a uma necessidade social
e, ao mesmo tempo, contribuindo para o fortalecimento da Lei
10.639/2003. O Círculo Áfricas valoriza as contribuições acadêmicas de
nossas universidades e abre o debate com setores da sociedade que teriam
dificuldade em acessá-los. Os Círculos Áfricas dá continuidade a uma
série de encontros sobre "Estudos africanos no Brasil: memórias de seus
protagonistas”.
Encontro: A juventude senegalesa e o destino do país: as eleições de 2000 e 2012
Prof. Dr. Alain Pascal Kaly (UFRRJ)
A configuração geográfica do Senegal atual data de 1960. Entre 1833
até 1959, o território do atual Senegal era dividido em: “les Quatre
Communes” (municípios franceses em território africano) que eram
compostos pelas cidades de: Ilha de Gorée, Saint Louis, Dakar e
Rufisque. Ao longo deste período, os habitantes destas cidades eram
todos franceses e deviam eleger deputados para representá-los na
Assembléia Nacional em Paris. A cidade de Saint era a capital da África
Ocidental Francesa (AOF) e também era a capital da colônia do Senegal e
da Mauritânia. No início do século XX, Dacar passa a desempenhar a mesma
função administrativa e a cidade de Saint Louis permaneceu como a
capital da colônia do Senegal e da Mauritânia até 1960. O resto do atual
país era a colônia do Senegal. De 1833 até a eleição de Blaise Diagne,
todos os deputados eleitos eram brancos ou mestiços. A eleição de Blaise
Diagne inaugura uma nova era: presença de deputados negros nascidos na
África que culminará com a eleição de Leopold Sedar Senghor em 1946 com
apoio das autoridades francesas e os chefes das confrarias muçulmanas. A
partir de 1960, sem o apoio dos chefes religiosos muçulmanos das
confrarias, nenhum senegalês podia ganhar as eleições presidenciais. A
importância das autoridades muçulmanas na vida política eleitoral do
Senegal perde drasticamente seu peso nas eleições de 2000 quando a
juventude ( os cantores de hip hop sobretudo) faz campanha em prol da
mudança do regime político.
Alain Pascal Kaly Possui graduação em Ciências Sociais pela
Universidade Federal da Bahia (1995), mestrado em Ciências Sociais pela
Universidade Federal da Bahia (1999), e doutorado em Sociologia pela
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2005). Atualmente é
professor adjunto do Departamento de História no Instituto de Ciências
Humanas e Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
(UFRRJ), e pequisa os seguintes temas: relações raciais, colonialismo,
sociedades de castas na África Ocidental, violência, direitos humanos e
migrações.
Data: 31/05/2012 – 19h30min
Local: OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro – Metrô Tiradentes
Não é necessário realizar inscrição
Entrada franca
Visite Rede Aruanda Mundi em: http://aruandamundi.ning.com/? xg_source=msg_mes_network
Nenhum comentário:
Postar um comentário