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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Aula inaugural do curso pré-vestibular Coequilombo - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

Tese aborda narrativas de Jorge Amado, Sosígenes Costa e Adonias Filho - BA

Título da tese :
Renegado Começo: Discurso fundacional e mestiçagem - narrativas de Jorge Amado, Sosígenes Costa e Adonias Filho.

Doutorando:
Marcos Aurélio dos Santos Souza 

Data da defesa:
15/03/2010 (Segunda-feira) às 14:30

Local
:
Instituto de Letras/UFBA (Campus de Ondina)
Labimage - Salvador/Ba

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Programação da Audiência Pública sobre a Constitucionalidade de Políticas de Ação Afirmativa de Acesso ao Ensino Superior - DF

Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 186 e Recurso Extraordinário 597.285/RS

CRONOGRAMA

3/3 Quarta-feira 

8h30 - Abertura – Excelentíssimo Senhor Ministro Enrique Ricardo Lewandowski
9h - Procurador-Geral da República Roberto Monteiro Gurgel Santos
9h15 - Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil Ophir Cavalcante
9h30 - Advogado-Geral da União Luís Inácio Lucena Adams
9h45 - Ministro Edson Santos de Souza -  Secretaria Especial de Políticas de
Promoção de Igualdade Racial (SEPPIR)
10h - Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) – Erasto Fortes de
Mendonça - Doutor em Educação pela UNICAMP e Coordenador Geral de Educação
em Direitos Humanos da SEDH
10h15 - Ministério da Educação (MEC); Secretária Maria Paula Dallari Bucci -
Doutora em Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo (USP).
Professora da Fundação Getúlio Vargas. Secretária de Ensino Superior do
Ministério da Educação (MEC)
10h30 - Fundação Nacional do Índio (FUNAI) – Carlos Frederico de Souza
Mares - Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná/PR
10h45 - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – Mário Lisboa Theodoro - Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
11h – Arguente - Democratas (DEM) - ADPF 186 – Procuradora/Advogada Roberta Fragoso Menezes Kaufman; (15 minutos)
11h15 – Arguido - Universidade de Brasília (UnB) – Antônio Sergio Alfredo Guimarães (Sociólogo e Professor Titular da Universidade de São Paulo) ou José Jorge de Carvalho (Professor da Universidade de Brasília - UnB. Pesquisador 1-A do CNPq. Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa - INCT) - Universidade de Brasília (UnB); (15 minutos)

11h30 - Recorrente do Recurso Extraordinário 597.285/RS – Procurador/Advogado de Giovane Pasqualito Fialho; (15 minutos)

11h45 – Recorrido - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Professora Denise Fagundes Jardim - Professora do Departamento de Antropologia e Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); (15 minutos)

4/3 Quinta-feira
 
8h30 - “A construção do mito da democracia racial na sociedade brasileira. Aspectos positivos. Sobre as conseqüências sociais da imposição de uma ideologia importada que objetiva entronizar a idéia de ‘raça’, tanto no que tange a distribuição da justiça, quanto na formação de jovens e crianças nas escolas brasileiras”. Yvonne Maggie – Antropóloga, Mestre e Doutora em Antropologia Social pela UFRJ - Professora de Antropologia da UFRJ; (15 minutos)

8h45 - "Da inexistência de raças do ponto de vista genético. Da formação e estrutura genética do povo brasileiro, com ênfase na demonstração experimental de uma correlação tênue entre cor e ancestralidade genômica no Brasil". Sérgio Danilo Junho Pena – Médico Geneticista formado pela Universidade de Manitoba, Canadá. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e ex-professor da Universidade McGill de Montreal, Canadá; (15 minutos)

9h - George de Cerqueira Leite Zarur – Antropólogo e Professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais; (15 minutos)

9h15 - Eunice Ribeiro Durham – Antropóloga. Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professora Titular do Departamento de Antropologia da USP e atualmente Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP; (15 minutos)

9h30 - “Problemas jurídico-históricos relativos à escravidão. Miscigenação em terras brasileiras”. Ibsen Noronha – Professor de História do Direito do Instituto de Ensino Superior de Brasília - IESB – Associação de Procuradores de Estado (ANAPE); (15 minutos)
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10h - “As vicissitudes do racismo na formação da população brasileira e as desvantagens sociais para a população negra alvo de discriminação racial no acesso aos bens materiais e imateriais produzidos em nossa sociedade.
Inclusão Racial no Ensino Superior”. Fundação Cultural Palmares - Luiz Felipe de Alencastro - Professor Titular da Cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne; (15 minutos)

10h15 - “Constitucionalidade das políticas de ação afirmativa nas Universidades Públicas brasileiras na modalidade de cotas”. Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo – Kabengele Munanga - Professor da Universidade de São Paulo (USP); (15 minutos)

10h30 - “A obrigação do Estado em eliminar as desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidade e tratamento, bem como compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização por motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros”. Conectas Direitos Humanos (CDH) – Oscar Vilhena Vieira - Doutor e Mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Direito pela Universidade de Columbia. Pós-doutor pela Oxford University. Professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV/SP) - Conectas Direitos Humanos (CDH); (15 minutos)

10h45 - “Compatibilidade entre excelência acadêmica e ação afirmativa”. Leonardo Avritzer – Foi Pesquisador Visitante no Massachusetts Institute of Technology; (15 minutos)(MIT). Participou como amicus curiae do caso Grutter v. Bollinger – Professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

11h - “Papel das ações afirmativas”. Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural (AFROBRAS) – José Vicente - Presidente da AFROBRAS e Reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares; (15 minutos)
 
5/3 Sexta-feira

Manhã

8h30 - Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (EDUCAFRO) – Fábio Konder Comparato – Professor Titular da Universidade de São Paulo - USP; (15 minutos)

8h45 - “A Compatibilidade das cotas com o sistema constitucional brasileiro”. Fundação Cultural Palmares – Flávia Piovesan - Professora Doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR); (15 minutos)

9h - “Resultados parciais da missão sobre Racismo na Educação brasileira, em desenvolvimento pela Relatoria Nacional, da qual resultará relatório a ser encaminhado às instâncias da ONU em 2010”. Ação Educativa – Denise Carreira - Relatora Nacional para o Direito Humano à Educação (15 minutos)

9h15 - “Defesa das Políticas de Ação Afirmativa”. Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) – Marcos Antonio Cardoso - Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN); (15 minutos)

9h30 - “Políticas de cotas como um dos instrumentos de construção da igualdade mediante o reconhecimento da desigualdade historicamente acumulada pelos afrodescendentes em função das práticas discricionárias de base racial vigentes em nossa sociedade”. Geledés Instituto da Mulher Negra de São Paulo – Sueli Carneiro - Doutora em Filosofia da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais. Foi Conselheira e Secretária Geral do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo; (15 minutos)
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10h - “Proporcionalidade e razoabilidade do fator de ‘discrimen’. Impossibilidade de identificação do negro”. Juiz Federal da 2ª Vara Federal de Florianópolis Carlos Alberto da Costa Dias; (15 minutos)

10h15 - “A ‘raça estatal’ e o racismo”. José Roberto Ferreira Militão; (15 minutos)

10h30 - As conseqüências sociais da introdução das políticas racialistas no mercado de trabalho, nos sindicatos e partidos. A intromissão do Estado na vida interna das organizações dos trabalhadores através das políticas racialistas. Serge Goulart - autor do livro “Racismo e Luta de Classes”, Coordenador da Esquerda Marxista – Corrente do PT, editor do jornal Luta de Classes e da Revista teórica América Socialista; (15 minutos)

10h45 – “A racialização das relações sociais no âmbito das periferias das grandes cidades”. Movimento Negro Socialista – José Carlos Miranda; (15 minutos)

11h – “Políticas públicas de eliminação da identidade mestiça e sistemas classificatórios de cor, raça e etnia”. Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (MPMB) e Associação dos Caboclos e Ribeirinhos da Amazônia (ACRA) – Helderli Fideliz Castro de Sá Leão Alves; (15 minutos)


Tarde

Experiências de aplicação de políticas de ação afirmativa


14h - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) – Professor Alan Kardec Martins Barbiero; (15 minutos)

14h15 - União Nacional dos Estudantes (UNE) - Cledisson Geraldo dos Santos Junior – Diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE); (15 minutos)

14h30 - Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) – João Feres - Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP. Mestre e Doutor em ciência política pela City University of New York (CUNY) – Professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ); (15 minutos)

14h45 - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Professor Renato Hyuda de Luna Pedrosa - Coordenador da Comissão de Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (15 minutos)

15h - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Pró-reitor de Graduação Professor Eduardo Magrone; (15 minutos)

15h15 - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Pró-Reitor de Graduação Professor Jorge Luiz da Cunha; (15 minutos)

15h30 - Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Vice-Reitor Professor Carlos Eduardo de Souza Gonçalves; (15 minutos)

15h45 - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Professor Marcelo Tragtenberg; (15 minutos)

16h15 - Associação dos Juízes Federais (AJUFE) - Dra. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva - Juíza Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro; (15 minutos)

Encerramento – Excelentíssimo Senhor Ministro Enrique Ricardo Lewandowski
 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Afirme-Se! Rio entra com força para comprar a página em O Globo

Foi quente, animada e participativa a plenária que oficializou a adesão de movimentos e entidades sociais do Rio de Janeiro à campanha Afirme-se!, realizada na noite de 23 de fev. na sede do Instituto Palmares de Direitos Humanos, no centro. Com qualitativo debate e tira-dúvidas, resultou no compromisso de mais de duas dezenas dos presentes a se esforçarem para, no prazo até 1 de março, tentarem mobilizar ao menos R$ 100 mil necessários para a compra de uma página do jornal O Globo, onde será inserido o manifesto produzido pela campanha no dia 2 ou 3 de março proximo.

Representantes de diversos setores se comprometeram a arregaçar as mangas e assumir o desafio, mesmo depois das audiências no STF. Desde a busca de contribuições individuais, de familiares, a contatos com artistas, personalidades e instituições que possam contribuir com maior valor para o custo das inserções que, além de O Globo, estão programadas para os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Correio Braziliense.

Articulações
Presente na plenária, a representação do Ibase (conhecido como instituto de Betinho, www.ibase.org.br ) afirmou que a instituição vai utilizar do seu prestigio e rede de articulação para também buscar doadores nos próximos dias – num esforo urgente e emergencial. A plenária foi articulada por diversas entidades, entre as quais o Ceap, juventude ligada a cursinhos, ao hip-hop, às ações afirmativas em universidades e Comissão de Jornalistas pela Igualdade do Sindicato dos Jornalistas do Rio.

Conta corrente: 65.354-9 Banco Itaú / Agência: 0061
CNPJ p/transferência: 07922437-000121

Sob ataque no STF (Supremo Tribunal Federal), a idéia da campanha é publicar entre os dias 1 a 4 de março/10 um anúncio de página inteira comprada nos jornais Folha de São Paulo, O Globo, O Estado de São Paulo e Correio Braziliense, afirmando a constitucionalidade das Ações Afirmativas. além de spots em rádios e vts em televisão. o custo é de mais de r$ 800 mil.



Para isto, doe o quanto puder por depósito ou transferência bancária. o Fundo Brasil de Direitos Humanos é responsável pela conta. Todo o recurso doado será exclusivamente para pagamento dos fornecedores da campanha (jornais, rádios etc), a partir de definição de autorização de pagamento da agência Propeg de Publicidade.

No próximo sábado, 27/2, divulgaremos no blog http://afirmese.blogspot.com/ o extrato bancário do FBDH com o saldo da conta.

IMPORTANTE: 160 mil pessoas doando apenas R$ 5 cada, de uma única vez, ajudariam a alcançarmos nossa meta e pagar por essa campanha histórica do movimento social.

Para entrar em contato, escreva para: afirme.se@gmail.com

Vigília das Águas Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres - BA


Chamamos TODAS as pessoas que acreditam num mundo livre de todas as formas de violência para ABRAÇAR as ÁGUAS – princípio feminino vital – do Dique do Tororó, num ato por uma vida sem violência, sem racismo, sexismo, lesbofobia, intolerância religiosa e outras manifestações correlatas.

O que? Vigília das Águas Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres
Quando? 05 de março de 2010 a partir das 17h.
Onde? Dique do Tororó-Salvador/ Bahia


COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO:
Projeto Encruzilhada de Direitos/CEAFRO, Sindoméstico, MST, MNU, Articulação Negras Jovens Feministas, Munegrale, Grupo de Mulheres do Alto das Pombas, Liga de Mulheres de Salvador, Roda Baiana, Força Feminina, CAMA, Ajobi, Terreiro do Cobre, Terreiro do Bogum, Ilê Axé Baba Okê, Casa de Oxumarê, Frente contra a criminalização de mulheres e pela legalização do aborto, Obsevatório da Lei Mraia da Penha- NEIM-UFBA, IMAIS, Coletivo de Mulheres do Calafate, AMIGA, Instituto Búzios, Instituto de Mídia Étnica, Amuleto, Oposição Operária Salvador, Juventude Operária Católica-JOC, CETEFEN, Associação de Moradores de Pau da Lima, Molinmbra, Católicas Pelo Direito de Decidir. 
APOIO:
CEAFRO/CEAO-UFBA, SPM-PR, SPM-SEPROMI, CESE, INGÁ 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Maria Padilha é tema de aula inaugural da UFBA

Na próxima segunda-feira, dia primeiro de março, às 19h, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, acontecerá uma aula inaugural noturna, como parte da programação de Abertura do Ano Letivo de 2010 da Universidade Federal da Bahia. A entrada é franqueada a qualquer pessoa interessada. Na ocasião, o ator e professor titular associado da Escola de Teatro da UFBA Armindo Bião apresentará a palestra cênica "Nas encruzilhadas da Padilha: Doña María e Maria (Castela, séc. XIV/Brasil, séc. XXI)", com resultados de seu projeto de pesquisa (CNPq 1A) "Mulheres por um fio: inferno, purgatório e paraíso no Atlântico Negro". Com duração aproximada de 80 minutos, essa apresentação - de dados poéticos, musicais e teatrais sobre a transformação da personagem histórica em entidade do panteão afro-brasileiro - terá a participação especial do músico Luciano Salvador Bahia. Ator e encenador em cerca de 50 obras teatrais e audiovisuais, premiado por seu trabalho em teatro (1980, 2001, 2008) e por suas atividades acadêmicas (1998, 1999, 2007), na Bahia, Armindo Bião foi o primeiro coordenador do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA. Também foi o primeiro presidente da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, da qual é, desde 2007, o coordenador do Grupo de Trabalho de Etnocenologia. Até 2006 ocupou o cargo de diretor geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia.

Guarulhos abre inscrições para curso sobre “Diáspora Africana e Relações Raciais no Brasil”

A Prefeitura de Guarulhos abriu inscrições para o curso “Diáspora Africana e Relações Raciais no Brasil”, que será realizado a partir do dia 8 de março, sempre às segundas-feiras, das 19h às 22h, no Adamastor Centro (av. Monteiro Lobato, 734, Macedo). As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.guarulhos.sp.gov.br/igualdade. As vagas são limitadas.
Com duração de 40 horas, o curso é destinado a servidores públicos, sociedade civil, estudantes, movimentos sociais, professores, sindicatos, partidos políticos e interessados na temática. O objetivo é disseminar a história da população negra no Brasil, que concentra especificidades sociais, econômicas e políticas, indicando como ela foi empurrada para a base da pirâmide social brasileira. 
O curso também quer fomentar o diálogo sobre as relações raciais e o exercício da cidadania no Brasil. O termo diáspora é empregado para identificar a dispersão dos povos africanos pelo mundo, em decorrência do tráfico de escravos.  
O conteúdo abrangerá desde a África Contemporânea, migrações, diáspora e relações raciais no Brasil, cidadania e direitos, política, economia, finanças, políticas públicas e saúde mental da população negra no Brasil até uma visita monitorada ao Museu Afro Brasil. 
O curso será ministrado por Alberto Antônio Comuana, mestre em serviço social pela PUC-SP; Francisco Sandro da Silveira Vieira, mestre em ciências sociais pela PUC-SP; Vera Lucia Mendes, advogada; Jean Manuel Gonçalves da Silva, graduado em Relações Internacionais e pós-graduado em economia internacional; Ester Vargem, especialista em epidemiologia pela Faculdade de Saúde Pública da USP.
No encerramento do curso, previsto para o dia 24 de maio, os participantes receberão certificados de conclusão. Mais informações pelos telefones  (11) 2304-7464  (11) 2304-7464 e 2304-7189.
    

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Contra o Seqüestro de um Mártir (Carlos Moore )

Orlando Zapata Tamayo, um jovem trabalhador negro pobre cubano, morreu nesta terça-feira após uma greve de fome de 86 dias em protesto contra a brutalidade que vinha sofrendo na prisão.

Desde 2003, ele vinha sendo mantido como um prisioneiro político em um centro de detenção localizado no interior de Cuba. Em 50 anos do regime de Fidel Castro, Zapata se converteu assim no primeiro dissidente negro que entregou a própria vida para protestar contra a opressão racial, a negação dos direitos civis, dos direitos humanos e políticos.

"Meu filho foi assassinado por causa de sua pele negra", disse a mãe de Zapata, em meio aos choros, quando recebeu a noticia. A pergunta é: por que as autoridades cubanas permitiram que este homem morresse, precisamente no momento em que tantas vozes, em todo o mundo, têm se levantado condenando a situação racial na ilha?

Preso por suas atividades políticas corajosas, Zapata foi acusado de "desordem pública", “desacato às autoridades” e "perturbação da ordem". Ele foi condenado a três anos de prisão. Mas enquanto cumpria a sentença, foi acusado de "rebelião" e condenado novamente a um total de trinta e seis anos! Este fato que pode parecer incrível à maioria no mundo, não o é em Cuba, especialmente se a pele do condenado é negra.

Os negros cubanos presos, há muito, se queixam de serem submetidos a tratamento diferenciado com humilhações e espancamentos, não merecendo algumas amenidades que são oferecidas aos  brancos. Estima-se que 85 por cento da população carcerária cubana é de negros, e que dos cerca de 200 presos políticos, 60 por cento sejam também negros. É o racismo cubano que permanece, mesmo atrás das grades.

Zapata, um pedreiro de profissão, não aceitou os espancamentos, as humilhações e o tratamento diferenciado por causa de sua cor. Depois de ser gravemente atacado por guardas que o deixaram quase morto, ele iniciou uma greve de fome, em 3 de dezembro de 2009, na prisão de Olguín, no leste de Cuba. Isso aconteceu exatamente dois dias depois de acadêmicos, artistas e intelectuais do mundo negro terem emitido uma declaração importante, protestando contra as condições raciais e as violações dos direitos humanos na ilha.

A determinação de Zapata para ter sua humanidade respeitada e, até mesmo, morrer se necessário fosse, sinaliza uma grande mudança nos acontecimentos dentro de Cuba; mudança que está redefinindo a fisionomia da oposição política na ilha.

Durante os últimos 25 anos uma nova força apareceu, crescendo não apenas em números, mas em complexidade, apontando para os problemas da discriminação racial, do racismo e do sexismo em Cuba, na vanguarda da luta por uma mudança não-violenta. Essas novas forças parecem ter pego de surpresa, tanto o regime de Castro, quanto a oposição exilada de direita, cuja esmagadora maioria é branca. Ambos foram forçados a se reposicionar num esforço para reafirmar seu controle sobre aqueles a quem consideravam como puros reféns políticos: os negros cubanos.

É esta nova configuração da oposição cubana, em Cuba, que tem provocado a ira dos governantes da ilha. Ativistas de direitos civis têm apontado o caso do líder comunista negro Juan Carlos Robinson, ex-secretário provincial do Partido Comunista, prisioneiro há 12 anos, após ter sido acusado, em 2006, das mesmas irregularidades - corrupção – de que fora acusado o ministro do exterior Roberto Robaina, um branco, em 2002. Ora, contra este último somente foi decretada a prisão domiciliar. Por que o tratamento diferenciado?

Os ativistas de direitos civis apontam também para as execuções em 2003 de Jorge Luis Martínez Isaac, Lorenzo Enrique Copello Castillo e Leodán Bárbaro Sevilla García - três jovens negros que sequestraram uma lancha na tentativa de fugir de Cuba. O fato de dois deles serem veteranos da guerra em Angola, não impediu que o regime os executassem como "terroristas", num prazo de 48 horas após sua captura. Foi a primeira vez que o governo de Fidel Castro executara alguém por seqüestro. Os ativistas de direitos civis acreditam que o motivo foi a cor da pele das vítimas: todos negros!

"As autoridades não perdoam àqueles a quem consideram como ‘negros fugitivos´", explicaram os ativistas. Eles avaliaram que, ao executar esses jovens negros, o regime enviou uma mensagem codificada à população afro-cubana de que a dissidência, e muito menos a oposição, não seriam tolerados, especialmente se viesse dos negros. Os ativistas apontam, também, para as práticas agressivas de abordagem policiais contra os jovens negros em Cuba, como sendo uma das principais causas da super lotação de negros nas prisões.

Mas, para entender por que as autoridades cubanas permitiram a greve de fome de Zapata até as últimas conseqüências, é necessário entender o outro lado da moeda: a saber, a reação dos chamados “exilados" anti-Castristas, predominantemente brancos, nos Estados Unidos, ao assassinato de Zapata. Para estes grupos, claramente, trata-se de marcar pontos políticos e de se aproveitar do martírio de um opositor negro.

Nessa ótica, pode-se esperar que esses “exilados” tentem recuperar a situação ao seu proveito, com declarações espalhafatosas. Já é o caso com as principais formações políticas da extrema direita exilada nos USA, tais como: o Movimento Democracia, liderado por Ramón Saúl Sánchez; a Fundação Nacional Cubano Americana, liderada por Pepe Hernández e Jorge Mas Santos; e em especial o Diretório Democrática Cubano, liderado por Orlando Gutierrez e o Conselho Cubano pela Liberdade, chefiado por Ninoska Pérez Castellón.

Todos estes grupos vêm trabalhando para sufocar e controlar as novas forças de oposição em Cuba, e investem grandes recursos nesse sentido. Mas, suspeita-se que essas tentativas estão destinadas a satisfazer os interesses espúrios da antiga oligarquia cubana derrubada pela Revolução, e cujo domínio se baseara na segregação racial.  É por isso, que as lágrimas de crocodilo derramadas pelo congressista cubano-americano Lincoln Díaz-Balart, em relação à morte de Zapata, longe de o identificar como um defensor da igualdade racial em Cuba, constitui-se numa farsa.

Certamente não tenho a pretensão de falar em nome daqueles que em Cuba constituem  a maioria. Mas, não estou longe da verdade dessa maioria ao afirmar  que ela dificilmente poderia estar lutando com o fim de re-empoderar aquela minúscula elite branca e rica que foi derrubada em 1959. É essa elite segregacionista que esses exilados, chamados de anti-castristas, representam.

Orlando Zapata Tamayo está morto. Ele é agora um mártir do povo. Mas aqueles que lutaram e compartilharam de suas aspirações não podem permitir que o corajoso e íntegro legado deste homem e sua memória sejam “sequestrados” e usurpados.  Aqueles que, antes de 1959 o desprezaram por ser negro, e que continuam a fazê-lo apesar das lágrimas hipócritas derramadas, não podem roubar esse legado. O legado de Zapata pertence ao futuro de Cuba, e não ao seu passado neo-colonial, segregacionista e subserviente.

SOBRE O AUTOR:
Carlos Moore é Etnólogo e Cientista Político, autor do recém-lançado “Pichón: Raça e Revolução na Cuba de Fidel Castro” (Lawrence Hill Books, 2008). Moore é chefe de pesquisa honorário na Escola de Pós-Graduação e Pesquisa da University of the West Indies, em Kingston, Jamaica.

FONTE: Memorial Lélia Gonzalez

Campanha Afirme-se! Pela manutenção das Ações Afirmativas

Movimento Social tem de levantar R$ 800 mil em 3 semanas para defender na mídia ações afirmativas. Conseguiremos?

Os detratores das políticas compensatórias de ação afirmativa têm amplo e privilegiado espaço em grandes jornais, rádios, TVs e editoras para falar e escrever todo tipo de ataque contra as tímidas conquistas alcançadas pela sociedade brasileira nos últimos nove anos com a implantação dessas políticas por algumas instituições.
O jornalismo da Globo, dirigido por Ali Kamel, é direcionado para dar tempos e espaços gratuitos a esses detratores, como o uspiano Demétrio Magnoli.
A grande mídia não vai abrir espaço para os defensores das ações afirmativas. Se quiser dar a sua versão em páginas compradas em 4 jornais, como Folha de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, os setores beneficiados ou que apóiam políticas de ação afirmativa terão de conseguir ao menos R$ 800 mil de agora até o dia 3 de março, quando se inicia o debate no Supremo Tribunal Federal sobre a continuidade ou extinção das cotas e demais políticas similares. (Leia dados no texto sobre apoio da Propeg).
É um grande desafio a ser vencido em apenas 3 semanas, em período de férias, festas e Carnaval no Brasil. Terá o movimento negro e os demais movimentos sociais capacidade para vencer essa barreira gigantesca?
160 mil pessoas que doem apenas R$ 5, de uma única vez, depositando esse valor em conta corrente a ser administrada pelo FBDH, já alcançariam aquela soma aparentemente inalcançável em tão pouco tempo e nas condições emergenciais em que a campanha deve ser divulgada.
A hora é esta! Mãos à obra!

FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
Conta corrente:65.354-9 Banco Itaú / Agência: 0061
CNPJ p/transferência:07922437-000121

Mostra de filmes afro-religiosos em Salvador - BA

O Ponto de Cultura Odara Dudu, desenvolvido pelo Núcleo Imo-Dùdú, exibe até esta sexta, dia 26, uma mostra de filmes afro-religiosos na Biblioteca Pública dos Barris. Na programação: “Atlântico Negro na Rota dos Orixás”; “Povo de Santo”; “Orixás da Bahia”; e “Atabaque Nzinga”, entre outros. Os filmes podem ser vistos em quatro sessões, duas pela manhã, às 9h e às 11h50; e no período da tarde, às 14h e às 17h30h. A entrada é gratuita. O objetivo da mostra é ser um espaço de reflexão e visibilidade de produções audiovisuais nas quais as temáticas centrais sejam a religiosidade afro-brasileira. Para conferir outros detalhes e a programação completa, visite o site: www.nucleoomidudu.org.br

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Racismo é tema de mesa-redonda no RS

“Racismo institucional: constatações e possibilidades de superação” é o tema da mesa-redonda que será realizada em 1º de março, às 18h30, na sede da seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil. Estarão em debate a juventude negra, segurança e violência, religiosidade, ações afirmativas e o Estatuto da Igualdade Racial. Na ocasião, a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) será representada pelo secretário-adjunto, Eloi Ferreira Araujo, e pelo ouvidor, Humberto Adami Santos Júnior. Também participarão representantes do Ministério Público, da Procuradoria Regional da República, da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social, da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça do estado. A iniciativa de realização do evento é da Rede Afro-gaúcha de Profissionais do Direito, além de outras entidades do movimento negro do estado, com promoção da Comissão Especial de Direitos Humanos da OAB-RS e apoio da Escola Superior de Advocacia. Há 180 vagas e a participação é aberta a todos os interessados, que devem fazer a inscrição gratuitamente pelo endereço de correio eletrônico comissoesespeciaissec2@oabrs.org.br A sede da OAB-RS fica na Rua Washington Luiz, 1110, 2º andar, em Porto Alegre (telefone 51-3284-6426).

Comunicação Social da SEPPIR/ PR http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/mesa_redonda_oab_rs/

Exposição Panáfrica, no Centro Cultural Solar Ferrão - BA

PANÁFRICA
Coleção Claudio Masella: um documento da arte africana no século XX

Abertura – 25 de fevereiro, às 19h
Centro Cutural Solar Ferrão - Pelourinho

A Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Dimus/IPAC/Secult – Ba) apresenta um dos maiores e mais importantes acervos de arte africana do Brasil na exposição Panafrica, a partir de 25 de fevereiro, às 19 horas, no Centro Cultural Solar Ferrão (Pelourinho/Salvador). A montagem de longa duração trará 860 peças que apontam a riqueza estética e a diversidade da produção cultural africana do século XX, expressada em objetos, sobretudo máscaras, estatuetas e utensílios de uso cotidiano ou ritualístico. As obras foram doadas ao Governo do Estado da Bahia, em 2004, pelo industrial italiano Claudio Masella.

Muitas das obras da coleção nunca foram usadas, de fato, no cotidiano nem em rituais religiosos, contudo representam vários estilos étnicos das sociedades africanas. “A ideia para essa exposição, antes de tudo, foi colocar o maior número possível de peças, porque o que nos interessava era ver a exuberância da coleção, valorizando o conjunto e o trabalho artístico, que apresenta uma identidade”, diz André Vainer, responsável pela expografia de Panáfrica. “O visitante terá oportunidade de vivenciar uma espécie de mostra democrática, porque é ele quem vai dizer que peça de destaca, qual é a mais interessante, naquele conjunto”, completa.

Para valorizar o conjunto de peças, Panáfrica foi divida em três núcleos: no primeiro estão as Máscaras, que no contexto originário eram utilizadas em rituais aos antepassados, nos quais se considerava a presença de entidades espirituais; no segundo estão as Estatuetas, destinadas à representação de seres míticos ou à perpetuação da memória dos ancestrais (reis, rainhas ou chefes de linhagens), e, por fim, no terceiro núcleo, Instrumentos e Utensílios oferecem elementos da vida cotidiana, a exemplo de recipientes, jóias, pentes, cajados, bastões, assentos e outras insignes representativas do poder e do prestígio.

O historiador e pesquisador da Dimus Ademir Ribeiro explica que existem, além dos núcleos expositivos, outras duas salas especiais: Ibejis, dedicada às imagens em madeira que remetem aos gêmeos iorubanos, e Colonizadores, com estatuetas de produções recentes que aludem aos conquistadores europeus chegados ao continente africano a partir do final do século XIX. “Em Panafrica, apesar da separação por categoria de objeto, será possível encontrar, também, uma classificação por etnia. No núcleo das máscaras, por exemplo, veremos peças dos Iorubás, do Benim e de Camarões, entre outras”, diz. “A demanda por obras de arte africana criada pelo mercado internacional impeliu muitos artistas africanos habilidosos a aprenderem as técnicas e os estilos de outros grupos étnicos cujas obras eram mais requisitadas. Assim, alguns tipos de peça, hoje em dia, podem ser produzidos em diferentes localidades da África, caracterizando-se como verdadeiros estilos ‘pan africanos’, tomando a expressão do Prof. PhD. Babatunde Lawal da Virginia Commonwealth University”, completa, justificando o título da exposição.
 

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Missa celebra a memória de moradores de rua executados em chacina - BA

Moradores de rua, representantes de entidades e movimentos parceiros e autoridades convidadas celebram neste sábado (20/02) a memória dos cincos moradores de rua assassinados em janeiro deste ano em Salvador. Às 16 horas, no fim de linha do Cabula VI, local da chacina, são esperadas cerca de 200 pessoas para uma missa presidida pela Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo. Organizado pela Comunidade da Trindade, o ato é também uma expressão de indignação e protesto diante da violência e do desrespeito à vida humana. No mesmo dia, movimentos de populações de rua de Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo estarão fazendo manifestações políticas em solidariedade aos baianos.

Chacina - Os catadores de material reciclável, Itamar Silva de Jesus, Luís Eduardo, Élio Barreto Silva e Rosalvo foram assassinados com tiros à queima-roupa na cabeça, por volta das 7h do dia 16 de janeiro. As investigações estão sendo feitas, mas não há pistas sobre o motivo da chacina. A vizinhança suspeita que o crime foi uma espécie de limpeza social na área.Moradores do bairro que tinham contato diário com as vítimas ficaram chocados com o crime e no 7º dia após a morte dos catadores celebraram uma missa para eles. A viúva Dona Francisca Abreu sempre se emociona quando fala das vítimas. “Estão me fazendo falta. Eles eram como uma família para mim”. Em casa, ela mostra o jarro com as rosas que um deles, o Luis, ajudou a cultivar. Os laços de amizades tecidos entre eles revelam detalhes da convivência que humanizam a vida das vítimas.Após 10 dias da chacina no Cabula VI, o morador de rua Ednei, conhecido como Lacraia, foi assassinado com dois tiros no abdômen enquanto pedia esmola numa sinaleira do bairro Campo Grande, em Salvador. A polícia suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, mas não descarta a possibilidade de crime homofóbico, já que Ednei era negro e homossexual.

Organização e Mobilização Social – A população de rua de Salvador está se organizando para a conquista de políticas públicas que ajudem no resgate da dignidade e da cidadania desse povo. No dia 13 de março, está previsto um encontro de moradores de rua, a ser realizado no auditório da Ação Social Arquidiocesana (ASA), no Garcia.

Organizado pela Comunidade da Trindade, um projeto social desenvolvido pela Arquidiocese de Salvador que atente e acolhe moradores de rua, o encontro pretende ouvir as demandas da população local e apresentar o Movimento Nacional de Moradores de Rua. O dia começa com café da manhã e música para acolher os convidados e termina com a elaboração de uma Carta de Intenções para agendar o próximo encontro, onde deve acontecer a formação do Movimento de População de Rua de Salvador. Esse processo de mobilização acontece desde 2001, quando a Comunidade da Trindade, com apoio da Cáritas, conseguiu levar 100 pessoas em situação de rua para 1ª Marcha Nacional da População de Rua, realizada no dia 7 de junho do mesmo ano.

A iniciativa conta com uma rede de apoio que tem a Cáritas como uma das entidades integrantes. “O apoio à formação e fortalecimento desse movimento na Bahia é prioridade nossa e deve ir além desse encontro”, disse o assessor da Rede Cáritas Nordeste3, José Carlos Moraes. O secretariado da entidade está avaliando as condições de acompanhamento sistemático a esse movimento em Salvador.

A inserção no meio urbano foi tomada como um desafio pela Rede, que desenvolve projetos de desenvolvimento solidário e sustentável com articulações e movimentos sociais. Um desses projetos é o Reciclando Vidas, que promove ações de estimulo à geração de renda e melhoria da qualidade de vida de catadoras e catadores de materiais recicláveis, tendo como principal estratégia a organização desses trabalhadores. Assim como a população de rua, o Movimento Nacional dos Catadores Materiais Recicláveis será referência nacional de articulação dos grupos locais na proposição e elaboração de políticas públicas.

Serviço:
O que? Missa em homenagem a moradores de rua executados em chacina
Onde? Fim de linha do Cabula VI, em Salvador (Ba)
Quando? Sábado (20/02) às 16h

Contato para entrevistas:
Maria Lúcia Santos Pereira
Comunidade da Trindade
lucia3trindade@yahoo.com.br
71 8849-0152
71 3327-2317

Mais informações:
Raquel Salama
Assessoria de Comunicação
Cáritas Regional Nordeste3

71 3356-8013/ 3357-1657
71 9925-6684

Fonte: http://www.irdeb.ba.gov.br/evolucaohiphop/?p=830#more-830

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Museu Afro Brasil promove fórum sobre Relações Étnico-raciais - SP

 
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II Seminário Nacional de Africanidades e Afrodescendência

Tema “  Formação de Professores e Histórias de Vida”

Eixos temáticos:

01 Conteúdos da Lei sobre o Ensino da História e Cultura Africana e Afrodescendente.
02 Afroetnomatemática na Educação Brasileira.
03 Religiões de Matriz Africana na Cultura Brasileira.
04 Corporeidade nas Culturas de Matriz Africana.
05 Educação na Perspectiva da Ancestralidade Africana.
06 Mulheres Negras e Educação.
07 História dos Afrodescendentes. Quilombos e Movimentos Sociais Negros no Brasil.
08 Literatura e História Africana e Afrodescendentes.
09 Memória e Histórias de Vida.
10 Negras e negros nas ciências e nas tecnologias.
11 Memórias e histórias de negras/ negros nas profissões.
12 Memórias e histórias de sindicalistas e militantes negros.

Programa Preliminar

11 de maio de 2010 – Terça-feira
 Credenciamento
 Sessão Solene de Abertura
 Palestra de Abertura
 Conferências
 Sessão Pôster
 Atividades artísticas/culturais

12 de maio de 2010 – Quarta-feira
 Oficinas e Mini-cursos
 Conferências
 Sessões de Comunicação

13 de maio de 2010 – Quinta-feira
 Oficinas e Mini-cursos
 Conferências
 Sessões de Comunicação

14 de maio de 2010 – Sexta-feira
 Oficinas e Mini-cursos
 Conferências
 Sessões de Comunicação
 Conferência de Encerramento

Normas para Submissão de Trabalho
Os trabalhos devem ser enviados para: patiruf@yahoo.com.br

Lançado o quarto número do boletim eletrônico “Tempo em Curso"

Prezado companheiro e prezada companheira,

Informo que já se encontra na página do LAESER (http://www.laeser.ie.ufrj.br/tempo_em_curso.asp) o quarto número do boletim eletrônico “Tempo em Curso: publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro”.

Vale salientar que o “Tempo em Curso” vem procurando realizar um quase inédito esforço de associação entre os debates econômicos, ao longo dos ciclos da conjuntura, com a dinâmica das desigualdades de cor ou raça no Brasil.

Este ano começa com diversas incertezas no cenário financeiro mundial, sendo necessário acompanhar se as mesmas não incidirão de forma negativa sobre as já pronunciadas assimetrias de cor ou raça em nosso país.

Neste número, vocês também poderão acompanhar indicadores da especialmente precária forma de inserção das mulheres negras (pretas & pardas, seguindo denominação do IBGE) no mercado de trabalho, comparativamente aos demais grupos de cor ou raça e sexo: rendimentos mais baixos e desemprego e subocupação mais elevados.

Nós, da equipe LAESER, mais uma vez, esperamos contar com vossa leitura, críticas e diálogo.

Um abraço

Marcelo J P Paixão
IE/UFRJ
Professor - Pesquisador / Coordenador LAESER
http://www.laeser.ie.ufrj.br/a

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Beyoncé, a ala Vip e o racismo institucional

Por Jocélio Teles 

Provocado pela mídia me desloquei com um amigo para o show de Beyoncé no Parque de Exposições. Havíamos comprado ingressos para a pista Vip, área restrita a quem pagasse R$ 370. Enquanto assistíamos ao show de Ivete Sangalo veio um exemplo de racismo institucional. Uma guarnição da Polícia Militar abruptamente abordou o meu amigo, circundando- o e já levando-o de modo truculento, sem nada perguntar.
 
Ao me aproximar para saber o que estava acontecendo, os soldados me afastaram. A resposta do corpo policial traduziu força e ameaça, mesmo que implícita, sem nenhum texto, a não ser o gestual, e demonstrou que não há verbo capaz de estabelecer um diálogo entre sujeitos que detém e os que devem ser alijados de alguma relação com aqueles que personificam o poder.
 
O meu amigo estupefato não reagiu. Foi levado para um canto da pista VIP, próximo aos holofotes e humilhado pela revista policial, como se estivesse cometido um delito. Por fim, após a crueldade de todo o rito da PM, ouviu a seguinte frase: “houve um roubo aqui na área VIP e soube que a pessoa era do seu estilo”. Qual estilo, cara pálida? Respondo: o da cor/raça. Meu amigo é negro retinto.
 
A área VIP era formada majoritariamente por indivíduos de classe média e branca. Se comparada com a área de pista mais barata, ali havia uma proteção policial considerável, mesmo sendo uma área reservada e sem grande fluxo de pessoas. A lógica da distribuição policial em espaços de eventos elitizados parece obedecer a critérios. Quais? Procuremos os sentidos implícitos, já manifestos na distribuição desigual da PM na cidade do Salvador.
 
Diante desse fato de racismo explícito, o que dizer dos olhares das pessoas diante de tal brutalidade? Ao ver um negro sendo levado por policiais, mesmo ele estando na área VIP, algo que indica um diferencial em termos de classe, um sentimento de proteção emana das cabeças ali situadas.
 
A naturalização do racismo – uma pessoa negra sempre é suspeita – associa-se aos que imaginam estarem sempre sendo protegidos pela corporação militar. Exemplos como esse abundam no País. O diferencial é que foi na ala VIP de um show. Lembro-me que no debate sobre as cotas raciais nas universidades os que eram contrários insistiam em dizer que no Brasil era difícil definir quem é negro. A resposta dos ativistas atualizou-se na área VIP para ver Beyoncé: “pergunte a polícia. Ela saberá”.
 
Jocélio Teles é doutor em antropologia e coordenador do Programa de Pós Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Ufba ( Pós Afro)
 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Debate sobre a Lei n. 10.639/03 - SP

O AFRHUM - Instituto Pedagógico para o Crescimento, Fortalecimento e Valorização do Viver Afro-Brasileiro e os Direitos Humanos realizará no dia 22 de março de 2010 a partir das 19h no Salão Nobre - Auditório Vereador João Brasil Vita - 8º andar da Câmara Municipal de São Paulo - Viaduto Jaceguai, 100 - Centro - São Paulo, o debate:
 
Nós, Afro-Descendentes: Hístória Africana e Afro-Descendente na Cultura Brasileira. Lutas pela consolidação da Lei 10.639/03.

Com os seguintes debatedores:

- Frei David - Presidente da EDUCAFRO
- Edileusa Penha de Souza da SECAD - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC - Ministério da Educação
- Kabengele Munanga - Diretor do Instituto de Antropologia da USP - Universidade de São Paulo
- Rosana de Souza - Professora da Rede Pública de Ensino do Município de São Paulo
- Mameto Kindandalakata Mona Kilimbekeueta - Sacerdotisa do Candomblé de Angola.
- Dra. Maria da Penha Guimarães - Advogada e militante na área dos Direitos Humanos

O evento será conduzido por Geraldo Potiguar do Nascimento (Geraldinho) - Coordenador do AFRHUM.

III Seminário "Preconceito na fala, preconceito na cor” - BA

  26, 27 e 28 de maio de 2010
Horário :   8 às 12 e 14 às 17 h
 
Local  -  Casa de Angola - Bahia
Praça dos Veteranos – Salvador – BA - Brasil
Acesse: http://falaneguinhofala.blogspot.com

Inscrição: preconceitonafalaenacor@bol.com.br

  Os organizadores do evento querem uma identidade e um nível de igualdade entre as pessoas, independente da cor, que caracteriza as mais variadas formas de preconceito, seja linguístico, racial, religioso ou social.

Nesse seminário, ouviremos e aprenderemos com professores de outros estados, tendo como palestrante de abertura, o Prof. Dr. Kabengelê Munanga – USP/FFLCH.  Presenciaremos fatos e histórias, revisaremos memórias e, talvez,  percebamos os meios que temos para mostrarmos e vivenciarmos o passado num presente alegre, real e atual.


Contamos com sua presença!

Bikud@s na Mudança do Garcia - BA

 
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Afirme-se! Pela Manutenção no STF das Políticas Afirmativas!


07/02/2010 - 19:43:10
Plenária da Campanha Afirme-se em Salvador


Ações afirmativas sob ataque
A partir de 3 de março o STF irá pôr em xeque a constitucionalidade das políticas afirmativas no Brasil
Por Jaqueline Barreto
“O embate ideológico na sociedade contemporânea se dá na grande mídia. Os grandes meios de comunicação são contrários às políticas afirmativas. Então, nós só podemos denunciar esse ataque às cotas  se comprarmos as matérias nos jornais. Afinal de contas, essa mídia não dá espaço para publicações do movimento social”, declarou  o jornalista Fernando Conceição durante abertura da plenária  da campanha Afirme-se! que ocorreu na última quinta-feira, às 18hs, na Biblioteca Pública dos Barris. Iniciativa da ONG Omi-DùDú, a campanha Afirme-se! Pela Manutenção no STF das Políticas Afirmativas! Visa fazer uma inserção midiática através da compra de páginas inteiras nos 4 grandes jornais de circulação nacional como o Folha de São Paulo, O Globo, O Estado de São Paulo e o Correio Braziliense, além de 4 placas de outdoor em 8 capitais brasileiras. O valor da Campanha fica em torno de R$  350.000,00(trezentos e cinqüenta mil reais).
Fernando Conceição, idealizador da campanha, explicou que o STF (Supremo Tribunal Federal) é uma corte suprema que julga o caráter constitucional das leis no país. O questionamento sobre uma provável inconstitucionalidade das cotas nasceu de dois processos que estão em trâmites no Supremo: um do estudante da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e outro da advogada do Partido Democratas (DEM) referindo-se às cotas na UNB “Através desses anúncios iremos mostrar que cerca de 65% dos brasileiros, segundo dados do Instituto Datafolha, são a favor das políticas afirmativas. Vamos mostrar também que os alunos que entraram pelo sistema de cotas tiveram rendimento igual ou superior aos demais estudantes que não foram beneficiados pelo regime cotista” enfatizou, lembrando ainda que o Presidente do STF, Gilmar Mendes, foi orientador da tese de doutorado da advogada do DEM.
Walter Altino, representante do Atitude Quilombola, frisou que a adoção das políticas afirmativas é fruto da luta histórica do movimento negro  e afirmou que a campanha precisa ser abraçada por todas as instituições que trabalham com o setor marginalizado do país. “ Vou tentar conseguir uma quantia de R$ 500,00 com o Atitude Quilombola”.  De acordo com Jerônimo, da UNEGRO, o movimento deve organizar, o mais rápido possível, uma campanha midiática como a proposta pelo Núcleo Omi-DùDú e, além disso, promover também uma mobilização em forma de caravanas. “Temos que nos unir. Nos dias das audiências, entre 3 e 5 de março, teremos que ter em Brasília, na porta do STF, pelo menos umas 50.000 pessoas”, frisou.
“A gente vai ter que bancar a mídia para que ela divulgue o que a gente pensa. Os oprimidos vão se juntar para garantir a causa dessa luta. Precisamos ter no carnaval um adesivo com o slogan “Afirme-se! Faça sua doação já!”, destacou a vereadora Olívia Santana do PC do B, garantindo ainda que o seu mandato se compromete em fazer uma doação à campanha.
Segundo João Jorge, Presidente do bloco afro Olodum, a instituição se compromete em mobilizar durante o carnaval através de placas no carro de som, balão, slogan da campanha na fantasia carnavalesca, divulgação pelo site do Olodum e, durante o trajeto, suscitar reflexões sobre a importância da articulação nacional.“ Nos dias 3 a 5 de março o ministros irão ouvir as vozes das ruas, da população afro-descendente”, pontuou.  Ao final da plenária, os militantes e representantes das instituições decidiram pela abertura de uma conta bancária que ficará sob responsabilidade do Fundo Brasil Direitos Humanos, criação de um conselho político que deverá coordenar a campanha nacionalmente com membros da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre. Além disso, foi criado um conselho pragmático composto pelo Instituto Mídia Étnica, Palavra de Mulher Lésbica, Fórum Baiano de Juventude Negra, Atitude Quilombola, Omi-DÚDú, CEN,  UNE, UNEGRO e Salvador pela Paz.
Fonte: ìrohìn / www.nucleoomidudu.org.br / Tel /3334-5982/3334-2948/ASCOM/ Jaqueline Barreto

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O governo federal incentivará Estados e municípios que implementarem a Lei n. 10.639/03

O governo federal dará recursos extras a Estados e municípios que se comprometerem a incluir no currículo escolar o tema da cultura e da história afro-brasileira. O compromisso virá pela adesão ao plano de implementação de uma lei de 2003, a 10.639, que torna obrigatório nas redes de ensino o estudo da história africana e da participação dos negros na formação da sociedade brasileira. Editais para o financiamento de cursos de formação e treinamento de professores nessa área, por exemplo, serão abertos apenas aos prefeitos e governadores que assinarem o plano federal.

Esse plano de implementação nada mais é do que uma reação do governo à falta de interesse de prefeitos e governadores a cumprirem por vontade própria a lei de 2003. Justamente por isso virá acompanhado de atrativos. Além de dinheiro, alguns setores do governo defendem que seja oferecido um bônus na pontuação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que considera a Prova Brasil e dados de aprovação de alunos) àqueles que confirmarem a adesão. O Ideb possui um forte apelo político, sendo usado em campanhas eleitorais tanto como um instrumento de ataque como de propaganda, o que, na visão do governo, seria uma isca para a adesão. Esse ponto, porém, ainda está em discussão. Responsável pela área no Ministério da Educação, o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, não quis se manifestar sobre o bônus porque o plano ainda não foi finalizado. Em entrevista anterior, ele afirmou que é preciso ampliar a implementação da lei, já que sua aplicação vem ocorrendo de forma bastante heterogênea, e, segundo ele, aparentemente pior na rede privada do que na pública.

A adesão não será obrigatória. O plano será lançado neste mês, numa parceria do Ministério da Educação e da Secretaria da Igualdade Racial da Presidência. Uma ideia é anunciá-lo em 13 de maio, dia no qual é comemorada a abolição da escravatura no Brasil. Ao aderir ao plano, Estados e municípios não serão obrigados a criar disciplinas específicas sobre o tema étnico-racial nas escolas. A temática terá de ser incorporada em livros didáticos e paradidáticos e nas aulas de história e geografia, por exemplo, desde a educação infantil até o ensino médio.

Já a formação dos professores será modificada. Nos cursos de graduação de pedagogia, será incentivada a criação de disciplinas sobre diversidade étnico-racial. "A nossa avaliação é que as universidades ainda não incorporaram de maneira decidida esses conteúdos na formação de professores" , diz Lázaro. Os já formados terão de passar por cursos de capacitação. Isso já ocorreu com 30% dos diretores de escola e 25% dos docentes de escolas públicas, segundo pesquisa encomendada pelo Ministério da Educação. "O plano é importante para que todos os alunos tenham a compreensão da real contribuição africana nas suas vidas", afirma Martvs da Chagas, subsecretário de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria da Igualdade Racial. A temática passará ainda a ser uma exigência obrigatória nos editais de livros do Ministério da Educação.
 
EDUARDO SCOLESE - ANGELA PINHO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Audiência Pública sobre Políticas de Ação Afirmativa de Reserva de Vagas no Ensino Superior - DF

Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 186 e
Recurso Extraordinário 597.285/RS
Programação
3/3 Quarta-feira
8h30 - Abertura – Excelentíssimo Senhor Ministro Enrique Ricardo Lewandowski
9h - Procurador-Geral da República Roberto Monteiro Gurgel Santos
9h15 - Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil Ophir Cavalcante
9h30 - Advogado-Geral da União Luís Inácio Lucena Adams
9h45 - Ministro Edson Santos de Souza -  Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (SEPPIR)
10h - Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) – Erasto Fortes de Mendonça - Doutor em Educação pela UNICAMP e Coordenador Geral de Educação em Direitos Humanos da SEDH
10h15 - Ministério da Educação (MEC); – Secretária Maria Paula Dallari Bucci - Doutora em Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da Fundação Getúlio Vargas. Secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC)
10h30 - Fundação Nacional do Índio (FUNAI) – Carlos Frederico de Souza Mares - Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná/PR
10h45 - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) –Mário Lisboa Theodoro - Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
11h – Arguente - Democratas (DEM) - ADPF 186 – Procuradora/Advogada Roberta Fragoso Menezes Kaufman; (15 minutos)
11h15 – Arguido - Universidade de Brasília (UnB) – Antônio Sergio Alfredo Guimarães (Sociólogo e Professor Titular da Universidade de São Paulo) ou José Jorge de Carvalho (Professor da Universidade de Brasília - UnB. Pesquisador 1-A do CNPq. Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa - INCT) - Universidade de Brasília (UnB); (15 minutos)
11h30 - Recorrente do Recurso Extraordinário 597.285/RS – Procurador/Advogado de Giovane Pasqualito Fialho; (15 minutos)
11h45 – Recorrido - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Professora Denise Fagundes Jardim - Professora do Departamento de Antropologia e Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); (15 minutos)
4/3 Quinta-feira
  
8h30 - “A construção do mito da democracia racial na sociedade brasileira. Aspectos positivos. Sobre as conseqüências sociais da imposição de uma ideologia importada que objetiva entronizar a idéia de ‘raça’, tanto no que tange a distribuição da justiça, quanto na formação de jovens e crianças nas escolas brasileiras”. Yvone Maggie – Antropóloga, Mestre e Doutora em Antropologia Social pela UFRJ - Professora de Antropologia da UFRJ; (15 minutos)
8h45 - Sérgio Danilo Junho Pena – Médico Geneticista formado pela Universidade de Manitoba, Canadá. Professor da UFMG e ex-professor da Universidade McGill de Montreal, Canadá; (15 minutos)
9h - George de Cerqueira Leite Zahur – Antropólogo e Professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais; (15 minutos)
9h15 - Eunice Ribeiro Durham – Antropóloga. Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professora Titular do Departamento de Antropologia da USP e atualmente Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP; (15 minutos)
9h30 - “Problemas jurídico-históricos relativos à escravidão. Miscigenação em terras brasileiras”. Ibsen Noronha – Professor de História do Direito do Instituto de Ensino Superior Brasília - IESB – Associação de Procuradores de Estado (ANAPE); (15 minutos)
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10h - “As vicissitudes do racismo na formação da população brasileira e as desvantagens sociais para a população negra alvo de discriminação racial no acesso aos bens materiais e imateriais produzidos em nossa sociedade. Inclusão Racial no Ensino Superior”.Fundação Cultural Palmares - Luiz Felipe de Alencastro - Professor Titular da Cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne; (15 minutos)
10h15 - “Constitucionalidade das políticas de ação afirmativa nas Universidades Públicas brasileiras na modalidade de cotas”.Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo – Kabengele Munanga - Professor da Universidade de São Paulo (USP); (15 minutos)
10h30 - “A obrigação do Estado em eliminar as desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidade e tratamento, bem como compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização por motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros”. Conectas Direitos Humanos (CDH) – Oscar Vilhena Vieira - Doutor e Mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Direito pela Universidade de Columbia. Pós-doutor pela Oxford University. Professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV/SP) - Conectas Direitos Humanos (CDH); (15 minutos)
10h45 - “Compatibilidade entre excelência acadêmica e ação afirmativa”. Leonardo Avritzer – Foi Pesquisador Visitante no Massachusetts Institute of Technology; (15 minutos)(MIT). Participou como amicus curiae do caso Grutter v. Bollinger – Professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
11h - “Papel das ações afirmativas”. Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural (AFROBRAS) – Representante a ser definido pela entidade; (15 minutos)
  
5/3 Sexta-feira
Manhã
8h30 - A CONSTITUCIONALIDADE DAS AÇÕES AFIRMATIVAS
Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (EDUCAFRO) – Fábio Konder Comparato – Professor Titular da Universidade de São Paulo - USP; (15 minutos) ou Frei David Santos OFM - Diretor Executivo
8h45 - “A Compatibilidade das cotas com o sistema constitucional brasileiro”.Fundação Cultural Palmares –Flávia Piovesan - Professora Doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR); (15 minutos)
9h - “Resultados parciais da missão sobre Racismo na Educação brasileira, em desenvolvimento pela Relatoria Nacional, da qual resultará relatório a ser encaminhado às instâncias da ONU em 2010”. Ação Educativa – Sérgio Haddad - Mestre e Doutor em História e Sociologia da Educação pela Universidade de São Paulo. Diretor Presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos – Coordenador da Ação Educativa (15 minutos)
9h15 - “Defesa das Políticas de Ação Afirmativa”.Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) – Marcos Antonio Cardoso - Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN); (15 minutos)
9h30 - “Políticas de cotas como um dos instrumentos de construção da igualdade mediante o reconhecimento da desigualdade historicamente acumulada pelos afrodescendentes em função das práticas discricionárias de base racial vigentes em nossa sociedade”. Geledés Instituto da Mulher Negra de São Paulo – Sueli Carneiro - Doutora em Filosofia da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais. Foi Conselheira e Secretária Geral do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo; (15 minutos)
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10h - “Proporcionalidade e razoabilidade do fator de ‘discrimen’. Impossibilidade de identificação do negro”. Juiz Federal da 2ª Vara Federal de Florianópolis Carlos Alberto da Costa Dias; (15 minutos)
10h15 - “A ‘raça estatal’ e o racismo”. José Roberto Ferreira Militão – Conselheiro do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra do Governo do Estado de São Paulo (1987-1995); (15 minutos)
10h30 - Serge Goulart - autor do livro “Racismo e Luta de Classes”, Coordenador da Esquerda Marxista – Corrente do PT, editor do jornal Luta de Classes e da Revista teórica América Socialista; (15 minutos)
10h45 – “A racialização das relações sociais no âmbito das periferias das grandes cidades”.Movimento Negro Socialista – José Carlos Miranda; (15 minutos)
11h – “Políticas públicas de eliminação da identidade mestiça e sistemas classificatórios de cor, raça e etnia”. Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (MPMB) e Associação dos Caboclos e Ribeirinhos da Amazônia (ACRA) – Helderli Fideliz Castro de Sá Leão Alves; (15 minutos)
Tarde
Experiências de aplicação de políticas de ação afirmativa
14h - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) – Professor Alan Kardec Martins Barbiero; (15 minutos)
14h15 - União Nacional dos Estudantes (UNE) - Cledisson Geraldo dos Santos Junior – Diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE); (15 minutos)
14h30 - Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) – João Feres - Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP. Mestre e Doutor em ciência política pela City University of New York (CUNY) – Professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ); (15 minutos)
14h45 - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) –Professores Renato Hyuda de Luna Pedrosa ou Professor Leandro Tessler - Coordenadores da Comissão de Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (15 minutos)
15h - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); – Pró-reitor de Graduação Professor Eduardo Magrone; (15 minutos)
15h15 - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Pró-Reitor de Graduação Professor Jorge Luiz da Cunha; (15 minutos)
15h30 - Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Vice-Reitor Professor Carlos Eduardo de Souza Gonçalves; (15 minutos)
15h45 - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Professor Marcelo Tragtenberg; (15 minutos)
  
Encerramento – Excelentíssimo Senhor Ministro Enrique Ricardo Lewandowski