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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Espetáculo “A peleja de João para ser um cidadão” - BA

O grupo de Teatro da Polícia Militar da Bahia estará apresentando para os/as estudantes do projeto Conexão Direta com o Futuro do Instituto Nextel, e para estudantes dos projetos do Instituto Cultural Steve Biko o espetáculo “A peleja de João para ser um cidadão”.
Este espetáculo conta a história de um jovem rapaz que sai de seu interior para tentar a sorte na “cidade grande”, é um show de danças populares, teatro e música. Após as apresentações será realizado um bate-papo sobre cidadania, segurança pública e arte, com os atores e também policiais militares integrantes do grupo de teatro.   
A apresentação será gratuita e para aqueles/as que tiverem interesse. Acontecerá no Forte da Capoeira - Largo do Santo Antônio - Pelourinho, as 09h e às 14h da próxima sexta-feira (02/10).

Ensaios da Banda Diamante Negro - BA

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Lançamento do site do Dep. Luiz Alberto - BA



Filme sobre capoeirista baiano Besouro Mangangá é superprodução

Ivan Dias Marques | Redação CORREIO
Berimbau... Cânticos... Palmas... Roda... Jogo... Saltos... Câmera... Ação! A capoeira saiu das senzalas e ganhou a liberdade com muita luta e gana. Exportou-se. Agora, a arte vai ganhar as telonas. E não haveria lugar melhor do que a Bahia para servir de inspiração para Besouro, longa-metragem que conta a história do mais mítico dos capoeiristas da história e que estreia nos cinemas em 30 de outubro.
Nascido em Santo Amaro da Purificação, Manoel Henrique Pereira (1897-1924), o Besouro Mangangá, pode ser novidade para muitos leitores e futuros espectadores, mas é velho conhecido das rodas de capoeira em cânticos, onde é tão relembrado quanto os mestres Pastinha e Bimba. Descrito como valente e mulherengo, ele tinha o ‘corpo fechado’ pelos orixás, o que era explicação para fugas mirabolantes. Batia em policiais e morreu, segundo as histórias, vítima de ‘trairagem’.
Mito
No livro Mar morto (1936), Jorge Amado (1912-2001) dedica um capítulo a Besouro. O escritor afirma que o mito é mais importante do que os senhores e os nobres de Santo Amaro: “A estrela de Besouro pisca no céu. É clara e grande.Um dia voltará para se vingar. Voltará outro, ninguém saberá que é Besouro. A sua estrela desaparecerá do céu, ele brilhará na Terra”.

Coube a um capoeirista, natural de Lençóis, trazer Besouro de volta em forma de interpretação. Aílton Carmo, 22, estava na Bélgica, chegou no segundo teste de elenco do filme, foi “tesourado” pelos concorrentes (gíria que significa ser boicotado no jogo), mas acabou ganhando o papel de protagonista. “É muito importante para mim representar o Besouro. Por ser negro, capoeirista. Sei quem era ele”, afirma o artista, que enfatiza a importância para a cultura capoeirista que não fosse qualquer um que interpretasse a lenda..
O ator faz questão de dar crédito à preparadora de elenco Fátima Toledo (Cidade de Deus), 55, conhecida pelos métodos “diferentes” (e eficazes) de afinar os atores para atuar. De acordo com Aílton, a alagoana sugou a alma dele num trabalho considerado por Aílton muito duro: “Ela conseguiu fazer de mim o Besouro guerreiro”, conta.
O longa é baseado no livro Feijoada no paraíso, do escritor carioca Marco Carvalho.. O estreante diretor João Daniel Tikhomiroff, 59, construiu uma trama que envolve o mito em ação, romance, religião e história. “O filme baseia-se no livro, mas não se prende a ele nem aos personagens reais que fizeram parte da vida de Besouro. Não se trata de um filme biográfico, nem histórico. É ficção, uma verdadeira fantasia, baseada nas lendas sobre um homem extraordinário”, explica o cineasta carioca.
Para Aílton, que pretende seguir a carreira de ator (mas sem esquecer a capoeira), o filme serve também para a preservação da cultura brasileira e baiana: “Acho um resgate da figura de Besouro, que estava sumido.”
Superprodução
O Besouro não é um filme qualquer mesmo. Além de trazer a história de um mito nacional para o grande público, o longa-metragem, orçado em R$ 10 milhões, teve uma produção poucas vezes vista no cinema brasileiro. Apesar de ser a sua estreia na telona, João Daniel Tikhomiroff tem um currículo respeitável como publicitário: ele ganhou 41 Leões no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, sendo um dos brasileiros mais premiados no evento.

Os efeitos especiais nas lutas foram comandados pelo chinês Huen Chiu Ku, que trabalhou nas coreografias de Matrix (1999), O tigre e o dragão (2000) e Kill Bill (2003/2004). Com ele, os saltos que Besouro dava ganharam tamanho proporcional às lendas. Uma delas conta que ele, após ser alvejado diversas vezes, levantou-se e pulou de uma ponte, só aterrissando do outro lado, para espanto de todos. “Foi meio estranho fazer, amarrado com cabos, alguns movimentos da capoeira a que eu estava acostumado”, lembra Aílton Carmo, que gostou do resultado final no filme, apesar de só ter visto parte dele ainda.
A fotografia de Besouro é do equatoriano Enrique Chediak, vencedor de um Sundance por Hurricane (1997). O filme ainda tem produção associada de Daniel Filho, distribuição da Buena Vista International, documentário e making of realizados por Kátia Lund (co-diretora de Cidade de Deus) e fotos de Christian Cravo. A qualidade final fez com que o filme, mesmo antes de chegar às salas, fosse um dos pretendentes à indicação brasileira ao Oscar 2010.
Trilha
A música de Besouro é um caso à parte. A direção é de Rica Amabis, de projetos como o 3 na Massa e Instituto: ele convidou o mestre Gilberto Gil para a fazer o tema, arranjado pela Nação Zumbi e com participação do percussionista Naná Vasconcelos. “Trata-se de falar de um herói brasileiro, negro, ligado à capoeira e ao candomblé, que são aspectos da nossa cultura só recentemente legitimados na sociedade brasileira. Por isso, tive muito cuidado pra fazer a música”, declarou Gil.

Projetos baianos do Doc TV estreiam
O apogeu e a queda de fazendeiros da região cacaueira do estado na visão deles próprios é o foco de Os magníficos, filme do francês Bernard Attal, que vive em Salvador desde 2005. O documentário estreia na próxima terça-feira no Espaço Unibanco Glauber Rocha, às 20h, em sessão gratuita, e foi um dos projetos baianos selecionados para o quarto ano do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão ao Documentário Brasileiro (Doc TV), do Ministério da Cultura.

O média-metragem mostra três fazendeiros que herdaram toda a pompa e dinheiro que as exportações de cacau proporcionaram. Entretanto, a partir do início da década de 90, a praga vassoura- de-bruxa dizima a produção e os cacauicultores têm que reconstruir a vida.
Os dramas foram filmados por Attal, inspirado no clássico Soberba (1942), de Orson Welles. Também no dia 29, às 20h, no Espaço Unibanco Glauber Rocha, estreia Negros, da diretora baiana Mônica Simões, de Eu sou neguinha? (1998) e Quilombos urbanos (1994), também selecionado pelo Doc TV. O documentário recupera, através de cenas cotidianas de filmes e vídeos realizados ao longo de mais de 80 anos, como foi a construção da imagem do negro na Bahia. Negros conta com registros de casamentos, trabalho, lazer e festas.
(Notícia publicada na edição impressa do dia 24/09/2009 do CORREIO)

Documentário "Negros", de Mônica Simões - BA


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STF fará audiências públicas no próximo ano antes de julgar cotas das universidades federais

Objetivo é colher depoimentos de pessoas com experiência e autoridade em matéria de políticas de ação afirmativa no ensino superior, que possam balizar o futuro julgamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) só irá se pronunciar sobre a legalidade dos critérios raciais e do sistema de reserva de vagas para alunos egressos do ensino público como formas de acesso a universidades federais no próximo ano. As ações que discutem o assunto serão tema de audiência pública de 3 a 5 de março do próximo ano, das 9 às 12 horas, conforme convocação feita pelo relator, ministro Ricardo Lewandowski.


Quem quiser participar dos debates deverá fazer a inscrição entre os dias 1º e 30 de outubro, por meio de mensagem eletrônica para o endereço acaoafirmativa@stf.jus.br

O STF vai disponibilizar em seu portal, a partir do dia 13 de novembro deste ano, a relação dos inscritos habilitados a participar da audiência.

O objetivo do ministro Lewandowski é colher depoimentos de pessoas com experiência e autoridade em matéria de políticas de ação afirmativa no ensino superior, que possam balizar o futuro julgamento. Foram convidados, além dos ministros do STF, os presidentes do Congresso Nacional e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); o procurador-geral da República e o advogado-geral da União; o Ministério da Educação; as Secretarias Especiais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e dos Direitos Humanos (SEDH) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

"A questão constitucional apresenta relevância do ponto de vista jurídico, uma vez que a interpretação a ser firmada por esta Corte poderá autorizar, ou não, o uso de critérios raciais nos programas de admissão das universidades brasileiras", afirmou Lewandowski, no despacho no qual convocou a audiência.

"Evidencia-se a repercussão social, porquanto a solução da controvérsia em análise poderá ensejar relevante impacto sobre políticas públicas que objetivam, por meio de ações afirmativas, a redução de desigualdades para o acesso ao ensino superior", acrescentou o relator.

Uma das ações que será objeto do debate foi ajuizada pelo DEM e questiona o sistema de cotas raciais adotado pela Universidade de Brasília (UnB) para preenchimento de 20% das vagas abertas nos vestibulares. Segundo o DEM, as cotas ferem os princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade e da razoabilidade. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, negou, em 31 de julho, liminar pedida pelo partido e a Procuradoria-Geral da República (PGR) já emitiu parecer pela rejeição da ação.

Há ainda em tramitação na Corte um recurso em que se debate o sistema de reserva de vagas para estudantes do ensino público e para estudantes negros adotado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

(Marco Antonio Soalheiro, da Agência Brasil, 23/9)

Diálogos Políticos em Estudos Africanos: Caribe, Índia e Burkina Faso - BA


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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Café com Diversidade - SP


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Campanha Nacional contra o Genocídio do Povo Negro - BA

Encontro com organizações juvenis negras de Salvador e região metropolitana para discutir a Campanha Nacional contra o Genocídio do Povo Negro e o Fundo de apoio à organizações juvenis negras do nordeste.

Dia: 01 de outubro (quinta-feira) , às 14h, na Casa do Benin

Campanha Nacional Contra o Exterminio da Juventude Negra: uma campanha em defesa da vida e da liberdade

Começa amanhã, 29/09, o Colóquio dos 50 anos do CEAO/UFBA


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domingo, 27 de setembro de 2009

Diálogos Políticos em Estudos Africanos: Caribe, Índia e Burkina Faso - BA

Dias 1 e 2 outubro de 2009


Programação:

Dia 1 outubro, 5a, 18. 30h - Bruno Doti [Burkina Faso] Autorepresentação e escrita da história dos povos africanos.

Dia 2 de outubro, 6a, 10.00h – Richard Goodridge [Barbados] Estudos Africanos no Caribe

Dia 2 de outubro, 6a, 18.30h – Suresh Kumar [Índia] Estudos Africanos na Índia.


Local: Centro de Estudos Afro-Orientais (UFBA) – Largo 2 de Julho – Salvador


Contato: alyxandragomes@yahoo.com.br ou 71-87246364
Promoção Ceao/PósAfro/Sephis

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Debate Sobre o Resgate da Memória Cultural da Zona Portuária - RJ

Mesa: Paulo Messina (Vereador/PV), Marcelo Monteiro (Secretário Geral do Instituto Pretos Novos), Damião Braga (Aquilerj) Jandira Feghali (Secretária Municipal de Cultura), Carlos Machado (Grupo Cultural Filhos de Ghandi), Washington Fajardo (Subsecretário de Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design) e representante do Bloco Carnavalesco Escravos da Mauá.
Dia: 29 de setembro, terça-feira, às 18h00
Local: Plenário da Câmara de Vereadores

Objetivo: Discutir fórmulas de preservação da memória cultural e histórica da região da Zona Portuária e, ao mesmo tempo, pensar em como criar mecanismos para que os grupos culturais da região possam continuar desenvolvendo suas atividades e possam acessar os equipamentos ali existentes para o desenvolvimento de suas ações.
Uma das finalidades do seminário é pensar estratégias que visem à construção de um museu a céu aberto e garanta um ou dois galpões na região para que as organizações ligadas à cultura negra e à cultura popular possam se instalar e tenham condições objetivas para desenvolver suas ações.


Nome do indígena guarani Sepé Tiaraju foi inscrito no 'Livro dos Heróis da Pátria'

O presidente da República em exercício, José de Alencar, sancionou lei que inscreve o nome de Sepé Tiaraju no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Com assinatura conjunta do ministro da Cultura, Juca Ferreira, o ato foi publicado nesta terça-feira, 22 de setembro, no Diário Oficial da União.
O nome do índigena missioneiro rio-grandense-do-sul é a décima-primeira inscrição no Livro e se dá para assinalar a passagem dos 250 anos de sua morte. Desde de novembro de 2005, José Tiaraju já constava como herói guarani declarado pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Nascido em um dos aldeamentos jesuíticos dos Sete Povos das Missões, foi batizado com o nome latino cristão de Joseph. Também conhecido como Sepé, por ser um bom combatente e estrategista tornou-se líder dos guerreiros indígenas que atuaram contra as tropas luso-brasileira e espanhola na chamada Guerra Guaranítica.
Tal conflito inseriu-se no contexto histórico das demarcações decorrentes da assinatura do Tratado de Madrid (1750), que exigiu a retirada da população guarani aldeada pelos missionários jesuítas do território que ocupava, havia cerca de 150 anos.
Por seu feito, chegando a ser considerado um santo popular, virou personagem lendário gaúcho e sua memória ficou registrada na literatura por Basílio da Gama no poema épico O Uraguay (1769) e por Érico Veríssimo no romance O Tempo e o Vento (1962).

O Livro de Aço

Destinado ao registro perpétuo de personalidades históricas ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido suas vidas para a defesa da Pátria, com excepcional dedicação e heroísmo, o Livro dos Heróis da Pátria já contava com os nomes de dez personalidades:
·         Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes
·         Zumbi dos Palmares
·         Marechal Manuel Deodoro da Fonseca
·         Dom Pedro I
·         Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias
·         Coronel José Plácido de Castro
·         Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré
·         Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, o Barão do Amazonas
·         Alberto Santos Dumont
·         José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência

Leia mais: Memória Brasileira.
 

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Câmara homenageia os 70 anos de iniciação de Mãe Stella de Oxossi - BA

Na Câmara Federal (dia 15/9), o deputado Emiliano José (PT-BA) repercutiu os 70 anos de iniciação da Mãe Stella de Oxossi no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, comemorados no dia 12 de setembro. Maria Stella de Azevedo Santos – seu verdadeiro nome – já tem 33 anos conduzindo a casa de candomblé, uma das mais famosas de Salvador e que no ano que vem completa o seu centenário.



“Nesses quase 100 anos, o Ilê Axé Opô Afonjá foi governado por figuras extraordinárias, como Mãe Aninha e Mãe Senhora de Oxum, por quem, aliás, Mãe Stella foi consagrada. Essa filha de Oxóssi é a quinta autoridade do terreiro e uma das mais respeitadas autoridades religiosas da Bahia. Por sua serenidade e firmeza. Talvez ela absorva as características de seu orixá, Oxóssi, acostumado à solidão das matas e aos modos sutis, desenvolvidos para não espantar a caça”, pronunciou.
 
Emiliano afirmou que uma das mais fortes características de Mãe Stella foi ter lutado pela afirmação do candomblé como religião e que ela nunca se conformou com o atrelamento do candomblé aos ritos do catolicismo. “Pretendeu, sempre, separar a água do vinho. As outras igrejas, que ficassem em seus campos, com seus ritos, suas crenças. Os orixás são os orixás. Os santos católicos são os santos católicos”. Acompanharam Mãe Stella nessa batalha Menininha do Gantois, Olga de Alaketu e Doné Nicinha do Bogum, autoridades de casas de forte tradição em Salvador.
 
RESPEITO AO CANDOMBLÉ


Hoje, na Bahia, o candomblé é bastante respeitado em sua singularidade e já é considerado como religião. “Orgulho-me de ter sido, na Constituinte Estadual, o autor de um artigo da Constituição que firma o candomblé como religião”, lembrou Emiliano.
 
O deputado destacou que Mãe Stella recebeu o título de doutora honoris causa da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no dia 10 de setembro. Segundo ele, um ato como esse, “uma honraria como essa”, na universidade brasileira seria impensável há algum tempo atrás. “O candomblé só deixou de ser caso de polícia em 1975. Só a partir desse ano é que as religiões de matriz africana foram liberadas de pedir licença à polícia para oficiar os seus ritos. Por isso, considero um avanço extraordinário que a UNEB preste tal homenagem a essa extraordinária autoridade religiosa da Bahia”, opinou.
 
“Hoje Mãe Stella reconhece que muita coisa mudou. Muitos padres passam pelo Ilê Axé Opô Afonjá. Reconhecem a importância do terreiro como referência religiosa e cultural. No dia da cerimônia de entrega do título de doutora honoris causa, um padre a cumprimentou e disse que a admirava muito. Ela tem consciência de que o candomblé hoje tem se afirmado como religião e que já dispõe de força política, no sentido amplo da palavra”, contou.
 
Emiliano concluiu: “Que beleza possamos nós, possa o povo brasileiro, contar com uma religião como o candomblé que, sem nenhuma ostentação, defende a paz, a concórdia, a solidariedade, o amor para com a humanidade e com a natureza. Valores que o mundo tanto necessita. Tudo que Mãe Stella expressa com tanto vigor, determinação e ternura. Axé”.
 

Discurso sobre aniversário da Mãe Stella de Oxóssi

Dia 15/09/2009, às 15h40min



Sessão: 242.3.53.O




O SR. EMILIANO JOSÉ
(PT-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 12 de setembro, senhor presidente, Mãe Stella de Oxóssi comemorou 70 anos de iniciação religiosa. Há 33 anos, Maria Stella de Azevedo Santos conduz o Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais famosos terreiros de candomblé de Salvador, que no ano que vem completa 100 anos de existência. Nesses quase 100 anos, o Ilê Axé Opô Afonjáfoi governado por figuras extraordinárias, como Mãe Aninha e Mãe Senhora de Oxum, por quem, aliás, Mãe Stella foi consagrada. Essa filha de Oxóssi é a quinta autoridade religiosa do terreiro.

 
Mãe Stella é uma das mais respeitadas autoridades religiosas da Bahia. Por sua serenidade e firmeza. Talvez ela absorva as características de seu orixá, Oxóssi, acostumado à solidão das matas e aos modos sutis, desenvolvidos para não espantar a caça. Em depoimento à jornalista Cleidiana Ramos, no jornal A Tarde, de 13 de setembro deste ano, ela fala um pouco de sua personalidade, dizendo-se gentil com todos, mas afirmando-se um pouco reservada, sem deixar de lado o seu bom humor.
 
O nome sagrado de Mãe Stella é Odé Kayodê. O significado do nome é caçador de alegria. E foi o sentimento da alegria que tomou conta do terreiro na semana que passou, com as comemorações em torno dos 70 anos de iniciação da Mãe do Ilê Axé Opô Afonjá. Talvez uma das mais fortes características de Mãe Stella seja o de ter lutado pela afirmação do candomblé como religião.
 
E não lutado genericamente. Nunca se conformou com o atrelamento do candomblé aos ritos do catolicismo. Pretendeu sempre separar a água do vinho. As outras igrejas, que ficassem em seus campos, com seus ritos, suas crenças. Que deixassem o candomblé seguir o seu rumo centenário, acompanhar o que diziam, o que professavam seus ancestrais. Os orixás são os orixás. Os santos católicos são os santos católicos.
 
Em 1983, ela encabeçou um manifesto expondo essa visão. Era uma forma de professar a autonomia de sua religião, o que assustou muita gente. Era muita ousadia. Ela não queria nada com o sincretismo. Certamente entendia a razão do sincretismo. Compreendia que uma religião que fora obrigada a atravessar séculos sob a escravidão e sob uma religião oficial a católica não tinha outra saída senão buscar no sincretismo um modo de sobrevivência. Mas, isso, na visão de Mãe Stella, não podia persistir. Foi um grito de liberdade.
 
O documento-grito, redigido por Mãe Stella, foi assinado também por Menininha do Gantois, Olga de Alaketu e Doné Nicinha do Bogum, autoridades de grande respeito e também de casas de forte tradição em Salvador. Quando criança, Mãe Stella ficava indignada quando ouvia padres se referirem ao candomblé de forma negativa, depreciativa. Hoje, na Bahia, o candomblé já é bastante respeitado em sua singularidade. Orgulho-me, senhor presidente, de ter sido, na Constituinte Estadual, o autor de um artigo da Constituição, que firma o candomblé como religião.
 
Evidência desse respeito é o fato de que Mãe Stella recebeu o título de doutora honoris causa da Universidade do Estado da Bahia, no dia 10 de setembro. Um ato como esse, uma honraria como essa, na universidade brasileira seria impensável há algum tempo atrás. Lembro, apenas para que não nos esqueçamos, que o candomblé na Bahia só deixou de ser caso de polícia em 1975. Só a partir desse ano é que as religiões de matriz africana foram liberadas de pedir licença à polícia para oficiar os seus ritos. Por isso, considero um avanço extraordinário que a UNEB preste tal homenagem a essa extraordinária autoridade religiosa da Bahia.
 
Hoje Mãe Stella reconhece que muita coisa mudou. Muitos padres passam pelo Ilê Opô Afonjá. Reconhecem a importância do terreiro como referência religiosa e cultural. No dia da cerimônia de entrega do título de doutora honoris causa, um padre a cumprimentou e disse que a admirava muito, como ela revela na matéria de Cleidiana Ramos, a que já me referi. Ela tem consciência de que o candomblé hoje tem se afirmado como religião e que jádispõe de força política, no sentido amplo da palavra.
 
Mãe Stella é guardiã da cultura ancestral dos negros que atravessaram o Atlântico, vindos de África, para aqui serem brutalmente escravizados. Escravos, brutalizados, esmagados pela Casa Grande, eles conseguiram manter sua religião, fazer dela uma força de sobrevivência e de resistência, de luta contra a escravidão. Podiam não fazer a luta de frente. Sabiam qual a força bruta do adversário. E por isso, cavavam trincheiras. Trincheirasculturais e religiosas, sempre com a ajuda dos orixás. Queriam continuar negros, queriam seus folguedos, queriam sua cultura, queriam cultuar seus orixás. E sobreviveram. E espalharam cultura. Hoje o Brasil experimenta uma gigantesca presença da cultura negra, que vai da culinária, à música, à indumentária. Mas, sobretudo podemos contar com uma religião tão forte em valores nobres.
 
Que beleza possamos nós, possa o povo brasileiro, contar com uma religião como o candomblé que, sem nenhuma ostentação, defende a paz, a concórdia, a solidariedade, o amor para com a humanidade e com a natureza. Valores que o mundo tanto necessita. Tudo que Mãe Stella expressa com tanto vigor, determinação e ternura. Axé.

15/09/2009

"Boca de filme" em Itinga - BA

 
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SIOBÁ comemora 5 anos de fundação - BA



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terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Candace do Ilê Aiyê



Na manhã de domingo (20), o Curuzu, no bairro da Liberdade, o sol diferente estava diferente, sem o brilho de todos os dias é que a candace do Ilê Axé Jitolu partiu para o Orum.

As candaces são rainhas mães, mulheres de sangue real, corajosas, guerreiras que ocuparam posições proeminentes, status importantes, funções políticas, sociais e culturais assumindo a totalidade do poder durante três gerações sucessivas no Reino Império de Cush. E aqui no Brasil especificamente na Bahia, Curuzu, Senzala do Barro Preto uma importante candace, aos 86 anos, deixou mais de 100 filhos e filhas-de-santo e um legado de sabedoria não só para sua família biológica e religiosa, como para o mundo.

No dia 19/09, faleceu a matriarca do Bloco Afro Cultural Ilê Aiyê Hilda Dias dos Santos, mãe preta, dona Hilda, mãe Hilda Jitolu, assim muitas pessoas conheciam esta Ialorixá, que nasceu no bairro de Brotas, em Salvador. Casou-se com Waldemar Benvindo dos Santos e teve cinco filhos, entre eles, Antônio Carlos dos Santos, (Vovô, Presidente do Ilê), Dete Lima e Vivaldo, ambos diretores da instituição.

Aos 20 anos, mãe Hilda foi convocada pelos orixás a trilha o seu odu religioso e, nove anos depois, fundou o terreiro Ilê Axé Jitolu, o qual comandou por mais de 50 anos.
Uma mulher decidida nos momentos importantes, acolhedora, observadora, incentivadora dos projetos culturais e guardiã dos conhecimentos ancestrais, assim podemos definir yá Jitolu.

Outra contribuição importante desta sacerdotisa foi a fundação da Escola Mãe Hilda Jitolu, em 1988, um espaço educacional que preserva os saberes da cultura africana para além do sagrado e eleva a auto-estima não só das crianças como das famílias na cunidade.

Esta candace teve um papel fundamental na reconfiguração identitária do povo do curuzu e da comunidade negra, pois em 1974 quando o bloco Afro Cultural Ilê Aiyê saiu da Senzala do Barro Preto, na Liberdade e desfilou no carnaval de Salvador com uma conotação positiva dos afro descentes, reafirmando o seu grupo de pertencimento e visão de mundo.

Mãe Hilda com o seu axé e sob a sabedoria de Obaluê abriu aminhos para que o “mais belos dos belos” de casa de taipa tornasse concreto e fosse reconhecido mundialmente, o que hoje chamamos de Centro Cultural Senzala do Barro Preto .

Como na canção a força do ilê, força essa que não seria apenas do Ilê Aiyê mas também da yalorixá que com os seus saberes e orientação espiritual transformou-se em uma referência para o povo de axé no estado da Bahia.

A atuação desta líder religiosa na comunidade é uma reafirmação da importância do papel das mulheres negras como principais baluartes na luta contra discriminação racial e pela cidadania do povo negro.

Sendo assim, a nossa candace parte para o mundo invisível deixando, além de muitas saudades os frutos para as próximas gerações mojúbà, Olorum modupé, kalofé, motumbá, mucuiu yá Hilda Jitolu. 


Fonte: Correio Nagô, 20.09.2009

Caminhada das Comunidades de Terreiro do DF e Entorno

A Caminhada das Comunidades de Terreiro do DF e Entorno é uma ação pública para chamar a atenção para este problema sofrido pelos afrorelgiosos.
Inúmeros são os casos de ações de intolerância, como a desrespeito com a prainha, a ostilização de religiosos, a derrubada de terreiros de forma arbitrária, e a negação do sacerdote afroreligioso em concursos para capelão militar.
Diante de tudo isso, um grupo de afroreligiosos formou o FOAFRO - Fórum Religioso Permanente Afrobrasileiro do Distrito Federal e Entorno com o objetivo de discutir e procurar soluções para estes problemas. O Fórum é composto por integrantes das religiões de matrizes africanas e afrobrasileiras e tem a chancela da Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé.
No evento virão caravanas de Salvador, Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro, cidades do Entorno e do próprio Distrito Federal.
Foram convidadas inumeras autoridades como o ministro da igualdade racial Edson Santos, o ministro de direitos humanos Perli Cipriano, senadores, deputados e demais políticos.
A Caminhada se iniciará as 9h partindo da biblioteca nacional de Brasília, localizada entre a rodoviária do plano piloto e a catedral metropolitana. Fará o percurso até a frente do congresso nacional ao som dos atabaques e canticos afroreligiosos além de palavras de incentivo e pedido de respeito. Após a recepção das autoridades em frente a rampa do congresso, seja feita a lavagem simbólica da rampa do congresso.
Após pausa para almoço, os afroreligiosos se deslocarão para a câmara distrital, onde repetirão o ato da lavagem.
Os manifestantes pretendem com este ato chamar a atenção das autoridades e da população para o problemas sofrido entre as religiões de matrizes africanas e afrobrasileira.

Serviço:
O que: Caminhada das Comunidades de Terreiro
Quando: dia 23 de setembro às 09h
Onde: Partindo da biblioteca nacional até o Congresso nacional; câmara distrital (15h)
Contatos: Michael: 61 8141 6843, Luiz ALves: 61 8131 1289, Alexandre: 61 8468 4002



VII Feira de Saúde da Casa Branca - BA


26/09 (sabado) - das 9 às 17hs

Praça de Oxum da Casa  Branca



O Ilê Axé Iyá Nassô Oká, Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho da Federação, realizará neste sábado (26/09) pelo sétimo ano consecutivo a sua esperada Feira de Saúde e conta com sua participação.


A Feira de Saúde aconteceu nestes anos sempre depois das festas da família da palha (Obaluaiê, Ossaim, Nanã e Oxumarê), os principais envolvidos em nossas demandas por saúde. Desta forma a Casa procurou integrar essa atividade, neste período, em respeito aos nossos irmãos do Gêge.


Neste ano, muitas são as demandas a serem discutidas, refletidas e muitos são os pedidos e encaminhamentos a serem feitos aos orixás e aos poderes públicos responsáveis e comprometidos com essa tarefa.


Nossa comunidade registra tudo que acontece, através de: fotografias, gravações, relatórios; desta vez estaremos apresetando um relato de tudo que aconteceu nestes sete anos e a evolução dessa trajetória histórica de militância e resistência.


Todos vocês sabem que Sete Anos, para nós, representa um pouco de amadurecimento e outras responsabilidades... Assim, os temas que pautarão nossas discussões agora serão: O Dialógo pelas Águas; A Saúde das Mulheres e as Políticas para a População Negra.


No evento também estaremos prestando homenagens a mulheres que têem se destacado neste cenário de discussões, entre elas: Mãe Stela de Oxóssi, renomada Iyalorixá e profissional de Saúde baiana; Vilma Reis, socióloga, militante e Ekedy do Terreiro do Cobre e Makota Valdina Pinto, do Terreiro Tanuri Junçara, professora e ativista; entre outras.


Venham, divulguem e participem das discussões trazendo sua contribuição para as mesas, fazendo da nossa Praça de Oxum a sua tribuna livre e soberana, essa é nossa forma de fazer saúde!


Esse é o nosso desejo, se você também se sente comprometido com tais causas, venha para o aconchego do nosso Alá e levem o chamado para o Correio Nagô!




Axé!


Ekedy Sinha

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hino da Negritude aprovado na Comissão de Justiça e Cidadania

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, no dia 10 de setembro,  a oficialização em todo o território nacional do "Hino à Negritude", composto pelo poeta e professor Eduardo de Oliveira.

A medida - proposta pelo deputado Vicentinho (PT-SP) no Projeto de Lei 2445/07 - foi aprovada em caráter conclusivo. Já aprovado pela Comissão de Educação e Cultura, o projeto segue para análise do Senado.

Foi aprovado o parecer do relator, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), favorável ao projeto e à emenda da Comissão de Educação que suprime a exigência de execução do hino em todas as solenidades dirigidas à raça negra.

O deputado Vicentinho explica que o objetivo do projeto é favorecer o reconhecimento da trajetória do negro na formação da sociedade brasileira.
"Não temos ainda símbolos que enalteçam e registrem este sentimento de fraternidade entre as diversas etnias que compõem a base da população brasileira", afirma o autor da  proposição.

Leia abaixo a letra do "Hino à Negritude", de autoria do professor Eduardo de
Oliveira:


Hino à Negritude (Cântico à Africanidade Brasileira)

I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez

II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a sol
Para o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez

III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez

IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
Todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)

Seminário História Social da Marambaia - RJ

Esta proposta surge motivada pela necessidade de produzir uma resposta direta e academicamente qualificada ao livro, publicado em 2003 pela UFRRJ, intitulado 'História Natural da Ilha da Marambaia'. Produzido por biólogos, botânicos, geógrafos, geólogos e arqueólogos financiados direta ou indiretamente pela Marinha de Guerra do Brasil, o livro 'História Natural da Ilha da Marambaia' tem como um dos seus aspectos mais significativos, o de servir como peça política na disputa entre a Marinha de Guerra e a comunidade quilombola, ocupante tradicional da ilha. O seu capítulo ‘histórico’ recua até a Pré-história e descreve a ocupação indígena da ilha, saltando, em seguida, todo o século XIX e primeira metade do XX, para descrever a instalação do Centro de Adestramento Militar da Marinha (CADIM) na ilha, depois de 1971.
 
Editado e divulgado em um momento estratégico e crítico da mobilização daquela população pelos seus direitos ao território de ocupação tradicional, mas também pelo acesso a políticas públicas de caráter fundamental (como luz, água, escola, coleta de lixo etc.) a 'História Natural da Ilha da Marambaia' apagava os moradores da história da ilha, eliminando-os no plano das representações, como forma de facilitar a sua expropriação no mundo da vida. Para isso, produziu uma “história” que, mimetizando todos os signos de cientificidade, operou, de fato, da forma mais flagrantemente ideológica, com o objetivo de encobrir, apagar, silenciar, enfim, a história social da ilha.
 
A motivação do projeto 'História Social da Ilha da Maramabaia' está, portanto, em reunir esforços para realizar uma nova história da ilha e de sua população, investigando não só o período 'apagado', como as próprias estratégias de apagamento do período.
 
Metodologia
Estamos reunindo nossos acúmulos, assim como as pesquisas ainda em curso para submetê-los a encontros nos quais debateremos nossos achados e interpretações, submetendo-os a comentadores convidados, especialistas nos diferentes campos disciplinares e temáticos reunidos. Para isso, propomos três seminários ao longo do segundo semestre de 2009 (indicativamente: setembro, outubro e novembro) para chegarmos ao final do ano com um material suficientemente orgânico para compor um volume coletivo.
 
Organização
Primeiro Seminário:
• Sobre o tráfico de africanos na ilha da Marambaia a partir de 1831 (Daniela Yabeta, Unirio);
• Sobre a posse e a propriedade da terra na ilha da Marambaia (Daniela Yabeta e Pedro Parga, Unirio);
• Sobre a organização sócio-espacial da ilha da Marambaia no pós-abolição (J. M. Arruti, PUC-Rio);
• Sobre os processos jurídicos de expulsão dos moradores da ilha da Marambaia (Equipe Mariana Crioula);
 
Segundo Seminário:
• Sobre a Escola Técnica Darcy Vargas (Vladmir Zamorano, PUC-Rio);
• Sobre as estratégias da Marinha na expropriação da comunidade da ilha da Marambaia (J. M. Arruti, PUC-Rio);
• Sobre as Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público Federal (Equipe Mariana Crioula).
• Sobre o processo de reconhecimento como quilombolas e a controvérsia na esfera pública (André Figueiredo, UFRRJ e J. M. Arruti, PUC-Rio);
 
Terceiro seminário:
• Sobre a situação atual da educação na ilha – a escola e outras iniciativas de formação e capacitação (Tânia Amara, PUC-Rio);
• Sobre o jongo da Marambaia e a inserção do grupo em um ‘campo quilombola’ fluminense (Kalyla Maroun e Marisa Silva, PUC-Rio)
• Sobre a Oficina com a comunidade: texto coletivo (Ana Gualberto, Koinonia e moradores, Arquimar- Associação dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia).
 
OBS: Os títulos são apenas indicativos e as datas ainda estão por se estabelecer. Novos trabalhos ainda poderão ser incorporados.
 
Serviço
O quê? I Seminário História Social da Marambaia
Quando? 25 de setembro, 6a. feira - 16h às 18h
Onde? Rua Santo Amaro, 129 - Glória – RJ
Quem? Koinonia 
Informações? 21 3042-6445 - Fax 3042-6398
Porquê ? Produção de resposta acadêmica para contrapor 'História Natural da Ilha da Marambaia’ (UFRRJ/2003) que serve como peça política na disputa entre a Marinha de Guerra e a comunidade quilombola, ocupante tradicional da ilha. No capítulo ‘histórico’, o século XIX foi “apagado” e o século XIX e primeira metade do XX, para descrever a instalação do Centro de Adestramento Militar da Marinha (CADIM) na ilha, depois de 1971

sábado, 19 de setembro de 2009

Dia Regional de Mobilização Contra o Extermínio da Juventude Negra - BA

Comunicamos o Dia Regional de Mobilização Contra o Extermínio da Juventude Negra, a ser realizado nos dias 18 e 19 de outubro, do corrente ano em Salvador. Esta atividade integra a Campanha Nacional contra o Genocídio/Extermínio da Juventude Negra, coordenada pelo Fórum Nacional de Juventude Negra visando gerar em dimensão midiática, a sensibilização da sociedade às ações de combate e prevenção da violência racial destinada à Juventude Negra.
A Campanha no Nordeste é realizada em parceria com o Instituto Cultural Steve Biko, e surge como um instrumento de luta contra o racismo institucional orquestrado, sobretudo, pela policia brasileira.  Emana em oposição ao extermínio dos jovens negros, encarceramento desproporcional da população negra; ao femicidio que vitima as jovens mulheres negras, a homo/lesbofobia que tem como alvo preferencial os homoafetivos negros (as) - no intento, da construção de uma política de segurança que respeite o povo negro e seja compatível com um Estado Democrático e de Direito.
Para que este objetivo político seja potencializado estamos criando mecanismos de fortalecimento das organizações juvenis no Nordeste, ocasionando os “dias de mobilizações territoriais”, haja vista detectamos que, embora exista o conhecimento da escandalosa letalidade de jovens negras (os) nas regiões metropolitanas, não se constata ações políticas voltadas para áreas interioranas, rurais, quilombolas invisibilizadas pelos governos.
Em concordância ao que foi explicado, pedimos às organizações negras, em especial àquelas já renomadas pelo importante embate frente ao genocídio do povo negro a nos acompanhar nesta ação de luta pela garantia da vida jovem, ceifada cotidianamente pela mão branca do Estado, pelo sensor de pretos dos cacetetes e revolveres policiais e, pelas “autas” resistências institucionais em prover políticas eficazes de superação das assimetrias sociais, cuja função tem sido injetar as drogas nas comunidades empobrecidas pelo sistema econômico do País.
Por fim, dispomos nossos contatos, a fim de que Você possa nos contatar, colaborar financeiramente, acompanhar nossas ações e fortalecer esta Campanha pela vida dos jovens, em nome dos nossos ancestrais, espíritos guerreiros que requerem corpos pretos para materializar na luta, uma nação que não expurgue o povo, que ponha fim na criminalidade desta droga de Estado e deste doloso Governo.

  • Coordenação Nacional
BA - Carla Akotirene / Elder Mahin
PE - Marta Almeida / Jairo Nely
MA - Lorena Galvão
  • Coordenação Regional
LGBT Geovan Adorno
Religiões de Matriz AfricanaVivian Aqualtune
  • Pró Fórum
PB - Luiza Regina
  • Coordenação Estadual - Bahia
Railma Santos - Portal do Sertão
Roque Peixoto – Recôncavo Baiano
Sinho Yogi N´Kurumah – Região Metropolitana
  • Articuladores da Bahia
Comunicação - Luedji Anjos
*Mia Lopes
*Márcio Viana
Intercâmbio Cultural Mauricio Ramos
Mulheres - Fabiana Franco
Juventude em Conflito com a Lei – Eduardo “Machado”
Relação Institucional - Mara Assentewa
Religiões de Matriz Africana - Alberto Rocha
Região do Baixo SulElienita Silva
LGBT - Esdras Marcio
Sudoeste Baiano Daniele “Casa de Boneco
  • Gestão do Fundo Kellog de Apoio as Organizações Juvenis NE – Inst.Steve Biko – George Oliveira

Morre Mãe Hilda de Jitolu - BA

19/09/2009 às 12:46
A Tarde On Line
Morreu às 10h deste sábado, 19, Mãe Hilda de Jitolu, 86 anos, ialorixá do Ilê Axé Jitolu, que fica na Liberdade, em Salvador. Hilda Dias dos Santos estava internada desde o dia 7, no Hospital da Unimed, em Lauro de Freitas, e morreu em decorrência de problemas cardíacos que evoluíram para um a pneumonia. O enterro será amanhã, no Jardim da Saudade, em horário ainda a ser definido.