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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Colabore com a Biblioteca Popular de Cachoeira, doe livros - BA

Saudações a tod@s...
 
Viemos pedir-lhes a colaboração para a construção da primeira biblioteca popular de Cachoeira-BA. Estamos aceitando doação dos mais variados tipos de livro (acadêmicos, literatura nacional \internacional, livros de poesia, revistas, jornais, periódicos etc.), exceto os didáticos. Temos preferência por temáticas afro-brasileira, tendo em vista que pretendemos colaborar de alguma forma com a concreta efetivação da Lei 10639/2003 que prevê o ensino da história e cultura africana e afro brasileira nas escolas, compreendemos que construir um espaço da sociedade civil organizada, que de alguma forma contribua com a plena constituição dessa lei, é uma forma de construirmos uma sociedade plenamente democrática e que repudia quaisquer tipos de discriminação (racial, étnica, de gênero, sexual etc.).

O espaço da biblioteca também será usado para as atividades permanentes do NNNE junto (e com) à comunidade cachoeirana. Estamos planejando a realização de cine clube, oficinas de teatro, roda de leitura e poesia, tudo isso através de uma política que visa contribuir de forma positiva com a comunidade cachoeirana, tendo como público alvo principal as crianças e a juventude da cidade. Aqueles que se interessarem, por favor, entrar em contato conosco através de nosso e-mail.

Desde já grat@s

O Núcleo de Negras e Negros Estudantes do CAHL / UFRB.

Solidariedade é mais que uma palavra...   

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Movimento negro protesta no ensaio do bloco "Que merda é essa?!"

Movimento negro protesta no Bloco Que Merda é Essa (Foto: Gustavo Stephan / Agência O Globo)
RIO - O ensaio do bloco "Que merda é essa?!", no bar Paz e Amor, em Ipanema, foi marcado por um protesto de integrantes do movimento negro contra com o enredo que reverencia o escritor Monteiro Lobato, considerado por eles racista.
— Ficamos indignados pelo enredo defender Monteiro Lobato. Viemos aqui para esclarecer a população que ele pregou a exterminação do negro — disse José Ricardo Almeida, que panfletava na porta do bar Paz e Amor, na Garcia D´Ávila, onde os integrantes do "Que Merda é Essa?!" ensaiavam.
O protesto reuniu cerca de 20 pessoas, que distribuíam um folheto e cópia do parecer do Conselho Nacional de Educação emitido em 2010 que classifica o livro Caçadas de Pedrinho como racista. Para o diretor do bloco, Paulo Costa, trata-se de uma questão de ponto de vista:
— Defendemos que as pessoas venham mostrar seu ponto de vista. Somos contra o racismo e a homofobia. Foi um grande mal entendido.
A assistente social Roseli Rocha que participou do protesto, negou qualquer vínculo político-partidário ou com movimentos sociais do grupo.
Movimento negro protesta (Foto: Gustavo Stephan / Agência O Globo)
Segundo Roseli, o movimento surgiu espontaneamente articulado pelas redes sociais. Ela disse que as pessoas que foram ao ensaio neste sábado não pretendem repetir o protesto no desfile do bloco no próximo domingo. Mas que ninguém pode garantir que outras pessoas compareçam ao deesfile para protestar.
— A mobilização é por redes sociais. Outras pessoas podem decidir se manifestar Monteiro Lobato era mesmo racista e quisemos deixar claro isso — disse Roseli.
O secretário municpal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello considerou a manifestação uma besteiera:
— O carnaval é um período marcado pela alegria e a irreverfência. Não dá para em pleno 2011 as pessoas buscarem conflito onde o espírito é apenas o da diversão — disse o secretário de Turismo.
Antonio Pedro disse não acreditar que seja necessário montar um esquema especial para o "Que Merda é essa?!" desfilar. Segundo ele, a polícia já se planejou para dar segurança a todos os blocos.

FONTE: http://extra.globo.com/noticias/carnaval/movimento-negro-protesta-no-ensaio-do-bloco-que-merda-essa-1160831.html

UNILA seleciona professores visitantes de língua portuguesa e espanhola

Estão abertas as inscrições ao processo seletivo para contratação de dez professores visitantes, brasileiros e estrangeiros, sendo cinco de língua espanhola e cinco de língua portuguesa. Será dada preferência a Doutores, podendo ser aceitos também Mestres nas áreas de Letras ou Linguística.

O prazo para as inscrições encerra-se dia 7 de março de 2011, às 18 horas. A duração dos contratos será de um ano, prorrogável até o limite máximo de dois anos. O resultado seleção será publicado até o dia 11 de março de 2011, no site da UNILA (www.unila.edu.br) e informado diretamente aos inscritos.

A chamada pública completa, com os documentos necessários podem ser acessada no arquivo abaixo.

http://www.unila.edu.br/?q=node/490

Bancada negra quase dobra no Congresso


Levantamento mostra que subiu de 25 para 43, na atual legislatura, o número de
deputados que se autodeclaram afrodescendentes. Para lideranças do movimento
negro, dados mostram sub-representação e exclusão racial.
Embora representem 51% da população, afrodescendentes ocupam apenas 8,5% das cadeiras no Parlamento

Os deputados que se autodeclaram negros
Veja a lista dos 43 parlamentares na Câmara que se apresentam como afrodescendentes, segundo o estudo da Unegro e da UFOP
Andréia Zito (PSDB-RJ)
Aníbal Gomes (PMDB-CE)
Antônio Brito (PTB-BA)
Antônio Eudes (PT-CE)
Benedita da Silva (PT-RJ)
Chico Alencar (Psol-RJ)
Chico Lopes (PCdoB-CE)
Cláudio Cajado (DEM-BA)
Cleber Verde (PRB-MA)
Beto Faro (PT-PA)
Dalva Figueiredo (PT-AP)
Damião Dutra (PT-MA)
Domingos Dutra (PT-MA)
Edio Lopes (PMDB-RR)
Edson Santos (PT-RJ)
Evandro Milhomen (PCdoB-AP)
Gastão Vieira (PMDB-MA)
George Hilton (PRB-MG)
Gilmar Machado (PT-MG)
Irajá Abreu (DEM-TO)
Janete Pietá (PT-SP)
Jean Willis (Psol-RJ)
Johnathan Jesus (PRB-RR)
Jorge Silva (PT-ES)
José Alberto (PMDB-MA)
Leonardo Monteiro (PT-MG)
Luciana Santos (PCdoB-PE)
Luis Alberto (PT-BA)
Márcio Marinho (PRB-BA)
Marcos Medrado (PDT-BA)
Mário de Oliveira (PSC-MG)
Miguel Corrêa (PT-MG)
Nice Lobão (DEM-MA)
Perpetua Almeida (PCdoB-AC)
Popó (PRB-BA)
Professor Sétimo (PMDB-MA)
Romário (PSB-RJ)
Sibá Machado (PT-AC)
Tiririca (PR-SP)
Valmir Assunção (PT-BA)
Vitor Paulo (PRB-RJ)
Vicentinho (PT-SP)
Wladimir Costa (PMDB-PA)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nosso blog foi invadido por um criminoso

Caras/os Leitoras/es e companheiras/os de luta antirracista,

Ontem nosso blog sofreu o ataque de um covarde que emitiu opiniões racistas e não se identificou. 
Publiquei o comentário para que a Polícia Federal possa tomar as devidas providências, pois a denúncia à PF já foi feita.

Segue abaixo o link com o comentário criminoso:

Espero que este não seja mais um crime a ficar impune.

Polícia Federal cria canal para denúncia de racismo e pedofilia na web

Formulário eletrônico permite apontar, de forma anônima, sites considerados ofensivos; endereço de e-mail também está disponível.
A Polícia Federal lançou oficialmente no dia 12/11/2009, um formulário eletrônico para denúncia de crimes de ódio, pedofilia, genocídio e outros crimes que violam os direitos humanos.
O formulário, que já pode ser visitado em http://nightangel.dpf.gov.br, é o mesmo para os três tipos de denúncia e tem dois campos, um para o endereço do site ofensivo e outro para comentários.
Quando a denúncia não envolve sites, o usuário é orientado a ligar para o Disque Denúncia da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (100) ou enviar um e-mail para denuncia.ddh@dpf.gov.br.
A iniciativa é do projeto Anjos na Rede, uma parceria que envolve, além da Polícia Federal, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e a ONG Safernet.

Fonte: 
http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/11/11/policia-federal-cria-canal-para-denuncia-de-racismo-e-pedofilia-na-web/
Autor: 
Redação IDG Now!
Veículo de Imprensa: 
IDG NOW!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Curso gratuito "Estudos sobre África" - SP

Responsável(is): Adriana Negreiros Campos, Sandra Regina Pereira Ramos e Simone Regina Baracat Bueno
 
Público-alvo: professores; membros da Equipe Técnica; funcionários da Secretaria de Educação; funcionários das demais Secretarias; profissionais das Entidades conveniadas; pais de alunos da Rede Municipal de Ensino e demais interessados.
Número de vagas: 40
Carga horária por módulo: 30h – divididas em 4 encontros de 4h ( iniciando às 19 horas ) e 14 horas de atividades não presenciais. 
Periodicidade: mensal
Período de realização: 1º semestre
Gratuito 
 
Justificativa
 
Reconhecendo a necessidade de formação em relação à temática diversidade, faz-se necessário propor discussões sobre a aplicação da Lei 10.639/03, abrindo espaço no meio escolar e fora dele para reflexão sobre a diversidade cultural existente no Brasil e a necessidade de respeito e valorização das diferentes etnias que fizeram o que somos hoje: brasileiros.

Módulo África
 
16/03 – A Lei 10639/03
13/04 – História e Geografia do continente africano
11/ 05 – Geopolítica do continente africano
15/06 – Independências e atualidades
 
As inscrições deverão ser realizadas por email com a professora Adriana Negreiros Campos ( adrianacampos@santos.sp.gov.br), até terminarem as vagas.
 
No email, deverão constar os seguintes dados: nome completo, registro, cargo, nome da Escola Municipal em Santos onde leciona e telefone de contato.

Manifestação contra bloco "Que merda é essa?" - RJ

O bloco carnavalesco "Que merda é essa?" assumiu uma posição política bastante questionável neste carnaval. O bloco faz galhofa e questiona junto com Ziraldo o parecer do CNE - Conselho Nacional de Educação - contra expressões racistas do escritor Monteiro Lobato nos livros infantis. 
Em represália Ziraldo desenhou para o bloco uma camiseta em que Lobato está abraçado a uma mulher negra. Questionado em entrevista ao Globo on line, Ziraldo disse que praticavam "um racismo sem ódio".

Em 1928 Monteiro Lobato lamentou que os brancos brasileiros não tivessem capacidade de fundar aqui uma Ku Klux Klan. 

Diante da posição assumida por Ziraldo e pelo bloco carnavalesco, fica a pergunta: "Que merda de racismo é esse?" que quer se valer do carnaval para ridicularizar uma proposta pedagógica antiracista?

Um grupo de cidadãos antirracistas está se mobilizando para protestar contra essa afronta travestida de alegria carnavalesca ao longo do trajeto do bloco neste sábado e no próximo. 

Um dos pontos de encontro será neste sábado 26/02 a partir das 15 h na Pça N. S. da Paz em Ipanema próximo da concentração do bloco carnavalesco "Que merda é essa?!
No local serão confeccionados cartazes com frases alusivas ao evento: "Ziraldo, que merda é essa de racismo?"

Contamos com a responsabilidade de vcs.

Referências:


Representantes da sociedade civil se manifestam contra posição do IAT - BA


CARTA ABERTA

Nós, representantes da Sociedade Civil na Assembléia de Eleição do Conselho Estadual de Juventude do Estado da Bahia – PERÍODO 2011 – 2013, realizada no Auditório do Instituto Anísio Teixeira – IAT, realizada em 25 de fevereiro de 2011, às 9:00, nos mostramos perplexos com o posicionamento equivocado de sua dirigente maior, a profª Irene Carvolo, que em solenidade de abertura da referida Assembléia assumiu um posicionamento contrário à instituição das Ações Afirmativas através de Cotas nas Universidades, ao considerar estas ações como “entrar pelas portas dos fundos”.

Considerando a aplicação da Lei 10.639/03 que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), tornando obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana;

Considerando a adoção de cotas, ampliando o acesso de estudantes negros/as ao ensino superior, pioneiramente introduzida pela UNEB em 2002 e seguida por outras três universidades estaduais (UEFS, UESB E UESC);

Considerando a criação no âmbito do Governo Estadual da Secretaria de Promoção da Igualdade no ano de 2006, que tem a finalidade de intersetorializar as políticas públicas com foco nas dimensões raciais e de gênero;

Considerando o Projeto de Lei 18.532/2010, que trata do Plano Estadual de Juventude em seu Art. 13 Inciso IX – estimular políticas de cotas raciais nas universidades públicas;

Considerando que as cotas são uma das principais conquistas e demandas do movimento social negro brasileiro; 

Sugerimos a atitude pedagógica de aperfeiçoar o conhecimento institucional acerca dos instrumentos legais já existentes sobre as políticas públicas de ações afirmativas na educação que demonstram significativos avanços que possibilitaram a inclusão de milhares de jovens negras e negras no ensino superior.

Salvador, 25 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Coleção Educadores MEC/UNESCO

Saiu a Coleção Educadores”, organizada pelo MEC/UNESCO, no qual comparecem sessenta e um educadores escolhidos, dentre os quais, Anísio Teixeira, Manoel Bonfim, Nísia Floresta, Armanda Álvaro Alberto, Bertha Lutz, Cecília Meirelles, Helena Antipoff, Pachoal Lemme, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Rui Barbosa, e Paulo Freire, dos brasileiros focalizados. Trata-se de um projeto editorial bem ousado.

Segundo notícias veiculadas no portal do Ministério da Educação (MEC), (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16103:obras-sobre-a-educacao-reunem-grandes-autores-do-brasil-e-do-exterior&catid=222&Itemid=86), os exemplares serão distribuídos em 185 mil conjuntos da coleção para escolas públicas da educação básica, em bibliotecas de universidades, de faculdades de educação e públicas. Ainda segundo notícias oficiais, de dezembro de 2010, ainda disponíveis no portal, “o lançamento faz parte das atividades de comemoração dos 80 anos de criação do MEC,(...) e integra as iniciativas do governo federal de formação inicial e continuada de professores das redes públicas estaduais e municipais. Cada volume traz uma apresentação do ministro da Educação, Fernando Haddad, um ensaio sobre o autor, a trajetória de sua produção intelectual na área, uma seleção de textos — corresponde a 30% do livro — e cronologia. A última parte apresenta a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada volume tem, em média, 150 páginas. Na apresentação, Haddad explica que a coleção surgiu da necessidade de pôr à disposição dos professores brasileiros obras de qualidade para mostrar o que pensaram e fizeram alguns dos principais expoentes da história educacional e do pensamento pedagógico nacional e internacional. Divulgar e democratizar conhecimentos na área são objetivos da iniciativa do MEC. Para a identificação e a escolha dos educadores que compõem a coleção, o ministro instituiu comissão técnica em abril de 2006. Coube aos integrantes dessa comissão estabelecer critérios e orientações para a execução dos trabalhos e fazer as recomendações à Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), responsável pela edição dos textos. A publicação é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com a Fundaj, órgão vinculado ao MEC, e com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A distribuição ficará sob responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Uma série de atividades antecederá a chegada da coleção às escolas e mostrará aos professores a importância das obras. De dezembro deste ano a abril de 2011, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do MEC responsável pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, promoverá ciclo de webconferências sobre cada um dos 61 autores. A Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC vai apresentar, na TV Escola, uma série de documentários sobre esses educadores e o Centro de Memória da Educação e Cultura no Brasil, que funciona no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, organizará seminários sobre os autores”.

A coleção pode ser acessada pelo endereço  http://www.dominiopublico.gov.br.

XIII Curso de Difusão Cultural CEA/USP “Introdução aos Estudos de África” - RJ

XIII Curso de Difusão Cultural CEA/USP “Introdução aos Estudos de África”
(Difusão - com nota - 39h)

PERÍODO: de 16 de março a 15 de junho de 2011, às quartas-feiras, das 19 às 22h
(não haverá aula no dia 20.04)

PÚBLICO-ALVO: Professores de Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Particular e interessados em geral.
VAGAS: 100 (mínimo de 60 pagantes)
SORTEIO DE BOLSAS
INSCRIÇÃO: COMUNIDADE USP: 23 e 24/02/2011 (pela INTERNET)
INSCRIÇÃO: COMUNIDADE EXTERNA 22 a 24/02/2011 (pessoalmente)

RESULTADO PARA AMBOS: 28/02/2011

PÚBLICO-ALVO PARA O SORTEIO: Comunidade USP e 3ª idade
Sendo: 1 docente, 1 discente, 1 funcionário, 3 para 3ª idade e 2 para OUTROS (ver OBSERVAÇÕES 3, 4 e 5)

OBSERVAÇÃO:

1. O sorteio não garante a vaga, devendo a pessoa contemplada (ou seu representante) comparecer no dia de matrícula.

2. Categoria OUTROS: a inscrição somente no CEA/USP, pessoalmente ou por procuração;

3. Documentos necessários para INSCRIÇÃO: pedido fundamentado; currículo atualizado completo com dados pessoais, etc.; cópia da última declaração de rendimentos; e, assinatura de termo de compromisso (caso seja contemplado);

4. CEA: Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, sala 1087 - das 14 às 19h - 2ª à 6ª feira - tel. 3091-3744 - cea@usp.br).


MATRÍCULA
DATA: 28.2 a 04.03.2011
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA MATRÍCULA:
- apresentar carteirinha USP ou holerite (no caso de comunidade USP e Professores);
- RG (data de expedição) e CPF; - endereço e telefone.
- Categoria OUTROS direto com o CEA/USP (cea@usp.br/3091.3744): pedido fundamentado; currículo atualizado com dados pessoais, etc.; cópia da última declaração de rendimentos; termo de compromisso.

LOCAL: Serviço de Cultura e Extensão Universitária
Prédio da Diretoria e Administração da FFLCH, sala 126
Rua do Lago nº 717 - em frente a Faculdade de Arquitetura - FAU
Atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 9 às 11h30 e das 13 às 16h30
Contato: Site: www.sce.fflch.usp.br – e-mail: agenda@usp.br – (11) 3091-4645

OBSERVAÇÕES:
2. Não efetuaremos matrículas fora do prazo estipulado;
3. Não efetuaremos matrícula por telefone e e-mail;
4. As matrículas serão feitas por ordem de chegada;
5. O sorteio para vagas gratuitas não garante a vaga, devendo a pessoa contemplada (ou seu representante) comparecer no dia de matrícula

VALOR

À VISTA CATEGORIA
180,00 Interessados em geral.
162,00 Graduandos e pós-graduandos da FFLCH.
90,00 Professores Ativos da Rede Pública, maiores de 60 anos, monitores bolsistas e estagiários da FFLCH.
Gratuito Docentes e Funcionários da FFLCH.

MATERIAL DIDÁTICO (não incluso): Será informado pelo professor no 1º dia de aula.
OBSERVAÇÃO:
1. O pagamento será mediante boleto bancário impresso no ato da matrícula;
2. Não haverá devolução da taxa após o início do curso;
3. Os descontos serão concedidos mediante solicitação do interessado e comprovação da categoria a que pertence (apresentação da carteirinha USP ou holerite).

PROGRAMA E OBJETIVO

PROGRAMA:

1ª aula (16/03) – Prof. Kabengele Munanga
Apresentação do curso / objetivos / conteúdo / metodologia / bibliografia / corpo docente / questões práticas (operacionalização e funcionamento do curso)

2ª aula (23/03/2011)
Prof. Dr. Maurício Waldman
Aspectos da Geografia e da Geopolítica Africana

3ª aula (30/03/2011)
Profª Drª Dilma de Melo Silva
Artes e Sociedades Africanas

4ª aula (06/04/2011)
Profª Drª Tânia Macedo
Literatura e Sociedades Africanas

5ª aula (13/04/2011)
Profª Drª Margarida Petter
Línguas Africanas / Características gerais / Diversidade e Famílias Lingüísticas

6ª aula (27/04/2011)
Prof. Dr. Ismael Giroto
Uma visão do Mundo Africano

7ª aula (04/05/2011)
Prof. Dr. Kabengele Munanga
Sociedade, poder e política

8ª aula (11/05/2011)
Prof. Dr. Maurício Waldman
Escravidão e Resistência

9ª aula (18/05/2011)
Prof. Dr. Carlos Subuhana
Ocupação e Situação Colonial

10ª aula (25/05/2011)
Prof. Dr. Carlos Subuhana
Lutas de Libertação

11ª aula (01/06/2011)
Profª Drª Tânia Macedo
Movimentos Culturais e Literários

12ª aula (08/06/2011)
Prof. Dr. Kabengele Munanga
Independência e Construção da Nação
Problemas da África Contemporânea / Construção da Nacionalidade / Etnicidade /
Origens das Violências e dos Conflitos Políticos

13ª aula (15/06/2011)
Avaliação
Prof. Dr. Kabengele Munanga
Palestra de Encerramento


OBJETIVO: Difusão do conhecimento do Continente Africano por meio da capacitação de professores de ensino fundamental e médio das redes pública e particular e interessados em geral, possibilitando o aprendizado de aspectos da história e da cultura africana que serão transmitidos durante as aulas e apreendidos pelos alunos, o que possibilitará discussões mais aprofundadas sobre a temática e a (re)construção da história de África.

OUTRAS INFORMAÇÕES
COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Kabengele Munanga, da FFLCH/USP.
VICE-COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Carlos Moreira Henriques Serrano, da FFLCH/USP.
PROMOÇÃO: Centro de Estudos Africanos, da FFLCH/USP.

CERTIFICADO: Para fazer jus ao certificado de extensão o aluno precisa alcançar o mínimo de 85% de presença e nota 5,0.

LOCAL DO CURSO: Prédio de Filosofia e Ciências Sociais, Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - sala a confirmar.

Cúpula Mundial de Juventude Afrodescendente recebe inscrições até o dia 28 de fevereiro de 2011

No ano passado, a Organização das Nações Unidas declarou 2011 como o "Ano Internacional da Juventude", sob o tema "Diálogo e entendimento mútuo”. Como este também é o Ano Internacional dos Afrodescendentes, o Círculo de Juventude Afrodescendente das Américas, com apoio da Associação Projeto Caribe, da Costa Rica, resolveram promover a primeira Cúpula Mundial de Juventude Afrodescendente. O evento acontecerá entre os dias 13 e 17 de junho deste ano, em San José, na Costa Rica.

Os jovens interessados em participar do encontro têm até o dia 28 deste mês para se inscreverem. O formulário de inscrição pode ser acessado neste link. Depois de preenchido, o formulário deve ser enviado para o e-mail:cumbre@proyectocaribe.org.
 
Serão selecionados, entre os inscritos, 200 jovens afrodescendentes, provenientes dos diversos países das Américas, Caribe, Europa, Ásia, Oceania e jovens do continente africano.

Para participar é necessário ter entre 18 e 35 anos, ser jovem ativista e líder afrodescendente, pertencer à organizações da sociedade civil, movimento afrodescendente ou outros movimentos sociais. A organização do evento fornecerá hospedagem, alimentação e transporte interno dos participantes.


O encontro


A Cúpula será um espaço de diálogo para a análise dos avanços, oportunidades e desafios que envolvem o desenvolvimento integral da juventude, e também um meio para a troca de experiências. O objetivo é fortalecer a articulação política dos jovens afrodescendentes em nível mundial, como estratégia de diminuição das desigualdades.

De acordo com estatísticas, a população afrodescendente apresenta os indicadores mais altos de exclusão social. Por isso, o encontro tem como meta intensificar as políticas nacionais e a cooperação regional e internacional em benefício dos direitos dos afrodescendentes, além de promover sua participação política e social nas diversas esferas da sociedade.

É esperado que a Cúpula dos jovens afrodescendentes possa ajudar a definir alianças estratégicas e oportunidades de cooperação, sobretudo em temas de relevância para essa população, como a luta contra o racismo e a discriminação racial, e a inclusão desta população nos espaços de tomada de decisão política.

Esse movimento indica a construção de um novo papel para as juventudes afrodescendentes, que visa de modo participativo, construir um novo panorama social para a juventude, valorizando as diferenças e superando as desigualdades.

Mais informações pelo blog: http://www.cumjuva.blogspot.com/.

Fonte: Abong


Sarau Bem Black - BA

Nessa 4ª (23/02) é dia de Sarau Bem Black. Com Opanijé, Nelson Maca, Robson Véio, Iara Nascimento e Sandro Sussuarana. Dj Joe Toca Martinho da Vila. as 19h no Sankofa African Bar - Pelô. Entrada Franca

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Semana Inaugural do Curso Popular de Pré-Vestibular Quilombo do Orobu - BA

De 21 a 25 de fevereiro, das 19 às 22h, Casa do Sol Pe. Luis Litner, Cajazeira V.
Contatos 8803 5109/9291 2880

Programação:

21/02 - Educação e Juventude, colaboradora: Profa Ana Célia
22/02 - Auto-estima, colaboradora: Gedalva
23/02 - O papel das Mulheres Negras na construção de uma nova sociedade, colaboradora: Valdeci Nascimento
24/02 - Resistência Quilombola, colaborador: Walter Passos
25/02 - Ações Afirmativas, colaborador: Silvio Humberto.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oficinas de Indicadores Sociais: Ênfase em Relações Raciais (adaptadas à Lei 10.639/03) - RJ


O Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais do Instituto de Economia/Universidade Federal do Rio de Janeiro (LAESER; IE/UFRJ) dará seguimento, em 2011, ao curso Oficinas de Indicadores Sociais: Ênfase em Relações Raciais (adaptadas à Lei 10.639/03).

As oficinas têm por objetivo a formação inicial e continuada de professores da rede básica de ensino do Estado do Rio de Janeiro e de estudantes de graduação e pós-graduação, para leitura, interpretação, entendimento, análise e aplicação didático-pedagógica de Indicadores Sociais desagregados pela variável cor ou raça. Assim, espera-se contribuir para a construção de ferramentas pedagógicas no espaço escolar que permitam o uso, em sala de aula e demais planos, das informações obtidas.

Clique aqui para acessar mais informações sobre o curso

Vinte jovens quilombolas são aprovados em universidades públicas

Entre estes vinte jovens temos a primeira quilombola APROVADA no curso de MEDICINA, no campus I da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.Marina Barbosa da Silva, 19 anos, participou de dois pré-vestibulares comunitários (GRIOT e Quilombola) e estava já no seu 06º vestibular para Medicina! “Meu grande sonho é me formar e voltar para a minha comunidade. Até porque lá nunca foi um médico e eu quero poder ajudar o meu povo”.

Atendendo jovens de comunidades quilombolas reconhecidas e identificadas de diversos municípios da região sudoeste da Bahia, o pré-vestibular quilombola aprovou vinte alunos do cursinho pré-vestibular quilombola de Vitória da Conquista em vestibulares 2011.1 da UESB, UFBA e UEFS. Com a aprovação das políticas de ações afirmativas, também conhecidas como cotas, em todas as universidades públicas da Bahia, algumas instituições adotaram cotas adicionais específicas para segmentos sociais mais atingidos pela desigualdade de oportunidades: quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência.

O Pré-Vestibular Quilombola surgiu do forte incentivo da Educafro Nacional, através do Prof. Flávio que saiu de São Paulo e foi trabalhar naquela região. Foi um verdadeiro missionário da inclusão! A realidade de exclusão destacou a necessidade de uma preparação que viesse a suprir as lacunas acumuladas durante as trajetórias escolares dos jovens quilombolas desde a educação básica, com todas as dificuldades impostas pelos péssimos serviços públicos. Os outros obstáculos são: às grandes distâncias, escolas fora das comunidades, preconceito, pobreza e falta de recursos básicos, como transporte escolar e energia elétrica nas casas.

 “O povo organizado superou e venceu! Está é a nossa proposta para todos os pobres do Brasil: vamos nos organizar e vencer! Tudo isto só foi possível por causa da conquista das cotas que eliminou a concorrência injusta com os alunos ricos que tem dinheiro para pagar as melhores escolas, não trabalham e são tratados a bifinho e danoninho”, afirmou o Frei David. O que o povo negro e pobre de São Paulo deve fazer para tomar as vagas na MEDICINA, na ODONTO, no DIREITO, etc. da USP que continua sendo só ocupada pela classe dominante e, cada vez mais ampliando a exclusão do povo negro? Qual é sua opinião?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Colaborem com o Pré-vestibular Palmares - ES

Pessoal, boa noite.

Escrevo para pedir uma colaboração, na medida da possibilidade/vontade de cada um. Desde o ano passado, estou ajudando o Fórum da Juventude Negra do ES em algumas ações, como por exemplo o seminário que discutiu o funk como elemento da cultura negra contemporânea (no CCJE, em setembro de 2010), a passeata pelo fim do extermínio da juventude negra (no final de 2010) e, agora, em 2011, o Pré-vestibular Palmares, que ocorre em um espaço cedido pela escola pública estadual no bairro Maracanã, Cariacica, com a ação de professores voluntários (o bairro foi escolhido porque está nas imediações de Padre Gabriel, bairro que foi assim batizado em homenagem ao padre francês Gabriel Maire, assassinado por defender ideais de justiça social).

Eles têm uma série de limitações materiais, mas têm uma vontade fora de série de fazer diferença na construção de um mundo mais igualitário. Sensibilizada com a situação de quem não conseguiu uma vaga no PUPT ou não tem como bancar o deslocamento até uma de suas unidades e, mesmo assim, quer arrancar do chão sua chance de entrar na universidade, estou começando uma campanha, para conseguir duas coisas: 1) montar uma biblioteca de sala para uso do Palmares, com livros didáticos de diversas disciplinas escolares e com exemplares de livros de literatura, especialmente os que estão na lista do vestibular; 2) comprar um datashow com notebook, para auxiliar os professores nas aulas, evitando que percam tempo escrevendo certas coisas no quadro e tornando algumas aulas um pouco mais dinâmicas e/ou menos abstratas, pelo recurso a imagens, pela reprodução de textos para leitura integral etc.

Os livros didáticos são para que os estudantes possam estudar os conteúdos escolares (então, preferencialmente, livros do professor, que têm respostas, são bem-vindos), e os livros de literatura da lista do vestibular são para que possam ler as obras. Essa biblioteca é essencial porque, não sendo alunos regulares do sistema estadual, não podem ter acesso pleno às bibliotecas escolares. Quem tiver livros didáticos ou de literatura para doar, por favor, pode me dizer que a gente combina um jeito de fazer chegar até eles (deixa na Ufes e eu pego ou algo assim). E a campanha do datashow com notebook é uma utopia: quem puder doar qualquer quantidade em dinheiro ou quem sabe um desses equipamentos entre em contato, por favor: mariaameliadalvi@gmail.com.

Os livros do vestibular são os seguintes:

I.   O navio negreiro – Castro Alves; 
II.   O noviço – Martins Pena; 
III.   Poemas – Mário de Sá-Carneiro; 
IV.   Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles; 
V.   Vidas Secas – Graciliano Ramos; 
VI.  Ensaio sobre a cegueira – José Saramago; 
VII.  Boca do inferno – Ana Miranda; 
VIII.  Senhor branco ou o indesejado das gentes: poemas  – Paulo Roberto Sodré; 
IX.  Kitty aos 22: divertimento – Reinaldo Santos Neves

Se puderem repassar a campanha, que se inicia com este e-mail, eu agradeço.

Abraço a todos,

Maria Amélia

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Seminário: Lugares, margens e relações: raça, cor e mestiçagem na experiência afro-americana - SP

Agência FAPESP – O seminário internacional “Lugares, margens e relações: raça, cor e mestiçagem na experiência afro-americana” será realizado nos dias 24 e 25 de fevereiro na USP com o objetivo de reunir pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos para estabelecer uma rede internacional para estudar a diversidade da experiência afro-americana, compreendida no cruzamento de disciplinas e épocas variadas.
O seminário é organizado pelo professor Antonio Sérgio A. Guimarães, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, pela professora Lilia Schwarcz, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da USP, e pelo professor Pedro Meira Monteiro, da Universidade Princeton.
O evento tem apoio dos programas de pós-graduação em Sociologia e em Antropologia da USP, da Universidade Princeton e do Centro de Estudos da Metrópole, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP.
Silvia Lara (Unicamp), Bruno Carvalho (Princeton), Edward Telles (Princeton), Nadya Araujo Guimarães (USP), André Botelho (UFRJ), Elide Rugai Bastos (Unicamp), Arcadio Díaz-Quiñones (Princeton), Vagner Gonçalves da Silva (USP), Ângela Alonso (USP), Tera Hunter (Princeton) e Wlamira Albuquerque (UFBA) serão alguns dos pesquisadores que farão apresentações.
Nao há necessidade de se fazer inscrições. Informações adicionais podem ser obtidas com a Secretaria da Pós-Graduação em Sociologia da USP: sociousp@usp.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou (11) 3091-3724.

Carta aberta ao Ziraldo, por Ana Maria Gonçalves

Num extenso e substancial texto a escritora Ana Maria Gonçalves  nos revela as entranhas do pensamento racista de Monteiro Lobato e do seu mais novo herdeiro Ziraldo, autor da camiseta do Bloco Carnavalesco "Que merda é essa" que desfila no bairro de Ipanema, zona sul carioca, região de alta classe média do Rio de Janeiro. Num vídeo em que o link (Que merda é essa?) está no texto abaixo, vê-se que o bloco foi fundado por um grupo com negros frequentadores das praias e bares de Ipanema fazendo exatamente aquela "mistura racial" em que o negro se vê constrangido a ridicularizar-se para ser aceito no grupo como normalmente acontece na democracia racial brasileira.

Carta Aberta ao Ziraldo



Caro Ziraldo,


Olho a triste figura de Monteiro Lobato abraçado a uma mulata, estampada nas camisetas do bloco carnavalesco carioca "
Que merda é essa?" e vejo que foi obra sua. Fiquei curiosa para saber se você conhece a opinião de Lobato sobre os mestiços brasileiros e, de verdade, queria que não. Eu te respeitava, Ziraldo. Esperava que fosse o seu senso de humor falando mais alto do que a ignorância dos fatos, e por breves momentos até me senti vingada. Vingada contra o racismo do eugenista Monteiro Lobato que, em carta ao amigo Godofredo Rangel, desabafou: "(...)Dizem que a mestiçagem liquefaz essa cristalização racial que é o caráter e dá uns produtos instáveis. Isso no moral – e no físico, que feiúra! Num desfile, à tarde, pela horrível Rua Marechal Floriano, da gente que volta para os subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal. Os negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão, vingaram-se do português de maneira mais terrível – amulatando-o e liquefazendo-o, dando aquela coisa residual que vem dos subúrbios pela manhã e reflui para os subúrbios à tarde. E vão apinhados como sardinhas e há um desastre por dia, metade não tem braço ou não tem perna, ou falta-lhes um dedo, ou mostram uma terrível cicatriz na cara. “Que foi?” “Desastre na Central.” Como consertar essa gente? Como sermos gente, no concerto dos povos? Que problema terríveis o pobre negro da África nos criou aqui, na sua inconsciente vingança!..." (em "A barca de Gleyre". São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1944. p.133).

Ironia das ironias, Ziraldo, o nome do livro de onde foi tirado o trecho acima é inspirado em um quadro do pintor suíço Charles Gleyre (1808-1874), Ilusões Perdidas. Porque foi isso que aconteceu. Porque lendo uma matéria sobre o bloco e a sua participação, você assim o
endossa : "Para acabar com a polêmica, coloquei o Monteiro Lobato sambando com uma mulata. Ele tem um conto sobre uma neguinha que é uma maravilha. Racismo tem ódio. Racismo sem ódio não é racismo. A ideia é acabar com essa brincadeira de achar que a gente é racista". A gente quem, Ziraldo? Para quem você se (auto) justifica? Quem te disse que racismo sem ódio, mesmo aquele com o "humor negro" de unir uma mulata a quem grande ódio teve por ela e pelo que ela representava, não é racismo? Monteiro Lobato, sempre que se referiu a negros e mulatos, foi com ódio, com desprezo, com a certeza absoluta da própria superioridade, fazendo uso do dom que lhe foi dado e pelo qual é admirado e defendido até hoje. Em uma das cartas que iam e vinham na barca de Gleyre (nem todas estão publicadas no livro, pois a seleção foi feita por Lobato, que as censurou, claro) com seu amigo Godofredo Rangel, Lobato confessou que sabia que a escrita "é um processo indireto de fazer eugenia, e os processos indiretos, no Brasil, 'work' muito mais eficientemente".

Lobato estava certo. Certíssimo. Até hoje, muitos dos que o leram não vêem nada de errado em seu processo de chamar negro de burro aqui, de fedorento ali, de macaco acolá, de urubu mais além. Porque os processos indiretos, ou seja, sem ódio, fazendo-se passar por gente boa e amiga das crianças e do Brasil, "work" muito bem. Lobato ficou frustradíssimo quando seu "processo" sem ódio, só na inteligência, não funcionou com os norte-americanos, quando ele tentou em vão encontrar editora que publicasse o que considerava ser sua obra prima em favor da eugenia e da eliminação, via esterilização, de todos os negros. Ele falava do livro
"O presidente negro ou O choque das raças"que, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, país daquele povo que odeia negros, como você diz, Ziraldo, foi publicado no Brasil. Primeiro em capítulos no jornal carioca A Manhã, do qual Lobato era colaborador, e logo em seguida em edição da Editora Companhia Nacional, pertencente a Lobato. Tal livro foi dedicado secretamente ao amigo e médico eugenista Renato Kehl, em meio à vasta e duradoura correspondência trocada pelos dois:“Renato, tu és o pai da eugenia no Brasil e a ti devia eu dedicar meu Choque, grito de guerra pró-eugenia. Vejo que errei não te pondo lá no frontispício, mas perdoai a este estropeado amigo. (...) Precisamos lançar, vulgarizar estas idéias. A humanidade precisa de uma coisa só: póda. É como a vinha".

Impossibilitado de colher os frutos dessa poda nos EUA, Lobato desabafou com Godofredo Rangel: "Meu romance não encontra editor. [...]. Acham-no ofensivo à dignidade americana, visto admitir que depois de tantos séculos de progresso moral possa este povo, coletivamente, cometer a sangue frio o belo crime que sugeri. Errei vindo cá tão verde. Devia ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros." Tempos depois, voltou a se animar: "Um escândalo literário equivale no mínimo a 2.000.000 dólares para o autor (...) Esse ovo de escândalo foi recusado por cinco editores conservadores e amigos de obras bem comportadas, mas acaba de encher de entusiasmo um editor judeu que quer que eu o refaça e ponha mais matéria de exasperação. Penso como ele e estou com idéias de enxertar um capítulo no qual conte a guerra donde resultou a conquista pelos Estados Unidos do México e toda essa infecção spanish da América Central. O meu judeu acha que com isso até uma proibição policial obteremos - o que vale um milhão de dólares. Um livro proibido aqui sai na Inglaterra e entra boothegued como o whisky e outras implicâncias dos puritanos". Lobato percebeu, Ziraldo, que talvez devesse apenas exasperar-se mais, ser mais claro em suas ideias, explicar melhor seu ódio e seu racismo, não importando a quem atingiria e nem por quanto tempo perduraria, e nem o quão fundo se instalaria na sociedade brasileira. Importava o dinheiro, não a exasperação dos ofendidos. 2.000.000 de dólares, ele pensava, por um ovo de escândalo. Como também foi por dinheiro que o
Jeca Tatu, reabilitado, estampou as propagandas do Biotônico Fontoura.

Você sabe que isso dá dinheiro, Ziraldo, mesmo que o investimento tenha sido a longo prazo, como ironiza Ivan Lessa: "Ziraldo, o guerrilheiro do traço, está de parabéns. Finalmente o governo brasileiro tomou vergonha na cara e acabou de pagar o que devia pelo passe de Jeremias, o Bom, imortal personagem criado por aquele que também é conhecido como “o Lamarca do nanquim”. Depois do imenso sucesso do calunguinha nas páginas de diversas publicações, assim como também na venda de diversos produtos farmacêuticos, principalmente doenças da tireóide, nos idos de 70, Ziraldo, cognominado ainda nos meios esclarecidos como “o subversivo da caneta Pilot”, houve por bem (como Brutus, Ziraldo é um homem de bem; são todos uns homens de bem – e de bens também) vender a imagem de Jeremias para a loteca, ou seja, para a Caixa Econômica Federal (federal como em República Federativa do Brasil) durante o governo Médici ou Geisel (os déspotas esclarecidos em muito se assemelham, sendo por isso mesmo intercambiáveis)".


No tempo em que linchavam negros, disse Lobato, como se o linchamento ainda não fosse desse nosso tempo. Lincham-se negros nas ruas, nas portas dos shoppings e bancos, nas escolas de todos os níveis de ensino, inclusive o superior. O que é até irônico, porque Lobato nunca poderia imaginar que chegariam lá. Lincham-se negros, sem violência física, é claro, sem ódio, nos livros, nos artigos de jornais e revistas, nos cartoons e nas redes sociais, há muitos e muitos carnavais. Racismo não nasce do ódio ou amor, Ziraldo, sendo talvez a causa e não a consequência da presença daquele ou da ausência desse. Racismo nasce da relação de poder. De poder ter influência ou gerência sobre as vidas de quem é considerado inferior. "Em que estado voltaremos, Rangel," se pergunta Lobato, ao se lembrar do quadro para justificar a escolha do nome do livro de cartas trocadas, "desta nossa aventura de arte pelos mares da vida em fora? Como o velho de Gleyre? Cansados, rotos? As ilusões daquele homem eram as velas da barca – e não ficou nenhuma. Nossos dois barquinhos estão hoje cheios de velas novas e arrogantes, atadas ao mastro da nossa petulância. São as nossas ilusões". Ah, Ziraldo, quanta ilusão (ou seria petulância? arrogância; talvez? sensação de poder?) achar que impor à mulata a presença de Lobato nessa festa tipicamente negra, vá acabar com a polêmica e todos poderemos soltar as ancas e cada um que sambe como sabe e pode. Sem censura. Ou com censura, como querem os quemerdenses. Mesmo que nesse do Caçadas de Pedrinho a palavra censura não corresponda à verdade, servindo como mero pretexto para manifestação de discordância política, sem se importar com a carnavalização de um tema tão dolorido e tão caro a milhares de brasileiros. E o que torna tudo ainda mais apelativo é que o bloco aponta censura onde não existe e se submete, calado, ao pedido da prefeitura para que não use o próprio nome no desfile. Não foi assim? Você não teve que escrever "M*" porque a
palavra "merda" foi censurada? Como é que se explica isso, Ziraldo? Mente-se e cala-se quando convém? Coerência é uma questão de caráter.

O que o MEC solicita não é censura. É respeito aos Direitos Humanos. Ao direito de uma criança negra em uma sala de aula do ensino básico e público, não se ver representada (sim, porque os processos indiretos, como Lobato nos ensinou, "work" muito mais eficientemente) em personagens chamados de macacos, fedidos, burros, feios e outras indiretas mais. Você conhece os direitos humanos, inclusive foi o artista escolhido para ilustrar a
Cartilha de Direitos Humanosencomendada pela Presidência da República, pelas secretarias Especial de Direitos Humanos e de Promoção dos Direitos Humanos, pela ONU, a UNESCO, pelo MEC e por vários outros órgãos. Muitos dos quais você agora desrespeita ao querer, com a sua ilustração, acabar de vez com a polêmica causada por gente que estudou e trabalhou com seriedade as questões de educação e desigualdade racial no Brasil. A adoção do Caçadas de Pedrinho vai contra a lei de Igualdade Racial e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que você conhece e ilustrou tão bem. Na página 25 da sua Cartilha de Direitos Humanos, está escrito: "O único jeito de uma sociedade melhorar é caprichar nas suas crianças. Por isso, crianças e adolescentes têm prioridade em tudo que a sociedade faz para garantir os direitos humanos. Devem ser colocados a salvo de tudo que é violência e abuso. É como se os direitos humanos formassem um ninho para as crianças crescerem." Está lá, Ziraldo, leia de novo: "crianças e adolescentes têm prioridade". Em tudo. Principalmente em situações nas quais são desrespeitadas, como na leitura de um livro com passagens racistas, escrito por um escritor racista com finalidades racistas. Mas você não vê racismo e chama de patrulhamento do politicamente correto e censura. Você está pensando nas crianças, Ziraldo? Ou com medo de que, se a moda pega, a "censura" chegue ao seu direito de continuar brincando com o assunto? "Acho injusto fazer isso com uma figura da grandeza de Lobato", você disse em uma reportagem. E com as crianças, o público-alvo que você divide com Lobato, você acha justo? Sim, vocês dividem o mesmo público e, inclusive, alguns personagens, como uma boneca e pano e o Saci, da sua Turma do Pererê. Medo de censura, Ziraldo, talvez aos deslizes, chamemos assim, que podem ser cometidos apenas porque se acostuma a eles, a ponto de pensar que não são, de novo chamemos assim, deslizes.

A gente se acostuma, Ziraldo. Como o seu
menino marrom se acostumoucom as sandálias de dedo: "O menino marrom estava tão acostumado com aquelas sandálias que era capaz de jogar futebol com elas, apostar corridas, saltar obstáculos sem que as sandálias desgrudassem de seus pés. Vai ver, elas já faziam parte dele" (ZIRALDO, 1986,p. 06, em O Menino Marrom). O menino marrom, embora seja a figura simpática e esperta e bonita que você descreve, estava acostumado e fadado a ser pé-de-chinelo, em comparação ao seu amigo menino cor-de-rosa, porque "(...) um já está quase formado e o outro não estuda mais (...). Um já conseguiu um emprego, o outro foi despedido do quinto que conseguiu. Um passa seus dias lendo (...), um não lê coisa alguma, deixa tudo pra depois (...). Um pode ser diplomata ou chofer de caminhão. O outro vai ser poeta ou viver na contramão (...). Um adora um som moderno e o outro – Como é que pode? – se amarra é num pagode. (...) Um é um cara ótimo e o outro, sem qualquer duvida, é um sujeito muito bom. Um já não é mais rosado e o outro está mais marrom" (ZIRALDO, 1986, p.31). O menino marrom, ao crescer, talvez virasse marginal, fado de muito negro, como você nos mostra aqui: "(...) o menino cor-de-rosa resolveu perguntar: por que você vem todo o dia ver a velhinha atravessar a rua? E o menino marrom respondeu: Eu quero ver ela ser atropelada" (ZIRALDO, 1986, p.24), porque a própria professora tinha ensinado para ele a diferença e a (não) mistura das cores. Então ele pensou que "Ficar sozinho, às vezes, é bom: você começa a refletir, a pensar muito e consegue descobrir coisas lindas. Nessa de saber de cor e de luz (...) o menino marrom começou a entender porque é que o branco dava uma idéia de paz, de pureza e de alegria. E porque razão o preto simbolizava a angústia, a solidão, a tristeza. Ele pensava: o preto é a escuridão, o olho fechado; você não vê nada. O branco é o olho aberto, é a luz!" (ZIRALDO, 1986, p.29), e que deveria se conformar com isso e não se revoltar, não ter ódio nenhum ao ser ensinado que, daquela beleza, pureza e alegria que havia na cor branca, ele não tinha nada. O seu texto nos ensina que é assim, sem ódio, que se doma e se educa para que cada um saiba o seu lugar, com docilidade e resignação: "Meu querido amigo: Eu andava muito triste ultimamente, pois estava sentindo muito sua falta. Agora estou mais contente porque acabo de descobrir uma coisa importante: preto é, apenas, aausência do branco" (ZIRALDO, 1986, p.30).

Olha que interessante, Ziraldo: nós que sabemos do racismo confesso de Lobato e conseguimos vê-lo em sua obra, somos acusados por você de "macaquear" (olha o termo aí) os Estados Unidos, vendo racismo em tudo. "Macaqueando" um pouco mais, será que eu poderia também acusá-lo de estar "macaqueando" Lobato, em trechos como os citados acima? Sem saber, é claro, mas como fruto da introjeção de um "processo" que ele provou que "work" com grande eficiência e ao qual podemos estar todos sujeitos, depois de sermos submetidos a ele na infância e crescermos em uma sociedade na qual não é combatido. Afinal, há quem diga que não somos racistas. Que quem vê o racismo, na maioria os negros, que o sofrem, estão apenas "macaqueando". Deveriam ficar calados e deixar dessa bobagem. Deveriam se inspirar no menino marrom e se resignarem. Como não fazem muitos meninos e meninas pretos e marrons, aqueles que são a ausência do branco, que se chateiam, que se ofendem, que sofrem preconceito nas ruas e nas escolas e ficam doídos, pensando nisso o tempo inteiro, pensando tanto nisso que perdem a vontade de ir à escola,
começam a tirar notas baixas porque ficam matutando, ressentindo, a atenção guardadinha lá debaixo da dor. E como chegam à conclusão de que aquilo não vai mudar, que não vão dar em nada mesmo, que serão sempre pés-de-chinelo, saem por aí especializando-se na arte de esperar pelo atropelamento de velhinhas.

Racismo é um dos principais fatores responsáveis pela limitada participação do negro no sistema escolar, Ziraldo, porque desvia o foco, porque baixa a auto-estima, porque desvia o foco das atividades, porque a criança fica o tempo todo tendo que pensar em como não sofrer mais humilhações, e o material didático, em muitos casos,
não facilita nada a vida delas. E quando alguma dessas crianças encontra um jeito de fugir a esse destino, mesmo que não tenha sido através da educação, fica insuportável e merece o linchamento público e exemplar, como o sofrido por Wilson Simonal. Como exemplo, temos a sua opinião sobre ele: "Era tolo, se achava o rei da cocada preta, coitado. E era mesmo. Era metido, insuportável". Sabe, Ziraldo, é por causa da perpetuação de estereótipos como esses que às vezes a gente nem percebe que eles estão ali, reproduzidos a partir de preconceitos adquiridos na infância, que a SEPPIR pediu que o MEC reavaliasse a adoção de Caçadas de Pedrinho. Não a censura, mas a reavaliação. Uma nota, talvez, para ser colocada junto com as outras notas que já estão lá para proteger os direitos das onças de não serem caçadas e o da ortografia, de evoluir. Já estão lá no livro essas duas notas e a SEPPIR pede mais uma apenas, para que as crianças e os adolescentes sejam "colocados a salvo de tudo que é violência e abuso", como está na cartilha que você ilustrou. Isso é um direito delas, como seres humanos. É por isso que tem gente lutando, como você também já lutou por direitos humanos e por reparação. É isso que a SEPPIR pede: reparação pelos danos causados pela escravidão e pelo racismo.

Assim você
se defendeu de quem o atacou na época em que conseguiu fazer valer os seus direitos: "(…) Espero apenas que os leitores (que o criticam) não tenham sua casa invadida e, diante de seus filhos, sejam seqüestrados por componentes do exército brasileiro pelo fato de exercerem o direito de emitir sua corajosa opinião a meu respeito, eu, uma figura tão poderosa”. Ziraldo, você tem noção do que aconteceu com os, citando Lobato, "negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão", e do que acontece todos os dias com seus descendentes em um país que naturalizou e, paradoxalmente, nega o seu racismo? De quantos já morreram e ainda morrem todos os dias porque tem gente que não os leva a sério? Por causa do racismo é bem difícil que essa gente fadada a ser pé-de-chinelo a vida inteira, essas pessoas dos subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal, - porque nelas está a ausência do branco, esse povo todo representado pela mulata dócil que você faz sorrir nos braços de um dos escritores mais racistas e perversos e interesseiros que o Brasil já teve, aquele que soube como ninguém que um país (racista) também de faz de homens e livros (racistas), por causa disso tudo, Ziraldo, é que eu ia dizendo ser quase impossível para essa gente marrom, herdeira dessa gente de cor que simboliza a angústia, a solidão, a tristeza, gerar pessoas tão importantes quanto você, dignas da reparação (que nem é financeira, no caso) que o Brasil também lhes deve: respeito. Respeito que precisou ser ancorado em lei para que tivesse validade, e cuja aplicação você chama de censura.

Junto com outros grandes nomes da literatura infantil brasileira, como
Ana Maria Machado e Ruth Rocha, você assinou uma carta que, em defesa de Lobato e contra a censura inventada pela imprensa, diz:"Suas criações têm formado, ao longo dos anos, gerações e gerações dos melhores escritores deste país que, a partir da leitura de suas obras, viram despertar sua vocação e sentiram-se destinados, cada um a seu modo, a repetir seu destino. (...) A maravilhosa obra de Monteiro Lobato faz parte do patrimônio cultural de todos nós – crianças, adultos, alunos, professores – brasileiros de todos os credos e raças. Nenhum de nós, nem os mais vividos, têm conhecimento de que os livros de Lobato nos tenham tornado pessoas desagregadas, intolerantes ou racistas. Pelo contrário: com ele aprendemos a amar imensamente este país e a alimentar esperança em seu futuro. Ela inaugura, nos albores do século passado, nossa confiança nos destinos do Brasil e é um dos pilares das nossas melhores conquistas culturais e sociais."É isso. Nos livros de Lobato está o racismo do racista, que ninguém vê, que vocês acham que não é problema, que é alicerce, que é necessário à formação das nossas futuras gerações, do nosso futuro. E é exatamente isso. Alicerce de uma sociedade que traz o racismo tão arraigado em sua formação que não consegue manter a necessária distância do foco, a necessário distância para enxergá-lo. Perpetuar isso parece ser patriótico, esse racismo que "faz parte do patrimônio cultural de todos nós – crianças, adultos, alunos, professores – brasileiros de todos os credos e raças." Sabe o que Lobato disse em carta ao seu amigo Poti, nos albores do século passado, em 1905? Ele chamava de patriota o brasileiro que se casasse com uma italiana ou alemã, para apurar esse povo, para acabar com essa raça degenerada que você, em sua ilustração, lhe entrega de braços abertos e sorridente. Perpetuar isso parece alimentar posições de pessoas que, mesmo não sendo ou mesmo não se achando racistas, não se percebem cometendo a atitude racista que você ilustrou tão bem: entregar essas crianças negras nos braços de quem nem queria que elas nascessem. Cada um a seu modo, a repetir seu destino. Quem é poderoso, que cobre, muito bem cobrado, seus direitos; quem não é, que sorria, entre na roda e aprenda a sambar.

Peguei-o para bode expiatório, Ziraldo? Sim, sempre tem que ter algum. E, sem ódio, espero que você não queira que eu morra por te criticar. Como faziam os racistas nos tempos em quem ainda linchavam negros. Esses abusados que não mais se calam e apelam para a lei ao serem chamados de "macaco", "carvão", "fedorento", "ladrão", "vagabundo", "coisa", "burro", e que agora querem ser tratados como gente, no concerto dos povos. Esses que, ao denunciarem e quererem se livrar do que lhes dói, tantos problemas criam aqui, nesse país do futuro. Em uma matéria do Correio Braziliense você
disse que "Os americanos odeiam os negros, mas aqui nunca houve uma organização como a Ku Klux Klan. No Brasil, onde branco rico entra, preto rico também entra. Pelé nunca foi alvo de uma manifestação de ódio racial. O racismo brasileiro é de outra natureza. Nós somos afetuosos”. Se dependesse de Monteiro Lobato, o Brasil teria tido sua Ku-Klux-Klan, Ziraldo. Leia só o que ele disse em carta ao amigo Arthur Neiva, enviada de Nova Iorque em 1928, querendo macaquear os brancos norte-americanos: "Diversos amigos me dizem: Por que não escreve suas impressões? E eu respondo: Porque é inútil e seria cair no ridículo. Escrever é aparecer no tablado de um circo muito mambembe, chamado imprensa, e exibir-se diante de uma assistência de moleques feeble-minded e despidos da menos noção de seriedade. Mulatada, em suma. País de mestiços onde o branco não tem força para organizar uma Kux-Klan é país perdido para altos destinos. André Siegfred resume numa frase as duas atitudes. "Nós defendemos o front da raça branca - diz o sul - e é graças a nós que os Estados Unidos não se tornaram um segundo Brasil". Um dia se fará justiça ao Kux-Klan; tivéssemos aí uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca - mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destroem (sic) a capacidade construtiva." Fosse feita a vontade de Lobato, Ziraldo, talvez não tivéssemos a imprensa carioca, talvez não tivéssemos você. Mas temos, porque, como você também diz, "o racismo brasileiro é de outra natureza. Nós somos afetuosos." Como, para acabar com a polêmica, você nos ilustra com o desenho para o bloco quemerdense. Olho para o rosto sorridente da mulata nos braços de Monteiro Lobato e quase posso ouvi-la dizer: "Só dói quando eu rio".

Com pesar, e em retribuição ao seu afeto,


Ana Maria Gonçalves
 

Nova edição do "Tempo em Curso" já disponível online

Prezado leitor e prezada leitora do “Tempo em Curso”,
 
Com satisfação informo que já se encontra disponível no portal do LAESER (www.laeser.ie.ufrj.br/tempo_em_curso.asp) a primeira edição de 2011 do boletim eletrônico mensal de nosso Laboratório. Neste caso a satisfação é acrescida pelo fato de que com este exemplar o “Tempo em Curso” ingressa em seu terceiro ano ininterrupto de existência.
 
O “Tempo em Curso” é dedicado ao estudo dos indicadores do mercado de trabalho metropolitano brasileiro desagregado pelos grupos de cor ou raça e gênero. A origem dos dados é a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Os dados comentados nesta edição são os referentes ao mês de novembro de 2010. Ademais, em sua primeira parte, este boletim eletrônico sempre traz um tema de importante conhecimento dentro do campo da questão das assimetrias de cor ou raça e das políticas de promoção da igualdade racial.
 
Como destaque da presente edição pode ser mencionada a inédita pesquisa realizada pelo LAESER sobre a Pesquisa de Informações Básicas Municipais que revelou que no ano de 2009, somente 148 municípios brasileiros, 2,7% do total, contavam com Conselho de Igualdade Racial ou similar. Os demais dados sobre cada unidade da federação poderão ser lidos na própria publicação.
 
Mais uma vez, nós do LAESER, contamos com vosso diálogo, críticas e reflexões.
 
Boa leitura!
 
Marcelo Paixão – Professor do Instituto de Economia da UFRJ; Coordenador do LAESER

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Projeto Diálogos sobre Diversidade e a Lei 10.639/03 seleciona - RJ

A Pró-Reitoria de Extensão - PROEX, através da Coordenação Geral de Diversidades - COGED, torna público o Edital 19, de 17 de fevereiro de 2011,  para processo seletivo e contratação por tempo determinado, de Bolsistas de Extensão e Coordenador Adjunto de Projeto, que atuarão no Projeto Diálogos sobre Diversidade e a Lei 10.639/03, aprovado no PROEXT 2010. O referido projeto tem como objetivo geral a implantação das Diretrizes Nacionais para a Educação Étnico-raciais – Lei 10.693/03, que trata da obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar. Haverá a participação de profissionais do IFRJ, das instituições educacionais e movimentos sociais nas diferentes regiões que o IFRJ tem atuação.

http://www.ifrj.edu.br/extenso.php