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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

VIII Curso de Atualização: "A Teoria e as Questões Políticas da Diáspora Africana nas Américas"

Estão abertas as inscrições para o VIII Curso de Atualização: "A Teoria e as Questões Políticas  da  Diáspora Africana nas Américas".
 
O Curso promovido por CRIOLA, Universidade do Texas/Austin, UFF e UERJ, pretende oferecer formação acadêmica e intelectual de alto nível a ativistas, estudantes e intelectuais de todo o país interessados na área de Estudos da Diáspora Africana, a partir das análises críticas produzidas pelo feminismo negro no Brasil e em outras comunidades da Diáspora Africana, em especial nos Estados Unidos.
 
O curso é gratuito e realizado na Universidade Federal Fluminense.
 
ficha de inscrição está disponível on-line no site de Criola (www.criola.org.br) e da UFF (http://www.uff.br/politicasocial/). As/os interessadas/os deverão preencher a ficha, e enviá-la por e-mail para diasporaafricana@criola.org.br anexando um curriculum vitae (três páginas no máximo).
 
A ficha de inscrição e o curriculum vitae só serão aceitos por e-mail e deverão ser enviados no período de 24/01 à 28/02/2014.

CRIOLA, UTEXAS/Austin, POLITICA SOCIAL/UFF ,  PROAFRO/UERJ

Vídeo-aula "Indígenas na cidade"


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mini-curso "História da África: reflexões em defesa de uma Filosofia Africana no mundo contemporâneo" - RJ



Professor Ms. Gustavo de Andrade Durão
Doutorando do Programa de História Comparada (IH-UFRJ), Pesquisador do Laboratório de Estudos Africanos da UFRJ (LeAfrica)
 
Ementa:
Debates sobre obras que abrangem a História da África e as formas de pensamento filosófico existentes no pensamento africano. Análises sobre o debate hegeliano em relação à História da África. Estudos das obras de proeminentes pensadores europeus como Levi Strauss, Hannah Arendt e Jean-Paul Sartre. Diálogos com uma perspectiva africanista do pensamento filosófico. Estudo das produções filosóficas e etno-filosóficas de pensadores do cânone africano: Yves Mudimbe, Paulin J. Hountondji, Achille Mbembe, Kwame A. Appiah, Aimé Césaire, Frantz Fanon, Léopold Senghor e Abiola Irele. Análise comparada das obras filosóficas africanas à luz dos modos de agir e pensar, com ênfase nas críticas ao colonialismo e ao pressuposto de inferioridade intelectual dos negros. Desenvolvimento de uma interpretação para as obras dos autores africanistas que laboraram para o protagonismo dos povos negros em escala transnacional (pan-africanismo).
 
Objetivos:
Analisar os argumentos contrários à existência de uma forma de pensamento reflexivo africano. Compreender a existência do diálogo entre os filósofos e pensadores europeus com os intelectuais do continente africano. Tomar como base a existência do cânone de pensadores africanos que preconizou os movimentos de contestação às formas de exclusão social e de expressão através da atividade intelectual. Interpretar e conhecer as obras dos autores africanos na valorização do pensamento dos povos negros na História, na História da África, na Filosofia e no pensamento humanista do mundo contemporâneo.
 
Conteúdo e cronograma:
12/02 – Apresentação do curso.
Debate: Há uma história da África? Possível diálogo entre Hegel e Ki-Zerbo.
26/ 02 – Diálogos sobre Raça e História.
11/ 03 – Refletindo acerca da Négritude de Senghor: Orfeu Negro e a crítica de René Depestre à Négritude.
25/ 03 –Frantz Fanon: Da tomada de consciência à formulação de uma teoria da exclusão.
09 / 04 – FILOSOFIA AFRICANA I – ACHILLE MBEMBE: REFLEXÕES NA CONTRAMÃO DO PENSAMENTO HEGELIANO.
23/ 04 – FILOSOFIA AFRICANA II – Referências da Filosofia Africana: em busca da Intersubjectivação. PARA PENSAR UMA ESSÊNCIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO AFRICANO.
07/ 05 – FILOSOFIA AFRICANA III – PAULIN HOUNTONDJI e YVES VALENTIN MUDIMBE: OPERANDO COM O SABER FILOSÓFICO AFRICANO.
21/ 05 – O Colonialismo: compreender para desconstruir. Retrato do colonizador e do colonizado.
04/ 06 – Apresentação dos Seminários. Encerramento do Curso.
Horários: Quartas-feiras de 17:00h às 19:30h (encontros quinzenais).
 
Bibliografia:
APPIAH, K. A. Na casa de Meu Pai – A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.
ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
BERNAL, Martin. Black Athena – The Afroasiatic Roots of Classical Civilization. Vol.1: The Fabrication of Ancient Greece 1785-1985. New Jersey: Rutgers University Press. 2003.
CASTIANO, José P. Referenciais da Filosofia Africana: Em busca da Intersubjectivação. Cidade do Cabo: Ed. Kadimah, 2010.
CÉSAIRE, Aimé. Discours sur le colonialisme. Paris: Présence Africaine, 1955.
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2008.
DEPESTRE, René. Buenos Dias y Adios a la Negritud. Cuba: Casa de las Americas, 1985.
GATES, Henry Louis Jr. The Criticial Fanonism. Critical Inquiry, University of Chicago Press, v. 17, n. 3, 1991.
HEGEL, Georg Wilhelm F. Filosofia da História. Brasília: Editora da UnB, 2008.
IRELE, Abiola. Introduction. In: HOUNTONDJI, Paulin J. African Philosophy – Mith & Reality. Indiana University Press, 1996.
KIZERBO, Joseph.– Introdução: As tarefas da História na África. In: História da África Negra – Volume 1, Portugal: Biblioteca Universitária – Publicações Europa-América, 2009.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. Lisboa: Editorial Presença, 2010.
LUMUMBA, Patrice; Lierde, Jean Van. La pensée politique de Patrice Lumumba. Paris, Présence Africaine, 2010.
MAGGIE, Yvone ; REZENDE, Claudia Barcellos (orgs.) Raça como retórica – a construção da diferença. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
MBEMBE, Achille. As formas africanas de Auto-Inscrição. Estudos Afro-Asiáticos, ano 23, n. 1, 2001.
MEMI, Albert. O retrato do colonizador, seguido de o retrato do colonizado. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1977.
MUDIMBE, Yves. V. The invention of Africa: gnosis, philosophy, and the order of knowledge. (cap. 1. Discourse of Power and Knowledge of Otherness). IUP: 1988.
SARTRE, J.P. L'Orphée Noir. In: SENGHOR, Léopold. Anthologie de la nouvelle poésie nègre et malgache de langue française. Paris : PUF, 1948.
 
Detalhes do evento:
Dia(s): 12/02/2014 - 04/06/2014
Horário: 17:00h às 19:30h (encontros quinzenais)
Local: IFCS
Largo de São Francisco
Rio de Janeiro
 
A confirmação de inscrição no evento é de responsabilidade do organizador do mesmo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Lei que define o crime de preconceito racial completa 25 anos

Apesar de 25 anos de lei, racismo ainda é forte
Por Leonardo Ferreira
Da Radioagência
 
Criada há 25 anos a Lei 7.716 define os crimes de preconceito racial. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometido atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Apesar da mudança no papel, os negros no Brasil ainda sofrem racismo e frequentemente se vêem em situação de discriminação.
 
Sancionada em janeiro de 1989, a lei determina punição a quem comete crime de discriminação racial. Pessoas que incitarem a discriminação e o preconceito também podem ser punidas.
 
A lei que define crimes de racismo regulamentou o trecho da Constituição Federal que torna inafiançável e imprescritível o crime de racismo.
 
Segundo a recente Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), divulgada em 2013, 104,2 milhões de brasileiros são pretos e pardos, o que corresponde a mais da metade da população do país (52,9%).
 
As diferenças raciais aparecem em praticamente todos os indicadores. No caso da violência, por exemplo, a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
 
De 1989 para cá, outras leis importantes na luta contra o preconceito racial foram criadas no Brasil, como o Estatuto da Igualdade Racial (2010) e a Lei de Cotas (2012).
 

Biblioteca 2 de Julho lança site com acervo de Ubiratan Castro - BA

Professor Ubiratan Castro
 
A Biblioteca Virtual 2 de Julho, vinculada à Fundação Pedro Calmon, lança no dia 10 de janeiro, às 18h, na Sala Katia Mattoso da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, um site com o acervo referente ao professor historiador Ubiratan Castro de Araújo. Dentre os materiais coletados, está a dissertação do professor, defendida na Université de Paris X, Nanterre, versando sobre o orçamento do estado da Bahia entre 1889 e 1930. A dissertação, originalmente em francês, será disponibilizada, pela primeira vez, traduzida ao português, com download gratuito.
 
Além da dissertação, o site disponibiliza a tese de doutorado original em francês, defendida na Université de Paris IV, Sorbonne, sob orientação da professora doutora Katia Mattoso, sobre a política e a economia na Bahia escravocrata no período de 1820-1889. Artigos, fotografias e vídeos também compõem o acervo, incluindo material produzido exclusivamente para o site, como depoimentos de personalidades próximas ao professor.
 
Os materiais disponibilizados contam sobre os diversos campos de atuação do professor, desde a vida acadêmica como professor da Universidade Federal da Bahia até a carreira de gestor público, que passa pela Fundação Cultural Palmares e pela Fundação Pedro Calmon, por exemplo. O site também traz acervo que conta sobre a militância e religiosidade do professor.
 
Reconhecido pelas ações voltadas pela valorização e reconhecimento da cultura negra, além da luta contra o racismo institucionalizado no país, o professor Ubiratan Castro de Araújo reúne obra significativa para uma análise crítica da questão negra na sociedade baiana. Bira, como era conhecido, faleceu em janeiro de 2013, quando ocupava a direção geral da Fundação Pedro Calmon.
 
O lançamento do site também integra as ações de dois anos da Biblioteca Virtual 2 de Julho, idealizada pelo professor, que buscava uma ferramenta que pudesse percorrer imaterialmente todo o estado para disseminar documentos importantes sobre a história e cultura da Bahia. O evento conta também com a palestra “Culturas Digitais e Compartilhamento do Conhecimento: nós somos a biblioteca ‘aumentada’”, com o professor doutor Messias Bandeira. O site especial de acervo do professor pode ser acessado através da biblioteca: http://www.bv2dejulho.ba.gov.br .

Lançamento
Quando: Dia 10 de janeiro de 2014 (sexta-feira), às 18h
Onde: Sala Katia Mattoso - Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Quanto: Gratuito
Texto: ASCOM/FPC

II SEMINÁRIO RESPEITEM NOSSO RESGUARDO: Pela defesa e Organização do Povo de Santo



Impulsionado pelo Núcleo Akofena, por lideranças comunitárias, estudantes/professores da UFRB adeptos do candomblé e por variados setores do povo de santo da cidade de Cachoeira-BA, surge no ano de 2012 o seminário Respeitem Nosso Resguardo.
 
O Espaço de organização e defesa o Povo de Santo nasce a partir de uma reação a um grave caso de racismo e ódio religioso contra as religiões africana, ocorrido no Programa de Pós Graduação de Ciências Sociais da UFRB, em que um estudante negro adepto do candomblé e em período de obrigações religiosas foi sumariamente desvinculado do programa de Pós Graduação a partir da pressão racista institucional de um coletivo de professores brancos.
 
No primeiro ano do seminário foi debatido como historicamente as instituições públicas e privadas de ensino superior tem agido de forma racista para com as religiões de matriz africana. Uma das formas mais concretas dessa violência racista é a maneira que tais instituições de ensino lidam com uma prática ancestral extremamente cara para o Povo de Santo: o Resguardo. Em nosso segundo ano, ampliamos o tema Respeite nosso resguardo, que se torna uma palavra de ordem para exigirmos que todos os setores da sociedade respeitem nosso resguardo, nossas crenças, tradições e cosmovisão.
 
Exigimos Respeito não apenas nas universidades, mas também nas escolas, nas empresas, nas fábricas, nos serviços públicos, nas instituições públicas e privadas. Em nosso processo de acúmulo também afirmamos que desrespeito religioso, violência religiosa ou intolerância religiosa são partes constituintes das engrenagens do racismo estrutural que organiza a sociedade brasileira, racismo esse, sofrido cotidianamente pelos adeptos das religiões de matriz africana.
 
A história do Povo de Santo caminha de mãos dadas com a História do Povo Negro, falar de um é falar do outro, somos um só povo. É nesse contexto que trazemos convidados/as de peso que compartilharão suas experiências de luta, organização e defesa do Povo de Santo, como Luiz Carlos Suica, Mãe Jaciara Ribeiro, Mãe Neci Santos Leite, Marcos Rezende, Mestre Jorge Rasta e Ricardo Andrade. No presente ano o Seminário Respeitem Nosso Resguardo se configura enquanto um espaço de organização e defesa do Povo de Santo.
 
Fonte: Facebook

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Vídeo "A Lenda da Criação do Mundo e dos Orixás"

E agora, minha gente, uma história eu vou contar … uma história bem bonita, todo mundo vai gostar!
 
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro apresenta o terceiro volume da Coleção “A lei 10639/03 e a formação de educadores”. Trata-se do material didático-pedagógico criado para o “III Curso de Extensão em História e Cultura Negra” oferecido pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UERJ (2013). O vídeo “A Lenda da Criação do Mundo e dos Orixás” é inspirado em uma lenda de origem iorubá mantida viva pela tradição oral.
 
Acreditamos que o reconhecimento da produção cultural dos afro-brasileiros é um dos caminhos para a construção de um país verdadeiramente multicultural que erradique as práticas racistas que sustentam as discriminações, preconceitos e produzem desigualdades. Cabe ressaltar que o legado afro-brasileiro pertence a todos nós, brasileiros de todas as origens. Assim, a lei 10639/03 nos estimulou a apresentar de forma lúdica o tema da criação do mundo e dos orixás que tanto faz parte da religiosidade brasileira quanto da afro-brasileira. Este vídeo, destinado à educação infantil, tem como objetivo difundir os valores civilizatórios da cultura afro-brasileira, preservar sua memória e combater qualquer tipo de intolerância religiosa.
 
O Vídeo
Trata-se de uma animação com uma linguagem acessível ao público infantil. Acreditamos que o uso de materiais presentes no dia a dia da escola – brinquedos, sucatas e papeis de diferentes texturas – possam facilitar a comunicação entre alunos e professores e simplificar a transmissão de conhecimento. Nossa expectativa é que esse vídeo possa fazer parte das rodas de histórias comuns nas classes da educação infantil.
 


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Curso gratuito sobre tradições afro-brasileiras inscreve até 11 de janeiro - BA

Fabrício Vitena
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação
 
O Núcleo de Arte e Cultura (Nart) da UNEB vai oferecer oferece oficinas gratuitas de iniciação cultural e musical no universo afro-baiano das tradições Kêtu.
A iniciativa, que integra as ações do projeto Ilê Asipá: Atabaques Entre Folhas, inscreve até 11 de janeiro na sede do Nart, no Campus I da universidade, em Salvador.
A ideia é proporcionar aos inscritos contato com a cultura afro-baiana, de origem nagô, levando em consideração a amplitude do conceito afro-brasileiro.
O curso acontecerá do próximo dia 11 de janeiro até 15 de março, sempre aos sábados das 8h30 às 12h30, no Ilê Asipá, na Avenida Orlando Gomes, em Piatã.
O projeto Ilê Asipá: Atabaques Entre Folhas tem como objetivo dar ênfase nos toques de atabaques acompanhados por cânticos, histórias e ensinamentos por Mestres do Ilê Asipá.
O projeto já teve um piloto experimentado com êxito, no período de outubro a dezembro de 2012, no mesmo Terreiro Ilê Asipá, numa realização do Nart com o apoio e financiamento da Pró-Reitoria de Extensção (Proex), em parceria com a Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa).
Informações: Nart – tel. (71) 3117-5377.
 
Fonte: site da UNEB