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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 30 de junho de 2009

Nasce o Fórum Nacional de Religiosos de Matrizes Africanas

Depois de diversos dias de debates e conversas, em reunião durante a II conapir religiosos de matrizes africanas, a partir do entendimento de que existe uma necessidade de dialogo de unidade e sintonia para as demandas que dizem respeito a sua religião, criam o fórum nacional de religiosos de matrizes africanas.Este fórum terá como papel principal discutir pautas em comum, e dizer qual a opinião de seus praticantes a respeito de temas como vida após a morte, aborto, genética, respeito as demais religiões e outros temas polêmicos, onde as religiões de matrizes africanas precisam mostrar para o estado brasileiro qual sua opinião.

Leia a matéria na Integra no : www.correionago.com.br

Lançamento Cadernos CEAP - RJ

(Clique na imagem para ampliá-la)

CONVITE

História e Cultura Negra em foco

O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas – CEAP, com o apoio do Grupo de Estudos Tornar Ser Negro e Negra – DENEGRIR, convidam para o lançamento do DVD “Cultura Negra, Resistência e Identidade” e a série Cadernos CEAP.

As publicações serão distribuídas gratuitamente para representantes de instituições que se cadastrarem antes e durante a realização do evento.

Programação

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Av. São Francisco Xavier, N° 524 - Auditório 93

DIA 01 DE JULHO. QUARTA-FEIRA, AS 18:30 h. DE 2009

18:30h. – Exibição do DVD Cultura Negra, Resistência e Identidade

19:30h. – Exposição e Debate: “O saber e o fazer Negro e a Lei 10.639/03”

- Professor Ivanir dos Santos

- Professora Conceição Evaristo

- Professor Carlos Alberto Medeiros

21:00h. – Lançamento da série Cadernos CEAP, autógrafos e coquetel.

Cadernos CEAP

- “O projeto político da/na escola: capilarizando a temática das africanidades brasileiras”. Azoilda Loretto da Trindade.

- “Movimento negro brasileiro: motor e ponta-de-lança da luta contra o racismo”. Amauri Mendes.

- “Religiões de matrizes africanas”. Edson Fabiano dos Santos.

- “Literatura Negra”. Conceição Evaristo.

- “Arte negra: pontos reflexivos para a compreensão das artes plásticas, música, cinema e teatro”. Celso Prudente.

- “Cultura afro-brasileira”. Helena Theodoro.

DVD “Cultura Negra, resistência e Identidade”.

- Direção: Ricardo Malta

- Roteiro: Jorge Melo


segunda-feira, 29 de junho de 2009

3°Encontro de Nacional de Graffiteiras - BA

Será realizado em salvador o 3°Encontro de Nacional de Graffiteiras, que acontecerá nos dias 2,3,4 e 5 de julho de 2009,organizado pela Rede GraffiteirasBr em parceria como projeto salvador graffita, a Ong Feminista Pernambucana S.O.S Corpo,onde serão desenvolvidos diversas atividades como debates, oficinas de graffiti, oficina de defesa pessoal pra mulheres, criação de um estatuto da rede, tudo com intuito de formação das meninas participantes e pintura em muro local.

O intuito do encontro é manter contatos entre graffiteiras brasileiras e sul-americanas em torno do graffiti, enfocar a discussão na participação feminina na arte de rua/urbana. pois sabemos que o graffiti está presente num ambiente predominantemente masculino e, por vezes, machista, onde a maioria das graffiteiras não tem contato com outras meninas para compartilhar suas experiências. Assim, a criação de um encontro nacional foi essencial para que algumas referências femininas no universo do graffiti se estabelecessem e, principalmente, para criar um espaço de diálogo entre as diversas meninas que pintam em todo o país.

A Rede GraffiteirasBr é um coletivo de jovens graffiteiras de todo o país, e algumas da América Latina, que surgiu no início de 2004 a partir de uma grande necessidade de trocas de informações e experiências entre garotas graffiteiras. No início foi criada uma lista de discussão na internet com a finalidade de aproximar, através da troca de mensagens e informações, graffiteiras que se encontravam distantes física e espacialmente, porém estavam submetidas às mesmas condições no universo do graffiti e do movimento hip hop.

Programação:

02/07 – Quinta-feira(ZAUBER MULTICULTURA)
19:00 – Palavra de mulher: Empoderamento da mulher no Hip-hop
20:30 - Coquetel de abertura do encontro.

03/07 – Sexta-feira(SEDE DA MAÇONARIA-PELOURINHO)
07:30 – Café da manhã;
09:00 – Apresentação
10:30 – Fortalecimento das Organizações de Mulheres. (S.O.S Corpo)
12:30 – Almoço
14:00 – Discussão e criação da carta de principios
19:00 – Fim das atividades

04/07 – Sábado(SEDE DA MAÇONARIA-PELOURINHO)
07:30 – Café da manhã;
09:00 – Oficina de WenDo
12:30 – Almoço
14:00 – Oficina de graffit com Viber(Belo Horizonte-MG) e DonaJoana(Brasília-DF)
19:00 – Fim das atividades

05/07 – Domingo(viaduto do politeama)
07:30 – Café da manhã
09:00 – Pintura e Sound Sistem com pausa para almoço às 14:00 hs.

ORGANIZAÇÃO
SISTA CREW
GRAFFITEIRASBR
MONICA (TOQUE FEMININO)

SISTAK

CEAO prorroga prazo de inscrição do Curso de Formação de Professores - BA

Diante da dificuldade encontrada pelas(os) candidatas(os) para obterem a comprovação de experiência docente junto às escolas - em virtude do recesso escolar, o CEAO prorrogou o prazo de inscrições do Curso de Formação de Professores para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras até o dia 10(dez) de julho. O resultado será publicado no dia 17 de julho e as aulas iniciarão no dia 18 de julho, sábado.
Mais informações: www.educacaoafrobrasil.ufba.br

Fundação Clemente Mariani promove curso "História Social da Cultura" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la))

Lançamento de livro e Mesa Redonda - RJ

C O N V I T E

Lançamento do livro

“ A SOCIEDADE NO MERCADO “

– Ensaios em torno do pensamento de Karl Polanyi -

Autor : Ailton Benedito de Souza


Local: Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH

Espaço Cultural Senador Abdias do Nascimento

Av. Mem de Sá, 35 – Lapa / Rio de Janeiro

CEP 22230-150 (Ao lado do Asa Branca ]

Data : 30 de junho de 2009 – 3ª feira

Horário: Início às 18:30 horas

Mesa Redonda sobre a temática do livro :

O povo brasileiro e a atual crise mundial

O autor Ailton Benedito de Souza receberá os convidados:

Carlos Alberto Medeiros – Coordenador de Promoção de Política da Igualdade Racial do Rio de Janeiro

Wilson Roberto Prudente – Procurador Ministério Público Federal do Ministério do Trabalho.

Apoio:

Centro de Pesquisas Criminológicas do Rio de Janeiro – CEPERJ

Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH

ONG Estimativa

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde realiza seminário para discutir políticas públicas de saúde - RJ

De 19 a 21 de agosto de 2009, a Rede Nacional de Religioes Afro-Brasileiras e Saúde realizará no Scorial Rio Hotel(Largo do Machado - Rio de Janeiro) o I Seminario Nacional Religioes Afro-Brasileiras e Saude com os seguintes objetivos: instrumentalizar as lideranças das religiões de matrizes africanas para melhor compreensão do Sistema Único de Saúde e para o exercício mais qualificado da gestão participativa e controle social de políticas públicas de saúde, divulgar as politicas e programas de saúde governamentais para as comunidades de terreiro, ampliar a participação de lideranças dos terreiros nos espaços de controle social de políticas públicas de saúde e estabelecer um canal de comunicação entre as lideranças dos terreiros e os gestores/profissionais de saúde visando incentivar a realização de ações do SUS em parceria com os terreiros.

Atualmente a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde conta com mais de 36 núcleos espalhados pelo país e representações em 21 estados.
Para atingir seus objetivos a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde vem realizando, desde a sua criação, uma série de capacitações, seminários e encontros nos estados e municípios com o objetivo de instrumentalizar e potencializar os saberes das lideranças de terreiros para o exercício do controle social de políticas públicas de saúde e a sensibilização de gestores e profissionais de saúde sobre os impactos do racismo e da intolerância religiosa no campo da saúde.

Mais informações através do e-mail semireligafro2007@yahoo.com.br ou redeterreirosaude@hotmail.com

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CEAO e Editora Livro.com promovem palestra "O que é Ifá" - BA

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CEAO(UFBA) inscreve para curso de formação de professoras(es) - BA

O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) inscreve para o Curso de Formação de Professores para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, voltado a 300(trezentos) profissionais da educação (Diretores, Coordenadores e Professores) das redes públicas de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho e Mata de São João. O curso integra a Rede de Educação para a Diversidade, criada em 2008 a partir de uma articulação entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB), com o objetivo de formar um grupo permanente de formação inicial e continuada a distância para o desenvolvimento e disseminação de metodologias educacionais para inclusão de temas relacionados à área de Diversidade. Na Universidade Federal da Bahia (UFBA), além do curso Curso de Formação de Professores para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, promovido pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), serão promovidos os cursos de Educação Ambiental, a ser promovido pela Faculdade de Biologia, e Educação de Jovens e Adultos, promovido pela Faculdade de Educação. As inscrições serão encerradas em 30 de junho. Mais informações no site www.educacaoafrobrasil.ufba.br

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Crônica da abordagem policial na Trezena do Santo Antonio Além do Carmo - BA

Salvador, 10 de junho de 2009.

“Nós somos diferença...nossas identidades

são as diferenças das máscaras.

(Foucault 1972,p.131)”

Crônica da abordagem policial na Trezena do Santo Antonio Além do Carmo

Nildes Sena

Arte-educadora, artista plástica e arte terapeuta, líder comunitária, e vivo capoeira angola.

Precisa-se rever o desdobramento da celebração de festa religiosa tradicional que é a Trezena de Santo Antonio Além do Carmo, pois o considerado lado profano desta manifestação cultural local que acontece no Largo do Santo Antonio Além do Carmo, tem se tornado palco para as diversas formas de violência, tanto a simbólica, quanto a física. Mas o constrangedor deste fato é que grande parte desta violência é cometida pelos membros da policia Militar da Bahia, que vem Cometendo diversas formas de violência contra os moradores da Comunidade local, em especial os moradores da Chácara Santo Antonio(discrimando por ser local de Ocupação residencial). Policiais que abordam com violência e até batem, indo mesmo ate a casa das pessoas e as desrespeitando por completo. Sem falar que os comerciantes ambulantes, jogam lixos e detritos na entrada da comunidade citada, e este ano nem sanitário químico tem. Deste modo os freqüentadores da festa usam como sanitário e também como Motel a entrada da citada comunidade, submetendo toda a população a situações de constrangimento. A policia deveria evitar esta situação, mas por ser preconceituosa e racista, termina por reforçá-la com sua prática.

Na noite de terça feira, nove de junho de 2009 (09/06/2009), por volta das 23:40, quando eu, Ivanildes Teixeira de Sena(Nildes Sena), vinha saindo da comunidade da Chácara Santo Antonio, local onde tenho residência, fui violentamente abordada por policiais militares. Me senti bastante ameaçada. Eram três homens e uma mulher que se dizia sargento, e por tanto com direito de me abordar daquela forma. Quando sai no portão de acesso a comunidade, joguei o lixo no local apropriado e continuei andando na direção da igreja católica, quando percebi um movimento estranho de quatro policiais correndo em minha direção, eu fiquei extremamente assustada porque eles avançaram contra mim e tentavam pegar meus pertences, eu perguntava o que esta acontecendo e tentava mim proteger deles. Perguntei insistente o que estava acontecendo, pois enquanto caminhava um deles chegou mais perto e tentou puxar a mochila das minhas costas então todos avançaram contra mim, eu recuei e perguntei mais uma vez. A policial veio tentando me puxar, afastei, ela ordenou que colocasse as mãos no muro inclinado do Forte Santo Antonio, onde pratico Capoeira Angola e faço parte do grupo do Mestre João Pequeno de Pastinha, o segurança que me conhece ficou olhando lá de cima, sem ação. Ela disse ainda que ficasse de costas, eu disse que não tinha como por as mão no muro, estava com o celular em uma das mãos, ela ousou pedir que colocasse no chão, eu disse: não vou fazer isso, e o saco plástico com um edredom e uma sobrinha na outra mão. Um dos policiais repetia que eu não tinha motivo para resistir, pois estava sendo aborda por uma policial feminino. Não atendi, pois estava deveras assustada, ela tomou o saco, verificou-o deixando cair no chão a sombrinha, a essa altura a mochila permanecia em minhas costas, acho que permanecia nas costas. Ela tentou desnecessariamente afastar meus pés, eu resisti e um dos policias tentou torcer meu braço para trás, eu o puxei e eu perguntei para ela, “o que isso que sou colega está fazendo?” Então ele parou. Como eu não parava de falar da violência que estava sofrendo, ela ficou irritada e enquanto fazia o “baculejo”, puxou bastante o meu cabelo, comecei a chorar de raiva, mais o constrangimento era tamanho e vontade de explodir, que eu retomei o controle choro e continuei a discutir com todos eles.

Ela tentava me convencer que era normal fazer aquela abordagem e eu disse que desde de quando se dissesse o motivo da abordagem e a mesma não fosse agressiva. Pois eu conheço muito bem as leis e meus direitos. Ela então começou a dizer que eu estava sendo abordada para a minha própria segurança. Então eu disse para ela que informação dever ser enquanto ou antes da abordagem ,legalmente falando. Eu a encarei muito, assim como um policial negro que permanecia ao lado dela. Isso os deixou bastante irritados, ela afirmou que eu não conhecia o código penal brasileiro, e que segundo o código, o direito individual estava sendo cercado pelo bem do coletivo, que eu estava desrespeitando-a como autoridade e que mim levaria para o módulo policial, eu neguei a afirmação dela, disse que conhecia o código penal sim e pedi que então mim levasse na mesma hora para o módulo, eles desconversaram. Ela já mais calma e eu mais racional, porém muito indignada com a situação, insisti que não fazia sentido ser desrespeitada daquela forma, perguntei se queriam ver meus documentos e ela começou a verificar minha mochila e perguntou se tinha algo perfuro cortante, simplesmente olhei para ela e perguntei, com ênfase ”o que?”. Ela fez um gesto infantil de olhar para cima com descaso.

O estúpido policial perguntou, Porque você está tremendo? Respondi bem perto do rosto dele. Porque sou uma Cidadã e tão profissional quanto o senhor, o senhor quer ser abordado desta forma?, ele insistia; a senhora esta dificultando...

Eu - Dificultando? Estou sendo desrespeitada, violentada, eu moro aqui... Querem ver meus documentos ? comprovante de residência?. Nem reposta eles davam, pareciam surdos.

Diante de tantos questionamentos e resistência, a policial tentava se justificar, e eu disse que isto não é humano e continuei falando da violência deles. O embate comigo e eles foi muito seguro e demorado, acredito que eles começaram a ficar com receio de mim machucar, pois nem sei como não mim machucaram fisicamente, porque psicologicamente e simbolicamente eles mim feriram muito. A certa altura começou a não fazer sentido a agressividade toda deles em relação a mim porque respondi sempre da mesma forma como falavam comigo. Quando ela abiu minha mochila tirou as roupas (duas blusas) de forma a expo - las o máximo possível, para agredir pareceu-me, eu a ignorei e ela chamou minha atenção que eu deveria acompanhar a verificação da bolsa, que diga-se de passagem, foi feita da maneira mais estúpida possível. Fiquei tentada a sugerir que ela lesse o livro que estava na mochila que é “Rediscutindo a mestiçagem no Brasil, identidade brasileira versus identidade negra, organizado por Kabengele Munanga.” e minha agenda da UNEGRO, é impressionante o quanto ela ficou desapontada e começou a mudar de atitude , pois na agenda da UNEGRO estava bem visível a palavra “NEGRO”, Eu disse que aquela atitude deles era absurda, ela disse que eu era suspeita e sai de um lugar suspeito. Eu não resisti e perguntei, “todo negro é suspeito então?”, ela disse que eu a estava acusando-a de racismo, que ela é mestiça que a vó dela é negra e falou lá outros parentescos, que poderia me processar por calunia, eu neguei e mostrei que estava sendo constrangida, calunia não seria, pois, a situação mostrava isso. Isto porque ela se acredita branca, muito embora eu via na minha frente uma não branca. E quase começamos a discutir outra vez.

Retomei a palavra com ênfase e disse, não estou dificultando nada, apenas sei que esta não é esta a forma correta de abordagem. Ela passou a mão na arma, não sei com que propósito, deu as costas e foi em busca de mais uma vitima, antes mesmo que eu me refizesse arrumasse a mochila e saísse andando eu os vi correndo literalmente correndo atrás de um homem negro que andou em direção a entrada da Comunidade em pauta.

Entrei em estado de choque, chorei durante mais de uma hora sem parar, não conseguia se quer ligar para familiares ou amigos. Liguei o computador e comecei a relatar esta fato. E confesso que ate agora não sei como eles não me mataram, pois reagi a cada gesto ou palavra deles, e sei que ainda corro risco de ,morte ou de nova abordagem por provocação.

Isto retrata exatamente o que podemos considerar como desconstrução de identidade, propondo de forma nem tão tanto subjetiva, de que todo negro é marginal e ignorante. Esse “Preconceito racial de Marca”, como define Oracy Nogueira, está estabelecido e nacionalmente institucionalizado, logo aqueles policiais estão respaldados para agirem de tal maneira. O que mais me chocou nesta abordagem é a forma da violência simbólica aliada a física, uma construção social muito estruturada do negro marginal, bandido. A um poder de convencimento institucionalizado, preparado para convencer os negros e negras de que somos inferiores. Causa perplexidade pensar o quanto é naturalizada esta ação de violentar pessoas, seres humanos.

Segundo comentários de Roberto Cardoso de Oliveira em (Des)Caminhos da Identidade, temos o que se pode denominar de caráter, entendido como” o resultado da acumulação histórica”, como uma “variável abstrata” de conteúdo psicológico, põem central na construção simbólica da cidadania.

Salvador, 10 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

Programação da II CONAPIR

Durante quatro dias, Brasília será o centro das discussões sobre as políticas para um país mais justo sob o ponto de vista das relações étnico-raciais. É a II Conferência Nacional de Igualdade Racial (II CONAPIR), que de 25 a 28 de junho reunirá cerca de 1.500 pessoas de todo o Brasil no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.


Nos painéis e grupos de trabalho, o Poder Público e os movimentos sociais vão debater temas que vão desde a titulação de terras quilombolas até as cotas no ensino superior, passando pelo respeito às religiões de matrizes africanas, programas de saúde específicos para a população negra e o combate ao racismo institucional.

As demandas específicas dos povos indígenas e de etnia cigana também serão debatidas na II CONAPIR. A Conferência terá seis eixos centrais: Terra; Educação; Trabalho e Renda; Segurança e Justiça; Saúde e Políticas Internacionais.

Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, e demais autoridades do Governo Federal, a abertura solene da II CONAPIR terá início às 18h do dia 25.

Os delegados, eleitos em etapas municipais, regionais, estaduais e também na Plenária Nacional de Comunidades Tradicionais, estarão reunidos diariamente entre 9h e 18h para aprofundar o debate em torno das propostas encaminhadas à Comissão Organizadora, atualmente em fase de sistematização. O relatório final da II CONAPIR será apresentado e votado na plenária final, no dia 28, entre 14h e 18h.

PROGRAMAÇÃO

Dia 25/06 (QUINTA-FEIRA)
Credenciamento dos delegados – das 8h às 15h
Almoço – das 12h às 14h
Credenciamento dos suplentes – das 15h às 17h
Abertura solene e atividade cultural – das 18h às 20h – com a presença do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
Jantar – 21h

Dia 26/06 (SEXTA-FEIRA)
Ato interreligioso – das 8h às 8h30min
Plenária de discussão e aprovação do Regimento Interno e do Regulamento – das 9h às 12h
Almoço – das 12h às 14h
Painéis simultâneos* – das 14h às 18h
Atividades no Espaço de Convivência – 18h30min**
Jantar – das 18h às 20h

Dia 27/06 (SÁBADO)
Grupos de trabalho – das 9h às 12h
Almoço – das 12h às 14h
Grupos de trabalho (continuação) – das 14h às 18h
Jantar – das 18h às 20h
Atividade cultural – 21h

Dia 28/06 (DOMINGO)
Plenária – 9h
Almoço – das 12h às 14h
Plenária – 14h
Encerramento – 18h

*PAINÉIS SIMULTÂNEOS

PAINEL I
O Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano Nacional de Saúde Integral da População Negra
As políticas de atenção à saúde das populações tradicionais
Avanços e desafios das políticas de saúde para as mulheres

• Nilcéa Freire – Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres
• Ana Maria Costa – Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa do Ministério da Saúde
• Dra. Jurema Werneck – Coordenadora geral da ONG Criola (RJ)
• Deputado Ricardo Quirino, membro da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados

Moderadora – Profª. Drª. Maria Inês Barbosa – Docente da Universidade Federal do Mato Grosso e coordenadora do Programa de Gênero, Raça e Etnia da UNIFEM/ Brasil e Cone Sul

PAINEL II
O sistema educacional brasileiro e as políticas educacionais de promoção da igualdade racial
O Plano Nacional de Implementação das Leis nº 10.639/ 03 e nº 11.645/ 08


A cultura como instrumento de promoção da igualdade racial

• Fernando Haddad – Ministro da Educação
• Juca Ferreira – Ministro da Cultura
• Profª. Drª. Petronilha B. G. e Silva – Docente da Universidade de São Carlos (SP) e relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais do Conselho Nacional de Educação/ Ministério da Educação
• Representante da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados dos Deputados

Moderadora – Profª. Marilândia Espinosa Frazão – Coordenadora pedagógica para a implementação das Leis nº 10.639 e nº 11.645 da Secretaria de Educação de Osasco (SP) e integrante do Conselho Municipal de Educação de Osasco


PAINEL III

As políticas de emprego e renda e a promoção da igualdade racial no mercado de trabalho

A Previdência Social e as comunidades tradicionais

• Carlos Roberto Lupi – Ministro do Trabalho e Emprego
• Valdir Moysés Simão – Presidente do Instituto nacional do Seguro Social (INSS)
• Prof. Dr. Mario Theodoro – Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
• Deputado Vicente Paulo da Silva – membro da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados
• Ademir Figueiredo – Economista, coordenador de Estudos e Desenvolvimento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)

Moderador – João Carlos Nogueira – Sociólogo, consultor PNUD/ SEPPIR e ex-coordenador do Núcleo de Estudos Negros

PAINEL IV
Direito à terra e à habitação como política de inclusão sócio-étnico-racial

• Márcio Fortes – Ministro das Cidades
• Guilherme Cassel – Ministro do Desenvolvimento Agrário
• Ministro José Antônio Dias Toffoli – Advogado Geral da União (AGU)
• Profª. Drª. Raquel Rolnik – Docente da Universidade de São Paulo e relatora da ONU para o direito à moradia adequada
• Representante da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados

Moderadora – Profª. Olívia Santana – Pedagoga e ex-secretária municipal de Educação de Salvador (BA)

PAINEL V
A justiça e a segurança para as populações em situação de vulnerabilidade social

As políticas para a juventude e a prevenção e redução da violência

• Tarso Genro – Ministro da Justiça
• Beto Cury – Secretário Nacional da Juventude
• Dra. Silvia Nascimento Cardoso dos Santos – Presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade da Ordem dos Advogados do Brasil
• Deputado Luiz Alberto – Membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

Moderador – Prof. Msc. João Jorge – Advogado e presidente do Bloco Afro Olodum (BA)

PAINEL VI
Democracia e Superação do Racismo no Século XXI

• Celso Amorim – Ministro das Relações Exteriores
• Zulu Araújo – Presidente da Fundação Cultural Palmares/ Ministério da Cultura
• Embaixador Martin I. Uhomoibai – Presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU
• Adama Samassekou – Secretário Executivo da Comissão da União Africana e Presidente da Academia de Letras Africanas
• Wade Henderson – Presidente da Conferência de Lideranças em Direitos Civis
• Epsy Campbell – Integrante do Comitê Internacional de Seguimento de Durban
• Monica Aleman – Coordenadora do Fórum Internacional de Mulheres Indígenas

Moderador – Carlos Alberto Ivanir dos Santos – Pedagogo e secretário executivo do Centro de Articulação das Populações Marginalizadas (CEAP)


Atividades no Espaço de Convivência da II CONAPIR

Sexta-feira (26/06), a partir das 18h30min

• Lançamento do livro “A construção de uma política de promoção da Igualdade Racial: uma análise dos últimos 20 anos” – Organizado por Luciana Jaccoud, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com o apoio da SEPPIR e da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

• Diálogo com o Sistema ONU – Debate das agências do Sistema ONU com a sociedade civil e gestores públicos.

Fonte: Comunicação Social da SEPPIR/ PR

Geledés promove Seminário Violência Racial - SP

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domingo, 21 de junho de 2009

Ferramenta interativa para identificar financiadores de projetos

Les informamos que el BID y la Fundación AVINA han lanzando una herramienta para identificar donantes que financian proyectos en América Latina y el Caribe

El Índice de Donantes a América Latina ayudará a los donantes y las ONG a identificar aliados y colaboradores para potenciar su trabajo en la región.

El Banco Interamericano de Desarrollo (BID) y la Fundación AVINA anunciaron el lanzamiento de una nueva herramienta interactiva para identificar a los principales donantes que financian proyectos en América Latina -http://www.lacdonors.org/ - la cual permitirá al público acceder a perfiles de donantes gratuitamente. El universo incluye donantes privados tales como fundaciones, programas corporativos de donaciones, organizaciones internacionales no gubernamentales, agencias de desarrollo y organizaciones sin fines de lucro locales con programas de subvención.

Esta es la primera vez que una herramienta de este tipo se encuentra en un sólo lugar. La herramienta interactiva disponible en Internet incluye una base de datos contiene 547 donantes en América Latina y el Caribe. Constituye un valioso aporte para ayudar tanto a los donantes como a las ONG a identificar posibles alianzas con organizaciones o individuos interesados en financiar proyectos en la región. Los datos están organizados para identificar a los donantes por área geográfica, sector de interés y tema relacionado a sus contribuciones y otras variables.

El Índice de Donantes es una puerta abierta para conocer el trabajo de organizaciones filantrópicas en temas de interés compartidos y zonas geográficas en donde las organizaciones pueden detectar esfuerzos e intereses similares. Con esta herramienta, el BID y AVINA buscan promover agendas comunes entre los donantes y las organizaciones de la sociedad civil a fin de contribuir al progreso de la región.

Asimismo, la creación de la herramienta busca un espíritu de colaboración y mayor transparencia y rendición de cuentas según la información compartida por los donantes a través de este nuevo medio.

Esta herramienta está disponible en inglés y estará disponible en español y portugués en las próximas semanas.

Para más información consultar directamente el sitio: http://www.lacdonors.org/

sexta-feira, 19 de junho de 2009

UFRB promove "Curso de Formação sobre Políticas para a Diversidade" - BA

Módulo III

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EQUIDADE ( 17 de setembro de 2009)

Problematiza o atual cenário nacional, as políticas públicas para a promoção da equidade (na educação, saúde, economia e cultura) e o debate multicultural.

Convidado(s)

Local /Horário

Palestra: Experiências Internacionais de Combate às Desigualdades

Clóvis Zimmermann, Doutor em Sociologia pela Universitat Heidelberg (Ruprecht-Karls), relator nacional para o Direito à Alimentação e Terra Rural e professor do CAHL/UFRB.

F. Hansen Bahia

17/09/09 – 9:00 h

Mesa redonda: Políticas Públicas, Equidade e Desigualdades para a Equidade

Denize Ribeiro Doutoranda no Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Foi coordenadora do GT de Saúde da População Negra na Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. É professora do CCS/UFRB.

Jucileide Nascimento mestre em Política Social pela Universidade de Brasília, integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Seguridade Social e Trabalho ( GESST). Faz parte da atual diretoria do CRESS-BA. É coordenadora do Colegiado do Curso de Serviço Social e professora do CAHL/UFRB.

Rita Dias Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia. Pró-Reitora de Assuntos Estudantis e Ações-Afirmativas da UFRB e Professora do CAHL/UFRB.

F. Hansen Bahia

17/09/09 – 14:00 h

Debate (filme): “Abdias do Nascimento – Memória Negra”

Antonio Liberac Doutor em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

F. Hansen Bahia

17/09/09 – 19:00 h

Inscrições gratuitas no CAHL (anexo do Colégio Estadual da Cachoeira) ou com o Prof. Osmundo Pinho. O curso é aberto a professores, estudantes, servidores técnico-administrativos e demais interessados.

PRÓ-REITORIA DE POLÍTICAS AFIRMATIVAS E ASSUNTOS ESTUDANTIS
Tel:
(75) 3621-9624

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Preconceito e desempenho escolar

Folha de São Paulo, 18/06/2009 - São Paulo SP
Preconceito piora desempenho de alunos, diz pesquisa
Segundo estudo feito pela Fipe, vítimas mais frequentes de práticas discriminatórias são negros, pobres e homossexuais. Prática de bullying, em que alunos humilham colegas, é uma das experiências que mais prejudicam a nota dos estudantes
MARIANA BARROS DA REPORTAGEM LOCAL
Alunos zombando de outros alunos, de professores ou de funcionários do local onde estudam é, mais do que brincadeira de mau gosto, sinal de pior rendimento escolar. Uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do MEC (Ministério da Educação) demonstrou que, quanto mais preconceito e práticas discriminatórias existem em uma escola pública, pior é o desempenho de seus estudantes. Entre as experiências mais nocivas vividas por esses jovens está o bullying, que é a humilhação perante colegas por motivo de intolerância. As consequências na performance estudantil são mais graves quando as vítimas de zombaria são os professores. Entre os alunos, os principais alvos são, respectivamente, negros, pobres e homossexuais.Para chegar a essa associação entre o grau de intolerância e o desempenho escolar, o estudo considerou os resultados da Prova Brasil de 2007, exame de habilidades de português e matemática realizado por quem cursa da 4ª à 8ª série do ensino fundamental da rede pública. A conclusão foi que as escolas com notas mais baixas registraram maior aversão ao que é diferente. O MEC não informou que medidas pretende tomar a respeito dessa constatação. "A conjectura que podemos fazer é que o bullying gera um ambiente que não é propício ao aprendizado", afirma o economista José Afonso Mazzon, coordenador da pesquisa. "Não é uma questão de política educacional, mas de governo, de Estado. O indivíduo que nasce negro, pobre e homossexual está com um carimbo muito sério pela vida toda", diz Mazzon, para quem o preconceito vem normalmente da própria família. "Para alterar uma situação como essa acredito que levará gerações." Foram entrevistadas 18.600 pessoas, entre alunos, pais, diretores, professores e funcionários de 501 escolas de todo o Brasil. Entre os estudantes, participaram da pesquisa os que cursam a 7ª ou a 8ª série do ensino fundamental, a 3ª ou a 4ª série do ensino médio e o antigo supletivo, o EJA (Educação para Jovens e Adultos). Do total estudantil, 70% têm menos de 20 anos.


Portal UOL Educação, 18/06/2009
Escola do País é dominada por preconceitos, diz estudo
O preconceito está presente entre estudantes, pais, professores, diretores e funcionários das escolas brasileiras. As pessoas com deficiência, principalmente mental, seguidas de negros e pardos são as que mais sofrem com esse tipo de manifestação. Foi comprovada pela primeira vez uma relação entre preconceito e o desempenho na Prova Brasil, cujas notas mais baixas estão onde há maior hostilidade ao professor. Essas conclusões estão no estudo feito a pedido do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, órgãos do MEC (Ministério da Educação). Os dados deste estudo inédito foi realizado em 501 escolas com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede pública de todos os Estados do País. A principal conclusão foi de que 99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito e que mais de 80% gostariam de manter algum nível de distanciamento social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. Do total, 96,5% têm preconceito em relação a pessoas com deficiência e 94,2% na questão racial. "A pesquisa mostra que o preconceito não é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será. Esses preconceitos são tão amplos e profundos que quase caracterizam a nossa cultura", afirma o responsável pela pesquisa, o economista José Afonso Mazzon, professor da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP. Segundo Daniel Ximenez, diretor de estudos e acompanhamento da secretaria, os resultados vão embasar projetos que possam combater preconceitos que a escola não consegue desconstruir. "É possível pensarmos em cursos específicos para a equipe escolar. Mas são ações que demoram para ter resultados efetivos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Concurso de fotografia "África em nós"

África em Nós é tema de campanha fotográfica

Com curadoria do fotógrafo Walter Firmo, ação da Secretaria de Estado da Cultura selecionará fotografias sobre a presença africana na cultura brasileira; as 100 melhores fotos serão publicadas em um livro e farão parte de uma exposição no Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro

A Secretaria de Estado da Cultura lança este mês a Campanha Fotográfica África em Nós. Aberta a amadores, fotógrafos profissionais e estudantes, a ação convoca a população paulista a mostrar, por intermédio da fotografia, a influência africana no cotidiano do povo brasileiro.

As 100 melhores fotos, escolhidas por uma comissão julgadora liderada por Walter Firmo – premiado fotógrafo brasileiro que deu início à sua trajetória profissional em 1957, no jornal “Última Hora”, e sempre se dedicou a imagens com temática social –, serão publicadas em um livro/catálogo e vão também integrar uma exposição, dentro da programação cultural do Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro.

Serão aceitas imagens em qualquer formato, tamanho e mídia entre 9 de junho a 15 de setembro. Cada participante pode mandar até 10 fotos para o site da campanha www.africaemnos.com.br, junto com o termo de autorização de uso de imagem. Já as fotos em papel devem ser encaminhadas para a Caixa Postal 13888, CEP: 01216-970, São Paulo/SP.

Para o Secretário de Estado da Cultura, João Sayad, a ação vai valorizar a importância da herança africana para os brasileiros. “Ao enviar suas fotos, os participantes vão demonstrar como essa cultura está presente e faz parte do nosso dia-a-dia”, explica.

Todas as fotografias enviadas à Secretaria ficarão expostas no site da campanha e, após o encerramento do prazo, serão avaliadas pela curadoria da campanha, com apoio da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura . Para a seleção das melhores fotos, serão utilizados critérios como: concordância com o tema definido na campanha; criatividade; originalidade; estética; qualidade fotográfica (técnica); relevância da mensagem de prevenção e qualidade informativa.

“Esta é a chance de mostrarmos toda a nossa diversidade, valorizar a nossa herança africana e todas as outras que hoje estão junto a ela”, afirma Leandro Rosa, assessor de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria. “Acho que esta campanha é um grande exercício, e esperamos receber cerca de 50 mil fotos”, diz.

Para divulgar a campanha, a SEC distribuirá 30 mil cartazes, ilustrados com fotos de autoria de Walter Firmo, além de 200 mil folders que trazem o regulamento da campanha e a ficha de inscrição para o envio de fotos pelo Correios. As peças serão distribuídas em diversos pontos da capital, como estaç� �es do Metrô e CPTM, agências do Poupatempo, museus, Sabesp, Secretaria de Estado da Saúde, da Fazenda e Educação, EMTU, unidades do PROCON e agências da Nossa Caixa e do Acessa SP.

Outra novidade na campanha deste ano é a proposta de interatividade. O site www.africaemnos.com.br terá uma construção evolutiva, apresentando novidades e funcionalidades ao longo da ação. Ao entrar na página, o internauta poderá se atualizar sobre a campanha e conferir notícias sobre Brasil e África no “Blog Baobá”. Além disso, a campanha será divulgada em diversas comunidades sociais da Internet, como Twitter, Orkut, Flicker entre outros.

“Participar da campanha África em Nós significa que eu vou sem ear aquilo que o meu trabalho mostrou ao longo desses anos, que nada mais é do que apresentar a África no Brasil. Essa campanha é o reencontro do que somos, todos os brasileiros são marcados pela africanidade – seja na música, na gastronomia, no jeito alegre de ser. Cada um tem uma África dentro de si. E o mais importante é que todos podem participar dessa campanha, independente da cor dos olhos ou do quanto liso é o seu cabelo. Buscamos o congraçamento, a aglutinação de todos os brasileiros em torno do tema”, finaliza o curador da campanha, Walter Firmo.

Curso História, Cultura e Arte Iorubá - BA

Este curso irá abordar fundamentos da história, cultura, religião e arte Yorubá. Será dada ênfase especial à Cosmologia, Arte e Iconografia dos Orixás, Simbolismo das Cores, Mediunidade e Máscaras.

PROF. DR. BABATUNDE LAWAL
Nascido na Nigéria, Babatunde Lawal graduou-se em Artes Plásticas na Universidade de Nsukka, Nigéria. Possui Mestrado e Doutorado em História da Arte pelas Universidades de Indiana (EUA). Ensinou por vários anos na Universidade Obafemi Awolowo, em Ile-Ifé (Nigéria), onde foi fundador e Chefe do Departamento de Belas Artes e Diretor da Faculdade de Artes. Atualmente é Professor de História da Arte no Virginia Commonwealth University, em Richmond, Virginia (EUA). Também foi professor visitante das Universidades de Harvard (Massachusetts) e de Columbia (New York), Dartmouth College (New Hampshire), Michigan State University (East Lansing), Kalamazoo College (Michigan), Harare Polytechnic (Zimbábue), Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal da Bahia – UFBA.

LOCAL:
AUDITÓRIO DO CPDER (Atrás do prédio do mestrado).
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
CAMPUS I
Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:
BIBLIOTECA DA PÓS-GRADUAÇÃO
PROFA. HILDETE
TEL: (71) 3117.2448
PERÍODO: DE 06 A 10 DE JULHO DE 2009
HORÁRIO: 14 ÀS 18 H
VALORES: ESTUDANTES R$ 25,00 / OUTROS R$ 50,00

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Haitianos querem saída de tropas brasileiras

http://www1. folha.uol. com.br/folha/ mundo/ult94u5823 50.shtml

17/06/2009 - 13h31
No Senado, haitianos pedem que missão liderada pelo Brasil acabe

MARCELA CAMPOS
da Folha Online, em Brasília

"Um fracasso" é como o haitiano Frantz Dupuche, membro da Papda (Plataforma Haitiana em Defesa de um Desenvolvimento Alternativo) , qualifica a atuação da missão de paz liderada por tropas do Brasil naquele país, há cinco anos.

"Viemos informar os senadores brasileiros que o desempenho da Minustah [Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti] é um fracasso por não cumprir sua meta de estabilizar o país. Trouxemos fotos de zonas com
hospitais e escolas que foram bombardeadas com gás [lacrimogêneo] pelos soldados da ONU", afirmou.

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, Dupuche afirmou que uma delegação de trabalhadores haitianos, da qual faz parte, chegou ao Brasil nesta terça-feira (16) para denunciar excessos perpetrados pelos soldados das tropas da ONU (Organização das Nações Unidas).

O Brasil tem 1.200 soldados dos 7.000 no país da América Central. "O que queremos é nossa soberania. Se essa tropa não está ajudando, que se vá", disse Dupuche à Folha Online. Ele diz que a violência civil não diminuiu após a intervenção das tropas. "Pelo contrário, aumentou o mercado de drogas. E não se sabia o que eram sequestros antes de 2004."

Há também relatos de desaparecimento de pessoas, de exploração de mão-de-obra infantil e de repressão violenta a greves e a mobilizações sindicais pela polícia local, referendada pelas tropas da Minustah, de acordo com o diretor do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio), Aderson Bussinger, que esteve no Haiti em 2007.

"É um quadro, moral e psicologicamente, de uma ocupação de militarismo exacerbado, que, a meu ver, não tem nada a ver com uma missão humanitária."

Sandra Quintela, integrante do movimento social internacional Jubileu Sul, ainda acusou as tropas de, no começo deste mês, terem reprimido violentamente manifestações por aumento do salário mínimo na capital Porto Príncipe. De acordo com Quintela, dezenas de estudantes universitários foram presos ou ficaram feridos, e um deles foi baleado na cabeça.

O salário mínimo haitiano é de 70 gourdes, o equivalente a menos de R$ 100 por mês. O valor é o mesmo desde 2003, a despeito do aumento no custo de vida desde então.

Além de Dupuche, compareceram ao Senado Carole Pierre Paul-Jacob, dirigente da organização Solidariedade das Mulheres Haitianas, e Didier Dominique, membro da Central Sindical e Popular Batay Ouvriyer. O trio, trazido ao Brasil a convite da Conlutas, Jubileu Sul, MST, Intersindical e setores do Movimento Negro, também terá audiência no Itamaraty.

Gastos

"Os haitianos poderiam resolver os próprios problemas", opina Dupuche. "A Minustah gasta cerca de US$ 560 milhões de dólares por ano. Nesses cinco anos, já foram quase US$ 3 bilhões. Queremos que esse dinheiro seja usado para contratar médicos, professores. "

Os números de Dupuche não condizem com os do Ministério da Defesa, que contabiliza gastos de cerca de R$ 577 milhões em mais de quatro anos de atuação --de junho de 2004 a dezembro de 2008.

Outro lado

O Ministério das Relações Exteriores defende a Minustah e diz que ela possui um caráter multidimensional, além do consentimento por parte do governo do Haiti. "A Minustah [...] não trata só da segurança, vai além das funções de monitoramento de acordos de cessar fogo, abrange a reinserção social de grupos armados, a promoção dos direitos humanos e a criação de um ambiente propício para investimentos e desenvolvimento" , diz Gilda Motta Santos Neves, chefe da Divisão das Nações Unidas no MRE.

Para Neves, a "presença do Brasil no Haiti atende a um princípio de não-indiferenç a, de solidariedade, que complementa o princípio da não-intervenção". Segundo a diplomata, houve avanços desde 2004, como a realização de eleições e queda nos índices de criminalidade. "Hoje a polícia já circula em áreas onde antes não podia."

De acordo com a diplomata, vai haver uma substituição gradual das tropas por uma presença civil e, posteriormente, a retirada completa da missão, "o que é o objetivo de todos nós". Ela apontou áreas em que há intensa cooperação bilateral, como saúde da mulher, recolhimento e processamento de lixo e formação profissional.

Gilda relatou que, desde 1956, o Brasil participou de mais de 30 operações de paz da ONU e que o uso da força só se dá sob autorização do Conselho de Segurança da instituição.

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UERJ promove debate com o deputado contrário às cotas no Rio - RJ

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Tobossis: Virando a Mesa

Tobossis Virando a Mesa é um programa online semanal que vai ao ar todas as quartas-feiras nos sites youtube.com, vidilife.com e tantos outros, além do nosso blog. Diante da ausência de programas que privilegiem e destaquem as lutas, conquistas e desafios da Mulher Negra no campo midiático, Tobossis decide virar a mesa e ocupar um dos campos determinantes no processo de construção identitário: o campo da Imagem, da Comunicacao, portanto. Demarcamos aqui um dos territórios no qual a voz da mulher negra será ouvida e respeitada, afim de estabelecer o diálogo com outras mulheres e homens, negros ou não, a partir do nosso lugar, olhar e percepção de mundo.

Tobossis Virando a Mesa dá continuidade a luta de Lélias, Mahins, Rosas, Bells, Marias, Menininhas, Senhoras, Ciatas, Franciscas, Jandiras, enfim, todas as mulheres negras, reconhecidas ou não, que lutaram da maneira que foi possível para que chegássemos até aqui.

Com temas variados, Tobossis conta com a participação de três negras mulheres para virar a mesa: a estudante e esteticista Marah Akin, a jornalista e poetisa Mel Adún e a jornalista e musicista Víviam Caroline.

Idealizado e realizado pelo grupo Abará Tabuleiro da Comunicação, Tobossis Virando a Mesa nasce com a intenção de também chacoalhar a rede!

Veja os programas já exibidos:
Ser Mulher Negra - 28 de maio 2009;
Afro-Balzac; E agora 30? - 5 de junho de 2009;
Juventude Negra - 11 de junho de 2009
http://tobossis.blogspot.com/

De onde surgiu o nome Tobossis: as Tobossis são energias femininas e infantis, cultuadas na Casa das Minas no Maranhão. Muitas pessoas tendem a confundir as Tobossis com os Êres (energias infantis), comuns nas religiões de matriz africana.

As Tobossis pertenciam a nobreza africana – da antiga Dahome, atual Benin. A líder das Tobossis se chamava Nochê Naé, a grande matriarca da família Davice, ancestral da família real de Dahome (família do Abomey), considerada por eles, a mãe de todos os Voduns.

Para receber uma Tobossis era necessário uma iniciação específica. O principal Vodun da casa escolhia um grupo de filhas de santo, as voduncirrês, formando assim o Barco das Meninas ou Barco das Novidades, preparatório para a feitura das Tobossis.

Depois de iniciadas, as filhas de santo se tornavam vodunsi - gonjaí. Ao contrário dos Êres, uma Tobossi só vinha em uma determinada gonjaí. Quando a mesma morria, sua Tobossi nunca mais voltava. O último barco que se tem conhecimento foi de 1913/1914 e a última gonjaí faleceu na década de 70. Desde então nunca mais se teve notícias das Tobossis ‘em terra’.

O visual das Tobossis também era singular; usavam saias coloridas, pulseiras feitas com búzios e coral e uma manta de miçangas coloridas. Gostavam de brincar e dançar, além de passar dias incorporadas.

A Abará Tabuleiro da Comunicação, grupo que idealizou o programa Tobossis – Virando a Mesa, escolhe o nome Tobossis para homenagear a ancestralidade feminina das mulheres negras do mundo; fazendo menção assim ao princípio de tudo.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Lançamento do livro Caminhos Convergentes: Estado e sociedade na superação das desigualdades raciais no Brasil - RJ

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A Fundação Heinrich Böll e a ActionAid convidam para o lançamento do livro Caminhos Convergentes: Estado e sociedade na superação das desigualdades raciais no Brasil no próximo dia 23 de junho, no Rio de Janeiro. Organizado por Marilene de Paula (Fundação Heinrich Böll) e Rosana Heringer (ActionAid), o livro reúne uma coletânea de artigos que fazem um balanço das políticas públicas de promoção da igualdade racial em diversas áreas e buscam combater o argumento de que tais políticas são perigosas e correspondem a uma forma de "racismo às avessas".

Fundação Heinrich Böll Rua da Glória, 190/701 - Glória 20241-180 Rio de Janeiro BRASIL www.boell.org.br www.boell.de Tel./ Fax: +55 21 3221 9900 boell@boell.org.br Visite a nossa página na internet! />/>www.boell.org.br