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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Projeto Diálogos sobre Diversidade e a Lei 10.639/03 seleciona - RJ

A Pró-Reitoria de Extensão - PROEX, através da Coordenação Geral de Diversidades - COGED, torna público o Edital 19, de 17 de fevereiro de 2011,  para processo seletivo e contratação por tempo determinado, de Bolsistas de Extensão e Coordenador Adjunto de Projeto, que atuarão no Projeto Diálogos sobre Diversidade e a Lei 10.639/03, aprovado no PROEXT 2010. O referido projeto tem como objetivo geral a implantação das Diretrizes Nacionais para a Educação Étnico-raciais – Lei 10.693/03, que trata da obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar. Haverá a participação de profissionais do IFRJ, das instituições educacionais e movimentos sociais nas diferentes regiões que o IFRJ tem atuação.

http://www.ifrj.edu.br/extenso.php

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mapa da Intolerância Religiosa será lançado em março - BA

O Mapa da Intolerância Religiosa - Violação ao Direito de Culto no  Brasil será lançado no dia 26 de março, em Salvador, Bahia, durante a  reunião da Coordenação Nacional do Coletivo de Entidades Negras - CEN.

Produzido pelo jornalista Marcio Alexandre M. Gualberto (Coordenador  Nacional de Política Institucional do CEN, editor do blog Palavra  Sinistra e Coordenador da Rede Social da Religiosidade Afro-Brasileira) o Mapa da Intolerância Religiosa - Violação ao Direito de  Culto no Brasil trará um histórico da violação do direito de culto no  Brasil nos últimos 10 anos.

O Mapa da Intolerância Religiosa - Violação ao Direito de Culto no  Brasil é marcado por duas trágicas coincidências. Inicia com o relato  da morte de Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda -  ialorixá do  terreiro Axé Abassá de Ogum. A líder religiosa morreu, em 21 de  janeiro de 2000, numa situação de combate contra a intolerância  religiosa, praticada por evangélicos em seu templo, localizado no  Abaeté, em Itapuã, na Bahia -, e se encerra com a repercussão da morte  brutal de Rafael Zamora Diaz - babalawô cubano com quem o autor se  cuidava no Culto de Ifá.

O Mapa da Intolerância Religiosa falará não só da intolerância  praticada no dia-a-dia mas dedicará atenção especial ao que o autor 
chama de "intolerância religiosa praticada pelo aparelho do estado".  Segundo Marcio Alexandre "quando um prefeito manda derrubar uma casa- de-santo; uma delegada não encontra culpados num caso de agressão de  policiais a uma Yalorixá incorporada e uma escola demite uma  professora por falar de Exu numa aula sobre história da África,  estamos diante de flagrantes casos que demonstram a incapacidade -  para não dizer má vontade e racismo - do Estado brasileiro em lidar  com questões ligadas à religiosidade de matriz africana".

O informe, além de relatar os casos trará um apanhado de propostas que  vêm sendo construídas ao longo dos anos pelas organizações sociais que  lutam em prol das religiões de matrizes africanas e das próprias casas  religiosas, visando dirimir ao máximo os casos que, infelizmente,  segundo o autor, se tornam cada vez mais frequentes, à mesma proporção 
em que crescem os movimentos neo-pentecostais.

O Mapa da Intolerância Religiosa não conta com nenhum apoio  institucional. Apesar de haver solicitado apoio a vários órgãos 
governamentais para apoio apenas para impressão, o Mapa da  Intolerância Religiosa não conseguiu nenhum apoio. Sendo assim, ele 
estará disponível para download na data prevista do seu lançamento e o  autor coloca-se à disposição para, se convidado, apresentar o Mapa em  todos os estados do Brasil.

Marcio Alexandre quer fazer do Mapa da Intolerância Religiosa um  projeto permanente. "A idéia é transformar o Mapa da Intolerância 
Religiosa num site que receba denúncias de todo o país, que aponte os  estados onde ocorrem mais casos e que encaminhe as denúncias aos  órgãos respectivos em cada estado ou município que possam dar solução  às intolerâncias sofridas. Nossa intenção é que o Mapa funcione como  uma espécie de observatório da intolerância religiosa em nosso país".

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Uneb implanta graduação inédita em História e Cultura Brasileira e Africana - BA

A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) reafirma, mais uma vez, seu pioneirismo na adoção de projetos de reconhecimento e valorização das populações negras. A partir do mês de março serão iniciadas as aulas da primeira turma da Licenciatura em História e Cultura Brasileira e Africana, graduação inédita no país, oferecida no Campus V da universidade, em Santo Antônio de Jesus.
O curso, vinculado ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor/Plataforma Freire), do Ministério da Educação (MEC), é executado por meio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). A proposta de implantação da licenciatura foi apresentada pelo Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da universidade e pelo grupo de pesquisa Firmina, vinculado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG) da instituição acadêmica.
A graduação contribui para a aplicabilidade da Lei federal 10.639/03, que torna obrigatória a inclusão de temas relacionados à História e Cultura Afro-Brasileira na rede pública de ensino do País. A licenciatura, com duração de três anos, tem o objetivo de atender docentes do ensino fundamental e médio das redes municipais e estadual da região cadastrados no Parfor.
No domingo (13), ocorreu a seleção para a primeira turma da licenciatura, com cerca de 150 professores concorrendo a 50 vagas. O curso tem o apoio da Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus.

Ensaio geral do Bankoma - BA

O ensaio geral do Bloco Afro Bankoma irá realizar-se no dia 20 de Fevereiro, a partir das 15 horas, na Praia de Buraquinho, em Lauro de Freitas. Não percam mais este evento Bankoma, onde iremos apresentar a música tema desse ano!!! 
Contamos com a vossa presença!!

Osmundo Pinho e Rosana Heringer lançam livro "Afro Rio Século XXI"



Um livro que se desenvolve em quatro eixos fundamentais, que procuraram retratar de modo descritivo e analítico a situação das relações raciais no Rio de Janeiro deste início de século XXI: 1) “Crítica histórica”; 2) “Antirracismo, desenvolvimento e desigualdade”; 3) “Modernidade e cultura negra” (mapa afrocultural); 4) “Gênero, sexualidade e relações raciais na periferia”. Unindo o rigor acadêmico e o engajamento na causa, Afro Rio Século XXI é uma contribuição de peso para superar o silêncio que envolve a exclusão racial no Brasil.
IMPORTANTE: Amanhã e depois, 17 e 18/02, na Editora Garamond online com 50% de desconto. 

Ciência Hoje Online lança Projeto "Séculos indígenas"

Projeto pioneiro criado com o objetivo de registrar a realidade indígena brasileira lança documentário inédito. A Ciência Hoje On-line apresenta com exclusividade a vinheta de abertura do filme, que estreará em breve.

Leia mais e veja o vídeo em:


http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/02/seculos-indigenas

GAPECC seleciona estudantes para curso pré-vestibular - BA


A FUNDAÇÃO GAPECC ABRE VAGAS PARA O SEU CURSO PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO 2011

VAGAS EXCLUSIVAS PARA ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO

NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE, A UNIVESIDADE PÚBLICA PERTENCE A VOCÊ.
CORRA ATRÁS DA SUA VAGA!

DATA: 21 a 24 de Fevereiro de 2011

   LOCAL : COLÉGIO ESTADUAL MANOEL DEVOTO
           Rua Osvaldo Cruz, s/n. Rio Vermelho. Ponto de referencia: Bom Preço, próximo ao Quartel de Amaralina.              
HORÁRIO:  13:30 ás 18:00h
OBS: Levar RG e comprovante de residência (conta de luz) – Original e cópia.

NÃO COBRAMOS NENHUM TIPO DE TAXAS NEM MENSALIDADES. 
O PROJETO FUNCIONA NO TURNO VESPERTINO

Comunidade no Orkut: GAPECC         
Telefones para contato: 8207-5704, 8718-9901, 8634-5757, 8263-4209, 8275-1657, 8219-1572

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Encerramento do ciclo comemorações dos 100 anos do Terreiro Ilê Axé Afonjá - BA


(Clique nas imagens para amplia-las)

Carta Aberta - Racismo na Farmácia Sant'ana Salvador - BA

--- Em seg, 7/2/11, Patrícia Rammos escreveu:

De: Patrícia Rammos
Assunto: Carta Aberta - Racismo na Farmácia Sant'ana - Salvador / Bahia
Data: Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011, 19:07

Olá queridíssimos amigos e sociedade !!!

Para quem não me conhece, permita que eu me apresente. Meu nome é Patrícia Rammos, sou atriz e produtora. 

Antes de mais nada, gostaria de dizer que, apesar de discordar algumas vezes, confio (e muito) na justiça do nosso país. Inclusive, tentei me manter um tanto calada durante esse tempo exatamente por acreditar nela e entender que deveria deixá-la fazer seu trabalho. Mas agora preciso e devo falar. Não só por mim, mas porque devo isso a mim, a minha família e todos vocês.

Entendam o caso:

Há alguns anos, mais precisamente no dia 10 de Outubro de 2007, as 18 horas, de uma quarta-feira, quando estava voltando da minha aula de boxe, precisei passar chuva numa das lojas Sant'ana da Graça, a que fica ao lado da Frio Gostoso, próximo ao Mac Donald's. Devo ter ficado nas dependências da loja por uns dez minutos. Aproveitei que estava lá e dei uma olhada em algumas estantes. Olhei, mas não levei. Como a chuva passou, resolvi ir pra casa. Quando estava já na Ladeira da Barra, um pouco depois da Academia Life, nas imediações da Aliança Francesa, um senhor alto, forte, me abordou e ordenou que eu abrisse minha sacola. Como pensei que era uma assalto, por conta da forma da abordagem, obedeci. Após remexer minha bolsa, o tal senhor me pediu desculpas, se apresentou como segurança da Farmácia Santa'ana e disse que tinha feito isso porque alguém tinha dito que achava que eu tinha colocado algo na bolsa. O que eu senti a partir daquele momento foi um misto de raiva, revolta, vergonha, desespero, medo e indignação. Tentei levá-lo ao Módulo Policial mais próximo (aquele da esquina), mas como ele se recusou voltei à Farmácia, falei com a gerente, pedi os dados dele e ela me disse que ele tinha comentado sobre isso. O cara ainda disse que "gente da nossa cor - ele também é negro - o povo pensa tudo que é ladrão", que não era para eu acusá-lo, que tinha um filho doente, bla, bla, bla... Foi um momento muito difícil, um dos mais difíceis da minha vida. Me senti frágil, vulnerável, injustiçada, sozinha... Mas reuni minhas forças e fui à uma delegacia. Depois dei queixa no Ministério Público e entrei com uma Ação na Justiça. O processo está tramitando na 24ª Vara Cível.

Agora o que posso dizer a vocês sobre o caso? O juiz acabou de arquivar por não conseguir identificar o criminoso. O tal segurança "sumiu" e a farmácia alega que não conhece e que ele nunca existiu. Ou seja, dias depois deram sumiço no tal segurança, que chegou até a falar com os jornalistas de um jornal daqui e se recusou a comentar sobre o episódio. A gerente agora sofre de amnésia. Além de não saber quem é o segurança, "diz que" não se lembra de ter falado comigo. A empresa também alega que não contrata seguranças e que, inclusive, não poderia ter cometido racismo, porque o seu quadro de funcionários é composto por uma maioria negra. Engraçado, negro pode trabalhar e vender pra loja, comprar não, né? Porque esse argumento em nada isenta a responsabilidade deles.

Para piorar, no dia da primeira audiência, o meu advogado, por questões sérias, chegou um pouco atrasado e o juiz declarou que como eu não possuía quem me defendesse, estava impossibilitada de ser ouvida e indicar minhas testemunhas. Não fui e nem sou leviana, temos provas de que ele existe, de que ele trabalhou lá, de que cometeu outras violências, mas precisamos e queremos ser ouvidos. O Ministério Público também arquivou o caso porque também não consegue achar o tal senhor. Será que com tantas pessoas para falar, não se pode fazer com que a empresa em questão seja obrigada a trazê-lo? Todas as testemunhas por parte da farmácia dizem que ele não existe e todas as minhas ainda não foram ouvidas. Ou seja, eu sou a louca. Se temos como provar o que aconteceu, como não podem nos ouvir? Que lei é essa que privilegia o réu e não ouve a vítima? A desculpa é "como a vítima estava sem advogado, não vai poder ser ouvida". E assim termina o caso?

Não estou sozinha, tenho várias testemunhas e acredito que, num país como o meu, que a lei dá crédito a quem chega na hora, mesmo que este tenha abrigado pessoas que agridem pessoas pelo tom de sua pele, preciso e devo correr atrás dos meus direitos. Inclusive, eu estava lá, na hora. Uma lei não pode ser tão matemática. Eu fui agredida e isso  também teve hora, minuto e segundo. E quem vai pagar por isso? De fato o cara trabalhava para a farmácia e temos como provar isso. Se ele era contratado ou não, aí entra uma outra infração: Contratação informal de pessoas incapazes de exercerem tais funções.

Como já falei, eu ainda respeito, eu ainda acredito, eu ainda creio na lei do meu país. E peço o apoio de todos vocês. E não é pelo dinheiro, é pelo respeito, é porque não quero que outras pessoas passem por isso. A gente não pode sair de casa sem saber se vai voltar. Imaginem se eu tivesse resolvido colocar meu sabonete líquido dentro da bolsa pra tomar banho na academia, após a aula, e este fosse encontrado pelo segurança? Como eu iria provar para o "brucutu" que aquilo era meu e não usurpado da loja? Vou ter que andar com nota fiscal de tudo que compro? Olha só o mundo que estamos construindo !!! Fiquei pensando tanto nisso !!! Hoje se vou sair, penso em tudo que levo na bolsa, onde vou entrar... porque infelizmente, na minha terra, não tem essa história de que "quem não deve não teme". Aqui é a lei é dos mais fortes. Não a toa sumiram com ele, contrataram mais de dois advogados, instruíram os funcionários...  É esse o mundo que estamos construindo para os nossos filhos, sobrinhos e por que não, nós mesmos? Não posso e não vou me conformar.

Quem me conhece sabe que odeio o discurso eterno do coitadinho, não tenho nenhum complexo de senzala, mas fui criada aprendendo a respeitar as pessoas e exigindo reciprocidade desse respeito. Tudo bem simples.

Por isso, Senhor Juiz, Senhor Promotor, com todo respeito, pensem com carinho. Poderia ter sido sua filha, sua esposa, seu vizinho, seu tio... E por qualquer razão. Não são só os negros que são vítimas de tais situações vexatórias. É o negro, a loira, o português, o nordestino, o baiano, a mulher, o gay, o advogado... E isso, infelizmente, ninguém pode arquivar.


Um abraço.

Patrícia Rammos

Revista de pedagogia recebe artigos sobre ações afirmativas até o dia 20 de abril

Ações afirmativas: esse será o tema de uma edição especial da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, a Rbep. A edição de número 232, prevista para ser lançada no final de 2011, trará artigos sobre o assunto. Interessados em publicar textos devem encaminhar o material até o dia 20 de abril para análise, por meio do sistema eletrônico de editoração de revistas, em http://www.rbep.inep.gov.br.
Os estudos deverão abordar questões em torno de políticas afirmativas como cotas para negros, cotas para egressos de escola pública e abertura de novos campi em bairros onde se concentram camadas sociais mais baixas. Os artigos passarão primeiramente por um processo de avaliação cega por pares - avaliadores de uma região diferente da região do autor do texto farão a análise. Depois, a editoria científica da revista, formada por especialistas distribuídos pelo País, emite parecer final. Os interessados podem obter mais informações pelo e-mail editoria.rbep@inep.gov.br.
Histórico - A Rbep foi criada em 1944 e traz artigos de natureza técnico-científica resultantes de estudos e pesquisas que contribuam para o debate e desenvolvimento de conhecimento educacional, além de oferecer subsídio às decisões políticas na área. O público da revista é formado por professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, técnicos e gestores na área de educação.
Desde sua criação, a revista, que é pluritemática, já passou por diversas mudanças. Atualmente, a publicação está na edição de número 229, volume 91, e é quadrimestral. O periódico está disponível também na versão on-line.
É possível fazer o cadastro para receber novidades da revista, na página http://www.rbep.inep.gov.br, no item Cadastro. Mas, mesmo não sendo cadastrada, qualquer pessoa pode ter acesso às edições.

Fonte: INEP

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Seminário de Mobilização e Articulação da Vª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares - RS

Companheiro(a),

Ao cumprimentar Vossa Senhoria, vimos pela presente convidá-lo(a) para participar do Seminário de Mobilização e Articulação da Vª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares, que tem por Tema: “Por um Projeto de Desenvolvimento: O Negro compartilhando o poder e construindo as políticas públicas”, que ira acontecer no dia 25 de fevereiro de 2011, das 18h30min às 21 horas, no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
Neste Seminário queremos dar inicio a um debate que nos leve a tratar de temas de interesse da população negra de nosso Estado como: saúde, educação, segurança pública, turismo, políticas para as mulheres, juventude, direitos humanos, desenvolvimento, etc., temas que são muito caros a comunidade negra em nosso Estado e País, assim, esperamos abrir um espaço de dialogo entre o movimento social negro com o Governo Estadual e Federal na busca de uma maior equidade na presença de negros nos governos.
Certos de podermos contar com a presença de Vossa Senhoria, apresentamos protesto de apreço e estima.
Atenciosamente,
JOSÉ ANTONIO DOS SANTOS DA SILVA
Membro da Coordenação da Marcha Zumbi dos Palmares
51.91792404
53.99491618 
Proposta de Programação:
18 horas – Inicio do Credenciamento.
18h30min – Apresentação do Vídeo da IVª Marcha Estadual Zumbi dos Palmares.
19h00min – Composição da Mesa de Debates
- Debate com o Plenário até ás 21 horas.
- Considerações Finais e encaminhamentos.
 

Vendedora de sorvetes e ex-moradora de rua passa na Ufba

Antes, Mona morou na rua e foi ajudante de cozinha

  
Alexandre Lyrio | Redação CORREIO
alexandre.lyrio@redebahia.com.br 
Na prova da vida,  Mona Lisa Nunes de Souza, 23, marcou a alternativa correta. Restava o vestibular e, também nesse caso, acertou em cheio. Aprovada  na Universidade Federal da Bahia (Ufba), seu nome consta entre os 45 selecionados para cursar História. Seria apenas mais uma estudante de ensino superior se na sua linha do tempo tudo não tivesse conspirado para que sequer completasse o primeiro grau.


A fábrica de sorvetes no quarto do barraco e saindo para estudar História  

“Sentem-se aí”, convidou, ao receber o CORREIO na Igreja Batista Sinai, no Barbalho, onde fez um cursinho para alunos de baixa renda. Após puxar a cadeira e sentar-se, a mais nova estudante de História da Ufba começou contando a sua própria. Uma trajetória de tragédia e superação.
Atual vendedora de sorvetes no bairro do Santo Antônio, Mona conta que foi abandonada pela mãe quando criança. Entregue à avó numa cidade do interior, apanhava e era tratada como empregada doméstica. “Passava o dia lavando roupa e arrumando a casa. Me alimentava com restos de comida dela”.
Sempre teve o sonho de reencontrar a mãe. Mas, quando ela reapareceu de repente, descobriu que na verdade o pesadelo começaria ali. Aos 9 anos, foi trazida para a capital sem ter onde morar. Passou seis anos nas ruas. A essa altura, a mãe e as duas irmãs estavam viciadas em crack. “Nunca nem toquei nessas”.

Sobrevivia pedindo esmolas, fazia malocas de papelão para dormir e esperava o “carro da sopa” passar à noite. Pela manhã, tomava café na Ladeira de Santana, onde até hoje existe uma instituição de caridade que assiste moradores de rua. Quando tinha comida para cozinhar, usava fogareiros de álcool. Numa dessas, aos 14 anos, foi vítima de uma explosão.

Alma queimada
“Coloquei álcool e não vi que ainda tinha fogo aceso no fogareiro”. Mona ficou 30 dias internada no setor de queimados do Hospital Geral do Estado com 40% do corpo atingido com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. “Fiquei desfigurada. Minha mãe só foi me visitar uma vez”. Isso lhe queimou a alma.

Órgãos públicos até ajudaram a família, que em alguns anos foi agraciada com duas casas do governo. “Mas minha mãe vendia as casas e voltava para a rua”. Mona era a única a não se conformar. Por iniciativa própria, longe dos olhares da mãe, matriculava-se em escolas públicas.

“Minha mãe era analfabeta e não queria que eu estudasse. Sempre dizia: ‘Pra que estudo? Com a vida que você tem, você não precisa’. Mas eu me matriculava escondido”. 

Perdeu alguns anos letivos por ausência. “Eu  tinha que fazer serviços domésticos o dia inteiro. Senão apanhava. Apanhava muito”. Através de uma instituição pública, conseguiu emprego como ajudante de cozinha de um restaurante que só abria aos sábados e domingos. Ganhava R$ 15 por dia. Foi quando fugiu de casa para morar no emprego. Teve que largar a família para não abandonar os livros.

Teve outros dois empregos. Trabalhava das 6h às 19h e corria para escola. No Colégio Estadual Marques de Abrantes, no Santo Antônio, conheceu o esposo, Welson Pereira, 27, com quem se casou há quatro anos. Logo ele, que largou os estudos para ser sorveteiro. “Ele é meio preguiçoso para os estudos. Fica dando desculpa pra não voltar a estudar”.

Sustento  Juntaram um dinheirinho, compraram freezer e máquina de fazer sorvete. Até outro dia, Mona passava a manhã e as tardes misturando ingredientes e essências para produzir o seu sustento. À noite, tentava garantir o seu futuro na sala de aula. “Às vezes fazia tudo ao mesmo tempo. Enquanto fazia o sorvete dava uma olhadinha nos livros”. Atravessou o segundo grau nos colégios Central e Icéia. Depois, entrou para o cursinho. 

“Só chegava aqui esbaforida, essa menina”, lembra Riva Araujo, coordenadora do cursinho. O professor de História Marcelo Mascarenhas, o maior incentivador, diz que a realidade vivida pela aluna faz com que ela entre na universidade com uma maior capacidade crítica.

“É incrível. Para Mona, história é algo vivo. Através da disciplina, ela parece entender melhor as engrenagens sociais que a levaram a condição de pobreza e exclusão”, acredita o professor. Na nova fase, Mona tentou incluir as irmãs e a mãe.  Mas descobriu que, ao colocá-las dentro da sua própria casa, estava sendo roubada. “Levavam minhas coisas para sustentar o vício”.
Como não deu certo. Prefere nem ter notícias, mas elas chegam. “A última vez que soube das minhas irmãs, uma estava namorando um traficante. A outra continua se prostituindo”. A mãe, a maior mágoa, é a única a fazê-la chorar. “O mais duro é saber que ela não gostava de mim”. 

A aprovação na Ufba ajuda a abrandar o passado triste. Estava entre os 191 inscritos no vestibular para História. Enfrentou cinco candidatos para cada vaga. Agora só espera o dia da matrícula e o início das aulas, marcado para o final de fevereiro.

A paixão pela disciplina que dá nome ao curso começou de repente. “Fico imaginando como aconteciam as coisas do passado.  Me imagino na cena. Me revolto com as injustiças daquele tempo”, diz Mona. Curioso. Uma pessoa tão interessada no passado jamais abriu mão do futuro.

Barraco abriga fábrica de sonhos
Tem de coco, creme com passas, abacaxi, umbu e muito mais. Mona Lisa e o marido Welson fabricam seus sonhos numa casa onde não chega carro, um barraco construído bem na encosta que divide o bairro do Santo Antônio e a Cidade Baixa. A residência, ainda de reboco, tinha dois quartos, mas um deles foi transformado em sorveteria.

O CORREIO foi recebido com sorvete de umbu para aliviar o calor escaldante. Por enquanto, o casal abastece quatro sorveteiros, além do próprio Welson, que também circula com o carrinho pelas ruas. Por dia, fabricam em média dez litros de sorvete.

“Dá pra manter nossa casa. Principalmente nessa época do Verão”. Os sorvetes são da fruta. “Mas alguns têm que colocar essência”, ensina. Agora, Mona vai ter que se desdobrar entre os afazeres de sorveteira e estudante de História. Só não dá pra misturar sorvete de coco, chocolate ou umbu com história do Brasil, geral ou contemporânea.

Cursinho tem professores voluntários
O cursinho em que Mona estudou pertence à Associação Sinai para Desenvolvimento do Cidadão (ASDC), da Igreja Batista Sinai. Destinado para alunos de baixa renda, todos os 11 professores são voluntários. “E extremamente dedicados”, diz a coordenadora Riva Araújo.

Mona não foi a única dos 120 alunos do curso a ser aprovada numa instituição de ensino federal. Mais 18 passaram no vestibular da Ufba e outros 15 conseguiram vagas no não menos concorrido Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba).

Parte dos alunos paga uma taxa simbólica entre R$ 40 e R$ 60. “Alguns não pagam nada. Os mais pobres a gente tem que dar o dinheiro do transporte”, diz Riva.

Outros cursos comunitários em Salvador
Em Salvador, há outros cursos para estudantes de baixa renda. Somente dois deles estão oferecendo 680 vagas, com mensalidades que variam de R$ 50 a R$ 90. São eles a Associação dos Ex-Alunos da Uneb (Unex) e a ONG Pierre Bordieu, ambas com inscrições abertas. A primeira tem matrícula até o dia 10 de fevereiro e início das aulas programado para 4 de abril. A segunda inscreve até o dia 11 desse mês e começa em 21 de março.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Reunião do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-racial - RS

O Forum Permanente de Educação e Diversidade Éticorracial RS.
CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA AMPLIADA
Dia: 21 de fevereiro
Horário: Das 9h às 11h30m
Local: SEDUC – Secretaria Estadual de Educação. Av. Borges de Medeiros, 1501 – Porto Alegre.
Com o intuito de darmos continuidade na construção e fortalecimento das relações do Fórum, estamos lhe convidando para participar de reunião com a seguinte pauta:
1.      Atividade do dia 21 de março, em parceria com as CREs, regionalizando e convidando organizações do movimento social negro.
2.      Reorganização do Fórum.
3.      Eleição do Fórum em junho.
4.      Repercussão do documento encaminhado ao Ministro da Educação, sobre a SECAD. Informes de como está o processo na SECAD, se vai continuar ou se vai realmente ter a fusão.
WALDEMAR MOURA LIMA
Coordenador do Fórum-RS
 
José Antonio dos Santos da Silva
51.91792404
53.99491618
www.joseantoniodossantosdasilva.blogspot.com
Ubunto.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

1ª Seminário de Articulação da V Marcha Estadual Zumbi dos Palmares - RS

(Clique na imagem para ampliá-la)

Ensaio do Bloco Afro Os Negões - BA

Imperdível! Começou o ensaio do Bloco Afro Os Negões. Anote na sua agenda e garanta momentos de muita alegria na terra da folia.

Um dos blocos afro mais tradicionais de Salvador já está esquentando os tambores, atabaques e tudo o que tem direito para a maior festa de rua do Planeta.
Os Negões já estão com o repertório pronto para agitar milhares de foliões nas ruas de Salvador no Carnaval 2011.
Os ensaios dos Negões vai acontecer todos os sábados até as vésperas do Carnaval, e até lá vai ter muita novidade.
O ensaio é realizado no Largo do Monte Belém, na Avenida Vasco da Gama, ao lado do viaduto da Av. Garibaldi.
Sob a batuta do maestro Tata, os integrantes da Banda do bloco Afro, entre eles os cantores Fidel Cobra, Bob Grilo, Baleiro e Sandoval vão garantir momentos de muita alegria e descontração ao alcance de todos, os ensaios são abertos ao público.
Todos os sábados a banda afro Os Negões vai receber convidados especiais, no dia 12, próximo sábado os convidados são:    O CANTOR LUCAS DE FIORY DO OLODUM,
E ADELSON DO ILÊ.

Voce não pode perder, anote na sua agenda os ensaios começam as 20h00 e terminam às 23h00.

OS NEGÕES RUA VASCO DA GAMA, 400, 1º ANDAR. VASCO DA GAMA SALVADOR - BAHIA - BRASIL CEP 40.230-900 (55)  71 - 32611725/ 96038521/ 99621022/86077571/87652682

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Carta do Conselho Municipal das Comunidades Negras de Salvador - BA

O Conselho Municipal das Comunidades Negras da Cidade do Salvador – CMCN, órgão colegiado ligado à secretaria Municipal da Reparação – SEMUR, criado pelo decreto 15.330, de 18/11/2004, com a finalidade de propor, em âmbito municipal, políticas de promoção da igualdade racial com ênfase na população negra de Salvador, com o objetivo de promover a inclusão social dos afrodescendentes, vem registrar a sua indignação com os rumos da gestão administrativa da cidade, e ao mesmo tempo prestar solidariedade aos trabalhadores que se encontra com os salários em atraso há mais de dois meses, bem como com os demitidos.

A falta de destreza e capacidade administrativa, aliada ao desrespeito para com as pessoas da cidade, cria empregos acima da capacidade de gestão do município e, sem pensar nas conseqüências para com os cidadãos, demite-os, com salários atrasados, e sem a preocupação da qualidade dos serviços prestados à população deste município, que na sua maioria, cumpre a sua obrigação, pagando em dia seus impostos.

 Cabe-nos registrar que, historicamente, existe um lugar reservado para o trabalho de negras e negras desta cidade, que está ligado aos trabalhos que embora dignos, exigem uma menor qualificação profissional, e, em conseqüência está sujeita aos piores salários.
Pois, é esta mesma população que ora encontra-se com a sua situação trabalhista sendo desrespeitada.

São pais e mães de famílias que dependem deste salário para sustentar seus dependentes e o CMCN, não poderia ficar omisso diante desta situação. Precisamos nos reunir em busca de alternativas de melhoria das condições de vida da população desta cidade, 2ª maior concentração de população negra do mundo e que merece ser respeitada por aqueles que foram legitimados por esta mesma população para administrar o erário público, na esperança de ser contemplada.

O CMCN reforça aqui o seu compromisso com a população negra de Salvador e, enfatiza que está atento aos caminhos políticos tomados por uma cidade que se comprometeu junto a organismos internacionais a combater o racismo e o racismo institucional, criando políticas inclusivas para a população negra.

Conselho Municipal das Comunidades Negras
Contatos: semur_conselho@yahoo.com.br
           (71)4009-2614/4009-2600

GAPECC seleciona Docentes voluntárias/os - BA

PROCESSO SELETIVO DE DOCENTES DO GRUPO DE AÇÃO PARA PROMOÇÃO EDUCACIONAL CIENTIFICO-CULTURAL

Edital de Convocação
 
A comissão organizadora do GAPECC – Grupo de Ação para Promoção Educacional Cientifico-Cultural torna pública a abertura do processo de seleção e avaliação de propostas para novos educadores de acordo com as condições abaixo definidas.

1. Das disposições preliminares

1.1. A presente convocação tem por objetivo selecionar educadores para titulares das disciplinas relacionadas no item 4 (quatro) deste edital.
1.2. O processo de seleção dos educadores será realizado pela diretoria do GAPECC.
1.3. Este edital se destina, preferencialmente, á pessoas que estejam interessadas em realizar trabalho voluntário e almeje transformar a sociedade através da educação.

2. Objetivo

2.1 Objetivo Geral

O presente Edital tem por objetivo selecionar novos educadores para compor o quadro pedagógico do GAPECC destinado ao trabalho voluntário e sócio-educacional.
2.2 Objetivo específico
o        Criar condições para incentivar a participação do educador na construção e manutenção do projeto despertando o espírito voluntário;
o        Trabalhar com os parâmetros da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da educação de 1996;
o        Debater a temática étnico-social;
o        Lecionar uma disciplina e/ou desempenhar funções administravo-pedagógicas;
o        Contribuir para a desconstrução de preconceitos e trabalhar uma nova visão sobre o que é educação;
o        Defender e discutir Ações Afirmativas;
o        Fomentar a aprendizagem autônoma
o        Promover as discussões étnico-sociais, religiosas, sexuais e de gênero;
o        Trabalhar as diretrizes e bases da educação nacional incluindo no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e indígena”.

3.  Dos requisitos de participação

3.1 Para se inscrever nesta seleção, o candidato deverá atender aos seguintes requisitos:

o       Ser oriundo de escola pública, ser universitário de instituições federais, estaduais e/ou ser bolsista do PROUNI.
o       Estar disposto a cumprir os ditames da Lei n° 9.608/98.
o       Ser favorável às Ações Afirmativas e em especial às cotas.
o       Desenvolver plano de trabalho para o publico índio-afrodescedente.
o       O candidato deverá anexar ao seu mini projeto á ementa da disciplina e junto a ela, as fotocópias de seus documentos de identidade, CPF e comprovante de matrícula.

4. Áreas de interesses

  • Ciências Naturais (Biologia /Física);
  • Língua Portuguesa (literatura/redação/gramática);
  • Matemática;
  • Pluralidade Cultural (lei 11.645).

5. Etapas da seleção

5.1 Primeira etapa
5.1.2 Enviar mini projeto e ementa da disciplina. O pleiteante deverá enviar o mini projeto e a ementa para gapecc@hotmail.com;
5.1.3 Data limite para envio de mini projeto e ementa: 15 de fevereiro de 2011;
5.2 Pré-seleção de mini projetos: 16 a 17 de dezembro de 2011;
5.3 Divulgação dos projetos pré-selecionados: 18 de fevereiro de 2011;
5.4 Os titulares dos projetos pré-selecionados devem comparecer na oficina de formação raça/gênero:
5.4.1 A oficina será realizada no dia 19 de fevereiro de 2011;
5.4.2 Horário e local serão divulgados juntamente com os projetos pré-selecionados.
5.5 Segunda Etapa
5.5.1 Resolução de questionários sócio-economico e cultural.
5.5.2 Ministração por 15 minutos de atividade referente a disciplina escolhida;
5.5.3 Escolha do conteúdo a ser ministrado fica a critério do candidato.
5.5.4 Cada candidato será entrevistado individualmente por uma banca avaliadora de no mínimo 3 (três) e teto de 5 (cinco) membros efetivos  - sempre em números impar - do GAPECC.
5.5.5 A segunda etapa descrita o item 5.5 será realizada nos dias 25 e 26 de fevereiro de 2011.

6. Do mini projeto e ementa

O mini projeto a ser apresentado deverá conter os seguintes tópicos:
6.1 Apresentação – contextualização, abordagem panorâmica do projeto.
6.2 Justificativas – especificar o que justifica a existência do projeto, com base em que se dá sua construção.
6.3 Objetivo – objetivo geral de forma resumida do projeto.
6.4 Objetivos específicos – pequenas ações ao ser desenvolvidas possibilitarão alcançar o objetivo geral.
6.5 Metodologias – formas de implantação do projeto: espaço/tempo, recursos, etc.
6.6 Os candidatos devem preencher a ementa, anexar o mini projeto e enviar na data prevista no item 5.1.2.

7. Dos critérios de avaliação
Os pleiteantes serão avaliados nos itens dispostos abaixo:
7.1 Coesão e coerência em relação ao projeto apresentado.
7.2 Utilização do tempo, espaço e recursos quanto ao item 5.5.2.
7.3 Está disposto a trabalhar em outras funções que por ventura precisem de seu apoio-colaboração;
7.4 Utilização de temas transversais em sua metodologia.
7.5 Enquadramento nos itens do tópico 2.2.


6. Da publicidade do Edital

6.1 Caberá a Diretoria Executiva do GAPECC dar publicidade ao Edital, através de sua publicação em jornal local ou mediante sua afixação em locais públicos, ambos com comprovação.

7. Da divulgação dos resultados

7.1. A Diretoria Executiva do GAPECC divulgará o resultado final do processo seletivo através de emails dos candidatos, site da instituição e comunidade no Orkut.
7.2 Divulgação do resultado final no dia 28 de fevereiro de 2011.

Salvador, 10 de fevereiro de 2011.

Michele Paixão
Presidente



Programa Conexões de Saberes seleciona estudantes - BA

Programa CONEXÕES DE SABERES configura-se parte de um compromisso com as políticas afirmativas no intuito de garantir a permanência qualificada de estudantes cotistas nos cursos de graduação.  Valor da Bolsa: R$300,00 (12 meses)

PERFIL

§       Alunos/as de graduação da UFBA
§       Afro e/ou indiodescendente
§       Ser de origem popular e oriundo de escola pública
§       Não ter vínculo empregatício ou qualquer tipo de bolsa
§       Ter disponíveis 20h semanais (vespertino)

DOCUMENTAÇÃO

§       Cópia RG e CPF
§       Currículo resumido
§       RM – Comprovante matricula
§       Comprovação de Residência (Coelba ou Telefônico)
§       Comprovação Cotista (Boletim de desempenho)
§       Comprovação de Renda Familiar

PROCESSO SELETIVO

1ª Fase: Preenchimento de Ficha e Entrega de documentos
Dia: 21/ Fevereiro / 2011                 Horário: 14h
Local: Auditório de Arquitetura

2ª Fase: Entrevista
Dia: 23/ Fevereiro / 2011                 Horário: 14h
Local: Auditório de Arquitetura
Resultado: 25 ou 28 de fevereiro de 2011

Fórum Social Mundial - Dacar: o pedido de desculpas oficiais pela escravidão no Brasil

O pedido de desculpas oficiais pela escravidão no Brasil, feito pelo ministro secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e manifestações do ex-presidente Lula sobre rebeliões populares no Norte da África constituíram pontos altos do início dos trabalhos (ontem) em Dacar (Senegal) do 11º Fórum Social Mundial (FSM).
O gesto do ministro reforça o primeiro pedido de desculpas oficiais que o então presidente Lula dirigiu ao países africanos, há cinco anos, como vocês todos se lembram. “Para nosso orgulho, hoje os afrodescendentes já são maioria da nossa população. Eu venho, como já disse o presidente Lula, pedir perdão; perdão aos irmãos africanos por esse processo de escravidão”, repetiu Gilberto Carvalho.
A realidade africana (de pobreza e ditaduras na maioria dos países) e a democracia no mundo árabe são os dois pontos mais na berlinda no Fórum deste ano, que se encerra dentro de uma semana – vai até o dia 16. Daí a excelente – e coerente com nossa história recente – participação brasileira na abertura dos debates.
Firmeza de Lula na abordagem das questões cruciais
Uma das personalidades mais requisitadas dentre as que acompanham o Fórum, o ex-presidente Lula discursou com firmeza em Dacar. Em sua participação, uma das mais esperadas do início dos trabalhos ontem (a abertura oficial foi no domingo), o ex-chefe de governo e do Estado brasileiro destacou estar agora em um processo de “desencarnar” do papel de presidente – deixou o posto há 38 dias.
Depois criticou duramente a insensibilidade dos países ricos diante da fome de milhões de pessoas no mundo. “Não pensem que lá tem sensibilidade para a questão da fome e para os problemas dos pobres no mundo. Só fomos chamados para as reuniões dos países ricos quando eles entraram em crise e precisavam de nosso apoio”, fulminou Lula.
Ele lembrou o escandaloso socorro prestado aos bancos pelos países ricos desde o início da crise econômico-financeira global e comparou: “(os) recursos necessários para a superação da fome e da miséria no mundo não são pequenos, mas são muito menores do que o total utilizado para resgatar bancos e instituições financeiras falidas na recente crise financeira internacional”.
Novos ventos no continente africano
Já sobre a conjuntura internacional, o ex-presidente analisou a crise política da Tunísia e do Egito acentuando que “os ventos que sacodem o Norte da África mostram como sociedades até há pouco sem esperança e sem futuro, onde imperavam a pobreza e a exclusão social, alimentaram grandes movimentos de transformação social e política”.
O dirigente brasileiro prestou assim, mais uma vez, seu apoio e solidariedade à luta dos movimentos populares que levaram à deposição, após 23 anos no poder, do presidente da Tunísia, Zine Al-Abidine Ben Ali e às manifestações pró-derrubada da ditadura de 30 anos de Hosni Mubarak no Egito.
Fonte: Correio do Brasil

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

I Seminário "No ventre, a capoeira" - BA

(Clique na imagem para amplia-la) 
A Proposta do Projeto “NO VENTRE, A CAPOEIRA” tem como finalidade potencializar a participação feminina no universo da Capoeira Angola, refletir sobre sua prática e filosofia. O evento terá início em 19 de fevereiro de 2011, estendendo-se no mês de março focalizando a participação da mulher. Seguindo em abril com essas mulheres e demais participantes do AJPP –CECA e toda a comunidade, homenageando Mestre Pastinha. Encerrando com chave de ouro no dia 09 de abril de 2011.

Os encontros acontecerão sempre das 14:00 às 18:30. Totalizando sete encontros aos sábados, incorporando à proposta, a tradicional homenagem ao Mestre Pastinha no dia 05 de abril (terça feira), aberto ao público em geral. Encerramento do Seminário: “NO VENTRE, A CAPOEIRA”, apenas para as participantes das oficinas e convidadas, acontecerá no dia 09 de abril a partir das 14:00.

Teremos a honra de receber ilustres convidadas, mulheres de grande relevância no contexto político -sócio cultural da Bahia. Essas mulheres nos felicitarão com intervenções nas rodas de prosas, oficinas e performances artísticas. São profissionais de diversas áreas de conhecimentos e contextos sociais ao qual estamos inseridas.