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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

1º Seminário Nacional de Turismo Étnico Afro - BA

O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Turismo e Bahiatursa, estão organizando o 1º Seminário Nacional de Turismo Étnico Afro e a 1ª Feira da Produção Associada ao Turismo Étnico Afro, que serão realizados no Centro de Convenções da Bahia, de 11 a 13 de agosto de 2010.
Durante o evento, serão realizadas palestras de desenvolvimento do segmento turístico em questão e realização de uma feira de produtos afros. 

OBJETIVOS
Potencializar as discussões de como melhor desenvolver e promover o Programa de Fomento ao Turismo Étnico-afro no estado da Bahia, tendo em vista o seu fortalecimento, atendendo às normas gerais estabelecidas pelo Ministério do Turismo, seguindo diretrizes que preservem a cultura em questão.
  • Promover a divulgação do produto Turismo Étnico Afro;
  • Promover a capacitação específica dos profissionais de turismo ligados ao segmento;
  • Promover o intercambio de informações e experiências sobre turismo étnico-afro no Brasil;
PÚBLICO ALVO
O público alvo será composto principalmente por representantes de empresas do trade turístico local e nacional e empresas afins, produtores culturais, comunidades quilombolas, artistas, ativistas do movimento social, professores, pesquisadores, estudantes, entre outros.
Estima-se a presença diária de aproximadamente 500 (quinhentas) pessoas para o Seminário e 5.000 (cinco mil) pessoas para a Feira.
TEMAS PRINCIPAIS
  • Turismo Étnico-Afro
  • Turismo nas Comunidades Quilombolas
  • Festas Populares de Matriz Africana
  • Atratividade da cultura étnica da Bahia para o mercado afro-americano
  • Turismo e Capoeira
  • Turismo e Culinária

PROGRAMAÇÃO
Programação1º Seminário Nacional de Turismo Étnico-Afro

Dia 11 de agosto
8:00h – Credenciamento e Wa Jeum (café de boas vindas)
9:00h – Abertura Oficial – Representante das diversas instituições envolvidas com o Tema
Execução do Hino Nacional
10h - Mesa Redonda – Turismo Étnico-Afro
Moderador: a confirmar
Palestras:
10:10h: Desenvolvimento do Turismo Étnico no Brasil – representante do Mtur
10:40h - Desenvolvimento do Turismo Étnico-Afro na Bahia – representante SETUR
11:10h - Estratégias de Marketing e Promoção do Turismo Étnico-Afro na Bahia – representante da Bahiatursa
11:40h – Debate
12:00 às 14:00h – Intervalo
14:00h - Conferência de abertura - Cenários para o Turismo Étnico-Afro – Professor Dr. Luiz Gonzaga Trigo
14:40h – Perguntas do público
Roteirização do Turismo Étnico-Afro
15:30 às 17:30 Apresentação do cases
Convidados:
O Jerê da Chapada Diamantina
A experiência do Pernambuco
A experiência de Alagoas
A experiência de Cachoeira
Dia 12 de agosto
08:30h – Wa Jeum (café de boas vindas)
09:00  - Mesa Redonda – Turismo e Capoeira
Moderador: a confirmar
Palestras:
09:10h - Mapeamento Internacional da Capoeira
09:40h – Capoeira como produto turístico
10:20h – Capoeira, produto cultural turístico e veículo de inclusão social
10:50h – Debate
12:00 às 14:00h – Intervalo
14:00h – Conferência – Turismo Étnico-Afro e Culinária
15:00h – Perguntas do público
15:20h – Conferência - Carnaval Ouro
15:50h – Perguntas do público
16:10h - Mesa Redonda – Festas Populares de Matriz Africana
Moderador: a confirmar
Palestras:
16:10h: Festas populares de matriz africana no contexto da cultura e do turismo Negro
16:40h – Festas populares em Salvador
17:10h – Debate
Roteirização do Turismo Étnico-Afro
17:40 às 18:40 Apresentação do cases
Convidados:
Apresentação da Pesquisa Festas Populares em Salvador do Colégio Mária Câncio
Rota da Liberdade
Bembé do Mercado
 
Dia 13 de agosto
8:30hWa Jeum (café de boas vindas)
09:00h - ConferênciaAtratividade da cultura afro da Bahia para o mercado norte-americano
10:00h - Perguntas do público
10:30h - Conferência – Turismo nas Comunidades Quilombolas
11:00h - Perguntas do público
Roteirização do Turismo Étnico-Afro
11:20 às 12:20 Apresentação do cases
Convidados:
Experiência do Baixo Sul
Turismo Quilombolas na Chapada Diamantina
12:20h - Intervalo
14:00h – Atividade externa no Terreiro
14:00h - Mesa Redonda – O Turismo e as Religiões de Matriz Africana
Moderador: a confirmar
14:10hHomenagem especial ao Povo-de-Santo da Bahia
Palestras:
14:30h - A experiência Ioruba-nagô
15:10h - A experiência Jeje
15:40h - A experiência Angola
16:10h – A experiência do Caboclo
16:40h - Debate

terça-feira, 10 de agosto de 2010

UFBA promove palestra "Darwin e o 'pecado' da escravidão" - BA

O Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA/UEFS tem o prazer de convidar para a palestra: 
DARWIN AND THE “SIN” OF SLAVERY
(Darwin e o ‘pecado’ da Escravidão)
Dr. James Moore
Open University, Inglaterra

Local: Salão Nobre, Instituto de Biologia, UFBA
Dia: 16/08/2010 (segunda-feira),  13:00 as 15:00

CEAO/UFBA promove palestra "O teatro abolicionista no Recife e o exercício da cidadania (1880-86)"

O CEAO convida para  palestra

O TEATRO ABOLICIONISTA NO RECIFE E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA (1880-86)

Palestrante: Prof. Celso  T. Castilho
Assistant Professor of History,
Vanderbilt University (Nashville, TN, USA)
DIA: 11 DE AGOSTO 2010, QUARTA
HORA: 18 HS.
LOCAL: CEAO (FFCH-UFBA)
Largo 2 de Julho, Centro
Contato: 3283-5502

Lançada a 7ª edição de Tempo em Curso - BA

Com satisfação informo estar disponível no portal do LAESER (http://www.laeser.ie.ufrj.br/tempo_em_curso.asp) o sétimo número do ano de 2010 do boletim eletrônicoTempo em Curso editado pelo nosso Laboratório.
Como destaque da presente edição podem ser destacadas a realização do VI Congresso dos Pesquisadores Negros (COPENE), realizado na cidade do Rio de Janeiro, no final do mês de julho, bem como as atividades realizadas pelo LAESER naquele evento.
Igualmente, na presente edição, os leitores e leitoras poderão ver as desigualdades de cor ou raça dentro de cada uma das seis maiores Regiões Metropolitanas (RM) brasileiras que são captadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Como nota especialmente curiosa o fato de que seja para a população ocupada no seu conjunto, seja quando desagregado pelos grupos de sexo, a RM de Salvador é justamente onde as assimetrias de cor ou raça são maiores em termos dos rendimentos habituais médios. De qualquer modo, da análise das seis RMs, em todas os homens brancos percebiam as maiores remunerações, ao passo que as mulheres pretas & pardas percebiam as menores.
Mais uma vez ficamos contando com vossa leitura e sugestões no sentido do aprimoramento deste veículo de informação e análise totalmente dedicado ao estudo das assimetrias de cor ou raça e sexo ao longo dos ciclos da economia brasileira
Boa leitura!!

Marcelo Paixão
IE/UFRJ
Professor - Pesquisador / Coordenador LAESER www.laeser.ie.ufrj.br

IV Seminário Educação, Relações Raciais e Multiculturalismo - SC

(Clique na imagem para amplia-la)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Discentes do POSAFRO/UFBA lançam Mujimbo - Revista de Estudos Étnicos e Africanos

É com prazer que o corpo discente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO/UFBA) lança o primeiro número da Mujimbo-Revista de Estudos Étnicos e Africanos. O objetivo fundamental do periódico é estimular e divulgar a pesquisa e o debate na área dos estudos étnicos, étnico-raciais, afro-americanos e africanos.

A Mujimbo, revista eletrônica de periodicidade anual, aceita trabalhos inéditos, em português, inglês, francês ou espanhol, sob a forma de artigos, ensaios, entrevistas, traduções, resenhas, sínteses de pesquisas, e instrumentos de trabalho (informações sobre arquivos, bibliotecas e fontes).

Mais informações sobre o envio de trabalhos encontram-se no sítio da Revista.

Esperamos contar com vossa visita, divulgação e colaboração em forma de material a ser publicado.

Atenciosamente,

Lia Dias Laranjeira
Viviane de Oliveira Barbosa
(Coordenadoras)

Antonio Evaldo Almeida Barros
Fabiana Lima
Juan Pablo Estupiñan
Juipurema Sarraf Sandes
Luiza Reis
Marílio Wane
Simone Santos
(Comissão Editorial)

III Seminário de Mulheres Negras da UESB - BA


 Apresentação

Nós educadores sabemos das dificuldades enfrentadas pelos docentes para a abordagem da temática da diversidade em suas práticas pedagógicas. Isso se deve, dentre outros: à ausência da abordagem dessa temática nos cursos de formação de professores, seja em nível médio ou superior; ao currículo monocultural que tem caracterizado a história educacional brasileira; à nossa formação sócio-histórica, em que o mito da democracia racial ainda se faz presente no imaginário de muitos docentes, perceptível, por exemplo, quando entrevistamos docentes da educação básica sobre a questão do preconceito racial e ele/as nos informam sobre a inexistência de práticas racistas na escola e, ao realizarmos observações do cotidiano escolar, ainda presenciamos essas práticas.

Em pesquisa concluída no final de 2009 sobre as relações etnicorraciais no cotidiano docente em classes dos anos iniciais do ensino fundamental, podemos verificar as dificuldades por que passam os docentes para trabalhar com a essa temática e, em conseqüência, a exposição cotidiana a que estão expostas as crianças negras.


Assim, a realização deste evento pretende reunir educadores, estudantes dos cursos de licenciatura e lideranças de movimentos sociais para discutir a temática das relações etnicorraciais. Nesta segunda edição do seminário, também realizaremos, em conjunto com a Associação Cultural Agentes de Pastoral Negros, o III Seminário de Mulheres Negras.


A edição do Seminário de Mulheres Negras constitui-se num instrumento através do qual será possível identificar as carências e as potencialidades das mulheres negras moradoras das comunidades urbanas e das comunidades remanescentes de quilombo de Vitória da Conquista e da Região Sudoeste da Bahia em seus múltiplos aspectos: políticos, sociais, educacionais, econômicos, filosóficos e afetivos, além de trazer à tona questões inerentes às comunidades quilombolas e que afetam diretamente a qualidade de vida das mulheres negras, tais como identificação dos quilombos, mobilização e organização das quilombolas, auto-reconhecimento, censo das comunidades, formação associativista, concepção de projetos de infra-estrutura e valorização e reconhecimento cultural, assistência técnica, agrícola e implantação de programas para o desenvolvimento socioeconômico.


A realização deste evento objetiva:
  • Reunir estudantes e pesquisadores da temática das relações etnicorraciais para o debate de questões concernentes à mesma em nível local, estadual e nacional;
  • Discutir a necessidade de os governos assegurarem assistência à saúde de forma adequada às peculiaridades bio-socioculturais das mulheres negras, inclusive na melhoria e/ou na implantação dos serviços de saúde com qualidade nas comunidades periféricas e quilombolas;
  • Discutir estratégias para o fortalecimento da tradição cultural das mulheres quilombolas, com a realização de campanhas de sensibilização, valorização e difusão da cultura quilombola; identificação, tombamento, recuperação e preservação de sítios históricos e arqueológicos de relevância cultural e registro das tradições e história, respeitando os segredos da oralidade.
 

PROGRAMAÇÃO
21 DE OUTUBRO DE 2010

08:00às 10:00 h - Credenciamento
09:00 h - Mesa oficial de abertura
09:30 às 10:30h - Conferência de abertura: A mulher negra no Estado da Bahia
10:30 às 12:00h
Mesa redonda 1: Negros no ensino superior: políticas de acesso e permanência
Mesa redonda 2: Educação em comunidades quilombolas e aldeias indígenas
Mesa redonda 3: Saúde da mulher
14:00 às 16:00h - Oficinas
16:00 às 18:00h - Mini-cursos
18:00h - Atividade cultural
18:30h - Lançamento de livros
19:00h - Palestra: Aspectos jurídicos do Estatuto da Igualdade Racial

22 DE OUTUBRO DE 2010
08:00 às 09:30h
Mesa redonda 4: Imagens e representações da mulher em artefatos culturais
Mesa redonda 5: A Lei 10639/03 no Estado da Bahia
Mesa redonda 6: Negros e mestiços: história e relações de gênero
09:30 às 11:30h - Mini-cursos e oficinas
11:30h - Atividade cultural
14:00 às 16:00h - Sessão de comunicações
16:00h às 17:00h
Premiação dos projetos de trabalho sobre Educação e Diversidade desenvolvidos por escolas da educação básica.
Premiação do concurso de redação sobre Diversidade e educação
17:00h - Conferência de encerramento: Ações e políticas governamentais para a implementação da Lei 10639/03

domingo, 8 de agosto de 2010

Começa votação das indicadas ao Troféu Palmares

As personalidades femininas que receberão o Troféu Palmares, este ano, serão escolhidas em votação aberta, a partir de hoje (06/08/10), pela Internet. As três homenageadas serão escolhidas entre as 15 mulheres selecionadas a partir de uma ampla consulta, envolvendo todo o quadro funcional da Fundação Cultural Palmares - servidores, funcionários e terceirizados.


Essa é a terceira edição do Troféu, instituído para homenagear personalidades da sociedade brasileira que contribuem para o exercício do respeito à diversidade e à cidadania, com especial atenção à causa afro-brasileira. Outro diferencial deste ano é a ênfase na questão de gênero: somente mulheres estão concorrendo ao prêmio, que será entregue durante as comemorações do 22º aniversário da Fundação Cultural Palmares.

O PROCESSO - A escolha das homenageadas começou em julho último, com a indicação de mais de 30 candidatas, pelo corpo funcional da Palmares. Desta primeira lista, o corpo diretivo da Fundação selecionou os 15 nomes que participarão da votação aberta (ver lista). Cinco para cada um dos campos previstos pelo regulamento - o cultural, o social e o religioso.

A votação aberta começa hoje e prossegue até o próximo dia 15, bastando para isso clicar aqui e seguir as instruções, pois o sistema é auto-explicativo. As candidatas mais votadas em cada campo receberão o Troféu Palmares 2010, no próximo dia 20, no Teatro Nacional de Brasília, constituindo- se no ponto alto das atividades comemorativas do aniversário da Fundação.

Aliás, as homenagens da Palmares ao sexo feminino não se resumem à entrega do Troféu. Fechando a noite do dia 20, acontecerá o show Mães D´ Água, protagonizado por sete talentosas cantoras negras do Brasil: Alaíde Costa, Daúde, Luciana Mello, Margareth Menezes, Mart´nália, Paula Lima e Rosa Maria, que sobem ao palco acompanhadas por uma banda-base e uma super orquestra de 45 músicos.


O TROFÉU - O Troféu Palmares foi instituído em 2008, para homenagear personalidades brasileiras, por seu trabalho em defesa da sociedade. No primeiro ano de realização, receberam a estatueta a atriz Zezé Mota, a Yalorixá Mãe Stella de Oxóssi e o ministro da Cultura, Juca Ferreira. No ano passado, os agraciados foram Mãe Beata de Iemanjá, Esther Grossi e Haroldo Costa.

Confira, abaixo, a lista de candidatas e contribua para essa grande homenagem à mulher brasileira. 

Indicadas


1. Campo religioso
 
Irmã Estelita, a Juíza Perpétua da Boa Morte. Aos 104 anos, é a mais antiga integrante da Irmandade da Boa Morte, confraria feminina afrocatólica composta por descendentes de escravos africanos. Instalada no Recôncavo Baiano, tem forte significado político, social e religioso. Patrimônio Imaterial da Bahia, a Festa da Boa Morte, que acontece este mês, mistura elementos do catolicismo e do candomblé e é considerada uma das mais importantes manifestações culturais do estado.
Mãe Carmem, a Yalorixá do Terreiro do Gantois. Mãe Carmem é a filha mais nova de Mãe Menininha do Gantois e irmã caçula de Mãe Cleusa Millet, sua antecessora. Foi iniciada no Candomblé para Oxalá quando ainda era criança. Após a morte de Mãe Cleusa, em 1998, assumiu o Ilê Iyá Omi Axé Iyamassé, o terreiro mais famoso do Brasil, localizado em Salvador (Bahia). Ela traz o segredo do Axé, tendo ao seu lado as duas filhas: Angela de Oxum e Neli de Oxossi.
Mãe Meninazinha d´Oxum, a Yalorixá do Terreiro Ilê Omulu e Oxum. Mãe Meninazinha D`Oxum é neta e herdeira espiritual de Iyá Davina, tendo sido declarada Yalorixá antes mesmo de nascer. Fundadora da Sociedade Civil e Religiosa Ilê Omolu e Oxum, localizada em São João de Meriti (RJ), entende ser necessário ampliar a função religiosa da comunidade-terreiro para a de agente disseminador de informação para a população do terreiro e do seu entorno.
Mãe Neide Oyá D`Oxum, a Mãe Neide. Iniciou-se no Kardecismo aos 16 anos, passando, posteriormente, a participar de cultos afro-brasileiros, até fundar o Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB), hoje uma ONG de auxílio material e espiritual de comunidades desassistidas. Dentre outras ações sociais que desenvolve, destaca-se a contribuição diária para a alimentação das comunidades quilombolas de União dos Palmares, que foram devastadas pelas últimas enchentes no estado de Alagoas.
Mãe Railda, a primeira mãe de santo do Distrito Federal. Railda Rocha Pitta, do Terreiro Opô Afonjá Ilê Oxum, é uma das mais respeitadas lideranças religiosas do País, desenvolvendo um significativo trabalho de auto-afirmação da negritude na capital do Brasil. A religiosa reivindica, dentre outras ações afirmativas, o acesso do povo negro às instâncias de poder, sendo uma intransigente defensora do sistema de cotas.

2. Campo cultural
 
Chica Xavier. Atriz de cinema, teatro e televisão, é figura emblemática da luta pela igualdade racial e do combate ao preconceito religioso, tendo recebido, em 2009, o título de Cidadã do Estado do Rio de Janeiro e o diploma Zumbi dos Palmares, da Assembléia Legislativa do Rio. Dentre os trabalhos que marcaram sua carreira, destacam-se o filme "Assalto ao trem pagador" (1962), dirigido por Roberto Farias, e a novela "Os Ossos do Barão" (1973), de Jorge Andrade (Rede Globo de Televisão).
 
Elisa Lucinda. Escritora e atriz, atua, com sucesso, em teatro, cinema e televisão. "A menina transparente" , poema de estréia na literatura infantil, recebeu o Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Por meio da escrita, como a poesia "Mulata exportação", e da postura cotidiana - não aceitou, por exemplo, alisar o cabelo para interpretar uma médica, em uma novela da Rede Globo de Televisão", está sempre denunciando os preconceitos e discriminações da sociedade.
 
D. Ivone Lara. Cantora e compositora carioca, foi a primeira mulher a ingressar, em 1965, na Ala dos Compositores da Escola de Samba Império Serrano. A definição do diretor de shows Túlio Feliciano resume a identidade artística da vencedora do Prêmio Shell de MPB de 2002: "A síntese do samba, aquela que tem o ritmo dos tambores do jongo e a riqueza melódica e harmônica do choro. No seu canto intuitivo está um pouco da África e do negro americano".
 
Lia de Itamaracá. Cirandeira pernambucana, Maria Madalena Correa do Nascimento ficou conhecida como Lia de Itamaracá, nos anos 60, quando a cantora e compositora Teca Calazans gravou a quadra "Esta ciranda quem me deu foi Lia/ que mora na Ilha de Itamaracá". Apesar de cantar e compor desde a infância, somente em 1977 gravou o primeiro disco, "A Rainha da Ciranda". Desde 2005, carrega o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
 
Selma do Coco. Cantora e compositora pernambucana, Selma do Coco é legítima representante de um ritmo que remonta ao Quilombo dos Palmares. Entre os destaques de sua trajetória artística estão o Prêmio Sharp de 1999, que ganhou com o disco "Minha História"; o Concurso Público do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco, promovido pelo governo do estado, e do qual foi uma das vencedoras; e o 32º New Orleans Jazz & Heritage Festival, do qual foi a principal atração brasileira.



3. Campo social


ALAÍDE DO FEIJÃO. Especialista na culinária afro-baiana e grande conhecedora da cultura ancestral africana, Alaíde da Conceição mantém um pequeno restaurante no Centro Histórico do Salvador, de onde acompanha e participa, ativamente, do desenvolvimento da luta contra o racismo na cidade. Viu nascerem algumas das principais entidades negras da Bahia, como o Ilê Aiyê e o Olodum, alimentando, com seu suculento feijão, idéias e ações de boa parte das lideranças negras baianas.

Jurema Werneck. Carioca, nascida no Morro dos Cabritos, em Copacabana, Jurema Werneck começou a participar do movimento de mulheres negras do Rio de Janeiro na segunda metade da década de 80. Graduada em medicina, integra, atualmente, o Conselho Nacional de Saúde e coordena a ONG Criola - uma das trincheiras que usa na luta para vencer o racismo, o sexismo e a lesbofobia, com o objetivo de transformar as relações sociais desiguais e injustas do Brasil.


Luislinda Valois.  A baiana Luislinda Valois é um dos mais contundentes exemplos de resistência e superação. "Aconselhada" , aos nove anos, a deixar de estudar para "aprender a fazer feijoada na casa de brancos", tornou-se a primeira juíza negra do Brasil, prolatando a primeira sentença contra o racismo no País. Dentre os diversos projetos que implantou, para levar a Justiça aos negros e pobres, destacam-se os Balcões de Justiça e Cidadania, a Justiça Itinerante e o Fome Zero no Judiciário.
SUELI CARNEIRO. É uma das mais expressivas ativistas do movimento negro brasileiro. Feminista, intelectual, fundou o Geledés - Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente de São Paulo, e criou o único programa brasileiro de orientação na área de saúde específico para mulheres negras. Seus artigos - cerca de 150, publicados em jornais, revistas e livros - traduzem o engajamento político e a defesa dos direitos da mulher negra.

VILMA REIS. Socióloga e ativista do Movimento de Mulheres Negras, a baiana Vilma Reis é pesquisadora associada do projeto Raça e Democracia nas Américas e da Associação Nacional de Cientistas Políticos Negros/as dos EUA, possuindo importantes reflexões sobre racismo institucional. Entre suas várias trincheiras de luta estão o Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceafro) e o Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), que preside.



 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Adiada para o dia 16/08 a palestra com o Prof. Seth Racusen - BA

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Seminário “Povos de Terreiros: Diversidade Étnica na Convenção nº 169 da OIT” - BA

Data: 09 de Agosto de 2010, das 9h00 às 17h00
Local:  Ilê Iyá Omin Asé Iyá Massê – Terreiro do Gantois – Federação – Salvador - Bahia. 
Realização: Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU
Apoio: Terreiro do Gantois, Povos de Terreiro do Estado da Bahia, Rede KÔDYA, Rede de Educação Cidadã, IPAC, Fundação Pedro Calmon, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza.

A Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU é membro titular da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais - CNPCT, e nesse espaço vem atuando para a inserção dos Povos de Terreiro, enquanto Povos Tradicionais, na elaboração e implantação de políticas públicas que respeitem suas identidades, realizem a preservação de seus patrimônios materiais e imateriais e, especialmente promovam ações de desenvolvimento social sustentável em todo o Brasil.

Nesse sentido, visando fortalecer esta luta e compartilhar os conhecimentos com os Povos de Terreiro da Bahia sobre este tema é que estaremos realizando o Seminário “Povos de Terreiros: Diversidade Étnica na Convenção nº 169 da OIT”, no dia 09 de Agosto de 2010, das 9h00 às 17h00, no Ilê Iyá Omin Asé Iyá Massê – Terreiro do Gantois -  Federação – Salvador - Bahia. 

Participarão do evento aproximadamente 80 (Oitenta) pessoas:
  1. 70 (Setenta) representantes dos Povos de Terreiro da Região Metropolitana de Salvador e Recôncavo Baiano;
  2. Representantes dos Povos de Terreiro na CNPCT;
  3. Representante da OIT no Brasil: Dr. Christian Veloz;
  4. Governo Federal: SEPPIR, Ministério de Desenvolvimento Social, Ministério do Meio Ambiente e Fundação Cultural Palmares;
  5. Governo Estadual: Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria da Cultura: Fundação Pedro Calmon, Assembléia Legislativa.

O Seminário será composto por 03 Painéis:
1º Painel: 9h00 às 12h30 - Palestrantes serão convidados para relatarem as especificidades étnicas de seus Ancestrais contendo informações gerais sobre espiritualidade, línguas utilizadas, normas e modo de vida. São convidados para esta mesa: A própria Mãe Carmem do Terreiro do Gantois, Ilê Axé Opó Afonjá, Terreiro do Bogum, Humpame Huntoloji, Unzó Tanuri Junçara, Unzó kwa Mpaanzu.

2º Painel: 14h00 – 16h00 – Os representantes governamentais irão dialogar com os presentes a partir da vivência da manhã, expondo as estratégias que vem sendo realizadas para a inserção dos Povos de Terreiro na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. São convidados para esta Mesa: OIT, MDS, MMA, SEPPIR, Fundação Palmares, Governo do Estado, SEDES, Assembléia Legislativa da Bahia e ACBANTU. Também convidaremos Mãe Carmem para estar presente nesta mesa.

3º Painel: 16h20 – 17h00 – Sistematização Coletiva do Seminário para que as suas conclusões possam ser divulgadas amplamente no Brasil.

Está sendo divulgado o texto abaixo, Anexo I, para os participantes lerem e terem um maior conhecimento a respeito da Convenção 169 da OIT.

Informações: 33215135 / 91563358
Falar com: Taata Konmannanjy e Luciana
Nzaambi, Bakulu bawoonso ye Teempu wutusaambulwa!
Taata Raimundo Nonato Konmannanjy
                    Presidente

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Obra sobre História da África é traduzida para uso em licenciaturas

Coleção será publicada pelo MEC e distribuída para os centros de formação de professores da educação básica das universidades e para pesquisa em bibliotecas

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) concluiu a tradução e atualização ortográfica dos oito volumes da coleção História Geral da África. As obras constituem material de referência que serão usados nos cursos de formação de professores em História da África e relações etnicorraciais e em cursos de graduação, especialmente nas licenciaturas e pedagogia.

A coleção é reconhecida como a principal obra de referência internacional sobre o continente africano, informa o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar, Valter Silvério. Foi publicada pela primeira vez no final da década de 1980, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Agora, explica Silvério, a coleção será publicada pelo MEC e distribuída para os centros de formação de professores da educação básica das universidades e para pesquisa em bibliotecas. A expectativa de Silvério é que o MEC publique a coleção em novembro deste ano.

Durante dois anos, a pedido do Ministério da Educação, a UFSCar coordenou a atualização ortográfica dos volumes da coleção já traduzidos pela Unesco: Metodologia e Pré-História, Antiga Civilização, África dos Séculos XII a XVI e A Dominação Colonial de 1880 a 1935.

No mesmo período, contratou tradutores da língua francesa para o português, que trabalharam nos outros quatro livros: África do século VII ao XI, África dos séculos XVI ao XVIII, África dos séculos XIX a 1880, e África de 1935 em diante, que é o oitavo volume.

Na avaliação do professor Valter Silvério, a coleção vai ajudar a suprir uma lacuna em nossa formação sobre o legado africano. A dimensão dos conteúdos, diz, vai além da história européia. "Abrange a história mundial dos povos originários". Atende, ainda, a questão política atual de aproximação e aprofundamento do diálogo Sul-Sul, do estreitamento das relações do Brasil com o continente africano, além de ser útil para os países da África portuguesa.

Histórias cruzadas

A Universidade Federal de São Carlos também desenvolve outro projeto encomendado pelo MEC. "Brasil-África - histórias cruzadas" é um material para uso pedagógico de estudantes da educação básica pública, para professores e alunos das licenciaturas. Valter Silvério explica que os materiais abordam a cultura brasileira e a cultura africana com conteúdos e ilustrações apropriados para cada etapa da educação básica.

São volumes específicos para a educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Para os professores que vão trabalhar esses conteúdos na sala de aula e para os alunos das licenciaturas, o projeto desenvolveu dois cadernos de estudos sobre História da África e um guia de orientação pedagógica.

Para criar a coleção "Brasil-África - histórias cruzadas", a UFSCar contratou pesquisadores das cinco regiões do país para reunir materiais sobre a influência da cultura africana na vida dos brasileiros do norte, do sul, do nordeste, do centro-oeste e do sudeste. É um trabalho complexo e demorado, segundo Silvério. Esse projeto, que está em andamento, tem uma tríplice parceria - MEC, UFSCar e Unesco.

Pedidos


Em 2008, o Ministério da Educação selecionou 27 universidades públicas, federais e estaduais, para organizar cursos de formação de professores (aperfeiçoamento, especialização ou extensão) e produção de materiais didático-pedagógicos na temática etnicorracial. A abordagem dos conteúdos segue o que determina a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Os materiais didáticos e a qualificação de professores foram solicitados por 72% dos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008.

Para executar essa tarefa, as 27 universidades receberam R$ 3,6 milhões do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Das 27 instituições, a UFSCar foi selecionada para criar materiais didáticos e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para produzir vídeos.

O Plano de Ações Articuladas (PAR) é um diagnóstico e planejamento das ações educacionais realizado por estados e municípios para um período de cinco anos, de 2007 a 2011.
(Ionice Lorenzoni, da Assessoria de Imprensa do MEC)

CEAO convida para palestra do Prof. Seth Racusen - BA

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Endereço do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO):
Praça General Inocêncio Galvão, 42, Largo 2 de Julho, Centro
(Em frente ao Hotel Capri)

I Ciclo Nacional de Conversas Negras, em Maceió - AL

Maceió (AL) vai sediar o I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou O Que a História Oficial ainda não Conta”, entre os dias 24 e 26 de agosto. A proposta do Projeto Raízes da África, que conta com 150 vagas para inscrições, é fomentar o diálogo e a união de esforços para o enfrentamento do racismo estrutural e suas conseqüências sociais. Além da valorização de atividades acadêmicas focadas na temática do negro no Brasil e do estímulo ao ensino da História da África na rede de ensino pública e privada.
A iniciativa, fruto da interlocução entre o movimento social negro e diversas instituições, dentre elas a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Seppir, o Ministério de Educação/Secad, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Livrarias Paulinas, contará com a participação de atores sociais vindos de várias partes do país. Entre os convidados, a jornalista Sandra Martins representando a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (Cojira-Rio/SJPMRJ).
De acordo com Arísia Barros, coordenadora do Projeto Raízes, “Construir Conversas Negras” é criar possibilidades de reflexão e o redimensionamento da questão estrutural do racismo, “não só nos currículos das escolas alagoanas, mas em todos os espaços formativos na busca da criação de um processo de diálogo que contemple e problematize temas relacionados à discriminação e desigualdades raciais. E, sobretudo, discutir o racismo como violência de caráter endêmico, implantada em um sistema de relações assimétricas, fruto da continuidade de uma longa tradição de práticas institucionalizadas”.
O Ciclo Nacional de Conversas Negras tem como um dos alicerces a transversalidade da Lei Federal nº 10.639/03 – que criou a obrigatoriedade do estudo da África e dos afro-descendentes no currículo escolar – e em Alagoas com a especificidade da Lei Estadual nº 6.814/07, e será aberto a diversas artes que dialoguem sobre pertencimento identitário e nossas histórias afirmativas.

Black August - A inspiração da titulação do I Ciclo Nacional de Conversas Negras:“Agosto Negro ou o Que a História Oficial Ainda não Conta” – Black August – tem suas raízes fincadas na década de 1970 na Califórnia, nos Estados Unidos. Este período ficou marcado para a cultura negra, como um mês de grande resistência à repressão e dos esforços individuais e coletivos contra o racismo.
Na época, o movimento, liderado pelo grupo afro-americano Black/New Afrikan Liberation Movement, surgiu das ações de homens e mulheres que se opunham às injustiças contra os afro-descendentes. A repercussão positiva do movimento afroamericano gerou adaptações do Black August à realidade de outros países – como Cuba, Jamaica, África do Sul, França e Rússia – que lutam contra a discriminação e desigualdade racial.

Serviço:

I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou O Que a História Oficial ainda não Conta
Período: 24 e 26 de agosto
Horário: 8h à 18h
Local:Federação das Indústrias do Estado de Alagoas - FIEA.
Av. Fernandes Lima, 385. Ed. Casa da Indústria, auditórios do térreo e 4º andar
57055-902 - Farol – Maceió - AL
Inscrições:e-mails raizesdeafricas@gmail.com, promomaceio@paulinas.com.br
Informações: Tels.: (82) 8815- (82) 8815-5794       (82) 8815-5794

Estréia hoje a peça "Rosário", com Felícia de Castro - BA

Rosário é uma fábula de mulheres, deusas e animais preparada para o espectador na forma de um ritual. O espetáculo se inspira, em especial, na simbologia da coroação de reis negros, sempre viva nos congados mineiros e em outros folguedos brasileiros. Esta experiência cênica revela aspectos das formações identitárias brasileiras a partir do encontro de culturas diversas em novo território e a religiosidade como dispositivo de sobrevivência e técnica de resistência numa realidade hostil. Ancorado no contato com manifestações populares como os reisados e romarias da região do Cariri, na pesquisa vocal e na força dos cantos tradicionais, o espetáculo solo da atriz Felícia de Castro manifesta um ritual feminino e poético. Através de canções e explosões de textos, a atriz traz à cena um rosário de mulheres em uma única prece. Um corpo dilacerado pelo corte da desterritorialização traduz no acontecimento cênico um ciclo de crueldade, criatividade, luta e reinvenção de si mesmo pela beleza e pela fé. Uma fábula pessoal que recria imagens de terra, mar, mãe, rainhas, coroações, cortes e catarses. 

FICHA TÉCNICA:
Concepção, pesquisa e Atuação – Felícia de Castro
Direção e Preparação Vocal– Demian Reis
Assistência de direção – Carolina Laranjeira
Assessoria em danças brasileiras - Rafael Rolim
Iluminação e operação de luz – Eduardo Albergaria
Figurino – Rino Carvalho
Trilha Sonora – Fabiano de Cristo e coletivo rosário
Operação de som - Ana Carla Silva
Produção – Viviane Jacó
Assessoria de Imprensa – Dayane Pereira
Arte Gráfica e Fotografias – Eduardo Ravi
Cenografia e Adereços (boi e coroa) – Maurício Pedrosa e coletivo rosário
Costura – Angélica Paixão

TEATRO DO ICBA (corredor da Vitória, 1809, telefone: 3338 4700).
Quando: 05 a 27 de agosto de 2010 /Quintas às 14h e 20h, Sextas às 20 h.
Quanto: Valor: R$ 10,00 e 5,00 

Realização: Felícia de Castro
Contato: 71 - 91968548 / 71 - 99776226 / 71 – 87321535 / 71 – 99132813

Ciclo de conferências públicas do Fábrica de Ideias 2010 - BA

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Encontro com a Dra. Penda Mbow - BA

A Dra. Penda Mbow está na capital baiana para ministrar o minicurso Dakar, Senegal: O Islã na África Ocidental e questões de gênero, autoridade, identidade e modernidade, oferecido pelo CEAO/UFBa, nos dias 3, 4 e 5/8 e  deseja conversar com mulheres feministas e ativistas de Salvador.
Nesse sentido, marcamos um encontro com a Dra. Penda para esta quinta-feira (5/8), das 15 às 17 horas, no prédio do Ceao/Ceafro, localizado Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho- Salvador/Bahia e esperamos contar com a sua presença.

Cordialmente,
Ceres Santos
Coordenadora Executiva do Ceafro

Quem é Penda Mbow?
A professora Penda tem uma história de pesquisa ligada ao Islã e a questão de gênero e cidadania. Ela foi diretora do Instituto de Gênero do Codesria; tem um Doutorado honoris causa pela Universidade de Uppsala na Suécia, também é consultora do UNIFEM e da embaixada da Holanda; é membro consultivo do gênero do CEDEAO e foi ministra da educação no Senegal; com a Présence Africaine de Paris ela trabalha como correspondente e é editora da Africa Zamani.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Carta aberta da ABPN à sociedade Brasileira


A Assembléia do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores (as) Negros(as), no dia 29 de julho de 2010, na cidade do Rio de Janeiro, vem a público apresentar o seu posicionamento em relação às ações sociais e institucionais para o fortalecimento dos direitos da população negra, a saber:

1 – Investir e construir politicamente 2011 - Ano Internacional das/os Afro descendentes, instituídos pela Assembléia Geral das Nações Unidas, nos marcos dos 10 anos da Conferencia de Durban, para consolidar o intercâmbio e laços entre afrodescendentes da diáspora e africanas/os, na continuidade da luta pela construção de sociedades sem racimo, sexismo e dominação de classe.

2 – Reafirmar as diretrizes da Plataforma Brasil sem Racismo, a partir da qual:
- cobramos posicionamento dos/as presidenciáveis de 2010 acerca das propostas que garantam o fortalecimento dos direitos da população negra;

- cobramos a manutenção de um órgão executivo federal com plena capacidade financeira e técnica para articulação e deliberar políticas de promoção da igualdade racial;

- cobramos a participação equitativa de mulheres e homens negros nos espaços de articulação e decisão, como forma de implantação e implementação de Política de Ação Afirmativa em todos os ministérios, prioritariamente, nos Ministérios da Saúde, Educação, Cultura, Cidade, Reforma Agrária, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Defesa e na Casa Civil;

3 – Que a SEPPIR garanta a divulgação da importância do censo de 2010 para a população negra;

4 – À luz da conjuntura atual e da releitura política do Estatuto da Igualdade Racial, afirmamos que a retirada de concepções que embasam a resistência histórica de mulheres e homens negros, tais como a construção sociológica do conceito de raça; a escravidão como crime contra a humanidade, ratificado pelo Estado Brasileiro na Declaração e Programa de Ação de Durban; o racismo como instrumento de poder que determina as condições desiguais para a população negra; bem como o impedimento do reconhecimento do dever do Estado e da Sociedade Brasileira em implementar políticas publicas, à exemplo de cotas que garantam os direitos de cidadania plena de mulheres e homens negros nos bens e riqueza coletivamente construídos, a retirada é de inteira responsabilidade das forças conservadores representadas pelo DEM; e que os avanços ali contidos são fruto da luta histórica do movimento negro.

C
onclamamos a sociedade a firmar um pacto pela desconstrução  do racismo e que se manifeste favoravelmente pela aprovação do Projeto de Lei de Cotas, que garante acesso e permanência da juventude negra no ensino superior, dentre outras medidas de política de igualdade racial.

A
 nossa resistência vem dos saberes e dos poderes de nossos ancestrais e guerreiras que nos dão a vida, da força das nossas/os yalorixas e babalorixas, da juventude que reinventa caminhos de inclusão; de mulheres e homens negros desde sempre resistindo e se afirmando, de pesquisadores (as) negras (os) que se tornam os “rebeldes do saber” para garantir e recriar o legado da afrodiáspora.


Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN

domingo, 1 de agosto de 2010

XII Caminha Azoany 2010 - BA

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sábado, 31 de julho de 2010

Palestra "Lumina Sophie: a eliminação da amnésia cultural na Martinica" - BA

 
A palestra trata da recente emergência das canções, músicas e cultura popular afro-caribenha na Martinica. Com atenção para as narrativas, poesia e visão de mundo, a autora lança luzes sobre as experiências de mulheres afro-caribenhas numa pespectiva cross-cultural.

Palestrante: Profa. Dra. Brenda F. Berrian
Departamento de Estudos Africanos, Estudos sobre a Mulher e Letras da Universidade de Pittsburgh - USA
Debatedoras:
Profa. Dra. Florentina Souza – CEAO e PPGLL-UFBa
Secretária Estadual Luiza Bairros, SEPROMI

Data: 10 de agosto de 2010, terça-feira.
Horário: 18:30 hs
Local: CEAO - Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - CEP 40060-055. Salvador - Bahia Tel (71) 3283-5502/| E-mail: ceao@ufba.br

Exibição do curta "Deusa do Ébano: Rainha do Ilê Aiyê" - BA

Na próxima terça, 03/08, acontece, em Salvador, a exibição do filme Deusa do Ébano: Rainha do Ilê Aiyê, ganhador do prêmio Corazon de melhor documentário de curta-metragem no 2010 San Diego Latino Film Festival e de Melhor Filme de Diáspora Africana no 2010 San Diego Black FilmFestival. A exibição está sendo realizada pela Instituto Mídia Étnica, em parceria com a Casa do Benin. O evento contará com a presença de Carolina Moraes-Liu, diretora do filme, que participa de um debate logo após a sessão
Local: Auditório Casa do BeninRua Padre Augustinho Gomes, n 17, Pelourinho
Referência: próximo a Igreja do Rosário dos Homens Pretos
Data:03/08/2010Horário:19h
Sinopse:

Deusa do Ébano: Rainha do Ilê Aiyê segue três jovens mulheres competindo no evento anual em que o bloco afro Ilê Aiyê escolhe a sua rainha do carnaval, usando conceitos afrocêntricos
de beleza.

Com cenas do quotidiano, ensaios de dança, e entrevistas, "Deusa do Ébano: Rainha do Ilê Aiyê" mostra a importância do concurso, com a sua estreita associação com o Candomblé, em remodelar a ideia do que é belo, em uma sociedade onde afro-descendentes constituem a maioria da população, mas conceitos eurocêntricos de beleza feminina são dominantes.

A figura da Deusa do Ébano, um elemento visual chave de um espetáculo que cria uma visão alternativa da mulher negra como bonita, desejável, e talentosa, promove a mudança social em seu nível mais básico: a noção individual de identidade.

O filme conta com a participação da secretária estadual de desenvolvimento social da Bahia, Arany Santana, e do presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos "Vovô".

Diretora:
Carolina Moraes-Liu é produtora premiada que trabalha em documentários e programas de televisão por mais de 10 anos na Califórnia. Ela é associada da Academia Nacional de Artes e Ciências Televisivas (NATAS), onde serve como jurada para os prêmios Emmy. Carolina é brasileira nascida na Bahia, e possui mestrado em Rádio e Televisão pela San Francisco State University.

Deusa do Ébano: Rainha do Ilê Aiyê
(2009, 19:40, Carolina Moraes-Liu)


Promoção:
Instituto de Mídia Étnica
Portal Correio Nagô
Museu Casa do Benin