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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quinta-feira, 21 de abril de 2011

“Bença” um espetáculo do Bando de Teatro Olodum no Teatro Vila Velha no mês de maio - BA

 “Alguém que já viveu e que já acumulou experiências e ensinamentos tem a oferecer,
tem a dar. E também é um portador de toda uma história que foi acumulada.
Por isso que tomar bença significa receber a vibração positiva dessas pessoas.
A bença serve pra quem é abençoado; não pra quem põe a bença”,
Makota Valdina, educadora, religiosa e líder comunitária
 
O Bando de Teatro Olodum entra em cartaz, em maio, com BENÇA. O espetáculo instalação, que tem o patrocínio da Petrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, entra em cartaz a partir de 06 de maio, às 20h, no Teatro Vila Velha. O respeito aos mais velhos e ao tempo é o tema da peça que valoriza a memória cultural da população afro-brasileira. Em cena, os 17 atores e dois músicos contracenam com os depoimentos em vídeo os músicos Bule-Bule e Cacau do Pandeiro e as religiosas Dona Denir, Ebomi Cici, Makota Valdina e Mãe Hilza, figuras emblemáticas e guardiãs dessa cultura.
Em cartaz até 29 de maio, sempre às sexta e sábados, às 20h, e domingos, às 17h, BENÇA tem concepção e encenação de Márcio Meirelles. “Esse trabalho é um espetáculo instalação, que fomos descobrindo como fazer durante o próprio processo”, reflete Meirelles. “Agora estamos investigando essa relação de nossa dramaturgia com as novas tecnologias, usando os depoimentos, o audiovisual, o universo virtual como parte da narrativa cênica”, completa.  Os fragmentos de diálogos ganham corpo num palco com 20 metros de boca de cena com platéia de dois lados. Nesse espaço, as três projeções de vídeos simultâneas conduzem o espectador, que pode escolher qual deles acompanhar.
São sete temas principais que correspondem a sete diferentes blocos: Começo, Tempo, Mais Velhos, Respeito, Crianças, Morte e Fim. Meia hora antes do começo da peça, a ação já está em andamento – enquanto a platéia vai se acomodando, os atores, no tablado, cantam e tocam tambores e atabaques. Nos telões, imagens de atores negros que começaram a atuar antes de 1990, ano de surgimento do Bando de Teatro Olodum. Para completar, dois componentes do elenco filmam a entrada do público, com transmissão simultânea. A partir daí, a cada bloco dois atores se revezam na filmagem do próprio espetáculo.
Com linguagem contemporânea e não linear, a peça, ao falar dos mais velhos, trata a passagem do tempo como algo construtivo e enriquecedor. Não um tempo cronológico que simplesmente passa, mas o tempo das coisas, ou seja, ele é circular e traz benefícios.
“O tempo, pra cultura Banto, é muito profundo e envolve a formação de tudo, já que não é só o tempo do homem. É aí que entra a ancestralidade. Quando se diz que os Orixás são ancestrais é porque eles vieram antes do ser humano, assim como a natureza veio antes do ser humano. Foram eles que possibilitaram o nascimento da vida humana e o seu desenvolvimento. A gente é o resultado de toda essa natureza criada antes e essa essência de ancestralidade, portanto, deve ser respeitada”, Makota Valdina
 
Com isso, a montagem também fala da importância de saber envelhecer bem. “Nas entrevistas, encontramos líderes que parecem resistir ao extremo e se mantêm vivos apenas esperando que alguém chegue para substituí-los. Isso resume bem o nosso trabalho de garimpagem do conhecimento – um conhecimento que não se encontra nos livros e que acaba se perdendo se não for repassado às vezes, fisicamente, para as novas gerações”, afirma a diretora de produção, Chica Carelli. Nesse sentido, “saber envelhecer bem” pode ser interpretado como aprender a entender, a dosar e a dominar o tempo. Na fala do cordelista Bule Bule, “quem sabe viver espera a morte com grandeza e produz bastante, até no último momento. Deixa um legado para se comentar e continua vivendo através da sua obra em outras matérias. Se for manso com o tempo, convive com ele e chega onde deseja”, diz o artista popular.
“Tem coisa na juventude que não consigo entender
Velho ninguém quer ficar
Novo ninguém quer morrer
A melhor coisa da vida é ficar velho e viver”,
Bule Bule
Para Cacau do Pandeiro, uma dos músicos mais virtuosos da Bahia, a morte é uma das etapas do processo natural da vida e deve ser encarada com alegria. “Quem parte cedo é porque não teve aquele merecimento de ficar velho e aí tem que morrer”, diz ele. O espetáculo mostra que o corpo físico desaparece e se transforma, mas que a essência de cada um é eterna.
Ao retomar o respeito aos mais velhos como uma necessidade, BENÇA fala também das crianças. “Na minha família, o reconhecimento do saber dos idosos sempre foi natural. Minha bisavó era a vedete da contação de histórias e todo mundo ficava quieto para ouvir”, diz o coreógrafo Zebrinha, que acaba de receber o Prêmio Branskem de Teatro pela coreografia de BENÇA. Ele complementa com um alerta: “os velhos precisam ser preservados mesmo como pessoas físicas”. De fato, o pensamento corrobora com a fala de Makota Valdina em um dos vídeos quando ela lembra que em tempos passados a relação com a antiguidade envolvia uma reverência mais forte. “Dá-se muito valor ao que é novo, ao que é moderno, mas o que é velho está ficando em desuso”, afirma a educadora.
Com essa energia ancestral de Orixá, tudo conspira a favor de uma justa homenagem à companhia negra mais popular e expressiva da história do teatro na Bahia.
O Projeto:
O espetáculo “Bença” faz parte de um projeto maior chamado “Respeito aos Mais Velhos”, que ganhou, há dois anos, o edital de manutenção de grupos e companhias de teatro e dança do Programa Petrobras Cultural. As cidades de Salvador, Ilhéus, Feira de Santana, Rio de Janeiro e São Luís do Maranhão receberam workshops de memória e identidade, dança, teatro e música com foco no resgate cultural e na sabedoria popular sempre abertos ao público. A mesma equipe que ministrava os workshops realizava as pesquisas e entrevistas mostradas em BENÇA, além de apresentar espetáculos do seu repertório. Já os seminários aconteceram em Salvador, com os seguintes temas: Patrimônio Imaterial, Quilombos Urbanos, História da Ocupação Territorial do Povo Negro e Registro de Memórias e Tradições.
NOVA TEMPORADA
O espetáculo BENÇA foi visto por 2.573 pessoas somente em sua temporada de estréia, em novembro de 2010. Depois se apresentou no Rio, no Espaço Tom Jobim. A peça, comemorativa dos 20 anos do Bando, gerou matérias em jornais e revistas locais e nacionais, e críticas elogiosas ao trabalho do grupo e à peça, além de receber quatro indicações ao Prêmio Braskem, a mais importante premiação do teatro baiano, nas categorias: Melhor Espetáculo, Melhor Diretor (Márcio Meirelles), e Categoria Especial com Jarbas Bitencourt, pela direção musical, e Zebrinha, pela coreografia.
Apesar de ter tido em torno de 100 por cento de sua platéia ocupada, muitas pessoas ficaram sem ver o espetáculo. Inclusive muitos daqueles que são detentores do conhecimento sobre os temas que são tratados na peça e que ajudaram na sua construção, como fonte de pesquisa.
Em maio, na nova temporada, o Bando e a Petrobras trarão convidados dos lugares que foram visitados com o projeto, onde foi apresentado o repertório e feita a pesquisa. Pessoas ligadas ao culto afro de importantes instituições religiosas de São Luiz do Maranhão, Ilhéus e Feira de Santana vão conferir o fruto do trabalho que ajudaram a construir. Estão sendo convidados também, dentro de uma cota de convites, pessoas do culto afro de vários terreiros de Salvador. A prefeitura de Cachoeira já garantiu a vinda da centenária Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, uma das mais importantes manifestações religiosas afro-brasileira. Outras prefeituras e instituições ligadas à cultura negra e aos mais velhos podem entrar em contato com o Bando.
Pensando nestes convidados especiais da plateia, o Bando apresentará BENÇA mais cedo aos domingos: às 17h, facilitando o deslocamento dos mais velhos. 
 
SERVIÇO
BENÇA
Estreia dia 06 de maio
Sextas e sábados, 20h / domingos, 17h ATÉ 29 DE MAIO
Os ingressos custam R$40 inteira e R$20 meia todos os dias.
Promoção
Os 50 primeiros ingressos, de cada sessão, serão disponibilizados a R$ 15 (preço único). Até 24h antes de cada espetáculo.
Instituições e escolas terão descontos na compra acima de 20 ingressos. Cada ingresso ficará no valor de R$ 15 (preço único).
 
Realização: Bando de Teatro Olodum e Teatro Vila Velha
Tel: 71. 3083-4607
E-mail: bando2@gmail.com
blog: www.bandodeteatro.blogspot.com

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Relatório mostra agravamento da desigualdade racial no País

Na saúde, subiu a proporção de afrodescendentes mortas por causa da gravidez ou consequências
 
O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009-2010, lançado nessa terça-feira, 19, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta a persistência e até agravamento da desigualdade entre negros e pardos, de um lado, e brancos, de outro, no Brasil. O trabalho, produzido pelo Laboratório  de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) da UFRJ, mostra, por exemplo, que em 2008 quase metade das crianças afrodescendentes de 6 a 10 anos estava fora da série adequada, contra 40,4% das brancas, e na faixa de 11 a 14 o porcentual de pretos e pardos atrasados ia a 62,3%.
Os resultados contrastam com avanços nos últimos 20 anos: a média de anos de estudo de afrodescendentes foi de 3,6 anos em 1988 para 6,5 em 2008, e a taxa de crianças pretas e pardas na escola foi a 97,7%. Mesmo assim, negros e pardos avançaram menos. Na saúde, subiu a proporção de afrodescendentes mortas por causa da gravidez ou consequências.“Não quer dizer que as coisas estejam às mil maravilhas para os brancos, mas os negros e pardos são os mais atingidos”, disse um dos coordenadores do estudo, o economista e professor Marcelo Paixão.
Com 292 páginas, o trabalho é focado nas consequências da Constituição de 1988 e seus desdobramentos para os afrodescendentes. Para produzir o texto, os pesquisadores do Laeser recorreram a bases de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD); dos Ministérios da Saúde e da Educação; do Sistema Único de Saúde, entre outros. Foram abordados, Previdência, acesso ao sistema de saúde, saúde sexual e reprodutiva, assistência social e segurança alimentar e nutricional, ensino e indicadores de proficiência, e vitimização e acesso à Justiça. (AE)

Saúde - O trabalho constata que o estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) beneficiou mais negros e pardos (66,9% da sua população atendida em 2008) do que brancos (47,7%), mas a taxa de não cobertura (proporção dos que não conseguem ser atendidos) dos afrodescendentes foi de quase 27%, para 14% dos brancos. Os pesquisadores do Laeser também verificam que mulheres negras e pardas têm menor acesso aos exames ginecológicos preventivos: em 2008, 37,5% nunca fizeram exame de mamas (brancas, 22,9%), 40,9% nunca fizeram mamografia (brancas, 26,4%), 18,1% jamais fizeram o exame Papanicolau, de prevenção ao câncer de colo do útero (brancas, 13,2%).
As diferenças de raça, para o Laeser, também podem ter pesado nos números de mães que morreram por estarem grávidas ou por complicações ou consequências disso – que pioraram. Em 2000, do total de mortes causadas por problemas de gravidez, do parto e do puerpério (pós-parto), 42,9% foram de mulheres negras e pardas (brancas, 38,6%). Em 2007, do total de mortes de mães, 59,1% foram de mulheres afrodescendentes (brancas, 33,0%). Para Paixão, há indicações de que pode ter havido “racismo institucional”, constituído, segundo definição do professor, de práticas racistas nas instituições de forma aberta ou dissimulada e que constituem discriminação no atendimento.

Palestra na FFCH/UFBA aborda a relação raça, classe e espaço - BA

O Laboratório de Investigações em Desigualdades Sociais - LIDES, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPGCS, o Programa A Cor da Bahia e o Centro de Estudos Afro-Orientais - CEAO, convidam a todos para a palestra ‘Raça entre classe e espaço’, a ser proferida pelo antropólogo André Cicalo, no dia 29 de abril, às 9:00, na sala de aula do LIDES, localizada no campus de São Lázaro.

Raça entre classe e espaço:
questões sobre a experiência das cotas raciais
na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

A pesquisa do antropólogo André Cicalo tem por intenção debater, do ponto de vista etnográfico, como "raça” emerge entre discursos de "classe” e "espaço” na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Por determinação de lei específica, tal universidade introduziu cotas raciais com o intuito de favorecer o ingresso de estudantes auto-declarados  "negros”. Nesse contexto, uma pergunta que se continuou a fazer é se o racismo pode ser enfrentado através de medidas que parecem reforçar, na coletividade, a noção de diferenças raciais. Na apresentação aqui proposta, Cicalo argumenta que a diversidade social produzida pelas cotas na UERJ acaba refletindo, mais ou menos fielmente, as tensões sociais e raciais do espaço urbano, ao mesmo tempo em que mostra caminhos interessantes para negociar os contrastes aí presentes.

André Cicalo atualmente realiza seu pós-doutorado no Instituto de Estudos Latinoamericanos da Freie Universität de Berlim. Possui doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Manchester, Inglaterra, onde realizou uma pesquisa sobre ações afirmativas e desigualdades raciais no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, com uma etnografia focada na implementação do sistema de cotas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

É o racismo, estúpidos! (José Vicente)

Folha deSão Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011
OPINIÃO
TENDÊNCIAS/DEBATES


O racismo é perigosamente destrutivo e enganador; tanto quanto repudiá-lo, também é indispensável combatê-lo sem trégua e sem piedade

Dez anos depois da primeira Conferência Mundial contra o Racismo e a Xenofobia de Durban, África do Sul, as mazelas e os perigos do racismo acenderam a luz vermelha e a ONU, instituindo 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, volta a conclamar a comunidade de nações a se debruçar sobre os equívocos e a ineficiência das políticas antirracistas, por conta do recrudescimento dos níveis de racismo e discriminação racial contra os negros no mundo.
Recentes bananas oferecidas aos jogadores brasileiros Neymar e Roberto Carlos, as agressões verbais, os sons imitativos de macacos e as vaias das torcidas nas praças esportivas contra jogadores negros dão a dimensão da gravidade da situação, obrigando a Fifa e órgãos ligados ao esporte a tomar medidas severas para prevenção, punição e combate ao racismo, dentro e fora dos gramados.
Surrealismo, ambiguidade, hipocrisia, cinismo, desfaçatez, indiferença e tantos outros adjetivos jorram na literatura quando se analisa a tão vilipendiada trajetória do negro no Brasil. Todos apontam o racismo e ninguém consegue encontrar um racista. Junta-se a eles, a partir de agora, a estupidez.
Estúpido, este foi o adjetivo com que o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT/SP), definiu seu colega Jair Bolsonaro (PP/ RJ), por ocasião de suas maldades racistas e preconceituosas contra a cantora negra Preta Gil e os homossexuais em geral por meio de veículos de comunicação de massa.
O adjetivo em questão, seguramente, pode ser estendido a seus colegas congressistas Jaime Campos (DEM/ MT), que se referiu ao ministro negro do STF, Joaquim Barbosa, como "moreno escuro", por ter esquecido seu nome, Marcos Feliciano (PSC/SP), que responsabilizou a África e os negros africanos por todos os males do mundo, e ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO), que, no plenário do STF, disse que a mulher negra gostava de ser seviciada pelo senhor.
Como inocentes úteis, tais nada inocentes parlamentares, protegidos pela impunidade, destilam em praça pública os venenos que reservavam para ambientes privados.
Flertando com os veículos de comunicação, são a fina e rejuvenescida flor daquela corrente que faz um mau uso do direito de expressão para fins pessoais inconfessáveis, colocando o mandato popular a fomentar, voluntária ou involuntariamente, mas de modo igualmente irresponsável, o ódio racial.
Como a resultante dos estúpidos é a estupidez, a retórica dissimulada em ideia livre e democrática é, na verdade, a correia de transmissão para os também estúpidos integrantes das gangues organizadas que, em São Paulo, no ambiente cibernético e à luz do dia, pregam e praticam a perseguição, a agressão e a eliminação de negros, de judeus e de homossexuais.
É o combustível que encoraja os estúpidos das forças policiais, que, na Bahia, conforme noticiou esta Folha, dizimam a juventude negra brasileira. É o estímulo final aos seguranças de shopping centers e supermercados de grife, que vigiam os negros nas passarelas e batem em sua caras nas salas de segurança e em estacionamentos.
O racismo é perigosamente destrutivo e sutilmente enganador. Ele tateia sutilmente pelas frestas e se mistura sinuosamente como naturalidade cotidiana; tanto quanto repudiá-lo, é indispensável combatê-lo sem trégua e sem piedade.
Sem diminuí-lo e sem ignorá-lo. A ONU e a Fifa estão corretas, assim como o deputado Vaccarezza. É o racismo, estúpidos!

JOSÉ VICENTE, advogado, mestre em administração e doutorando em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba, é reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

terça-feira, 19 de abril de 2011

UFBA seleciona Professor/a de História da África - BA

O Departamento de História da Universidade Federal da Bahia (Salvador)  ira realizar em breve (edital por sair) CONCURSO PUBLICO para HISTORIA DA AFRICA (Prof. Adjunto, nivel doutor).

O concurso estará ABERTO às pessoas portadoras de graduação e  doutorado nas seguintes áreas academicas:

HISTORIA, ANTROPOLOGIA, CIENCIAS SOCIAIS/SOCIOLOGIA, GEOGRAFIA e  ESTUDOS AFRICANOS


Os pontos sobre os quais serão realizados as provas serao os seguintes:

1. História e historiografias da África: fontes, métodos e interpretações;
2. A idéia de África: teorias e imaginário;
3. Sociedades e Estados na África;
4. Religiões africanas, islamismo e cristianismo;
5. Escravidão e tráfico de escravos na/da África;
6. Povos e territórios culturais na África;
7. Colonialismos: teorias e práticas;
8. Os nacionalismos africanos;
9. Independências e lutas de libertação;
10. A África hoje: problemas e perspectivas.

As provas serao:
ESCRITA (eliminatoria/calssificatoria) com peso tres (3)
DIDATICA (calssificatoria) com peso tres (3)
TITULOS (classificatoria) com peso dois (2)
Defesa de MEMORIAL (classificatoria) com peso (2)

Mais detalhes poderao ser vistos no edital passado de concurso da UFBA (06/210) pois as regras a serem seguidas serao as mesmas. Os  prazos de inscrição, etc serão outros.

http://www.concursos.ufba.br/docentes/2010/editais/edital_06_2010.pdf

Especial atençao aos itens 6 a 10.

Revista Coletiva publica número sobre "Índios do Nordeste"

O terceiro número da Coletiva está no ar! Hoje, Dia do Índio, prestamos nossa homenagem com a publicação do número sobre Índios no Nordeste. Espalhados pela região, diversos grupos indígenas lutam por reconhecimento, em busca da legalização de suas terras, saúde, educação e valorização das tradições que cultivam. Para discutir esses temas, preparamos reportagens, artigos de pesquisadores, fotos e uma entrevista especial com o antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional/UFRJ. Propomos um passeio pela história do Brasil, assinalando o modo como os indígenas do Nordeste foram vistos e incorporados ao processo de construção nacional.

Esperamos que vocês aproveitem a leitura e que se sintam à vontade para dar sugestões e fazer comentários.
Obrigada a todos que colaboraram.

Abraços,

Equipe Coletiva
http://coletiva.org
Overall rating
 
Sobre a Revista
Coletiva é uma revista de divulgação científica produzida na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Nossas publicações oferecem um enfoque crítico a respeito das atividades científica e cultural, da produção e uso do conhecimento em diversas áreas do saber. Em seu conteúdo trimestral temático, apresenta reportagens, entrevistas e artigos redigidos por especialistas. Também traz seções semanais de notícias, memória, vídeos e um canal direto para que pesquisadores e estudiosos divulguem seus trabalhos.

URGENTE: Abdias Nascimento precisa de doação de sangue - RJ

Queridos amigos,

Escrevo para informar que o nosso Abdias está na Unidade Coronariana do Hospital dos Servidores. Sua condição é estável.
No momento as visitas não são muito aconselháveis em função da situação dele, e nessa unidade a visitação é bastante restrita.
Agradecemos muito a quem doar sangue no HSE ou mesmo no Hemo Rio em nome dele.
Abraços carinhosos,
--
Elisa Larkin Nascimento, Ph.D.
IPEAFRO - Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileirosac
Afro-Brazilian Studies and Research Instituten
Rio de Janeiro, Brasil
(55) 21-2509-2176na
www.ipeafro.org.br


III Confederação Tamoia dos Povos Originários e Sem Teto - RJ

O Acampamento Indígena Revolucionário (AIR), em ação conjunta com a Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), Fórum dos Educadores Populares, Reunindo Retalhos, MTD - pela Base e outros movimentos sociais têm como proposta a realização da III Confederação Tamoia dos Povos Originários e Sem Teto, uma necessária discussão sobre as ocupações urbanas da região do Rio de Janeiro, juntamente com o debate sobre a questão indígena contemporânea. Portanto, a III Confederação Tamoia dos Povos Originários e Sem Teto tem como objetivo último a discussão sobre a violência do Capital tanto em territórios indígenas (encurralados pelo agronegócio, pelos grandes projetos hidrelétricos, assim como de mineração, leilão do petróleo e gás, entre outras ameaças), como, no caso específico da cidade do Rio de Janeiro, abordando a violência e a opressão do Estado a serviço dos grandes latifundiários urbanos, dentro de um contexto onde a enorme população descapitalizada é vítima.
III CONFEDERAÇÃO TAMOIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS E SEM TETO

Cronograma das apresentações. Local: Ocupação Quilombo das Guerreiras, AVENIDA Francisco Bicalho, 49, Leopoldina, perto da Rodoviária Novo Rio, Rio de Janeiro. Dias 22, 23 e 24 de abril (sexta, sábado e domingo).

1º DIA 22/04/2011 (SEXTA)

Mesa 1 - 09:00h da manhã: Terrorismo de Estado – Despejos, Remoções e UPP’s.
Palestrantes: FIST (Frente Internacionalista dos Sem Teto), Rede Contra a Violência, Lúcia (Defensora Pública), Representante do Estado. Mediador:

Almoço cultural

Mesa 2 – 13:00h às 16:00h: O que é o Acampamento Indígena Revolucionário (AIR), sua relevância na História das lutas Indígenas no Brasil. Qual a política e as reivindicações do AIR. A luta contra a privatização da FUNAI.
Palestrantes: Arão Guajajara (CNDI)), Dr. Mércio Gomes (antropólogo), Carlos Pankararu (líder AIR), Wagner Tramm (indigenista). Mediador:

Mesa 3 – 17:00h às 20:00h: As políticas governamentais – a estratégia de avanço do capital nas terras indígenas – e a resistência. A luta por uma FUNAI indígena.
Palestrantes: Korubo (líder AIR), Lúcia Munduruku (líder AIR), Representante do CIMI, Carlos (espaço Mané Garrincha). Mediador:

2º DIA 23/04/2011 (SÁBADO)

Mesa 1 – 09:00h da manhã:  Criminalização dos Movimentos Sociais
Palestrantes: Representante do Reunindo Retalhos, MST, Conselho Popular, FIST, Carlos Pankararu (líder AIR), Frente Nacional dos Torcedores, MTST, Representante da Campanha O Petróleo é Nosso, Representante do Crítica Radical. Mediador:

Almoço cultural

Mesa 2 – 13:00h às 16:00h: A nova Configuração do Espaço Urbano a partir dos Mega Eventos
Palestrantes: José Claudio Alves, Deley de Acarí, Representante da Ocupação Vila Autódromo, Frente Nacional dos Torcedores. Mediador:

Mesa 3 – 17:00h às 20:00h: Os indígenas no contexto urbano. A resistência da Ocupação Indígena do Maracanã como uma resposta à falta de políticas públicas para os indígenas.
Palestrantes: Urutau Guajajara (MIR), Dauá Puri, Carol Potiguara. Mediador:

3º DIA 24/04/2011) (DOMINGO)

Mesa 1 – 09:00h da manhã: Identidade Latino-americana: os Povos Ancestrais e o embate com a colonização européia.
Palestrantes: Carlos Pankararu (líder AIR), Korubo (líder AIR), Urutau Guajajara (MIR). Mediador:

Mesa 2 – 13:00h às 16:00h:Unificação de lutas dos Movimentos Sociais.
Palestrantes: Indicação para que cada ocupação, movimento social exponha sua visão de unificação, suas propostas e demandas.

Mesa 3 – 17:00h às 20:00h: Mesa Única: Plano de Ação
Plenária Aberta

Cine-clube Tamoio de Resistência Indígena;
Teatro do Oprimido;
Sarau.

Programação da Semana de Consciência Indígena, 19/04 - BA


Dia do Índio: escolhido no 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado na cidade de Patzcuaro (México), em 1940. Em 02 de junho de 1943 (Decreto-lei nº 5.540)  o governo brasileiro adotou a recomendação do Congresso, sendo o Dia do Índio celebrado pela primeira vez no país em 1944.

Local: Auditório do CRH
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - FFCH/UFBA. PASL – Pavilhão de Aulas de São Lázaro, FFCH. Estrada de São Lázaro, s/n, Federação.
Tel.: 71 3283-6431


08:30 às 09:00 - Apresentação do grupo musical latino-americano Bahiamérica.

9:00 às 12:00 - Mesa Redonda “Lutas Indígenas na Bahia: identidade, territórios, criminalização e direitos humanos”. Com Babau Tupinambá e Glicéria Tupinambá - líderes
indígenas; e José Augusto Sampaio, antropólogo Anaí.

O foco é o crescimento, no estado da Bahia, das ameaças sobre os povos indígenas à medida que estes avançam na reconquista legal dos seus territórios.

Local: Auditório do CEAFRO
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - Centro
Tel.: 71 3283-5520


14:00 às 14:30 - Apresentação de dança moderna, “O Pássaro Azul”, por Magno Reis.

14:30 às 17:30 – Mesa redonda “Mulheres Indígenas e Negras em movimento: trajetórias e diálogos”. Com Glicéria Tupinambá e Korã Xukuru Kariri – líderes indígenas;
Eliete Paraguaçu e Elionice Sacramento – líderes quilombolas.

Local: Cineteatro Solar Boa Vista
Parque Boa Vista de Brotas, Engenho Velho de Brotas
Tel.: 71 3116-2108


19:00 às 20:00 - Palestra “Todo Dia É Dia de Índio” com Nádia Acauã Tupinambá, representante indígena no Conselho de Cultura da Bahia.

20:00 às 21:00 - Apresentação da Oficina de Violão do Espaço Cultural Pierre Verger.

II Xirê das Letras – Giros de Resistência

Universidade do Estado da Bahia
Campus de Xique-Xique

Acontecerá em Xique-Xique, Bahia, de 21 a 24 de setembro de 2011, a segunda edição do Xirê das Letras,  Congresso Internacional sobre literaturas e culturas afrobrasileiras, africanas e afroamericanas. O evento trará  pesquisadores de Angola, Moçambique e Cabo Verde, além de escritores e escritoras desses países africanos. Datas e horários poderão sofrer alterações. Informações : Rua João Guimarães, s/n, Bairro São Francisco Xique-Xique - BA Tel.(74) 3661-1710/1774 ramal: 212 (NUPEX) e-mail: nupex24@hotmail.com   A página do evento ainda não está disponibilizada on line.

II Colóquio Internacional de Culturas Africanas – Natal/RN

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN e o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem do Departamento de Letras realizarão no período de 25 a 27 de maio de 2011, na cidade de Natal-RN, o II Colóquio de Culturas  Africanas – Griots, dando assim continuidade à iniciativa que em 2009 organizou o I Colóquio de Culturas Africanas: Linguagem, Memória e Imaginário.

Esse evento oportuniza diálogos importantes entre professores, pesquisadores, discentes e escritores interessados em discutir questões envolvendo África, A segunda edição do Colóquio Griots traz novos desafios não apenas envolvendo questões voltadas às literaturas africanas, mas visa ampliar debates sobre a importância das mídias em torno da luta contra todo tipo de violência, preconceito e racismo.

Maiores informações: http://www.ufrn.br/ufrn2/coloquioafricano/

Programa de Pós-Graduação em Relações Etnicorraciais abre inscrições da seleção para o Mestrado - RJ

Programa de Pós-Graduação em Relações Etnicorraciais
Coordenadores: Prof. Dr. Roberto Carlos da Silva Borges

Prof. Dr. Carlos Henrique dos Santos Martins

APRESENTAÇÃO
A Educação pautada nas Relações Etnicorraciais tem por proposta a divulgação, o aprofundamento e a produção de conhecimentos que ampliem a formação de cidadãos no que diz respeito à problematização da realidade social baseada na pluralidade etnicorracial, possibilitndo-lhes a capacidade de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade e alteridade, propondo-se a trabalhar com questões ligadas aos afro-descendentes, nos seus mais amplos aspectos.
O programa, então, tem como desafio a mudança de cognição social sobre abordagens discursivas e institucionais que serviram de base para o silenciamento e a naturalização de práticas preconceituosas e discriminatórias construídas histórica e socialmente.

OBJETIVOS DO PROGRAMA
  1. Promover estudos e pesquisas que acompanhem e registrem a formação histórica da consciência política, da construção de identidades culturais e do estabelecimento e afirmação da garantia dos direitos civis dos variados elementos afro-descendentes que pluralizam a nação brasileira;
  2. Incentivar a criação de ambientes de reflexão e debates sobre os programas de ações afirmativas - políticas públicas e movimentos sociais - e sua implantação, especialmente no ambiente acadêmico/escolar;
  3. Oferecer ao discente formação multidisciplinar atualizada e articulada com o conhecimento produzido pelas linhas e projetos de pesquisa;
  4. Promover a formação qualificada do discente como pesquisador, através da efetiva integração do mesmo nas atividades investigativas, desenvolvidas pelas propostas do programa;
  5. Capacitar o discente para o exercício do pensamento teórico-reflexivo a respeito das questões etnicorraciais, habilitando-o ao debate e à intervenção em quaisquer níveis das áreas da Cultura, Política e Educação.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
A Área de Concentração única abarca três linhas de pesquisa, singulares e convergentes, sob a perspectiva multidisciplinar, e configura-se a partir da efetividade dos projetos de pesquisa em curso. As três linhas que compõem a Área de Concentração visam à exploração não só de construções identitárias etnicorraciais, mas também de tensões e reconfigurações advindas do que se produz/produziu a partir do ser negro, seja ele ator, autor ou personagem do que se constrói. Pretende, assim, abranger questões concernentes ao conhecimento, sua aquisição e sua reprodução em políticas públicas e práticas formativas referentes às relações etnicorraciais no Brasil.

LINHAS DE PESQUISA
MÍDIA E REPERTÓRIOS CULTURAIS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES ETNICORRACIAIS
A linha reúne reflexões sobre estética, cultura, política e as relações de poder que se constituem através dos meios e mediações sociais. Pretende explorar, no espaço de construção simbólica em que se constituem as mídias, as construções identitárias etnicorraciais e as práticas cotidianas dessas relações, os embates advindos dela, as consequentes ações políticas ou a ausência das mesmas.

CAMPO ARTÍSTICO E CONSTRUÇÃO DE ETNICIDADES
Esta linha reúne investigações de representações de África e da diáspora africana no Brasil e pretende se aprofundar no pensamento acadêmico-investigativo sobre afro-brasileiros e relações etnicorraciais, com foco nas populações afro-brasileiras e ainda nas relações/influências culturais, sociais, históricas e políticas entre África e Brasil. Com essa proposta, esta linha abrange questões essenciais para a compreensão dos sujeitos que se organizam em múltiplos grupos que configuram a nossa sociedade, como o são a Linguagem e a Cultura, em suas mais variadas manifestações no plano simbólico, especialmente no campo artístico.

PENSAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS: DIMENSÕES INSTITUCIONAIS DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
Tendo como base epistemológica o saber constituído na área das Ciências Humanas, esta linha tem como fim investigativo questões concernentes ao conhecimento, sua aquisição e sua reprodução em Políticas Públicas e práticas formativas referentes às relações etnicorraciais no Brasil. A partir dos conhecimentos produzidos em diversas áreas de conhecimento, pretende-se uma formulação multidisciplinar acerca da Cidadania, Modernidade, Ciência, Política, Estado, Colonialismo, Pós-Colonialidade, Gênero, Classe e Educação, no que dizem respeito às relações etnicorraciais no Brasil.

Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB-CEFET/RJ: neab@cefet-rj.br

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Seminário Belo Monte: questões jurídicas - DF

Local: Auditório Joaquim Nabuco – FA/ Universidade de Brasília - UNB
Data: 28 de abril
Horário: 19h às 22h

Palestrantes:
Profa. Dra. Ela Wiecko V. de Castilho
Prof. Dr. Nicolau Dino
Mestrando Gabriel Fonteles
Biviany Rojas, Advogada do ISA

Pacote do projeto A Cor da Cultura é disponibilizado na internet

Por Daiane Souza / FCP

Produzido para contribuir para a inserção da temática da cultura afro-brasileira nas escolas e lançado na última segunda-feira, o segundo pacote pedagógico A Cor da Cultura já está disponível para download no site do projeto. A iniciativa visa fazer com que professores e estudantes percebam com outro olhar o continente africano e sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade brasileira.
O pacote é mais uma medida prática adotada a partir da aprovação da Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares do País. Integram o conjunto DVDs com novos episódios das cinco séries que fazem parte do projeto, dois cadernos pedagógicos e três mapas – um do continente africano, outro da diáspora africana e outro dos valores civilizatórios afro-brasileiros.

COMO ADQUIRIR – Professores e interessados podem ter acesso ao novo material em pdf no portal www.acordacultura.org.br, além de 97 episódios em vídeo de duas das cinco séries já lançadas. O Ministério da Educação (MEC) disponibilizará o material físico aos municípios, porém, as escolas devem se cadastrar também via o citado portal. A solicitação ao MEC deve ser feita pelas secretarias de educação, incluindo o projeto em seu plano de ação de 2012.
A Cor da Cultura é resultado de parceria entre o Ministério da Educação (MEC), a Fundação Cultural Palmares (FCP), a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o Canal Futura, a Petrobras, o Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan) e a Fundação Roberto Marinho.

UNE realizará III Encontro de Negras, Negros e Cotistas

A União Nacional dos Estudantes, entidade que representa o conjunto dos estudantes brasileiros, sediará em Salvador, no ano de 2011, dois importantes encontros da entidade.Acontecerá de 21 a 24 de abril o IV Encontro de Mulheres Estudantes da UNE (IV EME UNE), espaço de auto-organização das mulheres estudantes e que tem chamada “Ô abre-alas que as mulheres vão passar”.
 
Entre os dias 20 e 22 de maio será realizado o III Encontro de Negras, Negros e Cotistas da UNE (III ENUNE), espaço de discussão e formulação da juventude negra e movimentos sociais. Ambos encontros foram lançados no 13º Conselho de Entidades de Base da UNE (CONEB), realizado na cidade do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011.

As entidades estudantis baianas já têm se organizado para a recepção destes encontros e, fruto desta articulação, já foram dados passos importantes para a construção das atividades. No último dia 22 de fevereiro houve uma reunião entre a UNE, UEB e DCE UFBA com a reitora da UFBA, Profª Dora Leal. Nesta reunião foi possível encaminhar demandas infra-estruturais e liberação para que as atividades sejam realizadas na universidade.

“O compromisso firmado entre as entidades estudantis e a administração central da UFBA é fundamental para a realização plena destes encontros. O EME e ENUNE são encontros centrais para a UNE, já que organizam a formulação política das e dos estudantes sobre o combate ao machismo e o racismo.”, afirma Joanna Paroli, diretora executiva da UNE.

Para Clédisson Jr., diretor de Combate ao Racismo da entidade, “A construção do III ENUNE na Bahia fortalece um ciclo virtuoso que o movimento estudantil brasileiro atravessa, além de ser um dos espaços de acúmulo para a juventude negra que está nas universidades brasileiras. Combater as diversas formas de opressão passa pelos espaços da universidade”.
A reitora apresentou que a UFBA está de braços abertos para a construção dos encontros e que as contribuições oriundas das atividades serão apreendidas pela universidade. Ainda afirmou que “O sonho de minha geração é uma sociedade sem opressões. Podem contar conosco!”.

I FESTIVAL DE ARTE NEGRA - MG

 
Para se inscrever no VI Festival de Cultura e Arte Negra - FECAN, escolha uma destas opções:

1 - Participação com (apresentação de trabalho).
2 - Participação Geral (sem apresentação de trabalho).
3 - Inscrição para (Festival de Música).
4 - Concurso de (Beleza Negra).
5 - Festival de Dança de Rua falar com Geovanni (38) 9831-0152.
6 - A inscrição é gratuita para todas as atividades.
 
Obs: Para quem vai apresentar trabalhos, deve estar atento as normas exigidas pela comissão cientifica do evento.

Ao fezer a inscrição ficar tambem atento pois é possivel escolher as oficinas sobre diversas tematicas envolvendo a Arte e Cultura Negra para participar gratuitamente.

Aos que vão apresentar comunicação é preciso alem da incrição imprimir a sua carta de aceite (que será enviada por e-mail). Ela deverá ser apresentada no momento da Recepção / Credenciamento do VI Festival de Cultura e Arte Negra - FECAN.

Dança de Rua dias 02,03e 04 local centro cultural das 10h às 11.30h

Dança Afro Brasileira dias 02,03e 04 local centro cultural das 16h às 17.30h

Percussão dias 10 e 11 local centro cultural  das 09h às 11h e das 015h às 17h

Grafite dias 10 e 13 Local Fé e Alegria das 09h às 11h

Penteado Africano dia 13 das 09 às 12h Local Praça Dr Carlos
 
Construção de Tambor dias 14 e 15 Local Faculdades ISEIB das 16h às 17.30h

Samba dias 18,19 e 20 Local Faculdades ISEIB das 16.30h às 17.30h

Mascaras Africana dia 21 Local Faculdades ISEIB das 09h às 16h

Culinária Africana  dia 20 Local Faculdades ISEIB das 14h às 16h

Nomeado novo diretor da Fundação Cultural Palmares

Por Joceline Gomes
Foto: Daiane Souza / FCP

Martvs das Chagas é um dos novos diretores da Palmares
Com ativa participação no Movimento Negro, Martvs das Chagas é o novo diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira (DEP) da Fundação Cultural Palmares. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União do último dia 07, e o novo titular do Departamento já está em pleno exercício de suas funções, na sede da instituição.
Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Martvs das Chagas, 44 anos, começou sua militância cidadã ainda no movimento estudantil secundarista, tendo, então, presidido a Associação Municipal de Estudantes, em articulação com o Movimento Negro em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais.

PARTIDO DOS TRABALHADORES – Membro da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Martvs Antônio das Chagas integrou também a Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), exercendo os cargos de Secretário Nacional de Combate ao Racismo e Secretário Nacional de Mobilização do Diretório Nacional do partido.
Em 2002, o sociólogo coordenou nacionalmente a campanha do então candidato Luis Ignácio Lula da Silva à presidência da República no eixo correspondente à temática racial. Como integrante da equipe de transição, atuou ativamente no processo de criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR).
A partir de então, Martvs exerceu os cargos de Secretário adjunto, Ministro interino, Secretário de Planejamento e Formulação de Políticas e Secretário de Políticas de Ações Afirmativas da SEPPIR, além de participar de diferentes eventos internacionais representando o Brasil, em nome do Estado brasileiro. Um exemplo foi a 14ª. Reunião do Alto Comissariado de Direito Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

África teria sido berço de toda linguagem humana

15/04/2011 07h00 - Atualizado em 15/04/2011 07h00

A língua se expandiu junto com o ser humano, sugere estudo.
Pesquisador aplicou na linguística um conceito da genética.

Tadeu Meniconi  
Do G1, em São Paulo

Uma pesquisa publicada pela “Science” mostra que a origem da língua falada está na África. Já se sabia que o homem moderno surgiu no continente e, com este estudo, vem a hipótese de que existe uma relação entre os dois aspectos.
“As línguas se espalharam da mesma maneira que nós expandimos, essa é a conclusão do artigo. Não levamos só os nossos genes, levamos a língua também”, afirmou ao G1 Quentin Atkinson, professor da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, autor da pesquisa.
“Uma hipótese para por que conseguimos expandir tão rapidamente a partir da África é que a língua complexa foi uma inovação, uma vantagem real para nós, permitindo que cooperássemos e nos coordenássemos em grupos, mais que qualquer outro hominídeo”, explicou o cientista. Embora não possa afirmar com certeza, ele calcula que as línguas complexas tenham surgido entre 50 mil e 70 mil anos atrás.
A pesquisa não consegue precisar de que lugar na África vêm as línguas faladas, consegue precisar apenas que é na África Subsaariana. Por outro lado, as línguas consideradas mais recentes são as da região da Polinésia e as originais da América do Sul, como o Tupi e o Guarani.
"Efeito fundador em série"
Para rastrear as origens da língua falada, Atkinson aplicou na linguística um conceito da genética chamado “efeito fundador em série”.
“Quando há uma expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território. Quando ela faz isso, leva junto apenas uma parte da diversidade da população original. Isso é chamado de ‘efeito fundador’”, explicou. “Isso pode acontecer muitas e muitas vezes, e é chamado de ‘efeito fundador em série’”, completou, em sua definição.
Em vez de genes, a pesquisa analisou fonemas. As línguas que apresentassem maior diversidade de sons, fossem eles vogais, consoantes ou tons – variação de fala que não existe em português e é usada, por exemplo, no mandarim. De acordo com o conceito do “efeito fundador em série”, as línguas que apresentassem mais diversidade estariam mais próximas do ponto de origem, e vice-versa.
Na pesquisa, foram analisadas 504 idiomas. Segundo o pesquisador, foram amostras selecionadas com critérios geográficos, já que há mais de 6 mil línguas no mundo.

Primeiro livro sobre Candomblé publicado em Portugal

A Comunidade Portuguesa do Candomblé Yorùbá tem o prazer de divulgar que foi publicado o primeiro livro em Portugal sobre o Candomblé. Trata-se de um momento único no panorama literário português, marcando a internacionalização do Candomblé na literatura lusófona. A obra intitulada “Candomblé em Português” surge em Portugal inaugurando a reflexão sobre o tema na língua de Camões e Fernando Pessoa. Da autoria de João Ferreira Dias, Vice-Presidente da CPCY, mestrando em História e Cultura das Religiões, “Candomblé em Português” aborda os assuntos principais que conferem identidade ao Candomblé. Publicado pela Antagonista Editora, a obra foi apresentada oficialmente ao público português num evento histórico no Sheraton Lisboa Hotel & Spa, tendo sido apresentada pelo Professor Doutor José da Silva Horta, historiador africanista da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
 
A obra pode ser adquirida online através do blog da editora em: http://antagonistaeditora.blogspot.com/2011/02/candomble-em-portugues.html
Mais informação sobre o livro e o seu autor no blog oficial da obra em: http://candombleemportugues.blogspot.com/
 
O Setor de Divulgação da CPCY  tem o prazer de anexar a capa da obra.
 
Melhores Cumprimentos,
 
Setor de Divulgação
COMUNIDADE PORTUGUESA DO CANDOMBLÉ YORÙBÁ
Pessoa Colectiva Religiosa
NIPC 592009190
Herdade da Sesmaria Velha, R. da Primavera n.28
Coutada Velha, 2130-1010 Benavente, Portugal
Sítio:
http://cpcy.pt|email: correio@cpcy.pt

'Venda' de alunos negros em simulação de leilão de escravos causa polêmica nos EUA

'Uma professora em Norfolk, Virgínia (EUA), causou polêmica ao simular um "leilão de escravos" em uma escola americana, numa aula comemorativa aos 150 anos da Guerra Civil americana.

Segundo o Washington Post, a professora Jessica Boyle, que dá aulas para uma sala da 4ª série da escola Sewells Point, separou os alunos brancos dos negros e mestiços - estes últimos foram, então, "vendidos" para seus coleguinhas brancos.

A iniciativa despertou críticas dos pais dos alunos e forçou a escola a pedir desculpas, alegando que Boyle estava bem intencionada, mas agiu de forma "inapropriada".

"A aula (sobre a Guerra Civil) poderia ter sido pensada com mais cuidado, para não ofender os estudantes ou colocá-los em uma situação desconfortável", disse em comunicado a diretora da escola, Mary B. Wrushen.

Em entrevistas a uma TV local, alguns pais de alunos e moradores de Norfolk reclamaram do teor "ofensivo" da aula e de os alunos "vendidos" terem sido tratados como "animais".

Uma mãe, no entanto, defendeu Boyle, por acreditar que a professora só estava tentando "demonstrar" o papel desempenhado pela escravidão como um estopim da Guerra Civil. "Acho que ela não estava tentando ferir (os sentimentos) de ninguém", disse Tara Woodruff.

A professora, que trabalha na escola há seis anos, não comentou o caso.

A Guerra Civil (1861-1865) foi o confronto mais sangrento ocorrido em território americano, deixando centenas de milhares de mortos. A vitória dos Estados do norte sobre os do sul resultou na abolição da escravidão nos EUA.

Um caso parecido já havia acirrado os ânimos no Estado de Ohio, no mês passado, quando, segundo uma TV local, uma professora do ensino fundamental dividiu sua sala de aula entre escravos e senhores.

Semana da Consciência Indígena - BA

O Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia/UNEB) em parceira com o Ceafro, programa do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBa) promove na próxima terça-feira (19/4), das 14 às 17h30, a Mesa redonda “Mulheres Indígenas e Negras em movimento: trajetórias e diálogos”, que contará com a participação de Glicéria Tupinambá e Korã Xukuru Kariri, líderes indígenas, Eliete Paraguaçu e Elionice Sacramento,  líderes quilombolas. A atividade faz parte da programação da Semana da Consciência Indígena, de 18 a 2º de abril.


Salvador, 18 a 20 de abril 2011

Dia 18.04
Local: Auditório do CEPAIA
Largo do Carmo, 4, em frente à igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico
Tel.: 71 3241-0811/ 0787

9:00 às 10:00 – Palestra “Os Povos Indígenas na Bahia Hoje”, com Nádia Acauã Tupinambá, representante indígena no Conselho de Cultura da Bahia. Para estudantes do
ensino fundamental e médio e público em geral.

10:00 às 10:30 – Apresentação de dança afro-brasileira. “Ogum Dono do Mundo”.

14:00 às 14:30 – Apresentação da Oficina de Percussão do Espaço Cultural Pierre Verger.

14:30 às 16:30 – Apresentação do Toré e oficina de saberes indígenas pelo Grupo Wpira Swpirá (Xukuru Kariri).


Dia 19.04
Dia do Índio: escolhido no 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado na cidade de Patzcuaro (México), em 1940. Em 02 de junho de 1943 (Decreto-lei nº 5.540)
o governo brasileiro adotou a recomendação do Congresso, sendo o Dia do Índio celebrado pela primeira vez no país em 1944.

Local: Auditório do CRH
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - FFCH/UFBA. PASL – Pavilhão de Aulas de São Lázaro, FFCH. Estrada de São Lázaro, s/n, Federação.
Tel.: 71 3283-6431

08:30 às 09:00 - Apresentação do grupo musical latino-americano Bahiamérica.

9:00 às 12:00 - Mesa Redonda “Lutas Indígenas na Bahia: identidade, territórios, criminalização e direitos humanos”. Com Babau Tupinambá e Glicéria Tupinambá - líderes
indígenas; e José Augusto Sampaio, antropólogo Anaí.

O foco é o crescimento, no estado da Bahia, das ameaças sobre os povos indígenas à medida que estes avançam na reconquista legal dos seus territórios.

Local: Auditório do CEAFRO
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - Centro
Tel.: 71 3283-5520

14:00 às 14:30 - Apresentação de dança moderna, “O Pássaro Azul”, por Magno Reis.

14:30 às 17:30 – Mesa redonda “Mulheres Indígenas e Negras em movimento: trajetórias e diálogos”. Com Glicéria Tupinambá e Korã Xukuru Kariri – líderes indígenas;
Eliete Paraguaçu e Elionice Sacramento – líderes quilombolas.

Local: Cineteatro Solar Boa Vista
Parque Boa Vista de Brotas, Engenho Velho de Brotas
Tel.: 71 3116-2108

19:00 às 20:00 - Palestra “Todo Dia É Dia de Índio” com Nádia Acauã Tupinambá, representante indígena no Conselho de Cultura da Bahia.

20:00 às 21:00 - Apresentação da Oficina de Violão do Espaço Cultural Pierre Verger.

Dia 20.04
Local: Auditório do CEPAIA
Largo do Carmo, 4, em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico
Tel.: 71 3241-0811/ 0787

14:00 às 16:00 – Apresentação do Toré e oficina de saberes indígenas – Grupo Wpira Swpirá, precedida de uma palestra sobre a trajetória do Grupo e história de luta
do povo Xukuru Kariri.

16:00 às 16:45 - Apresentação do Coral do Espaço Cultural Pierre Verger.


De 18 a 20.04
Das 08:00 às 18:00

Local: AMEI
Largo do Carmo, 4, sala 102, em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico.
Tel.: 71 3241-3001

08:00 às 18:00

Exposição fotográfica “Os Huni Kuin do Rio Jordão”, de Ricardo Pamfilio, etnomusicólogo.

Exibição do vídeo “Livro Vivo”, de autoria do povo Huni Kuin, com apoio da Rede Povos da Floresta.

Exibição de slides fotográficos “Mensageiros Guarani”, por Paulo César Lima, fotógrafo.

Local: CEPAIA
Largo do Carmo, 4, em frente à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, Centro Histórico
Tel.: 71 3241-0811/ 0787

Exposição fotográfica “Os Huni Kuin do Rio Jordão”, fotos feitas pelo povo Kaxinawá.

Realização
Ponto de cultura Pinaíndios – Culturas em Rede/Associação Nacional de Ação Indigenista – Anaí.
Centro de Estudos dos Povos Afro-Índios-Americanos – CEPAIA/UNEB

Parcerias
Espaço Cultural Pierre Verger
Associação de Arte, Meio Ambiente, Educação e Idosos – AMEI

Apoio
Ceafro/Ceao/UFBA – Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero
Bahiamérica

Solar Boa Vista/Fundação Cultural e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SALTO PARA O FUTURO - 15 DE ABRIL - Pedagogia dos Indicadores Sociais

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TV Brasil estreia Cem anos sem Chibata

Documentário mostra a revolta que pôs fim ao uso da chibata pela Marinha de Guerra antiga

Publicado em 05/04/2011 - 17h37 • Atualizado em 06/04/2011 - 12h04
 
Adalberto Cândido, filho de João Cândido, é um dos entrevistados.
Em 1910, ocorreu uma rebelião militar na Marinha do Brasil: a Revolta da Chibata. Naquela época, o recrutamento militar era obrigatório e acabava recaindo sobre a população mais pobre, que não contava com prestígio político para livrá-la do serviço militar obrigatório. O corpo militar tinha uma série de castigos físicos sob seus membros inferiores (soldados, cabos e sargentos), quase todos por desvio de conduta, e que eram feitos com açoitamentos.
Após a condenação de Marcelino Rodrigues Meneses a 250 chibatadas, em 1910, com obrigatoriedade do restante dos marinheiros a assistirem ao castigo, esses se revoltaram. E, em 22 de novembro, durante a noite, eles se rebelaram e tomaram o controle do navio Minas Gerais. Outros três navios: São Paulo, Bahia e Deodoro, aderiram ao movimento. Seu líder foi o marinheiro João Cândido. O comandante do Minas Gerais, junto com outros oficiais acabou sendo morto, e o conflito ganhou dimensões de luta armada, ocorrendo morte também do lado dos marinheiros. Por iniciativa do senador Rui Barbosa, o então presidente Hermes da Fonseca aprovou uma proposta que atendia os marinheiros e ainda lhes concedia anistia, ou seja, eles não seriam presos. O ex-presidente ficou sem saída, uma vez que os navios estavam ancorados na Baía de Guanabara, apontados diretamente para o centro da cidade. Dessa forma, os revoltosos depuseram armas e se entregaram às autoridades. As reivindicações dos rebelados eram duas: o fim dos castigos corporais e a melhoria na alimentação.
Os castigos foram realmente encerrados, porém, a anistia não ocorreu. Os líderes do movimento foram presos, entre eles João Cândido. As condições no cárcere eram extremamente degradantes e muitos desses líderes morreram na prisão. João Cândido, porém, sobreviveu e acabou absolvido em julgamento realizado em 1912. Faleceu em 1969 e ficou conhecido como o Almirante Negro.
Agora essa história será lembrada no documentário Cem anos sem chibata, do diretor Marcos Manhães Marins, que a TV Brasil estreia no sábado (16), às 22h.
Com a participação de historiadores brasileiros e estrangeiros, parentes de João Cândido, líderes de movimentos sociais, marinheiros, almirantes, e do ator Antônio Pitanga, o longa contém trechos do único registro de voz de João Cândido, “depoimento para posteridade”, dado em entrevista a Ricardo Cravo Albin, no Museu da Imagem e do Som, em 1968.
Cem anos sem chibata confronta a história oficial com a historiografia acadêmica e a tradição oral, para revelar melhor as causas e consequências da revolta que acabou com a chibata pela Marinha de Guerra antiga. A última vez que um marinheiro levou chibatadas aqui no Brasil foi em 21 de novembro de 1910. Há alguns meses, portanto, o país todo comemorava os 100 anos do fim daquele castigo. Hoje, já fora do ambiente de comemorações, investiga-se a importância do fato, e estratégias dos movimentos sociais e das instituições militares sobre o tema. Inédito.

Título: Cem anos sem chibata. Brasil, 2010. Gênero: Documentário. Direção de Marcos Manhães Marins.

Homofobia e racismo na agenda nacional (Nilton Luz)

Racismo e homofobia são discriminações distintas em origens, formas e conseqüências. Há alguns dias, três casos ajudaram a explicitar as diferenças e semelhanças, e também a estabelecer as conexões entre elas e unificar a reação a todas as formas de desigualdade e intolerância. A primeira vítima foi um estudante negro, gay assumido e militante, estudando no interior do Rio Grande do Sul, covardemente agredido, preso e ameaçado de morte por policiais. Nas ameaças, racismo e preconceito regional explícitos.
Respondendo a pergunta da cantora Preta Gil, em caso de maior repercussão midiática, o homofóbico deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou em programa de TV aberta que seus filhos não namorariam uma mulher negra porque “têm boa educação”, associando a possibilidade da relação à promiscuidade. Assustado com a repercussão pública e ameaçado de perder o mandato, retrocedeu e tentou justificar-se com a versão de que confundiu a pergunta, imaginando tratar-se de “gays”. Inúmeras declarações estapafúrdias do deputado têm se seguido àquela.
Não parou por aí. O também deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), afirmou pelo Twitter que africanos "descendem de ancestrais amaldiçoados por Noé" e que gays têm "podridão de sentimentos" que "levam ao ódio, ao crime e à rejeição".
Nos três casos, a cara da opressão é o próprio Estado, personificado nos policiais e nos deputados federais. O Poder Executivo, responsável pela força policial, deve proteger os cidadãos e cidadãs, no cumprimento às leis aprovadas no mesmo Legislativo que abriga os dois deputados. Os casos exibiram o profundo fosso que o Brasil tem de superar para promover a cidadania de segmentos discriminados.
O crescimento da pauta LGBT na agenda pública brasileira teve o efeito colateral de organizar a oposição reacionária aos direitos dessa parcela da sociedade. Tornou-se a principal bandeira da bancada evangélica, obrigou um retrocesso na campanha de 2010 e tem tomado o espaço midiático que tiveram as cotas raciais na década passada. Do início do ano para cá, os casos de homofobia ganharam enorme visibilidade – lastreada, é bom que se diga, pelos casos de agressões na Avenida Paulista, que vitimaram jovens de classe média. Não se trata de uma coincidência apenas.
O assassinato de travestis ou de negras lésbicas e negros gays não costuma ganhar igual notoriedade. A homofobia, quanto praticada cotidianamente contra negros e negras, nas periferias das cidades e no interior do país, encontra no anonimato a receita da impunidade e o incentivo à reincidência. Os eventos, entretanto, jogaram luz sobre essa faceta da dupla discriminação. Pela primeira vez, a oportunidade de debater homofobia e racismo juntos, compreendendo suas imbricações. O assunto parece ter sido colocado, mesmo que momentaneamente, em debate nacional.
Os três casos demonstram as diferenças e semelhanças entre racismo e homofobia. Jovens de classe média agredidos estampam manchetes de jornais, mas o assassinato cruel de uma travesti negra de 14 anos não merece sequer uma nota de rodapé. Por sua vez, declarações racistas podem levar a processo de cassação de mandato parlamentar, mas as mesmas palavras ditas contra gays e lésbicas é tolerável. Nesse jogo, é difícil mesmo compreender o que é pior, entre duas discriminações. A única certeza é de que os negros e as negras LGBT sairão perdendo por todos os lados.
Mas existe um ponto positivo decorrido dos três atos deploráveis. Conseguiram unificar setores dos movimentos negro e LGBT, em geral avessos à solidariedade mútuas, em repúdio aos “ismos” e “fobias”. Há de se admitir, no entanto, que o ponto de contato não foi apenas a defesa das vítimas. Apesar do estudante ser negro e gay assumido, e da cantora negra falar abertamente e orgulhosamente das experiências que viveu com outras mulheres, o principal elo de identidade foi a reação contra a postura racista e homofóbica dos deputados. Nem os skinheads obtêm tal façanha, embora suas vítimas preferenciais sejam justamente LGBT, negros e nordestinos, os três casos em voga. Diante disso, questiona-se se é possível que os movimentos sociais acumulem força para inverter situações desfavoráveis. A reação a Bolsonaro e seu recuo sinalizam que sim, e a capacidade de fazer alianças certamente contribui nas agendas comuns.
Negras lésbicas e negros gays, bissexuais, travestis e transexuais constroem uma espécie de ponte entre duas realidades distintas, que sofrem desigualdades diferentes. No esforço de corresponder à dupla identidade, costumam estar excluídas de ambas. O movimento de negros e negras lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais têm ainda uma grande caminho para avançar.

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