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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Corporeidade Poética: Transcendendo o Corpo Partindo da Ancestralidade Africana - SP


Vivência Lúdica e Cultural no Cedem/Unesp: 12/05/2011
           
Sons. Ritmos. Batuques. Poemas. Versos. Frases. Corpos. Corporeidades. Gestos. Ancestralidades. O contra-saber não é um saber contra, mas sim um saber que se constrói na contra mão daquilo que é considerado como norma. Refletir o poema, o som, o corpo e o gesto dentro da Pedagogia da Ancestralidade, é enxergar novas formas de se construir saberes e conhecimentos diversos. Aos interessados, a roupa, própria para o movimento, será fundamental nesse dia, assim como uma toalha. O conhecimento que visa ser de corpo inteiro é ato de convivência. É revolucionário porque se afirma no encontro poético com a sua e a minha natureza. Venha preparado para doar seu corpo e sua energia.
 
Palestrante

- Kiusam de Oliveira: Escritora, autora do livro Omo-Oba: Histórias de Princesas (Mazza Edições), recomendado pela FNLIJ/2010 e selecionado pelo PNBE/2010. Arte-educadora, bailarina e coreógrafa. Professora. Doutora em Educação e Mestre em Psicologia pela USP. Pedagoga especialista em Deficiência Mental e Orientação Educacional. Assessora na Secretaria de Cultura de Diadema/SP. Especialista nas temáticas de gênero, raça, identidades negras, corporeidade afrobrasileira, candomblé de ketu e educação. Diretora do Programa de Rádio Povinho de Ketu. Site: www.kiusam.com.br
 
Arte-Educadores (as) e Especialistas Convidados (as)

- José Geraldo Neres: Poeta, roteirista, dramaturgo e produtor cultural. Autor dos livros de poesia: Pássaros de Papel (Dulcinéia Catadora, 2007), Outros Silêncios, Prêmio ProAC da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo 2008, (Escrituras Editora, 2009). Seu livro Olhos de Barro recebeu menção especial na 3ª edição do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura (ficção - 2010). Blog: http://neres-outrossilencios.blogspot.com

- Edleuza Ferreira da Silva: Licenciada em Língua Portuguesa. Doutora em Educação. Monitora do Núcleo da Palavra do Laboratório Experimental de Arte-Educação & Cultura da Faculdade-Lab_Arte de Educação da USP e instrutora da Escola de Formação do Servidor da Prefeitura da Cidade de São Paulo. Especialista em orientação de leitura e redação para disléxicos e pessoas com déficit de atenção e estrangeiros. Revisora. E-mail: edleuzaferreira@terra.com.br

- Radi Oliveira: Pedagoga, arte-educadora, poetiza, produtora cultural, coordenadora de projetos culturais do Centro Educacional Unificado – CEU Alvarenga. E-mail: radi_oliveira@yahoo.com.br
 
Percussionistas

- Patrícia Vianna: Arte-educadora graduada em linguagens da arte e pós-graduada em arte-educação. Musicista especialista em percussão brasileira. E-mail: patibatuca@hotmail.com

- Ogan Robson: Ogan e percussionista do Grupo Omo-Ilú. Instrutor de capoeira. E-mail: Robson-barreto@ig.com.br
 
Mediador

- Oscar D´Ambrósio: Mestre em Artes – UNESP/Campus São Paulo, Crítico de Arte, Escritor, Jornalista e Coordenador de Imprensa/Reitoria da UNESP. E-mail: odambros@reitoria.unesp.br

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!
 
Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br
Data e horário:  12 de maio de 2011 (quinta-feira) às 18h30
Local: CEDEM-Praça da Sé, 108 – auditório no 7º andar (metrô Sé)
 (11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

Nota da UNIJORGE sobre o caso Nairobi

Nota de Esclarecimento


O Centro Universitário Jorge Amado tendo notícia dos fatos apresentados pela acadêmica Verônica Nairobi Sales de Aguiar, a respeito do ocorrido em 27.04.11, vem perante a comunidade baiana esclarecer que, de acordo com os seus princípios e Estatuto institucional, instaurou Procedimento Administrativo Disciplinar, a partir da Portaria PO.RPR.003.11.00, para ouvir as partes envolvidas, assegurando, desse modo, o devido processo legal e o direito do contraditório. Cabe ressaltar que a UNIJORGE repudia qualquer tipo e forma de discriminação e prima pelos valores fundamentais de igualdade e liberdade presentes em um Estado Democrático e Social de Direito.

Salvador, 29 de abril de 2011.

A direção

MDS vai instalar Cozinhas Comunitárias para quilombolas de 5 estados

Regiões de maior concentração de comunidades remanescentes de quilombos receberão do Governo Federal um total de R$ 2,7 milhões

Brasília, 28 - Com o objetivo de melhorar a segurança alimentar e nutricional de comunidades quilombolas, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai implantar seis projetos pilotos de Cozinhas Comunitárias em cinco estados. O investimento é R$ 2,7 milhões. Os estados a abrigar os equipamentos públicos são os que apresentam as maiores concentrações de comunidades remanescentes de quilombos, de acordo com o Programa Brasil Quilombola: Bahia, Maranhão, Minas Gerais (dois municípios), Pará e Pernambuco.
Os contratos já foram assinados com os cinco estados e um município (Francisco Sá). Para cada contrato, o MDS repassou R$ 450 mil. A contrapartida de cada governo local é de R$ 50 mil. No momento, os projetos estão em licitação para análise do agente operador, a Caixa Econômica Federal, e posterior início das obras.
As Cozinhas Comunitárias visam fornecer refeições prontas para as famílias e servir de espaço para processamento de alimentos e cursos de capacitação na área de segurança alimentar e nutricional, com foco na inclusão produtiva das famílias.
As comunidades quilombolas a serem contempladas com as Cozinhas Comunitárias são: Lajes dos Negros, em Campo Formoso (BA); Tiningu, em Santarém (PA); Poções, em Francisco Sá (MG); Angico, em Bom Conselho (PE); Gurutuba, em Pai Pedro (MG); e Marudá, em Alcântara (MA).
Parte da rede de equipamentos públicos de alimentação e nutrição, que tem ainda os Bancos de Alimentos e Restaurantes Populares, as Cozinhas Comunitárias integram a rede operacional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). O objetivo dessas unidades é ampliar a oferta à população de baixa renda de refeições adequadas, a preços acessíveis. A capacidade mínima de produção é de mil refeições diárias nos Restaurantes Populares e de 100 nas Cozinhas Comunitárias.
Com apoio do MDS, já foram criadas, em todo o País, 406 Cozinhas Comunitárias.
Fonte: Dimas Ximenes - Ascom/MDS

Museu Afro Brasil celebra centenário de Carybé - SP

Agência Estado 

Para homenagear o centenário de nascimento do mais baiano dos artistas, o Museu Afro Brasil, em São Paulo , inaugura hoje duas exposições: "Grande Mural dos Orixás - Carybé" e "Deuses DÁfrica - Visualidades Brasileiras". Carybé, como era conhecido o pintor, desenhista, escultor, ceramista e muralista Hector Julio Páride Bernabó, nasceu em Lanús, na Argentina, em 7 de fevereiro de 2011, mas, após passagens por outras cidades brasileiras e da América do Sul, se fixou em Salvador em 1950 e se naturalizou brasileiro sete anos mais tarde. Foi na capital baiana que o artista se encantou pela cultura e religiosidade do povo da Bahia, inspirações para suas principais obras . Carybé morreu em Salvador, em 2 de outubro de 1997. A abertura das mostras, cuja curadoria foi feita pelo artista plástico Emanoel Araujo, diretor-curador do museu, será realizada às 19h30 e elas ficarão em cartaz até 29 de maio.

Além de pinturas, relevos, esculturas e esboços que marcaram a trajetória do artista, a exposição "Grande Mural dos Orixás - Carybé" traz 19 painéis que representam os deuses africanos no Candomblé da Bahia. Esses deuses estão entalhados em pranchas de cedro com três metros de altura, que levam ainda incrustações de ouro, prata, búzios da costa, cobre, latão, vidros e ferro, conforme a simbologia de cada um deles no culto. As obras pertencem à coleção do Banco do Brasil BBM S/A, em comodato no Museu Afro Brasileiro da Universidade Federal da Bahia.

Já a mostra "Deuses dÁfrica - Visualidades Brasileiras" reúne trabalhos de artistas
brasileirosque têm como tema a representação das divindades da religiosidade africana, como Mario Cravo Junior, Osmundo Teixeira, Zélia Pólvoa e Reginaldo Xavier. Para representar a arte dos terreiros, esculturas, objetos e bonecas sagradas também foram trazidas do interior do centenário Ilê Opó Afonjá, tombado PatrimÃ?nio Histórico e o mais antigo terreiro de Candomblé, fundado em 1910.

Museu Afro Brasil - Avenida Pedro Alvares Cabral, s/n - Parque Ibirapuera - Portão 10. Tel.: (11) 3320-8900. De terça-feira a domingo, das 10 horas às 17 horas. Entrada Gratuita.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Lançamento do Catálogo de Documentos Manuscritos "Avulsos" - BA

 
 
   Publicação “Manuscritos ‘Avulsos’ da Capitania da Bahia” registra período em que Salvador foi capital do Brasil

Pesquisadores, historiadores, arquivistas e todos interessados na história da Capitania da Bahia do século XVII ao XIX, agora, terão acesso aos registros em versões disponíveis em CD-ROM ou no Arquivo Público da Bahia. Esta coleção, composta por dois volumes, será lançada pela Fundação Pedro Calmon (FPC)/ SecultBA, na próxima quarta-feira (27), às 18h, no Palácio do Rio Branco e tornará pública parte importante da história do Estado. Estará presente ao lançamento a Profa. Dra. Esther Caldas Bertoletti, coordenadora do projeto que resultou nesta publicação.
Titulada de Catálogo de Fontes Manuscritos ‘Avulsos’ da Capitania da Bahia traz o acervo documental que, até então, somente podia ser consultado no Arquivo Histórico Ultramarinho, em Lisboa, Portugal. Os documentos tratam de cerca de 224 anos (1604-1828) do período colonial brasileiro, abordando, inclusive, a importância política administrativa da Bahia, para o desenvolvimento do Brasil e renovando os olhares de pesquisadores sobre a história nacional. Alem disto, os dois volumes contribuem para preservação da memória histórica nacional e na democratização do acesso ao patrimônio documental brasileiro. De acordo com a Professora do Instituto de Ciência da Informação da UFBA e diretora do Arquivo Publica da Bahia, Maria Teresa Matos, os resultados práticos na ampliação do detalhamento das pesquisas são imensuráveis. “O acervo reúne documentos textuais, de tipologias diversas, como abaixo-assinados, alvarás, cartas, decretos, despachos, estatutos, execuções, mapas, ordens régias, pareceres, regimentos, entre outros”, acrescenta Teresa.
A COLEÇÃO - A produção deste material se tornou viável a partir do Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco, coordenado pelo Ministério da Cultura, desde 1998. Este projeto é um a iniciativa Brasil – Portugal e foi conduzida a partir das comemorações de 500 anos do Brasil, envolvendo os dois países na execução e na formação da equipe técnica. Juntamente com a Bahia, outros 17 Estados tiveram cerca de 300 mil documentos identificados e digitalizados, todos referentes ao período colonial.
O acervo microfilmado e digitalizado é constituído de 19610 verbetes e assegura o resgate do patrimônio arquivistico comum Brasil-Portugal, sendo composta por mais 250 rolos de microfilmes. Para pesquisadores da história baiana, este documento tem um papel essencial, pois resgata, em grande parte, a época, na qual, Salvador era capital do país.
A diretora Teresa Matos ainda informa que os benefícios do Projeto Resgate motivaram o Arquivo Público da Bahia a adquirir uma máquina digitalizadora/microfilmadora para dar início à conversão dos documentos originais para o formato digital. “Essa conquista integra o projeto de modernização do acesso e da difusão de acervos do Arquivo Público da Bahia, e visa garantir preservação e a segurança do patrimônio arquivístico da Bahia e do Brasil”, ressalta.     

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular


Comunico às organizações de Movimento Negro e demais Movimentos Sociais e, em especial, às irmãs que compõem as organizações de movimento de Mulheres Negras, que eu, estudante do quinto semestre de Historia UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado-  fui agredida com um tapa na cara por um estudante que compõe a organização do Simpósio de História “Pesquisa histórica na Bahia” na referida faculdade.
 
Fui agredida fisicamente (com um tapa na cara!) por um homem branco, estudante, como eu, do 5° semestre do curso de história da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Enfatizo esse dado, por sabermos que o racismo e o machismo se articulam o tempo todo, para impedirem que pessoas como eu (preta “estilo favela!”) possam representar uma pequena minoria do curso de história (brancos, e classe média). Atualmente ocupo a posição de Coordenadora Acadêmica do Centro Acadêmico União dos Búzios, representação legítima dos estudantes do curso de história dessa Instituição.
 
Inicialmente, estávamos organizando com a coordenação do Curso de História uma atividade acadêmica (o simpósio de história); Entretanto, da noite pro dia fomos retirados da organização com a explicação de que o evento não deveria ter envolvimento do movimento estudantil, por parte um dos palestrantes, e que não iríamos assinar os certificados por quem estava organizando era a instituição.
 
Quando chegamos, no dia anterior ao fato, encontramos esse grupo de estudantes com a camisa da organização do evento (que até então era da universidade), fizemos algumas intervenções falando sobre a institucionalização da atividade do movimento estudantil e sobre a apropriação intelectual da atividade. (Tudo isso causou incômodo à organização do evento – Coordenação e estudantes envolvidos no processo)
 
Quando cheguei à atividade, no dia seguinte, fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado de carga horária do evento. Todas as pessoas assinaram, quando chegou a minha vez a organização da atividade recolheu a lista, e eu perguntei num tom alto no meio da palestra: ‘por que vou assinar a lista lá fora, já que todos assinaram aqui dentro?’ Na mesma hora todo mundo parou e me olhou... Esperei o evento acabar e chamei a coordenadora do curso pra pedir explicação, a mesma não deu atenção, acabei não comunicando sobre o ocorrido. Quando sai do evento me dirigi até o LUCAS PIMENTA (o agressor) e perguntei: ‘posso assinar alista?’ Ele disse: “você é muito mau educada!”, eu o interrompi e falei, ‘não quero te ouvir, só quero saber se posso assinar, caso contrario vou conversar com a coordenação’. E ele disse: “Você ta tirando muita onda, não é de agora que eu to te aturando!” E me deu UM TAPA NA CARA! Quando eu falei que Eu sou oriunda do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres Negras, e que não ia deixar barato que ia acionar a Lei Maria da Penha pra ele, ele se curvou e foi segurado pelos colegas enquanto tentava me dar murros.
 
Ao dizer “você ta tirando muita onda”  e em seguida me agredir o Sr Lucas Pimenta  revelou um sentimento de insatisfação, não apenas dele, isoladamente, mas de muit@s outr@s diante do fato de eu ser Coordenadora Acadêmica no CA de História da Jorge Amado. O fato de estarmos adentrando o espaço acadêmico, por si só, já fez membros da elite branca sentirem-se ameaçados. Mas, esse tapa na cara ocorre em retaliação a um fato mais insuportável ainda, para Lucas e demais membros da elite racista desse país: sou Negra “favelada”, jovem e o represento, em um espaço que o projeto genocida de Estado brasileiro historicamente  reservou para os branc@s 

Por essas razões, conclamo meus irmãos e em especial às minhas irmãs para amanhã, na extensão desta atividade, manifestarmos politicamente a nossa indignação e repulsa, diante desse caso inequívoco de machismo e racismo.
 
Onde? Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE (Paralela)
Concentração: 18h, praça de alimentação.
Nairobi Aguiar 71 81256549

Povos indígenas em defesa do Rio São Francisco


 
SALVE O RIO SÃO FRANCISCO E SEUS POVOS!
As obras de transposição, as barragens hidrelétricas e as usinas nucleares ameaçam a sobrevivência deles.
 De 02 a 05 de maio, na Esplanada dos Ministérios em Brasília, os povos indígenas do Nordeste participarão do Acampamento Terra Livre, para denunciar os violentos impactos dos grandes projetos desenvolvimentistas nos territórios sagrados
 CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA MANIFESTAR A SUA SOLIDARIEDADE E ENCAMINHE ESTE EMAIL PARA SEUS CONTATOS
 
ASSINE A PETIÇÃO DA CAMPANHA OPARÁ
que será entregue durante o Acampamento

O Rio Opará (Rio-mar para os povos indígenas), conhecido como rio São Francisco, é a fonte de vida mais importante do semiárido do Nordeste brasileiro. Ele hospeda nas suas margens povos indígenas, comunidades quilombolas e pescadores tradicionais que dependem dele para viver. 

A exploração desmedida dos seus recursos naturais com a construção das 7 barragens hidrelétricas, junto com os grandes empreendimentos de agronegócio, já diminuíram 70% da vegetação e dos peixes nativos, destruíram o ciclo da vazante que regulava as atividades produtivas das populações.

 O projeto de transposição do curso do rio, capitaneado pelo governo brasileiro, é mais uma ameaça a vida do rio e dos povos tradicionais que desde sempre o respeitam e defendem. As águas transpostas serão privatizadas e destinadas ao agronegócio e indústrias, enquanto só o 4% será destinado a população do semiárido.

Nós, 33 povos indígenas impactados, denunciamos todas as formas de agressão ao rio São Francisco e de violação de nossos territórios sagrados, além da transposição repudiamos a construção de mais barragens hidrelétricas, das usinas nucleares e outras grandes obras do PAC.
 CONTAMOS COM SEU APOIO!
 Assine nossa petição para o Supremo Tribunal Federal, para que seja respeitado nosso direito constitucional ao território tradicional e para que sejamos consultados no que atinge nossas formas de vida.
 Clique abaixo para assinar e depois encaminhe este email para seus contatos:
 “Campanha Opará. Povos Indígenas em defesa do rio São Francisco”

terça-feira, 26 de abril de 2011

SEPPIR discute políticas para a juventude negra

As políticas direcionadas à juventude negra foram ponto de pauta ontem (25) na audiência da secretária Nacional da Juventude, Severine Macedo, com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros. A articulação entre os dois órgãos federais visa à implementação de ações e à adequação de programas e projetos já em execução, de maneira a atender especificidades do segmento.

Os altos índices de mortalidade juvenil foram apontados entre os problemas a serem enfrentados com prioridade. De acordo com o Mapa da Violência 2011: os jovens do Brasil, a probabilidade de morte de um jovem negro, entre 15 e 25 anos, é 127,6% maior que a de um branco da mesma faixa etária. Encomendado pelo Ministério da Justiça ao Instituto Sangari, o estudo pode ser baixado na íntegra aqui.

"Antes da morte física, precisamos atacar aspectos anteriores, vinculados à educação, saúde, cultura, entre outras áreas em que o jovem vai sendo limitado em suas diversas possibilidades", afirmou a ministra Luiza Bairros, fazendo referência ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) que, segundo declarou, pode ser reestruturado de acordo com áreas de interesse do público ao qual é direcionado.

"A expectativa é pensarmos um projeto integrado entre as secretarias que atuam com as temáticas transversais e com os órgãos afins para que as políticas públicas de juventude cheguem realmente a quem interessa", acredita Severine Macedo.

Também participaram da reunião, a secretária de Políticas de Ações Afirmativas da SEPPIR, Anhamona de Brito, e a secretária-adjunta da Secretaria Nacional da Juventude, Ângela Guimarães.

Seminário "Direito, pesquisa e movimentos sociais" - SP

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Lançamento do livro Lições de Abril, de América Cesar - BA

Obra aborda os famosos embates na aldeia de Coroa Vermelha a partir de ponto de vista situado entre a Etnografia e a História

O mês de abril, da "descoberta do Brasil", é época de se discutir, ainda mais, a situação dos povos indígenas nos dias atuais e os problemas por eles enfrentados. O livro Lições de Abril: a construção de autoria entre os Pataxó de Coroa Vermelha, de autoria de América Lúcia Silva Cesar e publicado pela Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA), vem contribuir para o fomento dessa discussão, a partir de ponto de vista situado entre a Etnografia e a História.

Com lançamento marcado para o dia 29 de abril (sexta-feira), esta obra consiste em um detalhado registro do trabalho de campo realizado por sua autora, América Cesar, na aldeia de Coroa Vermelha, quando ela tornou-se palco de diversas discussões, reuniões, embates e conversas, em abril de 2000, integrando uma série de manifestações contrárias ao projeto governamental Comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil. Os acontecimentos na Coroa Vermelha ganharam imensa visibilidade e uma repercussão talvez não esperada.

Além de ser um relato sobre os acontecimentos desse período, o livro também apresenta o posicionamento dos Pataxó quanto aos desafios e problemas que enfrentaram na ocasião, sendo, muitas vezes, privados do direito da fala. A obra aborda, ainda, teorias sobre o letramento, a leitura e a escrita no âmbito da Antropologia e Linguística Aplicada.
   
Serviço
O quê: Lançamento do livro Lições de Abril, de América Cesar
Quando: 29 de abril de 2011, sexta-feira, às 18 horas
Onde: Auditório do PAF 3 (Campus de Ondina – UFBA)
Mais informações: (71) 3283-6160 / imprensaedufba@ufba.br

CURSO INTERNACIONAL AVANÇADO EM ESTUDOS ÉTNICOS E RACIAIS - BA

XIV FÁBRICA DE IDEIAS
1 a 05 de agosto 2011

TEMA: IDENTIDADES E DESIGUALDADES EM PORTUGAL E NOS PAÍSES DE COLONIZAÇÃO PORTUGUESA: PERSPECTIVAS COMPARATIVAS.
EDITAL 2011

Considerando a realização do 11º Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais (XI CONLAB) durante o período compreendido entre 7-11 de agosto de 2011, em Salvador, Bahia/Brasil, o Curso Internacional Fábrica de Ideias será realizado excepcionalmente nesta XIV edição, no decurso de uma semana, entre os dias 1º a 5 de agosto. Em sintonia com o CONLAB, o curso terá como tema: Identidades e Desigualdades em Portugal e nos países de colonização portuguesa: perspectivas comparativas.
A colonização portuguesa, embora motivada pela exploração e pelo lucro, tem sido vista e tem visto a si mesma como uma experiência específica, diferente e singular, quase sempre considerada melhor e mais amena, principalmente quando são enfocadas as questões relativas às relações e hierarquias raciais. É necessário refletir sobre essas interpretações e representações comparativas e reavaliar o estado da arte. Para isso, é fundamental tomar em consideração que, hoje, operamos em contextos crescentemente caracterizados pela interseção entre globalização e transito das idéias, nos quais ícones globais e sentidos locais entram em diálogo mais acirrado, provocando tensões e permitindo emergir novos discursos contra hegemônico sobre a experiência colonial.
O Curso, em caráter intensivo, consistirá de 8 horas de aulas diárias durante cinco dias. Cada sessão tratará de um tema numa perspectiva interdisciplinar, composta pelas abordagens histórica, sociológica, antropológica, lingüística, filosófica e literária. Buscar-se-á enfocar três temas centrais: a relação entre cultura e desigualdade; memória e patrimônio; e as questões das desigualdades e identidades étnico-raciais. Como é tradicional neste Curso, as aulas serão ministradas por professores com ampla experiência de pesquisa no tema abordado. Para a edição XIV serão selecionados até 30 alunos, por meio de uma seleção internacional. Os candidatos deverão estar cursando ou concluído o mestrado e/ou doutorado.
Os participantes receberão o material didático não disponibilizado em nossa página, devendo, em contrapartida, arcar com as despesas relacionadas com as passagens, hospedagens e alimentação.
Disponibilizaremos na home page do Fábrica de Ideias indicações de hotéis, pousadas e restaurantes, que oferecerão desconto para os participantes do curso.
A permanência dos alunos no curso estará condicionada a avaliação que levará em conta freqüência e participação. Será conferido certificado àqueles que apresentarem desempenho satisfatório.

REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO:
Os candidatos deverão ter formação pós-graduada ou equivalente. Uma comissão fará a seleção com base na documentação apresentada e suas decisões serão definitivas.
Os interessados em participar deverão preencher o formulário on line disponível no site http://www.fabricadeideias. ufba.br, no período compreendido entre 01 de março a 20 de abril de 2011. O formulário poderá ser preenchido em português, espanhol ou na versão em inglês.

No preenchimento deste formulário, deve-se prestar atenção para anexar os documentos descritos:
1-Uma carta (no máximo duas laudas) que exponha os motivos do interesse pelo curso e descreva em que medida este contribuirá para a formação do candidato e o desenvolvimento da pesquisa;
 2-Curriculum Vitae resumido (no máximo 5 laudas), no formato Lattes para os brasileiros;
3-Uma síntese do projeto de pesquisa com, no máximo, 5 laudas (espaço simples, fonte Times New Roman 12), incluída a bibliografia utilizada ;
4-Cópia de um artigo, ou um capítulo da dissertação ou da tese de doutorado.
O resultado da seleção será divulgado até 15 de maio de 2011.
CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais

Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho - CEP 40025-010. Salvador - Bahia - Brasil
Tel (0xx71) 3322-6742 / Fax (0xx71) 3322-8070 - E-mail: ceao@ufba.br
- Site: www.ceao.ufba.br

Atelier sub-regional de metodologia de pesquisa em Ciências Sociais em África

A data limite para a submissão de candidaturas foi prolongada : 15 de Maio de 2011
 
CODESRIA
Sessão especial para os Países Africanos Lusófonos, 2011
Pesquisa de terreno e teorias do inquérito qualitativo
Data: 12-15 de Julho, 2011
Local: Universidade de Cabo Verde, Praia, Cabo Verde
Apelo a candidaturas
 
Uma das grandes fraquezas da pesquisa em ciências sociais em e sobre a África resulta da pouca atenção dedicada às questões epistemológicas e metodológicas. Esta fraqueza manifesta-se numa altura em que a complexidade das dinâmicas sociais que configuram a luta pela sobrevivência no continente e o contexto global mais vasto reclamam um maior aperfeiçoamento dos procedimentos e instrumentos de investigação e de análise com vista a uma percepção mais adequada e holística da realidade em rápida mutação. Em vez disso, assiste-se a uma surpreendente negligência ou má aplicação das teorias e métodos numa escala e numa frequência que apelam a uma intervenção enérgica. Esta negligência resultou por um lado numa crescente banalização dos protocolos de pesquisa, reduzindo-os a um “fetiche” de receitas que evocam recomendações superficiais mascaradas de apelos ritualistas ao rigor, mas que não são tomados em consideração nas análises empreendidas. Por outro lado as questões metodológicas têm sido de tal maneira instrumentalizadas que as considerações de ordem ideológica e os resultados pré-determinados se têm sobreposto à ciência. Além disso, é muito comum  encontrar estudos nos quais os procedimentos científicos são simplesmente ignorados, sob pretexto de um imediatismo específico que leva à exclusão das análises sobre as realidades sociais africanas dos grandes debates universais sobre a ciência e sua validade. As ciências sociais correm assim o risco de se transformar, cada vez mais, num conjunto de discursos puramente literários e sem fundamento empírico, ou ainda, em simples narrativas  mascaradas sob a capa de um discurso “sábio”, tão pomposo quanto vazio. Neste contexto, os conhecimentos produzidos perdem todo o alcance heurístico para se transformarem em simples justificações, desejadas ou não, para legitimar uma política económica mais ou menos ajustada. Claro está que não se pode aceitar este estado de coisas, quanto mais não seja porque empobrece a pesquisa que se faz em ciências sociais em África. É chegado o momento de a comunidade de cientistas sociais revisitar e discutir os fundamentos metodológicos do actual conhecimento sobre a África, de forma a pôr termo à impunidade científica que se manifesta dentro e fora de África, e dar um novo impulso às ciências sociais em África através de programas de apoio direccionados para jovens investigadores. Neste quadro, afigura-se vital e urgente discutir os fundamentos metodológicos dos nossos conhecimentos actuais, injectando novas dinâmicas nas ciências sociais em África.
           
A garantia do futuro dos jovens pesquisadores em ciências sociais deve partir de um domínio excelente dos procedimentos de pesquisa e da sua cuidadosa aplicação a situações concretas, tal como exige o seu trabalho no terreno, nos arquivos e na biblioteca. Infelizmente a combinação da crise do sistema de Ensino Superior com o parco exemplo da produção científica de um número crescente de africanistas que caíram na tentação de confundir liberdade com rigor metodológico, significa que os jovens investigadores africanos não estão bem servidos em matéria de capacitação para uma investigação independente. Por outro lado, importa que as acções levadas a cabo pelo CODESRIA tenham um efeito multiplicador no seio da academia africana. Nesta perspectiva, o Secretariado do CODESRIA propõe-se reunir académicos e investigadores africanos em redor de questões de carácter epistemológico e metodológico para colmatar as lacunas existentes na academia africana. O seminário foi pensado como um espaço crítico de partilha de experiências que se baseiam em pré-requisitos epistemológicos e empíricos para um trabalho científico rigoroso. Ele oferecerá não só uma perspectiva sobre o estado das artes, como proporcionará uma ocasião para uma revisão crítica dos procedimentos, instrumentos e teorias contemporâneos de pesquisa vistos numa perspectiva africana. A questão central a ser abordada pelo seminário pode ser resumida da seguinte forma: partindo da evolução das sociedades africanas, como estabelecer uma ligação produtiva entre teoria e investigação empírica, tomando em consideração o estado actual dos conhecimentos e das técnicas disponíveis? Ao responder a esta questão, o seminário privilegiará os métodos e os instrumentos de pesquisa qualitativos partindo da premissa de que a tendência popular de opor o método quantitativo ao qualitativo se deve à falsa assumpção de que o primeiro oferece uma exactidão e uma “rigidez” que o último não consegue atingir. Sem diminuir a importância da pesquisa e dos métodos quantitativos, os participantes serão encorajados a explorar os métodos qualitativos de captar as dinâmicas sociais africanas, que nem sempre encontram expressão total ou parcial em números e por isso são deixados às abordagens rígidas e exclusivamente quantitativas. A oposição entre métodos qualitativos e quantitativos, onde os últimos são sobrevalorizados, parte frequentemente de uma visão científica assente na excessiva ‘fetichização” do número, que por sua vez leva à desqualificação e descrédito das pesquisas baseadas em métodos qualitativos, consideradas inconstantes, em contraposição à “dureza” da soberana quantificação.
 
O recurso cada vez maior ao cruzamento de disciplinas e métodos de pesquisa, não nos permite de forma alguma descurar a necessidade premente de utilizar quer os métodos quantitativos quer os qualitativos. O seminário metodológico a realizar em 2011, será no entanto virado para a análise da validade e condições de implementação da pesquisa empírica realizada em África, com base em métodos qualitativos. Uma tal preocupação, como facilmente se pode compreender, abrange todas as disciplinas de ciências sociais; todas elas são confrontadas com as dificuldades de apreensão da realidade social, assim como estão constantemente a braços com as performances limitadas de algumas das técnicas de recolha e de análise dos dados, consideradas “suspeitas”, porque ditas « qualitativos », devido à falta de rigor científico. A descoberta do sentido da vida social, muitas vezes camuflado, ser-lhe-ia de outro modo, irremediavelmente inacessível. No centro da discussão, devem ser colocados os seguintes eixos:
 
1.         Partindo de um questionamento da distinção estabelecida entre métodos qualitativos e quantitativos, o seminário esforçar-se-á em focalizar os debates num exame crítico a esta clivagem tradicional, colocando o problema da quantificação nas ciências sociais; o modo de tratamento dos dados recolhidos responde ao mesmo tempo aos constrangimentos de terreno e às escolhas paradigmáticas de interpretação dos dados. Um tal questionamento deveria conduzir-nos finalmente a interrogar as formas e as condições de “quantificação” do “qualitativo”. O carácter não métrico e compreensivo da abordagem qualitativa, oposto ao da matemática e a justificação da quantificação, estará definitivamente certificado?
2.         Contra a ilusão do saber imediato, torna-se imperativo colocar claramente os princípios metodológicos da “construção do objecto” como articulação hipotética de uma reconstrução teórica da realidade social. Esta operação crucial impõe que o estatuto de investigador e o papel sistemático das teorias e dos instrumentos de pesquisa sejam submetidos a uma vigilância epistemológica.
3.         O inquérito enquanto procedimento de confrontação no terreno de um corpo de hipóteses pressupõe uma escolha racional dos instrumentos técnicos de colecta de dados, dos « factos ». Mas uma tal selecção nunca é neutra. Os factos são sempre factos. Serão revistos a fim de determinar as modalidades da sua inclusão na pesquisa, os instrumentos habituais de inquérito qualitativo, entrevista, observação, estudo de arquivos, bem como os menos habituais como é o exemplo da fotografia.
 
A edição especial de seminários metodológicos para os países africanos que falam a língua portuguesa é concebida para universitários que ensinam metodologia de pesquisa em universidades, institutos e centros de formação, doutorados com experiencia de investigação, investigadores seniores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. A língua de trabalho a ser utilizada durante o seminário será o Português. A sessão será dirigida por um Director, apoiado por uma equipa de dois a três professores, todos de reconhecida competência no tema do seminário. Os universitários e investigadores seniores que desejarem ser pessoas recurso são convidados a enviar ao CODESRIA um pedido indicando o seu interesse, o seu CV e um resumo das questões que pretendem abordar nas quatro sessões de duas horas cada. O resumo a enviar deverá ser suficientemente detalhado de forma a permitir ao Director do seminário preparar uma compilação de documentos que seja útil às pessoas recurso a aos seminaristas. A equipa pedagógica proporá aos bolseiros uma recolha de textos sobre o tema do seminário. Todos os que desejam participar no seminário devem apresentar uma candidatura que inclua os seguintes elementos:
 
1.         Uma carta de candidatura indicando o tema ou aspecto que pretendem discutir;
2.         Um documento ou projecto de pesquisa (cinco a 10 páginas no máximo). No caso de projecto de pesquisa, este deve apresentar claramente a problemática, a pertinência do terreno, o quadro teórico, e sobretudo os problemas metodológicos e epistemológicos encontrados ou que se possam antecipar;
3.         Um curriculum vitae detalhado e actualizado.
4.         Duas cartas de recomendação:
a) Uma carta do director de tese ou de um outro supervisor mostrando a pertinência do projecto de pesquisa apresentado
b) Uma carta do director do departamento ou de um outro professor sobre os méritos e o potencial académico do candidato.
5.    Uma carta de filiação institucional.
 
A selecção dos dossiers far-se-á em função do carácter inovador da reflexão ou da proposta de pesquisa, do equilíbrio de género e da repartição geográfica. A data limite para a apresentação das candidaturas é 15 de Maio de 2011. Elas devem ser enviadas a:
 
CODESRIA Sub-regional Methodological Workshops
Avenue Cheikh Anta Diop Angle Canal IV,
BP 3304, CP 18524, Dakar, Senegal.
Tel: +221-33 8259822/23—Fax: +221-33 8241289
E-Mail: seminario.metodologico@codesria.sn
Website: http://www.codesria.org

Museu Digital da Memória Afro-brasileira: inauguração da galeria Rio de Janeiro

MUSEU DIGITAL FESTA E TRABALHO DIA 29 SEXTA 15H00

Prezados amigos,

É com grande alegria que anuncio a inauguração da sala Museu Digital da Memória Afro-Brasileira e Africana - Galeria Rio de Janeiro, no dia 29 de abril, sexta-feira, às 15h00. Convido a todos. Após a inauguração, os membros do projeto estão convidados para uma reunião para pensarmos desdobramentos. A apresentação do orçamento será realizada nesta reunião.

O projeto do site está no ar: http://www.museuafrorio.com.br/portal/

Ainda não colocamos os dados das pesquisas já realizadas sobre capoeira, talvez até dia 29 seja possível fazer algo. De qualquer forma, pedimos desde já que todas as observações relativas a esta primeira aparição do site sejam enviadas ao Gabriel e Claudio (cidgabriel@yahoo.com.br, temdesign@gmail.com), que são os responsáveis por esta primeira etapa. Agradecemos a todos pela força até esta etapa, e, principalmente, ao Washington, da equipe de Salvador, que tem sido nosso anjo da guarda. Só os que trabalham na UERJ têm noção das dificuldades para estruturar mais uma proposta. Gostaria também de comemorar a participação que teremos do prof. Marc Piault, como nosso consultor, a partir de agosto.


Myrian Sepulveda dos Santos
Professora Adjunta
Departamento de Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rua São Francisco Xavier 524 sala 9001 bloco A - Maracanã
20550-900 Rio de Janeiro (RJ) - Brasil
tel: 55(21)23340889 ramal 20

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pré Vestibular Gratuito da Oficina de Cidadania - BA

Processo seletivo para a turma de 2011

O PRÉ-VESTIBULAR
O Curso Pré-Vestibular da ONG Oficina de Cidadania seleciona alunos para a turma
anual de 2011. São 150 vagas exclusivas para candidatos que:

Tenha cursado da 5ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio em
Escolas da Rede Pública,

NÃO tenha concluído, esteja cursando ou mesmo matriculado em qualquer curso de
nível superior.
Os aprovados terão direito a cursar o Pré-Vestibular Gratuito sem nenhum custo
de taxa de matricula ou mensalidade.
40 % DA VAGAS SERÃO RESERVADAS PARA PESSOAS COM MAIS DE 35 ANOS.

Local da Inscrições:
Internet: www.consultec.com.br
Periodo de inscrições:15 DE ABRIL A 16 DE MAIO DE 2011.
Taxa de inscrição:37,00 reais.
 

CEAO reabre inscrições para curso de danças africanas - BA

Os interessados poderão fazer uma aula experimental
 
Intitulado de "Rituais Dançantes do Oeste da África”, o curso será ministrado pela professora e coreógrafa Stephanie Bangoura e trará uma abordagem híbrida da cultura musical africana com seus ritmos, cantos e danças. O hibridismo se dá através da junção com elementos de Pilates, Gyrokinesis e Dunham que prepara o corpo de forma efetiva e cuidadosa, ao mesmo tempo cultiva a tradição africana, onde a repetição dos movimentos cíclicos incorpora a vibração dos toques do tambor.
O fluxo entre as linguagens musicais e dançantes leva a um estado de profundo relaxamento e a uma concentração apurada, possibilitando um entendimento energético do conjunto – ritmo, canto e dança – com impacto comunicativo multidimensional do som e da terra a todos os elementos, os ancestrais, com o outro e consigo mesmo. No curso, três arquetípicos são representados pelos seguintes ritmos e danças: Sabar (Senegal), Doundoumba (Guiné) e Yanvalou (Haiti).
Os três rituais dançantes funcionam como liberação, fortalecimento e transformação, fundamentados e elaborados por meio do Body Percussion, pelas imagens interiores  e afirmações poéticas. 
PERFIL – Stephanie Bangoura nasceu na Alemanha e é formada em educação física, rítmica e dança criativa. Há 17 anos estuda e convive com as danças africanas em Dakar (Senegal), Paris (França), Nova York (EUA), Havana (Cuba) e Salvador (Brasil). Atualmente, é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Ela pesquisa a dança afro-contemporânea e desenvolve uma metodologia baseada nas tradições do Oeste da África que se complementa com pedagogia e técnicas pós-modernas.
As aulas terão a participação das percussionistas Gabi Guedes e Jorgelina Oliva.
|Serviço|
Curso de Danças Africanas – "Rituais Dançantes do Oeste da África”
Dia e Horário: Quinta-feira, das 18h30 às 20h30.
Início da aula: 5 de maio de 2011.
Inscrições: CEAO – Pç. Inocêncio Galvão, 42, Dois de Julho.
Mensalidade: R$ 60,00 (sessenta reais)
Mais informações: (71) 3283-5502 / afropilatesalvador@yahoo.com. br/ ceao@ufba.br

Audiência Pública sobre preconceito e discriminação na escola na Câmara - DF

Hora
quarta, 4 de maio · 08:00 - 11:00

Localização
Câmara dos Deputados
Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes
Brasília, Brazil

Criado por

Mais informações
Em parceria com a Comissão de Educação e Cultura, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação fará uma audiência pública para que deputadas e deputados ouçam as preocupações e reivindicações da sociedade civil organizada quanto ao enfrentamento de leis, políticas e práticas discriminatórias na educação. A audiência fará parte da Semana de Ação Mundial (SAM) 2011.

A Semana é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação e acontece desde 2003 em mais de 100 países, para exigir que governos de todo o mundo cumpram os acordos internacionais da área. No Brasil, a Semana é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em parceria com outros movimentos, organizações e redes.

A SAM deste ano tem como tema “Diferenças sim! Desigualdades não! Por uma educação livre de discriminações”. O enfoque será, principalmente, nas questões de gênero, raça e deficiências.

Arquivo Público da Bahia lança catálogo que resgata período colonial baiano

 
Publicação: 20/04/11 | 14H04 - Última Atualização: 20/04/11 | 17H04 Publicação “Manuscritos ‘Avulsos’ da Capitania da Bahia” registra período em que Salvador foi capital do Brasil

Pesquisadores, historiadores, arquivistas e todos interessados na história da Capitania da Bahia do século XVII ao XIX, agora, terão acesso aos registros em versões disponíveis em CD-ROM ou no Arquivo Público da Bahia. Esta coleção, composta por dois volumes, será lançada pela Fundação Pedro Calmon (FPC)/ SecultBA, na próxima quarta-feira (27), às 18h, no Palácio do Rio Branco e tornará pública parte importante da história do Estado. Estará presente ao lançamento a Profa. Dra. Esther Caldas Bertoletti, coordenadora do projeto que resultou nesta publicação.
Titulada de Catálogo de Fontes Manuscritos ‘Avulsos’ da Capitania da Bahia traz o acervo documental que, até então, somente podia ser consultado no Arquivo Histórico Ultramarinho, em Lisboa, Portugal. Os documentos tratam de cerca de 224 anos (1604-1828) do período colonial brasileiro, abordando, inclusive, a importância política administrativa da Bahia, para o desenvolvimento do Brasil e renovando os olhares de pesquisadores sobre a história nacional. Alem disto, os dois volumes contribuem para preservação da memória histórica nacional e na democratização do acesso ao patrimônio documental brasileiro. De acordo com a Professora do Instituto de Ciência da Informação da UFBA e diretora do Arquivo Publica da Bahia, Maria Teresa Matos, os resultados práticos na ampliação do detalhamento das pesquisas são imensuráveis. “O acervo reúne documentos textuais, de tipologias diversas, como abaixo-assinados, alvarás, cartas, decretos, despachos, estatutos, execuções, mapas, ordens régias, pareceres, regimentos, entre outros”, acrescenta Teresa.
A COLEÇÃO – A produção deste material se tornou viável a partir do Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco, coordenado pelo Ministério da Cultura, desde 1998. Este projeto é um a iniciativa Brasil – Portugal e foi conduzida a partir das comemorações de 500 anos do Brasil, envolvendo os dois países na execução e na formação da equipe técnica. Juntamente com a Bahia, outros 17 Estados tiveram cerca de 300 mil documentos identificados e digitalizados, todos referentes ao período colonial.
O acervo microfilmado e digitalizado é constituído de 19610 verbetes e assegura o resgate do patrimônio arquivistico comum Brasil-Portugal, sendo composta por mais 250 rolos de microfilmes. Para pesquisadores da história baiana, este documento tem um papel essencial, pois resgata, em grande parte, a época, na qual, Salvador era capital do país.
A diretora Teresa Matos ainda informa que os benefícios do Projeto Resgate motivaram o Arquivo Público da Bahia a adquirir uma máquina digitalizadora/microfilmadora para dar início à conversão dos documentos originais para o formato digital. “Essa conquista integra o projeto de modernização do acesso e da difusão de acervos do Arquivo Público da Bahia, e visa garantir preservação e a segurança do patrimônio arquivístico da Bahia e do Brasil”, ressalta.

Palestra "A atuação do Ministério Público no combate ao Racismo Institucional" - BA

A Prefeitura Municipal do Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação, em parceria com o Ministério Público, convida para a palestra:

A atuação do Ministério Público no combate ao Racismo Institucional

Palestrante Dr. Cícero Ornelas
Promotor de Justiça
Local: Auditório da Sefaz, 7º Andar
Data: 26 de Abril de 2011
Horário: 9hs

domingo, 24 de abril de 2011

Colóquo "Muticulturalismo e seus impactos para o desenvolvimento das sociedades da África e da Diáspora africana" - BA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB), SALVADOR - BA, 8 A 10 DE NOVEMBRO DE 2011

Muitos dos problemas intratáveis de formação e desenvolvimento nacional na África têm decorrido da incapacidade dos países de conviver com as diferenças primordiais acentuadas pelo tráfico de escravos, colonialismo, neo-colonialismo, a imposição da cultura ocidental, das religiões estrangeiras e a globalização. Sem dúvidas, isso vem dificultando as possibilidades de aproveitar das vantagens da riquíssima herança multicultural do continente.
O multiculturalismo refere-se essencialmente à valorização, aceitação e promoção de diversas
culturas dentro de uma mesma sociedade, embora o debate esteja longe de estar resolvido. É um fato comprovado que o aproveitamento judicioso de diversidade pode agilizar o desenvolvimento e acelerar o crescimento dum país. Contudo, a realidade da África é outra. Apesar do fato que o continente possui a maior concentração de nacionalidades étnicas do mundo (onde alguns dos países têm mais de 300 grupos étnicos), lamentavelmente, a incapacidade de administrar o pluralismo no continente vem sendo um grande fator provocando os maiores problemas de desenvolvimento tais como a miséria, falta de infra-estruturas, mortalidade maternal e infantil, doenças evitáveis, violência comunal, conflitos inter-étnicos e guerras separatistas que continuam a deixar seqüelas graves na vida das populações da África e da Diáspora.
Ademais, Africanos e descendentes de africanos na Diáspora ao longo do tempo são vítimas da discriminação racial, crise identitária e marginalização econômica, social, política e cultural. Foi à luz desses fatos e percebendo a urgência de reverter esse quadro que as Nações Unidas declararam o ano 2011 como O Ano Internacional para as Pessoas de Descendência Africana.
Tendo em vista tudo isso e muito mais, o Centro de Artes e Civilização Negro-Africanas  (CBAAC), Nigéria, em parceria com o Grupo Pan-Africano de Pesquisa e Estratégias Políticas
(PANAFSTRAG), Nigéria em colaboração com a Secretaria da Cultura do Estado da Bahia (SECULT), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Fundação Pedro Calmon, a Secretaria Especial para Políticas de Igualdade Racial, Presidência da República (SEPPIR) e a Fundação Cultural Palmares, organizam a sétima conferência global africana sobre o tema: Multiculturalismo e seus impactos para o Desenvolvimento das Sociedades da África e da Diáspora Africana. 
O Colóquio, a ser realizado na cidade Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Salvador, Bahia, de 8 a 10 de novembro de 2011, reunirá mais uma vez grandes figuras pan-africanistas, historiadores, acadêmicos, ativistas, militantes e pesquisadores negro-africanos vindo dos quatro cantos do mundo.

Objetivos
i. Avaliar até que ponto o multiculturalismo tem promovido ou impedido o desenvolvimento
da África e dos povos de origem africana na Diáspora.
ii. Promover pesquisas e estudos sobre o multiculturalismo na África e na Diaspora.
iii. Promover a compreensão da ligação íntima existindo entre o multiculturalismo e a política
de identidade na África
iv. Melhorar a compreensão da natureza multicultural da África mostrando como o continente
poderia aproveitar sua diversidade e pluralidade no processo do seu desenvolvimento.

Resultados almejados
No fim do colóquio, espera-se que as seguintes metas teriam sido atingidas:
i. Chamar atenção para os aspectos multidimensionais do multiculturalismo na África;
ii. Promover uma plataforma para melhor aproveitamento das vantagens que traz a
diversidade cultural para o desenvolvimento sustentável da África e suas populações;
iii. Aprender das experiências de outros povos que souberam aproveitar a sua pluralidade
étnica para promover a harmonia e evitar conflitos.
iv. Desenvolver estratégias adequadas para proteger e promover as culturas das minorias na
África e na Diáspora

Eixos-temáticos
i. Questões conceptuais, teóricas e metodológicas
ii. Questões históricas e ideológicas
iii. Etnicidade e a política identitária
iv. Religião e espiritualidade
v. A memória africana na Diáspora africana
vi. Cidadania e direitos políticos
vii. Gênero, ação afirmativa, igualdade e direitos humanos
viii. Globalização e a nova ordem mundial
ix. Multiculturalismo, migração e desenvolvimento
x. Multiculturalismo, valores culturais africanos globais e problemas sociais
xi. Multiculturalismo, educação e capital social
xii. Instituições, organizações e movimentos sociais
xiii. Pluralismo lingüístico e cultural, a mídia e a arte na África e na Diáspora
xiv. Nações, nacionalismo e integração na África e na Diáspora
xv. Governo, políticas e a gestão da diversidade.

Os resumos de trabalhos a serem propostas devem conter o título, nome(s) do(s) autor(es), vínculo institucional, endereço, telefone e e-mail. O resumo não deve ultrapassar 300 palavras. 

Os resumos devem ser enviados a todos os e-mails abaixo até a data limite de 15 de junho de 2011:

1. tunde_babawale@yahoo.com
2. akinalao@rocketmail.com
3. isholawilliams@yahoo.com
4. ibraheem_muheeb@yahoo.com
 
Autores cujos resumos forem aceite serão notificados até 15 de julho de 2011 e devem mandar a versão completa do trabalho até 15 de agosto de 2011.

APOIO FINANCEIRO
Qualquer apoio financeiro para participantes (se houver) será comunicado futuramente. Pede-se, porém, que cada participante procure as possibilidades de apoio disponíveis no seu país e/ou instituições de origem.
Os idiomas oficiais do colóquio serão: inglês, francês, espanhol e português.

quinta-feira, 21 de abril de 2011