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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quinta-feira, 26 de maio de 2011

XIX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba em São Paulo - SP

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Programação

 

21 e 22/06 – terça-feira e quarta-feira

Sala de projeção no Memorial da América Latina
19h - exibição de filmes cubanos

22/06 – quarta-feira

Barra Funda - Atividade de rua: Medicina e revolução PELA VIDA!
Barraca de campanha com atendimento à população e palestras

23/06 – quinta-feira (feriado)

Biblioteca Latino-Americana Victor Civita no Memorial da América Latina

19h - Exibição de documentário do Carlos Pronzato sobre Carlos Calica Ferrer

19h30 - Lançamentos e relançamentos de livros sobre Cuba

20h30 - Autógrafos e Apresentação do grupo musical da AMA ABC e do Canto Libre
Presença de Calica Ferrer, José Mao JR., Mário Augusto Jakobskind e Carlos Pronzato

 

24/06 – sexta-feira

Auditório Simón Bolívar - Memorial da América Latina

9h - Palestra: A importância da Revolução Cubana no marco dos 50 anos da vitória em Playa Girón e a solidariedade internacional
Com a presença de um herói da batalha de Girón e Kenia Serrano Puig, presidenta do Instituto Cubano de Amizade aos Povos.

13h - Oficinas e mini-cursos
Universidade Nove de Julho
História da Revolução Cubana, Sistema educacional em Cuba, Sistema da Saúde em Cuba, Poder Popular e Democracia em Cuba, Lutas antisistêmica na América Latina e a ALBA, Direito Internacional com base no caso dos 5 heróis, Oficina sobre cinema feito nas margens, Oficina de música cubana, A econo-mia cubana, Política Externa de Cuba, Gênero e Sexualidade em Cuba e A identidade da cultura Cubana

 

 

24/06 – sexta-feira - ABERTURA OFICIAL

Auditório Simón Bolívar - Memorial da América Latina

19h - Conferência de Abertura
Conferência com Ricardo Alarcón, Presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular de Cuba

Show de Carlinhos Antunes e Orquestra Mundana e Raíces de América
  

25/06 – sábado

Auditório Simón Bolívar - Memorial da América Latina

9h - Palestra: Bloqueio econômico e midiático
Com a presença de Oswaldo Martinéz, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Parlamento cubano, José Manzaneda, coordenador do site Cubainformación, e um familiar dos 5 patriotas.

13h - Grupos de trabalho
Universidade Nove de Julho
Bloqueio econômico, Bloqueio Midiático, Solidariedade a Cuba, Frentes Parlamentares, Libertação dos 5 patriotas

19h - Encerramento
Universidade Nove de Julho
Ato político de encerramento: mesa composta por representantes organizações nacionais solidárias a Cuba
Festa de confraternização com a bateria das escolas de samba Ilha da Magia, vencedora do carnaval de 2011 em Florianópolis com o tema “Cuba sim, em nome da verdade” e da Unidos da Lona Preta

 

26/06 – domingo

Memorial da Resistência, antigo prédio do DOPS - próx. estação Luz

9h - Visita monitorada ao Memorial da Resistência

Palestrantes e grupos musicais a confirmar


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Velório de Abdias Nascimento - RJ

O velório de Abdias Nascimento será nesta quinta-feira (26/05), a partir das 18h na Câmara Municipal de Vereadores do Rio de Janeiro. O corpo sairá de lá na sexta (27/05), 11h da manhã, p/ o Crematório da Santa Casa da Misericórdia no Caju.

Era o desejo de Abdias ser cremado e que as cinzas sejam levadas para a Serra da Barriga, em Alagoas, local do maior centro da resistência negra no Brasil, o Quilombo dos Palmares.

Para aqueles/as que desejam fazer sua última homenagem ao ex-senador, atenção abaixo:

Horários para o velório:
quinta, 26/05: das 18h até às 23h
sexta, 27/05: das 6h da manhã até às 11h

Horário para a cremação:
sexta, 27/05: 13h30 no Crematório da Santa Casa da Misericórdia no Cemitério do Caju

IGH sedia curso sobre História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras - BA

O Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros em Línguas e Culturas (Ngealc), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, inicia na próxima quinta-feira (19) o curso de interação dos saberes sobre história e culturas africanas e afro-brasileira.
A aula inaugural vai acontecer das 14h às 18h, na sede do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia (IGHB), na Praça da Piedade, centro antigo de Salvador. Os interessados em participar do curso devem apresentar ficha de inscrição e efetuar o pagamento da taxa de R$ 20 no local.
“Esse curso foi solicitado por comunidades de terreiros de candomblé de Salvador, que mostraram interesse em ampliar o conhecimento sobre o continente africano, suas culturas e línguas. Outros temas também serão explorados por especialistas, como os direitos e deveres dessas comunidades e as implicações da intolerância religiosa na Bahia”, explica a professora Hildete Costa, coordenadora do curso.
Estão sendo ofertadas 80 vagas prioritariamente para participantes de comunidades de terreiros. Pesquisadores, estudantes e interessados pelo tema também podem solicitar inscrição.
O curso, que será realizado entre os meses de maio e outubro deste ano, prevê encontros mensais, sempre às quintas-feiras, no IGHB. Literatura africana, arte e tradições afro-brasileiras são assuntos que também serão abordados durante as atividades.
As aulas serão ministradas por professores da UNEB e convidados, a exemplo da coordenadora do Ngealc, Yeda Pessoa de Castro, e da professora aposentada da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Marli Geralda Texeira, primeira docente a lecionar a história da África no estado.
“Vamos transmitir conhecimentos atualizados sobre a África, continente multicultural e multiétnico, que possui 53 países e mais de duas mil línguas. Mostraremos também como os povos africanos escravizados no Brasil se constituíram e como deixaram suas matrizes religiosas em nosso país”, ressalta Yeda.
O curso de interação dos saberes sobre história e culturas africanas e afro-brasileira tem apoio do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e da Associação Beneficente Axé Abassá de Ogum.
Informações: Ngealc/Campus I – tel. (71) 3117-2448.

I Semana Acadêmica Africana - PE


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terça-feira, 24 de maio de 2011

Palestra "Língua portuguesa, poder e diversidade cultural", por José Eduardo Agualusa - BA



 Conversas Plugadas - especial
José Eduardo Agualusa
Língua portuguesa, poder e diversidade cultural

Teatro Castro Alves | 07 de junho | 19h30
Pela primeira vez, um dos mais importantes autores de língua portuguesa da contemporaneidade, o escritor angolano José Eduardo Agualusa, estará em Salvador discutindo sua obra em evento aberto ao público. Ele é o convidado do projeto CONVERSAS PLUGADAS ESPECIAL, que acontece no dia 07 de junho, a partir das 19h30, na sala principal do Teatro Castro Alves, com o tema Língua portuguesa, poder e diversidade cultural.

A intenção do evento é possibilitar o entendimento e a discussão das noções de língua e literatura que gravitam em torno da obra de José Eduardo Agualusa, em especial em trabalhos como Nação Crioula, romance indicado para integrar o vestibular 2012 da UFBA, e Milagrário Pessoal, seu livro mais recente, em que a língua portuguesa no trânsito entre Angola, Portugal e Brasil é a grande personagem. Além destes dois títulos, Agualusa tornou-se conhecido no Brasil pelo livro O Ano em que Zumbi Tomou o Rio, romance cujo espaço narrativo diaspórico articula-se entre Luanda e o Rio de Janeiro em um produtivo exercício de discussão das questões etnicorraciais, e O Vendedor de Passados, no qual o narrador discute o processo de invenção das tradições individuais e coletivas que constituem subjetividades estratégicas no espaço nacional angolano. Além do evento no TCA, o escritor também participa do lançamento de Milagrário Pessoal, no dia 09 de junho, na Livraria Cultura, com uma mesa redonda com professores da Universidade Federal da Bahia e Unijorge.

O CONVERSAS PLUGADAS ESPECIAL com José Eduardo Agualusa é uma realização da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) - através do Instituto de Letras (ILUFBA) e do PPGLitCult -, e da UNIJORGE, com apoio da Rede Bahia.
A entrada é gratuita, mas é preciso retirar pré-convites no SAC do Shopping Barra ou na bilheteria do TCA até às 19:00 do dia do evento. Entrada sujeita a lotação do Teatro.

SERVIÇO
O que: Conversas Plugadas Especial - José Eduardo Agualusa
Onde: Sala Principal do TCA
Quando: 07 de junho, 19h30
Quanto: Gratuito (retirar pré-convites na bilheteria do TCA ou SAC)
Realização: SECULT/UFBA/Unijorge – Apoio Rede Bahia

Morre Abdias do Nascimento, grande lutador da causa negra

Faleceu nesta manhã de terça, 24, no Rio de Janeiro, o escritor Abdias do Nascimento. Poeta, político, artista plástico, jornalista, ator e diretor teatral, Abdias foi um corajoso ativista na denúncia do racismo e na defesa da cidadania dos descendentes da África espalhados pelo mundo. O Brasil e a Diáspora perdem hoje um dos seus maiores líderes.


A família ainda não sabe informar quando será o enterro. Aos 97 anos, o paulista de Franca passava por complicações que o levaram à internação no último mês. Deixa a esposa Elisa Larkin, o filho e uma legião de seguidores, inspirados na sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos.

Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914) é ex-político e ativista social brasileiro.
É um dos maiores defensores da defesa da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, intelectual de grande importância para a reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Teve uma trajetória longa e produtiva, indo desde o movimento integralista, passando por atividade de poeta (com a Hermandad, grupo com o qual viajou de forma boêmia pela América do Sul), até ativista do Movimento Negro, ator (criou em 1944 o Teatro Experimental do Negro) e escultor.
Após a volta do exílio (1968-1978), insere-se na vida política (foi deputado federal de 1983 a 1987, e senador da República de 1997 a 1999), além de colaborar fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado (1978). Em 2006, em São Paulo, criou o dia 20 de Novembro como o dia oficial da consciência negra. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília. É autor de vários livros: "Sortilégio", "Dramas Para Negros e Prólogo Para Brancos", "O Negro Revoltado", e outros.
Foi Professor Benemérito da Universidade do Estado de Nova York e doutor "Honoris Causa" pelo Estado do Rio de Janeiro, grande militante no combate à discriminação racial no Brasil.
Foi casado com Maria de Lurdes Vale Nascimento. Mais tarde casou-se com Genilda Cordeiro. Depois com a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e pela pela quarta vez com a norte-americana Elizabeth Larkin Nascimento, com quem teve um filho.

Biografia de Lima Barreto tem lançamento em Salvador - BA

O escritor paulista Cuti autografa o trabalho e conversa com o público quarta (25/05) no Sarau Bem Black

O escritor paulista Cuti, um dos mais importantes autores e estudiosos da literatura negra brasileira, vem a Salvador lançar seu mais recente trabalho: a biografia Lima Barreto, estudo sobre a vida e obra do escritor carioca. Convidado do coletivo Blackitude, Cuti participa da edição do dia 25/06 (quarta-feira) do Sarau Bem Black no Sankofa African Bar (Pelourinho), quando autografa o trabalho e bate-papo com o público. A programação, gratuita, começa a partir das 19h.


A biografia é o sétimo volume da Coleção Retratos do Brasil Negro, da editora Selo Negro, que destaca nomes significativos da cultura e da militância negra do país. Mestre e doutor em literatura, Cuti analisa a produção de Lima Barreto (1881-1922) e mostra a atualidade dos problemas que ele apontou no início do século XX em contos, crônicas e romances. “Ainda hoje, seus livros travam uma luta contra as forças de exclusão social, muito poderosas no Brasil. Elas interferem na cultura, em especial nas artes, que têm o poder de alimentar nosso imaginário”, afirma Cuti.

Além de falar sobre sua pesquisa, Cuti é o convidado especial do Sarau Bem Black, que acontece todas as quartas no Sankofa African Bar. Na segunda parte do evento, ele sobe ao palco para mostrar alguns de seus poemas, publicados em livros como Poemas de Carapinha (1978), Negroesia (2007) e Poemaryprosa (2009). Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, tem 59 anos, foi um dos fundadores da organização literária Quilombhoje e um dos criadores e mantenedores da série Cadernos Negros, que publica poemas de autores negros de todo o país desde os anos 80.

O Sarau Bem Black é coordenado pelo poeta e professor Nelson Maca. Além dos poetas residentes, o microfone é aberto à plateia, para que possa exercitar sua poesia em público. Desde sua inauguração, em setembro de 2009, o sarau conta com a presença constante do Dj Joe, que homenageia, semanalmente, um artista ou conjunto da música negra mundial. Para a edição que recebe Cuti, haverá uma seleção de samba rock, ambientando e dialogando com os poemas declamados.

A agenda de Cuti em Salvador inclui participação na Semana de Letras da UCSal. Ele ministrará o minicurso Literatura Negro-Brasileira, dias 26 e 27, das 8h às 12h, no Campus da Lapa, com inscrições a R$ 10,00. As inscrições já estão abertas no Centro Acadêmico de Letras no Campus da Lapa. Também no dia 27, o escritor segue para o Instituto de Letras da UFBA, onde fecha sua agenda oficial na Bahia num bate papo com alunos cotistas e bolsistas dos projetos Rasuras, PET - Comunidades Populares, e Conexões de Saberes, a partir das 15h.

SERVIÇO
Evento I: Sarau Bem Black – Recital Poético
e lançamento do livro Lima Barreto de Cuti
Quando: 25/05 (quarta-feira), às 19h
Onde: Sankofa African Bar (Pelourinho)
Realização: Blackitude: Vozes Negras da Bahia
Entrada Franca

Evento II: Minicurso “Literatura Negro-Brasileira”
e lançamento do livro Lima Barreto de Cuti
Quando: 26 e 27/05 (quinta e sexta-feira), das 8h às 12h
Onde: Campus Lapa – Auditório / Rua Joana Angélica
Realização: Semana de Letras da UCSal (8119-4890 / 9182-2226)
Inscrição: Centro Acadêmico de Letras / R$ 10,00

Evento III: Bate-papo com alunos cotistas e bolsistas
e lançamento do livro Lima Barreto de Cuti
Quando: 27/06 (sexta-feira), às 15h
Onde: Instituto de Letras da UFBA / Campus de Ondina
Realização: Projetos Rasuras, PET- Comunidades Populares e
Conexões de Saberes (9917.1390)

FICHA
Livro: Lima Barreto – Coleção Retratos do Brasil Negro
Autor: Cuti
Editora: Selo Negro Edições
Preço: R$ 22,00 (128 páginas)

Palestra e lançamento de cartilha sobre Zumbi dos Palmares - BA

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Argélia – 50 anos da morte de Fanon e 45 d’A Batalha de Argel - RJ

O Laboratório de Pensamento Social do CPDOC/FGV (LAPES), convida para a palestra de Arthur Poerner (1939). Poerner é escritor e jornalista carioca, ex-presidente da Fundação MIS/RJ e do Sindicato dos Escritores do Estado. Ex-prof. de Jornalismo da UERJ, trabalhou no Jornal do Commercio, Correio da Manhã, Voz da Alemanha, Pasquim, Istoé, Jornal do Brasil, TV-Globo, membro da ABI e tantos outros. Autor de vários livros, entre eles: O poder jovem: história da participação política dos estudantes brasileiros, na 5ª edição, e o romance Nas profundas do inferno, lançado na Espanha, premiado na Itália.


Data: 27 de maio de 2011, sexta-feira, às 15h
Local: Fundação Getulio Vargas, sala 306, 3º andar
Praia de Botafogo, 190.

Terreiros devem ser tombados ou registrados?

Evento do IPAC com entrada franca no Conselho de Cultura da Bahia acontece no Dia Mundial da África (25.05) instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1972

Os terreiros de candomblé na Bahia são patrimônios materiais ou imateriais? Eles devem ser tombados – salvaguarda para bens tangíveis – ou registrados – para bens intangíveis? A importância deles está nas suas edificações ou nos símbolos e signos culturais desses espaços sagrados de matriz africana? Essas e outras perguntas servirão de base para o próximo encontro do “Conversando sobre Patrimônio”, projeto do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), que convida especialistas para discutir importantes temas sobre bens culturais baianos.

Com a temática da "Salvaguarda do Patrimônio Cultural Afro-brasileiro", o encontro acontece nesta quarta-feira, 25 de maio (2011), às 14h no Conselho Estadual de Cultura (Palácio da Aclamação, Av. 7 de Setembro, 1330, Campo Grande/Forte de São Pedro). A entrada é franca e a reunião ocorre para marcar o “Dia Mundial da África” instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1972

“O reconhecimento oficial da importância da tradição afro-brasileira pelos poderes públicos constituídos é muito recente, já que somente em 1984 o governo federal tombou pela primeira vez na história do Brasil um espaço sagrado de matriz africana”, ressalta o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça.

Um dos maiores expoentes da antropologia brasileira, o professor doutor do Museu Nacional (UFRJ), Gilberto Velho, foi relator do tombamento pelo Iphan/MinC do terreiro de candomblé Casa Branca, em Salvador. Há mais de vinte anos atrás a decisão já foi muito polêmica. “O Iphan geralmente tomba apenas terreiros considerados matrizes, como a Casa Branca, o Bate Folha, o Alaketu, entre outros, e precisamos estudar mais profundamente essas proteções do poder público”, diz Mendonça.

A salvaguarda oficial permite prioridade, do bem tombado ou registrado, nas linhas de apoio financeiro municipais, estaduais, federais ou até internacionais. A dúvida é que existem ou podem ser criados, via decretos estaduais, outras propostas de proteção. No IPAC já existem o tombamento, o registro para manifestações culturais tradicionais, como algumas festas populares, e o registro de lugar, que não tomba o espaço, mas o considera relevante oficialmente. Já em outros estados existem as Áreas de Proteção do Ambiente Cultural (Apacs), como no Rio de Janeiro, utilizadas pela prefeitura para proteger certos bairros ou regiões "descaracterizadas".

Os palestrantes serão os professores doutores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Fábio Velame e Márcia Santa'anna. Fábio é doutor em Conservação e Restauro, com ênfase em patrimônios imateriais, manifestações culturais e suas relações com arquitetura e cidade, atuando principalmente nos territórios tradicionais e arquitetura étnico-africana e afro-brasileiras, habitação escrava, quilombos, terreiros de candomblé e afoxés, entre outros. Já Márcia é mestre em Conservação e Restauro, doutora em Urbanismo e ex-diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O IPAC é responsável pela política pública de preservação e difusão dos bens culturais baianos. As palestras são abertas ao público. Mais informações via telefones 3117-6491 e 3117-6492, ou endereço eletrônico astec.ipac@gmail.com.

Assessoria de Comunicação IPAC – em 22.05.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (drt-ba 1498) – (71) 8731-2641. Contatos: (71) 3117-6490, ascom.ipac@ipac.ba.gov.br - www.ipac.ba.gov.br - Facebook: Ipacba Patrimônio - Twitter: @ipac_ba

Lançamento do grupo de pesquisa Griot:: Culturas Populares, Diáspora Africana e Educação na UFBA - BA

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Jovens, negros e mulheres serão os próximos a conhecer o Plano Brasil sem Miséria

23 de Maio de 2011

Previsto para ser lançado em junho, o Plano Brasil sem Miséria está sendo apresentado pelo governo a integrantes de movimentos sociais. Ao longo da última semana, os representantes de trabalhadores rurais e de movimentos sociais urbanos foram os primeiros a conhecer as diretrizes da política que tem a meta de retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014.

Nesta segunda-feira (23) as diretrizes da nova política do governo serão apresentadas a representantes de organizações não governamentais e de movimentos de jovens, negros e mulheres.

Até o final do mês, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, se reunirão ainda com representantes de sindicatos, do setor industrial, agronegócio e de igrejas.

Nesses encontros, as demandas e sugestões de cada área são ouvidas e poderão ser incluídas no plano. Os representantes de movimentos sociais urbanos, como os de moradia popular, recebidos na última quinta-feira (19), enfatizaram a necessidade de que a construção de casas para famílias pobres ocorra de forma coordenada com a implementação de políticas sociais para atender essas famílias.

“É importante atrelar o combate à pobreza à urbanização das favelas, à construção de moradias, mas não adianta construir casa e não ter ações de combate à miséria junto com a capacitação profissional e ações nas áreas de saúde e educação”, disse a coordenadora da União Nacional por Moradia Popular, Ivaniza Rodrigues, que participou do encontro.

Para Ivaniza, ouvir os movimentos sociais é fundamental para que as medidas sejam bem direcionadas, já que cada segmento tem características específicas. “É importante conversar com os diversos setores. Combater a pobreza não é uma ação isolada do governo. Precisa de participação dos movimentos sociais”, afirmou.

Primeiros a discutir com o governo as linhas gerais do Plano de Erradicação da Miséria, os trabalhadores rurais pediram que o tema do acesso à terra seja central para o combate à pobreza no campo e querem que o texto contemple a necessidade de acelerar o processo de reforma agrária.

Após as reuniões, a ministra Tereza Campello disse que não será difícil acolher as reivindicações recebidas por que a maior parte delas já está contemplada no plano. “A maior parte das questões colocadas têm uma grande aderência com o que nós já estamos propondo”.

O Plano Brasil sem Miséria tem entre as principais metas elevar a renda familiar per capita das famílias que vivem com renda mensal de R$ 70, ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.

Fonte:
Portal Brasil
Agência Brasil 

domingo, 22 de maio de 2011

NEPAA inscreve para curso de Cinema Internacional da Afrodiáspora - RJ

O Núcleo de Estudos das Performances Afro-Ameríndias (NEPAA/UNIRIO) promove o curso “Cinema Internacional da Afrodiáspora” entre os dias 24 de maio e 5 de julho, com a Profa. Dra. Irline François, do Goucher College, em Maryland (EUA). As aulas ocorrem todas as terças-feiras das 18h às 21h, na Sala de Audiovisual da Escola de Teatro da UNIRIO (Av. Pasteur, 456, 4º andar, Urca).

O curso traz uma seleção de filmes da afrodiáspora mundial contemporânea produzidos, dirigidos e escritos por homens e mulheres dos Estados Unidos, Caribe e de países da América Latina, Europa e África, nas últimas três décadas. Através da exibição dessas obras e de debates, o curso pretende tratar dos estereótipos que permearam o cinema negro, as políticas antirracismo, as obras de artes diaspóricas, as comunidades imaginadas e as redes transculturais. Também serão abordados temas ligados a comportamento não verbal, iluminação, câmera e técnicas de representação. São oferecidas 60 vagas, e os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente pelo e-mail hectorgomes8484@yahoo.com.br até o dia 24 de maio.

Sobre Irline François:

Professora de Gênero, Filme e Literatura Comparada da Goucher College (EUA), Irline François foi premiada pelo Programa Fullbright (Programa de Intercâmbio Educacional e Cultural do Governo dos Estados Unidos da América) para trabalhar como professora visitante do NEPAA. Irline ministra cursos sobre filmes afrodiaspóricos, Movimentos Sociais Latino-Americanos, Literatura Comparada e Literatura e Teoria de Filmes Feministas Transnacionais.

PROGRAMAÇÃO DE FILMES E DEBATES:

Dia 24 de maio: Introdução
Filme: “The Agronomist”
Diretor: Jonathan Demme
Documentário, Cor, 90 minutos, 2005

Dia 31 de maio: “Comunidades francesas transculturais”
Filme: “35 Rums”
Diretor: Claire Denis
Narrativo, Cor, 100 minutos, 2010

Dia 7 de junho: “Renovação do Espírito”
Filme: “Sankofa”
Diretor: HaileGerima
Narrativo, Cor 125 minutos, 1993

Dia 14 de junho: “1935: Sementes do Movimento dos Direitos Civis dos EUA”
Filme: “The Great Debaters”
Diretor: Denzel Washington
Narrativo, Cor 124 minutos, 2008

Dia 21 de junho: “Triangulações de Paternidade, Classe, Raça e Sexualidade”
Filme: “Eve’sBayou”
Diretor: KasiLemmons
Narrativo, Cor, 109 minutos, 2003

Dia 28 de junho: “Fragmentos de uma Vida, História, Política Sexual Negra, Correntes Transculturais”
- Filme: “Looking for Langston”
Diretor: Isaac Julien
Documentário, Preto e Branco, 88 minutos, 2007
- FilmeAlternativo: “Jean-Michel Basquiat: RadiantChild”
Diretor: TamraDavis
Documentário, Cor, 88 minutos, 2010

Dia 5 de julho: Emigrantes duplamente desterrados
Filme: “Mississippi Marsala”
Diretor: Mira Nair
Narrativo, Cor, 118 minutos, 2003

sábado, 21 de maio de 2011

5ª Semana da África - BA


V SEMANA DA ÁFRICA DE 23 A 25 DE MAIO DE 2011
Tema: Bahia: a revisitação das matrizes civilizatórias africanas na diáspora
www.vsemanadaafrica.com.br
PROGRAMAÇÃO

ABERTURA:
Local: Auditória da Reitoria da UFBA – Canela
DIA: 23 de Maio (segunda–feira)
            
17h20–Recepção

18h00– Sessão solene de abertura da Semana da África                
Msc. Augusto Cardoso - Comissão Organizadora
Drª. Reitora  Dora Leal Rosa
             Dr. Fernando Schmidt
Dr. Almiro Sena
Dr. Reitor  Lourisvaldo Valentim
Dr. Marcio Meireles
Dr. Jaime Sodré
Dr. Mamadu Lamarana  

Saudação musical:
Kainã e Luisinho do Jeje 
Srª. Wil Carvalho e Dão – Hino Nacional Brasileiro
Coral do Colégio Estadual Renan Baleeiro
Dudu Rose – Senegal

Palestrante:
            Prof. Dr. Jaime Sodré

DIA 24 DE MAIO (TERÇA–FEIRA)

SESSÕES TEMÁTICAS            
Local: Faculdade de Economia Auditório UFBA – (Praça da Piedade)

MESA – 01
9h00 – 10h30  
Prof. Dr. Ubiratan Castro – Semelhanças Civilizatórias Bahia África 
Prof. Jorge Portugal – A civilização Africana e a Diáspora na Educação 
Profa. Myriam Fraga – A África em Jorge Amado
Prof. Dr. Lívio Sansone – UFBA e Estudantes Africanos
Prof. Dr. Mamadu Lamarana Bari– A experiência Africana na Bahia
Moderadora: Milene de Macedo Sena - Especialista - educação–UFBA
Intervalo: 10h30 11h00

Mesa - 02
11h00 – 12h30 
Profª. Drª. Maria Célia – Museu e a memória civilizatória africana
Dr. Rogério Andrade Barbosa contos tradicionais afro-brasileiros e a Educação
Sra. Cleidiana Ramos – A cobertura jornalística africana na Bahia e no Brasil
Dr. Elias Sampaio – Redes sociais e a civilização Afro-baiana
Dr. Eraldo Moura Costa – A cooperação baiana no campo da saúde para África
Dirceu Martins – Política de ação afirmativa e os estudantes africanos
Prof. Nelson Maca – Hip Hop e Rap numa poética africana
Moderadora: Ardjana F. Rubaldo (Mestranda - Estudo Feminista-UFBA)
        
12h30 – 14h00 – Almoço
Mesa – 03
14h00 – 15h00
Profª. Msc. Vilma Reis – Papel civilizatório das mulheres: África e Bahia
             Dr. Hippolyte Brice Sogbossi - Etnicidade e culturas na África e sua importância na Diáspora.
Drª. Alzira Sousa -
Dr. Ailton Ferreira – SEMUR- Salvador e a ação civilizatória africana
Msc. Victor Insali – África e Direitos humanos 
Moderadora: Cremilde Alves - Mestranda Sociologia
15h0015h30 - Intervalo

SESSÃO DE COMUNICAÇÃO
15h3018h00
            Apresentação de trabalhos pelos estudantes
Moderadora: Lidiane Duarte Varela (Graduanda Odontologia - UFBA)    

DIA 25 DE MAIO
9h00 – 11h30  
            Dr. Rogério Andrade Barbosa – A literatura e contos tradicionais afro-brasileiros e africanos.
            Dr. Juscelino De-gaulle Cunha Pereira – Guiné-Bissau
            Dr. Nirlene Nepomuceno - Universo da diáspora afro-latino-caribenha
            Prof. Msc. Camilo Afonso - Cooperação África e Bahia
            Prof. Dr. Claudio Furtado – Pensamento Africano
            Profª. Drª. Maria de Lurdes Siqueira – Ação civilizatória das mulheres          africanas na Diáspora   

ENCERRAMENTO

15h00
         Apresentação Cultural Africana 
         Dr. Albino Rubin – Intercâmbios Culturais e real cooperação  África Brasil

DIA 28 DE MAIO (sábado)- VILA VELHA - CRIAÇAS
SEMENTE DO FUTURO - GRIOT / GRIÔS
9h00 12h00
       Teatro Monteiro Lobato
       Elias – Mamulengos
       Africanos e Jorge

Desafíos de la Cuarta Conferencia Mundial contra el Racismo, la Discriminación Racial, la Xenofobia y las Formas Conexas de Intolerancia

Entre los días 17 y 22 del próximo mes de septiembre se celebrará en Nueva York la «Cuarta Conferencia Mundial contra el Racismo, la Discriminación Racial, la Xenofobia y las Formas Conexas de Intolerancia».

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Desafíos de esta Cuarta Conferencia

Diez años después de Dur ban 2001, aunque la Declaración y el Programa de acción de la Conferencia los comprometían fuertemente, los Estados prácticamente no han actuado con respecto a dicha Declaración: muchas personas siguen siendo víctimas de racismo, de graves discriminaciones: emigrantes; gitanos a quienes se aplican políticas denunciadas por el Tribunal Europeo de los Derechos Humanos; países que votan leyes xenófobas violando la Declaración Universal de los Derechos Humanos y las normas imperativas de la ONU; construcción de muros de protección y la organización de las poblaciones asignándolas a comunidad o residencia o expulsándolas en violación de las normas del derecho internacional; instauración de un apartheid de Estado en Israel con respecto a los palestinos de los territorios ilegalmente ocupados, imposición de un bloqueo a la población de la Franja de Gaza con el pretexto de que es una «entidad hostil», mientras el conjunto de esas poblaciones son víctimas de discriminación social, política y jurídica; además se enfrentan a nuevas formas de racismo inducidas por los discursos abiertamente racistas de dirigentes políticos, con la instrumentalización de ciertas poblaciones señaladas como responsables de disfunciones mientras que son las políticas de los Estados y el sistema financiero, con su violencia estructural, las que hay que cuestionar. El desafío es enorme y la tarea sobrehumana.
Un eslabón débil, el Consejo de los Derechos Humanos
Esta conferencia, como las precedentes, depende del Consejo de los Derechos Humanos, el cual tiene como objetivo la universalidad de los derechos humanos para todas las personas del mundo cualesquiera que sean el régimen político y la religión. Sin embargo el Consejo sufre ataques directos de los Estados occidentales que quieren fortalecer su posición unilateral de hegemonía en nombre de la teoría del «choque de civilizaciones» y excluir a todos los Estados que no responden a sus exigencias o que pretenden que se escuchen todas las voces de las víctimas, incluida la del pueblo palestino, sin olvidar aquéllas de las que ya no se habla, como el pueblo checheno, o las que se rechaza oír como las de los pueblos autóctonos y las de los «dalits», así como las de las innumerables víctimas del racismo y la xenofobia por razones económicas y/o climáticas.
Los Estados poderosos quieren imponer al conjunto del mundo sus concepciones de la lucha contra el racismo, las discriminaciones y la xenofobia –igual que las de la democracia- en un terreno cuyos límites no incluyen ninguna crítica a Israel –libre para consolidar la impunidad de la que se benefician los responsables de crímenes de guerra- y donde se ha descartado la cuestión de la ofensa religiosa en beneficio de una relación de fuerza pensada a favor de Occidente.
Hay que señalar que en realidad los derechos humanos, así como el conjunto de las normas imperativas del derecho internacional, se cuestionan duramente, y más generalmente también se cuestionan los órganos de la ONU creados para conseguir que los citados derechos se respeten y se hagan efectivos. Así se plantea a la «sociedad civil» y a la «comunidad internacional» la cuestión de la sostenibilidad de esos órganos y el papel que les obliga a desempeñar una gran parte de la comunidad internacional. El primero que sufre los ataques frontales de los que quieren un mundo organizado a su conveniencia es el Consejo de los Derechos Humanos, que según algunos países «no sirve para nada».
A partir de ahí, uno de los principales desafíos de esta Conferencia consiste en la necesidad absoluta de democratizar las relaciones internacionales para que éstas dejen de ser prescritas por los países más poderosos que se encuentran en el G8 o, por mostrar una voluntad de apertura, en el G20, abierto a los países pertenecientes al BRIC.
Esa democratización no se podrá obtener sin una reforma radical de las organizaciones internacionales, en particular la de la ONU, el FMI, el Banco Mundial y la OMC. De hecho, para evitar el desarrollo del racismo, la discriminación, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia, hay que conseguir que las instituciones financieras y comerciales internacionales se sometan al derecho internacional general, a la Carta de las Naciones Unidas y a las obligaciones relativas a la protección internacional de los derechos humanos, ésta última con los mecanismos de control, seguimiento, vigilancia, evaluación y sanciones adecuadas.
Eso implica la existencia de una sociedad internacional con un sistema de pluralismo jurídico-político que pase por el reconocimiento de la existencia de modelos sociales diferentes, de modelos democráticos pluralistas y de medios diversificados en la búsqueda del desarrollo local, regional e internacional. Un orden internacional alternativo en el que no existan formas de racismo, discriminación y xenofobia, conllevará la democratización de las relaciones internacionales: económicas, financieras, políticas etc., con una base común.
    - La reafirmación de las reglas que prohíben la amenaza y la utilización de la fuerza armada en relación con la obligación internacional de arreglar las diferencias por medios pacíficos –y no como vemos ahora a Francia haciendo la guerra en Afganistán, Costa de Marfil, Libia…
    - El fortalecimiento del sistema multilateral de cooperación internacional, de la paz y de la seguridad.
    - La reforma en profundidad de la ONU para garantizar un marco normativo que consagre la primacía del interés general sobre el interés privado.
Estamos lejos. Durante esta próxima Conferencia se corre el riesgo, otra vez, de jugar a la división del mundo sobre la base de principios muy diferentes en cuanto al orden mundial y a las relaciones de fuerza, sin olvidar que en la actualidad Occidente se enfrenta a las revoluciones árabes que bien podrían marcar el declive de ese orden mundial colonial basado en la violencia, la guerra, el racismo y el empobrecimiento organizados en una parte del planeta. Pero Occidente y sus aliados quieren evitar ese vuelco y prefieren deslegitimar la totalidad de la Conferencia antes que buscar soluciones que permitan cambiar el mundo de manera radical. Así se marca la cuestión de la legitimidad del Consejo de los Derechos Humanos y más generalmente de todo el aparato normativo de la ONU.
Para ayudar a entender con claridad esos importantes asuntos, vale la pena precisar algunos elementos relativos a las conferencias anteriores y el contexto en el cual se celebrará la de septiembre de 2011.
De 1975 a 2011. Algunos elementos
El 10 de noviembre de 1975, por medio de la Resolución 3379, la Asamblea General de las Naciones Unidas afirmaba entre otras cosas que «el sionismo es una forma de racismo y de discriminación racial» basándose en la Declaración de las Naciones Unidas concerniente a la eliminación de todas las formas de discriminación racial: «cualquier doctrina de diferenciación o de superioridad racial siempre es científicamente falsa, moralmente condenable, socialmente injusta y peligrosa».
Del 14 al 25 de agosto de 1978 tuvo lugar, en Ginebra, la Primera Conferencia Mundial de la Lucha contra el Racismo y la Discriminación Racial; se hizo hincapié en particular en el régimen de apartheid de Sudáfrica.
En 1983 se celebró la Segunda, en Ginebra.
En 1991, durante la Conferencia de Madrid, la Resolución 3379 que señalaba a la vez el derecho de los pueblos a la autodeterminación, se declaraba contra el apartheid en Sudáfrica y condenaba «la impía alianza entre el racismo sudafricano y el sionismo», bajo la presión de numerosos países occidentales se calificó de «racista» y se anuló.
Septiembre de 2001, en Durban, con este precedente se celebró la Tercera Conferencia Mundial contra el Racismo, la Discriminación Racial, la Xenofobia y las Formas Conexas de Intolerancia, que acabó dos días antes de los atentados del 11-S.
Recordemos:
    - 161 países presentes.
    - Un foro muy activo de las ONG.
    - La propuesta de algunos Estados de recuperar la Resolución 3379.
    - La salida de Estados Unidos, Israel y Canadá en señal de protesta por el cuestionamiento de Israel.
Sin embargo, y a pesar de esas salidas, la Declaración y el programa de actuación adoptados al arranque mencionaban la preocupación de los delegados sobre «la suerte del pueblo palestino que vive bajo ocupación extranjera» pero no condenaban al Estado de Israel, al que reconocían «el derecho a su seguridad» en la región.
    - La declaración de los Estados, compuesta de 122 artículos que analizan las razones de las manifestaciones del racismo, la discriminación, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia, y desemboca en las medidas en materia de prevención y educación sobre los recursos útiles, las vías del derecho y las estrategias dirigidas a instaurar la legalidad integral y efectiva.
En esta declaración, entre otras cosas, se abordan:
    - El reconocimiento de la esclavitud y de la trata negrera como crímenes contra la humanidad (1)
    - El reconocimiento del hecho de que «el colonialismo condujo al racismo y ha causado sufrimientos cuyas consecuencias perduran en la actualidad» (2)
    - El derecho inalienable del pueblo palestino –que vive bajo ocupación extranjera- a la autodeterminación y a un Estado independiente –sin olvidar el derecho a la seguridad de todos los Estados de la región, incluido Israel (3).
    - La intolerancia religiosa (4), el crecimiento de la islamofobia y del antisemitismo (5).
    - Los derechos de los pueblos autóctonos (6).
    - La xenofobia con respecto a los emigrantes, los solicitantes de asilo, los refugiados o las personas desplazadas (7).
    - El funcionamiento del sistema penal y la aplicación de leyes en las que persiste el racismo (8).
    - La impunidad que disfrutan las personas que violan los derechos humanos (9).
    - La importancia para las poblaciones de ascendencia africana de la justicia y la igualdad de trato y del desarrollo (10)
    - El racismo hacia los gitanos (11), las mujeres (12), los jóvenes…
    - El programa de acción de la Conferencia Mundial –219 artículos algunos de los cuales recuperan los objetivos del Foro de las ONG- y dan las indicaciones y recomendaciones a los Estados para eliminar el racismo, la discriminación, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia.
Además del cuestionamiento del Estado de Israel ha habido otros escollos: el esclavismo, la colonización y las reparaciones. En torno a esas cuestiones se ha organizado el alboroto contra esta Conferencia que algunos países occidentales han intentado privar de legitimidad y ciertas ONG han pretendido instrumentalizar. En definitiva, las cuestiones como las emigraciones, la suerte de los pueblos indígenas o el derecho de los pueblos a la autodeterminación, los jóvenes… siguen en suspenso, secuestradas…
Se convoca a los Estados, las instituciones internacionales, la sociedad civil, etc., para que demuestren compromiso y voluntad para, como precisaba Madeleine Robinson (13), «transformar la vida de millones de seres humanos de todo el mundo que son víctimas de la discriminación racial y de la intolerancia».
Ocho años después la conclusión es obvia: con ayuda de la crisis, las voluntades de reorganizar y desmantelar el orden mundial se hacen más presentes y se expresan por medio de un auténtico endurecimiento y por la violencia en las relaciones internacionales. Ya no es el momento, para los países que presuntamente pertenecen al eje del bien, de proteger los derechos humanos y todavía menos los derechos fundamentales. Hay que señalar a los culpables y rechazar que los más ricos sigan enriqueciéndose, rechazar la rapiña de los países arrasados por la guerra que exportan los antiguos colonizadores que regresan por la fuerza y matan con el aval de la ONU, la cual acepta que sus objetivos y principios se vean traicionados por la ley del más fuerte, lo que hace que el mundo corra el peligro de un conflicto generalizado y arroja a la mayoría de la humanidad bajo los golpes de una violencia orquestada para dividir y dominar mejor.
Abril de 2009 en Ginebra. En ese contexto se desarrolló la Conferencia de continuación…
Durante las conferencias preparatorias la ausencia de los países occidentales fue clamorosa. Estados Unidos persistió en su negativa a participar, Canadá e Israel amenazaron con no acudir y Francia presionó a la Unión Europea para que no participase ningún país de la UE. ¿Acaso no arrastró tras sus pasos en airosa procesión a numerosos países europeos en cuanto el presidente de la República iraní pronunció sus primeras palabras? (*).
Si se pudo celebrar fue sólo gracias a la combatividad del grupo africano y a algunas ONG presentes en Ginebra. Pero hay que señalar que algunas de estas últimas sólo estaban allí para denunciar la actitud presuntamente «parcial» del Consejo de los Derechos Humanos con respecto al Estado de Israel y otras permanecieron totalmente silenciosas. No se organizó ningún foro de ONG y la participación de la sociedad civil fue escasa. El acceso al Palacio de las Naciones estaba ampliamente restringido.
Numerosos Estados –esencialmente occidentales- a los cuales se unieron las ONG no han dejado de quitar legitimidad a la ONU mientras que habría que haber denunciado, rechazado y combatido las nuevas formas de racismo, la institucionalización de la xenofobia y las políticas liberticidas y racistas que llevan a cabo numerosos Estados, así como la asignación a comunidad del conjunto de las poblaciones. Eso habría sido particularmente importante para responder a las consecuencias que tiene para el conjunto de la humanidad la expansión de un modelo socioeconómico liberal que lleva en sí mismo una violencia estructural: guerras de agresión contra los pueblos, destrucción de la protección de los derechos humanos con una trivialización generalizada de la tortura, los secuestros, las ejecuciones sumarias, los asesinatos y las masacres de civiles; trivialización del racismo, de la xenofobia y la intolerancia conexa, que son otras tantas negaciones de los objetivos y principios de la Carta de las Naciones Unidas. La expansión del modelo neoliberal imperialista que lleva en sí mismo, de forma intrínseca, todos los elementos y los resortes de un racismo desenfrenado y renovado frente a los cambios impuestos por ese nuevo orden globalizado.
Esa conferencia de continuación fue el reflejo de las relaciones de fuerza del mundo actual. Por un lado, los defensores de un orden mundial que se presenta como el único luchador contra la amenaza cuya víctima sería la civilización occidental, y por otra parte los Estados que denuncian la política de doble rasero –tanto en el plano económico como político, financiero o militar- de la que son víctimas, el cuestionamiento de normas fundamentales en las que se basaron las principales convenciones internacionales, sin olvidar que sólo se ponen en práctica cuando lo autorizan los dominadores. El margen de maniobra depende fuertemente de sus necesidades y de lo que tienen a bien conceder los países «desarrollados».
Septiembre de 2011
Contexto de la «Cuarta Conferencia contra el Racismo, la Discriminación Racial, la Xenofobia y las Formas Conexas de Intolerancia»
Se trata de un contexto todavía más difícil y deteriorado que el de 2001 en el que se celebrará esta Conferencia. El derecho internacional de naturaleza política cada vez se cuestiona más y se encuentra fuertemente erosionado , lo cual facilita el terreno para que se desarrolle el fortalecimiento de reglas basadas en la lógica del mercantilismo de la sociedad internacional en su conjunto en función de las necesidades y las voces de las poderosas multinacionales ayudadas por los pequeños Estados y por las grandes potencias contemporáneas. Esta desestructuración se fortalece en una instancia informal como el G8, donde las decisiones se toman sin ningún control; y el G20 corre un gran riesgo de desempeñar el mismo papel, aunque pese a los BRIC.
Hay que convenir en que se trata del régimen internacional del libre comercio el que contribuye de forma sustancial a la neutralización de las normas internacionales en materia de protección de los derechos humanos, llegando a atentar directamente contra la integridad física, la libertad de las personas y el derecho a la participación (14), y por lo tanto al recrudecimiento de las formas de racismo desenfrenadas y sin complejos. En definitiva, desde la transformación de la Sociedad de las Naciones en las Naciones Unidas, hay que admitir que por desgracia, y a pesar de los esfuerzos desplegados por algunos para el cambio, el paradigma que conforma los prejuicios racistas no ha cambiado nunca.
A este contexto hay que añadir el que va a prevalecer en el marco de la próxima sesión del Consejo de los Derechos Humanos en Nueva York, en el que Palestina demandará su reconocimiento como nación soberana. Varios países ya han avanzado su reconocimiento, Argentina Brasil, Bolivia, chile, Ecuador, Perú, Paraguay, Uruguay y Venezuela. Dicho reconocimiento vendrá a reparar el Estado sin derechos en el que vive Palestina a pesar de que ya posee –aunque no guste a los partidarios de otra realidad- todos los atributos de un Estado. Debido a esta situación inicua en la que la mantienen los miembros de la «comunidad internacional», Palestina está privada del derecho al acceso a la justicia internacional para el conjunto de los crímenes de guerra y posibles crímenes contra la humanidad que padece su población.
Una simple cuestión: ¿Cómo es posible que esta comunidad internacional asuma que los responsables israelíes que han cometido crímenes de guerra «de tal gravedad que amenazan la paz, la seguridad y el bienestar del mundo» (15) disfruten de esta impunidad contra la que se creó la Corte Penal Internacional?
Frente a todo eso, en el momento en que el mundo occidental se tambalea sobre sus cimientos, porque se siente amenazado por las revoluciones de la primavera árabe, es donde se inscribirá, diez años después, esta Conferencia de Durban. ¿Conseguirá recoger el desafío? ¿Sabrán las ONG hacerse entender y llevar las voces de los pueblos que actualmente son violentados, rapiñados, amordazados y negados en nombre del modelo democrático occidental impuesto, entre otros al continente africano? La comunidad internacional, que sólo lo es porque ha recibido el mandato de los pueblos de las naciones, ¿sabrá por fin respetar los objetivos y los principios de la Carta de las Naciones Unidas sin alterarlos ni transformarlos en beneficio de las potencias hegemónicas?
¿La comunidad internacional sabrá –cincuenta años después de las independencias- tomar se el tiempo para revisar la Carta de las Naciones Unidas pensada en su época por y para los países colonizadores? Ésta es, entre otras, una de las cuestiones gracias a las cuales esta conferencia de Durban tomará todo su sentido y podrá responder a los desafíos que plantea el mundo actualmente.
El movimiento altermundista frente a esos desafíos
No somos ingenuos, esta división del mundo, organizada a partir de la instrumentalización de la lucha contra el racismo, la discriminación, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia, viene a reforzar el discurso elaborado desde septiembre de 2001 para luchar contra el terrorismo –en nombre de la instauración de un modelo social neoliberal apoyado por el concepto del derecho de injerencia y de la responsabilidad de proteger- con el establecimiento de un discurso sobre las «buenos valores y buenas prácticas» de la democracia secuestrada por los Estados dominantes que predican el unilateralismo y ahora llaman a «una buena gobernanza mundial»
Frente a esas amenazas, esta Cuarta Conferencia reviste una importancia especial y debería ser la ocasión para afirmar que los dominados quieren reconquistar sus derechos y hacer que prevalezcan otros valores como la solidaridad entre los pueblos, la cooperación, el reparto de las riquezas, el derecho al desarrollo, etc., eso que, ciertamente, se aborda en otras luchas, pero la lucha contra el racismo, como precisó Frantz Fanon «no es un todo, sino el elemento más visible, el más cotidiano, para decirlo todo, en ciertos momentos el más grosero de una estructura dada» (16), que atraviesa todos los demás y se convierte en común a todos los hombres y mujeres que buscan y construyen las alternativas para otro mundo.
Esta conferencia hecha por los pueblos y responsabilidad de los pueblos debe mostrar la capacidad de resistencia de todos aquéllos y aquéllas que rechazan por una parte los golpes de fuerza de los dominadores cuya «opresión militar y económica precede y legitima el racismo» (17) y por otra parte al hecho de ver que se instaura la deslegitimación de la ONU y de sus instrumentos y mecanismos como el Consejo de los Derechos Humanos.
A la vista de esos desafíos, es imprescindible que el movimiento altermundista no se inscriba de antemano en un enfoque de compromiso, de apoyo para presionar a los Estados que todavía no han respondido, diez años después de Durban 2001, a las propuestas esenciales contenidas en la Declaración y el programa de acción a fin de eliminar el racismo, la discriminación, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia que se expresa a todos los niveles de la sociedad –bajo cualquier manifestación-.
Mireille Fanon-Mendès France.  Conseil scientifique d’ATTAC
Notas:
(1) 13, Declaración y programa de acción, publicado por el Departamento de Información de la Organización de las Naciones Unidas, DPI/2261, agosto de 2002.
(2) 14, Declaración y programa de acción, publicado por el Departamento de Información de la organización de las Naciones Unidas, DPI/2261, agosto de 2001.
(3) 63, 64, ídem.
(4) 60, 66, ídem.
(5) 61, ídem.
(6) 23 y 24, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, ídem
(7) 16, 38, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 65, ídem.
(8) 25, ídem.
(9) 26, ídem.
(10) 34, 35, 56, ídem.
(11) 68, ídem
(12) 69, 70, 71, ídem.
(13) Alto Comisario de las Naciones Unidas de los Derechos Humanos en el cargo durante la Conferencia de Durban 2001.
(14) Según el informe sobre la globalización presentado a la Comisión de los Derechos Humanos de la ONU, las violaciones toman las formas diversas que van desde las ejecuciones extrajudiciales, desapariciones forzosas, tortura y otras formas de penas o tratamientos crueles, inhumanos o degradantes y detención arbitraria, a la negación del derecho a un juicio justo. «…Los Estados abusan de la fuerza para hacer frente a la oposición que se manifiesta contra la globalización o a la aplicación de las reglas del libre comercio a nivel local, o para intentar reforzar la protección de los regímenes de inversiones. Así, la privatización de servicios básicos como el aprovisionamiento de agua potable o la cesión de tierras u otros recursos naturales a grandes empresas han originado manifestaciones de resistencia y oposición por parte de diversos actores de la sociedad civil. La reacción de algunos Estados ha sido impedir la expresión de esos derechos democráticos. La supresión sistémica de esos derechos podría ser utilizada por el Estado como una estrategia para imponer medidas económicas impopulares, estrategia que podría tener el favor de empresas que pretenden acceder a los recursos naturales y otros de los países en desarrollo…», ONU-CDH, Derechos Económicos, Sociales y Culturales, La globalización y sus efectos sobre el pleno disfrute de los derechos humanos. Informe final presentado por J. Oloka-Oyango y Deepika Udagama, según la decisión 2000/105 de la Subcomisión, 25 de junio de 2003.
(15) Preámbulo del Estatuto de Roma de la Corte Penal Internacional.
(16) Página 39, Pour la révolution africaine, écrits politiques, La Découverte/Poche, junio de 2006.
(17) Página 46, ídem.
(*) El 20 de abril de 2008 los embajadores europeos en la ONU, indignados, abandonaron la Conferencia Mundial sobre el Racismo de la Organización de las Naciones Unidas, que se celebraba en Ginebra, en protesta por el discurso del presidente iraní Mahmud Ahmadineyad, que empezaba así: « A los distinguidos presentes quiero expresarles mi posición. Desde la Segunda Guerra Mundial, y bajo el pretexto del sufrimiento del pueblo judío, y utilizando inadecuadamente el holocausto, ellos han reiterado sus agresiones militares contra una nación entera de palestinos. Ellos, siendo inmigrantes de Europa, EEUU y otras partes del mundo, han establecido un gobierno totalmente racista en la ocupada Palestina. Bajo la excusa de comprensión del racismo y sus consecuencias en Europa, los israelíes llevaron el gobierno más cruel y racista a otras partes del mundo como lo es Palestina. Las raíces del ataque de EEUU a Iraq y su invasión de Afganistán están en la arrogancia de la anterior Administración de EEUU y la presión impuesta por poderes descontrolados para expandir su influencia en los intereses del complejo industrial y los fabricantes de armamento…».
Mireille Fanon-Mendès France
Fondation Franz Fanon
Traducido para Rebelión por Caty R.
 

sexta-feira, 20 de maio de 2011