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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas
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quarta-feira, 13 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
Textos sobre indígenas disponíveis na web
SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH (USP, 16 a 23/07/2011)
Simpósio “Os Índios e o Atlântico”
Todos os textos dos trabalhos inscritos estão disponíveis em arquivos pdf. O link é:
Simpósio “Os Índios e o Atlântico”
Todos os textos dos trabalhos inscritos estão disponíveis em arquivos pdf. O link é:
CEAO na Rede das Ações Afirmativas no Brasil
Foi lançado o site www.redeacaoafirmativa.ceao. ufba.br , onde constam informações sobre a produção bilbiográfica (dissertações, teses, artigos, capítulos de livros), pareceres, resoluções, vídeos, fotos, textos em jornais, e o quadro das universidades que adotaram as ações afirmativas no Brasil. Trata-se de uma parceria envolvendo pesquisadores de universidades federais (UFBA, Universidade de Brasília, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Federal de Sergipe) e estaduais (UNEB e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) na criação de uma rede de pesquisa para a avaliação do sistema de cotas e das ações afirmativas para negros e indígenas na educação superior pública.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Seminário "Etnociência, Etnomatemática, diversidade cultural brasileira" - RJ
(Clique na imagem para ampliá-la)
Prezadas e Prezados,
O Laeser/IE/UFRJ convida todas e todos para o Seminário "Etnociência, Etnomatemática e Diversidade Cultural Brasileira com Ênfase em Africanidades". Esta iniciativa tem por objetivo abordar a temática da ciência e da matemática presentes nos patrimônios culturais de matriz africna e dos povos indígenas.
Contamos com a presença de todas e todos.
O Laeser/IE/UFRJ convida todas e todos para o Seminário "Etnociência, Etnomatemática e Diversidade Cultural Brasileira com Ênfase em Africanidades". Esta iniciativa tem por objetivo abordar a temática da ciência e da matemática presentes nos patrimônios culturais de matriz africna e dos povos indígenas.
Contamos com a presença de todas e todos.
Local: Sinpro/Rio - Rua Pedro Lessa 35/2° andar, Rio de Janeiro, Brazil
Legislativo aprova Projeto de Lei que concede imóvel ao Instituto Cultural Steve Biko
Publicado por em 07/07/2011
A Assembleia Legislativa entrou em recesso ontem, após a aprovação da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano (2012). Durante a tarde de ontem, foram votadas outras 141 proposições, entre projetos de lei e de resolução.
O Projeto de Lei (19.180/11) em que a Poder Executivo pede autorização para conceder o direito real de uso do imóvel de 504m², localizado no Campo Grande, ao Instituto Cultural Steve Biko, foi aprovado por unanimidade.
“Com esta medida, pretende-se fortalecer o desenvolvimento das ações voltadas à promoção da inclusão e ascensão social da população negra jovem e de baixa renda, através da educação e do resgate de seus valores ancestrais, executando ações concretas para redução das desigualdades raciais, de gênero e econômicas”, diz a mensagem do governador Jaques Wagner.
O Instituto Cultural Steve Biko, recebe o nome do grande líder sul-africano Bantu Stephen Biko, principal idealizador do Movimento de Consciência Negra, foi fundado em Salvador, em 31 de julho de 1992, por iniciativa de professores e estudantes negros e negras que de forma pioneira criaram o primeiro curso pré-vestibular voltados para negros no Brasil. O Instituto desenvolve diversas atividades no campo político e educacional que resultaram em políticas públicas para o combate as desigualdades raciais.
Fonte: Fonte: Diário Oficial (06 de julho de 2011). Site: Instituto Cultural Steve Biko
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Fórum de Mulheres Negras convida - BA
O Fórum Nacional de Mulheres Negras seção Bahia, em celebração ao Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, instituído em Santo Domingo em 1992, e pelo primeiro aniversário da Associação de Mulheres Negras da Bahia, AMNEB, irá realizar um Encontro com mulheres negras e afrodescendentes
No dia 24 de julho (Domingo) no Espaço do Samba Banjolada, vizinho de Alaíde do Feijão, Pelourinho, das 11 ás 15 hs.
Contamos com sua presença!!!
Contamos com sua presença!!!
Coordenação Executiva Estadual do FNMN
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Ciclo de palestras "Preconceito na fala, preconceito na cor" - BA
Intelectuais na Diáspora Africana pós-abolição (Brasil-EUA):
as táticas antirracialistas de Manuel Querino e Booker T. Washington
com Sabrina Gledhill
e
Mulheres e Homens negros no poder: como proceder?
com Jaime Nascimento.
Dia: 27 de julho de 2011 às 17h.
Local: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – Piedade – Salvador – Ba.
Acompanhe maiores detalhes através do endereço HTTP://WWW.falaneguinhofala.blogspot.com.
Inscrições : através do e-mail preconceitonafalaenacor@bol.com.br.
Atenção – As inscrições deverão incluir no assunto, a expressão ” inscrição palestra preconceito” . Vagas limitadas. Serão fornecidos certificados pela participação.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Curso História e Cultura Africana e Afro-brasileira da UEL recebe inscrições
O Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos (NEAA) da UEL abre hoje (4/7) as inscrições para o curso de aperfeiçoamento História e Cultura Africana e Afro-brasileira: educação e ações afirmativas no Brasil. O curso terá a duração de um ano e tem como público alvo graduados com interesse na temática afro-brasileira, professores, gestores e supervisores da rede pública e particular de educação de Londrina e região e lideranças comunitárias que estejam vinculadas à população afro-brasileira.
O curso tem como objetivo se tornar uma especialização e pretende proporcionar conhecimentos mais profundos e complexos sobre questões relativas ao continente Africano e sobre a realidade da cultura afro-brasileira.
Com esse curso, o Núcleo pretende contribuir para a implementação da Lei 10.639 de 2003 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nos ensinos Fundamental e Médio. As inscrições são gratuitas e vão até dia 8 de agosto.
Mais informações pelo telefone 3326-2099 ou pelo site http://www.uel.br/projetos/uniafro/.
Silvia Castro
Coordenadora de ComunicaçãoNúcleo de Estudos Afro-Asiáticos - NEAA(43)8805-4791(43)3326-2099
Coordenadora de ComunicaçãoNúcleo de Estudos Afro-Asiáticos - NEAA(43)8805-4791(43)3326-2099
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Projeto da UnB cria 'Google Earth' para Brasil da era colonial
"O nosso projeto é colaborativo. Queremos que ele funcione como uma rede de contatos sobre a história colonial do Brasil. Isso pode incluir genealogistas, historiadores locais e outras pessoas"
TIAGO GIL
Professor Departamento de História da Universidade de Brasília
Professor Departamento de História da Universidade de Brasília
Historiadores e geógrafos estão unindo mapas que vão do século 16 ao 19 com as imagens digitais de satélites Versão inicial já pode ser acessada de graça; ideia é criar ferramenta para estudar dinâmica espacial do povoamento
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE
Além de ajudar gente conectada a achar restaurantes ou fugir do trânsito, o Google Earth está dando uma mãozinha a historiadores e geógrafos que querem criar um mapa mais preciso dos altos e baixos do Brasil colonial.
O projeto, coordenado pela UnB (Universidade de Brasília) e com participação de várias outras universidades federais, está fundindo os recursos do Google Earth com cerca de 2.000 mapas do império colonial português.
VERSÃO ALFA
Já é possível conferir parte do resultado no endereço eletrônico atlas.cliomatica.com. "Ainda é uma versão beta; aliás, é quase uma versão alfa", brinca Tiago Gil, do Departamento de História da UnB, referindo-se às letras gregas usadas para designar versões preliminares de um programa de computador.
Uma forma mais polida do site deve estar disponível no mês que vem, afirma Gil, que coordena o projeto, batizado de Atlas Digital da América Lusa, ao lado de Leonardo Barleta, da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
A ideia dos pesquisadores é sobrepor os mapas do Brasil-Colônia às imagens de satélite atuais, empregando também recursos interativos.
Em vários casos, vai ser possível ver como o povoamento avançou e mapear com precisão os ciclos regionais de prosperidade (e bancarrota) durante a era colonial.
Um caso emblemático é o de São João Marcos, vila do século 18 que prosperou com a lavoura de café mas acabou sendo engolida por uma represa nos anos 1940.
CIDADES PERDIDAS
"Uma das pesquisas que o projeto está tocando, desenvolvida pelas bolsistas Mariana Leonardo, Rafaela do Nascimento e Luiza Moretti, é justamente sobre essas 'cidades perdidas', localidades que ou não cresceram ou tiveram sua ascensão e queda", diz Gil.
"É o caso de vários outros pontos da América Lusa, particularmente nas regiões mineradoras, como Minas, Mato Grosso e Goiás", explica.
Felizmente, o sumiço de São João Marcos sob as águas é um caso extremo.
"O mais frequente é a estagnação dos espaços, que muitas vezes são incorporados por regiões metropolitanas ou simplesmente se mantém como pequenas povoações", afirma o pesquisador.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, foi uma mera decisão política a responsável por transformar "Porto Alegre de Viamão" na capital da região.
Já a própria Viamão hoje é mera cidade-dormitório de Porto Alegre. Do mesmo modo, pouca gente hoje em dia conhece Mostardas e Bojuru, localidades gaúchas que eram relevantes no século 18.
Segundo o especialista da UnB, a escassez de fontes não tem sido um grande problema. Nas áreas urbanas, o material até que é farto. Bem mais difícil é colocar num mapa moderno as fazendas coloniais.
"Você pode ver isso nas descrições de limites de propriedades: a terra começa no pé de um morro, fazendo limite com um pântano, por um lado, e com a terra do vizinho, por outro. E o vizinho diz a mesma coisa", conta.
COLABORATIVO
Além do seu lado Google Earth, o atlas também tem uma faceta que lembra a Wikipédia, a enciclopédia da internet que pode ser editada por leigos mundo afora.
"O projeto é colaborativo. Queremos que ele seja uma rede de contatos sobre a história colonial do Brasil. Isso pode incluir genealogistas, historiadores locais e outras pessoas", afirma Gil.
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE
Além de ajudar gente conectada a achar restaurantes ou fugir do trânsito, o Google Earth está dando uma mãozinha a historiadores e geógrafos que querem criar um mapa mais preciso dos altos e baixos do Brasil colonial.
O projeto, coordenado pela UnB (Universidade de Brasília) e com participação de várias outras universidades federais, está fundindo os recursos do Google Earth com cerca de 2.000 mapas do império colonial português.
VERSÃO ALFA
Já é possível conferir parte do resultado no endereço eletrônico atlas.cliomatica.com. "Ainda é uma versão beta; aliás, é quase uma versão alfa", brinca Tiago Gil, do Departamento de História da UnB, referindo-se às letras gregas usadas para designar versões preliminares de um programa de computador.
Uma forma mais polida do site deve estar disponível no mês que vem, afirma Gil, que coordena o projeto, batizado de Atlas Digital da América Lusa, ao lado de Leonardo Barleta, da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
A ideia dos pesquisadores é sobrepor os mapas do Brasil-Colônia às imagens de satélite atuais, empregando também recursos interativos.
Em vários casos, vai ser possível ver como o povoamento avançou e mapear com precisão os ciclos regionais de prosperidade (e bancarrota) durante a era colonial.
Um caso emblemático é o de São João Marcos, vila do século 18 que prosperou com a lavoura de café mas acabou sendo engolida por uma represa nos anos 1940.
CIDADES PERDIDAS
"Uma das pesquisas que o projeto está tocando, desenvolvida pelas bolsistas Mariana Leonardo, Rafaela do Nascimento e Luiza Moretti, é justamente sobre essas 'cidades perdidas', localidades que ou não cresceram ou tiveram sua ascensão e queda", diz Gil.
"É o caso de vários outros pontos da América Lusa, particularmente nas regiões mineradoras, como Minas, Mato Grosso e Goiás", explica.
Felizmente, o sumiço de São João Marcos sob as águas é um caso extremo.
"O mais frequente é a estagnação dos espaços, que muitas vezes são incorporados por regiões metropolitanas ou simplesmente se mantém como pequenas povoações", afirma o pesquisador.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, foi uma mera decisão política a responsável por transformar "Porto Alegre de Viamão" na capital da região.
Já a própria Viamão hoje é mera cidade-dormitório de Porto Alegre. Do mesmo modo, pouca gente hoje em dia conhece Mostardas e Bojuru, localidades gaúchas que eram relevantes no século 18.
Segundo o especialista da UnB, a escassez de fontes não tem sido um grande problema. Nas áreas urbanas, o material até que é farto. Bem mais difícil é colocar num mapa moderno as fazendas coloniais.
"Você pode ver isso nas descrições de limites de propriedades: a terra começa no pé de um morro, fazendo limite com um pântano, por um lado, e com a terra do vizinho, por outro. E o vizinho diz a mesma coisa", conta.
COLABORATIVO
Além do seu lado Google Earth, o atlas também tem uma faceta que lembra a Wikipédia, a enciclopédia da internet que pode ser editada por leigos mundo afora.
"O projeto é colaborativo. Queremos que ele seja uma rede de contatos sobre a história colonial do Brasil. Isso pode incluir genealogistas, historiadores locais e outras pessoas", afirma Gil.
Portugal tinha excelência em cartografia
DO EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE
O projeto do atlas indica que não é justo pintar os portugueses como conquistadores relativamente relapsos de seus vastos domínios na América do Sul. Os esforços da Coroa para mapear o Brasil foram consideráveis.
Segundo Tiago Gil, da UnB, é preciso levar em conta a diferença de potencial que portugueses e espanhóis viam em suas conquistas.
"É certo que temos mais fontes para os séculos 16 e 18 para a América espanhola. Se tomarmos o conjunto dos documentos existentes sobre o Brasil no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, veremos que a quantidade de papéis aumentou de forma absurda na virada do século 16 para o 17", conta.
Para ele, a chave está no fato de que os portugueses descobriram metais preciosos no Brasil bem depois do que os espanhóis o fizeram em seus territórios, e a descoberta do recurso é que deflagrou a necessidade de documentação.
"Em termos de mapas, por outro lado, temos muito mais informação sobre o mundo luso para o século 16 do que o produzido por qualquer outra potência da época, já que a cartografia portuguesa nesse período está bastante desenvolvida e conta com preciosa e exclusiva informação de campo, dos marinheiros que voltavam com informações do ultramar" explica.
Gil diz esperar que o projeto ajude as pessoas a "pensar problemas históricos no tempo e no espaço". (RJL)
DO EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE
O projeto do atlas indica que não é justo pintar os portugueses como conquistadores relativamente relapsos de seus vastos domínios na América do Sul. Os esforços da Coroa para mapear o Brasil foram consideráveis.
Segundo Tiago Gil, da UnB, é preciso levar em conta a diferença de potencial que portugueses e espanhóis viam em suas conquistas.
"É certo que temos mais fontes para os séculos 16 e 18 para a América espanhola. Se tomarmos o conjunto dos documentos existentes sobre o Brasil no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, veremos que a quantidade de papéis aumentou de forma absurda na virada do século 16 para o 17", conta.
Para ele, a chave está no fato de que os portugueses descobriram metais preciosos no Brasil bem depois do que os espanhóis o fizeram em seus territórios, e a descoberta do recurso é que deflagrou a necessidade de documentação.
"Em termos de mapas, por outro lado, temos muito mais informação sobre o mundo luso para o século 16 do que o produzido por qualquer outra potência da época, já que a cartografia portuguesa nesse período está bastante desenvolvida e conta com preciosa e exclusiva informação de campo, dos marinheiros que voltavam com informações do ultramar" explica.
Gil diz esperar que o projeto ajude as pessoas a "pensar problemas históricos no tempo e no espaço". (RJL)
FONTE: Folha de São Paulo - Caderno Ciência, 02/07/2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Lançamento de livro e debate sobre escravidão no Rio de Janeiro - RJ
Escravidão africana no recôncavo da Guanabara (Séculos XVII-XIX)
Abertura: 15:00h. – Prof. Doutorando - Julio Cesar Medeiros da Silva Pereira – Diretor do Núcleo de pesquisas do IPN/FIOCRUZ
Coordenação: Profª Drª Mariza Soares de Carvalho – UFF-LABHOI-NIAF/CNPq.
Mesa 1 – Escravidão como experiência coletiva – 15:15h. às 16:00h.
Comunicações:
01 – A família escrava em Jacutinga, 1686-1721Profª. Doutoranda Denise vieira Demétrio – UFF/LABHOI – bolsista da CAPES
02 – Africanos e crioulos, nacionais e estrangeiros: os mundo do trabalho no Rio de Janeiro nas décadas finais do oitocentosProfª. Doutoranda Lucimar Felisberto do santos – UFBA/bolsista Fundação FORD
03 – Crise e decadência: a Fazenda do Iguaçu e seus escravos, século XIXProf. Ms. Paulo Henrique Silva Pacheco – LEDDS/UERJ – Prefeitura Municipal de Magé
Debate – 16:00h. às 16:30h.
Mesa 2 – A escravidão como negocio – 16:30h às 17:00h
Comunicações:
01 – A pesca da baleia na capitania do Rio de Janeiro (século XVII)Prof ª Camila Baptista Dias – NEAMI-UFF/Rede Estadual de Ensino
02 – Pombeiros e o pequeno comércio no Rio de Janeiro do século XIXProfª doutoranda Juliana Barreto Farias – USP/RHBN – bolsista CNPq.
03 – Escravidão, tráfico e farinha: a viagem redonda entre o Rio de Janeiro e a Baía de BiafraProf. Dr. Nielson Rosa Bezerra – CRPHDC-BF/bolsista produtividade BN
04 – O mercado do Valongo e o comercio de africanos – RJ (1758-1831)Prof. Ms Claudio de Paula Honorato – IPN/FEUDUC-LABEHM/FST/Rede Estadual de Ensino
Debate: 17:30h às 18:00h.
Lançamento do livro – 18:00h.
domingo, 26 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Tempo em Curso: Censos 2000 e 2010
Prezado leitor e prezada leitora do “Tempo em Curso”.
Com satisfação informo que já se encontra disponível no portal do LAESER (http://www.laeser.ie.ufrj.br/pdf/tempoEmCurso/TEC%202011-05.pdf) a quarta edição de 2011 do boletim eletrônico mensal de nosso Laboratório.
O “Tempo em Curso” é dedicado ao estudo dos indicadores do mercado de trabalho metropolitano brasileiro desagregado pelos grupos de cor ou raça e gênero. A origem dos dados é a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além da análise da evolução das desigualdades de cor ou raça, incorporando os grupos de gênero no mercado de trabalho, neste número estamos analisando de forma inédita a evolução do peso relativo da população auto-declarada preta e parda entre os Censos Demográficos de 2010 e 2000.
Como principais conclusões do estudo, podem ser listados:
· A queda relativa na proporção de autodeclarados brancos se deu em todos os 26 estados brasileiros + DF. As maiores reduções se deram em Goiás (9,1 pontos percentuais); Minas Gerais, 8,2 pp; Mato Grosso do Sul 7,4pp, Rondônia, 7,3pp; Rio de Janeiro, 7,3pp. Em São Paulo a queda foi de 6,8 pp;
· Os auto-declarados pretos apresentaram crescimento em todos os 26 estados + DF. A maior proporção do crescimento foi no estado da Bahia, 7,4 pp;
· Os auto-declarados pardos apresentaram queda relativa em Roraima (0,3 pp); Amapá (0,5); Piauí (0,6); e Bahia (1,0);
· No somatório os pretos e os pardos apresentaram conjuntamente crescimento relativo em todos os estados + DF. Este grupo avançou relativamente 6,1 pp no Brasil; 4,6 pp no Norte; 3,3 pp, no Nordeste; 7,5 pp, no Sudeste; 5,3 pp, no Sul e 7,5 pp no Centro-Oeste. Em São Paulo os pretos e pardos respondem por 34,6 pp, e no Rio de Janeiro, com 51,7%, se tornaram maioria
Mais uma vez, nós do LAESER, contamos com vosso diálogo, críticas e reflexões.
Boa leitura!
Marcelo Paixão – Professor do Instituto de Economia da UFRJ; Coordenador do LAESER
Milton Santos será homenageado pelo Congresso Nacional no dia 28/06
Deputado federal Luiz Alberto é proponente da sessão solene; morte de geógrafo baiano faz 10 anos
O intelectual, pesquisador, político, jornalista e geógrafo Milton Santos, que completará 10 anos de morte no próximo dia 24 de junho, será homenageado pelo Congresso Nacional brasileiro. A sessão em homenagem a um dos mais importantes intelectuais da história do Brasil será realizada no dia 28 de junho, às 10h, no plenário da Câmara dos Deputados em Brasília.
A sessão requerida pelo deputado federal baiano, Luiz Alberto (PT/BA), tem como objetivo realçar a importância de Milton Santos para a sociedade brasileira. Será uma forma de repercutir no parlamento as contribuições do geógrafo para o país.
A mesa da sessão será composta pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, o ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, o presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araújo, do ministro das Relações Exteriores, Antônio de Aguiar Patriota, os reitores das Universidades de Brasília (UNB), do Recôncavo (UFRB) e da Bahia (UFBA), José Geraldo de Sousa Junior, Paulo Gabriel Nacif e Dora Leal Rosa; e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Representações diplomáticas dos países onde Milton Santos atuou como professor, pesquisador e consultor, no período de 1964 a 1978, também marcarão presença na sessão solene. A saber: França, Portugal, Espanha, Tanzânia, Guiné Bissau, Senegal, Costa do Marfim, Mali, Nigéria, África do Sul, Japão, Venezuela, Costa Rica, México, Canadá e Estados Unidos.
Na ocasião, outras entidades também prestarão homenagem a Milton Santos: o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, o prefeito de Brotas de Macaúba, na Bahia, Litercílio de Oliveira Jr, cidade onde o geógrafo nasceu; a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal, os movimentos pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas do Distrito Federal, os Institutos de Geografia, História, Sociologia e Ciências Sociais da UnB, os professores Fernando Conceição (grupo de pesquisa Permanecer Milton Santos, UFBA), Manoel Lemes (PUC/Campinas) e também de sua neta, Nina Santos, que representará a família durante a sessão.
Biografia
A história e trajetória política e intelectual de Milton Santos reafirmam a importância da sua luta por justiça e igualdade, e da participação de homens e mulheres negras na construção do país.
Nascido em 3 de maio de 1926, ao longo da sua vida, escreveu 40 livros, foi co-autor de dezenas de outros e publicou artigos, foi articulista e editor em jornais brasileiros importantes, como Folha de São Paulo, Correio Braziliense e jornal A Tarde, da Bahia. Na década de 90, ganhou prêmios como o “Estação Cultural” e o Vautrin Lud (considerado o Nobel da Geografia).
Milton Santos dedicou toda a sua obra ao entendimento das supra e sobre-estruturas formativas das desigualdades entre os homens e as sociedades humanas ao redor do mundo.
Suas colocações transbordaram o âmbito da Geografia para se espraiar por outros domínios e usos quando, no início dos anos 90, a partir da Europa (França), se organizou um movimento para se contrapor à irracionalidade do financismo global – que marcou a nova fase do capitalismo a partir dos anos 1970, travestido de “globalização”.
O trabalho de Milton Santos serviu de inspiração para o que, hoje, veio a se constituir como Fórum Social Mundial, o qual foi convidado a se associar como fundador.
Para mais informações, favor contatar:
Naiara Leite – Jornalista (DRT 2328)
Contato: 71. 3450.1374/8229.8159
Carlos Eduardo Freitas - Jornalista (DRT 3350)
Contato: 71. 3450.1374/8853.5602
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Falta política de formação continuada para os professores no Brasil, diz pesquisa
Portal Todos pela Educação
Estudo aponta também que a não remuneração pelo tempo de estudo é uma dificuldade
Reprodução/Semed-Maceió
Da Redação
A falta de uma política sistemática para a formação continuada dos professores dificulta a atualização dos docentes brasileiros. Além disso, segundo a pesquisa “Formação Continuada de Professores: uma análise das modalidades e das práticas em estados e municípios brasileiros”, realizada pela Fundação Victor Civita (FVC) em parceria com a Fundação Carlos Chagas (FCC), a não remuneração pelo tempo de estudo é outra dificuldade para pôr em prática os programas de formação.
Segundo a pesquisa divulgada na última semana, outros obstáculos ao aprendizado contínuo do magistério são a ausência de centros de formação docente, a baixa articulação das redes de ensino e o preparo insuficiente dos gestores escolares para desenvolverem adequadamente os programas de formação.
“O estudo apontou uma situação muito preocupante para a Educação Básica brasileira: as secretarias de Educação desconhecem as necessidades de sua rede e não conseguem estabelecer políticas sistematizadas de formação continuada e integradas às demais políticas educacionais”, afirma Angela Dannemann, diretora-executiva da FVC.
Mas por que é importante que o professor sempre busque ampliar seu repertório? Angela esclarece: “O papel da formação continuada é aperfeiçoar conhecimentos com impacto direto no ensino. Sem Educação continuada, a evolução da Educação pública no País será extremamente lenta e desorganizada”.
Sugestões para as secretarias de Educação
A pesquisa identificou iniciativas que podem auxiliar as secretarias, tanto municipais quanto estaduais, a garantirem uma formação continuada eficiente. São elas:
A pesquisa identificou iniciativas que podem auxiliar as secretarias, tanto municipais quanto estaduais, a garantirem uma formação continuada eficiente. São elas:
1- Investir maciçamente na formação inicial dos professores – assim a formação continuada não precisará atuar para cobrir lacunas anteriores.
2- Coordenar a oferta de formação continuada com as etapas da vida profissional dos docentes, mediante a oferta de quatro tipos de programas: os dirigidos aos ingressantes; os voltados aos que estão mudando de segmento ou de nível de ensino; os direcionados a estimular a autonomia do professor; e os delineados para docentes com mais de 15 anos de profissão.
3- Desenvolver políticas que formem e fortaleçam, em conjunto, o corpo docente e a equipe gestora (diretores e coordenadores pedagógicos).
4- Ampliar a oferta da formação continuada para atender a professores de todos os níveis e modalidades de ensino, garantindo que as ações formativas não se restrinjam apenas às áreas de português e matemática.
5- Trabalhar em parceria com as universidades (que tenham cursos de formação de professores).
6- Incentivar a continuidade de programas bem-sucedidos, evitando que sejam interrompidos por mudanças de gestão ou adoção de políticas partidárias.
7- Investir na socialização de experiências bem-sucedidas.
8- Desenvolver ações de formação continuada que contribuam para aumentar o capital cultural dos docentes.
9- Ampliar o tempo dedicado às ações de formação continuada, de modo que elas não se restrinjam apenas às reuniões pedagógicas coletivas, na escola.
10- Apoiar as escolas – equipe gestora e corpo docente – e incentivá-las a experimentar novas práticas educacionais e a empregar as inovações divulgadas nas ações de formação continuada.
11- Avaliar os resultados dos programas de formação continuada.
Metodologia
O estudo foi elaborado em etapas: na primeira, foi feito o levantamento da bibliografia acumulada na área; na segunda, foram elaborados os questionários e a coleta das informações foi feita com gestores das secretarias de Educação.
O estudo foi elaborado em etapas: na primeira, foi feito o levantamento da bibliografia acumulada na área; na segunda, foram elaborados os questionários e a coleta das informações foi feita com gestores das secretarias de Educação.
Com isso, foi realizada a terceira fase, de tratamento e análise de dados. Esses resultados, então, foram objeto de discussão de especialistas na área. Por fim, a partir dessas contribuições e do levantamento, houve a organização do texto final.
domingo, 19 de junho de 2011
Instituto Pedra de Raio lança campanha visando auto-sustentabilidade - BA
O Instituto Pedra de Raio-justiça cidadã comemora três anos de existência em 2011! O Instituto Pedra de Raio (IPR) é uma organização social que desenvolve ações, projetos, assessorias, advocacia popular e pesquisas nas áreas de direitos humanos, meio ambiente, relações raciais, defesa do consumidor, mediação popular e assessoria jurídica coletiva. O Instituto é formado por profissionais e lutadores sociais de diversas áreas, que têm em comum a vontade de contribuir para a transformação social através da realização de ações coletivas.
O IPR atende e orienta juridicamente indivíduos, instituições e movimentos sociais que ofereçam demandas de caráter coletivo, exclusivamente sobre assuntos relacionados aos Direitos Humanos, Relações Raciais, Direito do Consumidor, Direito Ambiental, Racismo Institucional e Mediação Popular.
Nestes últimos anos contabilizamos mais de 500 atendimentos e orientações jurídicas, mais de 100 processos judiciais e uma mais de 100 atividades, dentre elas, cursos, orientações, palestras, oficinas, assessorias e consultorias. No entanto, nem tudo são flores no País do carnaval. Os projetos de fomento e financiamento são instáveis e provisórios. Independentemente de termos tido apoio de instituições públicas e privadas nacionais e internacionais, precisamos buscar a sustentabilidade junto aos nossos beneficiários e colaboradores. Isto porque pagamos um preço relativamente alto para nos mantermos independente e autônomos, sem atrelamentos e sem perder a nossa principal característica: enfrentar o preconceito, a discriminação e a violação dos direitos humanos numa sociedade multicultural e multiracial, sem vacilo e recuo.
Nossos atendimentos tem sido, até então, gratuitos, sustentados por organizações financiadoras, doações e contratos de particulares. A partir de agora, continuaremos a manter os nossos serviços e atividades nesta perspectiva e passaremos a adotar mecanismos de responsabilidade social, solidariedade e auto sustentabilidade.
Enfim, sabemos do quão é valioso a independência política e intelectual dos baianos neste momento e o instituto Pedra de Raio não pode se escusar da sua missão: servir com excelência a população na defesa dos direitos humanos e da cidadania.
Convidamos todos vocês a participarem de nossa Campanha de associação para a auto sustentabilidade, através da participação de nossos projetos da seguinte forma:
COMO ASSOCIADO DOADOR:
Com doação espontânea para conta corrente Banco do Brasil nº 10.437-X Agência 2971-8 (Instituto Pedra de Raio) com a identificação do CPF do doador.
COMO ASSOCIADO CONTRIBUINTE:
O associado contribuinte é aquele que paga uma taxa mensal e tem acesso a orientações, assessoria e acompanhamento no poder judiciário.
O associado contribuinte terá acesso ao serviço de uma demanda judicial gratuita e a descontos nas próximas demandas.
COMO ASSOCIADO USUÁRIO:
O associado usuário é aquele que paga uma taxa reduzida sobre os serviços oferecidos pela instituição.
A taxa reduzida é um valor simbólico tendo como parâmetro a tabela da ordem dos advogados do Brasil.
As demandas relativa à defesa dos Direitos Humanos serão preferencialmente gratuitas mantendo a politica da instituição.
As demais demandas judiciais e orientações serão sempre discutidas caso a caso.
O perfil do associado será sempre aquela pessoa ligada aos grupos socialmente vulneráveis e/ou de baixo poder aquisitivo.
Todo associado terá preferência no atendimento. Contudo, o prazo para agendamento de atendimento terá prioridade desde que seja realizado com cinco dias de antecedência.
COMO ASSOCIADO VOLUNTÁRIO:
Com o apoio e a participação voluntária em nossos convênios, parcerias e projetos em destaque: Uneb, Ministério Público, Rádio Sociedade, Fundo Brasil de Direitos Humanos, Cese, Casa Warat, Campanha Reaja, Anaad, Conen, Cen, Mnu, etc.
A Equipe do Instituto Pedra de Raio
FONTE: Site do Instituto Pedra de Raio
Pré-lançamento do livro "Do luto à luta" - BA
Saudações,
Acontece nesta quarta-feira (22/6) durante o Sarau Bem Black o pré-lançamento do livro "DO LUTO À LUTA", de co-autoria do cientista social Lio Nzumbi. Confira abaixo uma nota referente ao livro:
(Nota)
Do Luto à Luta - uma fala do Movimento Mães de Maio de São Paulo trata-se de uma articulação de familiares dos jovens que foram assassinados pela polícia em suposta represália ao Primeiro Comando da Capital (PCC) - organização criminosa paulista -, em 2006.
Organizado pelas Mães de Maio, o livro será lançado por ocasião após cinco (5) anos dos crimes ocorridos em maio de 2006, e reúne textos de mães e familiares. Reúne também Poesias de Escritores Periféricos com quem nos identificamos: Sérgio Vaz (Cooperifa), Michel Yakini (Elo da Corrente), Sarau da Brasa, Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco (Cooperifa e Mesquiteiros), Poeta Dinha, Hélber Ladislau (Cooperifa), Rapper GOG (DF), Jairo Periafricania (Cooperifa) e Armando Santos (São Vicente-SP). E, por fim, reúne também análises de outr@s parceir@s que caminham lado-a-lado: Rede Contra a Violência (RJ), Alípio Freire, Danilo Dara, Jan Rocha, Lio Nzumbi (Reaja-BA), Luiz Inácio (Fejunes-ES), Sérgio Sérvulo e Tatiana Merlino (Caros Amigos).
As Ilustrações foram produzidas pelo artista-parceiro Carlos Latuff (RJ), e o projeto gráfico pela companheira-designer Silvana Martins (Sarau da Ademar).
O quê: Pré-lançamento do livro "Do Luto à Luta"
Quando: 22 de junho de 2011
Horário: a partir dass 19h30
Onde: Sarau Bem Black - Sankofa African Bar, Ladeira de São Miguel, número 7, Centro Histórico de Salvador - Pelourinho, Bahia.
Nota de um dos co-autores(as):
DO LUTO À LUTA... MAIS QUE UM LIVRO, UMA ARMA DE LUTA...MUITA SATISFAÇÃO PARTICIPAR DESSA PARADA... NÃO POR UMA QUESTÃO DE EGO, MAS PELA PEGADA QUE O GENOCÍDIO DE NOSSA GENTE NOS OBRIGA A IMPRIMIR NO BARRO DA FAVELA.
À LUTA DAS MÃES, MAXIMO RESPEITO...AS SUAS LAGRIMAS Ñ FORAM EM VÃO! AOS PATROCINADORES DE NOSSOO GENOCÍDIO TEMOS QUE PERGUNTAR: " QUE PACTO PELA VIDA É POSSIVEL É POSSIVEL QUANDO OS NOSSOS ESTÃO SENDO DIZIMADOS NAS RUAS, FAVELAS E INSTITUIÇÕES CARCERARIAS DESSE CAMPO DE CONCENTRAÇÃO CHAMADO BRASIL.
DESSE JEITO: REAGIR PRA NÃO MORRER !!!
NA FÉ E SEMPRE EM GUARDA,
LIO NZUMBI
ASFAP- Associação de Familiares e Amigos de Pres@s
Campanha REAJA!
(71) 9305 4056 - 71 8868-3103
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Cultura negra e diversidade sexual são temas do 9º Ciclo de Debates
Debates do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo dialogam sobre as relações entre as diversas formas de discriminação, sexualidades e inclusão. O Hip Hop, o breaking e o grafite apresentam a arte como ferramenta de transformação social.
14/06/2011
14/06/2011
De acordo com o decreto da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu 2011 como o Ano Mundial do Afrodescendente, o Ciclo de Debates do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo discute a relação entre as diversidades racial e sexual. Nos próximos dias 14 (quarta-feira) e 15 (quinta-feira), as duas mesas abordam a problemática da discriminação, machismo e homofobia, além de apresentar um panorama da cultura Hip Hop como ferramenta de inclusão social. As atividades são gratuitas.
“Co-responsabilidade com a juventude negra” é o tema de quarta-feira, que ocorre às 18h30 no Centro de Integração à Cidadania (CIC) Norte, localizado no distrito de Jaçanã. Participam da discussão a militante Chindalena Barbosa, membro da Associação Frida Kahlo, da Articulação Política da Juventude Negra, e das Negras Jovens Feministas; e o coordenador de Relação Internacional da Rede Afro LGBT, Edmilson Medeiros.
Na quinta-feira, às 18h, o Sindicato dos Bancários é o palco do debate “Hip Hop com a boca no trombone”, que abre com a exibição do documentário “Com a Boca no Microfone”, que narra a recente cena de rap gay em ascensão nos Estados Unidos. Na mesa, presença dos militantes Deivison Nkosi - do grupo Kilombagem -, Valéria Mota e a produtora do projeto Hip Hop Mulher, Tiely Queen. Ao final, os MCs Correia e Dena Hill Hahim se apresentam com o grupo de breaking B.Girls Art'Culando na Praça do Patriarca.
Ambas as atividades integrantes do 9º Ciclo de Debates são promovidas pela APOGLBT, em parceria com a Associação Frida Kahlo e a Articulação Política de Juventudes Negras. Toda a programação conta com o apoio do Grupo ELES, o GATTA e o CTA.
Na próxima semana, os debates prosseguem com os temas “Eros e Psique” (segunda-feira, 20) e “Made in Brazil: gata tipo exportação” (terça-feira, 21).
Ano IX
A 9ª edição do Ciclo de Debates vem aprofundar a reflexão acerca do tema proposto para a 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! – 10 anos da Lei 10.948/01, rumo ao PLC 122/06”. De 6 de junho a 6 de julho, o público confere gratuitamente diversas mesas de discussão, além de seminários, apresentações culturais e lançamentos.
Em diálogo com a atual conjuntura nacional e internacional na esfera dos Direitos Humanos de lésbicas, gays bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), a programação propõe uma reflexão participativa entre os movimentos sociais, sociedade civil, autoridades e os expoentes dos mais diversos campos da intelectualidade.
Entre os assuntos, destaque para o posicionamento do Estado em relação ao fundamentalismo religioso, o papel da espiritualidade na construção das sexualidades e o redimensionamento dos aspectos jurídicos de instituições como família, casamento e os direitos para as minorias definidos através de políticas públicas.
Transmissão ao vivo
Resultado de uma parceria inovadora entre a APOGLBT e a Rede BeWEB TV, toda a programação do 9º Ciclo de Debates será transmitida ao vivo e na íntegra pela web. Lançado no último dia 1º, o web canal BeGAY TV faz a cobertura em tempo real das atividades e possibilita a participação de pessoas em todas as partes do mundo.
Para acompanhar, basta acessar o site da BeGAY TV: www.beweb.tv/begay. Os usuários podem ainda fazer comentários e enviar perguntas aos debatedores através do Facebook.
Além do 9º Ciclo de Debates, a programação do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo reúne a 11ª Feira Cultural LGBT (23 de junho, no Vale do Anhangabaú), o 11º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade (24 de junho, na Academia Paulista de Letras), o 11º Gay Day (25 de junho, no Playcenter) e a 15ª Parada do Orgulho LGBT (26 de junho, na Avenida Paulista).
SERVIÇO
9º Ciclo de Debates – 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo
De 06 de junho a 06 de julho, diversos horários e locais
Entrada gratuita
Mais informações com Cléo Dumas, pelo telefone (11) 3362-8266 ou pelo e-mail ciclodebates@paradasp.org.br.
9º Ciclo de Debates – 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo
De 06 de junho a 06 de julho, diversos horários e locais
Entrada gratuita
Mais informações com Cléo Dumas, pelo telefone (11) 3362-8266 ou pelo e-mail ciclodebates@paradasp.org.br.
- 14 de junho, às 18h30
Co-responsabilidade com a juventude negra
Centro de Integração à Cidadania (CIC) Norte - Rua Ari da Rocha Miranda, nº 36, Jova Rural, Jaçanã
18h30 – Exibição de documentário
19h – Debate
Chindalena Barbosa (Estudante de Pedagogia da FEUSP)
Edmilson Medeiros (Coordenador de Relação Internacional da Rede Afro LGBT)
21h30 – Coffee break
- 15 de junho, às 18h
Hip Hop com a boca no trombone
Sindicato dos Bancários e Financiários - Rua São Bento, nº 365, 19º andar, Centro
18h – Exibição do documentário “Com a boca no microfone”.
18h30 – Debate
Deivison Nkosi (Grupo Kilombagem)20h40 – Coffee break
Valéria Mota
Tiely Quenn (coordenadora do Projeto Hip Hop Mulher e produtora cultural)
21h - Apresentação dos MCs Correria e Dena Hill Mahin com o grupo de breaking B.Girls Art'Culando
NOTA DA REDE FAOR EM APOIO E SOLIDARIEDADE AOS MOVIMENTOS QUILOMBOLAS DO MARANHÃO
O Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), Rede de ONGs e Movimentos sociais dos Estados do Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins, e as organizações o qual representa, manifesta publicamente seu APOIO aos Movimentos Quilombolas do Maranhão que desde 1 de Junho vem travando uma batalha pela garantia de seus direitos, direitos estes que deveriam ser respeitados pelo Estado a mais de 200 anos, tempo em que as comunidades quilombolas ocupam as terras que vem sendo usurpadas pelo avanço dos latifúndios. O Acampamento "Negro Flaviano" está ocupando a Praça Dom Pedro II, em frente ao Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão e do Palácio dos Leões, sede do poder executivo local. É composto por várias lideranças quilombolas, que objetivam denunciar as ameaças sofridas pelas comunidades quilombolas e exigir a regularização de seus territórios. Por 24 horas, dois padres e dezessete quilombolas ficaram sem se alimentar, exigindo respeito e proteção do estado para as cinqüenta e oito pessoas que vivem sob ameaças de morte e iniciar uma negociação com o Governo, para que seus direitos sejam garantidos. A greve de fome e o acampamento foram suspensos, até o dia 22 de junho, devido ao anuncio da visita da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que se prontificou a negociar com o Governo do Maranhão as reivindicações do Movimento Quilombola. A rede FAOR e os Movimentos sociais que apóiam a causa quilombola na Amazônia exigem que as negociações com o governo ocorram de forma a respeitar e garantir seus direitos. Exigimos aqui publicamente que União e Estados paguem esta dívida histórica que o Brasil tem com seus afrodescendentes.
Por um Brasil sem preconceitos! Pelo fim das desigualdades! Pela garantia dos direitos humanos!
Belém 14 de Junho de 2011
Assinam esta nota:
ABO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS OGÃSAOMT BAM - ASSOCIAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DAS MULHERES TRABALHADORAS DO BAIXO AMAZONASAART -AP - ASSOCIAÇÃO DE ARTESÃOS DO ESTADO DO AMAPÁACANH - ASSOCIAÇÃO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NOVO HORIZONTEADCP - ASSOCIAÇÃO DE DIVISÃO COMUNITÁRIA E POPULARAGLTS - ASSOCIAÇÃO DE GAYS, LÉSBICAS E TRANSGÊNEROS DE SANTANAAMQCSTA - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES QUILOMBOLAS DA COMUNIDADE DE SÃO TOMÉ DO APOREMAAMAP - ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DO ABACATE DA PEDREIRAAMVQC - ASSOCIAÇÃO DE MULHERES MÃE VENINA DO QUILOMBO DO CURIAÚAPREMA - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO AO RIACHO ESTRELA E MEIO AMBIENTEAEM - ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL MARIÁASSEMA - ASSOCIAÇÃO EM ÁREAS DE ASSENTAMENTO NO ESTADO DO MARANHÃOAPACC - ASSOCIAÇÃO PARAENSE DE APOIO ÀS COMUNIDADES CARENTESACUMNAGRA - ASSOCIAÇÃO SÓCIOCULTURAL DE UMBANDA E MINA NAGÔENCANTO - CASA OITO DE MARÇO - ORAGNIZAÇÃO FEMINISTA DO TOCANTINSCEDENPA - CENTRO DE ESTUDOS E DEFESA DO NEGRO DO PARÁ CENTRO TIPITI - CENTRO DE TREINAMENTO E TECNOLOGIA ALTERNATIVA TIPITICPCVN - CENTRO PEDAGÓGICO E CULTURAL DA VILA NOVACPDC - CENTRO POPULAR PELO DIREITO A CIDADE.CJ-PA - COLETIVO JOVEM DE MEIO AMBIENTE DO PARÁ CPT - COMISSÃO PASTORAL DA TERRACOMSAÚDE - COMUNIDADE DE SAÚDE, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃOCONAM - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE MORADORESCIMI - CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO REGIONAL N IICOMTRABB - COOPERATIVA DE MULHERES TRABALHADORAS DA BACIA DO BACANGACOOPTER - COOPERATIVA DE TRABALHO, ASSISTENCIA TÉCNICA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E EXTENSÃO RURALFAMCOS - FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES E ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS DE SANTARÉMFECAP - FEDERAÇÃO DAS ENTIDADES COMUNITÁRIAS DO ESTADO DO AMAPÁFECARUMINA - FEDERAÇÃO DE CULTOS AFRORELIGIOSOS DE UMBANDA E MINA NAGÔFASE - FEDERAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA ASSISTÊNCIA SOCIAL E EDUCACIONAL – PROGRAMA AMAZÔNIAFETAGRI-PA - FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARÁ FÓRUM CARAJÁS - FÓRUM CARAJÁSFÓRUM DOS LAGOS - FÓRUM DE PARTICIPAÇÃO POPULAR EM DEFESA DOS LAGOS BOLONHA E ÁGUA PRETA E DA APA/BELÉMFMS BR163 - FORUM DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DA BR 163 PAFUNTOCAIA - FUNDAÇÃO TOCAIAGHATA - GRUPO DAS HOMOSSEXUAIS THILDES DO AMAPÁGMB - GRUPO DE MULHERES BRASILEIRASISAHC - INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E APOIO AOS DIREITOS HUMANOS CARATATEUAIMENA - INSTITUTO DE MULHERES NEGRAS DO AMAPÁ ECOVIDA - INSTITUTO ECOVIDAISSAR - INSTITUTO SABER SER AMAZÔNIA RIBEIRINHAITV - INSTITUTO TRABALHO VIVOSNDDEN - IRMÃS DE NOTRE DAME DE NAMURMMM - AP - MARCHA MUNDIAL DAS MULHERESMSTU - MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO URBANOMMIB - MOVIMENTO DE MULHERES DAS ILHAS DE BELÉMMOEMA - MOVIMENTO DE MULHERES EMPREENDEDORAS DA AMAZONIAMOPROM - MOVIMENTO DE PROMOÇÃO DA MULHERMRE - MOVIMENTO REPÚBLICA DE EMAÚSMULHERES DE AXÉ - MULHERES DE AXÉSINDOMESTICA - SINDICATO DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS DO ESTADO DO AMAPÁSTTR/STM - SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE SANTARÉMSINDNAPI - AP - SINDICATO NACIONAL DOS APOSENTADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS DA FORÇA SINDICALSTTR MA - SINDICATOS DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS SDDH - SOCIEDADE PARAENSE DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOSUFCG - UNIÃO FOLCLÓRICA DE CAMPINA GRANDEUNIPOP – INSTITUTO UNIVERSIDADE POPULAR -- Melina Marcelino
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
Movimento indígena rompe relações com o governo federal
16/06/2011 - 15h35
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-16/movimento-indigena-rompe-relacoes-com-governo-federal
Brasília - Indignados com o que classificam como “descaso e a paralisia” do governo federal diante dos “graves problemas enfrentados por mais de 230 povos indígenas”, entidades ligadas à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) decidiram deixar a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).
A comissão é a principal responsável por organizar a atuação dos diversos órgãos federais que trabalham com os povos indígenas. Ela reúne representantes das organizações regionais indígenas, membros do governo e de organizações indigenistas.
Em nota, a Apib afirma que o rompimento das relações com o governo federal deve durar até que a presidenta Dilma Rousseff e seus ministros recebam os representantes do movimento. Além de definir uma agenda de trabalho, as organizações indígenas querem que o Palácio do Planalto assuma o compromisso de atender às reivindicações apresentadas pelo movimento durante o Acampamento Terra Livre, mobilização que ocorreu 2 e 5 de maio último, em Brasília.
Entre as principais demandas dos índios, estão maior atenção à saúde indígena, o fim da criminalização e da violência contra lideranças do movimento e agilidade no processo de demarcação de terras indígenas.
A Apib também critica a construção grandes empreendimentos em reservas legais sem consulta prévia às populações. Como exemplo, a entidade cidade a Usina de Belo Monte e a transposição do Rio São Francisco.
Criada em 2005, a Apib reúne a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), a Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal e Região (Arpipan), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpinsudeste), Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul), a Grande Assembleia do Povo Guarani e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
Edição: João Carlos Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-16/movimento-indigena-rompe-relacoes-com-governo-federal
Brasília - Indignados com o que classificam como “descaso e a paralisia” do governo federal diante dos “graves problemas enfrentados por mais de 230 povos indígenas”, entidades ligadas à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) decidiram deixar a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).
A comissão é a principal responsável por organizar a atuação dos diversos órgãos federais que trabalham com os povos indígenas. Ela reúne representantes das organizações regionais indígenas, membros do governo e de organizações indigenistas.
Em nota, a Apib afirma que o rompimento das relações com o governo federal deve durar até que a presidenta Dilma Rousseff e seus ministros recebam os representantes do movimento. Além de definir uma agenda de trabalho, as organizações indígenas querem que o Palácio do Planalto assuma o compromisso de atender às reivindicações apresentadas pelo movimento durante o Acampamento Terra Livre, mobilização que ocorreu 2 e 5 de maio último, em Brasília.
Entre as principais demandas dos índios, estão maior atenção à saúde indígena, o fim da criminalização e da violência contra lideranças do movimento e agilidade no processo de demarcação de terras indígenas.
A Apib também critica a construção grandes empreendimentos em reservas legais sem consulta prévia às populações. Como exemplo, a entidade cidade a Usina de Belo Monte e a transposição do Rio São Francisco.
Criada em 2005, a Apib reúne a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), a Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal e Região (Arpipan), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpinsudeste), Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul), a Grande Assembleia do Povo Guarani e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
Edição: João Carlos Rodrigues
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