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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Lições de Abril, de América Cesar, é o Livro do Mês EDUFBA - BA

 

Obra aborda os famosos embates na aldeia de Coroa Vermelha a partir de ponto de vista situado entre a Etnografia e a História

            O livro Lições de Abril: a construção de autoria entre os Pataxó de Coroa Vermelha, de América Lúcia Silva Cesar, é o Livro do Mês EDUFBA: pode ser adquirido com 20% de desconto, até o dia 30 de abril, nas Livrarias EDUFBA, em Salvador, ou através do Setor Comercial da Editora. Esta obra contribui para o fomento da discussão acerca da atual situação dos índios no Brasil, a partir de ponto de vista situado entre a Etnografia e a História.
         Lições de Abril consiste em um detalhado registro do trabalho de campo realizado por sua autora, América Cesar, na aldeia de Coroa Vermelha, quando ela tornou-se palco de diversas discussões, reuniões, embates e conversas, em abril de 2000, integrando uma série de manifestações contrárias ao projeto governamental Comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil. Os acontecimentos na Coroa Vermelha ganharam imensa visibilidade e uma repercussão talvez não esperada.
         Além de ser um relato sobre os acontecimentos desse período, o livro também apresenta o posicionamento dos Pataxó quanto aos desafios e problemas que enfrentaram na ocasião, sendo, muitas vezes, privados do direito da fala. A obra aborda, ainda, teorias sobre o letramento, a leitura e a escrita no âmbito da Antropologia e Linguística Aplicada.
        
Serviço
O quê: Livro do Mês EDUFBA – Desconto de 20% na obra Lições de Abril
Quando: durante todo o mês de abril (2012)
Onde: Livrarias EDUFBA: Posto 1 – Campus Canela; Posto 2 – Campus Ondina
Setor Comercial EDUFBA: (71 3283-6164coedufba@ufba.br)
Preço promocional do livro: R$ 28,00

Informações adicionais sobre este livro
ISBN: 978-85-232-0759-5
Número de páginas: 236
Formato: 17 x 24 cm
Ano: 2011

sábado, 31 de março de 2012

Prof. Luiz Mott profere palestra sobre mitos acerca da escravidão - BA

Conferencia do Prof.Dr. Luiz Mott na Biblioteca Central da Bahia, Barris, 2a feira, 2 de abril, 17hs.Debatedor Prof.Dr. Ubiratan Castro.

A Fundação Pedro Calmon (FPC), através do Centro de Memória da Bahia, realiza a décima edição do Conversando com sua História, que ocorrerá de abril até o mês de outubro de 2012. Nesta segunda (2), às 17 horas, a jornada inicia com a palestra intitulada “Negros mitos sobre a escravidão”, que será ministrada por Luiz Mott, professor da UFBA, e terá como debatedor o também professor e diretor da FPC, Ubiratan Castro de Araújo.

A entrada é franca e haverá certificado para aqueles que atingirem 75% de participação em todo o curso.

Leia abaixo o resumo da palestra de Luiz Mott

Todos hoje condenamos qualquer tipo de escravidão, apesar de persistir ainda no Sudão mas também no interior do Brasil, pessoas que continuam sendo negociadas e exploradas como escravos. Durante milênios a humanidade conviveu com a escravidão sem qualquer indignação moral: alguns seres humanos nasciam livres, outros escravos. Respeitados filósofos e teólogos justificaram esse sistema cruel, inúmeras sociedades, inclusive na África, praticaram a escravidão.

Nesta comunicação discutirei alguns mitos polêmicos que persistem no senso comum e inclusive no discurso militante: 1] a existência da escravidão na África e inclusive no Quilombo de Palmares; 2] a crença cristã que todos os nativos, inclusive negros, tinham uma alma imortal; 3] o papel do cristianismo no abrandamento da crueldade escravista; 4] nem todo mulato é fruto do abuso sexual dos senhores brancos; 5] a prática da escravidão por parte de ex-escravos no Brasil.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Encontro de História terá como tema "Povos indigenas, africanidades e diversidade cultural" - BA

VI ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA – ANPUH/BA
XXIII CICLO DE ESTUDOS HISTÓRICOS DA UESC
POVOS INDÍGENAS, AFRICANIDADES E DIVERSIDADE CULTURAL
CAMPUS DA UESC – ILHÉUS/BA, 13 A 16 DE AGOSTO DE 2012

Colegas,

A Comissão Organizadora do VI Encontro Estadual de História, informa aos associados e ao público em geral que as inscrições de propostas de MINI CURSOS encontram-se abertas até o próximo dia 31 de março - www.viencontroanpuhba.ufba.br 
Encontram-se abertas até 13 de maio, inscrições de COMUNICAÇÕES para os 34 Simpósios Temáticos do Evento. Poderão inscrever-se profissionais de História e de outras áreas com interesse na temática geral do Evento e com aderência às propostas dos Simpósios. Graduandos poderão também inscrever-se, desde que sejam chancelados formalmente por seus orientadores - www.viencontroanpuhba.ufba.br
Quanto às solicitações de informações sobre Hospedagem, informamos que estabelecemos parceria com a Multihotéis, Operadora Oficial do Evento, que em breve apresentará cotação de diárias na rede hoteleira de Ilhéus, com tarifas promocionais para os participantes do Evento, bem como de pacotes e passagens aéreas também promocionais.
Quanto ao Alojamento para estudantes, após entendimentos com a Administração da UESC, estaremos disponibilizando 200 vagas (salas) para alojamento, única e exclusivamente para delegações. Este número poderá ser ampliado, desde que sejam utilizadas barracas. Em breve iniciaremos a campanha de “hospedagem solidária”.
 Visando tornar mais ágil a troca de informações, bem como uma maior circularidade do Evento estamos lançando, em parceria com o Portal História Pensada, o Blog Oficial do Evento  http://anpuhba.historiapensada.com/index.html - convidamos a todos que o visitem, bem como o compartilhem em suas redes de contatos.

Cordialmente,

COMISSÃO ORGANIZADORA
VI ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA – ANPUHBA

www.viencontroanpuhba.ufba.br – Página do Evento - Inscrição de Propostas
http://www.multihoteis.com/ - Operadora Oficial do Evento
viencontroanpuhba@gmail.com – Comissão Organizadora
 viencontroanpuhbafinanceiro@gmail.com – Envio de comprovantes de pagamento
vianpuhba.local@gmail.com – Coordenação Local – Informações sobre Alojamento

quarta-feira, 28 de março de 2012

USP promove curso "Introdução aos Estudos sobre Povos Indígenas no Brasil" - SP

Departamento de Antropologia — FFLCH/USP
Coordenador: Profa. Dra. Beatriz Perrone-Moisés (DA/USP)
Professores: Spensy Kmitta Pimentel (doutorando PPGAS/USP) +
pesquisadores do Cesta-USP
Doze aulas, de 09/04/2012 a 02/07/2012, 2as, das 19h30 às 22h30 (36 horas)

Proposta Geral

O curso procurará traçar um quadro das referências históricas,  antropológicas e jurídicas fundamentais para a compreensão dos povos indígenas no Brasil, aliando-o ao debate sobre como se dá a discussão
contemporânea a respeito do passado, presente e futuro desses grupos.  Será buscado um diálogo com casos de recente destaque no debate público brasileiro, com o objetivo de cotejar o senso comum sobre as
questões que envolvem as populações indígenas com as descrições e  análises desenvolvidas no campo da Antropologia, da etnologia ameríndia e da História. Em paralelo, o curso apresentará, ao longo  das aulas, um panorama da diversidade indígena no país, contando com a colaboração de pesquisadores do Cesta (Centro de Estudos Ameríndios).

Objetivo

Difundir conhecimentos sobre os povos indígenas por meio da  capacitação de professores da rede pública e particular – particularmente os de história, literatura e educação artística –,  além de interessados em geral, possibilitando o aprendizado de aspectos da história e da cultura indígenas, e sua relação com debates brasileiros contemporâneos, relativos à política e a economia.

Justificativa

A lei 11.645/2008 estabeleceu a obrigatoriedade do estudo da história  e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, em todo o país. A
aplicação efetiva dessa lei ainda depende da capacitação dos professores das redes públicas e particular, e é nesse sentido que um curso como esse, em primeiro lugar, se justifica.

Além disso, o momento político e econômico por que passam o país e a  América Latina tem trazido os povos indígenas novamente ao foco do debate público. O crescimento econômico, amparado, em grande parte, no agronegócio, na mineração e na dependência de um consumo crescente de  energia elétrica, dificulta a demarcação de terras para grupos marginalizados, no Centro-Sul/Nordeste do país (casos de Mato Grosso do Sul e Bahia), ao mesmo tempo em que, na Amazônia, faz com que as  terras indígenas já consolidadas sejam alvo de ameaças ecológicas (expansão desenfreada do agronegócio; contínua extração de madeira; barramento indiscriminado dos rios).


Em paralelo, os povos indígenas estão em processo de expansão  demográfica e em contato cada vez mais intenso com a dita sociedade nacional. Artistas indígenas, hoje, produzem literatura, cinema,  música; da mesma forma, acadêmicos indígenas começam a ocupar as universidades, produzindo ciência, história, reflexão sobre si e sobre o país. Na internet, sobretudo, intelectuais e ativistas indígenas  rompem a invisibilidade e dão-se a conhecer.


A imprensa brasileira e o mundo jurídico e político têm dedicado  espaço crescente às questões indígenas nos últimos anos, especialmente em função dos episódios relacionados a grandes obras que afetam terras indígenas na Amazônia, como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e as  demarcações de terras indígenas em Mato Grosso do Sul, Roraima, Bahia, entre outros. Há, ainda, em curso, uma série de redefinições na

legislação e nas políticas públicas voltadas às populações indígenas  que também têm merecido destaque, com discussões no Congresso sobre o infanticídio entre indígenas, o novo Estatuto dos Povos Indígenas etc.
Urge, portanto, criar espaços como o desse curso, em que seja possível estabelecer diálogo entre antropólogos e demais interessados nesses temas, como professores, jornalistas, advogados e estudantes em geral.

Público-alvo

Professores (universitários e do ensino médio e básico), estudantes  universitários, jornalistas, advogados, pesquisadores e público em geral, interessados no debate sobre as questões indígenas.

Programação

BLOCO A - Povos indígenas na História
09/4 Aula 1 – O mau encontro – século XVI: primeiros relatos/ o eterno
reencontro com o primitivo
16/4 Aula 2 – Malentendidos ao longo da história: resistência e
transformação/ a ação política ameríndia
23/4 Aula 3 – Desencontros e reencontros atuais: novos estudos em
História e Arqueologia

BLOCO B – Povos indígenas hoje

07/5 Aula 4 – Breve panorama da diversidade atual 1 (Guianas /
Amazônia Ocidental)
participação: Ana Yano e Joana Oliveira
14/5 Aula 5 – Breve panorama da diversidade atual 2 (Brasil Central/ Xingu)
participação: André Drago
21/5 Aula 6: Breve panorama da diversidade atual 3 (Rio Negro/ Bacia Platina)
participação: Renato M. Soares
28/5 Aula 7 – Identidade étnica / devir indígena
04/6 Aula 8 – O pluralismo como norma: diversidade cultural como valor
a partir da Constituição de 1988
participação: Marcele Garcia Guerra

BLOCO C – O futuro dos povos indígenas

11/6  Aula 9 – A importância do território/ ameaças atuais
18/6  Aula 10 – Mudanças na legislação: ameaça aos direitos conquistados
participação: Marcele Garcia Guerra

BLOCO D – Mas, afinal, o que querem os indígenas?

25/6  Aula 11 – Saberes do corpo/ estética – artistas indígenas
participação: Ana Yano
02/7  Aula 12 – O diálogo com a ciência – acadêmicos e pesquisadores indígenas
participação: Joana Oliveira




Bibliografia de referência


Carneiro da Cunha, M. Cultura com Aspas, São Paulo, Cosac & Naify, 2009.

Carneiro da Cunha, M. História dos Indios no Brasil, São Paulo, Cia.
das Letras, 1992
Castro, C. (org). Evolucionismo Cultural: Textos de Morgan, Tylor e
Frazer, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002
Clastres, Pierre. Arqueologia da Violência. São Paulo, Cosac & Naify, 2004.
Fausto, C. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 2000.
Franchetto, Bruna & Heckenberger, Michael. 2001. Os povos do Alto
Xingu: história e cultura. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ.
Gallois, D. T. (org.). Redes de relações nas Guianas. São Paulo:
Associação Editorial Humanitas, 2005
Grupioni, L. D. B. (org.) Índios no Brasil. São Paulo, SMCSP, 1992
Ladeira, Maria Elisa. "Uma aldeia Timbira" in Novaes, Sylvia Caiuby.
Habitações Indígenas. São Paulo : Nobel ; Edusp, 1983.
Lévi-Strauss, C. Raça e história.
Miras, J., Gongora, M., Martins, R. e Pateo, R. (org.) Makunaima
Grita! Terra Indígena Raposa Serra do Sol e os Direitos
Constitucionais no Brasil. Rio de Janeiro, Azougue, 2009.
Melatti, J. C. Índios do Brasil. São Paulo, Edusp, 2007.
Ribeiro, Berta. Os Índios das Águas Pretas. São Paulo, Cia. Das Letras, 1995.
Ricardo, F. (org.). Terras Indígenas & Unidades de Conservação da
Natureza. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004
Rodrigues, Aryon D. Línguas Brasileiras – Para o Conhecimento das
Línguas Indígenas. São Paulo, Loyola, 1986.
Sahlins, M. Esperando Foucault, Ainda. São Paulo, Cosac & Naify, 2004.
Viveiros de Castro, E. Antropologia. In: O que ler nas Ciências
Sociais. Anpocs. 2000
Viveiros de Castro, E. A inconstância da alma selvagem e outros
ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002
Viveiros de Castro, E. & Seeger, A. "Terras e territórios indígenas no
Brasil". Revista Civilização Brasileira, v. 12, n. 1-2, p. 101-114,
1979.

Bibliografia de referência para as aulas sobre questão jurídica

Alier, J. O Ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens
de valoração, São Paulo: Contexto, 2007.
Almeida, A. (Org.) ; Dourado, S. (Org.) ; Shiraishi Neto, J. (Org.) ;
Dantas, F. (Org.) Conhecimento Tradicional e Biodiversidade: Normas
Vigentes e Propostas, Manaus: Edufam, 2008.
Clavero, B. Derecho Indígena y Cultura Constitucional en América,
México: Siglo XXI, 1994.
Cunha, M. Os Direitos do Índio - Ensaios e Documentos, São Paulo:
Brasiliense. 1992.
Dallari, D. Constituição e Constituinte, São Paulo: Saraiva, 1992.
Diegues, A. O Mito Moderno da Natureza Intocada, São Paulo: Hucitec e
Nupaub/USP, 2008.
Lima, A. Um Grande Cerco de Paz: poder tutelar, indianidade e formação
do Estado no Brasil, Petrópolis: Vozes, 1995.
Perrone-Moisés, B. “Terras indígenas na legislação colonial”. Revista
da Faculdade de Direito. Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 95,
p. 107-120, 2000.
Oliveira, J. P. Ensaios de Antropologia Histórica, Rio de Janeiro:
Editora da UFRJ, 1999
Souza Filho, C.  Renascer dos Povos Indígenas para o Direito,
Curitiba: Juruá Editora, 2004.
Shiraishi Neto, J. (Org.) “Direito dos Povos e das Comunidades
Tradicionais no Brasil: declarações, convenções internacionais e
dispositivos juridicos definidores de uma política nacional”, Manaus:
Edições UEA, 2007.
 
INSCRIÇÕES: Começam, provavelmente na quinta-feira, 29/03, (confirmar em sce.fflch.usp.br,  ou 3091-4645), as inscrições para o curso de extensão que nós, pesquisadores do Centro de Estudos Ameríndios (Cesta), damos anualmente na FFLCH-USP. O curso é aberto à comunidade e voltado, principalmente, a professores, estudantes, jornalistas e advogados,  entre outros profissionais, que tenham interesse na temática indígena. Particularmente, estamos, a partir deste ano, buscando dar especial atenção à formação dos professores que atuam no ensino fundamental e médio.

Lançamento do Instituto de mulheres negras Odara - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

terça-feira, 27 de março de 2012

Será lançado livro que aborda populações negras na Bahia

Elizabete Monteiro
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação

O professor Josivaldo Pires de Oliveira, do curso de história do Campus XIII (Itaberaba) da UNEB, lança no dia 5 de abril o livro Populações Negras na Bahia: Ensaios de História Social.

livro
    Reprodução da capa da obra

A solenidade acontece às 18h, na Livraria Atlântica, na cidade de Feira de Santana.

“O livro atende às recomendações do Ministério da Educação (MEC) acerca do ensino de história e cultura afro-brasileira”, pontua o organizador da obra. “A publicação aborda assuntos relacionados a estudos sociais, capoeira, curandeirismo, escravidão, irmandades negras, religiões afro-brasileiras e os africanos na Bahia”, completa.
A obra possui selo da Editora Appris. Exemplar pode ser adquirido no site da editora ao preço de R$ 46, e será disponibilizada para consulta na biblioteca do Campus XIII.
Em seu quarto livro, o professor convidou pesquisadores de algumas universidades da Bahia, tais como UNEB, Uefs, Ufba e Ufrb, para assinarem capítulos da obra.
Josivaldo Pires de Oliveira é doutor em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), mestre em história social também pela Ufba e licenciado em história pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Os outros livros lançados pelo docente foram No tempo dos valentes: os capoeiras na cidade da Bahia (2005), Capoeira, identidade e gênero (2009) e Aloísio Resende, poeta dos candomblés (2011).

VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) contará com 55 simpósios temáticos

A organização do VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) – Copene recebeu 55 inscrições para simpósios temáticos que integrarão a programação do evento, que acontecerá de 16 a 20 de julho em Florianópolis. A sétima edição do Copene terá como tema “Os desafios da Luta Antirracista no século XXI”, e contará com a participação de pesquisadores nacionais e internacionais.

O evento visa promover discussões sobre os processos de produção e difusão de conhecimentos ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas diversas esferas institucionais e áreas do conhecimento. O vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN e Pró-reitor de Extensão, Cultura e Comunidade da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Paulino Cardoso, explica que os simpósios temáticos serão espaços para apresentação e discussão de pesquisas concluídas ou em estágio avançado de realização sobre um mesmo tema.

O VII Copene recebeu 55 inscrições de trabalhos nos 24 eixos temáticos propostos para o evento: Pan-africanismo nas Américas; Identidades e identificações; Saúde da população negra; Diversidade, relações de gênero e sexualidade; Direitos Humanos e justiça; Educação Básica; Artes e linguagens; Literaturas e diásporas; Memória e patrimônio; Comunidades tradicionais; África: cultura e história; História das diásporas; Comunicação, mídia e racismo; Racismo e questões urbanas; Ciências e tecnologia; Branquidade/Branquitude; Filosofia em África e diáspora; Desenvolvimento econômico e discriminação; Religiosidades; Juventudes; Educação superior; Raça e racismo; Políticas públicas e questões raciais; e Corpo e Movimento.

As inscrições para propostas nas modalidades de comunicação coordenada, sessões de comunicações de iniciação científica, minicursos e oficinas já estão abertas e podem ser realizadas pelo site do Copene (www.abpn.org.br/copene). As inscrições para a modalidade ouvinte estarão abertas a partir do dia 1º de maio.

Apoio do MEC e da Seppir

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir) garantiu apoio para a realização do VII Copene. De acordo com o vice-presidente da ABPN, Paulino Cardoso, além da Seppir, o Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) tornou o Copene um de seus eventos para 2012.

O VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) – Copene é promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN, e organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto de Estudos Culturais Luisa Mahin, União de Negros pela Igualdade de Santa Catarina (Unegro), e Coordenadoria de Políticas de Promoção da  Igualdade Racial da Prefeitura Municipal de Florianópolis, com apoio da  Rede Internacional de Estudos Africanos e da Diáspora (READI).

Programação

Entre as atrações da programação do VII Copene estão conferencistas como Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo (USP), Elika M’Bokolo, da República Democrática do Congo, e Shirley Campbell Barr, da Costa Rica.

A programação artístico-cultural contará com exposições de artes plásticas e visuais, mostra fotográfica, mostra de vídeo, festas temáticas, feira com exposição de livros e venda de produtos afros, atrações artístico-culturais com performances de dança, música, teatro, capoeira e maracatu, além de atividades comemorativas em alusão aos 150 anos de nascimento do poeta Cruz e Souza.

Mais informações sobre o VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) podem ser acessadas do site: www.abpn.org.br/copene.

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Equipe de Comunicação VII COPENE
Fone: (48) 3321-8525
Twitter: @VIICOPENE 
Facebook: Copene 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Arquivo alemão abriga coleção rara de música africana

Tudo começou quando a Universidade de Mainz comprou 500 vinis de música de Gana. Hoje, a instituição abriga uma ampla coleção de música africana, com registros considerados raridades até mesmo na própria África.
No porão do Instituto de Etnologia e Estudos Africanos da Universidade de Mainz encontra-se um verdadeiro "baú de tesouros acústicos": o arquivo da instituição dedicado à música africana. A coleção é a única do gênero na Alemanha, reunindo exemplares de soul, reggae, highlife, hip hop, jazz e sobretudo música popular – arquivados em mais de 10 mil discos e fitas provenientes de toda a África subsaariana. Registros de estilos regionais estão também ali guardados, como por exemplo da big flava, uma variação de hip hop da África Oriental.

Milhares de áudios
Num total de quatro salas, estão guardados discos de vinil, fitas cassete, CDs, fitas de vídeo e DVDs – tudo detalhadamente dividido por regiões e países de origem. Em 1991, o etnólogo Wolfgang Bender reuniu os primeiros LPs da coleção atual. Nos anos seguintes, foi comprando cada vez mais material em diversos veículos fonográficos. Outros, ele recebeu de presente, por exemplo, de pesquisadores que voltavam de viagens a países africanos.

Pesquisador Hauke Dorsch

"O grande impulso aconteceu quando Bender adquiriu a coleção da Radio France International", recorda Hauke Dorsch, que dirige o arquivo há vários anos. Quando a rádio francesa se despediu de todos os seus vinis, Bender os trouxe todos para Mainz, ampliando a coleção de forma considerável.
Dorsch, por sua vez, é também um pesquisador de sons africanos. Sua tese de doutorado versou sobre os griots – cantores profissionais, poetas e instrumentistas da África Ocidental.

Discos de goma-laca de 1940
Os formatos mais antigos do arquivo são discos de goma-laca (antecessores do vinil, geralmente de 78 rpm) de Gana, Quênia e Tanzânia. Alguns deles datam dos anos 1940. Ao lado destes, há também vinis dos Camarões, da Guiné e de países do sul e centro da África. Em fitas cassete estão registrados numerosos intérpretes etíopes.

Mostra de capas de discos do arquivo

Aster Aweke é uma das mais conhecidas: seus fãs a denominam a "Aretha Franklin da África". Contudo sua voz soa distorcida numa gravação dos anos 1980, com o ruído de fundo despontando entre os compassos da música. Este é um dos muitos casos em que houve sensível perda de qualidade sonora ao longo dos anos.
Mas o arquivo de Mainz não reúne apenas obras de artistas africanos conhecidos ou não. Diversos etnólogos também fizeram gravações durante suas viagens de pesquisa ao continente, confiando-as ao arquivo. Entre as pérolas há, por exemplo, um cântico em hauçá (uma das línguas africanas mais importantes, falada por aproximadamente 24 milhões de pessoas), gravado na cidade nigeriana de Kano.

Estudando as culturas africanas
Estudantes de Etnologia podem usar o acervo para pesquisa, e a cada semestre Hauke Dorsch realiza seminários sobre música africana. Da graduação em Etnologia fazem parte ainda cursos sobre a literatura e o cinema do continente africano.

Universidade de Mainz

Além do arquivo sonoro, o Instituto da Universidade de Mainz dispõe, ainda, de uma coleção etnográfica e de uma biblioteca com livros e documentos em diversas línguas africanas e nos idiomas dos países colonizadores. "Essa constelação é muito especial, e possibilita aos estudantes um trabalho muito voltado à prática" diz Dorsch com orgulho.
Os tesouros musicais do arquivo são abertos ao acesso público. Os estudantes organizam com frequência exposições de parte do material, como por exemplo de capas de discos da época dos movimentos de independência na África. E apresentam em concertos as próprias canções e sons do arquivo.

Autora: Ann-Kathrin Friedrichs (sv)
Revisão: Augusto Valente

FONTE: DW-World

Boletim eletrônico "Tempo em curso" - BA

Prezado leitor e prezada leitora do “Tempo em Curso”.
Enquanto o portal do LAESER não volta ao ar, podem acessar a edição de dezembro de 2011 do boletim eletrônico mensal de nosso Laboratório no seguinte link: http://www.slideshare.net/laeserieufrj/tec-2011-12   
O “Tempo em Curso” é dedicado ao estudo dos indicadores do mercado de trabalho metropolitano brasileiro desagregado pelos grupos de cor ou raça e gênero. A origem dos dados é a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este número do “Tempo em Curso” traz um estudo especial que consiste em uma comparação entre os indicadores do mercado de trabalho gerados pelas estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e as bases de dados do IBGE.
O estudo se motiva pelo fato de que a partir do ano de 1999 o MTE incorporou a variável cor ou raça às estatísticas da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), as liberando para o público, mediante pedido especial, a partir do ano de 2008. A partir do ano de 2009, o LAESER passou a ter acesso àquelas informações, passando a tratá-las sistematicamente a partir do ano de 2010.
Assim, neste número do “Tempo em Curso” são feitas análises comparativas entre uma e outra fonte levando em consideração suas características gerais, incluindo a forma pela qual ambas captam a variável cor ou raça.
Este estudo terá continuidade nos próximos dois números do “Tempo em Curso” e antecipa a incorporação das estatísticas do MTE na publicação eletrônica do nosso Laboratório.
Mais uma vez, nós do LAESER, contamos com vosso diálogo, críticas e reflexões.
Marcelo Paixão – Professor do Instituto de Economia da UFRJ; Coordenador do LAESER