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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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sábado, 28 de novembro de 2009

I Seminário População Negra e Saúde Mental - RJ

Com base na Política Nacional de Saúde Mental que tem como um dos seus desafios a promoção da equidade e nas recomendações da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o Instituto de Psicossomática Psicanalítica Oriaperê, em parceria com a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, estarão realizando no dia 04 de dezembro de 2009, o I Seminário População Negra e Saúde Mental do Município do Rio de Janeiro.
O Seminário conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro - SMSDC/RJ, do Conselho Regional de Psicologia 5ª Região - CRP/RJ, do Comitê Técnico de Saúde da População Negra da SMSDC/RJ  e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/SEPPIR.

Programação 
9:00h  -  Mesa de Abertura
9:30h  -  Vídeo: Racismo Institucional
10:00h - Painel 1: A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e suas interfaces com a saúde mental
12:00h - Almoço
13:30h – Apresentação da Cia da Saúde
14:00h - Painel 2: Desigualdades Raciais em Saúde e a Política Nacional de Saúde Mental 
15:30 - Painel 3: População Negra e Saúde Mental: impactos do racismo
17:00 – Encerramento
 

Local: Sede do Conselho Regional de Psicologia 5ª Região - CRP/RJ, Rua Delgado de Carvalho, 53 – Tijuca ( próximo Metrô S. Francisco Xavier)
Inscrições:  Instituto Oriaperê – tel: 2236-4613
Público Alvo: Gestores, profissionais, estudantes de saúde mental e sociedade civil.

Comissão Organizadora: Marco Antonio Guimarães, Jose Marmo da Silva e Adriana Soares Sampaio
Instituto de Psicossomática Psicanalítica Oriaperê (CRP/05-1168) – email: institutooriapere@gmail.com 

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

IX Encontro Estadual de Direitos Humanos - BA

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE DIREITOS HUMANOS
 IX ENCONTRO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS

CONVITE SOLENIDADE DE ABERTURA

A Fundação Instituto de Direitos Humanos, criada para promover ações que visem o respeito e a efetividade dos direitos fundamentais da pessoa humana, vem manifestar a sua satisfação em contar com a presença de Vossa Excelência na Solenidade de Abertura do IX Encontro Estadual de Direitos Humanos, cujo tema é O DIREITO À EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL.

Conferência Magna
O DIREITO À EDUCAÇÃO E O ENSINO NO BRASIL

Conferencista
Doutor  PAULO GABRIEL SOLEDADE  NACIF
Reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Data: 09 de dezembro de 2009.
Horário:  09:00 horas
Local:  TEATRO UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA / CABULA – SALVADOR/BAHIA

A sua presença é fundamental.

Salvador, 18 de novembro de 2009.

Hélio Mendes Cazuquel
Presidente
           Telefone 3335-5709

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE DIREITOS HUMANOS
IX ENCONTRO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS
O DIREITO À EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL
Educação, mais que um direito, é a forma digna de viver.

INSCRIÇÕES ABERTAS    www.idh.org.br

A Fundação Instituto de Direitos Humanos participa a todos os interessados que fará realizar no período de 09 a 11 de dezembro próximo, o IX Encontro Estadual de Direitos Humanos, cujo tema é O DIREITO À EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL.

Este ano o Encontro acontecerá durante tres dias, das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:000 horas. Cada dia será realizado em um local diferente, com o objetivo de alcançar um maior número de participantes.

No dia 09 de dezembro de 2009 no Teatro da UNEB - Universidade do Estado da Bahia / Cabula;

No dia 10 de dezembro de 2009 no Auditório da Faculdade de Educação da Bahia, integrante das Faculdades Olga Mettig  / Nazaré, e

No dia 11 de dezembro de 2009 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia – UFBA  / Canela.

A inscrição é gratuita e poderá ser feita através do site  www.idh.org.br .

No IX Encontro Estadual de Direitos Humanos estarão presentes professores; representantes de: organizações não governamentais, órgãos públicos, sindicatos, movimentos sociais, associações de bairros, faculdades, colégios; trabalhadores e pessoas preocupadas com a efetividade dos Direitos Humanos.

Professores, Estudantes e Funcionários e Pessoas interessadas façam já a sua inscrição

Bloco alternativo do Ilê Aiyê vai misturar negros e brancos - BA

Luisa Torreão, do A TARDE, 27/11/2009

Já não será mais preciso um banho de piche, como sugere os versos da emblemática canção Que bloco é esse?, para os brancos terem a chance de experimentar a negritude do Ilê Aiyê. Na quinta-feira do Carnaval de 2010, gente de pele clara, negra ou mestiça vai dividir as cordas no trio.

Primeiro bloco afro da Bahia, o Ilê anunciou, na última quarta-feira, a saída no circuito Barra-Ondina de um bloco alternativo plurirracial, o Eu Também Sou Ilê – que já havia desfilado em 1996. Onde chega, a notícia tem provocado rebuliço e divergentes opiniões. Para muita gente, trata-se de uma quebra na tradição de resistência negra da entidade de 35 anos.  

É o que defende a foliã Maíra Azevedo, 28 anos, cinco de Avenida: “Isso é uma prova de como o capitalismo está dominando a sociedade. Eu compreendo a demanda do sistema, mas prefiro o Ilê histórico, que representa uma conquista do povo negro”. Ela diz ter receio de que o bloco afro seja reduzido de três para apenas um dia, tendo o espaço ocupado pelo alternativo.

O presidente da entidade, Vovô, garante que isso não irá ocorrer. “A tradição continua”, assegura. Segundo ele, é mais um produto do Ilê que serve de alternativa àqueles que tinham vontade de sair no bloco e não podiam. “Tem muita gente que vem de fora, muito gringo que gosta da nossa musicalidade, da batida, e quer participar”, alega. 

Para o professor e antropólogo Roberto Albergaria, a intenção vai um pouco mais além: trata-se de um “factoide carnavalesco para gerar mídia e grana”. Segundo ele, o Carnaval baiano está definhando desde que teria se transformado em uma “caricatura ridícula de si mesmo”.

Albergaria não poupa críticas: “Do ponto de vista econômico, é uma excelente jogada de marketing. Já do ponto de vista cultural, é mais uma pataquada que o rendoso mercado do ‘black is business’ (negro é negócio) introduz num carnaval que já virou misto de circo e balcão de negócios, enriquecendo não só as velhas lideranças branco-mestiças, mas também os novos senhores negro-mestiços”.

Luisa Torreão, do A TARDE, 27/11/2009
 

Expectativa - Comércio à parte, há quem veja a proposta como boa alternativa para os que nunca puderam desfilar no Ilê. “Vai atender a uma expectativa de muita gente que sempre quis sair. Por esse lado, é válida a iniciativa”, argumenta a foliã afro há cinco anos Ângela Guimarães, 26. 

Ângela lembra que o cenário soteropolitano era diferente quando o Ilê foi criado. “Era uma época que exigia aquela tomada de postura. Hoje, nossa cultura agrega as diversidades”, contemporiza. Mas, como tudo tem dois lados, ela adverte: “A gente tem o receio da descaracterização, de passar a ser um Carnaval mais pasteurizado do que já é”, argumenta.

Para o doutor em antropologia Vilson Caetano, o Ilê, já muito criticado pela mídia, está querendo mostrar que não é racista. “Isso pode servir de exemplo aos blocos de brancos, onde os negros estão ausentes. Inspirados nessa postura, eles podem começar a se abrir para os negros também”, aposta.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas promove encontro em Salvador - BA

 Cerca de 120 jovens negras de diversas regiões reunidas em Salvador no mês da Consciência Negra para discutir propostas de enfrentamento ao racismo e ao sexismo, que ainda colocam as mulheres negras nos patamares mais inferiores da pirâmide social. É com esse intuito que acontece na cidade, de 27 a 29 de novembro, o 1º Encontro Nacional de Negras Jovens Feministas, no Hotel Vila Velha, iniciativa da Articulação de mesmo nome. O Encontro tem o intuito de reunir jovens negras, lésbicas, sindicalistas, rurais, candomblecistas, universitárias para discutir e tentar consolidar uma articulação de mulheres que abarque as diversas bandeiras políticas emancipatórias da condição de ser mulher negra.Nomes como Alzira Rufino, Jurema Werneck, Vilma Reis e Belinda Brito integram a programação.

 A mobilização é uma estratégia para avaliar a conjuntura e os desafios da realidade cotidiana das milhares de jovens feministas negras espalhadas pelo Brasil. Dentre as diretrizes do Encontro está a proposta objetiva de enfrentamento a qualquer tipo de discriminação, de gênero ou de raça, somada à necessidade de intervenção e participação das jovens no cenário sociopolítico. O evento contará ainda com a presença de autoridades governamentais, militantes dos movimentos Negro e Feminista Negro, além de intelectuais das temáticas.  Com o Encontro, será formatada uma Carta de Princípios que deverá ser encaminhada às Secretarias e Superintendências voltadas à criação de políticas públicas que atinjam este publico.  
 Histórico - A Articulação foi criada no 1º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, que ocorreu no Brasil, em 2005. Além dos painéis, plenárias e reuniões, o evento contou com a oficina Diálogo entre Movimentos Feministas e Movimento Negro, cujo resultado direto foi a criação da Articulação de Negras Jovens Feministas. A partir desse momento, inicia-se o processo de atuação, socialização e diálogo sobre a história do feminismo negro e as implicações trazidas de ser jovem negra feminista na sociedade brasileira.

PROGRAMAÇÃO
Dia 27 de novembro
Credenciamento: 14h às 18h

19h - Mesa de abertura: Feminismo Negro e Movimento de Mulheres Negras no Brasil, com Luiza Bairros e Jurema Werneck
Dia 28 de novembro
Manhã
9h - Religião e cultura afro brasileira na visão negra jovem feministas, com Alzira Rufino
10h45 - Segurança Pública para as Negras Jovens, com Vilma Reis
Tarde
14h - Movimento Feminista Negro, Movimento de Mulheres Negras e Movimento de Lésbicas e Bissexuais Negras, aonde se convergem?, com Valdecir Nascimento
15h45 - Afetividades e Jovens Negras, com Benilda Brito

I Seminário "Percepções da diferença" - SP

Promoção:
  • Programa de Pós Graduação em Direito – Área de Direitos Humanos – da Faculdade de Direito da USP
  • NEINB – Núcleo de Pesquisas e Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro
Data: Dia 9 de dezembro de 2009 - quarta-feira
Local: Auditório XI de Agosto
           Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
           Prédio Anexo  -  Térreo



Programação
9 horas
Mesa de Abertura
Professor João Grandino Rodas (Diretor da FDUSP)
Professora Monica Herman Caggiano (Presidente da Comissão de Pós Graduação da FDUSP)
Professor Calixto Salomão (Coordenador da Área Direitos Humanos dos Cursos de Pós Graduação  - FDUSP)
Professora Eunice Aparecida de Jesus Prudente (Coordenadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Estudos interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro -  NEINB)

10 horas
1º Tema
OS DIREITOS HUMANOS NO CONTEXTO DA DIVERSIDADE CULTURAL
Expositores
Professor Kabenguele Munanga (Coordenador do Centro de Estudos Africanos da FFLCH/USP)
Professora Gislene Aparecida Santos (EACH/USP e Neinb)
Professora Dilma  Melo Silva (ECA/USP e Neinb)
Debatedores
Professor Renato Gomes (Instituto Luiz Gama)
Pesquisadora Isis Aparecida Conceição ( NEINB/USP)
Pesquisadora Sandra Regina do Nascimento Santos (NEINB/USP)

14 horas
2º Tema
EXCLUSÃO SOCIAL E RACIAL E PERSPECTIVAS DE AÇÃO
Expositores
Professor Calixto Salomão (Coordenador Área Direitos Humanos CPG/FDUSP)
Professor Dennis de Oliveira (ECA/USP e Neinb)
Professor Aliysson Leandro Mascaro (Departamento de Filosofia eTeoria Geral do Direito FDUSP)
Debatedores
Professor  Ricardo Alexino (ECA/USP)
Professor  Silvio Almeida (Instituto Luiz Gama)

17:00 horas
Conferência de Encerramento
Tema: A ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Professor Fabio Konder Comparato (FD/USP)

18:30 horas
Lançamento da Coletânea Percepções da Diferença – Negros e Brancos na Escola
Museu Visconde de São Leopoldo
1º andar
Apresentação
Professora Gislene Aparecida Santos
Professor Luiz Silva Cuti
Professora Antonia Quintão Cezerilo
Professora Rosângela Malachias

19:30 horas
Coquetel
Saguão do 1º andar

Apoio Cultural
Editora Terceira Margem
CELACC  - Centro de Estudos Latinoamericanos de Cultura e Comunicação
Instituto Abya Yala de Estudos de Cultura e Comunicação da América Latina

INSCRIÇÕES
Gratuitas pelo Fone: 30914327 / CELACC  com   Sr. Gerson ou pelo e-mail: seminarioneinb@gmail.com

(Somente terão direito a Certificado com oito horas os participantes devidamente
 inscritos)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Seminário "Leituras Afro-Brasileiras: práticas e saberes na promoção da equidade social" - BA


Sábado, dia 05 de dezembro, a partir das 08h, no Terreiro Pilão de Prata, sitiado no Alto do Caxundé, Boca do Rio/Salvador, acontecerá o Seminário I Leituras Afro-Brasileiras: práticas e saberes na promoção da equidade social, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFBA, através de recurso do Fundo Nacional de Saúde.


O interesse primordial é a organização de um espaço no intuito de ampliar o fortalecimento dos conhecimentos e dos mecanismos de socialização sobre a promoção de saúde por parte das religiões de matrizes africanas no estado da Bahia, envolvendo diversas instituições e indivíduos envolvidos no campo da saúde e nos movimentos sociais.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas previamente pelo email semin.leituras.afrobrasileiras@gmail.com


Mais informações no PPG Antropologia Social/UFBA, 71 3283-6440.


Segue a programação.
Atenciosamente,
Profa. Dra Ana Cristina de Souza Mandarino
Coordenadora


Programação
I Seminário Leituras Afro-Brasileiras
05/12/2009


Programação
Horário
Participantes
Cadastramento
08.00/08.30


Palavras de Abertura
9.00/9.30
Pai Air José de Souza, Terreiro Pilão de Prata/BA e Mãe Beata de Iemanjá, Terreiro Ile Omi Ojuaro/RJ
Mesa Redonda I "Candomblé e Saúde: diálogos na promoção da equidade"
10.00/12.00
Dra. Ana Maria Costa, Ministério da Saúde; Dra. Débora do Carmo,Secretaria do Estado  de Saúde, Dra Maria Bernadete Azevedo, Ministério Público/PE;
Moderação .Prof. Dr. Estélio Gomberg, LIDES/UFBA;
Almoço
12.00/13.30




14.00/15.30


Mesa Redonda II Candomblé e Práticas e Saberes de Saúde
Panã: a tartufa ida ao mercado ou uma ritualização terapêutica eficaz.
Profa. Dra. Ana Cristina de Souza Mandarino, PPG Antropologia Social/UFBA


A Herança Africana do Auto-Cuidado: Saberes e Práticas Tradicionais dos Cuidados ao Corpo
Mauro Nunes, Médicos Sem Fronteiras


Mulheres Quilombolas e Práticas Terapêuticas
Profa. Msc.Edite Diniz, GEOGRAFAR- UFBA


Bori: prática terapêutica no Candomblé
Profa. Dra. Maria Lina Leão Teixeira, UERJ




Coord: Profa Dra Maria do Rosário Gonçalves, PPG Antropologia, UFBA


15.30/17.00


Mesa Redonda III Candomblé e Ações Sociais
Curadores, Clientes e Guias no Jarê: O processo de tratamento em um candomblé de caboclo
Profa. Dra. Miriam Cristina Rabelo, PPG Ciências Sociais/UFBA


Quando o voluntariado é axé: a importância das ações voluntárias para a caracterização de uma religião solidária e de resistência no Brasil
Prof. Dr. Ricardo Freitas, PPG Comunicação, UESC/BA


Promoção do Corpo Afro-Brasileiro
Prof. Dr. Dagoberto Fonseca, Dep. de Antropologia, UNESP


Papel da Rede Nacional de Religiões de Matrizes Africanas e o SUS
Adailton Moreira, Terreiro Ile Omi Ojuaro/RJ




Moderação: Prof. Dr. Wilson Caetano Jr, Escola de Nutrição, UFBA
Encerramento
17.00

Lançamento do Livro Leituras Afro-Brasileiras: territórios, religiosidades e saúdes, Editora UFBA
18.00/21.00


Desenvolvimento urbano e sustentabilidade - BA

No dia 03/12, às 17h, na FIEB-Stiep, o Instituto Iris promoverá um debate sobre Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade com Beatriz Lima, arquiteta e coordenadora do Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador; Ubiratan Fêlix, engenheiro e secretário de Infraestrutura de Vitória da Conquista e Isabel Portela, jornalista e diretora presidente do Instituto Iris. Em pauta: o crescimento urbano de Salvador, o boom imobiliário, o Centro Histórico, PDDU e outros temas atuais da nossa urbe.
O evento é a 10º Roda de Diálogos, série de encontros organizados pelo Instituto IRIS para debater com especialistas e interessados temas relevantes da atualidade.
Inscrições gratuitas.
 
Informações:
www.institutoiris.org.br
Tel.: 3350-5526 / 87835549
Eunice Ferreira
Coordenadora de Responsabilidade Social
IRIS - Instituto de Responsabilidade e Investimento Social

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Projeto Wá Jeun Imó Ki Nbó - BA

WÁ JEUN IMÓ KI NBÓ é o evento que chegou para ficar, agregando no mesmo espaço, arte, cultura, lazer, entretenimento. Venha comer cultura que alimenta, desfrutando de uma programação que faz junção entre arte culinária e atividade didático-cultural de bom gosto, fundamentada nas tradições afro-baiana-nordestina, tendo como atrações: pratos, sobremesas e bebidas da rica gastronomia popular e mostras de artesanato, artes plásticas, fotografia , literatura, poesia, exibição de vídeo e espetáculo cênico-musical. Tudo isso para evidenciar, resgatar e preservar símbolos da nossa cultura.


Projeto WÁ JEUN IMÓ KI NBÓ – Venha Comer cultura que Alimenta
Tema: “A Consciência está na Consciência”
Quando? 27 de novembro de 2009.
Local: Casa do Benin – Pelourinho


Programação
 
·        Mostra de vídeo documentário
·        Roda de Diálogo com Stael Machado (Educadora, Psicanalista e artista plástica)
·        Jantar regado a música de Moraes (Cavaquinho) e Josevaldo (Violão)
·        Recital poético com Iara Nascimento e Eddy N’Grão
·        Exposição de artesanato de Marinalva Pinheiro
·        Exposição de artes plásticas com Wal-Ba e Júlio
Opções de Cardápio da Noite
 
·        Efó, vatapá, arroz e moqueca de peixe
·        Galinha da terra, pirão e arroz
 
E pra bebericar?
Meladinha – Aruá – Jurema – Cerveja – água – suco
 
E para dar gosto?
 
Tira gosto de Aberé – Amendoim – pipoca
 
Entrada R$ 20,00 com direito a uma das opções do cardápio + 01 dose de bebericos + 02 unidades (cervejas ou água ou suco) + 01 poção de tira gosto + cultura e arte.
 
Adquira entrada antecipada nos pontos de venda:
 
Praça do reggae – Ana ou Mary
Shopping Liberdade 3º piso na Baby lanches
Casa do Benin
 
Realização e Contatos: Tulany 8748-4183 / 9162-3077   


Mesa Redonda "Rio Vermelho, ontem e hoje" - BA




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Lançamento da coleção Retratos do Brasil Negro - BA

 
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lançamento do livro "Capoeira, identidade e gênero" - BA




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Augusto Leal /Josivaldo Oliveira
ISBN 978-85-232-0585-0
Editora EDUFBA - 2009
200 p. Com ilustrações

Capoeira, identidade e gênero: ensaios sobre a história social da capoeira no Brasil trata do processo de (re)invenção e afirmação das identidades produzidas na dinâmica da cultura afro-brasileira, com especial atenção para a experiência histórica da capoeira e sua relação com diferentes contextos vivenciados na sociedade brasileira. O livro é composto por 9 ensaios, divididos em 3 partes temáticas distintas. Na primeira parte do livro, intitulada: Capoeira, história e identidade, a capoeira é situada na produção da historiografia brasileira, nos manuais didáticos de história, assim como no debate político-ideológico que definia a sua participação, como prática simbólica afro-brasileira, no "projeto" de formação da identidade nacional. Na segunda parte, Personagens da capoeira na literatura brasileira, narrativas literárias são analisadas como registros das diferentes experiências sócio-culturais dos capoeiras tanto na Bahia quanto no Pará, através da produção romanesca da literatura brasileira. A terceira e última parte do livro - Gênero, cultura e capoeiragem - trata da experiência de mulheres no universo da capoeiragem, problematizando as possibilidades de pesquisas mais aprofundadas sobre este tema que tem custado tão caro à historiografia da capoeira no Brasil. Nesta parte do livro, é também apresentada para o leitor uma outra possibilidade de leitura da capoeira, a partir do discurso imagético de Gabriel Ferreira, artista plástico baiano que tem se destacado pela mágica de seus pincéis, ao dar movimento ao jogo da capoeira sobre as telas de madeira e algodão.
A reunião destes ensaios, visa demonstrar a importância da história da capoeira para a compreensão da história do Brasil. Além disso, permite uma reflexão acerca dos procedimentos metodológicos, domínios temáticos e crítica à documentação que devem estar voltados para qualquer pesquisa que venha a ser feita sobre a capoeira. 

Politicamente, os recortes em torno da identidade nacional, educação, historiografia, literatura, gênero e arte visam permitir ao leitor, de qualquer nível de formação e interesse, compreender o alcance da prática da capoeira na sociedade brasileira.
Retirar a capoeira de certo nicho, reduto marcado pelo exotismo, pela "folclorização" (com todo respeito pelos trabalhos de folclore) e de um campo mitológico empolgante, mas igualmente isolado e estigmatizado, para incorporá-la às questões maiores da formação da nacionalidade, da educação, da construção da identidade nacional.
Assim, (...) a capoeira finalmente se torna parte integrante da história do país, da sua face, da sua gênese, faceta antes percebida, mas nunca explicitada.
 

Do prefácio de Carlos Eugênio Líbano Soares
Universidade Federal da Bahia

O quê: Lançamento do livro Capoeira, identidade e gênero: ensaios
sobre a história social da capoeira no Brasil, escrito por Luiz
Augusto Pinheiro Leal e Josivaldo Pires de Oliveira.
Quando: 04 de dezembro, sexta-feira.
Onde: Espaço do andar térreo da Biblioteca Central do Campus de Ondina
Horário: 18:00 horas.

Respostas ao racismo: produção acadêmica e compromisso político em tempo de ações afirmativas - SP




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sábado, 21 de novembro de 2009

Seminário Recôncavo Contemporâneo - BA


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Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira - CULTNE


 
No site CULTNE - Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira você tem a chance de conhecer novos pontos de vista da história do nosso país, através de materiais inéditos em vídeo, em diversos momentos artísiticos e políticos, registrados ao longo de décadas. Além de assistir, você pode se cadastrar e baixar todo o conteúdo do site para seu computador, utilizando livremente o material em edições jornalísiticas, projetos estudantis, ou qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte.  

Site: http://www.cultne.com.br/

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cotistas permanecem nas universidades e têm bom desempenho

Luisa Torreão, do A TARDE, 20/11/2009
Margarida Neide / Agência A TARDE
Alunos cotistas da UFBA. Ao fundo, estátua de Zumbi dos Palmares
Alunos cotistas da UFBA. Ao fundo, estátua de Zumbi dos Palmares
O estudante negro cotista não só tem permanecido na faculdade como tem demonstrado desempenho igual – ou superior – aos demais alunos. Isso é o que mostram os dados da Universidade Federal da Bahia (Ufba), divulgados no mês passado, pelo Serviço de Seleção, Orientação e Avaliação, em referência à primeira turma ingressa pelo sistema de ações afirmativas, em 2005.
Ainda sem números concretos, uma pesquisa da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em andamento há um ano, antecipa conclusões similares, cujo resultado deve sair em março. “As taxas de evasão dos cotistas são relativamente menores e o desempenho é bastante semelhante. Há casos, nas ciências humanas, acima da média”, atesta  Wilson Mattos, pró-reitor de pós-graduação.
Na Ufba, entre estudantes na faixa mais alta (7,6 a 10), cotistas apresentaram notas melhores em cursos como ciências da computação, engenharia elétrica, química, fonoaudiologia, enfermagem, farmácia e comunicação. Em medicina, há uma diferença: no 9º semestre da turma de 2005, 86,7% dos cotistas tiveram desempenho entre 7,6 e 10, perante 91,7% dos não-cotistas.
Quando o assunto é reprovação por falta, não é diferente. Em engenharia elétrica, apenas foi reprovado 0,19% dos cotistas, contra 2,71% dos demais. Em comunicação, perderam 9,48% dos que entraram por cotas e 11,21% do restante. Só em medicina, foi reprovado 1,19% dos cotistas, diante de apenas 0,17% dos não-cotistas.
Em nove cursos de prestígio (entre eles arquitetura, engenharia e direito), a taxa de jubilamento de cotistas foi zero. “O argumento de que o cotista abandonaria não tem consistência analítica”, diz o Jocélio Teles, pesquisador do Centro de Estudos Afro-Orientais e coordenador do Fórum Interinstitucional em Defesa das Ações Afirmativas. “Os dados são positivos e mostram que a adoção de cotas promoveu a democratização do ensino, sem perda de qualidade”, analisa Teles.
O reitor Naomar de Almeida diz que a qualidade da Ufba cresce: “Começamos a dar uma virada. A mudança no perfil do alunado trouxe a diversidade”.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eventos da SEMUR lembram o 20 de Novembro - BA


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IPCN 35 Anos - RJ






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Uma Escola de Formação Política"

PROGRAMAÇÃO

Fotos do Folder: Jörg Trettler

MESTRE DE CERIMÔNIA:
Adagoberto Arruda
– Professor, Ator e Diretor Administrativo e de Patrimônio do IPCN

DIA: 23 DE NOVEMBRO DE 2009


O IPCN HOMENAGEIA
PAI AMARO DE XANGÔ,
MÃE BELINHA DE OXÓSSE E
PAI ZÉZINHO DA BOA VIAGEM,
como Mantenedores da Tradição das Matrizes Africanas.


18:00h 1ª Mesa – Abertura do Seminário com saudações das autoridades.

- Representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
- Hildézia de Medeiros - Superintendente Executiva dos Conselhos Vinculados da Secretaria de Estado de Ação Social e Direitos Humanos - SEASDH
- Paulão Santos - Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro
- Cecília Teixeira Soares - Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
Mediadora: Aduni Benton – Diretora do Documentário "IPCN 35 Anos! Uma Escola de Formação Política", Diretora Artística da Cia. É Tudo Cena!, membro da UNEGRO

· 18:45h - MOMENTO PARA O CAFÉ

19:00h 2ª Mesa – A INFLUÊNCIA DO IPCN NO COMBATE AO RACISMO NACIONAL

- João Jorge –
Mestre em Direito Publico pela UnB, advogado e Presidente do Olodum

- Gevanilda Silva – Mestre em Sociologia Politica PUC / SP
- Milton Barbosa – Membro fundador do MNU / Bacharelando em Economia na USP
- Teresa Santos - Atriz, Diretora de Teatro, Filósofa e Militante do Movimento Negro
- Juarez Xavier – Jornalista - Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura, Membro fundador da UNEGRO
- Amauri Mendes – Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Educaçao pela UERJ, Professor de Sociologia da UEZO – Ex-Presidente do IPCN
Mediador: Luiz Eduardo NEGROGUN  – Produtor Cultural, Presidente do COBRA e Presidente Regional do Movimento Negro do PDT

DIA: 24 DE NOVEMBRO DE 2009

● 18:00h 1ª Mesa – A CONSTRUÇÃO DO MOVIMENTO NEGRO NO RJ – DÉCADAS DE 70/80



- Yedo Ferreira –
Bacharelando de Matemática pela UFRJ / Membro Fundador do IPCN / Membro Fundador do MNU

- Suzete Paiva - Professora e Membro da UNEGRO
- Ana Felipe - Pós-graduada em Filosofia // Coordenadora do Memorial Lélia Gonzalez // Fundadora do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN // Presidente da Associação de Estudos e Atividades Filosóficos - SEAF
- Wilson Prudente – Procurador do Ministério Público do Trabalho
- Edialeda Salgado – Médica e Presidente Nacional do Movimento Negro do PDT
- Jorge Coutinho – Presidente do Sindicato dos Artistas e Presidente do PMDB Afro.
Mediadora: Angélica Basthi - Jornalista

● 19:45h – MOMENTO PARA O CAFÉ

20:00h 2ª Mesa - EXPERIÊNCIAS DE GESTÃO, CONQUISTAS, DIFICULDADES E LEGADOS




- Benedito Sergio – Representante da Fundação Cultural Palmares no Rio de Janeiro

- Orlando Fernandes - Capitão, Mecanico de Manutençao de Aeronaves e Mecanico Ferramenteiro, Publicitario e Produtor Gráfico, antigo militante do partidão e fundador do PDT, fundador do IPCN e GRANES Quilombo

- Paulo Roberto dos Santos – Professor e Assessor Especial da Superintendência de Igualdade Racial - SEASDH

- Abgail Páschoa – Militante Histórica do Movimento de Mulheres e Homens Negros

- Sebastião Soares - Pós Graduado em Historia da África

- Amauri Silva – Diretor do Centro Cultural José Bonifácio

- Maria Alice Santos – Produtora Cultural e Presidente do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras - IPCN

Mediador: Júlio Tavares – Antropólogo

Clique nas imagens acima ou no link do nosso blog:
http://institutodepesquisadasculturasnegras.blogspot.com/