No ECCO – Espaço Cultural Contemporâneo
Exposições individuais: “Cidade Visível”, de Marcelo Reis (Bahia) e “Os Espíritos na Terra”, de Luis Alcalá del Olmo (Espanha)
Abertura, dia 1º de julho, terça-feira, às 20h
Visita guiada com artistas, às 19h30
Encontro Técnico p. Educadores, dia 2 de julho, quarta-feira, às 09h
O EVENTO
Para marcar os 120 anos da Abolição no Brasil, Fundação Palmares e a Fundação Athos Bulcão, em parceria com o ECCO, realizam o evento OLHARES AFROCONTEMPORÂNEOS, que inclui as exposições individuais “Cidade Visível”, de Marcelo Reis (Bahia) e “Os Espíritos na Terra”, de Luis Alcalá del Olmo (Espanha).
As mostras serão inauguradas em 1º de julho de 2008, terça-feira, às 20h, no Espaço Cultural Contemporâneo – ECCO.
Em agosto, serão abertas mais 2 (duas) exposições quais sejam: “Na Roda da Capoeira”, coletiva organizada pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no ECCO, e a individual “Expressões Africanas”, de Leni Vasconcelos, com curadoria de Girafa, no Museu Nacional, que serão detalhadas em release oportunamente.
AS EXPOSIÇÕES
“Cidade Visível”, Marcelo Reis
Trata-se de uma mostra inédita reunindo fotografias de uma das mais importantes manifestações populares do país, cujo início foi antes da abolição em fins do século XIX: a festa da comunidade negra no Recôncavo da Bahia, na cidade de Saubara.
Esta manifestação centenária marca o episódio em que negros já lutavam por alforrias e as origens do movimento popular em prol da independência da Bahia (que se dá no mesmo período), ganhando, o próprio Estado, sua “alforria”. O evento, que foi ímpar no Brasil da pré-abolição, ocorre nos 4 (quatro) domingos de julho (mês da independência da Bahia).
Segundo a jornalista e curadora Silvia Nonata,“...a leitura imagética que Marcelo Reis faz dos “Caretas de Saubara” também o transforma. Como autor, constrói sua narrativa em cima de um acontecimento, mas o faz numa atmosfera onírica. Os ângulos escolhidos nos mostram em muitas imagens uma cidade praticamente vazia, habitada quase somente pelos caretas, que ora aparecem em bandos, ora nos olham sozinhos.Marcelo Reis transcende o caráter factual e nos leva a uma instância simbólica rica de significações. Neste jogo sem fim, ao contemplarmos suas imagens, também acabamos transformados por elas..”
No que se refere à estrutura da exposição, são imagens em que o referente fotográfico salta aos olhos no mais puro naturalismo. Isso pode ser visto na escolha da luz, nos planos abertos, na profundidade de campo, nas cenas tomadas por flagrante. Reis estrutura fotograficamente sua matéria-prima, a realidade do acontecimento.
“Os Espíritos na Terra”, Luis Alcalá del Olmo
As fotografias apresentadas nesta exposição estruturam-se em 6 (seis) séries correspondentes às peregrinações do ano litúrgico: Erzulie Freda, Barón Samedi, Ogoun Ferraillé, Souvenance, Ganthier y Ra Rá, às quais, sinteticamente, são:
Erzulie Freda - Deusa Vodu do amor e da beleza, identificada com Nossa Senhora do Carmo. Reside em Saut d'Eau (Artibonite), onde uma imensa cascata se esconde em plena selva tropical junto à igreja de Nossa Senhora do Carmo construída em 1849, após a aparição da Virgem, na copa de uma palmeira.
Ogoun Ferraillé - Deus Vodu da guerra e se identifica com “Santiago, o Grande”, cuja festa é celebrada na Lagoa de Santiago na região da Planície do Norte, onde se encontra uma igreja com uma grande imagem de Santiago à cavalo, em atitude guerreira.
Souvenance- É um “lakou se encontra perto da vila de Gonalves e é um dos centros de culto ao Vodu mais famosos do Haiti. A peregrinação que ocorre sexta-feira santa, sábado de Aleluia e domingo de Ressurreição.
Ganthier - Vilarejo, perto da capital, onde está o “calvário dos milagres”,montanha com pequena capela e três cruzes. Sexta-feira santa os fiéis se dirigem ao local, rezam com braços levantados, lamentam e gritam de angústia, esperando conseguir o milagres como: achar trabalho, curar doença, espantar azar e outras súplicas.
Ra Rá - Bandas de música e dança que, durante a Quaresma, perambulam, cantando e dançando pelos campos e subúrbio das cidades. Em cada banda, há hierarquia social e na formação, organização tipo militar.
Barón Samedi - Cabeça da grande família dos Gédé, os deuses dos mortos, encarregados de velar pelas tumbas e os cemitérios. Os fiéis vão ao cemitério, além de perambular pelas ruas e mercados vestidos de preto, branco e violeta, com a cara pintada de branco.
Como afirma o crítico Jean Claude Fignolé, “a lente de Alcala objetiva fez mais do que ver. Poetiza a realidade através da magia de uma estranha cumplicidade escalonada em graus de simpatia, que deixa abolida a distância entre curiosidade e conivência. As imagens falam. Contam. Significam. Concretizam-se nos rostos por uma adequação entre a arte e a realidade, emoções sempre próximas ao êxtase. A alegria se veste de voluptuosidade e se sublima com força imaterial. Cada emoção captada, reproduzida em sua essência, se parece curiosamente à expressão dada pela câmera; se objetiva, se torna sensação paralisada em diferentes posturas para a eternidade”.
Exposições individuais: “Cidade Visível”, de Marcelo Reis (Bahia) e “Os Espíritos na Terra”, de Luis Alcalá del Olmo (Espanha)
Abertura, dia 1º de julho, terça-feira, às 20h
Visita guiada com artistas, às 19h30
Encontro Técnico p. Educadores, dia 2 de julho, quarta-feira, às 09h
O EVENTO
Para marcar os 120 anos da Abolição no Brasil, Fundação Palmares e a Fundação Athos Bulcão, em parceria com o ECCO, realizam o evento OLHARES AFROCONTEMPORÂNEOS, que inclui as exposições individuais “Cidade Visível”, de Marcelo Reis (Bahia) e “Os Espíritos na Terra”, de Luis Alcalá del Olmo (Espanha).
As mostras serão inauguradas em 1º de julho de 2008, terça-feira, às 20h, no Espaço Cultural Contemporâneo – ECCO.
Em agosto, serão abertas mais 2 (duas) exposições quais sejam: “Na Roda da Capoeira”, coletiva organizada pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no ECCO, e a individual “Expressões Africanas”, de Leni Vasconcelos, com curadoria de Girafa, no Museu Nacional, que serão detalhadas em release oportunamente.
AS EXPOSIÇÕES
“Cidade Visível”, Marcelo Reis
Trata-se de uma mostra inédita reunindo fotografias de uma das mais importantes manifestações populares do país, cujo início foi antes da abolição em fins do século XIX: a festa da comunidade negra no Recôncavo da Bahia, na cidade de Saubara.
Esta manifestação centenária marca o episódio em que negros já lutavam por alforrias e as origens do movimento popular em prol da independência da Bahia (que se dá no mesmo período), ganhando, o próprio Estado, sua “alforria”. O evento, que foi ímpar no Brasil da pré-abolição, ocorre nos 4 (quatro) domingos de julho (mês da independência da Bahia).
Segundo a jornalista e curadora Silvia Nonata,“...a leitura imagética que Marcelo Reis faz dos “Caretas de Saubara” também o transforma. Como autor, constrói sua narrativa em cima de um acontecimento, mas o faz numa atmosfera onírica. Os ângulos escolhidos nos mostram em muitas imagens uma cidade praticamente vazia, habitada quase somente pelos caretas, que ora aparecem em bandos, ora nos olham sozinhos.Marcelo Reis transcende o caráter factual e nos leva a uma instância simbólica rica de significações. Neste jogo sem fim, ao contemplarmos suas imagens, também acabamos transformados por elas..”
No que se refere à estrutura da exposição, são imagens em que o referente fotográfico salta aos olhos no mais puro naturalismo. Isso pode ser visto na escolha da luz, nos planos abertos, na profundidade de campo, nas cenas tomadas por flagrante. Reis estrutura fotograficamente sua matéria-prima, a realidade do acontecimento.
“Os Espíritos na Terra”, Luis Alcalá del Olmo
As fotografias apresentadas nesta exposição estruturam-se em 6 (seis) séries correspondentes às peregrinações do ano litúrgico: Erzulie Freda, Barón Samedi, Ogoun Ferraillé, Souvenance, Ganthier y Ra Rá, às quais, sinteticamente, são:
Erzulie Freda - Deusa Vodu do amor e da beleza, identificada com Nossa Senhora do Carmo. Reside em Saut d'Eau (Artibonite), onde uma imensa cascata se esconde em plena selva tropical junto à igreja de Nossa Senhora do Carmo construída em 1849, após a aparição da Virgem, na copa de uma palmeira.
Ogoun Ferraillé - Deus Vodu da guerra e se identifica com “Santiago, o Grande”, cuja festa é celebrada na Lagoa de Santiago na região da Planície do Norte, onde se encontra uma igreja com uma grande imagem de Santiago à cavalo, em atitude guerreira.
Souvenance- É um “lakou se encontra perto da vila de Gonalves e é um dos centros de culto ao Vodu mais famosos do Haiti. A peregrinação que ocorre sexta-feira santa, sábado de Aleluia e domingo de Ressurreição.
Ganthier - Vilarejo, perto da capital, onde está o “calvário dos milagres”,montanha com pequena capela e três cruzes. Sexta-feira santa os fiéis se dirigem ao local, rezam com braços levantados, lamentam e gritam de angústia, esperando conseguir o milagres como: achar trabalho, curar doença, espantar azar e outras súplicas.
Ra Rá - Bandas de música e dança que, durante a Quaresma, perambulam, cantando e dançando pelos campos e subúrbio das cidades. Em cada banda, há hierarquia social e na formação, organização tipo militar.
Barón Samedi - Cabeça da grande família dos Gédé, os deuses dos mortos, encarregados de velar pelas tumbas e os cemitérios. Os fiéis vão ao cemitério, além de perambular pelas ruas e mercados vestidos de preto, branco e violeta, com a cara pintada de branco.
Como afirma o crítico Jean Claude Fignolé, “a lente de Alcala objetiva fez mais do que ver. Poetiza a realidade através da magia de uma estranha cumplicidade escalonada em graus de simpatia, que deixa abolida a distância entre curiosidade e conivência. As imagens falam. Contam. Significam. Concretizam-se nos rostos por uma adequação entre a arte e a realidade, emoções sempre próximas ao êxtase. A alegria se veste de voluptuosidade e se sublima com força imaterial. Cada emoção captada, reproduzida em sua essência, se parece curiosamente à expressão dada pela câmera; se objetiva, se torna sensação paralisada em diferentes posturas para a eternidade”.
SOBRE OS ARTISTAS
Marcelo Reis
Vive e trabalha em Salvador. É fotógrafo, jornalista, professor de fotografia. Coordena a Casa da Photographia desde 1997. Obteve reconhecimento nacional, com o lançamento de vários projetos com o apoio da iniciativa privada que incluem eventos mensais com fotógrafos locais, nacionais e estrangeiros, a exemplo de Mário Cravo Neto e Walter Firmo, o fotógrafo da revista National Geográfico Devis Alan Havey e o curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Diógenes Moura.
Como fotógrafo, começou a expor profissionalmente em 97, na Galeria Esteio, na Vila de Sitio Novo, em Catu/ Ba. Já expôs em diversas galerias, museus e salas de artes em Salvador e no Brasil, além dos espaços culturais Caixa Cultural do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília. Desde o ano de 1999, está com o projeto RITOS POPULARES que segue uma linha Estética/ Documental sobre os Movimentos Populares Brasileiros. É membro da Associação de Artes Visuais da Bahia, produtor cultural, professor, curador, diretor do A GOSTO (festival Nacional de Fotografia com uma série de eventos totalizando 30 dias de atividade durante o mês de agosto com mostras debates, leituras de portfólios e oficinas), coordenador do Projeto CAMERALATA, editor da revista NUOLHAR, colunista, escreve textos críticos sobre fotografia para diversas exposições fotográficas.
É produtor cultural desde 1999 e atua em inúmeros projetos como: “Quartas da Casa”, produção do ciclo de palestras sobre fotografia e cinema na Biblioteca Central em Salvador na Bahia; “Feira de Arte Fotográfica” e administração todo 1º domingo do mês no Terreiro de Jesus Pelourinho, Salvador, BA; “Mês Internacional da Fotografia – BAHIA”, organizando exposições que ocorrem no Teatro Jorge Amado, Teatro XVIII, Photo Store e sede da Coelba “Falando de Foto”, etc.
Luis Alcalá del Olmo
Começou sua carreira trabalhando como fotógrafo independente em diversas Agências Internacionais de notícias na América do Sul e Caribe. Antes de começar a trabalhar em tempo integral com fotojornalismo, sua carreira como repórter gráfico começou com vários projetos fotográficos na área de antropologia visual de comunidades na África Sub-sahariana. Em seus quinze anos de carreira como fotojornalista, documentou numerosos acontecimentos políticos, culturais e desportivos, foi responsável pela transmissão de imagens para agências e jornais da América Latina. Foi, ainda, coordenador e produtor de reportagens especiais nos últimos dez anos para o jornal Primera Hora, em San Juan , Porto Rico.
O PROGRAMA EDUCATIVO
Por ocasião do evento e dando prosseguimento ao seu PROGRAMA EDUCATIVO, o Espaço Cultural Contemporâneo – ECCO, em parceria com a Secretaria de Educação do GDF, realiza um evento especial para educadores, professores, Coordenadores Pedagógicos e Diretores de Escolas Públicas e Particulares. Será o XVI Encontro Técnico do Programa Educativo (curso de capacitação para educadores). O tema será DIVERSIDADE E CULTURA NEGRA - ARTE: HISTÓRIA E SOCIOLOGIA, ligado ao conteúdo das exposições e relacionado aos 120 anos da abolição no Brasil. Serão tratados temas transversais tais como: educação cívica e patrimonial, diversidade e abordadas disciplinas como: artes, geografia, filosofia, sociologia, história e literatura, matérias inclusas nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s. Será concebido, ainda, material didático específico para atender aos educadores, oferecendo subsídios para o trabalho em sala de aula, desenvolvido pelo professor Nelson Inocêncio, do IDA/UnB.
Os textos para análise e reflexão serão complementados por documentos iconográficos e históricos, além de exercícios que promovam a aprendizagem e favoreçam a interdisciplinaridade proposta para os currículos oficiais. O programa educacional conta também com visitas guiadas e trabalhos em oficina educativa para alunos. É dirigido para escolas de ensino médio e fundamental, públicas e privadas, e estudantes universitários.
O evento acontece quarta-feira, dia 02 de julho de 2008, com opções de horário matutino ou vespertino (9h à 12h30 e das 14h às 17h30). As inscrições são gratuitas, bem como material impresso aos participantes. Vagas limitadas e possibilidade de certificação!
SERVIÇO:
Exposições:
“Cidade Visível” (Galeria I)
“Os Espíritos na Terra” (Galeria II)
Abertura para convidados – terça-feira, 1º de julho de 2008, às 20h - Visita guiada, às 19h30
Programa Educativo - Encontro Técnico para educadores, na quarta-feira, 2 de julho, a partir das 9h.
Inscrições e agendamento de visitas: 61.33272027 ramais 29 ou 31.
Visitação : Até 24 de agosto de 2008, terça a domingo das 9h às 19h
LOCAL
Espaço Cultural Contemporâneo - ECCO
SCN Quadra 3 Lote 5 (ao lado da concessionária JORLAN, entre o Liberty Mall e o Edifício VARIG)
Site: HYPERLINK "http://www.eccobrasilia.com.br" www.eccobrasilia.com.br
MAIS INFORMAÇÕES
Direção Geral do ECCO
Karla Osorio Netto: 33676303 / 99412103 HYPERLINK "mailto:karla.osorio@arte21brasilia.com.br" karla.osorio@arte21brasilia.com.br
Produção ECCO:
Gisele Peixoto 33272027 r. 22 / 61. 81154839 / HYPERLINK "mailto:prod.3@arte21brasilia.com.br" prod.3@arte21brasilia.com.br
Juana Miranda:33272027 r.25 / 61. 84289999 / HYPERLINK "mailto:ecco@eccobrasilia.com.br" ecco@eccobrasilia.com.br
Curadoria
Cidade Visível, Silvia Nonatas: 71. 9177 6339 / 71. 3495 8901/ HYPERLINK "mailto:nonatas@uol.com.br" nonatas@uol.com.br
Os Espíritos na Terra, Jean Claude Fignolé
PROGRAMA EDUCACIONAL
Agendamento de visitas guiadas e trabalhos em oficina.
Luciana Borges HYPERLINK "mailto:educativo@eccobrasilia.com.br" educativo@ECCObrasilia.com.br Tel:. 33272027 ou 2025 r. 29 ou 31 99642103
FICHA TÉCNICA
REALIZAÇÃO Fundação Athos Bulcão e ECCO
APOIO INSTITUCIONAL Lei de Incentivo à Cultura-Minc, GDF, Secretaria de Estado de Educação do D, Casa da Photographia, Studio Digital, ABDV, Agência Click e UNICEF
APOIO Fundação Cultural Palmares, Minc e Gov. Federal
PRODUÇÃO ARTE 21
SCN Quadra 03 Bloco C Loja 05
70713 000 Brasília – DF Tel. 61 33272027
www.eccobrasilia.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário