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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Monitoramento das políticas de ação afirmativa nas unviersidades públicas brasileiras - RJ
SECRI promove Fórum Salvador África: Política, Cooperação e Comércio - BA
Com o objetivo de propiciar a construção de um ambiente favorável à realização de parcerias, investimentos e negócios por meio da aproximação entre os atores locais políticos e privados da Cidade do Salvador e da África, a SECRI - Relações Internacionais realizará nos dias 18 e 19 de setembro de 2008 o fórum Salvador - África: Política, Cooperação e Comércio. O evento propõe a discussão da relação Salvador - África a partir de olhares convergentes, no âmbito da economia, do comércio e da cooperação. Inscrições:04/09 a 16/09/08. Clique no banner do seminário e inscreva-se.
http://www.secri.salvador.ba.gov.br/
Lançado o Manifesto contra a intolerância religiosa
Assine o manifesto e divulgue entre seus amigos, vamos criar uma grande corrente de apoio, em nível nacional para este momento histórico que está sendo construído.
Ontem a Presidência da República entrou em contato conosco dizendo que o Lula estará na Assembléia da ONU, mas enviará um representante. HOje à noite a Globo começará a veicular a chamada; o mesmo farão a CBN e a Rádio Globo em nível nacional; na Bahia Paulo Rogério do Correio Nagô está com o banner chamando para a caminhada. Enfim, as fronteiras já foram rompidas há muito tempo e este movimento cívico-religioso está ganhando um belo corpo.
Vejam o manifesto:
CONTRA A INTOLERÂNCIA, PELA LIBERDADE DE CULTO E AFIRMANDO A DEMOCRACIA, INTELECTUAIS, ARTISTAS, MILITANTES RELIGIOSOS ENTRE OUTROS ASSINAM ESTE MANIFESTO DE APOIO À CAMINHADA PELA LIBERDADE RELIGIOSA – 21 DE SETEMBRO – ORLA DE COPACABANA
Os crescentes casos de discriminação religiosa ocorridos na história recente de nosso país motivaram a criação de uma Comissão de Combate à Intolerância, na cidade do Rio de Janeiro e esta, por sua vez, inspirada em ventos que nos sopram dos quilombos, da manutenção de seus ancestrais e do reconhecimentos que descendemos de heróis - que mesmo escravizados - não esqueceram suas raízes, decidiu realizar neste 21 de setembro de 2008, a Caminhada Pela Liberdade Religiosa.
Clique aqui para ler o manifesto na íntegra e assiná-lo
Coordenador do Coletivo de Entidades Negras - CEN/RJ
Editor do blog: Palavra Sinistra
Integrante da Rede Mamapress e colunista de Afropress
Membro do Conselho Editorial da revista Raça Brasil
MSN: marciogualberto@ msn.com
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Seminário sobre isenção de impostos para terreiros
No encontro serão mostrados os caminhos para se conseguir a dispensa do pagamento de impostos. Quem quiser participar deve entrar em contato com a Federação Nacional do Culto Afro Brasileiro (Fenacab) por meio dos telefones (71) 3321-1548/4009-2616 para fazer a inscrição, pois as vagas são limitadas.
FONTE: Jornal A Tarde
Igualdade em ritmo lento (Cleidiana Ramos)
Mas os negros nordestinos ainda ganham muito pouco, segundo o Ipea: metade da remuneração média da região Centro Oeste (R$ 690,9). Além disso, os brancos nordestinos ganham R$ 985,5 e os negros desta mesma região R$ 502.
A pesquisa é mais uma demonstração de como os recortes de cor em dados como renda ainda demonstram a dívida histórica e moral que o Brasil possui com descendentes dos povos africanos que foram trazidos para cá como mão de obra forçada. O país mudou, a escravidão acabou, mas a maioria de nós, negros, continua a ser tratada como cidadãos pela metade.
As ações afirmativas que começam a acontecer aos poucos, caso das cotas nas universidades, são debatidas em sua complexidade ainda por pouca gente e, geralmente, apenas nos meios acadêmicos. No universo mais geral da população brasileira a discussão continua centrada em se há racismo ou não há racismo, um efeito do antigo discurso da "democracia racial" que agora se apóia na "reparação social", defendida calorosamente por alguns setores, inclusive pesquisadores.
A polêmica muitas vezes fica girando em torno da nomenclatura. Mas se os mais pobres, os que tem maiores dificuldades no acesso à saúde e educação são negros o tipo de desigualdade não gira em torno do componente racial? Dados como estes do Ipea estão aí para mostrar que desiguladade no Brasil passa pela questão da cor.
Para saber mais sobre a pesquisa Ipea, inclusive a análise de especialistas, vale a pena ler a matéria de Emanuella Sombra no primeiro caderno, página 4, da edição de hoje do jornal A Tarde.
FONTE: Jornal A Tarde, 10/09/2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Indicadores sociais da população negra têm melhoras, mas condições de vida seguem inferiores às dos brancos
o UOL Notícias
Em São Paulo
Os índices de escolaridade, renda e pobreza da população negra registraram melhoras entre 1996 e 2006, mas as condições de vida cotninuam inferiores às dos brancos no Brasil. A avaliação é de estudo sobre desigualdade racial e de gêneros divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo dados do estudo, em 1996, 82,3% dos negros estavam matriculados em etapas do ensino fundamental adequadas à sua idade e apenas 13,4% no ensino médio. Em 2006, essa porcentagem subiu para 94,2% no ensino fundamental e 37,4% no médio. A porção de negros e negras que estudaram mais de oito anos na educação formal, entretanto, ainda é muito menor que a de brancos - que chegou a 58,4% em 2006.
A renda média do trabalhador negro também cresceu, embora o aumento não seja muito expressivo: o rendimento médio de 2006 foi R$ 19 mais alto que em 1996, ou 3,93%. A queda da diferença entre os dois grupos se deu devido a diminuição dos rendimentos dos homens brancos, que passaram de R$ 1.044,20 a R$ 986,50. Os demais grupos estudados (mulheres brancas e negras e homens negros) tiveram aumentos.
Mesmo com essa alta, a discrepância é grande. Os brancos ainda vivem com quase o dobro da renda mensal per capita dos negros - pouco mais de um salário mínimo a mais.
Outras constatações do estudo mostram que a população negra é menos protegida pela Previdência Social do que os brancos - especialmente no caso da mulher negra - e começa a trabalhar mais cedo para se aposentar mais tarde.
"A renda dos negros é extremamente baixa comparada à dos brancos, e está muito próxima ao valor do salário mínimo", diz o professor Claudio Dedecca, do departamento de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo.
Dedec ca explica que a oscilação da renda de negros e brancos teve sinais diferentes entre 1996 e 2006 porque os acréscimos ou decréscimos nos pagamentos têm diferentes origens. "O comportamento da renda dos brancos é definido por negociação coletiva ou fluxos do mercado de trabalho. Então, nesses últimos 13, 14 anos, acompanhou a queda na renda média da população. Já a dos negros está associada à evolução da política do salário mínimo."
Além do crescimento dependente das políticas públicas, a evolução da renda entre negros e queda entre os brancos não se refletiu na erradicação da pobreza. Se em 1996 46,7% dos negros eram pobres, o percentual desceu em 2006 para 33,2. Na prática, cerca de 2 milhões de pessoas deixaram a pobreza num período em que a população ganhou mais de 32 milhões de brasileiros. Entre os brancos, o número absoluto de pessoas que deixaram a pobreza foi de cerca de 5 milhões, mesmo a queda em pontos percentuais tendo sido menor - de 21,5% para 14,5%.
Especialistas dedicados à questão da desigualdade racial concordam entre si com a raiz histórica deste vácuo econômico entre brancos e negros. Educação básica deficiente e pouco universalizada, a herança histórica deixada por séculos de escravismo e uma tradição de ocupar empregos de pouco prestígio social estão entre as causas da diferença.
Para o sociólogo Rogério Baptistini Mendes, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), o fim da escravidão sem a criação de um mercado de trabalho que absorvesse a mão-de-obra negra e herança de concentração fundiária na mão de ricos produtores agrícolas privaram a população negra de acesso a "mecanismos democráticos de ascensão social, econômica e cultural".
"A sociedade brasileira foi constituída em três séculos de colonização e quatro de escravidão. Isso gerou uma estrutura de segregação absoluta que foi sendo superada ao longo do século 20, mas não na velocidade necessária para democratizá-la", explica Baptistini. "Não temos mecanismos para distribuir a renda. É como se no século 21, ainda vivêssemos em uma sociedade escravocrata."
O economista Vinícius Garcia, mestre em Economia Social e do Trabalho pela Unicamp, aponta a geografia como outro importante fator para explicar a concentração da pobreza entre os negros. "No nosso estudo, vimos que a população negra está super-representada nas áreas menos desenvolvidas do país, como no Norte e no Nordeste. E é menos concentrada em regiões como o Sudeste, que tem uma estrutura econômica mais dinâmica", pondera ele.
Diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Palmares, Bernardete Lopes defende que o estudo do Ipea é importante para provar à sociedade que os preconceitos raciais não foram superados no Brasil. "Acho que essa pesquisa vai fazer algumas pessoas entenderem quando dizemos que o país precisa de ação afirmativa e precisa de cotas, porque mostra que não vivemos numa democracia racial, e que a discriminação não era pela pobreza, mas sim pela raça e pela cor", afirma.
Mais sobre o estudo
"É muito doído perceber que, embora o movimento negro tenha conseguido grandes vitórias e o Estado brasileiro hoje esteja preocupado em diminuir as diferenças, elas continuam sendo sempre o dobro", completa Bernardete, referindo-se a distância de quase 50% entre os salários de pessoas que nasceram com cores de pele diferentes.
De república, a gente só tem o nome"
As melhorias no acesso à educação formal também não foram capazes de acabar com a desvantagem dos negros em relação aos brancos na escolaridade. Enquanto 58,4% dos brancos estavam em 2006 matriculados no ensino médio com idade adequada para o curso, apenas 37,4% dos negros estavam no mesmo patamar, revelam os dados do Ipea.
Rogério Baptistini também vê nestes números um fundo histórico. "A República nunca criou um sistema universal de igualdade pela educação; nossa educação nunca foi republicana. A abertura da universidade para a qualificação dos mais pobres, na sua maioria negros e miscigenados, é muito recente", diz o sociólogo.
"Políticas adotadas gradativamente, como as cotas para alunos de escolas públicas e negros, estão tentando corrigir esse desvio histórico na sociedade brasileira, mas ainda não passam da superfície", explica Baptistini. "De república, a gente só tem o nome."
Bernardete Lopes acredita que a melhoria deste quadro deve passar necessariamente pela educação básica. "Acho que é preciso melhorar a qualidade do ensino público nas primeiras séries, e continuar com incentivos para que as crianças fiquem na escola e não precisem parar de estudar para ajudar a família a se manter", diz. Para a dirigente da Fundação Palmares, isto é parte do caminho para a emancipação econômica da população negra.
Mas, para garantir a eficiência do modelo, as crianças devem gostar de ir à escola. "Uma vez li um estudo de uma socióloga da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que dizia que um dos motivos por que as crianças negras não gostavam da escola por receberem os apelidos mais cruéis entre os colegas", conta Bernardete.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Um desafio imenso – entrevista com Luiza Bairros
Luiza Bairros – De fato, uma das coisas mais difíceis em uma secretaria como a Sepromi é definir prioridades. Esta é uma estrutura criada há um ano e meio, que tem como missão tratar de questões sobre as quais o governo do Estado nunca havia se debruçado antes. Existe uma grande demanda reprimida de interesses e direitos destas populações com as quais nós trabalhamos (negros e mulheres) e a Sepromi acaba sendo a porta dentro do governo estadual hoje por onde esta demanda vai entrar. Entretanto, logo após sua criação, estabeleceu-se nesta secretaria uma prioridade em relação às comunidades quilombolas que é hoje o carro – chefe das ações da secretaria.
Cultura Afro-brasileira em destaque - RJ
Girakandombe é um espetáculo de dança contemporânea que cria diálogos entre o universo mítico afro-brasileiro e o contexto cotidiano através de tensões estabelecidas entre os indivíduos no espaço urbano.
O Núcleo foi criado em 2004, no Programa Interdisciplinar de Iniciação e Profissionalização Artística da Cia de Dança Contemporânea da UFRJ.
Esta linha de pesquisa investiga os modos de ser e agir da corporeidade submersa nas tradições dançantes, sagradas e profanas, da cultura afro-brasileira.
O espetáculo será realizado nos dias 12, 13 e 14 de setembro, no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, que fica na Rua José Higino, 115, Tijuca.
A apresentação do dia 12 será às 20h30 e dos dias 13 e 14, às 20h.
Fonte: Site da UFRJ
FACOM promove colóquio para debater comunidades indígenas e de imigrantes no Brasil - BA
Ciclo de Estudos: "Abolicionismo(s) e Abolição" - SP
Local: Sala 34 da FAFIL, Fundação Santo André
Av. Príncipe de Gales, 821 - Santo André
Quinzenalmente aos sábados, 16h30
Coordenação: Aline e Mara Onijá
Realização: LER-QI Liga Estratégia Revolucionária
O Ciclo de Estudos faz parte da programação da Escola Livre de Cultura e Ciência, impulsionada por estudantes e professores da Fundação Santo André.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Sancionada lei que cria o Dia das Nações do Candomblé
RIO - O governador em exercício Luiz Fernando Pezão sancionou a Lei 5.297, publicada na edição desta sexta-feira no Diário Oficial, que institui o “Dia das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé”, a ser comemorado anualmente no dia 30 de setembro. O Executivo fluminense, com a colaboração dos centros religiosos de candomblé, promoverá, conjuntamente, atividades alusivas à data.
Apesar de ser uma tradição antiga na África, o candomblé só se organizou como culto religioso recentemente, devido à discriminação e perseguição que sofreu no país.
O candomblé é uma religião oficialmente reconhecida, que presta culto aos deuses que nos legaram os africanos que vieram para o Brasil no século 16. O significado da palavra candomblé para os adeptos desta forma de culto aos orixás vem a ser festa. Candomblé também é o termo genérico que define o coletivo de nações (tribos) africanas no Brasil.
A maioria dos negros trazidos para o Brasil pertencia aos grandes grupos étnicos bantos, capturados no Congo, Angola e Moçambique; sudaneses, originários da Nigéria, Daomé e Costa do Marfim; e sudaneses convertidos ao islamismo.
No Brasil, essas nações foram denominadas Jeje, Keto, Angola, Nagô, Xambá e Ijexá. Os sudaneses dirigiram-se predominantemente para a Bahia e os bantos, para Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Encontro "Por uma questão de gênero e raça" - BA
Encerramento das atividades em homenagem ao 25 de Julho Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe.
PROGRAMAÇÃO
19:00h Abertura
19:15 h Pronunciamento do Babalorixá, Egbomis, Ekedes
19:45 Composição da Mesa
Reflexões na Questão Mulher :Gênero X Raça
20:30h Referência e Reverência à História de Luiza Mahin.
21:00h Entrega do Troféu Luiza Mahin ás mulheres homenageadas.
Encerramento com apresentação Cultural e Coquetel Afro
Exposições:
120 Anos de Abolição – Departamento de Museologia da Fundação Pedro Calmon
Salvador Negro Amor – Fotos de Sérgio Guerra/Produção Maianga
Local :Ilê Axé Oxumarê
Av. Vasco da Gama( em frente a passarela da Delicatessen Perine) ou pelo Final de Linha do bairro da Federação.
Data 05.09.08
Horário:19:00h
Contatos: 3237-2859/ 8107-3566/3242-3070/8825-3142
II Semana de Relações Étnico-raciais - RJ
Local: Universidade Veiga de Almeida, Cabo Frio/RJ
Programação:
10/09
18:00 - Palestra de Abertura "A importância de um olhar para as relações étnico-raciais"
Palestrantes: Profa. Mariza Brunn
11/09
9:30 - Palestra "Culturas indígenas no Tempo Histórico"
Palestrante: Prof. Ms. Paulo Cotias
10:30 - Palestra "Relações étnico-raciais na literatura infantil"
Palestrante - Profa. Sônia Rosa
18:30 - Palestra "Observatório de Advocacia Racial: a experiência jurídica a serviço do efetivo cumprimento da Lei n. 10.639/03"
Palestrantes: Dr. Humberto Adami
Srta. Luciene Marcelino Ernesto
19:30 - Palestra "O negro em Cabo Frio: figuras ilustres e outras histórias"
Palestrante: Meri Damaceno
12/09
9:30 - Palestra "Acadêmicos da inovação, o Salgueiro e as transformações estéticas e ideológicas no carnaval carioca na década de 60"
Palestrante: Prof. Ms. Guilherme José Mota Faria
10:10 - Palestra "A presença indígena na Região dos Lagos"
Palestrante: Dr. Alfredo José Altamirano
11:00 - Palestra "História e ficção: representações étnicas"
Palestrantes: Profa. Dra. Georgina da Costa
Profa. Teresa Silva Telles
18:30 - Palestra "A educação para a promoção da igualdade e diversidade étnica"
Palestrante: Dr. José Geraldo da Rocha
19:30 - Palestra "As relações étnico-raciais na sociedade copntemporânea, com ênfase na arte ve no mundo artístico"
Palestrante: Sra. Maria José Mota (Zezé Mota)
20:30 - Encerramento
Programa de Intercâmbio em Direitos Humanos para Ativistas de Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné Bissau
A duração do Programa será de 21 meses, envolvendo tanto o estudo acadêmico quanto a experiência prática em Direitos Humanos/advocacia de interesse público. Serão selecionados ativistas de direitos humanos de Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde para participar no Programa.
Descrição do Programa
Nos primeiros nove meses do Programa, os Intercambistas residirão no Brasil. Nos primeiros quatro meses, de Fevereiro a Junho de 2009, participarão como ouvintes de cursos de graduação e pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sendo de caráter obrigatório o curso Direito Internacional dos Direitos Humanos, ministrado pela Profa. Flávia Piovesan na pós-graduação da Faculdade de Direito. É importante dizer que não há título nem especialização, nem de mestrado, somente um certificado de participação.
De julho a outubro de 2009, os Intercambistas participarão de um estágio em uma organização de direitos humanos ou em clínicas legais no Brasil. Na medida do possível, os estágios serão selecionados de acordo com os interesses particulares de cada Intercambista. É de responsabilidade da Conectas Direitos Humanos a distribuição e a colocação dos Intercambistas nos locais de estágio.
Após os primeiros nove meses de programa, os Intercambistas retornarão aos seus países de origem, onde trabalharão por um período mínimo de um ano, desenvolvendo um projeto de direitos humanos, de preferência, na ONG responsável pela indicação do candidato.
Gastos cobertos
Afora a passagem de ida e volta, enquanto estiverem no Brasil cada Intercambista receberá uma bolsa mensal, seguro médico e aluguel. O valor da bolsa será cuidadosamente calculado para cobrir os gastos de uma pessoa vivendo no Brasil e participando do Programa com uma vida de estudante.
Além disso, os Intercambistas após completarem com sucesso os primeiros nove meses do Programa e retornarem a seus países de origem, terão o salário pago por um ano na ONG responsável por sua indicação. O salário deverá ser calculado com base no montante pago pela ONG a outros empregados numa posição equivalente. A OSIWA e a OSISA oferecerão o valor do salário à ONG responsável pela indicação na forma de uma doação.
A Justice Initiative, a OSISA, a OSIWA ou a Conectas Direitos Humanos não fornecerão qualquer assistência financeira ou logística a familiares que acompanhem os Intercambistas ao Brasil, nem mesmo assistência tocante à moradia. Ainda, a Conectas Direitos Humanos não incentiva que Intercambistas tragam familiares. Não havendo outra possibilidade, o Intercambista deverá apresentar prova da existência de recursos financeiros para permanência dos familiares no Brasil.
Para maiores informações sobre programas anteriores, por favor consultar:
http://www.conectas .org/intercambio .html
Qualificações dos candidatos
Os candidatos devem:
- ser indicados por uma Organização Não Governamental de Direitos Humanos;
- ter forte compromisso com direitos humanos ou com advocacia de interesse público;
- ter proficiência em língua portuguesa; e
- e, preferencialmente, possuir um título universitário.
Os candidatos serão selecionados tendo também como critérios a sua experiência e seu potencial para contribuírem no desenvolvimento dos direitos humanos e da advocacia em interesse público em Angola, Moçambique, Guiné Bissau ou Cabo Verde.
Será dada preferência aos candidatos de formação jurídica, mas esse não é um requisito para participação no Programa.
A seleção para as entrevistas será feita até meados de outubro de 2008. Os candidatos serão entrevistados e farão um exame escrito sobre questões de direitos humanos.
Uma vez selecionados, os Intercambistas deverão se comprometer contratualmente a cumprir todas as atividades indicadas para o período de ao menos um ano e nove meses do Programa.
Procedimento para candidatura
O(A) candidato(a) deverá submeter:
- Formulário de inscrição (disponível em www.conectas. org/arquivospubl icados/formulari o.doc) preenchido;
- Curriculum Vitae;
- Declaração de interesse ou sobre sua experiência prévia na defesa de direitos humanos (este texto será utilizado também para avaliar sua capacidade de redação).
- Carta de recomendação;
- Pré-projeto que pretende desenvolver quando retornar aos seus países de origem.
- Carta da ONG de seu país indicando o(a) candidato(a) para participar do Programa.
Esta carta deve:
- descrever as razões pelas quais recomenda que este(a) ativista em direitos humanos seja selecionado;
- especificar o valor bruto do salário mensal que será pago ao(à) candidato(a) pela ONG caso seja selecionado( a) para o programa. O valor desse salário bruto será oferecido pela Justice Initiative e OSISA ou OSIWA à ONG responsável pela indicação na forma de uma doação.
- trazer o comprometimento legal expresso da ONG de empregar o(a) candidato(a) por ao menos um ano após o seu retorno do treinamento no Brasil;
A candidatura deve ser necessariamente enviada por correio eletrônico (e-mail) e por correio. MATERIAIS INCOMPLETOS PARA A SELEÇÃO NÃO SERÃO CONSIDERADOS. A ausência de informações ou documentos requisitados importará na desqualificaçã o do(a) candidato(a) .
O prazo final para o recebimento dos materiais de seleção e inscrição para os candidatos de Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde é 30 de setembro de 2008.
Endereço para envio:
Mila Dezan
Conectas Human Rights
Rua Pamplona, 1197 casa 4
São Paulo SP 01405-030 Brasil
Tel: (55 11) 3884-7440
Fax: (55 11) 3884-1122
Email: mila.dezan@conectas .org
Colóquio Universidade Afirmativa - RJ
Período: de 17 a 19 de Setembro de 2008
17/09
9:30 - Conferência de Abertura "O Governo Federal e as Políticas Afirmativas"
18:30 - Mesa Redonda "A experiência das cotas: o olhar da Universidade"
18/09
9:30 - Mesa Redonda "Cotas: solução ou problema?"
18:30 - Mesa Redonda "Igualdade e diferença na Universidade"
19/09
9:30 - Mesa Redonda "Pré-vestibulares: uma breve história ou um longo futuro?"
18:30 - Conferência de encerramento " Universidade Afirmativa em ação: desafios"
21:00 - Show de encerramento e confraternização
Maiores informações: http://www.univafirmativa.uerj.br/
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Fórum de Quilombos Educacionais da Bahia (FOQUIBA) - BA
FOQUIBA - foi criado em 21 de outubro de 2001, é fruto do amadurecimento das organizações negras que têm como objetivo discutir a educação na Bahia e, particularmente, o ingresso e permanência da população negra nas Universidades no sentido de atuar em rede para superação das desigualdades raciais em nossa sociedade, sobretudo no campo educacional com pressuposto de uma pedagogia anti-racista e inclusiva.
Pioneiros na composição para Criação do Fórum
Curso Dom Climério de Vitória da Conquista – BA,
Curso de Cruz das Almas, BA
Curso Milton Santos - IAPI, Salvador,
Curso Pré-Vestibular Alternativo Coequilombo – Plataforma, Salvador,
Curso Alternativo Santa Terezinha e o Curso Pré-Vestibular Irmã Bahkita, estes ligados ao CAAPA,
Instituto Cultural Steve Biko- Centro, Salvador
Quilombo Asantewaa, Federação, Salvador
Quilombo do OROBU, Cajazeiras,
CEAFRO e a Escola Eugenia Ana (do Terreiro Ylê Axé Opô Afonja).
Componentes da Rede:
Quilombo Milton Santos (IAPI)
Quilombo Irmã Bahkita (Sussuarana)
Instituto Cultural Steve Biko (Pelourinho)
Quilombo Semear (São Gonçalo do Retiro)
Coequilombo (Plataforma)
Quilombo Cabricultura (Cabrito de Baixo)
Quilombo do Orobu (Cajazeiras)
Pré-vestibular Irmãos Emaús (Boa Viagem)
Instituto Luis Gama- 02 de Julho
Coordenadores:
Vanda Cruz -vandacruz2002@yahoo.com.br
Jucy Silva - jucy@stevebiko.org.br
Luis Henrique - lhss@hotmail.com
Fernanda - nanju205@hotmail.com
Adailton Ramos - adailtonran@hotmail.com
Haroldo - hsbrosene@yahoo.com.br
Sales - costsales@hotmail.com
Grupo de Discussão do FOQUIBA:
Enviar mensagem: | FOQUIBA@yahoogrupos.com.br |
Entrar no grupo: | FOQUIBA-subscribe@yahoogrupos.com.br |
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Seminário discute papel do negro na independência do Brasil - DF
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), em conjunto com o Governo do Distrito Federal, a Câmara dos Deputados e entidades ligadas à defesa dos direitos humanos, promove o seminário O Negro na Independência do Brasil, a ser realizado na próxima quarta-feira (3). O evento integra as comemorações da Semana da Pátria, que culmina com o desfile cívico no dia 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios.
O senador Paulo Paim (PT-RS) participará da mesa de abertura do seminário, às 8h30, ao lado do ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, e de outras autoridades. No período da manhã, a programação do evento inclui debates sobre as conseqüências da independência do Brasil na África, a política de cotas e a participação do negro no Exército brasileiro. Essa primeira parte do seminário será realizada no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.
Na parte da tarde, a partir das 14h30, o evento prossegue na Sala 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado. Às 15h20, está prevista palestra do ministro Edson Santos e, às 15h45, o ministro Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, discutirá a legislação referente aos crimes de injúria e racismo. Na última palestra do evento, com início previsto para as 16h20, serão abordados aspectos referentes à saúde da mulher negra.
Veja em anexo a programação completa do evento.