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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
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sábado, 21 de março de 2009
Seminário “Iyabás, Iyás, Doné, Mametu Nkisi, Iyalaxés, Iyakererês, Ekedjis, Makotas, o Poder Feminino” - BA
sexta-feira, 20 de março de 2009
Curso de extensão "A educação popular e seus paradigmas na América Latina" - BA
UNEB promove curso de extensão A Educação Popular e seus Paradigmas na América Latina - Iniciativa gratuita é direcionada a profissionais que desejem atuar em movimentos sociais, trabalhos comunitários e organizações não-governamentais - Inscrições: dias 30/março, 1º e 3/abril, em Savador
A Universidade do Estado da Bahia vai formar nova turma para o curso de extensão A educação popular e seus paradigmas na América Latina.
A iniciativa, que é desenvolvida pelo Departamento de Educação (DEDC) do Campus I e pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, é direcionada a profissionais que atuem ou desejem atuar em movimentos sociais, lideranças comunitárias, trabalhos pastorais ou organizações não-governamentais (ONGs).
O curso, que está em sua terceira turma, é gratuito e oferece um total de 50 vagas. Os interessados podem realizar inscrição nos dias 30 de março, 1º e 3 de abril, das 9h às 12h e das 14 às 16h, no Núcleo de Educação e Tecnologias Inteligentes (Neti) do DEDC, em Salvador.
No ato da inscrição, os profissionais devem estar munidos de RG e diploma de nível superior (graduação plena), de qualquer área.
Coordenado pelo professor Maurício Mogilka, a iniciativa vai abordar questões como: Educação popular: conceitos e problemáticas; Os paradigmas de educação popular na América Latina e Características do paradigma libertador.
“Faremos um rastreamento histórico na América Latina, captando as contradições e as potencialidades atuais da região. A idéia é provocar uma nova compreensão da educação popular como prática que fortaleça os movimentos sociais e promova o desenvolvimento humano", explica Mogilka, que coordena ainda o programa de extensão Educação, Desenvolvimento Humano e Libertação, do qual a iniciativa faz parte.
O curso tem carga horária de 40 horas-aula, ministradas sempre às quartas-feiras, das 18h às 22h, no período de 15 de abril a 17 de junho.
Informações: Neti/Campus I - Tel.: (71) 3117-2260.
Projeto de incentivo à permanência do CEAO/UFBA seleciona bolsistas - BA
quinta-feira, 19 de março de 2009
Curso amplia debate sobre diversidade na Mídia - BA
Neste sábado, dia 21 de março, data que em o mundo inteiro celebra o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, estudantes e professores de Comunicação da Faculdade Social da Bahia (FSBA) participarão da aula inaugural do Curso de Extensão “Jornalismo, Cidadania e Diversidade”, que será oferecido pela Faculdade, em parceria com o Instituto Mídia Étnica. O curso acontecerá às 9h, no auditório do Colégio ISBA (Ondina). Para a abertura foram convidados o Mestre em Sociologia, Mehretab Mekonnen Belay e o jornalista de A Tarde, Ricardo Mendes. Ambos debaterão as relações entre a África e o Brasil no contexto da comunicação multimídia.
A parceria entre o Instituto Mídia Étnica e a Faculdade Social proporcionará mais uma ação reparatória contra a discriminação racial no Brasil e pretende habilitar os futuros profissionais da área jornalística nas questões de raça e etnia. Além disso, o curso será uma ação de conscientização dos alunos acerca da realidade soteropolitana e trará elementos para que os futuros profissionais possam pautar o tema nos veículos de comunicação.
“Com esse projeto, o Mídia Étnica busca estabelecer diálogos com estudantes dos cursos de comunicação para que estes possam incorporar a dimensão étnico-racial na sua formação profissional”, explica o publicitário Paulo Rogério Nunes, diretor executivo do Instituto Mídia Étnica. Criada em 2005, a organização atua em projetos e pesquisas sobre mídia, tecnologia, diversidade e direitos humanos (www.midiaetnica.org.br).
O curso, que tem apoio da ANDI (www.andi.org.br), será realizado aos sábados e contará com uma metodologia baseada na discussão com convidados especialistas e jornalistas que atua na imprensa baiana, abordando as questões ligadas as demandas da comunidade afro-brasileira como saúde, violência, educação entre outros. A idéia é que os futuros jornalistas tenham acesso às organizações e estudiosos sobre as temáticas. Para a professora do curso de Jornalismo da FSBA, Lilian Reichert o curso trará um novo olhar para os estudantes acerca da questão racial. “O curso de extensão servirá para que formemos futuros jornalistas conscientes da realidade em que vivemos e a partir daí passem a ter uma atuação independente. Acredito que a palavra-chave para esse curso é transformação”, destacou a professora.
Visitas - Durante o período do curso alguns encontros serão realizados em espaços de grande importância para a comunidade afro soteropolitana, como a sede do bloco Ilê Aiyê, no Curuzu, e um terreiro de Candomblé, espaço de preservação de heranças africanas fundamentais para a formação do povo brasileiro. A metodologia Diálogo com Estudantes de Jornalismo já foi aplicada pelo Instituto Mídia Étnica na Universidade Federal da Bahia em 2006. “O nosso objetivo é que este seja um debate constante em todos os cursos de comunicação, para que no futuro tenhamos profissionais mais comprometidos com o fim das desigualdades raciais”, defende Paulo Rogério.
O curso será iniciado num dia de reflexão para a população mundial, pois 21 de março é o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, ocasião em que oferece diversas oportunidades para refletir sobre a importância do combate ao racismo, à xenofobia e a todas as formas de intolerância.
Histórico – Em 21 de março de 1961, em Shaperville, África do Sul, mulheres e crianças que participavam de um protesto contra a Lei do Passe foram fuziladas pela polícia do regime apartheid. Em 1969, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Combate ao Racismo, em homenagem às vítimas desse terrível episódio.
Palestrantes
Mehretab Mekonnen Belay é geógrafo, nascido em Adis Abeba, na Etiópia de ascendência Eritréia. Mestre em Sociologia pela Universidade de Lund, na Suécia. Especialista em estudos africanos, já visitou 40 países registrando os africanos e sua diáspora. Realizou o estudo o “Milagre” Asiático e sua relevância para os países africanos – um estudo comparativo entre Taiwan, Coréia do Sul, Nigéria e Zâmbia. Fala dez idiomas como Árabe, Sueco, Inglês, Amaraico e Tigrina, seu idioma nativo.
Ricardo Mendes é jornalista, com atuação em emissoras de tevê e jornais impressos. Atualmente é responsável pela convergência de mídias do Grupo A Tarde. É responsável pela integração entre a rádio A Tarde FM, o jornal impresso, o site A Tarde on line e os Blogs, como o Mundo Afro, da jornalista Cleidiana Ramos que reúne informações relacionadas à temática racial.
Maiores informações:
Paulo Rogério Nunes: (71) 8179-1801
Juliana Dias: (71) 8846-353
quarta-feira, 18 de março de 2009
São Paulo terá mapa de doença falciforme
terça-feira, 17 de março de 2009
Workshop sobre Turismo Étnico - RS
Presidente da Associação Nacional do Turismo Afro Brasileiro, e da Expoafro Brazil Consultoria de Beleza e Turismo Étnico. Idealizador do projeto turismo étnico afro brasileiro que tem como principal meta destacar o empreendedorismo sustentável, além da diversidade da beleza étnica do Brasil. Coordenador da Mostra Brasileira Afro Gastronômica, e do Fórum de Desenvolvimento de Negócios de Beleza, Cultura e Turismo Brasil/África/Estados Unidos.
Investimento: R$ 30,00
Pautas de debate:-
* Mapeamento dos equipamentos culturais afro brasileiros e Criação de roteiros étnicos;
* Turismo Sustentável e Responsabilidade
Social;
* Empreendedorismo e Capacitação profissional;
* Politicas Públicas e Ações Afirmativas
Informações:- +55 (51) 3019.65.21/ 3019-6523
segunda-feira, 16 de março de 2009
Ato Político em Memória de Clodoaldo Souza e outr@s irmã(o)s vitimas da Política Criminal do Estado - BA
Politizando nossa Morte
Ação pública contra Bocão já!
marciaguena@gmail.com
Não é possível que a sociedade organizada permita que o programa “Se liga bocão”, exibido pela TV Itapoan da Bahia, vá ao ar. Hoje, 10 de março de 2009, foram exibidas cenas de tortura. Um jovem era queimado com uma faca quente, enquanto o apresentador, Zé Eduardo, dizia que aquilo serviria de exemplo para aqueles que usam droga ou não respeitam os pais. uma ação pública contra o programa “Se liga bocão”, assinada por pessoas e entidades de direitos humanos.
Não é possível que se chame isso de Jornalismo, quando a essa profissão cabe a defesa dos direitos, das leis, e do público. A imprensa não pode agir acima das leis nacionais e internacionais. A tortura é um crime, rechaçado por tratados internacionais assinados por quase todos os países do mundo.[
Recentemente o presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, reconheceu os crimes de tortura, entre outros, cometidos na prisão de Guantánamo, em Cuba, uma base avançada dos Estados Unidos e decretou o seu fim, o que acontecerá dentro de um ano. Os Estados Unidos que já foram o grande mentor e exportador de técnicas de tortura para todo o continente americano hoje reconhece a desumanidade desse ato.
Não é possível permitir a violação constante aos direitos humanos praticada pelo programa “Se liga bocão”. Os presidiários e todos aqueles que cometeram qualquer crime são tratados como bichos que devem ser exterminados. O apresentador faz uma apologia à pena de morte. Deve-se lembrar que o Brasil não permite, em suas leis, a pena capital. Mais uma vez ele opera acima da lei. Só não opera acima da “lei” da prática policial cotidiana: o extermínio de negros pobres, sem julgamento. Zé Eduardo emite sons de tiros, todos endereçados a essas pessoas. E quem são essas pessoas? No caso de Salvador, trata-se de jovens negros, pobres, moradores das periferias que cometeram algum ato tipificado como criminoso, ou simplesmente jovens negros que perambulam sem trabalho e sem formação pelas periferias. Racista, racista, racista até o último minuto.
Não é possível construir um estado sem lei na mídia, um estado que passa por cima de todos os direitos conquistados ao longo dos últimos 50 anos. Um programa racista, xenófobo, homofóbico... Temos que lembrar de todos os que morreram pelas pequenas garantias que temos hoje antes de ligar a televisão e grudar o olho um minuto sequer diante desse programa.
Márcia Guena
www.jornalfalacomunidade.wordpress.com
domingo, 15 de março de 2009
Cinema no IPDH - RJ
Será cobrado a importância simbólica de R$ 2,00 (dois reais) por pessoa.
Programação do 1º semestre de 2009
As sessões de Cinema no IPDH, serão realizadas às terças feiras, quinzenalmente, com início às 18:30 horas - Rua Men de Sá, Lapa / RJ
Dia 17/03 - Separados, mas iguais - Sidney Poitier
Dia 31/03 – Quase Deuses - Moss Dess/ Alan Rickmam
Dia 14/04 – Na época do Ragtime – Moses Gunn
Dia 28/04 - Todos a bordo - André Braugher
Dia 12/05 - Bopha! À flor da pele - Danny Gloverl
Dia 26/05 - Quando só o coração vê – Sidney Poitier
Dia 09/06 - Panteras Negras – Haden Hardison
Dia 23/06 – Sarafina – Woopy Godberg
Dia 07/07 - Um grito de liberdade – Denzel Washington
Coordenação: João Costa Batista – Éle Semog
Fora da história: negras não tem espaço na literatura contemporânea
Da Secretaria de Comunicação da UnB
negras nos romances publicados pelas três maiores editoras do país, Companhia das Letras, Rocco e Record. De um total de 1.245 personagens catalogadas em 258 obras, apenas 2,7% são mulheres negras.
Agência.
sábado, 14 de março de 2009
95 anos de Abdias do Nascimento (14/03/2009)
À frente do TEN, Abdias organiza o 1º Congresso do Negro Brasileiro em 1950. Militante do antigo PTB, após o golpe de 1964 participa desde o exílio na formação do PDT. Já no Brasil, lidera em 1981 a criação da Secretaria do Movimento Negro do PDT.
Na qualidade de primeiro deputado federal afro-brasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresenta projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continua essa linha de atuação.
O Governador Leonel Brizola o nomeia Secretário de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro (1991-94). Mais tarde, é nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000).
quinta-feira, 12 de março de 2009
3ª Diáspora: Culturas Negras no Mundo Atlântico - BA
A terceira diáspora é o deslocamento de signos provocado pelo circuito de informação tecnológico/virtual tais como discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones, ideologias,etc. É um movimento que investe no circuito de comunicação da diáspora negra que se tornou possível com a globalização eletrônica e se potencializou através da Web colocando em conexão virtual os repertórios culturais de cidades como Salvador, Kingston, Havana, New York, New Orleans, Londres, Lisboa, Dakar, Luanda, Johanesburgo, etc.
Grafiteiros em Salvador; performances multimídia no Harlem, Nova York; salões de beleza em Londres; estúdios de gravação de Kingston; cafés literários na Martinica; santeria cubana; carnaval em Trinidad; restaurantes de Lisboa; bandas afro-pop em Paris; artes plásticas em Dakar; filmes nigerianos; Kuduro em Luanda; festival de vodum no Benin. São alguns dos elementos do repertório em questão.
Roteiro:
- As três diásporas- Mundo atlântico: imagens, sons, entrevistas de Cuba, Trinidad,Benin, África do Sul, Moçambique, EUA, França, Inglaterra.- Diálogos, sacadas, polêmicas e afinsInscreva-se e venha curtir textos, sons e imagens do mundo atlântico - um espaço real e simbólico de trocas e combinações culturais onde diversas culturas negras se reinventam.
Goli Guerreiro - 45 anos, capricorniana, é soteropolitana da Ribeira, doutora em antropologia, pesquisa culturas negras na diáspora atlântica. Viajante e fotógrafa amadora ela registra cenas do cotidiano em diversas cidades negras sobre as quais escreve. É autora do livro A Trama dos Tambores – a música afro-pop de Salvador. Atualmente faz pós-doutorado na UFBA e escreve sobre a “Terceira Diáspora”.
Local: SITOC, Rua do Passo, 40, Pelourinho – Salvador-BA.
Datas:16 e 17 de março
Hora: 19 às 21 horas
TELEFONE – (71) 3326-6053 / 3492-3690
E-MAIL - dedarocha@yahoo.com.br
quarta-feira, 11 de março de 2009
Encontro de culturas indígenas vai à praça- BA
Desenvolver um trabalho conjunto entre os povos indígenas e o Estado, comercializar e divulgar a arte popular indígena e dar um encaminhamento às necessidades apontadas pelas comunidades.
Essas foram algumas das propostas apresentadas para discussão no Encontro das Culturas dos 14 Povos Indígenas, E-14, que realizou, na manhã de ontem, atividades na Praça do Campo Grande e no Teatro Castro Alves (TCA).
Segundo o coordenador do Núcleo de Culturas Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), Hirton Fernandes, o objetivo do encontro "é o encaminhamento conjunto das demandas apontadas pelos grupos que se reuniram durante o E-14.
O evento organiza as relações institucionais entre o Estado e o povo indígena", proporcionando uma oportunidade de diálogo e articulação, para que o governo cumpra o seu papel de promover políticas públicas.
Articulação - Para o coordenador de Políticas para os Povos Indígenas da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Jerry Matalawê, a ocasião "dá visibilidade ao encontro de povos indígenas que aconteceu em Rodelas, em outubro de 2008, e continuidade aos encaminhamentos propostos naquele encontro", além de unificar propostas e divulgar em espaço público as tradições das diversas comunidades indígenas.
A construção e realização do E-14 é o resultado de articulações da Secult, por meio do Núcleo de Culturas Populares e Identitárias, em parceria com as secretariais estaduais da Justiça, da Educação (SEC), do Desenvolvimento Social (Sedes), Trabalho e Renda (Setre), do Meio Ambiente (Sema), além da Fundação Nacional do Índio (Funai) e suas representações estaduais, lideranças indígenas Pataxó, Kiriri e Tuxá, as universidades Federal (Ufba) e Católica (UCsal), e a Associação Nacional de Apoio Indigenista (Anai).
Toré, ritual sagrado aos pés do Caboclo do Campo Grande A abertura do evento aconteceu na Praça do Campo Grande, com uma exposição de arte indígena, organizada pela Secult, em parceria com o Instituto Mauá. Os produtos que estavam expostos – artefatos em madeira, barro, instrumentos musicais e utensílios – foram vendidos ao público. Ainda ontem, no final da tarde, 150 índios de diversas comunidades realizaram o ritual sagrado do Toré, comum a todos os povos da América. Eles se reuniram aos pés do Caboclo (estátua localizada no centro da praça) e entoaram cânticos tradicionais, buscando uma conexão com as forças da natureza. Às 19h, foi aberta, no foyer do TCA, a exposição "Os Tupinambá de Kirimuré", organizada pela professora do Departamento de História da Ufba, Maria Hilda Baqueiro Paraíso. A exposição mostra a expropriação dos índios Tupinambá de Kirimuré, apontando a importância deste povo na construção, desenvolvimento, defesa e resistência da capital da América Portuguesa, dos séculos XVI e XVII. Foi apresentado também um documentário, dirigido por Walter da Silveira, que conta as tradições culturais dos indígenas. O vídeo narra, por meio de entrevistas e imagens, os mitos, lendas crenças, pinturas e rituais das comunidades indígenas da Bahia.
Marco nas relações com o Estado
No ano passado, o E-14 foi realizado durante o mês de outubro e discutiu a necessidade de incentivo cultural, inclusão digital, realização de pesquisas, mapeamento, registro e publicação de dados referentes às origens e tradições dos povos indígenas.
O evento que aconteceu na aldeia Tuxá, em Rodelas, reuniu 500 pessoas, dentre os quais 266 representantes indígenas dos povos Atikum, Kaimbê, Kiriri, Kantaruré, Pankararé, Pankaru, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Payayá, Truká, Tumbalalá, Tupã, Tupinambá, Tuxá E Xucuru-Kariri.
O E-14 surge como um divisor de águas, marcando o desenvolvimento de um trabalho conjunto entre os povos indígenas e o Estado.
A reunião deste ano e atividades que estão sendo realizadas durante o evento resultam das questões levantadas durante o encontro do ano passado e da construção de experiências vividas e trocadas entre índios e representantes da sociedade civil organizada.
FONTE: http://www.egba.ba.gov.br/diario/_DODia/DO_frm0.html
Bahia sai na frente na implementação de políticas educacionais para índios - BA
A Bahia é o primeiro estado da região Nordeste a ter uma Licenciatura Intercultural Indígena. A conquista foi comemorada, ontem, durante a abertura da Conferência Regional de Educação Escolar Indígena, etapa Nordeste I, que reúne representantes indígenas da Bahia, Alagoas e Sergipe.
O encontro é preparatório da I Conferência Nacional de Educação Indígena a ser realizada no mês de setembro, em Brasília.
Outro fato histórico, que coloca o estado em uma posição de destaque quanto a implementação de políticas públicas educacionais indígenas, é que o governo já finalizou o projeto de lei que institui a carreira de professor indígena, que deve ser encaminhado em breve para votação na Assembleia Legislativa.
A conferência está sendo realizada no Hotel Bahia Sol, em Patamares, e prossegue até sexta-feira.
"É uma conquista importante que a educação indígena ganhe espaço. Aqui na Bahia estamos investindo não só em construção de escolas como refletindo a questão curricular, a formação de professores e, principalmente, temos um projeto de lei que reflete nossa atenção com a estruturação do cargo e carreira do professor indígena, que ainda são contratados de forma precária", declarou o secretário da Educação, Adeum Sauer, durante o evento.
"Por isso, seremos o primeiro estado do país a ter um plano de carreira para o professor indígena", explicou.
Momento histórico - Atualmente, a Bahia possui 6.127 estudantes indígenas, distribuídos em 57 escolas de 19 municípios, e 308 professores.
A conferência conta com a participação de 200 delegados, sendo 140 representantes dos povos indígenas dos três estados – entre eles, o tupinambá, o caruazu e o xocó – e 60 delegados de instituições com protagonismo junto à educação escolar indígena como secretarias estaduais e municipais de Educação, universidades e organizações indigenistas.
"Este é um momento histórico. É a primeira vez que o estado brasileiro oferece a oportunidade de escutar todos os povos indígenas sobre a educação que eles têm e a que eles querem", avaliou o coordenador geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, do Ministério da Educação (MEC), Gersem Baniwa.
Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade de Brasília, Gersem, que tem origem indígena, desfaz alguns mitos.
"Os índios querem preservar suas tradições, manter suas raízes, mas eles também querem ter acesso a inovações cientificas e tecnológicas. A cultura é dinâmica e os contextos de hoje já não são mais os de 500 anos atrás. Trata-se de um equilíbrio que vai se buscando".
A educação indígena é caracterizada por ser comunitária, específica, diferenciada, intercultural, multilíngue, valorizando as línguas maternas e os saberes tradicionais, a partir de experiências particulares dos povos e contribuindo para a reafirmação de suas identidades e sentimentos de pertencimento.
Debate envolve cinco eixos temáticos
A professora da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença Nádia Acauã também considera que a Bahia está à frente em relação a outros estados, mas diz que há muitas reivindicações ainda a serem efetivadas.
"Esperamos que as leis que garantem uma educação diferenciada sejam de fato efetivadas. Somos os primeiros a ter uma Licenciatura Intercultural e o mais importante é que essa licenciatura não foi imposta, foi construída com a gente", enfatizou.
Até sexta-feira serão debatidos cinco eixos temáticos – educação escolar, territorialidade e autonomia dos povos indígenas, práticas pedagógicas indígenas, políticas, gestão e financiamento da educação, participação e controle social, diretrizes para a educação escolar indígena.
De acordo com a coordenadora de Educação Indígena da SEC, Rosilene Araújo Tuxá, desde 2006 os povos indígenas pleiteiam esta conferência. "Será um momento de avaliação, reflexão e construção de uma educação indígena de qualidade", pontuou.
Conferência vai reunir 600 delegados
A I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena vai contar com aproximadamente 600 delegados. Para atingir o objetivo, até agosto deste ano serão realizadas 18 conferências nas regiões, cuja divisão obedece ao critério dos territórios etnoeducacionais – agrupamento das terras indígenas, respeitando a territorialidade dos povos e suas redes de relações interétnicas. A etapa de Salvador corresponde à realização da segunda conferência regional e está sendo organizada pela Coordenação de Educação Indígena da SEC, em parceria com o MEC. A primeira foi realizada em dezembro de 2008, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Vitória - Diretor da Escola Indígena Pataxó Coroa Vermelha, no município de Santa Cruz Cabrália, Kamaçari Pataxó ressalta que a aprovação do projeto de lei que institui a carreira de professor indígena será uma grande vitória para os povos.
"Conseguimos criar a categoria escola indígena, resta agora a de professor. Se conseguirmos isso no estado, os municípios também vão se espelhar nessa política", considerou.
FONTE: http://www.egba.ba.gov.br/diario/_DODia/DO_frm0.html
terça-feira, 10 de março de 2009
Mapeamento de terreiros será estendido a Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém e Recife
O levantamento e o conhecimento geográfico dessas comunidades na perspectiva socioeconômica, cultural e de segurança alimentar deverá ser concluído no período de sete meses. Os dados vão permitir que os programas e ações do Governo Federal voltadas à inclusão social possuam recortes específicos relacionados a estas comunidades tradicionais.
"As comunidades tradicionais de terreiros são espaços que vão muito além do quesito religião. Contribuem também para o efetivo desenvolvimento local, tanto na preservação da cultura tradicional quanto no desenvolvimento de projetos sociais que envolvam o entorno e a comunidade geograficamente constituída", justificou o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos.
Cestas - No campo da segurança alimentar, as casas de religiões de matrizes africanas já são beneficiadas com a distribuição de cestas alimentares graças a uma parceria entre a SEPPIR e o MDS. Em 2008, 58.800 famílias de 700 comunidades foram atendidas em Alagoas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pará, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso e Paraíba. A meta para 2009, de acordo com o consultor da subsecretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais (SubCom) da SEPPIR, Nilo Sérgio Nogueira, é a distribuição das cestas em 1.196 comunidades de terreiros. Nogueira destaca ainda que a parceria SEPPIR/ MDS vai proporcionar também este ano a construção de oito cozinhas comunitárias em terreiros.
Mais informações
Comunicação Social da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Presidência da República
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 9º andar - 70.054-906 - Brasília (DF)
Telefone: (61) 3411-3696/ 3659/ 4977
Fonte: Ìrohìn
Escola de Dança da FUNCEB inscreve para curso de dança afro - Ba
Quando? Terças e quintas-feiras, das 18 às 18:30 (inscrições)
Onde? Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia
Quanto? R$ 30,00 (trinta reais) a matrícula e R$ 30,00 (trinta reais) mensais
Procurar Diana Oliveira, na Recepção ou na sala 5 da Escola de Dança.