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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Disque Racismo exibe documentário "Correntes" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Calendário Negro - Novembro

01 - É criado o Bloco Afro Ilê Aiyê, Salvador, BA/ 1974
01 - Morte do escritor Lima Barreto / 1922
04 - O MNU declara o 20 de novembro Dia Nacional da Consciência Negra / 1978
10 - O governo Médici proíbe em toda a imprensa notícias sobre índios, esquadrão da morte, guerrilha, movimento negro e discriminação racial / 1969
11 - Independência de Angola / 1975
11 - Independência do Zimbabwe /1980
19 - Nascimento de Paulo Lauro - primeiro prefeito negro de São Paulo, SP / 1907
19 - Publicação de despacho de Rui Barbosa ordenando a queima de livros e documentos referentes à escravidão negra no Brasil
19 - Lançamento do primeiro volume de Cadernos Negros /1978
20 - Morte de Zumbi, líder do quilombo dos Palmares /1695
20 - Dia Nacional da Consciência Negra
20 - O grupo gaúcho Palmares declara o 20 como Dia do Negro / 1975
24 - Nascimento, em Santa Catarina, de Cruz e Souza, o maior poeta simbolista brasileiro / 1861

FONTE: http://www.quilombhoje.com.br/calendario/calendario.htm

Encontro Estadual de Educação e Relações Étnicas- BA

"EDUCAÇÃO, DOCÊNCIA, CULTURAS AFRICANA E AFRO-BRASILEIRAS".

PERÍODO: 16 a 20 de Novembro de 2008

O Órgão de Educação e Relações Étnicas com Ênfase em Culturas Afro-brasileiras - ODEERE, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB - Campus de Jequié, promoverá de 16 a 20 de Novembro de 2008 o "I Encontro Estadual de Educação e Relações Étnicas e IV Semana de Educação da Pertença Afro-brasileira".Este evento tem como objetivo reunir na cidade de Jequié pesquisadores e pesquisadoras de diversas instituições e pessoas interessadas pela temática a fim de discutir a mesma; fortalecer a implantação dos conteúdos de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras; estabelecer contatos com NEAB's e demais órgãos correlatos no Estado da Bahia; reforçar as políticas de ações afirmativas no âmbito universitário.
Para atingir nossos objetivos estamos propondo uma programação com mesas redondas, conferências, mini-cursos, grupos de trabalhos, oficinas e atividades culturais. Julga-se de extrema importância levar os cidadãos e cidadãs a refletirem a cerca da positivação da identidade africana e afro-brasileira. O ODEERE é um Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, órgão este que desenvolve suas atividades em parceria com o MEC/SESU/UNIAFRO em todo território nacional nas IES e IFS, com o objetivo de desenvolver estudos da temática Afro-brasileira.Nesse sentido,convidamos todas e todos para participarem deste evento,a fim de ampliarmos as discussões a cerca da temática "EDUCAÇÃO, DOCÊNCIA, CULTURAS AFRICANA E AFRO-BRASILEIRAS".

Maiores informações: http://www.uesb.br/eventos/encontro

Manoela Barbosa.
Equipe de Eventos do ODEERE - UESB
(73) 3526-2669 3528-9713
E-mail: encontroodeere@gmail.com
http://www.uesb.br/eventos/encontro

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"O tom da cor", por Miriam Leitão

Só há o pós, depois do antes. Só se chega, depois da caminhada. Só se reúne o que esteve separado. Entender a diferença não é querê-la, pode ser o oposto. A imprensa brasileira, tão capaz de ver as desigualdades raciais nos Estados Unidos, tão capaz de comemorar um presidente negro, prefere, em constrangedora maioria, o silêncio sobre a discriminação no Brasil.

Lendo certos artigos, editoriais e escolhas de edição sobre a questão racial no Brasil, me sinto marciana. Sobre que país eles estão falando, afinal? Com que constroem argumentos e enfoques tão estranhos? Por que ofender com o espantosamente agressivo termo “racialista” quem quer ver os dados da distância entre negros e brancos no Brasil? Não é possível estudar as desigualdades sem pesquisar as diferenças entre os grupos. Não se estuda sem dados. No Brasil, há quem se ofenda com a criação de critérios para levantar os dados de cor como se isso fosse uma ameaçadora “classificação racial”.

Veja-se a cena que está nas abundantes e belas imagens da vitória americana. Há várias tonalidades de pele no grupo que se define como afro-americano. Aqui, sustenta-se que miscigenação é exclusividade nossa e que ela eliminou as diferenças. Os pardos (ou mulatos, como alguns preferem) e os pretos (como define o IBGE) estão muito próximos em inúmeros indicadores e estão muito distantes em relação aos brancos. Medir a distância que ambos têm em relação aos brancos não é uma forma perversa de negar a miscigenação. Medida à distância, é preciso conhecer suas razões. Só assim é possível construir as pontes que ligam as partes.

O presidente Barack Obama fez a campanha por sobre as diferenças raciais, por vários motivos. Primeiro, por estratégia eleitoral: falava para um país majoritariamente branco. Qualquer candidato que escolha apenas um grupo perde a eleição. Ganha-se a eleição construindo-se coalizões. Ele formou a dele com os 90% de votos dos negros, 60% de votos dos latinos e 45% de votos dos brancos. Como há muito mais brancos no país, em termos numéricos, recebeu em termos absolutos mais votos dos brancos. Vitória americana sobre sua própria História.

Outro motivo é que ele veio “após”. Ele não precisava do discurso de reivindicação de direitos, porque ele já foi feito na gloriosa caminhada que conquistou tanto. Um esforço que exige novos passos, mas que é extraordinariamente bem-sucedido.

Obama não precisava acentuar sua condição de negro. Ele é. Por isso, os jornais do mundo inteiro comemoraram “o primeiro presidente negro”. Ele também é filho de branco, mas por que isso não causa espanto? Ora, porque os brancos são a etnia dominante. A novidade está em sua origem negra. O jornalismo destaca o novo, e não o fato banal.

Certas análises no Brasil se perderam em encruzilhadas, tentando adaptar os fatos a suas interpretações do que sejam as diferenças entre os dois países. Lá e cá houve e há discriminação. Lá, não negaram e evoluíram. Aqui, nos perdemos em questiúnculas desviantes, quando o central é: há desigualdades raciais e elas são intoleráveis. Pessoas que pensam assim se esforçam para entender as razões e as raízes das desigualdades, se debruçam sobre os dados, não negam problema existente. A libertação vem da verdade conhecida.

Quem não sabe, a esta altura, que o conceito de “raça” é falso? É bizantino repetir isso. Discutir a desigualdade racial não é a forma de “racializar” o país, mas sim constatar um problema, criado sobre um artificialismo, e que exige superação. Racializado ele já é, com esta vergonhosa ausência dos negros (pretos e pardos), de todos os círculos, do poder no Brasil.

Comemorar a vitória em terra alheia, negando a existência da derrota em casa, é uma escolha que tem sido feita com insistência no Brasil. Na festa de Obama, isso se repetiu. Aqui se vai da negação do problema à condenação de todo tipo de instrumento usado para enfrentá-lo. Tudo é acusado de ser “racialista”: constatar as desigualdades, apontar suas origens na discriminação, tentar políticas públicas para reduzi-las. Argumentam que temos que melhorar a educação pública. Claro que temos, sempre tivemos. É urgente que se faça isso. Alguém discute isso?

A diferença entre a forma como o racismo se manifesta nos Estados Unidos e no Brasil não pode ser usada para perdoar o nosso. Aqui, vicejou a espantosa idéia da escravidão suave, como viceja hoje a idéia de que temos uma espécie de “racismo benigno” ou “apenas” uma discriminação social que atinge os negros pelo mero acaso de serem eles majoritários entre os pobres. São palavras que se negam. Este tipo de violência não comporta o termo “benigno”, como nenhuma escravidão pode ser suave, por suposto.

Segunda-feira vou ao Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ ver o lançamento do Mapa Anual das Desigualdades Raciais. Vou para olhar de novo os dados, conversar de novo com negros e brancos que estudam o assunto, aprender mais um pouco, procurar, esperançosa, algum avanço. Não acho que essa é uma conversa perturbadora da nossa paz social. Não acredito na paz que nega o problema. Acho lindo o sonho dos americanos, mas quero sonhar o meu.

(O Globo, 7/11/2008)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O primeiro discurso de Barack Obama após a eleição

"Olá, Chicago! Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta.

É a resposta dada pelas filas que se estenderam ao redor de escolas e igrejas em um número como esta nação jamais viu, pelas pessoas que esperaram três ou quatro horas, muitas delas pela primeira vez em suas vidas, porque achavam que desta vez tinha que ser diferente e que suas vozes poderiam fazer esta diferença.

É a resposta pronunciada por jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, incapacitados ou não-incapacitados.

Americanos que transmitiram ao mundo a mensagem de que nunca fomos simplesmente um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e Estados azuis.

Somos, e sempre seremos, os EUA da América. É a resposta que conduziu aqueles que durante tanto tempo foram aconselhados por tantos a serem céticos, temerosos e duvidosos sobre o que podemos conseguir para colocar as mãos no arco da História e torcê-lo mais uma vez em direção à esperança de um dia melhor.

Demorou um tempo para chegar, mas esta noite, pelo que fizemos nesta data, nestas eleições, neste momento decisivo, a mudança chegou aos EUA. Esta noite, recebi um telefonema extraordinariamente cortês do senador McCain.

O senador McCain lutou longa e duramente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e duramente pelo país que ama. Agüentou sacrifícios pelos EUA que sequer podemos imaginar. Todos nos beneficiamos do serviço prestado por este líder valente e abnegado.

Parabenizo a ele e à governadora Palin por tudo o que conseguiram e desejo colaborar com eles para renovar a promessa desta nação durante os próximos meses.

Quero agradecer a meu parceiro nesta viagem, um homem que fez campanha com o coração e que foi o porta-voz de homens e mulheres com os quais cresceu nas ruas de Scranton e com os quais viajava de trem de volta para sua casa em Delaware, o vice-presidente eleito dos EUA, Joe Biden.

E não estaria aqui esta noite sem o apoio incansável de minha melhor amiga durante os últimos 16 anos, a rocha de nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama da nação, Michelle Obama.

Sasha e Malia amo vocês duas mais do que podem imaginar. E vocês ganharam o novo cachorrinho que está indo conosco para a Casa Branca.

Apesar de não estar mais conosco, sei que minha avó está nos vendo, junto com a família que fez de mim o que sou. Sinto falta deles esta noite. Sei que minha dívida com eles é incalculável.

A minha irmã Maya, minha irmã Auma, meus outros irmãos e irmãs, muitíssimo obrigado por todo o apoio que me deram. Sou grato a todos vocês. E a meu diretor de campanha, David Plouffe, o herói não reconhecido desta campanha, que construiu a melhor campanha política, creio eu, da história dos EUA da América.

A meu estrategista chefe, David Axelrod, que foi um parceiro meu a cada passo do caminho. À melhor equipe de campanha formada na história da política.

Vocês tornaram isto realidade e estou eternamente grato pelo que sacrificaram para conseguir. Mas, sobretudo, não esquecerei a quem realmente pertence esta vitória. Ela pertence a vocês. Ela pertence a vocês.

Nunca pareci o candidato com mais chances. Não começamos com muito dinheiro nem com muitos apoios. Nossa campanha não foi idealizada nos corredores de Washington. Começou nos quintais de Des Moines e nas salas de Concord e nas varandas de Charleston.

Foi construída pelos trabalhadores e trabalhadoras que recorreram às parcas economias que tinham para doar US$ 5, ou US$ 10 ou US$ 20 à causa.

Ganhou força dos jovens que negaram o mito da apatia de sua geração, que deixaram para trás suas casas e seus familiares por empregos que os trouxeram pouco dinheiro e menos sono.

Ganhou força das pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio gelado e o ardente calor para bater nas portas de desconhecidos, e dos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários e organizaram e demonstraram que, mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareceu da Terra.

Esta é a vitória de vocês. Além disso, sei que não fizeram isto só para vencerem as eleições. Sei que não fizeram por mim.

Fizeram porque entenderam a magnitude da tarefa que há pela frente. Enquanto comemoramos esta noite, sabemos que os desafios que nos trará o dia de amanhã são os maiores de nossas vidas - duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira em um século.

Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos valentes que acordam nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para dar a vida por nós.

Há mães e pais que passarão noites em claro depois que as crianças dormirem e se perguntarão como pagarão a hipoteca ou as faturas médicas ou como economizarão o suficiente para a educação universitária de seus filhos.

Há novas fontes de energia para serem aproveitadas, novos postos de trabalho para serem criados, novas escolas para serem construídas e ameaças para serem enfrentadas, alianças para serem reparadas.

O caminho pela frente será longo. A subida será íngreme. Pode ser que não consigamos em um ano nem em um mandato. No entanto, EUA, nunca estive tão esperançoso como estou esta noite de que chegaremos.

Prometo a vocês que nós, como povo, conseguiremos. Haverá percalços e passos em falso. Muitos não estarão de acordo com cada decisão ou política minha quando assumir a presidência. E sabemos que o Governo não pode resolver todos os problemas.

Mas, sempre serei sincero com vocês sobre os desafios que nos afrontam. Ouvirei a vocês, principalmente quando discordarmos. E, sobretudo, pedirei a vocês que participem do trabalho de reconstruir esta nação, da única forma como foi feita nos EUA durante 221 anos, bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada sobre mão calejada.

O que começou há 21 meses em pleno inverno não pode acabar nesta noite de outono.

Esta vitória em si não é a mudança que buscamos. É só a oportunidade para que façamos esta mudança. E isto não pode acontecer se voltarmos a como era antes. Não pode acontecer sem vocês, sem um novo espírito de sacrifício.

Portanto façamos um pedido a um novo espírito do patriotismo, de responsabilidade, em que cada um se ajuda e trabalha mais e se preocupa não só com si próprio, mas um com o outro.

Lembremos que, se esta crise financeira nos ensinou algo, é que não pode haver uma Wall Street (setor financeiro) próspera enquanto a Main Street (comércio ambulante) sofre.

Neste país, avançamos ou fracassamos como uma só nação, como um só povo. Resistamos à tentação de recair no partidarismo, na mesquinharia e na imaturidade que intoxicaram nossa vida política há tanto tempo.

Lembremos que foi um homem deste estado que levou pela primeira vez a bandeira do Partido Republicano à Casa Branca, um partido fundado sobre os valores da auto-suficiência e da liberdade do indivíduo e da união nacional.

Estes são valores que todos compartilhamos. E enquanto o Partido Democrata conquistou uma grande vitória esta noite, fazemos com certa humildade e a determinação para curar as divisões que impediram nosso progresso.

Como disse Lincoln a uma nação muito mais dividida que a nossa, não somos inimigos, mas amigos. Embora as paixões os tenham colocado sob tensão, não devem romper nossos laços de afeto.

E àqueles americanos cujo apoio eu ainda devo conquistar, pode ser que eu não tenha conquistado seu voto hoje, mas ouço suas vozes. Preciso de sua ajuda e também serei seu presidente.

E a todos aqueles que nos vêem esta noite além de nossas fronteiras, em Parlamentos e palácios, a aqueles que se reúnem ao redor dos rádios nos cantos esquecidos do mundo, nossas histórias são diferentes, mas nosso destino é comum e começa um novo amanhecer de liderança americana.

A aqueles que pretendem destruir o mundo: vamos vencê-los. A aqueles que buscam a paz e a segurança: apoiamo-nos.

E a aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tão fortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica de nossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e firme esperança.

Lá está a verdadeira genialidade dos EUA: que o país pode mudar. Nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já conseguimos nos dá esperança sobre o que podemos e temos que conseguir amanhã.

Estas eleições contaram com muitos inícios e muitas histórias que serão contadas durante séculos. Mas uma que tenho em mente esta noite é a de uma mulher que votou em Atlanta.

Ela se parece muito com outros que fizeram fila para fazer com que sua voz seja ouvida nestas eleições, exceto por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.

Nasceu apenas uma geração depois da escravidão, em uma era em que não havia automóveis nas estradas nem aviões nos céus, quando alguém como ela não podia votar por dois motivos - por ser mulher e pela cor de sua pele.

Esta noite penso em tudo o que ela viu durante seu século nos EUA - a desolação e a esperança, a luta e o progresso, às vezes em que nos disseram que não podíamos e as pessoas que se esforçaram para continuar em frente com esta crença americana: Podemos.

Em uma época em que as vozes das mulheres foram silenciadas e suas esperanças descartadas, ela sobreviveu para vê-las serem erguidas, expressarem-se e estenderem a mão para votar. Podemos.

Quando havia desespero e uma depressão ao longo do país, ela viu como uma nação conquistou o próprio medo com uma nova proposta, novos empregos e um novo sentido de propósitos comuns. Podemos.

Quando as bombas caíram sobre nosso porto e a tirania ameaçou ao mundo, ela estava ali para testemunhar como uma geração respondeu com grandeza e a democracia foi salva. Podemos.

Ela estava lá pelos ônibus de Montgomery, pelas mangueiras de irrigação em Birmingham, por uma ponte em Selma e por um pregador de Atlanta que disse a um povo: "Superaremos". Podemos.

O homem chegou à lua, um muro caiu em Berlim e um mundo se interligou através de nossa ciência e imaginação. E este ano, nestas eleições, ela tocou uma tela com o dedo e votou, porque após 106 anos nos EUA, durante os melhores e piores tempos, ela sabe como os EUA podem mudar. Podemos.

EUA avançamos muito. Vimos muito. Mas há muito mais por fazer.

Portanto, esta noite vamos nos perguntar se nossos filhos viverão para ver o próximo século, se minhas filhas terão tanta sorte para viver tanto tempo quanto Ann Nixon Cooper, que mudança virá? Que progresso faremos?

Esta é nossa oportunidade de responder a esta chamada. Este é o nosso momento. Esta é nossa vez.

Para dar emprego a nosso povo e abrir as portas da oportunidade para nossas crianças, para restaurar a prosperidade e fomentar a causa da paz, para recuperar o sonho americano e reafirmar esta verdade fundamental, que, de muitos, somos um, que enquanto respirarmos, temos esperança.

E quando nos encontrarmos com o ceticismo e as dúvidas, e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com esta crença eterna que resume o espírito de um povo: Podemos.

Obrigado. Que Deus os abençoe. E que Deus abençoe os EUA da América".

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama, de discípulo de Luther King a primeiro negro presidente dos EUA

Foto: AFP: Primeiro negro eleito
presidente dos Estados Unidos,
o senador democrata Barack Obama,
47 anos, é...


Qua, 05 Nov, 07h55

WASHINGTON (AFP) - Primeiro negro eleito presidente dos Estados Unidos, o senador democrata Barack Obama, 47 anos, é comparado por alguns a John Kennedy por seu carisma e pelo espírito de mudança que afirma encarnar.

Obama buscou convencer o país profundo, preocupado com a crise econômica e o papel a ser desempenhado pelos Estados Unidos no mundo, de que era a pessoa correta para o momento.

O novo presidente teve uma longa caminhada para chegar a este ponto. Quando nasceu em 4 de agosto de 1961 no Havaí, filho de pai negro do Quênia e mãe branca do Kansas, os casamentos inter-raciais eram proibidos em vários estados do sul da União (foram legalizados pela Suprema Corte em 1967).

"Quem acreditaria que um negro de pouco mais de 40 anos, chamado Barack Obama, seria o candidato do Partido Democrata?", perguntou o próprio pouco depois de vencer as primárias sobre a por muito tempo favorita Hillary Clinton, em uma disputa muito intensa.

O segundo nome de Obama é Hussein e a direita republicana não perdeu a oportunidade de recordar o fato na campanha. Alguns também fizeram jogos de palavras com Obama e Osama (Bin Laden), nome do líder da rede terrorista Al-Qaeda. Tudo em vão.

Barack saiu das sombras em uma tarde de julho de 2004. Na época era um quase desconhecido legislador estadual de Chicago (Illinois), quando fez um discurso que indendiou a convenção democrata.

Milhões de americanos se viram refletidos nste homem elegante, que pedia voto para o então candidato John Kerry e, sobretudo, para promover a reconciliação dos americanos deixando de lado as diferenças partidárias, raciais, de idade e de sexo.

Obama pretende ser o presidente desta reconciliação. Reivindica o legado de dois heróis, o de Martin Luther King, emblema da luta pelos direitos civis, e de John Kennedy, paradigma de juventude e sedução política.

Obama foi criado pela mãe na Indonésia e depois no Havaí pelos avós maternos.

Depois de estudar na Universidade de Columbia recusou um emprego no mundo das finanças e preferiu um cargo como trabalhador social nos bairros da periferia de Chicago.

Mais tarde estou em Harvard, uma das universidades que prepara a elite intelectual dos Estados Unidos. Obama foi o primeiro negro nomeado editor da prestigiosa revista de direito de Harvard em 1991.

De volta a Chicago como advogado, trabalhou em um estúdio onde conheceu aquela que seria sua mulher, Michelle, uma advogada formada em Princeton e Harvard.

Criada nos bairros carentes de Chicago, Michelle ocupa hoje uma posição na diretoria de um dos grandes grupos hospitalares públicos da cidade. O casal tem duas filhas: Malia, 10 anos, e Sasha, sete anos.

Depois de uma tentativa frustrada em 2000, Obama foi eleito senador dos Estados Unidos (representando Illinois) em novembro de 2004.

Seus detratores o acusam de esquerdista e até socialista pelas propostas econômicas, a rejeição à guerra do Iraque, a defesa do direito ao aborto e os votos contrários às indicações de conservadores para a Suprema Corte.

Porém, Obama se considera um pragmático. Entre suas propostas principais estão a promessa de reduzir impostos com exceção das grandes rendas, trabalhar com os republicanos e concluir a guerra no Iraque.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/081105/mundo/eua_elei____es_606

Vídeo sobre racismo gera polêmica nacional e internacional no youtube

Após a polêmica nacional e internacional em torno do vídeo intitulado “Carnaval 2007 - Salvador Negro Amor???” em que autor que se auto define como homem branco, classe média alta, ironiza e problematiza a questão racial, a polêmica ressurge ainda com mais força através do mais novo vídeo divulgado “Carnaval 2008 - Salvador Negro Amor??? (parte 2)”. Com um sarcasmo genial o autor faz uma importante crítica ao racismo, dando resposta a questões geradas pelo primeiro vídeo. Consegue desconstruir uma série de equívocos e questiona: o que é justiça pra você? O ponto forte do segundo vídeo é o festival de humilhação promovido pelo sobrinho do diretor executivo de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel bem como informações sobre a teoria do embraquecimento no Brasil. Os vídeos são sem dúvida um excelente material didático para trabalhar a questão racial no país.

Segue links dos vídeos:

Carnaval 2007 - Salvador Negro Amor???
Carnaval 2008 - Salvador Negro Amor??? (parte 2)

DICA: Quem deseja baixar vídeos no YouTube e converte-los em DVD, baixe gratuitamente o programa “aTube Catcher” que pode ser encontrado no site:

Prof. Dr. Aghi Bahi, da Costa do Marfim, profere conferência no CEAO - BA

O Centro de Estudos das Populações Afro e Indígenas Americanas – CEPAIA/UNEB, em parceria com o Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO/UFBA convidam para uma Conferência Internacional a ser proferida pelo Prof. Dr. Aghi Bahi, da Universidade de Cocody, em Abidjan, na Costa do Marfim.

O evento ocorrerá no dia 7 de novembro de 2008 (sexta-feira), às 17:00, nas dependências do CEAO, situado à Praça Inocêncio Galvão nº42 (Largo 2 de Julho), Salvador-BA.

Tema: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA E FORMAS DE EXPRESSÃO DA ATUAL CRISE NA COSTA DO MARFIM: PERSPECTIVAS INTERNAS DAS MÍDIAS LOCAIS

Obs.1. Haverá tradução simultânea do francês para o português.

Obs.2. Entrada Gratuita

terça-feira, 4 de novembro de 2008

3º Encontro Anual do Núcleo de Estudos em História Oral - SP

"DESAFIOS E PERSPECTIVAS"
4 E 5 DE DEZEMBRO DE 2008

O Núcleo de Estudos em História Oral - USP convida pesquisadores, professores, estudantes de graduação e pós-graduação e toda a comunidade acadêmica para a submissão de resumos para seu 3º Encontro Anual, que tem como tema geral Desafios e Perspectivas e acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro de 2008, no Prédio de História & Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

O evento é dirigido ao público universitário e todos os demais interessados. Terá palestras e mesas redondas com especialistas convidados em torno de seis eixos transversais:

1) Teoria e Metodologia da História Oral;
2) Imigração;
3) História Oral Empresarial;
4) Tradição Oral;
5) Movimentos Sociais;
6) Gênero.

Inscrições de trabalhos:
Os resumos enviados, que serão submetidos à avaliação do comitê científico, podem versar sobre estes ou outros temas, desde que estejam claramente vinculados às perpectivas da História Oral. As propostas serão julgadas de acordo com adequação aos estudos na área, importância teórica e metodológica e originalidade temática.

Mais informações e a programação completa estarão disponíveis no site do NEHO (http://www.fflch. usp.br/dh/ neho) e no blog do evento (http://www.encontro neho2008. blogspot. com/).

Envio de resumos:
Os interessados devem enviar seus resumos em língua portuguesa, com até 300 palavras, para o e-mail encontroneho2008@ gmail.com, até o dia 15 de novembro de 2008. Além do resumo, deverão ser enviados: título, filiação acadêmica, e-mail para contato, de 3 a 5 palavras-chave, e as referências bibliográficas principais (máximo de 10).

A divulgação do aceite será feita por e-mail e pelo blog http://www.encontro neho2008. blogspot. com/, até o dia 22 de novembro de 2008.

Os textos completos deverão ser enviados após o evento, até dia 17 de dezembro de 2008, por e-mail, para o mesmo endereço, e farão parte do CD-Rom com os anais. A revisão dos artigos é de responsabilidade de cada autor. Alguns dos textos poderão ser indicados para publicação na Oralidades: "Revista de História Oral".

Cronograma:
15/11/08: Data-limite para envio dos resumos
20/11/08: Comunicação de aceites
04/12/08: Início do evento
17/12/08: Envio dos textos completos

Taxas de inscrição:
R$ 30,00 (apresentador de trabalho)
R$ 20,00 (demais participantes)
* inclui emissão de certificados e cópia dos anais em CD-Rom

Comitê organizador e científico:
Suzana Lopes Salgado Ribeiro, Samira Adel Osman, Ricardo Santhiago, José Carlos Sebe Bom Meihy, Vanessa Generoso Paes, Fabíola Holanda Barbosa, Maria Izabel Moreira Salles

Mais informações:
Núcleo de Estudos em História Oral - USP
Tel.: (11) 3091-3701 ramal 238
E-mail: neho_usp@yahoo. com.br

Terreiros do Engenho Velho da Federação promovem atividades de enfrentamento à violência e intolerância religiosa - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

V Encontro Afro-Goiano - GO

Ofício Circular n.° 023/08/SEMIRA

Goiânia, 03 de novembro de 2008.


CONVITE

Temos o prazer de convidar Vossa Excelência a participar da Solenidade de Abertura do V Encontro Afro-Goiano, a realizar-se no próximo dia 7 de novembro, às 19 h, no Auditório da Faculdade de Educação da UFG.

O evento acontece de 7 a 9 de novembro, contando em sua programação com diversas oficinas, mini-cursos, palestras e apresentações culturais, realizadas nos prédios das UFG e UCG próximos a Praça Universitária. Segue anexo programação completa.

Certos de contarmos com sua especial atenção, agradecemos antecipadamente.

Denise Aparecida Carvalho

Secretária de Estado



Curso a distância “Direitos Humanos e Mediação de Conflitos"

A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), em parceria com o Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil), oferece nova oferta do curso “Direitos Humanos e Mediação de Conflitos". O curso é gratuito e realizado integralmente a distância, via internet. Pessoas de qualquer lugar do Brasil podem participar. Com carga horária de 60h , com um módulo por semana (ao longo de 10 semanas), a participação é acompanhada e avaliada por tutores e o certificado é emitido mediante aproveitamento que obedeça aos critérios estabelecidos no curso.

Essa formação pretende contribuir para que lideranças comunitárias, militantes de movimentos sociais , membros de pastorais e comunidades religiosas promovam os direitos humanos e atuem na resolução dos conflitos em suas comunidades.

O curso parte de situações práticas e das necessidades concretas desses militantes e pretende apontar caminhos para solucionar conflitos ligados aos direitos humanos, fornecendo informações sobre órgãos públicos e organizações da sociedade civil, além de um ambiente para a troca de experiências. Seu conteúdo está estruturado nos temas dos direitos humanos e seus conflitos.

Se você tem interesse em participar dessa nova turma do curso, acesse o site e faça agora mesmo o seu cadastro de confirmação:
http://cursos.educacaoadistancia.org.br/login/signup.php

Ao realizar este cadastro, você receberá uma confirmação por e-mail e 48 horas antes do início do curso (que está previsto para começar no dia 10 de novembro) enviaremos um segundo e-mail com o link da sua sala virtual e as primeiras orientações, fique atento.

Participe!

Coordenação do curso Direitos Humanos e Mediação de Conflitos

Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH-PR)
Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil)

domingo, 2 de novembro de 2008

PALESTRA "Escritura e identidade na Literatura Angolana" - BA

A ser proferida pelo estudioso senegalês LOUIS GOMIS – Literatura e Civilização em Línguas Românicas, mestrado e doutorado (em curso) na Universidade de Rennes, França, mestrado em Psicologia Social, com ênfase em Antropologia Clínica, e graduado em Lingüística Geral.

DATA: Terça-Feira, 4 de novembro de 2008.

HORÁRIO: 10h:30min

LOCAL: LABIMAGEM

Instituto de Letras/UFBA - Térreo

Campus Universitário de Ondina

ENTRADA FRANCA

Certificados mediante solicitação

ORGANIZAÇÃO: Grupo de Pesquisa de Literaturas Africanas / ILUFBA.

sábado, 1 de novembro de 2008

Taxista simula assalto e passageiros são agredidos por policiais Sucessão de equívocos ocorreu após show no Pelourinho - BA

Por: André Luís Santana – jornalista (DRT BA 2226) 71. 9106-1512

Um taxista, motivado pelo racismo, simula uma tentativa de assalto, acusando os passageiros - três jovens negros - e despertando a atenção de uma viatura da Polícia Civil de onde saem três policiais armados que, antes de qualquer esclarecimento, xingam e agridem os jovens, deixando, inclusive, um deles nú em via pública. Na delegacia para onde foram levados, mais uma sucessão de humilhações e desrespeitos. O que era para ser um fim de festa tranqüilo para os amigos, Ítala Correia, Saturnino Silva e Henrique dos Santos, virou um pesadelo que tem custado sair da lembrança dos jovens.

Na madrugada de sábado para domingo, 26, após assistirem ao show da Banda Lampirônicos, no Centro Histórico de Salvador, os jovens, todos moradores do bairro da Boca do Rio, resolveram pegar um táxi, para garantir mais conforto e segurança na volta para casa. Ledo engano. Entraram no Corsa JRA 1505, do taxista César Augusto da Silva Purificação Santos, de 49 anos (Alvará A-1753), no Terreiro de Jesus. Próximo dali, após passar pelo Campo da Pólvora, o motorista iniciou uma crise de pânico, gritando e demonstrando medo.

A princípio, os jovens tentaram acalmar o taxista, pois pensaram se tratar de algum repentino problema de saúde. No início da Ladeira da Fonte Nova, o motorista, ao avistar uma viatura – um Eco Sport da Delegacia do Adolescente Infrator / DAI, parou o taxi e saiu gritando que estava sendo assaltado. "Até então, ainda não entendíamos o que estava ocorrendo. Primeiro pensamos que ele passava mal, estava tendo uma crise de epilepsia. Depois pensamos que o carro estava sendo assaltado por alguém que estava do lado de fora. Foi uma tensão terrível", explica com tristeza a produtora cultural Ítala Correia, de 21 anos.

Quando os jovens conseguiram sair do carro, já que o motorista havia travado todas as portas, já encontraram três policiais com armas em punho apontadas para eles. "A partir daí foi muito xingamento, humilhação. Revistaram minha amiga de forma abusiva, levantando a roupa dela e xingando-a de puta, vagabunda e outros palavrões. Tive que ficar nú em plena rua", relembra o garçom, Saturnino Silva, de 30 anos.

Na confusão para sair do carro, Ítala caiu e bateu o queixo no chão. Mesmo sangrando, a jovem continuou a ser agredida verbalmente pelos policiais, atendendo ao desespero do taxista que continuava afirmando que os jovens o assaltariam. A jovem foi atendida no 5º Centro de Saúde, no Vale dos Barris, e levou cinco pontos no queixo, além de apresentar manchas roxas pelo corpo."Como eu já sai do carro correndo, pois achava que nós é que seríamos assaltados, os policias apontaram a arma para mim e chegaram a engatilhar. Tive que me jogar no chão. Por pouco não fui morto", conta o jogador de basquete Henrique dos Santos, de 28 anos, que havia participado, na manhã de sábado, do campeonato de Basquete de Rua, promovido pela Central Única das Favelas – CUFA. Policiais da 1º Delegacia, no Complexo dos Barris, alegaram que a roupa do esportista (camisa e bermuda largas), foram as razões para despertar o medo no taxista.

"Também, olhem como vocês estão vestidos, olhem para o cabelo de vocês, era o que dizia um dos policiais que nos atenderam na Delegacia, justificando a ação do taxista", conta Henrique.

Os jovens acreditam que a ação policial, ainda na Ladeira da Fonte Nova, só não foi pior porque o tio de Ítala, o comerciante do Pelourinho, Wilson Santos, também morador da Boca do Rio, conduzia seu automóvel, junto com a esposa, e acompanhava o táxi que levava os jovens. Ao ver a movimentação policial, Wilson soltou do carro e se colocou na frente dos agentes, entre as armas e os jovens, tentando convencer os policiais do equívoco que ocorria.

No Boletim de Ocorrência, assinado pelo agente Júlio César dos Santos Batista, está descrita a calúnia e simulação de assalto, com a alegação do taxista de que "os jovens fizeram movimentos bruscos dentro do carro". Os amigos explicam que o próprio motorista perguntou se havia alguma porta aberta e todos foram verificar, respondendo negativamente. Depois disso, o condutor travou todas as portas e iniciou o desespero repentino.

Os três jovens já deram queixas em todas as instâncias que tiveram acesso: como o Disk Racismo, a Gerência de Táxi da Prefeitura de Salvador – GETAXI e o Procon, ainda restando ir à Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público. Eles esperam que a ação preconceituosa do taxista e a abordagem abusiva dos policiais não fiquem impunes. "Somos jovens de bem, trabalhamos, não usávamos drogas, nem estávamos cometendo nenhum delito.

Toda a suspeita e agressão foram motivadas pela nossa cor, nossos cabelos. É um absurdo que ainda tenhamos que conviver com atitudes como essa", revoltasse Ítala. "Poderíamos estar todos mortos. Aí seria alegado que estávamos envolvidos com o tráfico de drogas. Já imagino as manchetes: Tentativa de assalto termina com morte de três assaltantes", assustasse Saturnino, referindo-se às práticas constantes no noticiário baiano, quando se trata do assassinado de jovens negros da periferia.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

SEPROMI lança portal do Novembro Negro - BA

O governo da Bahia, através da Secretaria da Promoção da Igualdade (Sepromi), durante o mês de novembro, desenvolve de ações que propõe a interação com a comunidade negra. Pensando nisso, estará disponível durante o novembro, um portal voltado para a comemoração da Consciência Negra, possibilitando uma maior articulação e exploração da temática racial, em parceria com a sociedade civil.
O endereço do portal do Novembro Negro é www.novembronegro.ba.gov.br e estará no ar do primeiro ao último dia de novembro. O objetivo é estreitar a relação com a sociedade, a partir do novembro, mês proclamado como período para a articulação e a reflexão sobre a situação do negro no Brasil, sobretudo, no Estado da Bahia.
As sugestões, textos, fotos, vídeos podem ser enviados para o novembro.negro@sepromi.ba.gov.br . A criação deste portal possibilita a Sepromi a interagir e participar das atividades e propostas do movimento negro e feminista. “Criar um portal viabiliza a circulação de informações, as quais contribuem para o combate ao racismo”, afirma Agnaldo Neiva, um dos técnicos da Sepromi, responsável pelo portal.
Promoção da Igualdade
Criada em 28 de dezembro de 2006, no primeiro ano de mandato do governador Jaques Wagner, a Sepromi é a primeira secretaria estadual do Brasil que prioriza as questões de raça e gênero; pretendendo, desta forma, reduzir as desigualdades e ampliar, através de políticas públicas, os direitos da população feminina e do grupo negro da sociedade baiana.
Agora em 2008, a secretaria planejou um Novembro Negro de reafirmação e satisfação perante a sociedade, sobre as ações da agenda governamental para a promoção da igualdade racial, reforçando assim, um compromisso do Governo do Estado, para e com a Comunidade Negra.

Programação de novembro da Secretaria Municipal da Reparação - BA

03/11 – Solenidade para apresentação da Agenda Afirmativa para o mês da Consciência Negra
Local: Escola Brigadeiro Eduardo Gomes – São Cristóvão
Horário: 15h
Realização: SEMUR/ Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes

05/11 – Palestra de sensibilização - Combate ao Racismo Institucional para servidores da SPM, SEHAB E SEMPRE.
Local: Auditório do CDCN
Horário: 14h às 17h30min
Realização: PCRI (SEMUR / SEPROMI)

05/11 - Encontro da Série Diálogos, com o tema Jornalismo e o Desafio da Promoção da Igualdade Racial.
Local: Teatro do Irdeb - Federação
Horário: 15h
Realização: SEPROMI / IRDEB

11/11 – Roda de Diálogo sobre a Capoeira
Local: Auditório da SEFAZ – Ed. Nossa Senhora da Ajuda
Horário: 14h
Realização: SEMUR

11/11 - Gravação do Programa FALA GAROTO!
Local: Colégio São José – Av. Imperatriz s/n – Baixa do Bonfim
Horário: 8h às 10h
Realização: Colégio São José

12/11 - Palestra de Sensibilização e Abordagem de Combate ao Racismo Institucional para Servidores da SMEC
Local: Auditório do IPS
Horário: 14h30 às 17h30min
Realização: PCRI (SEMUR / SEPROMI)

12/11 – Lançamento de Símbolos significativos para o Fortalecimento da cultura baiana e brasileira:
* A Cartilha Casa dos Orixás – Imunidade tributária e legalização fundiária;
* A medalha Maria Felipa / *Cordel Zumbi d’Angola Janga
Local: Auditório do CEFET-Salvador
Horário: 19h
Realização: SEMUR

13/11 - Palestra de Sensibilização e Abordagem de Combate ao Racismo Institucional para Servidores da SEMUR E SEAD
Local: Auditório do IPS
Horário: 14h30 às 17h30min
Realização: PCRI (SEMUR / SEPROMI)

14 e 15/11 – II Seminário de Religiões de Matriz Africana e Saúde de Salvador e Lauro de Freitas
Local: Centro de Refa Mão Menininha de Portão, sito Lauro de Freitas.
Horário: 9 às 18h
Realização: Ass de Promoção da Equidade Racial em Saúde/ SMS

14/11 – Roda de Diálogo com Irmandade Rosário dos Pretos
Local: Auditório da SEFAZ – Ed. Nossa Senhora da Ajuda
Horário: 14h
Realização: SEMUR

15/11 – Seminário Afro-baianidade
Local: Casa Maria Felipa – Curuzu,196.
Horário: 15h às 18h
Realização: Casa Maria Felipa

15/11 – Café Africano
Local: Casa Maria Felipa – Curuzu, 196.
Horário: 18h às 19h
Realização: Casa Maria Felipa

17 e 18/11 – Seminário “A Diáspora africana na Bahia” e o Painel dos Alunos de Pós-graduação de Metodologia dos Estudos Africanos
Local: Auditório das Faculdades Olga Mettig
Horário: 19h às 21h30
Realização: Faculdades Olga Mettig

18/11 – Videoconferência O Desenvolvimento do Negro no Brasil Pós-Abolição
Local: Sala de Videoconferência do Instituto Anísio Teixeira - IAT
Horário: 14h às 18h
Realização: Instituto Anísio Teixeira – IAT – Unidade de Comunicação
Contato: www.sec.ba.gov.br / iat

18 a 20/11 – Semana da Conciencia Negra, Ações e Perspectivas.
Local: Auditório do CEFET
Horário: Apartir das 10h20
Realização: CEFET-Ba

19/11 – Entrega do Título de Cidadã de Salvador para Edialeda Salgado
Local: Auditório da Câmara de Vereadores
Horário: 19h
Requerida Pelo Vereador Gilberto José

20/11 – Exibição de Vídeo sobre a “África e a Diáspora”
Local: Casa Maria Felipa – Curuzu, 196.
Horário: 10h às 12h
Realização: Casa Maria Felipa

20/11 – XXIX Marcha Zumbi dos Palmares
Local: Saída da Praça do Campo Grande em direção a Praça Municipal
Horário: 15h
Realização: Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN

22/11 – IV Feira de Saúde
Local: Terreiro Mokambo – Largo da Vila Dois de Julho
Horário: 10h às 17h
Realização: Terreiro Mokambo

23/11 – IV Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa
Local: Saída do Final de Linha do Eng. Velho da Federação (Busto de Mãe Runhó) em direção ao Dique do Tororó, onde acontecerá um Show de encerramento.
Horário: 16h

27/11 – Seminário “O Negro, o Desenvolvimento, o Conhecimento e a Tecnologia”
Local: Auditório do CEFET
Horário: 19h às 22h
Realização: SEMUR/ASAFROS - Humanicidades

27/11 – II Edição Afro em Cena apresenta o Seminário “ONG´s, Espaço de Transformação Social da Juventude Negra?
Local: Sol Bahia Express – Porto da Barra
Horário: 9h às 22h
Realização: Som de Preto Produções
Contato: 71-3494-6954/ www.somdepreto.com.br

27/11 – II Edição Afro em Cena – Espetáculo da Música Preta
Local: Senzala do Barro Preto - Curuzú
Horário: 20h
Realização: Som de Preto Produções
Contato: 71-3494-6954/ www.somdepreto.com.br

29/11 – Exibição de Filmes e Debates
Local: Casa Maria Felipa – Curuzu, 196.
Horário: 15h às 17h
Realização: Casa Maria Felipa

Encontro debate "Jornalismo e o Desafio da Promoção da Igualdade Racial" - BA

A Secretaria de Promoção da Igualdade –Sepromi e o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IRDEB realizam, no dia 05 de novembro, às 15 h, no Teatro Irdeb - Federação, o primeiro encontro da Série Diálogos, com o tema Jornalismo e o Desafio da Promoção da Igualdade Racial.
O objetivo do encontro é debater a abordagem das questões raciais nos meios de comunicação com estudantes e jornalistas de veículos comerciais, públicos e alternativos. Neste evento, estarão presentes a Secretária de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia - Luiza Bairros, o Diretor do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia - Pola Ribeiro, a jornalista e professora da Universidade do Estado da Bahia/UNEB - Ceres Santos, a jornalista e escritora Suzana Varjão e a jornalista e professora da Universidade Federal da Bahia/UFBA - Malu Fontes.
Além de sensibilizar os (as) jornalistas dos veículos baianos, o primeiro encontro da série propõe evidenciar como a construção de matérias, fotos e outros tipos de textos, podem conter elementos racistas e discriminatórios, sem que o (a) jornalista tenha esta intenção.
O encontro abre as atividades do Governo do Estado no novembro negro, mês que é comemorada a Consciência Negra, reforçando a necessidade de promoção da igualdade racial, na sociedade e da implementação de ações que ressaltem a reparação para a comunidade Negra do Estado.
Outras ações para o Novembro Negro
A Sepromi elaborou um conjunto de atividades para o Novembro Negro que articule a proposta do Governo do Estado de Promoção da Igualdade Racial. Primeiramente será lançada a campanha publicitária institucional voltada para ações governamentais que reforçam a proposta da Secretaria e os trabalhos realizados através da mesma.
Também, estará disponível, durante todo o mês de Novembro, um portal www.novembronegro.ba.gov.br que divulgará todas as atividades em homenagem ao mês da Consciência Negra. Para alimentá-lo, a Sepromi montou uma estrutura de agência de notícias, que possibilitará a troca de informações com o interior do Estado, através do Fórum dos (as) Gestores (as). Além disso, as pessoas poderão colaborar nesta construção, enviando fotos, vídeos, textos, pautas para o novembro.negro@sepromi.ba.gov.br .

Programação do Encontro
15hs – ABERTURA
Luiza Bairros
Secretária de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia
Pola Ribeiro
Diretor do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia
15:15 – RODA DE DIÁLOGO
Ceres Santos
Jornalista e Professora da Universidade do Estado da Bahia/UNEB
“Imprensa e ações afirmativas”
Suzana Varjão
Jornalista e Escritora
“Micropoderes, macroviolências”
Malu Fontes
Jornalista e Professora da Universidade Federal da Bahia/UFBA
Debatedora
16:15 – QUESTÕES E COMENTÁRIOS DOS(AS) PARTICIPANTES
17 – ENCERRAMENTO

Assessoria de Comunicação
Secretaria da Promoção da Igualdade
ascom@sepromi.ba.gov.br
(71) 3115 5142 / 9983 9721


http://www.novembronegro.ba.gov.br/

Curso sobre História da Arte Africana e Afro-Brasileira - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

O Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia, em parceria com o Museu Eugênio Teixeira Leal, promoverá curso sobre História da Arte Africana e Afro-Brasileira, com a proposta de apresentar, de forma panorâmica, o desenvolvimento histórico e as características de estilo/função das principais produções escultóricas tradicionais africanas. O prof. Ademir Ribeiro Junior, Mestre em Arqueologia pela USP e atual pesquisador da Coleção "Claudio Masella" de Arte Africana do IPAC, ministrará o curso, composto de cinco aulas de quatro horas, totalizando 20 horas. As aulas terão inicio no dia 14/11, e serão ministradas sempre às sextas feiras até o dia 12/12, das 14:00 às 18:00 horas, no Auditório do Museu Eugênio Teixeira Leal, na rua do Açouguinho, 1, Pelourinho. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas no Museu Afro-Brasileiro, com valores de R$ 40,00 para profissionais e R$ 20,00 para estudantes. Informações pelo telefone: 3283-5540/5541.

Curso Diversidade Étnico-racial, para professores da rede pública estadual - BA

Irê Ayó: Educação das Relações Étnico-Raciais

O Instituto Anísio Teixeira-IAT/SEC, através do Grupo de Projetos Especiais, em uma parceria com a Secretaria de Cultura/ SECULT promove, entre os dias 24 de novembro e 5 de dezembro, o curso Irê Ayó: Educação das Relações Étnico-Raciais.

Serão 160 vagas para todo o Estado, com uma carga horária total de 120 horas. As inscrições poderão ser feitas AQUI, de 28 de outubro a 6 de novembro, e só podem participar professores graduados, pertencentes à Rede Estadual de Ensino em efetiva regência de classe.

O curso presencial de 120 horas/aula, que acontece no hotel Vila Velha, em Salvador, contribuirá para a formação de educadores, para a implementação da lei 11.645/08 que obriga o ensino da História da África, dos povos indígenas e das culturas Afro-brasileira e dos índios do Brasil.

O objetivo é o de estimular a valorização da produção do conhecimento e das manifestações das matrizes culturais indígenas e africanas, que funcionam como princípios para a construção de identidades, auto-estima e convivência solidária no lugar, ou que de alguma forma se encontra presente na memória coletiva das comunidades.

Uma das finalidades do curso é a ressignificação da história, da memória ancestral e da civilização africana na contemporaneidade, compreendendo a arte de um conjunto de relações, além de estimular a valorização da consciência histórica e a auto-estima.

A seleção será feita por ordem de inscrição, e no ato da inscrição o candidato deve enviar uma carta de uma lauda para o cursoireayo@gmail.com explicando porque esse curso é importante para a sua formação e como o mesmo repercutirá em seu fazer na comunidade.

Atenção: a lista de selecionados será divulgada no dia 10 de novembro.

Palestra do escritor João Melo, no CEAO - BA

No dia 6 de novembro, quinta feira, no CEAO, o escritor angolano JOÂO MELO, fará palestra sobre o seu livro Filhos da Pátria, uma coletânea de contos que teve sua primeira edição em Angola, em 2001, pela editora Nzila, e em Portugal foi lançado pela editorial Caminho. Filhos da Pátria será lançado em Salvador, no dia 7 de novembro.

PALESTRA JOÃO MELO ESCRITOR ANGOLANO
DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2008
NO CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS CEAO
PROMOÇÃO DO POSAFRO E CEAO - UFBA


Informações sobre o autor:

JOÃO MELO É poeta, contista, cronista e ensaísta. Publicou dez livros de poesia, quatro de contos e um de ensaios. Tem atualmente no prelo três livros de poesia, dois de ensaios e um de contos. Está representado em várias antologias, em Angola e no estrangeiro. Teve três menções honrosas, duas no Prémio Sonangol de Literatura e uma no Prémio Sagrada Esperança, ambos em Angola. Publicado habitualmente em Angola e Portugal, tem textos traduzidos para mandarim, alemão, italiano e húngaro. É membro fundador da União de Escritores Angolanos, da qual já foi secretário geral, presidente da Comissão Directiva e presidente do Conselho Fiscal. Como jornalista, recebeu em 2008 o Prémio Maboque de Jornalismo, a maior distinção jornalística de Angola.