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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A resistência africana é um dos grandes temas do FSM de Dacar

resistencia africanaA resistência africana é o grande tema do Fórum Social Mundial de 2011, que acontece em Dacar, no Senegal. Assim definiu um de seus organizadores, o marroquino Hamouda Soubhi, do Fórum Social de Maghreb. “Escravidão, diáspora e imigração, entre outros temas, serão fortes nesta edição do FSM, assim como em Belém (AM), o principal era a Amazônia”, diz.
O FSM é realizado de 6 a 11 de fevereiro, na Universidade Cheikh Anta Diop, a maior universidade pública da África Ocidental. Mas antes do fórum começar, acontecem diversos encontros paralelos. Do dia 2 a 5, por exemplo, acontece a assembléia que vai elaborar a Carta Mundial dos Migrantes, na Ilha de Gorée, próxima à Dacar. Até o século 19, a ilha funcionou como um dos maiores centros de comércio de escravos africanos. Durante o Fórum, o dia 7 será dedicado à África e à diáspora.
Este é o segundo FSM que acontece no continente. Em 2007, Nairóbi, no Quênia, recebeu cerca de 50 mil participantes. O mesmo número é esperado nesta edição. Segundo Soubhi, há uma grande mobilização e participação de organizações e sociedade civil do Senegal. Nas ruas, em geral, os habitantes de Dacar estão por dentro do evento que a cidade receberá.
“Há uma forte mobilização regional, com pessoas vindo, em caravana, de Camarão, Nigéria, Marrocos, Mauritânia, Benin, Burkina Fasso”, relata Soubhi. O processo do FSM vem crescendo no continente. Somente antes de Dacar, Soubhi informa que foram realizados 10 fóruns africanos. “O FSM passou a fazer parte da agenda dos militantes e ativistas daqui.”
Na opinião da coordenadora do Ibase e integrante do Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo FSM, Moema Miranda, também uma das organizadoras, este FSM acontecer na África é de extrema relevância. “Tem a ver com pensar o modelo de desenvolvimento a partir de um dos continentes que mais sofrem as conseqüências do atual modelo, não só do neoliberalismo, mas de toda a lógica consumista, privatista, que orienta o crescimento do capitalismo”, explica. “Estar no norte da África neste momento é importante para a dinâmica do processo do Fórum, mas também abre uma enorme possibilidade de um diálogo com o universo islâmico.” No Senegal, em torno de 90% da população é muçulmana.

Ações concretas

O FSM 2011 terá os dois últimos dias destinados a assembléias de convergência de ação. Até o momento, 38 já estão inscritas. Soubhi diz que essa era uma demanda dos participantes que se perguntavam por que ir ao fórum se ele não propunha ações concretas. “Mas esse é o modelo do FSM, é se encontrar, discutir, criar redes, criar consensos, encontrar soluções e alternativas”, afirma.
Em Belém, em 2009, já foram realizadas assembléias. Mas, agora, em Dacar, serão dois dias só para essas atividades. “Demos um passo para garantir um espaço mais privilegiado para esses momentos de articulação e de conexão, com vistas à ação”, explica Moema.
Ações para o encontro Rio + 20, que acontecerá em 2012, no Rio de Janeiro, e qual informação é necessária para outro mundo possível estão entre os temas das assembléias já cadastradas. “Esperamos que de fato esse seja um momento importante de encontro e articulação da sociedade civil planetária, um espaço importante para as lutas que encontram no Fórum um espaço de articulação e avanço”, diz Moema.
O processo deve continuar. Esse é o espírito do FSM. Para 2013, segundo a organização, há muitas possibilidades abertas. É possível que entre maio e junho deste ano, o Conselho Internacional defina o local do próximo evento. Uma das cidades que pode sediar o próximo evento é Porto Alegre, já que com a conquista do governo estadual por Tarso Genro cria novas perspectivas altermundistas no ambiente gaúcho.

Fonte: Revista Fórum (por Adriana Delorenzo)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fevereiro Mulher - BA

(Clique na imagem para amplia-la)

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Somos um curso de inglês voltado para a comunidade emergente da população brasileira, utilizando uma metodologia única no mercado. O nosso diferencial é oferecer aos nossos alunos o ensino da língua inglêsa com cultura negra.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Retorno às origens

07/02/2011 14:36:30
Elton Alisson, da Agência FAPESP

Tal como ocorre em muitas escolas do ensino fundamental e médio no Brasil, às vésperas do Dia do Índio – celebrado em 19 de abril – os alunos de um colégio público situado na favela Real Parque, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo, costumam preparar cartazes alusivos à data comemorativa que são espalhados pelas salas de aula.
Mas, ao observar os desenhos e imagens que ilustram os trabalhos escolares durante seu trabalho de mestrado, defendido em agosto de 2010 na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), a psicanalista Maíra Soares Ferreira não encontrou nenhuma referência à etnia afro-indígena Pankararu, originária do sertão pernambucano, da qual muitos dos estudantes no colégio são descendentes.
“Apesar de a história da comunidade na qual a escola está situada ser conhecida, ela não estava integrada à cultura escolar. Havia uma tendência de negar as heranças afro-indígenas e nordestinas dos alunos”, disse Maíra à Agência FAPESP.
Na tentativa de estabelecer um diálogo entre o passado e o presente dos estudantes e de integrar sua cultura com a da escola, Maíra iniciou em 2007 uma pesquisa e intervenção com uma turma de 30 alunos da sétima série do colégio público paulista.
O estudo resultou em um método de ensino da cultura e história afro-indígena que pode auxiliar os educadores a abordar esse assunto em sala de aula, conforme determina uma nova lei.
Sancionada em março de 2008, a Lei nº 11.465/08 tornou obrigatório o ensino sobre a história e a cultura afro-indígena em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, das redes pública e particular, no país. Mas deixou a cargo dos educadores desenvolverem suas próprias metodologias de ensino para isso.
“A lei é muito importante. Porém, é preciso utilizar métodos didáticos que partam da própria história da comunidade onde a escola está inserida para ensinar a história e a cultura afro-indígena. Afinal, toda escola pública no Brasil tem sua comunidade afro-indígena”, disse Maíra.
Retorno às origens
Sabendo das origens dos estudantes da escola da favela Real Parque, a psicanalista viajou para a região do Brejo dos Padres, em Pernambuco, onde está localizada a aldeia indígena Pankararu, e de onde grande parte das famílias dos estudantes partiu no início da década de 1950 rumo a São Paulo para trabalhar em obras como a construção do estádio do Morumbi.
No sertão nordestino, além das tradições dos Pankararu, Maíra deparou com diversas manifestações da cultura popular, como o cordel, a cantoria de viola e o coco de embolada, que registrou em vídeo.
Na volta da viagem, Maíra apresentou os vídeos aos estudantes e chamou a atenção deles para as semelhanças entre as rimas, improvisos e a poesia do cordel e dos repentes nordestinos com um gênero musical que a maioria deles apreciava: o rap.
“Eu percebi que nos intervalos e nas aulas vagas eles se reuniam em grupos e ficavam escutando rap, desenhando ou fazendo letras de música”, disse.
Com base nisso, ela encontrou um canal para que os professores pudessem discutir de uma maneira didática com os estudantes questões como a migração, o sertão, a urbanização, a escravidão e a formação de favelas nas grandes metrópoles brasileiras.
“Eles passaram a criar letras de rap, cordel e até mesmo improvisar poesias na métrica dos repentes, além da cantoria de viola e do coco de embolada sobre o preconceito e a discriminação que sofriam por morar em um comunidade carente localizada ao lado de condomínios de luxo”, disse.
De acordo com Maíra, as criações poéticas e musicais representaram o esforço dos estudantes de resistir à negação de origens e identidades e um meio de recombinar suas histórias e expressões culturais. E, com isso, se afirmarem política, social e etnicamente.
O trabalho, que contou com apoio da FAPESP, foi distinguido na categoria de pesquisa no Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré, lançado pelo Ministério da Cultura (Minc) em março de 2010 para incentivar a realização de trabalhos relacionados à literatura de cordel.
Como prêmio, a pesquisadora recebeu um auxílio para publicação da dissertação na forma de um livro. A publicação será lançada até o fim de 2011 em São Paulo e nos demais lugares onde a pesquisa foi realizada, como Recife, São José do Egito e outros locais do Nordeste brasileiro.
O estudo está disponível no Banco de Teses da USP, em www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-30082010-102212/pt-br.php 

(Agência FAPESP)

Indiciamento de seguranças de supermercado é conquista na luta contra o racismo, avalia ativista

14:49
06/02/2011
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O indiciamento por tortura de cinco seguranças que espancaram o vigilante Januário Alves de Santana no estacionamento do supermercado Carrefour é uma conquista na luta contra o racismo, segundo o coordenador do departamento jurídico do Instituto do Negro Padre Batista, Sinvaldo Firmo. A organização tem um convênio com a Defensoria Pública de São Paulo para atender casos de crimes de discriminação racial.
Januário é negro e foi espancado pelos seguranças do supermercado, em Osasco, na grande São Paulo, ao tentar entrar no seu próprio carro, uma Ecosport. O crime ocorreu em agosto de 2009, mas somente nesta semana a polícia indiciou cinco dos envolvidos.
Segundo o delegado do 9º Distrito Policial de Osasco, Léo Francisco Salem Ribeiro, falta apenas a decisão judicial a respeito de um habeas corpus, impetrado por um sexto envolvido, para que o inquérito seja concluído. De acordo com o delegado, o crime de tortura foi configurado com base nos relatos e nas provas materiais colhidas durante a investigação.
Sinvaldo afirma que o indiciamento tem valor simbólico por ser algo ainda raro no país. “Acho que tem uma importância muito forte para a nossa luta contra o racismo no Brasil”, ressaltou. Na opinião dele, resta agora ver como será a atuação do Ministério Público no caso e a decisão final da Justiça.
O Carrefour informou, por meio de nota, que afastou os funcionários envolvidos no caso e que colaborou com as autoridades.

Edição: Lílian Beraldo

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cresce apoio ao nome de Valdecir Nascimento para a SEPROMI - BA

Instituições e ativistas negras/os e feministas antirracistas do Brasil apóiam o nome de Valdecir nascimento para dirigir a Secretaria de Promoção da Igualdade (SEPROMI). Segue abaixo a íntegra da carta enviada ao governador Jacques Wagner solicitando a consideração da companheira Valdecir para o cargo.


Exmo. Sr. Jaques Wagner
Governador do Estado da Bahia
Salvador/BA


Excelentíssimo Senhor Governador,

Historicamente a luta das mulheres avança desde o ambiente familiar até as Convenções Globais. Na Bahia, tivemos a oportunidade de construir participativamente avanços a partir da atuação da SEPROMI, cuja prática, apesar de todas as limitações orçamentárias e de pessoal, tornou-se referência nacional ao ponto da nossa Secretária Luiza Bairros, ter sido alçada ao cargo de Ministra da SEPPIR.

A Secretaria de Promoção da Igualdade da Bahia, no período de 2008 a 2010, definiu, através da Superintendente de Políticas para Mulheres, Valdecir Nascimento, importantes ações para o desenvolvimento de programas e atividades voltados para a implementação de políticas de promoção de eqüidade para as mulheres do estado.  O trabalho baseado na prevenção e enfrentamento da violência; na promoção de políticas afirmativas para as mulheres na saúde, educação, trabalho, participação política e a articulação institucional buscou a transversalidade das ações como única forma possível de garantir a incorporação da melhoria da vida das mulheres em todas as dimensões da sociedade.

Ao assumir a Superintendência de Políticas para as Mulheres, Valdecir Nascimento, foi uma incansável gestora de políticas públicas e representante das lutas das Mulheres, dos Movimentos Negros, dos Povos e Comunidades Tradicionais e da Agricultura familiar e das Organizações da Sociedade Civil.  O trabalho realizado por Valdecir Nascimento foi reconhecido e aplaudido pela ex-ministra Nilcéa Freire, que além de adotar o programa local de Enfrentamento da Violência como modelo a ser replicado em outros estados brasileiros, elegeu a Bahia, por conta da qualidade do trabalhado aqui desenvolvido, para apresentar o relatório de final de gestão da SPM/PR. Na oportunidade, mulheres usuárias dos serviços, gestoras da capital e interior, bem como, de vários estados do país, ovacionaram Valdecir em reconhecimento, admiração e apoio ao seu fazer público, fruto do diálogo democrático e propositivo.

Valdecir Nascimento foi formada nas lutas democráticas e libertárias dos movimentos negro e de mulheres negras e tem mostrado ao longo de sua vida seu comprometimento com o combate ao racismo, sexismo e a promoção da igualdade social em nossa sociedade. Tal experiência lhe capacita a compreender que a pobreza em nosso país tem sexo e cor, ou seja, determinados grupos sociais, como mulheres, negros e povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar (indígenas, quilombolas, pescadoras artesanais, fundo de pasto, terreiro, ciganos, dentre outras), são mais vulneráveis e necessitam de políticas públicas diferenciadas para superar a situação de exclusão e marginalização em que se encontram. 

Nesse sentido, gostaríamos de solicitar a Vossa Excelência atenção as nossas demandas, no que se refere a otimizar o trabalho que já vem sendo feito pela SEPROMI, através da indicação do nome da companheira Valdecir Nascimento, que pensamos ser o mais indicado para dar seguimento ao projeto iniciado, alinhando-o à gestão da SEPPIR e da SPM no âmbito do Governo Federal e aprofundando as ações pautadas pelo movimento negro e de mulheres do estado da Bahia.

Temos certeza de que Valdecir Nascimento reúne todas as qualidades para assumir a SEPROMI e continuar executando o importante trabalho da secretaria para a promoção da igualdade no estado da Bahia.

Desta forma, nós abaixo assinantes, confirmamos a solicitação de que Valdecir Nascimento seja o nome que representará nossas demandas na atual gestão estadual enquanto Secretária de Promoção da Igualdade, ficamos confiantes no apoio a atendimento ao nosso pleito, ao mesmo tempo em que desejamos mais uma gestão de realizações sustentáveis de igual importância para o Estado e para o País.  

Atenciosamente,

INSTITUIÇÕES QUE APÓIAM E ASSINAM

COLETIVO DE MULHERES DO CALAFATE 
FÓRUM DE MULHERES DE LAURO DE FREITAS
AMMIGA- ASSOCIAÇÃO DE MULHERES AMIGAS DE ITINGA
LILÁS - LIGA DE LÉSBICAS DE LAURO DE FREITAS
CENTRO DE ARTE E MEIO AMBIENTE - CAMA
GRUPO DE UNIÃO E CONCIÊNCIA NEGRA - GRUCON
ASSOCIAÇÃO  DE MORADORES DO CONJUNTO SANTA LUZIA - URUGUAI
ASSOCIAÇÃO JOANES LESTE - LOBATO
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES UNIDOS DO LOBATO - AMUL
COOPERATIVA DE COLETA SELETIVA PROCESSAMENTO DE PLÁSTICO E PROTEÇÃO AMBIENTAL
COMPLEXO COOPERATIVO DE RECICLAGEM DA BAHIA
ASSOCIAÇÃSO JOÃO PAULO II
ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE EDUCAÇÃO E CIDADANIA  - ABEAC - RIBEIRA
PASTORAL DA CRIANÇA - LOBATO
ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE E DEMOCRÁTICA DE ALAGADOS ITAPAGIPE -ABDAI
CENTRO DE ASSISTENCIA AO  MENOR CARENTE - CEAMAC
SOCIEDADE BENEFICENTE E ESPORTIVA 13 DE JUNHO
Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga – Rede de Produtos da Sociobiodiversidade
Centro das Etnicidades – OPARÁ/UNEB Campus VIII
COOPERCUC – Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá
COOPES – Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina
GRIF – Grupo de Inspiração Feminina
NECTAS - Núcleo de Estudos em Povos e Comunidades Tradicionais e Ações Socioambientais
RAÍZES
ACAMG – Associação Comunitária de Artesanato de Malhada Grande
AGAPPA – Associação do Grupo de Artesãos Produtores de Paulo Afonso – BA
ARPA – Associação Reciclagem de Paulo Afonso
Associação Agropastoril dos Pequenos Criadores da Fazenda Toca Velha, Canudos
Associação Comunitária Agropastoril da Fazenda serra da Besta, Uauá – BA
Associação Comunitária e Agropastoril de Serra da Besta
Associação Comunitária e Agropastoril Serra Grande - Curaçá
Associação dos Artesãos de Santa Brígida
Associação Quilombola da Viração e Ciriquinha
Associação Quilombola do Catuabo e Caboclo
Associação Quilombola dos Algodões, Baixa da Lagoa e Baixa dos Quelés
Liga Brasileira de Lésbicas – Ba
MONDEC - Movimento de mulheres (Feira de Santana)
Instituto AMMA Psique e Negritude
DASPRETAS
TERREIRO ILÊ AXÉ IAOMINIDÊ

ATIVISTAS:
Makota Valdina - Terreiro Tanuri Junsara
Yalorixa Raidalva Santos – Rede de Mulheres de Terreiro / Intecab-Nacional
Denize de Almeida Ribeiro - professora UFRB/ militante do Movimento de Mulheres Negras – BA
Terezinha Barros – Expressão Feminista / PT
Amelia Maraux – Vice-Reitora da UNEB
Terezinha Gonçalves - Expressão Feminista do Partido dos Trabalhadores
Edvalda Pereira Torres Lins Aroucha (Valda Aroucha) - Coordenadora da AGENDHA e Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Paulo Afonso/BA
Vilma ReisProfa. Sociologia - UNEB, CEAFRO/UFBA
Gersonice Brandão -  Ekedy Sinha - Intecab/Terreiro da Casa Branca
Céres Santos - Coordenadora do CEAFRO/UFBA, PT-RS
Claudia Pons Cardoso - Professora assistente UNEB
Zuleide Paiva – Conselheira da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos das Lésbicas e Bissexuais do Conselho Municipal de Direito da Mulher de Conceição do Coité
Emanuelle Goes - Expressão Feminista / PT - Molimnbra (Movimento de Mulheres Negras)
Karine de Souza Oliveira Santana – Molimnbra
Raimunda Oliveira – Presidenta Centro de Estudos Teológicos Feminista do Norte e Nordeste do Brasil
Rosangela Costa Araújo - Professora Adjunta/UFBA
Suely Souza Santos 
Zelinda dos Santos Barros - Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO/UFBA)
Anhamona de Brito - integrante da Expressão Feminista PT/BA
Laila Rosa – musicista e professora Adjunta/UFBA
Ana Reis - Glefas Grupo Latinoamericano de Estudos, Formação e Ação Feminista
Maria José Honorato Pacheco – Assessora do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais e Agente do Conselho Pastoral dos Pescadores
Marizelha Carlos Lopes – Coordenadora do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais
Irany da Silva dos Santos – Coordenadora da Articulação Estadual de Pescadoras da Bahia
Naiara Leite -  AJOBI -  Núcleo de Mulheres Negras Feministas e de Lésbicas Negras
Sulle Nascimento – Expressão Feminista/PT - Fórum de Mulheres de Lauro de Freitas
Gildeci de Oliveira Leite - Diretor DCHT-Campus XXIII- UNEB – Seabra
Lícia Maria de Lima Barbosa- UNEB/CEAFRO
Jacimara Santana – Professora UNEB
Karine Duarte Limeira – Mestranda em Estudos Étnicos e Africanos (CEAO/UFBA) e Monankise do Terreiro Tanuri Junsara
Maria Doralice de Sousa - Molimnbra
Agnaldo Neiva - Sociólogo; Especialista em Educação a Distância; mantenedor do Observatório do Racismo Virtual
Diosmar Marcelino de Santana Filho -  Assessor para Povos e Comunidades Tradicionais do Instituto de Gestão das Águas e Clima - INGÁ - Membro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento - SMAD - PT/BA
Lindinalva Barbosa – Mestre em Estudos da Linguagem/UNEB – Técnica do CEAO/UFBA
Jeruse Romao - Professora, pesquisadora e Militante do Movimento Negro de Santa Catarina
Marcilene Garcia de Souza- Professora, pesquisadora e  Militante do Movimento Negro do Paraná
Eleodora Lopes de Jesus, Farmacêutica, servidora da SESAB
Iole Macedo Vanin - Professora UFBA/NEIM
Danielle Bittencourt
Isabelle Sanches Pereira – Professora Uneb Departamento de Educação Campus XI – Serrinha
Monica Kalile - Instituto A Mulherada
Carla Akotirene - Articulação Brasileira de Jovens Feministas e coordenadora nacional do FONAJUNE
Elisete Santana da Cruz França
Elisia Maria de Jesus Santos – Movimento de libertação das mulheres (MLM)
Jaqueline Monteiro - Articulação de Negras Jovens Feministas
Ednara Macedo Reis – Coordenação da Atenção Básica do Município de Maragogipe
João Evangelista – Conselho das Comunidades Quilombola da Chapada
Ligia Margarida de Jesus – Movimento de Mulheres do Suburbio
Raimundo Nascimento – CAMA/ PT-BA
Andreia Lisboa de Sousa - Ford Foundation Fellow / University of Texas at Austin (USA)
Alvaiza Cerqueira – Instituto de Gestão das Águas e Clima – Ba
Marta Leiro – Coletivo de Mulheres do Calafate
Lucineide Jesus  “Lua Onawale” - Terreiro Tanuri Junsara
Nádia Barreto do Rosário – Socióloga, Educadora Social, Coord. do Núcleo de Ações em Quilombos - CDA/SEAGRI, integrante do Grupo Intersetorial para Quilombos
Maria Vandalva Lima de Oliveira – Fórum Interterritorial de Mulheres da Região Semiárida da Bahia
Gilca Morais Carneiro – Coordenadora do Conselho Territorial Sustentável da Região Sisaleira/CODES-SISAL e FATRES/SISAL
Luciana Moreira de Carvalho Santos – Comitê de Mulheres do Semiárido Nordeste II
Aline Grei - Comitê de Mulheres do Semiárido Nordeste II
Selma Glória de Jesus- MOC
Juci Machado – Consultora de Comunicação Social / Articuladora Social
Gloria Maria Silva dos Santos Correia-Secretaria Municipal de Educação -RJ e Associação Cultural Rodaodara/(RJ)
Liu Barrêto, Pedagoga, Compositora, Vice-Diretora do CETEP-LF/Maraú.
Maria Nazaré Lima: Professora da UNEB e Coordenadora da Área de
Educação do CEAFRO
Fabiana Franco - Militante do PT – Camaçari
Maria de Fátima de Souza - FRENEFE - Frente Negra Feirense, Coordenadora Geral do Movimento Organizado de Mulheres em Defesa da Cidadania - MOMDEC - Feira de Santana/BA.
Vilma Neres Bispo – Jornalista (DRT/BA 3382)
Clara Suassuna Fernandes – Diretora do NEAB/UFAL
Maria Noelci Teixeira Homero - ativista do movimento de mulheres negras, PT/RS
Maria Conceição Lopes Fontoura - ativista do movimento de mulheres negras, PT/RS
Renísia Cristina Garcia Filice - GERAJU - Grupo de Pesquisa em Gênero, Raça/Etnia e Juventude. Faculdade de Educação - Universidade de Brasília.
Adriana Lisboa de Sousa - Associação de Voluntários do Brazil (AVIB)
Lígia Marques Vilas Bôas – coordenadora pedagógica do Instituto Pedra de Raio
Tania Pacheco – integrante do GT Combate ao Racismo Ambiental / RBJA
Kátia de Melo – Pedagoga, ex-diretora de Educação do Olodum e fundadora do Coletivo de Mulheres Negras da Bahia.
Matildes Charles – Turismologa/Cantora MPB, membro da Associação Odin D’Irê Odé
Denise Botelho - Profa. Dra. Universidade Brasília; Grupo de Pesquisa em Educação e Políticas Públicas: Gênero, Raça e Juventude
Edlene Paim - Vereadora PT Coração de Maria, Articuladora Estadual LBL/BA, Membro da UMBIGO
Mônica Nunes – Professora do  ISC/UFBA
Vânia Galvão – Vereadora do PT de Salvador 
Isabel Ribeiro - Yarobá de Omolu do Terreiro Ilê Axé Iaominidê
Eliane Barbosa Jerônimo – Assistente Social / Escola de Saúde Pública de Mato Grosso
Tânia Palma
Maria Helena Ramos Belos
Jiane Vieira Soares
Francisco dos Santos Santana
Felipe Pomar
Iracema Alves
Maria Helena Souza da Silva -  membro do IMAIS e da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos - Regional Bahia
Luciane Reis - Publicitária, consultora Ingá \ PT- membro Setorial combate ao racismo
Deise Queiroz - Coordenadora da Articulação, Nacional de Negras Jovens Feministas
Roberto Borges - ABPN e CEFET/RJ
Neidjane Gonçalves – Pedagoga / SEAGRI
Rosana Maria Moraes Fernandes – CESE
Regina Adami - Assessora Parlamentar – SPM/PR
Maísa Maria Vale - Expressão Feminista/PT-Ba
Roselice Silva – Expressão Feminista / PT-Ba

Grande ato em Brasília contra Belo Monte - DF

Contra as mega-hidrelétricas na Amazônia!
Mais de meio milhão de pessoas já assinaram as petições contra Belo Monte, que serão entregues no Palácio do Planalto!

Na terça-feira, dia 8 de fevereiro, centenas de indígenas, ribeirinhos, ameaçados e atingidos por barragens, lideranças e movimentos sociais da Bacia do Xingu e de outros rios amazônicos estarão em Brasília para protestar contra o Complexo Belo Monte e outras mega-hidrelétricas destrutivas na região.  Também irão exigir do governo que rediscuta a política energética brasileira, abrindo um espaço democrático para a participação da sociedade civil nos processos de tomada de decisão.

Convocamos todos os nossos parceiros e amigos, e todos aqueles que se sensibilizam com a luta dos povos do Xingu, a se juntar a nós, porque, mais que o nosso rio, está em jogo o destino da Amazônia.

A concentração para o ato ocorrerá às 9hs, no gramado em frente à entrada do Congresso Nacional. Após o protesto, uma delegação de lideranças entregará à Presidência da República uma agenda de reivindicações e as petições contra Belo Monte.

Participe, e ajude a convocar!
Movimento Xingu Vivo para Sempre - MXVPS
Conselho Indigenista Missionário - Cimi
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB
Instituto Socioambiental - ISA
AVAAZ
Contatos:
Renata Pinheiro – MXVPS (93) 9172-9776
Cleymenne - Cimi (61) 9979-7059
Maíra – Cimi (61) 9979-6912
 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Morre o escritor francês Edouard Glissant

Glissant faleceu na manhã desta quinta-feira, aos 82 anos.
Nascido na Martinica, ele foi importante figura da literatura 'créole'.

Da France Presse
O escritor Edouard Glissant (Foto: France Presse)  (Foto: France Presse)
Edouard Glissant, escritor francês nascido na Martinica e grande figura da literatura "créole", faleceu nesta quinta-feira (3) em Paris, aos 82 anos. As informações são da editora Galaade.

"Ele morreu esta manhã. Estava em estado crítico há algum tempo, mas trabalhamos juntos até o final", declarou Emmanuelle Collas, diretora da Galaade, que publicou parte da obra do escritor.

Autor de um trabalho complexo, que mistura memórias, folclore, images poéticas, declarações polêmicas e reflexões, Glissant abriu caminho para escritores créoles mais jovens.

Doutor em letras, obteve em 1958 o Prêmio Renaudot, um dos mais importantes da literatura francesa.

Militante ativo da luta anticolonialista e opositor da guerra da Argélia, foi expulso das Antilhas francesas por suas ideias e foi submetido a prisão domiciliar na França.

Também foi professor nos Estados Unidos, na Louisiana e em Nova York.

Murió el escritor antillano Édouard Glissant


Foto: Archivo AFP
París, DPA
deceso 06:56 -  jueves 03/02/2011
El escritor Édouard Glissant, uno de los autores más insignes del Caribe francés, murió hoy a los 82 años, según informan los medios galos.

Nacido en la isla de la Martinica, Glissant desarrolló la teoría de la "créolisation" y en sus novelas, poemas y ensayos abordó los temas de la esclavitud, el racismo y el colonialismo, cuestionándose la identidad postcolonial.

Destacó además por mantener un intenso activismo cultural, formó parte de los círculos y foros literarios y artísticos del movimiento negro de emancipación y en los años 50 participó en las protestas de la izquierda francesa.

En 2007 fundó en París el Institut du Tout- Monde, destinado a poner en práctica sus principios humanistas y fomentar la difusión de la diversidad de los pueblos.

En 1958, su novela "La Lézarde" le hizo merecedor del premio Renaudot y dio a conocer internacionalmente a este intelectual. En castellano están traducidos, entre otros, sus ensayos "El discurso antillano" o "Tratado del todo-mundo", el poemario "Fastos y otros poemas" y la novela "El lagarto".

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Não ao "estupro corretivo"


"O estupro corretivo”, a prática cruel de estuprar lésbicas para “curar” sua homossexualidade, está se tornando uma crise na África do Sul. Porém, ativistas corajosas estão apelando ao mundo para pôr fim a estes crimes monstruosos. O governo sul africando finalmente está respondendo -- vamos apoiá-las. Assine a petição e divulgue para os seus amigos!

Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive

Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.

De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em televisão nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.

Vamos expor este horror em todos os cantos do mundo -- se um grande número de pessoas aderirem, conseguiremos amplificar e escalar esta campanha, levando-a diretamente ao Presidente Zuma, autoridade máxima na garantia dos direitos constitucionais. Vamos exigir de Zuma e do Ministro da Justiça que condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizando crimes de homofobia e garantindo a implementação imediata de educação pública e proteção para os sobreviventes. Assine a petição agora e compartilhe -- nós a entregaremos ao governo da África do Sul com os nossos parceiros na Cidade do Cabo:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

A África do Sul, chamada de Nação Arco-Íris, é reverenciada globalmente pelos seus esforços pós-apartheid contra a discriminação. Ela foi o primeiro país a proteger constitucionalmente cidadãos da discriminação baseada na sexualidade. Porém, a Cidade do Cabo não é a única, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade.

O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.

Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir. Se o mundo todo aderir agora, nós conseguiremos justiça para a Millicent e um compromisso nacional para combater o “estupro corretivo”:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

Está é uma batalha da pobreza, do machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.

Se um grande número de nós participarmos neste chamado por justiça, nós poderemos convencer Zuma a se engajar, levando adiante ações governamentais cruciais e iniciando um debate nacional que poderá influenciar a atitude pública em relação ao estupro e homofobia na África do Sul. Assine agora e depois divulgue:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

Em casos como o da Millicent, é fácil perder a esperança. Mas quando cidadãos se unem em uma única voz, nós podemos ter sucesso em mudar práticas e normas injustas, porém aceitas pela sociedade. No ano passado, na Uganda, nós tivemos sucesso em conseguir uma onda massiva de pressão popular sobre o governo, obrigando-o a engavetar uma proposta de lei que iria condenar à morte gays da Uganda. Foi a pressão global em solidariedade a ativistas nacionais corajosos que pressionaram os líderes da África do Sul a lidarem com a crise da AIDS que estava tomando o país. Vamos nos unir agora e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.

Com esperança e determinação,

Alice, Ricken, Maria Paz, David e toda a equipe da Avaaz

Leia mais:

Mulheres homossexuais sofrem 'estupro corretivo' na África do Sul:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/09/mulheres-homossexuais-sofrem-estupro-corretivo-na-africa-do-sul-915119997.asp

ONG ActionAid afirma que "estupros corretivos" de lésbicas na África do Sul estão aumentando:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2010/03/22/243215-ong-actionaid-afirma-que-estupros-corretivos-de-lesbicas-na-africa-do-sul-estao-aumentando

Acusados de matar atleta lésbica são julgados na África do Sul:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,acusados-de-matar-atleta-lesbica-sao-julgados-na-africa-do-sul,410234,0.htm


Apoie a comunidade da Avaaz! Nós somos totalmente sustentados por doações de indivíduos, não aceitamos financiamento de governos ou empresas. Nossa equipe dedicada garante que até as menores doações sejam bem aproveitadas -- clique para doar.

II Festival Alagoano das Palavras Pretas traz o ator Milton Gonçalves - AL

O II Festival Alagoano das Palavras Pretas que acontece dia 31 de janeiro, das 18 às 22 horas, pretende reunir as muitas gentes no entorno das palavras pretas: poesias e poemas, como fonte peculiar de encontros e descobertas.
O Festival Alagoano das Palavras Pretas é na verdade uma provocação literária: juntar as muitas matrizes de gentes: poetizas poetas, quem escreve sobre a temática negra, ou simplesmente gente que queira alimentar a alma com a catarse da palavra, quebrando os distanciamentos geográficos dos humanos com interesses, afetos e poesia.
Gentes daqui e gentes de acolá!
Será um dia da caça a palavra.
Teremos poesias pretas impressas e espalhadas pelos cantos, recantos do Teatro Abelardo Lopes que fica na Galeria Arte Center, Av.Antonio Gouveia, 1113, na Pajuçara.
Palavras impressas plantadas no chão, na entrada, nas cadeiras, etc
No Festival Alagoano das Palavras Pretas as palavras estarão em movimento.
Palavras sem vergonhas reinventando conversas rasgadas de poesia.
Na programação teremos muita gente rica de histórias.
Quer saber?
Contaremos com a especialíssima presença do ator brasileiro e militante do movimento negro a mais de 50 anos, Milton Gonçalves, a atriz alagoana Gal Monteiro, o ator alagoano Chico de Assis, o Grupo Pérolas Negras, da Comunidade de Remanescente Quilombola Pau D’Arco de Arapiraca/AL, e do menino Guilherme, de 06 anos, filho da professora Nanci, da Universidade Federal de Alagoas, que na edição do I Festival, ocorrido dia 07 de dezembro deu show de palavra declamada.
A entrada para o I Festival Alagoano das Palavras Pretas é franqueada ao público, entretanto é preciso que você faça sua inscrição.
E para fazer a inscrição é simples: mande um e-mail dizendo: “Quero participar do II Festival Alagoano das Palavras Pretas”.Coloque seu nome completo, instituição, endereço, telefone/celular,e-mail.
Envie para o seguinte e-mail: instituto-afro@googlegroups.com, com cópia para raizesdeafricas@gmail.com
Você receberá confirmação da inscrição.
Inscreva e fique a vontade. A palavra será toda sua!
Mais informações: (82)8815-5794

FONTE: http://www.cadaminuto.com.br/blog/raizes-da-africa

Usina Conta Zumbi: espetáculo teatral homenageia líder quilombola - BA

 GrupUsina de Teatro faz aniversário, levando ao palco as conseqüências da escravidão

Para comemorar os 10 anos de trajetória na cena teatral baiana, o GrupUsina de Teatro montou o espetáculo cênico-musical Usina Conta Zumbi, uma homenagem ao mais importante líder da luta negra no Brasil. A peça, com direção de Ana Paula Carneiro (Mister Holliday), será encenada nos dias 28, 29 e 30 de janeiro, às 18h30, no Teatro Martim Gonçalves, na Escola de Teatro da Ufba, Canela. A entrada é gratuita.

O espetáculo recria, através de sucessivos quadros e músicas executadas ao vivo, a figura lendária de Zumbi, líder do quilombo de Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão e a opressão. Livremente inspirado na histórica montagem de 1965, Arena Conta Zumbi - texto de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri e música de Edu Lobo, o espetáculo dialoga com a contemporaneidade, relacionando os acontecimentos e personagens do passado com os fatos políticos, sociais e econômicos da atualidade, como trabalho escravo, ações afirmativas, sistema de cotas, inserção do negro na mídia e no mercado de trabalho, os movimentos sociais e a questão ambiental de Salvador.

“Decidimos celebrar os 10 anos de criação da companhia com a releitura de um clássico do teatro político feito no Brasil. Colocando as nossas idéias e angustias em relação a um passado de horror do nosso Brasil e que deixou marcas profundas em nossa identidade”, explica a atriz e diretora Ana Paula Carneiro.

“Apostamos no trabalho de criação coletiva, investindo igualmente nas características do ator atuador e do sistema Curinga, criado por Augusto Boal”, destaca Ana Paula. O modelo dramatúrgico criado pelo encenador carioca permite a montagem de qualquer peça com elenco reduzido, ao focar na versatilidade dos atores e alterar as tradicionais relações narrativas de gênero, permitindo uma expressiva colagem estética. Fundadora da companhia, ao lado do ator, diretor e dramaturgo Uarlen Becker, Ana Paula Carneiro vem se destacado como atriz, em espetáculo como Três história pra lembrar (Luiz Antônio Jr.), Rubem (direção coletiva, sob supervisão de Fernando Guerreiro), Noite em família (Vida Oliveira), A grande Peleja (Ivo Gato), além das peças do GrupUsina.

A montagem Usina conta Zumbi comemora os 10 anos de atividades do GrupUsina de Teatro, companhia criada com o objetivo de encenar peças de diversos estilos, em palco, rua e espaços alternativos, investindo na pesquisa, na criação de uma dramaturgia própria e na prática constante da investigação dos elementos essenciais de comunicação do teatro. Nesta década de atuação, o grupo se apresentou em diversas cidades brasileiras, participou de importantes festivais, como o Festival de Curitiba, e ganhou prêmios, incluindo o prêmio Braskem de melhor peça baiana do ano de 2007 na categoria júri popular por Gozo Frio.

Entre as montagens do GrupUsina, estão: As Três Marias, Balada do lado sem luz, Poema de Banheiro, o infantil O gênio do livro, O homem que só comia veado, baseado na literatura de cordel, Mister Holliday, Gozo Frio, À maneira de Godard e D’As criadas, entre outros.


SERVIÇO

Usina conta Zumbi
Livremente inspirado em Arena Conta Zumbi

Encenação: GrupUsina
Texto final e direção geral: Ana Paula Carneiro
Elenco: Adilson Passos, Águeda Tavares, Alef Bernardes, Edlene Silva, Evaldo Maurício, Diego Alcântara, Fernanda Silva, Liz Novais, Omar Leoni, Wellington Reis, Tiago Lobo e Uarlen Becker.
Assistentes de direção: Luiz Antônio Jr. e Lincoln Santos,
Direção e preparação musical: Roquildes Jr. e Gabriel Carneiro Costa

Quando: dias 28, 29 e 30 de janeiro (de sexta a domingo), às 18h30
Onde: Teatro Martim Gonçalves, Escola de Teatro da UFBA – Av. Araújo Pinho, Canela.
Entrada Gratuita
Contatos: (71) 8725-0043 - Ana Paula Carneiro
e-mail: grupusina@gmail.com

Araras/SP institui o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa


LEI Nº. 4.295, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2009.

(Vereador Breno Zanoni Cortella
Proc. CM nº. 296/2009)


INSTITUI O DIA MUNICIPAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.


                                    Dr. NELSON DIMAS BRAMBILLA, Prefeito em exercício do Município de Araras, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e é sancionada e promulgada a seguinte Lei:

                                    Art. 1º) – Fica instituído o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa a ser comemorado anualmente no dia 21 de janeiro.

                                    Parágrafo único – As comemorações poderão ser estendidas até o final do mês de janeiro, conforme programação oficial.

                                    Art. 2º) – A data fica incluída no Calendário Cívico do Município de Araras para efeitos de comemoração oficial.

                                    § 1º) – O Município poderá desenvolver atividades cívicas e culturais em referência à data.

                                    § 2º) – O Município poderá desenvolver atividades com o objetivo de estimular o diálogo, a tolerância e a harmonia entre as pessoas e grupos de diferentes identidades religiosas.

                                    Art. 3º) – As despesas decorrentes da execução da presente Lei, correrão por dotação orçamentária própria, suplementada se necessário.

                                    Art. 4º) – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.


Dr. NELSON DIMAS BRAMBILLA
Prefeito Municipal em exercício


Dr. JOSÉ LUIZ CORTE
Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos

                                    Registrada e publicada na Divisão de Comunicações, do Departamento de Comunicações, da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, desta Prefeitura Municipal de Araras, aos 6 (seis) dias do mês de novembro do ano de dois mil e nove.