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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

E aqueles que eram pra dar segurança!

Não é com satisfação que viemos denunciar: Jaques Wagner e ACM vestem a mesma farda facista! As cabeças que descansam hoje no mirante de Ondina como as de ontem, têm a mesma cor! Nós, estudantes negras e negros residentes na cidade de Cachoeira estamos juntos com outras entidades do movimento social e professores da UFRB organizados para denunciar o racismo, a banalização da violência e o abuso do poder na conduta da Polícia e da política de (in)segurança pública do Estado da Bahia perante a comunidade de Cachoeira.
A agressão policial, física e verbal, da qual foi vítima a estudante negra Flávia Pedroso durante a apresentação de bandas de Reggae do Recôncavo nos festejos da Boa Morte é o ponto comum onde se encaixam várias das mais diversas formas do genocídio cultural e político da população negra. Uma prática contínua que tem os pés fincados na Casa Grande. Em pouco tempo os manipuladores da democracia e da insegurança reprimiram uma manifestação cultural e política da juventude negra do Recôncavo desligando o som e agredindo com tapas membros da produção, agrediu com palavras irrepetíveis à mulher negra e negaram o direito à denúncia dos crimes de racismo e violência contra a mulher, assim como exames de corpo de delito. Enquanto isso rodou mais de 50 quilometros com a jovem negra numa viatura da Polícia Militar para acusá -la de desacato à autoridade por ter perguntado o nome de uma das policiais agressora. Exigimos respeito aos direitos civis da população e repudiamos a manipulação da lei e do direito do cidadão quando coloca como réu a vítima de agressão racista e machista. Nossa ação política soma-se a esse conjunto de fatos para evidenciar que não é de hoje que a truculência do poder estatal criminaliza a juventude negra, negando-lhe a liberdade de denúncia e expressão, mesmo via música negra, e exigi o cumprimento dos direitos políticos da população negra violados pelo mesmo Estado.
Assim como em Salvador e região metropolitana, a população negra nas periferias de Cachoeira vive sofrendo estas agressões e violações de seus direitos. Nas rotineiras rondas que fazem nestas localidades os policiais além de revistar as fraldas de crianças e “implantar” droga no bolso dos jovens, têm obrigado as mulheres do Candomblé a retirarem o Ojá que protegem seu Ori argumentando procedimento de revista rotineira.
A invasão ao Terreiro do Ventura, motivo de Caminhada do povo de Axé da cidade em 19 de novembro de 2010 e a agressão policial sofrida pela Iyalorixá Ya Bernadete no Assentamento Dom Helder Camara em Ilhéus, demonstram que este conjunto de situações trata-se de uma ofensiva da qual nenhum negro e nenhuma negra estão a salvo. Denunciamos tais agressões contra as sacerdotisas do Candomblé, tradição religiosa do povo negro de Cachoeira e da Bahia. O ódio religioso verificado nas diferentes formas de violência às religiões de matriz africana reiteram as tentativas de genocídio cultural como face do racismo estrutural contra o povo negro do Brasil. Falando a partir da experiências das escravizadas em Cachoeira vemos a resistência secular do povo negro. Estes eventos se conformam em v erdadeiras atrocidades contra o sagrado das Y ias no lugar da mais importante organização de mulheres negras, da mais antiga Irmandade de Mulheres Negras do Candomblé. Sua história e outras do povo negro do Recôncavo nos inspira a resistir até os dias de hoje, justamente por confrontar o sistema escravista que sempre teve a polícia como seu braço armado, legitimado pelo estado para prender e matar “negros fujões e rebelados”, nossas lideranças, para as quais a Boa Morte se organizava para compra da Alforria.
Agressões da PM da Bahia à jovens negros/as tem sido recorrente nos fins de semana, no São João de Cachoeira, assim como foi no dia 13 de agosto do ano corrente, quando foi contra todos os nossos direitos sociais e individuais. Não há qualquer justificativa que possa nos convencer das agressões nas abordagens. Trata-se de uma prática sistemática de violação dos direitos constitucionais do povo negro do Recôncavo a terra, lazer, informação e educação. No nosso quilombo urbano ou nos quilombos rurais castram nossa liberdade e instauram a insegurança entre nós, haja vista as irregularidades do último caso:
· quando uma pessoa é conduzida à Delegacia por policial civil ou militar, ela deve ser imediatamente apresentada ao Delegado de Polícia e tudo que acontecer com a pessoa dentro da Delegacia é de responsabilidade do Delegado de Polícia, a única autoridade Policial de fato;
· quando uma pessoa é agredida nas dependências da Delegacia, o Delegado também poderá responder por crime de tortura, assim como, as mulheres devem ser revistadas por policiais femininas, e que policiais não podem gritar com a pessoa, xingá-la, agredindo-a, o que configurar crime de racismo, violência à mulher injúria ou até mesmo de abuso de autoridade;
· todo policial deve estar identificado e quando solicitado deve apresentar sua carteira funcional.
Não aceitamos mais contar vidas e talentos aniquilados pelos estereótipos criados pela instituição policial, perseguindo e matando nossos jovens pobres e pretos. Não aceitamos que o policia exerça a segurança privada dos brancos detentores do capital econômico e político no Brasil, enquanto dispensa tratamento historicamente diferenciado para negros e brancos, pobres e ricos, mulheres e homens, homossexuais e heterossexuais.
A interiorização da violência (Mapa da Violência 2011) atinge não só nossas periferias através da Polícia como também pela grande mídia sensacionalista, instrumento ideológico de legitimação das truculências dos militares em nossas comunidades, sob a justificativa de combate ao narcotráfico. Outras formas de atuação repressora da (in)segurança pública no interior são as ações de milícias para o intimidamento de lideranças quilombolas e indígenas no campo, muitas vezes, militares acionados por “senhores de engenho” contemporâneos que não aceitam perder seus privilégios na concentração de terra e renda. A região do Recôncavo e Sul da BA são as principais áreas de atuação dessas organizações criminosas.
A violação que vem sofrendo a centenária Roça do Terreiro do Ventura e outros terreiros de Candomblé da região, os ataques de grileiros e fazendeiros ao povo dos quilombos do São Francisco do Paraguassu e do Vale do Iguape e as agressões gratuitas às mulheres negras que têm seus territórios invadidos é comum na rua pelos (ir)responsáveis pela manutenção da (in)segurança pública. Esses ataques são apoiados por parlamentares representantes dos ruralistas, grileiros e latifundiários que em Brasília contestam a constitucionalidade do decreto 4887/03 que regulariza territórios quilombolas, pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3239/04), de autoria dos DEM, (ex-PFL) em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal).
É tempo de lutar por REPARAÇÃO AO POVO NEGRO. O Estado agora é que deve nos pagar indenizando a dívida social para com a população negra e pelos crimes de lesa a humanidade conforme Deliberações da Conferência Internacional de Durban em 2003.
“Nunca morremos, nunca morreremos calados, não silenciaremos!”
O povo de Cachoeira e do recôncavo está gritando BASTA! Não queremos mais dormir e acordar com medo da violência, não precisamos de uma polícia que atua de maneira truculenta, racista, homofóbica, machista e genocida, agindo em favor de grupos de poder. Exigimos uma Audiência Pública para tratar do problema da Segurança Pública na cidade.
REAJA À VIOLENCIA RACIAL ! REAJA OU SERÁ MORTA ! REAJA OU SERÁ MORTO ! REPARAÇÃO JÁ!
Núcleo de Negras e Negros Estudantes da UFRB - NNNE
Comunidade do Viradouro, Cachoeira - BA
Movimento Negro Unificado - MNU
Associação de Familiares e Amigos de Presidiários – ASFAP
Quilombo Xis – Ação Cultural Comunitária
Campanha REAJA!
Posse Conscientização e Consciência - Lauro de Freitas
JACA - Juventude Ativista de Cajazeiras
Centro Acadêmico de Jornalismo da UFRB
Movimento Rumo ao Socialismo
Movimento de Mulheres do Subúrbio
Coletivo Contra Corrente
Coordenação Regional de Estudantes de Ciências Sociais/UFBA
Coletivo Além dos Muros
Coletivo Aqüenda! de Diversidade Sexual!
Barricadas fecham ruas, abrem caminhos!
ENECOS - Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social


V Fórum Identidades e Alteridades e I Encontro Nacional Educação e Diversidade - SE


(Clique nas imagens para ampliá-las)


CEAO promove curso "Por uma Antropologia da alimentação" - BA

Para uma Antropologia da Alimentação (Módulo I)

Professor: Jeferson Bacelar
Período do curso: 12 a 29 de setembro de 2011
Carga horária: 20 horas (75% de freqüência mínima para obtenção de certificado)
Horário: 18:30 às 20:30 horas (segunda-feira, terça-feira e quarta-feira; na última semana o curso se estenderá até quinta-feira)
Local das aulas: Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO)
Investimento: Estudantes - R$ 30,00; Profissionais - R$ 40,00
Número de vagas: 30 (trinta)
Período de inscrição: 29 de agosto a 02 de setembro de 2011, das 14:00 às 17:00 no CEAO (Largo Dois de Julho).
Local das aulas: Auditório Milton Santos (CEAO, Largo Dois de Julho)
Informações: cealimentacao@gmail.com

Programação:
Semana I – Uma visão geral
Aula 01
Dia 12/09 Sabores e Saberes: uma introdução

Aula 02
Dia 13/09 Comida e Cultura: cozinha e identidade cultural

Aula 03
Dia 14/09 As transformações dos sistemas alimentares

Semana II – Teorias antropológicas da alimentação
Aula 04
Dia 19/09 Comida é boa para pensar

Aula 05
Dia 20/09 História e Alimentação

Aula 06
Dia 21/09 Os dilemas da modernidade


Semana III – Antropologia e Alimentação no Brasil
Aula 07
Dia 26/09 Antropologia brasileira e alimentação

Aula 08
Dia 27/09 Antropologia e alimentação na Bahia

Aula 09
Dia 28/09 Alimentação no Brasil

Aula 10
Dia 29/09 Alimentação na Bahia

Bibliografia básica:
Brillat-Savarin. A Fisiologia do Gosto. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Trefzer, Rudolf. Clássicos da Literatura Culinária. Os mais importantes livros da História da Gastronomia. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2009.
Contreras, Jesus & Gracia-Arnaíz, Mabel. Alimentación y cultura: perspectivas antropológicas. Barcelona: Ariel, 2005.
Contreras, Jesus. Antropologia de La Alimentación. Madrid: Eudema, 1993.
Flandrin, Jean-Louis e Montanari, Massimo (orgs). História da Alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.
Freyre, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Intérpretes do Brasil volume 2. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2ª edição, 2002.
Cascudo, Luís da Câmara Cascudo. História da Alimentação no Brasil. São Paulo/ Belo Horizonte: Editora USP/ Itatiaia, 1983.
Dória, Carlos Alberto. A formação da culinária brasileira. São Paulo: PubliFolha, 2009
(Série 21)
Lody, Raul. Santo também come. Rio de Janeiro: Pallas, 1998.
Lima, Vivaldo da Costa. A Anatomia do Acarajé e outros escritos. Salvador: Corrupio, 2010.
Castro, Josué de. Fome: um tema proibido. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

IPR e UNEB promovem curso de Extensão Direito e Relações Raciais - BA

O Instituto Pedra de Raio em parceria com o Colegiado do Curso de Direito da UNEB de Salvador e com o apoio da SEPROMI/BA promove o curso de Extensão Direito e Relações Raciais em Salvador.
 
O curso está previsto para acontecer, a 1ª edição, entre os dias 21 a 24 de setembro, e a 2ª edição entre dias 12 a 15 de outubro, no auditório Ivete Sacramento, DCH I, Cabula, Salvador. A carga horária será de 40 horas e haverá entrega de certificado ao final do curso de extensão.
 
O investimento para o curso é de R$ 100,00 (cem reais) com material didático incluso. As inscrições deverão ser feitas no Colegiado do Curso de Direito da UNEB através do telefone 71 3117-2257 e na sede do IPR através do telefone 71 3241-3851.
 
O curso será ministrado pelo professor de filosofia do direito, advogado e mestre em Direito Público pela UNB, Sérgio São Bernardo.

Um dos objetivos do curso é analisar a produção legislativa e jurídica que tratam das relações rétnicas/aciais no Brasil, do seu período colonial até a contemporaneidade, e também compreender os sistemas de garantias de direitos e de políticas promocionais para os grupos étnicos vulnrabilizados.

O curso é destinado a estudantes, profissionais, lidernaças do movimento social, e pessoas que desejem aprofundar seus conhecimentos sobre a temática numa perspectiva emancipatória.

Mais informações acesse www.pedraderaio.org.br

Curso "Introdução aos Estudos Africanos e da Diáspora" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)
 
Caros/as professores/as,

Em nome do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, gostaríamos de convidá-los/as a participar do curso na modalidade a distância "Introdução aos Estudos Africanos e da Diáspora".
Contamos com todos(as) para a divulgação e participação do curso.
Estamos a disposição para dirimir quisquer dúvidas pelo telefone (48) 33218525, nos horários abaixo:

Tamires (Segunda-feira 09h ás 13h, Quinta-feira 09h ás 13h e das 15h ás 17h, Sexta-feira das 08h ás 10h)
Fábio (Segunda a Sexta-feira das 09h ás 13h)
Amanda (Quinta e Sexta-feira das 08h às 13:30)
Mônica (Segunda, Quinta e Sexta-feira das 09h ás 13h)

Para mais informações, clique aqui.

Desde já agradecemos a atenção.

Ciclo de Palestras "Por uma pedagogia dos indicadores sociais" - RJ

O Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e  Estatísiticas das Relações Raciais (LAESER) do Insitituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, convida para o primeiro Ciclo de Palestras - "Por uma pedagogia dos indicadores sociais" .

O Ciclo de Palestras do LAESER iniciará com debates tendo por referência o  2º Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010 e o Tempo em Curso – Atividade  intitulada “Lendo o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010 e o Tempo em Curso”.
 
Primeiro encontro:
Data: 26 de agosto de 2011
Local: Sinpro/Rio - Rua Pedro Lessa Nº35/2º andar

Como primeiro evento, faremos a  análise dos indicadores na área de educação, tendo por referência o 2º Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010 – Capítulo VI – “Acesso ao sistema de ensino e indicadores de proficiência”.
 
Palestrantes:
 
Marcelo Paixão (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Laeser)
Azoilda Loretto (Professora doutora em comunicação e cultura e coordenadora pedagógica do Laeser)
 
Contamos com a presença de tod@s,

Equipe do LAESER

OAB quer ingressar como amicus curiae para defender cotas raciais no STF

Brasília, 22/08/2011 - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou hoje (22), por unanimidade, seu pedido de ingresso, na condição de amicus curiae, na Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) número 186, que discute a constitucionalidade do sistema de cotas raciais nas universidades públicas. Após longo debate conduzido pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, e com base no voto do relator na OAB, o conselheiro federal Luiz Viana Queiroz (Bahia), os 81 conselheiros federais aprovaram o ingresso da entidade na ADPF em apoio à política afirmativa temporária de cotas. A ADPF foi ajuizada pelo Partido Democratas no Supremo Tribunal Federal em julho de 2009.
O relator da matéria na OAB defendeu o apoio da OAB ao sistema de cotas com base em princípios constitucionais como o da igualdade, mantendo-se a autonomia das universidades, e da dignidade da pessoa humana, com o fim de reverter as desigualdades históricas que existem no Brasil em relação aos negros. Outro ponto integrante do voto de Luiz Viana Queiroz é a necessidade de exame proporcional de cada caso, uma vez que a proporção de negros varia drasticamente de Estado para Estados no Brasil. O voto do relator teve como principal base a audiência pública realizada pela OAB Nacional sobre o tema em abril do ano passado.
A presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade da OAB, Silvia Nascimento Cerqueira, enalteceu a votação por aclamação da matéria e afirmou que toda a população negra do país aguardava com ansiedade o posicionamento da OAB sobre a matéria. "A partir da decisão da entidade máxima da advocacia tenho certeza de que esse tema será visto com outros olhos a partir de agora", afirmou.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Faculdades que não aprovaram nenhum estudante na prova da OAB são todas privadas

Plantão | Publicada em 06/07/2011 às 10h28m
 
BRASÍLIA - Das 610 instituições de ensino que participaram do último exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 90 não tiveram nenhum aluno aprovado - e todas elas são privadas. No total, 88% dos 106 mil inscritos foram reprovados na prova.
Os dados divulgados nesta terça-feira(5) pela entidade mostram que são as universidades públicas que mais aprovam no exame. As cinco instituições com maior índice de aprovação foram a Universidade de Brasília (UnB) (67,44%), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) (67,35%), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (65,32%), Universidade de São Paulo (USP) (63,46%) e Universidade Federal do Piauí (UFPI) (60,98%). Na lista também aparece a Faculdade Alvorada de Maringá, que teve apenas um estudantes inscrito e aprovado, o que significa 100% de aprovação.
O presidente da OAB, Ophr Cavalcante, disse à Agência Brasil que ainda está "assustado" com o resultado.
- Lamentavelmente, isso é um reflexo do ensino jurídico do Brasil e da irresponsabilidade governamental de liberar mais cursos. Só na gestão da presidenta Dilma Rouseff já foram liberados mais 33. Temos cerca de 200 mil cursos e não há efetivamente mestres e doutores para preparar esses alunos - disse Cavalcante.
Em termos absolutos, a campeã em alunos aprovados foi a Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro: 390 passaram. Em seguida, aparecem a Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie-SP), a Universidade Paulista (Unip-SP), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e a de São Paulo (PUC-SP). Todas as cinco instituições que obtiveram o maior número de bacharéis habilitados para atuar no mercado são particulares.
- As privadas têm um número excessivo de vagas para oferecer. Então, em número absoluto, elas colocam mais bacharéis no mercado, mas perdem em percentual de aprovação para aquelas que têm um número menor de alunos e condições de oferecer um ensino melhor - assinalou Cavalvante.
Desde 2007, o Ministério da Educação (MEC) já suspendeu cerca de 34 mil vagas em cursos de direito em função dos resultados ruins obtidos nas avaliações da pasta. Este ano foi anunciado o corte de 11 mil vagas de 136 cursos. Mas Ophir reclama que, ao mesmo tempo em que reduziu, a pasta autorizou a criação de 4,2 mil vagas em 33 novo cursos.
- Se as instituições de ensino corrigirem as falhas, as 11 mil vagas suspensas podem ser reincorporadas. E aí terão mais 4 mil. Ele tira com uma mão e dá com a outra. A OAB não concorda com essa postura, que não é transparente nem republicana - disse o presidente da entidade.
Para tirar o registro profissional e trabalhar como advogado, o estudante que conclui o curso de direito precisa ser aprovado no exame da OAB. Dos 106 mil inscritos, apenas 25% passaram da primeira etapa e 11,7% conseguiram o resultado satisfatório na segunda fase.

Seminários Corpo e Política (UFRB): "O preço da noiva em Moçambique" - BA

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Artes Humanidades e Letras
Grupo de Pesquisa Corpo e Cultura
 
Seminários: Corpo e Política
O Preço da Noiva em Moçambique
 
O Preço da Noiva
 
Osmundo Pinho
Doutor em Ciências Sociais   (UNICAMP)
Professor Adjunto CAHL/UFRB
 
Quando: 24 de agosto de  2011 – 19:00h
Onde: Pós-Graduação em Ciências Sociais - CAHL/UFRB (Prédio do Hansen)

Lançamento do livro "Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança, hip hop" - BA

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

NEAF seleciona profissionais de educação - BA

O Núcleo Educacional de Ações Afirmativas - NEAF,  está recebendo currículos de profissionais de educação, especialistas em detectar traços comportamentais em crianças e adolescentes que foram abusadas sexualmente para ministrar palestra em município da Bahia. Como se trata de uma ação de parceria, oferecemos transporte e hospedagem, além de certificação pela participação.
Interessados favor enviar currículo para e-mail, especificando o interesse:
nucleoeducacionalneaf@hotmail.com
NEAFNúcleo Educacional
de Ações Afirmativas
Tel(s): 71 8855-7654 / 9289-6728
Endereço: www.neafirmativas.wordpress.comFacebook: Núcleo Educacional Ações AfirmativasTwitter: @neaf_2010

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lançamento do livro A representação social do negro no livro didático: o que mudou? Por que mudou?, de Ana Célia da Silva - BA

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         No próximo dia 24 de agosto, às 17 horas, acontece o lançamento do livro A representação do negro no livro didático: o que mudou? Por que mudou?, de autoria de Ana Célia da Silva e publicado pela Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA).  O evento acontece no Auditório do CEAFRO (CEAO), localizado no Largo Dois de Julho, em Salvador, e é aberto ao público.
         Em pesquisas realizadas anteriormente, Ana Célia da Silva percebeu que a rara presença do negro em livros didáticos era sempre marcada por estigmas e desumanização. Nesta obra, porém, analisou as mudanças que ocorreram na representação social do negro no livro didático de Língua Portuguesa de Ensino Fundamental da década de 90, investigando os fatores que as determinaram. A importância destas mudanças para o reconhecimento e respeito do negro por parte da sociedade como um todo também está presente.
         A autora apresenta ao leitor, ainda, o conceito de representação social. Ao apresentar os fatores que determinaram mudanças nas publicações, faz uma abordagem crítica e teórica sobre a discriminação racial, a identidade e realidade socioeconômica e cultural dos afrobrasileiros, o papel da mídia, da família e do movimento negro.

Informações adicionais sobre o livro
ISBN: 978-85-232-0815-8
Número de páginas: 182
Formato: 16,5 x 22,5
Ano: 2011

Serviço
O quê: Lançamento do livro A representação social do negro no livro didático: o que mudou? Por que mudou?, de Ana Célia da Silva
Quando: 24 de agosto de 2011, às 17 horas
Onde: Auditório do CEAFRO (CEAO) – Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho, Salvador - Bahia
Preço do livro: R$ 25,00
Preço especial de lançamento do livro: R$ 20,00

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Inscrições abertas do III Congresso de Pesquisadores Negros – BA


Estão abertas as inscrições para o 3º Congresso Baiano de Pesquisadores Negros e o III Seminário Áfricas,  que acontecerá na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no Campus V – Santo Antonio de Jesus no período de 12 a 16 de outubro de 2011. Este encontro de caráter interdisciplinar, que é uma promoção da Associação Baiana de Pesquisadores Negros (APNB) e da Rede Internacional de Estudos Africanos e da Diáspora (READI) em parceria com universidades estaduais (UEFS, UNEB, UESB, UDESC) e federais (UFBA, UFRB) do estado, tem como tema ÁFRICA E DIÁSPORA: PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS.

O Objetivo desse evento é reunir pesquisadores, professores e demais interessados na temática dos Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, nacionais e estrangeiros, com o propósito de intercambiar experiências de pesquisa e promover debates interdisciplinares, estimulando diálogos com pesquisadoras/es e instituições nacionais e internacionais de pesquisas, intensificando a ampliação de debates e proposições na área de relações étnico-raciais, para fortalecer a rede de pesquisa internacional entre as populações negras do Brasil, da diáspora africana nas Américas e dos países africanos.
Os pesquisadores podem apresentar propostas em treze grupos temáticos: e preencher a ficha de inscrição na página da Associação de Pesquisadores Negros da Bahia – APNB: http://apnb.org.br/
Esta página contém todas as orientações necessárias para a inscrição e o envio dos trabalhos a serem apresentados, inclusive exigências quanto à forma do texto e cronograma das inscrições.
Prezamos muito a participação de todas(os) !

Marluce de Lima Macêdo – Vice-presidente da APNB

Lançamento do livro “Casa de Oxumarê: os cânticos que encantaram Pierre Verger” - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

O lançamento ainda contará com as palestras dos professores Jaime Sodré e Jorge Sacramento e uma exposição com fotos de Pierre Verger com o título ”A viagem dos tambores: da África às Américas”, além de apresentações artísticas do Coral do Espaço Cultural, sob a regência de Ossimar Franco,  e dos alabês e do coral da Casa de Oxumarê, acompanhados pelos dançarinos Tais Sacramento e Negrizu.

Chamada Pública seleciona projetos para o 20 de Novembro

Edital foi divulgado 12/08, no Diário Oficial da União, e visa à seleção de propostas alusivas ao Dia Nacional da Consciência Negra, voltadas à preservação da memória e importância de Zumbi dos Palmares. Inscrições podem ser feitas até  04 de setembro
Órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos podem concorrer a repasses de até R$100 mil para realizar eventos alusivos ao Dia Nacional da Consciência Negra, o 20 de Novembro. O apoio aos selecionados será garantido por convênio ou termo de cooperação técnica a ser firmado com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir-PR). O processo seletivo tem base na Chamada Pública 02/2011, divulgada no Diário Oficial da União de hoje (12). Ao todo, serão selecionados 20 projetos.

 As propostas deverão ser inseridas no Sistema de Gestão de Convênio (Siconv), após credenciamento da entidade, no portal (www.convenios.gov.br), junto ao Órgão 20126 - Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial, Programa nº 2012620110057, Chamada Pública 02.

Serão selecionadas iniciativas com capacidade técnica e operacional para realizar atividades alusivas ao 20 de Novembro, voltadas à preservação da memória e importância de Zumbi dos Palmares, como símbolo da resistência negra contra a escravidão, representando a luta pelo combate à discriminação racial e em comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes.

A realização dessa chamada pública está embasada no Programa de Ações Afirmativas para Igualdade Racial do PPA 2008-2011. Serão apoiados 10 projetos, com o repasse de até R$50 mil para cada um, cujas atividades sejam desenvolvidas em municípios de até 50 mil habitantes.

Apoio de até R$75 mil será assegurado a 05 iniciativas com atividades a serem desenvolvidas em municípios com mais de 50 mil e menos de 100 mil habitantes. Já os projetos previstos para o âmbito estadual ou para municípios com população superior a 100 mil moradores serão 05, e contarão com apoio de até R$100 mil cada.

Mapeamento de clubes sociais negros
Divulgada no dia 05/08, a Chamada Pública 01/2011 seleciona projetos que visem ao mapeamento dos Clubes Sociais Negros do sul e sudeste do país. Órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos poderão inscrever suas propostas até 05 de setembro. Serão contemplados dois projetos, no valor máximo de R$250 mil cada, sendo um por região. A íntegra do Edital pode ser lida neste link.

A finalidade deste chamamento é a realização de mapeamento dos Clubes Sociais Negros, possibilitando o conhecimento da história negra no Brasil e, por conseguinte, facilitando a execução de ações voltadas ao apoio e manutenção da memória destas entidades. As iniciativas selecionadas serão executadas a partir de convênio ou termo de cooperação técnica firmado com a Seppir para realização de pesquisa, organização e cadastro dos Clubes Sociais Negros.

As propostas de Convênios deverão ser cadastradas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), junto ao Órgão 20126 - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Programa nº 2012620110056 Chamada Pública, no portal de Convênios (www.convenios.gov.br). Já os Termos de Cooperação deverão ser encaminhados, em envelope lacrado, para o endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 9º andar, Brasília-DF, CEP: 71.054-906, contendo na frente do envelope a identificação "Região Sul ou Região Sudeste", conforme proposta apresentada.

Segundo conceituação de Oliveira Silveira, articulador e membro da Comissão Nacional dos Clubes Sociais Negros, estas entidades são espaços associativos do grupo étnico afro-brasileiro, originário da necessidade de convívio social deste segmento, voluntariamente constituídos, com caráter beneficente, recreativo e cultural, desenvolvendo atividades num espaço físico próprio.

UNEafro pressiona MEC por material didático público para livre reprodução

Cursinhos Comunitários e Populares são uma realidade em todo o Brasil. A falta de investimentos na Escola Pública e a manutenção do Ensino Superior como espaço de privilégio tem dado fôlego às iniciativas populares de organização de espaços educacionais alternativos. Hoje defendemos a ideia de que há um grande movimento nacional de cursinhos alternativos, comunitários e populares, ainda desorganizado, mas ativo e muito representativo.
 
A UNEafro-Brasil constitui-se como uma das maiores redes de Cursinhos Comunitários ou Populares que se dedicam à prática cotidiana da educação popular e à luta política por uma Educação de qualidade, anti-racista e comprometida com a autonomia dos sujeitos.
 
Apesar das possíveis diferenças de atuação, método e finalidade política, há sem dúvida uma necessidade comum em todas as experiências de cursinhos alternativos, comunitários e populares: o material didático.
 
Vivemos um momento acirrado de mercantilização da Educação. Sabemos o quão lucrativo é o mercado editorial voltado para publicações de apostilas e livros pré-universitários. E também somos vítimas dele.
 
Com base nessa realidade, a UNEafro-Brasil, a partir de debate e encaminhamento surgido em sua 4ª Assembleia Geral, realizada nos dias 29, 30 e 31 de Julho de 2011, na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema – SP, enviou ao MEC uma Carta contendo as seguintes reivindicações:
 
1 - Elaboração de Material Didático Preparatório para ENEM e disponibilização do conteúdo público para reprodução livre para estudo por parte de todos os Cursinhos Comunitários e Populares do Brasil e a elaboração de material para aplicação de Simulados de Exame do ENEM, voltado para alunos estes Cursinhos;
2 - Disponibilização deste mesmo material impresso para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio em todo o Brasil;
 
3 - Viabilizar em médio prazo, a disponibilização deste material impresso, a ser distribuído às redes de Cursinhos Comunitários e Populares devidamente cadastradas no MEC;
 
O próximo passo dessa iniciativa será promover debates sobre a importância de um material didático público para livre reprodução, voltado para o ENEM, em nossos Cursinhos, bem como em Escolas Públicas e redes sociais, com o intuito de pressionar o MEC a atender essa tão importante demanda.
 
Clique AQUI e saiba mais sobre as deliberações da 4ª Assembleia Geral da UNEafro.

Festa da Boa Morte não combina com violência policial em Cachoeira (BA)

Sábado, 13 de agosto, noite de início da Festa da Boa Morte, festividade que atrai muitos visitantes à cidade, a comunidade se reuniu em torno de um movimento cultural. A Praça 25 de junho agrupava na mais recente edição do Reggae na Escadaria – no centro de Cachoeira (BA) – um grande número de pessoas (famílias, crianças, estudantes, idosos), onde por diversas vezes a viatura da polícia de número 9 2702 placa NTD 8384 passou vagarosamente observando de forma ameaçadora alguns espectadores, dando um prazo limite para que o som fosse desligado. Por volta das 2 horas da manhã, quando o trânsito foi parado por uma colisão de carros, a viatura que passava no momento parou e os policias desceram, solicitando que o som fosse interrompido. Alegaram que muitas pessoas se reuniam no local atrapalhando o trânsito na via e também alegaram que os organizadores do evento não tinham autorização para realizar aquela atividade. Os presentes sentiram-se indignados, manifestando-se através de vaias e frases de protesto, pois ao mesmo tempo inúmeros carros tocavam outros tipos de som em volume altíssimo. Os policias reagiram de forma agressiva e opressora. A PM Ednice iniciou a agressão contra um espectador que estava acompanhado por sua esposa e filho, o que causou ainda mais revolta entre os cidadãos. Os policias pararam a viatura ao lado da praça e permaneceram em formação fora do veículo. Uma parte dos policiais estava sem identificação. A residente Flávia Pedroso Silva se aproximou dos soldados e perguntou os nomes dos agentes que participavam da atuação. O que é direito de todo cidadão resultou numa ação ainda mais agressiva. Dois policiais homens a seguraram pelo braço dando voz de prisão por “desacato à autoridade”. A vítima alegou irregularidade na atuação, pois sabido é que um policial homem não pode autuar mulheres. Os presentes reagiram e tiraram a menina da mão dos policias, que agrediram muitos dos presentes com empurrões quando o PM Elias atirou para cima ameaçando as pessoas que estavam próximas. Pouco tempo depois chegaram mais duas viaturas e vários soldados que partiram para cima da estudante agredindo a ela e Glauber Elias, também negro e estudante da UFRB. No caso da estudante Flávia Pedroso Silva, o mais grave em nosso entendimento, os agressores usaram de violência física e psicológica, utilizando palavras de baixo calão, como vadia, puta e vaca. Mostraram também todo o preconceito em relação às tatuagens no corpo da estudante, usando disso para fazerem mais ameaças tais como “você que gosta de marcas vamos deixar mais marcas em seu corpo”. Ela foi colocada dentro do camburão, juntamente outro estudante presente, Luis Gabriel, que também questionou a ação dos policiais. Os mesmos soldados continuaram ameaçando outras pessoas, perguntando de forma sarcástica quem mais queria ser detido. Ambos foram levados para o Posto Policial Militar do 2º Pelotão da 27ª CIPM – CPR LESTE, localizado na Rua Direta do Capoeiruçu/ Cachoeira. No local a garota foi agredida com tapas no rosto e agressões verbais em frente ao funcionário que registrava a ocorrência, e que ao ser solicitado o registro de tal agressão o mesmo declarou que não havia visto nada. Enquanto isso, do lado de fora da delegacia, testemunhas que estavam no momento da agressão permaneceram sob tensão com os policiais. A advogada que acompanhou todo o caso permaneceu pelo menos 30 minutos em frente a delegacia sendo impedida de entrar. A vítima, ao expressar sua vontade de abrir ocorrência contra a violência e o abuso de autoridade, foi informada que não poderia fazê-lo pois, no local, não havia delegado e nem escrivão. Assim sendo, os envolvidos foram encaminhados para a DEPIN – 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior – Delegacia Circunscricional de Policia de Santo Amaro – BA. Mesmo com a alegação da advogada de que seus clientes não poderiam ser transportados na parte traseira da viatura e que ela deveria acompanhá-los, os policias os colocaram no camburão e seguiram dizendo que não esperariam ninguém. Ao chegar em Santo Amaro, as vítimas nada puderam fazer, pois os policiais que receberam o caso disseram que não havia tinta na impressora para registrar a ocorrência da mesma e que esta voltasse num outro momento, atrasando desta forma todo o processo e a possibilidade de se fazer um exame de corpo de delito. Após uma espera ambos foram liberados e convocados para depoimento no dia 15 de agosto, às 10 horas. Vale ressaltar que mesmo com a alegação de não haver tinta na impressora, os policiais agressores registraram a ocorrência de desacato à autoridade. Como podemos perceber, inúmeras irregularidades ocorreram no procedimento da abordagem policial. Desde o aparente desrespeito por parte destes policiais ao estilo musical Reggae, às reações de extrema violência da polícia para com a população, até os atos de violência ao longo do processo. Enfatizamos a repressão ao reggae como demonstração de racismo da polícia cachoeirana, lembrando que a maior parte das pessoas que compunham o grupo local eram homens e mulheres negras. Também o tratamento contra a Flávia, desde as agressões físicas cometidas por policias do sexo masculino até os obstáculos postos diante da tentativa de prosseguir com a denúncia contra as ações destes policiais, tanto que até o presente momento ainda não foi possível o registro legal do caso, sendo que há apenas o processo da polícia contra os envolvidos. Denunciamos assim a opressão explícita, ao saber que este não é o único e nem o primeiro caso de abuso e violência gratuita da polícia militar contra os cidadãos cachoeiranos, e exigimos desta forma providências do Estado contra os crimes praticados de violência policial, abuso de poder e violência do estado contra a população negra, a qual resultou na prisão irregular dos estudantes negros Flávia Pedroso Silva e Luis Gabriel, configurando crime de racismo institucional.

Núcleo de Negras e Negros Estudantes da UFRB (NNNE)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Inscrições para o 1° Encontro "Igualdade Racial na Educação" ainda estão abertas - SP



Evento, que será realizado nos dias 17 e 18 de outubro, busca refletir sobre aplicação de história e cultura africana e afrobrasileira nas escolas.
Estão abertas as inscrições para o Encontro “Igualdade Racial na Educação: 1º. Encontro de Educação Básica da Região Metropolitana de São Paulo Sobre a Aplicação da Lei 10.639/2003.”, que será realizada nos dias 17 e 18 de outubro, pelo grupo Negritude, da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo, em parceria com a Ação Educativa. O evento tem como objetivo a reflexão sobre a aplicação da lei 10.639, que estabelece a implantação do conteúdo de História e Cultura Africana nas escolas.

Durante o evento, haverá a apresentação de comunicações e relatos de professores e pesquisadores e a realização de oficinas sobre temas ligados a implementação da lei 10.639/2003. As inscrições para as apresentações de trabalhos estão abertas. Também serão realizadas mesas de discussão, que acontecerão a partir de 14:30 no dia 18 de outubro.

Para mais informações e inscrições, visite o site do evento

Programação:

17/10 Sexta:
9h00/ 15h:00 – Encontro das Escolas Públicas de São Paulo que integram o projeto “Educando as relações raciais na escola” (Ação Educativa).
16h:00/ 19h:00 – Credenciamento
19h:00/ 21h:00 – Cerimônia de Abertura com Palestra da Profa. Dra. Petronilha Beatriz Gonçalves  e Silva - relatora da lei 10.639 - UFSCAR
21h:00 – Coquetel e Lançamento de Publicações  

18/10 Sábado:
8h:00/ 9h:00 – Abertura dos Trabalhos: Apresentação dos resultados da Consulta Igualdade das Relações Étnico-Raciais na Escola
9h:00 / 10h:30 –  Comunicações
10h:30 / 11h:00 – Coffee Break
11h:00/ 12h:30 – Oficinas e relatos de experiências
12h:30/ 14h:30 – Almoço
14h:30/ 16h:00 – Mesas-redondas
16h:00/ 16h:30 – Coffee Break
16h:30/ 17h:30 – Cerimônia de Encerramento: Profº Dr.Valter Silvério – UFSCAR
17h:30/ 18h:30 – Atividade Cultural


Mesas Redondas:
 
1. Os PCN´s no Contexto da  Lei 10.639/2003
    Mediador(a): Rosana Batista Monteiro – Universidade Federal de São Carlos
    Mesa:  Profa. Dra.Azoílda Loretto da Trindade –  Universidade Estácio de Sá
        Ana Lúcia Silva de Souza – Ação Educativa
               Patrícia  Maria de Souza Santana – Secretaria Municipal de Educação - SMED                          
 
2. Formação de Professores: das Reformulações do Currículo às Práticas Pedagógicas em Torno das Relações Étnico-raciais
   Mediador(a):  José Cássio Másculo – Universidade Mackenzie
   Mesa:   Profa.  Dra. Cristina Wissembach – FFLCH/USP   
   Profº. Dra Maria Nazaré Motta de Lima.
                Profº Dr. Marcos Ferreira –  FE/USP
 
3. O Negro no Livro Didático: Desconstrução de Estereótipos  
    Mediador(a): Profa. Dra. Cynthia Pereira de Sousa – FE/USP
    Mesa:   Profa. Dra. Circe Bittencourt – FE/USP
    Heloisa Pires Lima - Escritora    – PUC/SP
                 Profa.Dra. Ernesta Zamboni – UNICAMP/SP
 
4. A Implementação da Lei 10.639: Entraves e Conquistas
     Mediador(a): Rosângela Aparecido Hilário – Universidade Unipalmares
     Mesa: Ione Jovino – Universidade Estadual de Ponta Grossa
       Antonio Malaquias – CEERT
        Denise Carreira – Ação Educativa
 
5. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais: Raça e Gênero
     Mediador(a): Profa. Dra. Denice Bárbara Catani - FEUSP
     Mesa:  Poti Porã Turiba Carlos – Liderança Indígena Guarani *
                 Profº Dr. Emerson da Cruz Inácio – FFLCH/USP
                 Prof. Dr. Juarez Xavier – Universidade Cidade de São Paulo
 
6. Educação Infantil e Igualdade Racial
      Mediadora:  rofa. Dra. Maria Letícia Barros Pedroso Nascimento – FE/USP
      Mesa: Vera Neri – UERJ
           Profa. Dra. Lucimar Dias – CEERT
                   Prof.. Lauro Cornélio da Rocha

Práticas religiosas na Costa da Mina

O sítio Costa da Mina (www.costadamina.ufba.br) disponibiliza uma seleção de fontes européias, em língua original e em tradução para o português, referente às práticas religiosas desenvolvidas na Costa da Mina (África ocidental), entre 1600 e 1730. Fruto de pesquisa desenvolvida no Centro de Estudos Afro-Orientais CEAO) da Universidade Federal da Bahia, o projeto pretende contribuir para a democratização de documentos de difícil acesso e estimular a pesquisa obre a história da África, no Brasil e alhures.  Por favor, visitem e divulguem o link.