O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) abriu hoje, 15.06.2009, inscrições para o Curso de Formação de Professores para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, voltado a profissionais da educação (Diretores, Coordenadores e Professores) das redes públicas de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho e Mata de São João. O curso integra a Rede de Educação para a Diversidade, criada em
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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO
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segunda-feira, 15 de junho de 2009
CEAO inscreve para curso de formação de professores(as) - BA
domingo, 14 de junho de 2009
Conferência “Escravidão, abolição e novas formas de trabalho forçado: uma perspectiva africana” - BA
Com quem? Dr. Elisée Soumonni (Universidade de Ifé, Nigéria)
Quando? 17 de junho de 2009, às 17 horas
Onde? Auditório V, Módulo VII
Realização: Programa de Pós-graduação em História (Mestrado)
sábado, 13 de junho de 2009
Seminário "Territórios de corpo, historicidade, educação e identidades étnico-culturais" - BA
A programação é constituída pelos seguintes temas e palestrantes:
* MANHÃ (9:00)
IDENTIDADE INDÍGENA NA BAHIA: EDUCAÇÃO, CULTURA E POLÍTICAS PÚBLICAS.
Nádia Acauã Tupinambá. Profª Indígena.
Representante dos Povos Indígenas no Conselho Estadual de Cultura da
Bahia.
IMPACTO DE RAÇA SOBRE AS POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA EM SALVADOR E SEUS RESULTADOS NA VIDA DE
JOVENS-HOMENS-NEGROS .
Vilma Reis - Mestra em Ciências Sociais
(PPG-FCH/UFBA). Socióloga, ativista do Movimento de Mulheres
Negras.CEAFRO-UFBA.
ESCOLA PROFISSIONALIZANTE DO ILÊ AIYÊ: INCLUSÃO DE JOVENS E CONSCIÊNCIA NEGRA.
Gelton Oliveira - Matemático, Profº e Coordenador de Cursos Profissionalizantes do Ilê Aiyê.
* TARDE (15:00)
CAPOEIRA NA DIÁSPORA AFRICANA NO BRASIL.
Carlos Eugênio Líbano Soares - Profº Dr. UFBA,
Historiador.
PRODUÇÃO ARTÍSTICA EM DANÇA COM REFERENCIAL NA CULTURA DE MATRIZES AFRICANAS EM SALVADOR.
Edileusa Santos - Especialista UFBA, Educadora,
Dançarina e Coreógrafa.
CAPOEIRA E AFIRMAÇÃO DE DIFERENTES IDENTIDADES CULTURAIS NA BAHIA.
Hélio José B.Carneiro Campos- Mestre Xaréu - Profº
Doutor UFBA.
CAPOEIRA ARTÍSTICA NA VISÃO EMPRESARIAL: DIFUSÃO CULTURAL-ECONÔMICA.
João de Barro - capoeirista, diretor e produtor
artístico.
EXPERIÊNCIA EDUCATIVA COM CAPOEIRA PELA ONG QUILOMBO MODERNO.
Jota P - Capoeirista e diretor da ONG Quilombo
Moderno.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Lei da História da África ganha Plano Nacional de Implementação
Está finalizado o Plano Nacional de Implementação da Lei nº 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e torna obrigatório o ensino de história e cultura da áfrica e das populações negras brasileiras nas escolas de todo o país. Desenvolvido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/ MEC), em parceria com a Subsecretaria de Políticas de Ação Afirmativa (SubAA/ SEPPIR), o Plano de Implementação incorpora as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorracias e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana nos sistemas de ensino brasileiro, compreendendo um público de 53 milhões de alunos e quase 3 milhões de professores.
O Plano prevê e enfatiza as diferentes responsabilidades do poderes executivos, dos legislativos e dos conselhos de educação municipais, estaduais e federal no processo, e trabalha na perspectiva de três ações principais: formação dos professores, produção do material didático e sensibilização dos gestores da educação.
O documento reafirma a importância da criação da Lei nº 10.639 em 2003, e relembra que durante a formulação da política educacional de implementação da lei, a SEPPIR e o MEC, em parceria, executaram uma série de ações afirmativas como o PROUNI, formação continuada de professores, publicação de material didático, realização de pesquisas, e a ampliação dos Núcleos de Estudos Afrobrasileiros (NEAB), entre outras. Estão propostos seis eixos estratégicos: fortalecimento do marco legal; política de formação inicial e continuada; política de materiais didáticos e paradidáticos; gestão democrática e mecanismos de participação social; avaliação e monitoramento; e condições institucionais.
Os eixos temáticos visam institucionalizar a temática no Plano Nacional de Educação (PNE). Eles constituem as principais ações operacionais para a revisão da política curricular utilizando os mecanismos de controle social, como a aplicação de indicadores que permitam o aprimoramento das políticas de promoção da igualdade na educação. O documento determina ainda as responsabilidades dos governos federal, estaduais e municipais, bem como de seus órgãos e instituições de educação.
Educação Quilombola – Um aspecto de destaque são as ações específicas para garantir o acesso à educação em comunidades remanescentes de quilombos considerando o processo histórico e cultural quilombola. Para a implementação de ações nessas áreas será necessário o levantamento das condições estruturais e pedagógicas das escolas localizadas nas comunidades. O documento também prevê a construção e ampliação da rede física escolar, a capacitação de gestores locais para atender as áreas quilombolas, a formação continuada de profissionais de educação que atuem nessas comunidades, e a disponibilizarão de materiais didáticos específicos.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Omi-DùDú lança cursos profissionalizantes com grande aula inaugural - BA
O Núcleo Omi-Dudu estará lançando no dia 15 de junho (segunda-feira), às 13:30hs, no auditório da Escola Parque, localizada no bairro da Caixa d Água, em Salvador, a 1ª etapa 2009 do PROJETO DIDÁ ALAMOJÚ II: Escola da Sabedoria - A continuidade de uma experiência voltada para o desenvolvimento sócio-econômico, tecnológico e formação profissional da juventude negra baiana. Uma proposta que vem atuando no sentido de viabilizar a execução de atividades sócio-produtivas e culturais através de estratégias diferenciadas e metodologia focada na preservação das raízes afro-brasileira, produzindo pertencimento e bem estar valorizado.
O evento contará com a participação dos educandos dos cursos, de diretores de escolas publicas, representantes do poder público, de organizações parceiras e artistas da cultura negra. Na pauta, considerações dos convidados sobre a importância do projeto para juventude negra baiana, Certificação de ex-alunos, exposições dos ambientes de cada curso com materiais ilustrativos, performance teatral, musical, eletrônica e áudio visual. Durante todo o evento a estética negra estará presente nos odores, nas imagens, nos sons e sabores.
Projeto DIDÁ ALAMOJÚ II – Escola de Sabedoria - Atende às diretrizes do Programa Jovens Baianos da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza – SEDES. Na 1ª etapa, beneficiará diretamente 300 jovens em cursos como: Estética Negra, Receptivo Afro, Confecção e Moda Afro, Etnomídia e Jovens em Mobilização: Formação de Agentes Socioculturais Comunitários. Cada curso terá carga horária de 720hs, com aulas de 2ª a 6ª feira, nos turnos matutino e vespertino. O projeto oferecerá para a juventude negra uma experiência, transformadora, constituída de ações que concorrerão para a ampliação do universo pessoal e coletivo com vivências em cursos profissionalizantes e oficinas pedagógicas. Criando assim, espaços para a pesquisa e o debate de temas do cotidiano, explorando o universo simbólico e imaginativo da juventude, e promovendo uma leitura mais plural do mundo na perspectiva da paz.
SERVIÇO:
O quê? Aula inaugural do Projeto DIDÁ ALAMOJÚ II: Escola da Sabedoria
Quando? 15 de junho de 2009 (segunda-feira), às 13:30hs
Onde? Auditoria da Escola Parque, bairro da Caixa d Água – Salvador/Ba
Quanto? GRATUITO
Mais informações:
- Pula Roberta – Coordenação Pedagógica (71 3334-2948/9239-2860)
- Hamilton Oliveira – Assessoria de Comunicação (71 9151-0631/3334-5982)
Site: www.nucleoomidudu.org.br
terça-feira, 9 de junho de 2009
Palestra "A África, o Estado, Genocídio e o Futuro" - BA
Com quem? Herbert Ekwe-Ekwe - Center for Cross Cultural Studies - Dakar
Quando? 15 de junho, 2009, segunda-feira
Horário: 18.30h às 20.30h
Cocktail: 20.45h
Local: Centro de Estudos Afro-Orientais, Auditório Milton Santos, Largo Dois de julho, Centro (em frente ao Hotel Capri)
Com tradução de Adjoa Jones de Almeida
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Fundação KELLOG e CEAFRO mapeiam iniciativas para Igualdade Racial, em Alagoas
Nos dias 06 e 07 de julho pesquisadores do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO da Universidade Federal da Bahia (UFBA e representante da Fundação Kellog participarão do Encontro Etnicidades Nordeste: “Promoção da Igualdade Racial, em Alagoas - Teoria e Prática”, das 08 às 16 horas, tendo como objetivo mobilizar lideranças, representantes de organizações, movimento negro, governo, universidades, financiadores que atuam na região, visando à troca de saberes e o mapeamento dos programas e projetos desenvolvidos em Alagoas.
O mapeamento envolve a necessidade de agregar contribuições e identificar as iniciativas de promoção da igualdade racial existentes, gerando novas referências para o fortalecimento das políticas públicas no Estado.
Esta ação possibilita a troca entre os grupos, além de criar espaços de diálogos para discutir a missão das instituições governamentais e não-governamentais dedicadas à temática da etnicidade negra centrando suas ações em projetos concretos e integrados, incorporando a participação efetiva da população negra na gestão social, como também subsidiar o trabalho de pesquisadores interessados no tema da promoção de políticas para a igualdade racial e transformação social e também atrair a atenção de institutos, fundações e empresas que atuam nesta área.
“A realização do Encontro Etnicidades Nordeste: ‘Promoção da Igualdade Racial, em Alagoas: Teoria e Prática” é fruto de uma parceria do Projeto Raízes de Áfricas (ONG Mara Mariá) articulador da ação no estado, com o CEAFRO sob a coordenação de Maria Nazaré Mota de Lima que coordenará o processo de mapeamento financiado pela Fundação Kellog.
O Encontro Etnicidades conta ainda com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas e a Prefeitura de Viçosa, entre outros parceiros.
A Fundação Kellog
doações nos Estados Unidos, América Latina e Caribe, e sul da África, entre outras regiões.
Sua missão é ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas, por meio da aplicação prática de conhecimentos e recursos para melhorar a qualidade de vida das atuais e das futuras gerações.Atualmente, em sua programação para os Estados Unidos, a Fundação prioriza saúde, segurança alimentar e desenvolvimento rural; juventude e educação; filantropia e voluntariado.
No sul da África, os esforços estão centrados em fazer mudanças no contexto socioeconômico local. Participam da programação África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malavi, Moçambique, Suazilândia e Zimbábue. A estratégia usada na região segue os seguintes objetivos: capacitar lideranças; incrementar a capacidade das comunidades; promover o desenvolvimento e a transformação de organizações e instituições continuar apoiando aquelas ações que pretendem fortalecer os mecanismos de coordenação.
O CEAFRO
O CEAFRO é um programa do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO da Universidade Federal da Bahia (UFBA), de educação e profissionalização para a igualdade racial e de gênero, em desenvolvimento desde 1995.
Fundado sob três princípios básicos da existência negra na Diáspora - Ancestralidade, Identidade e Resistência -, em sua trajetória político-pedagógica, o CEAFRO tem investido numa construção teórico-metodológica baseada nos referenciais identitários dos sujeitos nela envolvidos.
Em todos os projetos desenvolvidos, teoria e prática caminham juntas, e o Programa vem contribuindo para as ações afirmativas e políticas públicas focadas em raça e gênero, com repercussão não só em Salvador e no Estado da Bahia, mas em outros municípios, estados, regiões do Brasil.
Serviço: Encontro Etnicidades Nordeste: ‘Promoção da Igualdade Racial, em Alagoas: Teoria e Prática”
Dias: 06 e 07 de julho de 2009
07 de julho- “Dia Nacional de Luta contra o Racismo”
Local: Federação das Indústrias ( a confirmar)
Informações e inscrições: (82)8815-5794
Prof. Dr. Elisée Soummoni apresenta trabalho sobre Iorubalândia daomeana - BA
A Linha de Pesquisa em Estudos Africanos é parte constituinte do Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, e, além dos estudantes de mestrado e doutorado do programa, aceita a participação de estudantes de pós-graduação e de graduação das Humanidades, especialmente dos cursos de História, Letras e Ciências Sociais interessados em realizar estudos ou pesquisas envolvendo a África. As reuniões ocorrem a cada três semanas, às sextas-feiras, às 14:00h, no CEAO.
O quê: A Iorubalândia daomeana
Quem: Prof. Dr. Elisée Soummoni (Universidade Nacional do Benim)
Quando: Sexta-feira, 12 de junho, às 14:00h
Onde: CEAO (Praça Inocêncio Galvão, 42, Dois de Julho)
domingo, 7 de junho de 2009
Programa "Virando a Mesa": a mulher negra na rede
Tobossis Virando a Mesa dá continuidade a luta de Lélias, Mahins, Rosas, Bells, Marias, Menininhas, Senhoras, Ciatas, Franciscas, Jandiras, enfim, todas as mulheres negras, reconhecidas ou não, que lutaram da maneira que foi possível para que chegássemos até aqui.
Com temas variados, Tobossis conta com a participação de três negras mulheres para virar a mesa: a estudante e esteticista Marah Akin, a jornalista e poetisa Mel Adún e a jornalista e musicista Víviam Caroline.
Idealizado e realizado pelo grupo Abará Tabuleiro da Comunicação, Tobossis Virando a Mesa nasce com a intenção de também chacoalhar a rede!
Fonte: http://newyorkibe.blogspot.com/
sábado, 6 de junho de 2009
50 anos do CEAO terá Sessão Especial da Câmara de Vereadores - BA
Criado em setembro de 1959, quando o Brasil inaugurava uma política de presença diplomática e cultural na África, o CEAO foi concebido e se consolidou como um canal de diálogo entre o Brasil e os países africanos e entre a universidade e a comunidade afro-brasileira. Criado por sugestão do intelectual português Agostinho da Silva e por iniciativa do reitor Edgard Santos, o órgão construiu uma história relevante de serviços prestados à cultura brasileira, sobretudo no campo da cooperação cultural. Destacam-se dentre as suas atividades, o intercâmbio de pesquisadores, a realização de seminários, cursos, publicações, o ensino de línguas africanas e orientais, a manutenção de uma biblioteca especializada – com 11 mil títulos e 30 mil recortes de jornais digitalizados - e do Museu Afro-Brasileiro, que funciona ininterruptamente desde 1982.
A diretora do CEAO, Paula Barreto, informou que diversas atividades comemorativas serão realizadas ao longo do ano e que o atual desafio do órgão é “rever a sua situação institucional na UFBa assegurando as condições necessárias para a continuidade das atividades nas próximas décadas”.
POLÍTICAS PÚBLICAS - Atualmente, o CEAO abriga diversas iniciativas na área de intercâmbio internacional, como o Fábrica de Idéias - Curso Avançado em Estudos Étnico-Raciais, o escritório de representação do South-South Exchange Programme for Research on the History of Development (SEPHIS), com sede em Amsterdã, o escritório de representação na Bahia do Council on International Education Exchange (CIEE), voltado para a realização de intercâmbio de estudantes de diversas universidades dos EUA na Bahia, e o Projeto Acesso e Igualdade na Educação Superior no Brasil e nos Estados Unidos, parte do Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil - Estados Unidos (Capes-Fipse).
Desde 1965 o CEAO publica a revista Afro-Ásia, a primeira revista acadêmica da América Latina voltada exclusivamente para estudos e pesquisas sobre África e diáspora. A amplitude temática das atividades do CEAO possibilitou que ele viesse a abrigar, desde 2005, o curso de Pós-Graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos, com Mestrado e Doutorado.
No período recente, as atividades do CEAO alcançaram o tema das políticas públicas. Através do CEAFRO e de outros programas, destaca-se a atuação na formação de professores da educação básica, apoio à formação de estudantes de graduação, e na avaliação dos programas de ação afirmativa no ensino superior. Em parceria com as Secretarias Municipais da Reparação e da Habitação, o CEAO realizou, em 2007 e 2008, o mapeamento dos terreiros de candomblé de Salvador, ponto de partida para uma série de políticas públicas a serem adotadas nas comunidades de terreiros, inclusive a legalização e regularização fundiária desses espaços.
Fonte: Boletim do Vereador Gilmar Santiago
sexta-feira, 5 de junho de 2009
UNEB promove cursos de qualificação de jovens negros(as) para o mercado - BA
Capacitar a população baiana jovem, negra e de baixo poder econômico para a inserção no mercado.
Esse é o principal objetivo do Projeto Integrado de Ações Afirmativas: Formação para Concurso Público e Qualificação Sócio-Profissional, uma parceria entre a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Secretaria Estadual do Trabalho, Renda, Emprego e Esporte (Setre) e o Fundo de Combate a Pobreza (Funcep) da Casa Civil, órgão da Presidência da República, assinada no mês de abril. Orçado em R$400 mil, investimento oriundo dos governos estadual e federal, o projeto vai atender, inicialmente, 200 homens e mulheres, negros e negras, na faixa etária de 16 a 24 anos, provenientes do ensino público, através de um curso preparatório gratuito de capacitação e qualificação para concursos públicos de nível médio.
Cabe a UNEB, através da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), elaborar e executar todo o conteúdo pedagógico do curso, o qual será ministrado por uma equipe de docentes da universidade.
Para o reitor Lourisvaldo Valentim, "a participação da instituição nesse projeto ratifica o compromisso da administração com a inclusão social e educacional de jovens em situação de risco social".
Pró-reitora de Extensão, Adriana Marmori complementou: "Nessa ação, vamos capacitar os jovens de modo que lutem em igualdade de condições por vagas no mercado de trabalho".
Com carga de 410 horas-aula, o curso conta com dois módulos divididos em eixos temáticos que vão desde a matriz curricular da educação básica, a exemplo de Matemática e Língua Portuguesa, até disciplinas de caráter lógico, de crítica sociocultural e específicas da área do Direito.
De acordo com Ivy Mattos, do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da UNEB e uma das coordenadoras da iniciativa, "a capacitação não é apenas profissional, mas social, uma vez que se baseia em dados empíricos de pesquisas, os quais consideram a cidade de Salvador como uma das capitais com maior índice de desemprego na faixa etária a qual o curso irá atender".
Na avaliação da coordenadora, “essa realidade reflete, efetivamente, na exposição desses homens e mulheres, situações de vulnerabilidade e falta de perspectiva à vida. Desse modo, o projeto se configura como uma política de reparação, combate a discriminação racial e a pobreza, visando a igualdade de oportunidades e a inclusão social.”
Processo seletivo
O processo seletivo será composto de três etapas, as quais serão divulgadas oportunamente pela Proex, através de edital público de seleção. A previsão é de que as inscrições sejam abertas no dia 1º de julho e as aulas comecem no início do mês de agosto.
De acordo com Ivy Mattos, inicialmente, o curso presencial será oferecido apenas em Salvador, no entanto, a expectativa é de que a experiência com as quatro turmas iniciais transforme o projeto em um programa efetivo, que consiga abranger toda a Bahia, através da multicampia da UNEB.
'Ôri'' é uma grande tradução da cultura afro-brasileira (José Geraldo Couto)
O filme começou a ser realizado em 1977, com o registro do Congresso dos Povos de Origem Africana, em São Paulo, e sofreu influências visíveis do diretor Glauber Rocha -Gerber foi amiga dele e estudiosa de sua obra.
"Ôrí", com sua montagem descontínua e sua mistura de registros, organiza-se em núcleos temáticos: as raízes étnicas, os rituais religiosos, as lutas históricas, as formas de expressão cultural.
De um debate acadêmico a uma noite de "black music" no Chic Show de São Paulo, de um ensaio da escola de samba Vai-Vai a um ritual de candomblé, de uma manifestação antirracista a cenas cotidianas de trabalho, o filme se organiza como um caleidoscópio.
A costura é feita pela narração em "off" da historiadora e ativista Beatriz Nascimento, que aparece num simpósio na Universidade de São Paulo, bela e altiva como uma Angela Davis sergipano-carioca.
O texto, um misto de ensaio antropológico, prosa poética e panfleto político, pode ter envelhecido um pouco, mas continua intacta a força das imagens e dos sons, dando conta de uma riqueza cultural e de uma energia inesgotáveis. Para isso contribui uma concepção de montagem (de Renato Neiva Moreira e Cristina Amaral) mais rítmica e plástica do que propriamente narrativa.
"Ôrí" é talvez a mais completa tradução cinematográfica da cultura afro-brasileira em sua dupla dimensão, a de cigarra e a de formiga. No momento em que a "questão racial" volta a ser discutida no Brasil com intensidade, poucos lançamentos poderiam ser mais oportunos.
ÔRÍ
Direção: Raquel Gerber
Produção: Brasil, 1989
Curso "História, cultura e arte Iorubá" - BA
PROF. DR. BABATUNDE LAWAL
Nascido na Nigéria, Babatunde Lawal graduou-se em Artes Plásticas na Universidade de Nsukka, Nigéria. Possui Mestrado e Doutorado em História da Arte pelas Universidades de Indiana (EUA). Ensinou por vários anos na Universidade Obafemi Awolowo, em Ile-Ifé (Nigéria), onde foi fundador e Chefe do Departamento de Belas Artes e Diretor da Faculdade de Artes. Atualmente é Professor de História da Arte no Virginia Commonwealth University, em Richmond, Virginia (EUA). Também foi professor visitante das Universidades de Harvard (Massachusetts) e de Columbia (New York), Dartmouth College (New Hampshire), Michigan State University (East Lansing), Kalamazoo College (Michigan), Harare Polytechnic (Zimbábue), Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal da Bahia – UFBA.
LOCAL: AUDITÓRIO DO CPDER (Atrás do prédio do mestrado). UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB CAMPUS I Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula
| INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: BIBLIOTECA DA PÓS-GRADUAÇÃO PROFA. HILDETE TEL: (71) 3117.2448
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PERÍODO: DE 06 A 10 DE JULHO DE 2009 HORÁRIO: 14 ÀS 18 H. | VALORES: ESTUDANTES ..... R$ 25,00 OUTROS............ R$ 50,00
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FSBA e Mídia Étnica promovem palestra "(In)Tolerância Religiosa" - BA
Parceria entre FSBA (Faculdade Social da Bahia) e Instituto de Mídia Étnica promove o último encontro do curso "Jornalismo, Cidadania e Diversidade", que ocorrerá na sede da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê neste sábado (06/06) às 9h, com participação aberta a toda comunidade para debater a (IN) TOLERÂNCIA RELIGIOSA.
Tema: (IN) TOLERÂNCIA RELIGIOSA
Local: Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê – Rua do Curuzu, 228 – Liberdade.
Data: 06/06 (sábado).
Horário: 09h
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Seminário Brasil-Angola: Estado, Direito e Sociedade - RJ
Após a abertura do evento, às 9h, Daniel dos Santos, da Universidade de Ottawa, apresentará a conferência inaugural “Estado, Direito e Sociedade em Angola”. Em seguida, às 11h, Fábio Reis Mota, da UFF, e Maria Stella Amorim, da UGF, palestrarão no painel “Preconceito, Violência Doméstica e Criminalização” .
Na parte da tarde, às 14h, será a vez de Marcelo Bittencourt, também da UFF, falar sobre “As Relações Angola-Brasil: Referências e Contatos”. Já à partir das 15h45min, Luena Nunes Pereira, da Universidade de Campinas - Unicamp, e Daniel Simião, da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, palestrarão sobre o tema “Sistema de Justiça, Violência e Dinâmicas Culturais”. Por fim, às 17h, o juiz da Corte Constitucional da República de Angola e professor da Universidade Agostinho Neto (Luanda/Angola) , Agostinho A. Santos, apresentará a conferência de encerramento: “A Jurisdição Constitucional como Garantia da Construção do Estado Democrático e de Direito em Angola”. No dia seguinte, 9 de junho, haverá programação cultural a partir das 19h.
O seminário será aberto ao público e será transmitido por videoconferência para a Seção Judiciária do Espírito Santo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet: www.trf2.gov. br/emarf na parte de cursos pelo portal de inscrições. Os magistrados federais podem fazê-las pelo módulo do CAE também na internet. Já os servidores do Espírito Santo que quiserem assistir podem se inscrever pelo telefone (27) 3183-5187, ou pelo e-mail nucleoemarf. es@jfes.gov. br. Aos estudantes de direito serão concedidas horas de estágio pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O evento, que integra o cronograma de 2009 do Curso de Aperfeiçoamento e Especialização - CAE para magistrados federais da 2ª Região, conta com o apoio, além do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, das Seções Judiciárias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro - PGE-RJ, da Associação dos Juízes Federais do Brasil - Ajufe, e da Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo - Ajuferjes.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
A grande mídia contra as ações afirmativas (Fernando Conceição)
Fernando Conceição é Professor da FACOM-UFBA e faz estágio de Pós-Doutorado na Universidade Livre de Berlim (Freie Universität Berlin), junto ao Lateinamerika-Institut, em pesquisa sobre o impacto do pensamento de Milton Santos no debate sobre a nova fase de globalização nos grupos de pesquisa e entre intelectuais que discutem o tema na Europa (2008-2009)
As cotas desmentiram as urucubacas (Elio Gaspari)
Os negros desorganizariam as universidades, como a Abolição destruiria a economia brasileira
QUEM ACOMPANHASSE os debates na Câmara dos Deputados em 1884 poderia ouvir a leitura de uma moção de fazendeiros do Rio de Janeiro:
"Ninguém no Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da desorganização do atual sistema de trabalho."
Livres os negros, as cidades seriam invadidas por "turbas ignaras", "gente refratária ao trabalho e ávida de ociosidade". A produção seria destruída e a segurança das famílias estaria ameaçada.
Veio a Abolição, o Apocalipse ficou para depois e o Brasil melhorou (ou será que alguém duvida?).
Passados dez anos do início do debate em torno das ações afirmativas e do recurso às cotas para facilitar o acesso dos negros às universidades públicas brasileiras, felizmente é possível conferir a consistência dos argumentos apresentados contra essa iniciativa.
De saída, veio a advertência de que as cotas exacerbariam a questão racial. Essa ameaça vai completar 18 anos e não se registraram casos significativos de exacerbação. Há cerca de 500 mandados de segurança no Judiciário, mas isso nada mais é que a livre disputa pelo direito.
Num curso paralelo veio a mandinga do não-vai-pegar. Hoje há em torno de 60 universidades públicas com sistemas de acesso orientados por cotas e nos últimos cinco anos já se diplomaram cerca de 10 mil jovens beneficiados pela iniciativa.
Havia outro argumento: sem preparo e sem recursos para se manter, os negros entrariam nas universidades, não conseguiriam acompanhar as aulas, desorganizariam os cursos e acabariam deixando as escolas.
Entre 2003 e
Quanto ao aproveitamento, na Uerj, os estudantes que entraram pelas cotas em 2003 conseguiram um desempenho pouco superior aos demais. Na Federal da Bahia, em 2005, os cotistas conseguiram rendimento igual ou melhor que os não cotistas em 32 dos 57 cursos. Em 11 dos 18 cursos de maior concorrência, os cotistas desempenharam-se melhor em 61 % das áreas.
De todas as mandingas lançadas contra as cotas, a mais cruel foi a que levantou o perigo da discriminação, pelos colegas, contra os cotistas.
Caso de pura transferência de preconceito. Não há notícia de tensões nos campus. Mesmo assim, seria ingenuidade acreditar que os negros não receberam olhares atravessados. Tudo bem, mas entraram para as universidades sustentadas pelo dinheiro público.