Sessão especial da Câmara de Vereadores será realizada na próxima terça-feira (dia 9), às 18 h, em comemoração aos 50 anos de fundação do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), da Universidade Federal da Bahia. Estão confirmadas as presenças do diretor da Fundação Palmares, Zulu Araújo, dos secretários municipal e estadual Ailton Ferreira e Luiza Bairros, da diretora do CEAO, Paula Barreto, além de representantes da UFBA, de terreiros de candomblé e do movimento negro. A sessão foi convocada por sugestão do vereador Gilmar Santiago (PT).
Criado em setembro de 1959, quando o Brasil inaugurava uma política de presença diplomática e cultural na África, o CEAO foi concebido e se consolidou como um canal de diálogo entre o Brasil e os países africanos e entre a universidade e a comunidade afro-brasileira. Criado por sugestão do intelectual português Agostinho da Silva e por iniciativa do reitor Edgard Santos, o órgão construiu uma história relevante de serviços prestados à cultura brasileira, sobretudo no campo da cooperação cultural. Destacam-se dentre as suas atividades, o intercâmbio de pesquisadores, a realização de seminários, cursos, publicações, o ensino de línguas africanas e orientais, a manutenção de uma biblioteca especializada – com 11 mil títulos e 30 mil recortes de jornais digitalizados - e do Museu Afro-Brasileiro, que funciona ininterruptamente desde 1982.
A diretora do CEAO, Paula Barreto, informou que diversas atividades comemorativas serão realizadas ao longo do ano e que o atual desafio do órgão é “rever a sua situação institucional na UFBa assegurando as condições necessárias para a continuidade das atividades nas próximas décadas”.
POLÍTICAS PÚBLICAS - Atualmente, o CEAO abriga diversas iniciativas na área de intercâmbio internacional, como o Fábrica de Idéias - Curso Avançado em Estudos Étnico-Raciais, o escritório de representação do South-South Exchange Programme for Research on the History of Development (SEPHIS), com sede em Amsterdã, o escritório de representação na Bahia do Council on International Education Exchange (CIEE), voltado para a realização de intercâmbio de estudantes de diversas universidades dos EUA na Bahia, e o Projeto Acesso e Igualdade na Educação Superior no Brasil e nos Estados Unidos, parte do Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil - Estados Unidos (Capes-Fipse).
Desde 1965 o CEAO publica a revista Afro-Ásia, a primeira revista acadêmica da América Latina voltada exclusivamente para estudos e pesquisas sobre África e diáspora. A amplitude temática das atividades do CEAO possibilitou que ele viesse a abrigar, desde 2005, o curso de Pós-Graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos, com Mestrado e Doutorado.
No período recente, as atividades do CEAO alcançaram o tema das políticas públicas. Através do CEAFRO e de outros programas, destaca-se a atuação na formação de professores da educação básica, apoio à formação de estudantes de graduação, e na avaliação dos programas de ação afirmativa no ensino superior. Em parceria com as Secretarias Municipais da Reparação e da Habitação, o CEAO realizou, em 2007 e 2008, o mapeamento dos terreiros de candomblé de Salvador, ponto de partida para uma série de políticas públicas a serem adotadas nas comunidades de terreiros, inclusive a legalização e regularização fundiária desses espaços.
Fonte: Boletim do Vereador Gilmar Santiago
Criado em setembro de 1959, quando o Brasil inaugurava uma política de presença diplomática e cultural na África, o CEAO foi concebido e se consolidou como um canal de diálogo entre o Brasil e os países africanos e entre a universidade e a comunidade afro-brasileira. Criado por sugestão do intelectual português Agostinho da Silva e por iniciativa do reitor Edgard Santos, o órgão construiu uma história relevante de serviços prestados à cultura brasileira, sobretudo no campo da cooperação cultural. Destacam-se dentre as suas atividades, o intercâmbio de pesquisadores, a realização de seminários, cursos, publicações, o ensino de línguas africanas e orientais, a manutenção de uma biblioteca especializada – com 11 mil títulos e 30 mil recortes de jornais digitalizados - e do Museu Afro-Brasileiro, que funciona ininterruptamente desde 1982.
A diretora do CEAO, Paula Barreto, informou que diversas atividades comemorativas serão realizadas ao longo do ano e que o atual desafio do órgão é “rever a sua situação institucional na UFBa assegurando as condições necessárias para a continuidade das atividades nas próximas décadas”.
POLÍTICAS PÚBLICAS - Atualmente, o CEAO abriga diversas iniciativas na área de intercâmbio internacional, como o Fábrica de Idéias - Curso Avançado em Estudos Étnico-Raciais, o escritório de representação do South-South Exchange Programme for Research on the History of Development (SEPHIS), com sede em Amsterdã, o escritório de representação na Bahia do Council on International Education Exchange (CIEE), voltado para a realização de intercâmbio de estudantes de diversas universidades dos EUA na Bahia, e o Projeto Acesso e Igualdade na Educação Superior no Brasil e nos Estados Unidos, parte do Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil - Estados Unidos (Capes-Fipse).
Desde 1965 o CEAO publica a revista Afro-Ásia, a primeira revista acadêmica da América Latina voltada exclusivamente para estudos e pesquisas sobre África e diáspora. A amplitude temática das atividades do CEAO possibilitou que ele viesse a abrigar, desde 2005, o curso de Pós-Graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos, com Mestrado e Doutorado.
No período recente, as atividades do CEAO alcançaram o tema das políticas públicas. Através do CEAFRO e de outros programas, destaca-se a atuação na formação de professores da educação básica, apoio à formação de estudantes de graduação, e na avaliação dos programas de ação afirmativa no ensino superior. Em parceria com as Secretarias Municipais da Reparação e da Habitação, o CEAO realizou, em 2007 e 2008, o mapeamento dos terreiros de candomblé de Salvador, ponto de partida para uma série de políticas públicas a serem adotadas nas comunidades de terreiros, inclusive a legalização e regularização fundiária desses espaços.
Fonte: Boletim do Vereador Gilmar Santiago
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