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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Seminário de Cultura Negra e Psicanálise - RJ

Das Caravelas e Tumbeiros ao Hip-Hop

(31 de agosto a 4 de setembro de 2008)

Sede do IPDH - Av. Mem de Sá, 39 - Arcos da Lapa, Rio de Janeiro

ENTRADA FRANCA

O seminário tem por objetivo a construção de um novo canal de interlocução entre áreas de conhecimentos que, ao produzir um diálogo, possibilitem a abertura de novos campos de reflexão, de formulações e de pensamentos para a cultura afrobrasileira.

Foram realizados encontros preparatórios, a partir de janeiro de 2008, com membros do Instituto OCA, da Associação Digaí-Maré e do IPDH. O seminário será realizado do dia 31 de agosto, domingo, das 18:00 às 22:00 horas, a 4 de setembro, de segunda a quinta-feira, das 20:00 às 22:00 horas. As inscrições são necessárias em razão da limitação de vagas.

PROGRAMA

31/08 – domingo, de 18:00 às 18:30 hs.

Abertura - Zezé Motta - SUPIR > Maritza Garcia - OCA > Nayara Mallon - OCA > Maria Catarina de Paula - IPDH

MESA 1 <>. > Subjetividade, Resistência e Discursos

Jairo Gerbase - Psicanalista, AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – Brasil – Fórum Salvador.

Vanda Ferreira - Professora, Ouvidora da Petros, Militante do Movimento Negro.

Debatedores > Carlos Alberto Medeiros - Jornalista, Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFF.

> Graça Pamplona - Psicanalista, AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano-Brasil/Fórum de Petrópolis, Supervisora Clínica do Instituto OCA.

O sujeito, o sujeito da psicanálise, o cidadão e o desejo, o desejo o mal-estar e a civilização, a resistência subjetiva e a resistência no campo social, o mal-estar e as identificações do sujeito. Quais diálogos permitem pensar a cultura e as culturas em sua relação com o sujeito do desejo e os direitos dos sujeitos/cidadãos? Os discursos correntes e a construção de novos discursos, entre os quais o discurso da psicanálise, permitem reinterpretar o campo social contemporâneo de forma inovadora? O que pode fazer corte em paradigmas sócio-culturais estruturados? Racismo, exclusão, dor de existir?
20:30 hs. > Coquetel de Confraternizacão, com lançamento e venda de livros

MESA 2 - A infância da Dor e a Dor da Gente

01/09 <>

Nayara Mallon - Psicanalista, Presidente do Instituto OCA.

Marícia Ciscato - Membro do Digaí-Maré, Correspondente da Escola Brasileira de Psicanálise-Seção Rio.

Ivanir dos Santos - Pedagogo, Secretário Executivo do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas-CEAP.

Debatedora > Lúcia Xavier - Assistente social, Coordenadora de Criola.

Esta mesa considera os recentes trabalhos e pesquisas vinculados ao atendimento de crianças e adolescentes, moradores de comunidades periféricas, com alto grau de violência social e familiar. Quais são as implicações decorrentes do modo como as próprias crianças e adolescentes interpretam a realidade em que vivem? Como comparece e quais são as propostas da psicanálise no tratamento da angústia desses meninos e meninas que vivem nessas comunidades? São estas angústias diferentes das experimentadas por qualquer criança ou adolescente? Quais são as implicações das formas de interpretação e aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente? Quais seriam as perspectivas da infância brasileira do ponto de vista sócio-cultural?


MESA 3 - Do Martírio à Malandragem: os mitos Saci Pererê e Negrinho do Pastoreio

02/09 <>

Lara Pamplona - Professora de Literatura Brasileira do Instituto Luso-Brasileiro da Universidade de Colônia (Alemanha).

Conceição Evaristo - Escritora, Doutoranda em Literatura Comparada - UFF.

Eliane Schermann - Psicanalista, Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano.

Debatedor > Guilherme Gutman - Psicanalista, Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da PUC-Rio.

Foco no imaginário popular desses mitos e a correlação entre as malandragens e os dramas sociais vividos por nossa gente, em qualquer idade. Esta mesa toma como referência esses dois mitos populares dos séculos XVIII e XIX, onde num se identifica a picardia, a pilhéria e no outro o drama, a tragédia, e busca relacioná-los com a dinâmica de inúmeros e anônimos protagonistas do cotidiano da cidade, que se expressam no nosso dia a dia.


MESA 4 – Literatura Afrobrasileira e Pulsão

03/09 <>

Lia Vieira - Escritora, Autora de Chica da Silva - A mulher que inventou o mar.

Éle Semog - Escritor, Conselheiro Executivo do IPDH.

Clarice Gatto - Psicanalista, Responsável pelo Serviço de Psicanálise do Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana - ENSP/FIOCRUZ.

Debatedoras > Denise Barata - Historiadora, Professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ.

> Teresa Palazzo Nazar - Médica, Psicanalista, Membro fundador da Escola Lacaniana do Rio de Janeiro e de Vitória.

A proposta desta mesa é de estabelecer uma relação entre a pulsão expressa por autores afro-brasileiros clássicos como Cruz e Sousa, Lima Barreto, Machado de Assis, dentre outros, e a geração de escritores negros que surgiu nos anos 70, com a proposição de insurgência estética e política, utilizando o texto como meio de militância de combate ao racismo.

MESA 5 - Das Caravelas e Tumbeiros ao Hip-Hop

04/09 <>

Julio Cesar de Tavares - Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFF, Diretor da Associação para o Estudo da Diáspora Africana no Mundo - ASWAD, Fundador da CUFA.

Marcus André Vieira - Psicanalista, AME da Escola Brasileira de Psicanálise, Membro do Digaí-Maré, Professor da PUC-Rio.

Nega Gizza - Rapper/CUFA.

Debatedor > Romildo do Rêgo Barros - Psicanalista, Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e Diretor do Instituto de Clínica Psicanalítica do Rio de Janeiro - ICP.

A mesa pretende discutir as expressões de júbilo e riqueza e de aniquilamento e de resistência decorrentes das relações vividas no período da escravidão, desde a fragmentação do indivíduo ao embarcar nos tumbeiros à sua redenção como sujeito, ainda hoje em ambiente social adverso. Daquela condição de escravo, hoje a população afrobrasileira busca expressar-se das mais diversas formas e uma das mais insurgentes, críticas, pragmáticas e produtivas, é o Hip Hop. Como poderíamos pensar a especificidade, o lugar e o impacto da intervenção proposta pelo Movimento Hip Hop?


22:00 às 22:10 > Encerramento > Éle Semog – IPDH

As incrições são gratuitas e as vagas são limitadas.

Para efetivar sua inscrição, favor preencher a ficha abaixo e encaminhar para: contato@institutooca.org.br

Os cem primeiros inscritos serão presenteados com o livro Diásporas Africanas na América do Sul: Uma ponte sobre o Atlântico, de Julio César de Tavares, com fotos de Januário Garcia.

Realização

Instituto Palmares de Direitos Humanos

Instituto OCA

Apoio

Associação Digaí-Maré

Seminário História e Cultura Afro-brasileiras - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

CEN promove Caminhada Azoany - BA

No dia 16 do mês de agosto de 2008 completamos 10 anos da Caminhada Azoany, onde mais uma vez estaremos partindo do Pelourinho até a Igreja de São Lázaro, para comemorar o dia de São Lázaro, reverenciar e cumprir promessas em agradecimento a Azoany (Omolú Obaluaê)

Este ato passou a ser realizado de maneira continua tendo naturalmente o seu crescimento cada vez mais atraindo indivíduos de todas as classes, independente de seu credo religioso.

Apesar de tratar-se de um evento de características negras por tratar-se do candomblé, todos participam e caminham um percurso de 06 km, cantando louvações para o (Orixá, Inkisse).

Vestidos de Branco, roupas do Candomblé, Camisas do evento ou vestimentas próprias, carregando balaios de pipocas, ramos e buquês de flores – acompanhados de um grupo de afoxé a Caminhada percorre as ruas do Pelourinho e seguem em direção a Igreja de São Lázaro no bairro da Federação, onde todos os participantes cumprem suas promessas.

Estaremos realizando este ano a Caminhada, mais do que nunca, conclamando a Paz e buscando junto ao (Orixá, Inkisse), forças para que mostre seu Brilho e garante a preservação deste ato como forma de fortalecimento do povo negro e daqueles indivíduos que lutam conosco pela preservação do Candomblé.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pingue-Pongue / Ângela Davis

‘O crime é uma questão de pobreza e segregação racial’
Alexandre Lyrio

No Verão de 1970, Angela Yvonne Davis integrava a lista dos dez fugitivos mais procurados pelo FBI. Acusada de envolvimento no seqüestro e homicídio de um juiz por ativistas negros, fugiu o quanto pôde até ser capturada, presa e julgada, em um dos mais famosos tribunais da história americana. Absolvida, quase pagou caro por fazer parte de um dos mais radicais movimentos comunistas do seu país, os Panteras Negras, espécie de braço armado do movimento Black Power.
Passaram-se 40 anos desde que os grupos anti-racismo explodiram nos EUA e, durante estada em Salvador para participar de diversas palestras, a ativista se mostrou a mesma revolucionária comunista de sempre. Sem se dobrar um só instante, defende os mesmos ideais de igualdade racial da época em que o líder negro Martin Luther King a inspirou a lutar pelos direitos civis dos negros. “O que mantém a minha sanidade é o meu envolvimento nos atuais movimentos coletivos políticos”, acredita. A verdade é que Angela Davis transformou-se em uma das mais obstinadas combatedoras da discriminação social e racial, além de defensora das mulheres. Mereceu composição de John Lennon e Yoko Ono em sua homenagem. A música Angela é uma ode à bravura da ativista e um protesto contra as perseguições sofridas por ela. Os Rolling Stones também a homenagearam com Sweet black Angel. Hoje, aos 64 anos, Angela Davis é escritora, filósofa e professora emérita da Universidade da Califórnia.
Nos últimos tempos, tem se dedicado ao estudo dos problemas ligados aos sistemas prisionais. Também aí, propõe uma revolução. Suas idéias deram origem a um grande movimento pela abolição do cárcere nos EUA e no resto do mundo. Sem nunca perder o viés racial, já que a esmagadora maioria dos prisioneiros americanos é negra, se refere ao sistema carcerário como uma “indústria”. Na capital baiana por ocasião da XI Fábrica de Idéias, evento organizado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), nos últimos dias, Angela foi bastante assediada por representantes de movimentos sociais baianos, além de grupos de mulheres negras e autoridades religiosas do candomblé. Durante entrevista coletiva no Hotel da Bahia, falou sobre temas como política de cotas, comunismo e o candidado democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama.

Correio da Bahia – Passaram-se 40 anos desde que movimentos negros como os Panteras Negras, do qual a senhora fez parte, bateram de frente com a segregação racial nos EUA. Quais foram as principais conquistas de lá para cá? Qual a atual situação dos negros nos EUA e na diáspora?
Angela Davis - Existem boas novas, mas também muitas más notícias. Nos últimos 40 anos, os negros americanos vivenciaram um progresso muito grande no que diz respeito a sua posição de classe, aos seus direitos civis. Se em 1968 a segregação vigorava no sul dos EUA, agora todas as leis que apoiavam aquele modelo foram banidas da legislação. Por outro lado, o processo de expansão do sistema capitalista teve conseqüências drásticas entre os negros que já eram pobres. Estes estão ainda mais pobres do que 40 anos atrás. Mas o grande avanço foi mesmo político. Antes os negros eram impedidos de participar do processo político do país. Hoje, podemos ver inúmeros representantes dentro dos sistemas federal e estadual. E agora temos até um candidato negro disputando a Presidência.

CB - Então a senhora e a população negra americana se sentem, de fato, representadas por Barack Obama?
AD - Acho que o fato de ele ser negro não é o principal. Quando se bate muito nessa tecla limita-se a percepção da sua importância. Ele não é só um simples candidato negro. Obama tem conseguido despertar discussões sobre diversas questões, inclusive as de raça, a ponto de mobilizar toda a juventude americana. Antes, os jovens dos EUA estavam estagnados, agora se pode testemunhar a formação de grupos envolvidos no processo.

CB - Mas a senhora vai votar em Obama?
AD - Pela primeira vez irei votar num candidato democrata. Devido à minha formação comunista, nunca votei em republicanos ou democratas. Essa será a primeira vez.

CB - Antes mesmo de Obama, recentemente outros negros americanos assumiram cargos importantes no país, como foram os casos dos últimos secretários de Estado, Colin Powel e Condoleezza Rice. A senhora respeita negros ligados ao governo George Bush?
AD - Há de se separar quem é quem. Condoleezza é uma mulher negra? Claro. Mas por outro lado ela representa as mais reacionárias forças políticas americanas. Eu sempre utilizo um exemplo como metáfora para ilustrar isso. Nos dias seguintes ao que o furacão Katrina devastou Nova Orleans, ela foi vista comprando os caríssimos sapatos Ferragamo, num elegante quarteirão da 5ª Avenida de Nova York. Ficou provado que ela não deu a menor importância ao desastre. Perguntada sobre o assunto, ela respondeu: “Racismo? Não existe racismo”. É por essas e outras que temos que ter muito cuidado com negros como Condoleezza e o próprio Colin Powel. Ofereço eles como exemplo, mas estou falando do nosso meio, do nosso dia-a-dia. Não podemos simplesmente convidar qualquer negro para os nossos movimentos. Podemos cair no erro de incorporar pessoas que são contrárias às ações afirmativas.

CB - Falando em ações afirmativas, foi uma universidade da Bahia, a Uneb, a primeira no país a criar o modelo de cotas para negros. Só depois a Ufba seguiu o mesmo caminho e outras instituições no Brasil. O que a senhora acha da política de cotas nas universidades brasileiras?
AD - Extremamente necessárias. Até outro dia, o Brasil era um país escravista, e isso foi herdado pelas gerações seguintes. As políticas afirmativas são extremamente necessárias para se resolver o problema da desigualdade. Mas a luta é muito maior. O Brasil precisa entender que a política de cotas é só o primeiro passo.

CB - Parece que esse tipo de política atualmente vem perdendo espaço nos EUA. Não pode acontecer o mesmo com o Brasil?
AD - Infelizmente, isso tem ocorrido. O que a gente vê nos EUA é o fortalecimento de ideologias contrárias às ações afirmativas, a ponto de alguns alunos negros e também latinos passarem a ter medo de ser identificados como beneficiados por esse sistema. Eles não querem mais que os colegas fiquem sabendo das bolsas que receberam para estudar. Acreditam que não merecem isso enquanto indivíduos. Mas é exatamente o fato de se enxergarem individualmente que os faz pensar assim. Eles não se imaginam como membros que fazem parte de uma comunidade cuja ascensão é atingida, em parte, a partir desse sistema. O projeto das ações afirmativas nunca foi usado para privilegiar indivíduos, e sim modificar estruturas que geram a desigualdade. Quando se visualiza apenas como indivíduo, não se é capaz de se enxergar o potencial de algo maior. Por conta disso, perdemos as ações afirmativas em locais como Califórnia, Texas, e Michigan. Eu acho que o Brasil pode utilizar esse exemplo para não cair no mesmo erro.

CB - A senhora falou em estudantes latinos. Há a necessidade de políticas que envolvam outros grupos que não somente os negros?
AD - Penso que devemos dar um passo além do paradigma branco x negro e construir um movimento que preste atenção em outros grupos racializados e discriminados. Nos EUA, temos que acolher particularmente os imigrantes: latinos, asiáticos e também africanos. No Brasil, o desafio é assimilar também a população indígena, devastada durante a colonização.

CB - Nos últimos dez anos, a senhora tem se dedicado à luta contra os sistemas prisionais. O que a faz pensar que a liberdade dessas pessoas pode fazer uma sociedade mais justa?
AD - A simples constatação de que as prisões não resolvem nada. O crime é uma questão de pobreza e segregação racial. Devem existir outras formas de se lidar com essas questões. O cárcere isola essas pessoas, mas não resolve a origem. Em 1968, havia menos de duas mil pessoas atrás das grades nos EUA. Já considerávamos um número grande. Hoje, nós temos dois milhões e 300 mil pessoas, e a maioria da população carcerária é negra. Não tem como não pensar que a luta contra o sistema carcerário é uma luta contra a desigualdade racial.

CB - Essa disparidade não deve ser tão diferente no Brasil...
AD - Não tenho base para comparar por não conhecer bem o sistema daqui. Mas sei que existem semelhanças. Na verdade, a preponderância de presos é de origem negra em todo o mundo. Em todo lugar, o sistema racista encarcera os que não tiveram oportunidades no sistema capitalista.

CB - Como a senhora disse, a sua formação é comunista. O próprio Panteras Negras era um movimento fundamentado no comunismo. A sua postura sempre reta a faz comunista ainda hoje?
AD - Li Marx pela primeira vez no 2º grau e me filiei ao partido comunista há exatos 40 anos, em 1968. Ao mesmo tempo, militava entre os Panteras Negras. Utilizava a análise comunista de classes com um viés racial. Devido a conflitos naturais, saí do partido em 1991, mas nunca mudei minha postura em relação ao capitalismo. Posso dizer que hoje sou uma comunista com “c” minúsculo.

Correio da Bahia, 11.08.2008
www.correiodabahia.com.br

sábado, 9 de agosto de 2008

Luiza Bairros é a nova titular da Secretaria de Promoção da Igualdade - BA

O governador Jaques Wagner anunciou agora há pouco a saída do secretário de Promoção da Igualdade, Luiz Alberto. O anúncio foi feito no encerramento do seminário sobre Segurança e Promoção da Igualdade, realizado no Centro de Convenções, na noite desta sexta-feira (8).
Ele revelou também que Luiz Alberto será substituído pela socióloga Luiza Bairros, conhecida militante da causa negra. A platéia do seminário, composta por representantes de entidades negras, indígenas e de mulheres, aplaudiu com entusiasmo.
Segundo o governador, desde março o secretário Luiz Alberto havia comunicado a decisão de se afastar do governo. Ele estava sendo pressionado por entidades negras para voltar ao legislativo federal, o que acontecerá agora.
Fonte: www.comunicacao.ba.gov.br

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CEAO convida estudantes para Mostra de Cinema da Diáspora - BA

O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO-UFBA) convida estudantes de nível médio da rede pública de ensino para a Mostra de Cinema da Diáspora, uma atividade conjunta com estudantes da UFBA, no âmbito da segunda etapa do Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas. As atividades serão realizadas aos sábados, de agosto a outubro de 2008, no Auditório Milton Santos (prédio da Biblioteca do CEAO). Serão disponibilizadas 20(vinte) vagas.

Data: Sábados, dias 16/08, 30/08, 13/09, 27/09, 11/10
Horário: 9:00 às 13:00 (Exibição seguida de debate)

* * * * * PROGRAMAÇÃO * * * * *

16/08/08

§ Tema: Racismo e Ações Afirmativas
§ Filme: Café com leite: água e azeite?
§ Documentário – São Paulo, 30 min., 2007
§ Direção, produção, roteiro: Guiomar Ramos
§ Co-produção: Tatu Filmes
§ Edição: Márcio Perez

SINOPSE: "Café com leite" apresenta uma reflexão sobre o Mito da Democracia Racial no Brasil através de depoimentos dos professores da FFLCH-USP, Antonio Sérgio Guimarães, Kabengelê Munanga, a diretora do Geledés, Sueli Carneiro e o antropólogo Batista Félix. Alunos da pós-graduação da FFLCH como Márcio Macedo e Uvanderson da Silva também participam do debate. Os cineastas Jeferson De, Noel Carvalho e a atriz Zezé Motta traçam comentários sobre a Democracia Racial. O documentário apresenta ainda trechos de filmes adaptados da obra de Jorge Amado, como "Jubiabá" e "Tenda dos Milagres", de Nelson Pereira dos Santos e "Assalto ao trem pagador" de Roberto Farias e também imagens da luta do negro no Brasil através do arquivo de Abdias do Nascimento.

30/08/08

§ Tema: O(a) Negro(a) na Mídia
§ Filme: A negação do Brasil
§ Documentário - São Paulo, 2000, 90 min
§ Direção: Joel Zito Araújo

SINOPSE: O documentário é uma viagem da história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afrobrasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.

13/09/08

§ Tema: Negro(a) e Ciência
§ Filme: Quase Deuses
§ Longa Metragem - 110 minutos, 2006
§ Direção: Joseph Sargent

Sinopse: Quase Deuses conta a história verdadeira e emocionante de dois homens que desafiaram as regras em sua época para iniciar uma revolução médica. Na Baltimore dos anos 40, o Dr. Alfred Blalock (Alan Rickman, de Harry Potter e o Cálice de Fogo) e o técnico de laboratório Vivien Thomas (Mos Def, de Uma Saída de Mestre) realizam cirurgias cardíacas usando uma técnica sem precedentes, atuando como equipe de uma maneira impressionante. Mas ao mesmo tempo em que travam uma corrida contra o tempo para salvarem a vida de um bebê, ambos ocupam diferentes condições sociais na cidade. Blalock é o saudável homem branco que comanda o Departamento Cirúrgico do Hospital Johns Hopkins; Thomas é negro e pobre, um habilidoso carpinteiro. Quando Blalock e Thomas desbravam um novo campo na medicina, salvando milhares de vidas graças ao processo, as pressões sociais ameaçam minar sua parceria e por um fim à amizade que nasceu entre eles.

27/09/08

§ Tema: Relacionamentos Interraciais
§ Filme: Adivinhem quem vem para jantar?
§ Longa Metragem - 1967, 108 minutos
§ Direção: Stanley Kramer

Sinopse: Joanna (Katherine Houghton), a bela filha de um editor liberal, Matthew Drayton (Spencer Tracy), e sua esposa aristocrata Cristina (Katherine Hepburn), retorna para casa com seu novo namorado John Prentice (Sidney Poitier), um ilustre médico negro. Cristina aceita a decisão da filha de se casar com John, mas seu pai está chocado com essa união inter-racial; bem como os pais do médico. Para acertar as coisas, ambas as famílias devem sentar-se frente a frente e examinar os seus níveis de intolerância. Neste filme, o diretor Stanley Kramer criou um estudo magistral dos preconceitos sociais.

11/10/08

§ Tema: Ativismo Negro
§ Filme: Malcom X
§ Longa Metragem
§ Direção: Spike Lee - 1992, 202 minutos

Sinopse: O carismático líder Malcolm X (Denzel Washington), que durante sua adolescência descobriu o islamismo, teve seu pai assassinado por membros da Klu Klux Klan. Ele se torna um fervoroso religioso, criando um movimento de pacificação entre as raças. A luta pelos direitos dos negros tornou Malcom X um dos mais importantes líderes afro-americanos da história. Indicado ao Oscar por Melhor Ator e Melhor Figurino.

Ato pela retirada das tropas brasileiras do Haiti - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)

Em 20 de agosto próximo, às 19 horas, no Auditorio Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo, será realizado um Ato Público pela Retirada das Tropas Brasileiras do Haiti, convocado pelos deputados estaduais do PT Adriano Diogo e José Cândido, por dirigentes políticos, sindicatos e movimentos populares.

O Ato terá a presença do haitiano David Josue, advogado e militante "pela paz, ordem e progresso no Haiti".

Josue é assessor de Cynthia McKinney, candidata do Green Party (Partido Verde) a presidente dos Estados Unidos da América, pela coalizão "Power to the People" (Poder para o Povo).

É autor de uma carta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciando crimes cometidos pelas tropas de ocupação do Haiti.

As tropas da ONU (Minustah – Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) ocupam o país desde 2004, sob a liderança do Brasil, que tem o maior contingente de soldados da missão (1.210, segundo os dados da ONU para junho de 2008).

Em sua carta ao presidente Lula, de abril passado, David Josue afirmou:

"Os soldados brasileiros fazem 'raides' terríveis contra os habitantes de comunidades pobres e sem defesa no Haiti, deixando em sua esteira um rastro de sangue, lágrimas e mortes. A responsabilidade repousa em você, presidente. Não é possível que seja isso o melhor que o povo brasileiro tem a oferecer. Como isso pode ocorrer enquanto é você o presidente do Brasil? O dr. Martin Luther King Jr. nos lembrou que chega um momento em que o silêncio é uma traição. E você e seu governo ficarão silenciosos sobre essas atrocidades?"

Em torno desta carta, organizou-se no Brasil uma campanha de abaixo-assinado dirigida ao presidente Lula, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti.

Além dos deputados, o ato em São Paulo é convocado também por:
Gegê
, dirigente da Central de Movimentos Populares;
Milton Barbosa
, do Movimento Negro Unificado;
Gilberto Orlandi
, da Juventude Revolução - IRJ;
Markus Sokol
, membro do Diretório Nacional do PT pela Corrente O Trabalho;
Renato Simões
, secretário nacional de Movimentos Populares do PT;
Rafael Pinto
, do Setorial Nacional de Combate ao Racismo do PT; e
Claudinho
, secretário estadual de Combate ao Racismo do PT.

E pelos sindicatos:
Sindipetro-SP/CUT
(petroleiros),
Sindsep-SP/CUT
(servidores municipais) e
Sinpro-ABC/CUT
(professores).

CONTATOS E INFORMAÇÕES:

Bárbara Corrales - pelo Comitê organizador do Ato
Telefone: 11 - 9245.0300
E-mail:
barbara.corrales@uol.com.br

Deputado Estadual Adriano Diogo (PT/SP):
Telefone 11 - 3886.6845

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Boaventura de Sousa Santos em dialogo com o Movimento Social de Salvador - BA

Professor Boaventura de Sousa Santos: Doutor em Sociologia do Direito pela Universidade Yale, professor titular da Universidade de Coimbra, é hoje conhecido como um dos principais, senão o principal intelectual da língua portuguesa na área de ciência social.
Boaventura acredita que é possível reconstruir a idéia de emancipação social justamente a partir de experiências bem-sucedidas em áreas como produção alternativa e democracia participativa. Para ele, essas experiências estão localizadas nos países do sul e precisam ter os seus elementos emancipatórios explicitados e conectados. Nesse Debate com os Movimentos Sociais em Salvador o professor Boaventura fala com os movimentos sobre Conhecimentos populares e transformação social.

SUA PRESENÇA É IMPORTANTE!
DIA 11/08/2008 ( Segunda –feira) LOCAL: Auditório do Colégio Central – Lapa
HORÁRIO : 18 hs

Seminário dos Territórios Quilombolas de Bacabal

"PRODUÇÃO, EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO, RELIGIOSIDADE E TITULAÇÃO DAS TERRAS"

PROGRAMAÇÃO
Contrapartida da Comunidade São Sebastião dos Pretos:
Responsável pelo projeto

15 de Agosto de 2008 (Sexta Feira)
19h00min: ABERTURA OFICIAL DO EVENTO
Composição da Mesa: Marcos Rezende - Coordenador Geral CEN/BR, Eraldo Reis - Presidente da Associação dos São Sebastião dos Pretos, Jucélio Franco - Presidente do Agontinmê, Domingo Paz - Secretario de Agricultura do Estado, João Francisco - Secretario de Igualdade Racial, Representante do INCRA , Subsecretário de Comunidades Tradicionais, Representante da SEPPIR e Almir Rosa Junior – Vice -Prefeito do Município de Bacabal – Ma.
21h00min: Encerramento da Mesa e Apresentação cultural
Tambor de Crioula do São Sebastião dos pretos
Local: Comunidade Quilombola São Sebastião dos Pretos

16 de Agosto de 2008 (Sábado)
08h00min: Abertura das Mesas
08h10min: 1ª Mesa - Titulação e Produção agrícola
Debatedor: Representante do INCRA, IICA (Instituto Interamericano de Cooperação Agrária) - Eugenio Peixoto, Representante da SEPPIR, Secretario de Agricultura do Estado - Domingos Paz.
10h00min: Lanche Regional
10h15min: 2ª Mesa - Educação Quilombola como Ferramenta de Cidadania
Debatedor: Rita de Cássia - Pedagoga e Coordenadora do Projeto Educacional Escola Ativa, Carlos Nogueira Representante do NEN (Núcleo de Estudos Negros)
11h15min: Abertura dos Debates
12h00min: Almoço Típico
14h00min: 3º Mesa - A influência da Comunicação a serviço das Comunidades Quilombolas
Debatedor: Marcio Alexandre Martins Gualberto - Jornalista e Coordenador do CEN/RJ, Lindoracy Santos - Pedagoga e Professora do CESB/UEMA.
16h00min: lanche RegionaL
16h15min: 4ª MESA - Religiosidade de Matriz Africana
Palestrante: Marcos Rezende - Coordenador do CEN/BR, Jucelio Franco - Presidente do Agontinmê, Venina D Ogun
18h00min: Encerramento das Atividades
18h30min: Programação Cultural
Tambor de Crioula Comunidade do Catucá e Grupo de Capoeira os Mandingueiros - São Luis.

17 de Agosto de 2008 (Domingo)
09h00min: Abertura dos Grupos de Trabalhos
Temas: Produção Agrícola / Titulação das terras / Educação / Comunicação nos territórios
12h00min: Apresentação dos Resultados - Encerramento
12h10min: Almoço Típico

Organização e Promoção:
Instituto de Educação e Pesquisa Afro- Maranhense - Agontinmê
CEN - Coletivo de Entidades Negras
CEN Brasil.Acesse: http://www.cenbrasil.org.br

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

UnB oferece curso "Pensamento Negro Contemporâneo" - DF

O Núcleo de Promoção da Igualdade Racial da Universidade de Brasíliaoferecerá no 2º semestre de 2008 a 2º edição do curso de extensão PENSAMENTO NEGRO CONTEMPORÂNEO. A proposta do Curso é apresentar atemática étnico-racial brasileira e da diáspora africana tendo com oreferência bibliografias de intelectuais negros. O Curso totaliza 60hse é gratuito. Período de inscrição: 4 à 15 de agosto de 2008.Pré-requisito: 2º grau completo Turma A: Sexta-Feira, das 8 às 12hs- 10 vagas Turma B: Sexta-Feira, das 14 às 18hs - 10 vagas Turma C:Sexta-Feira, das 19 às 22hs - 10 vagas Turma F: Segunda-Feira, das 8às 12hs - 20 vagas Informações: Núcleo de Promoção da IgualdadeRacial/DEX/UnB igualdaderacial@unb.br 3307-2610 Ramais 24/25http://www.igualdaderacial.unb.br/paginas/ofertadecurso.html

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Eventos homenageiam Abdias do Nascimento - RJ

25 de agosto – 2ª feira – 18h 30m

Apresentação do DVD Abdias Nascimento Memória Negra (95 min),
dirigido por Antonio Olavo,
Centro Afro Carioca de Cinema – Rua Joaquim Silva 40 - Lapa
A apresentação é também uma homenagem ao poeta e revolucionário Luiz Gama
*, pela passagem dos 126 anos de sua ausência entre nós (24 de agosto de 1882)


27 de agosto – 4ª feira – 18h

Coletivo de Estudantes Negros e Negras da UERJ – DENEGRIR
inaugura sua sala de atuação “Abdias Nascimento
18h - leitura dramatizada da peça SORTILÉGIO
19h - homenagem a Abdias
20h - inauguração da sala
20h 30min – coquetel

Prêmio Territórios Quilombolas 2008

Pesquisas, estudos e trabalhos nas áreas de Ciências Humanas, Sociais, Jurídicas, Agrárias e afins direcionados aos temas das comunidades quilombolas brasileiras podem concorrer ao Prêmio Territórios Quilombolas edição 2008. A premiação é de âmbito nacional e selecionará os melhores trabalhos nas categorias Ensaio inédito e Experiências e memórias.
Os melhores 15 trabalhos receberão prêmios em dinheiro (até R$3 mil), certificados, publicação impressa em formato coletânea e um kit de publicações especializadas. Para inscrever-se é preciso preencher formulário específico que encontra-se disponível na página eletrônica do Ministério do Desenvolvimento Agrário (www.mda.gov.br), na página do programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (www.mda.gov.br/aegre), no portal NEAD (www.nead.gov.br) e das instituições parceiras (www.abant.org.br; www.anpocs.org.br; e www.mulheresnegras.org/abpn). A ficha de inscrição preenchida, juntamente com toda a documentação exigida, deveraá ser remetidas à Secretaria do Prêmio Territórios Quilombolas até o dia 15 de janeiro de 2009.
Os trabalhos deverão abordar pelo menos um dos seguintes temas sobre territórios quilombolas:
- Regularização fundiária;
- Movimentos sociais;
- Gênero;
- Produção, mercado e geração de renda;
- Saúde e segurança alimentar e nutricional;
- Etnodesenvolvimento;
- História e memória;
- Organização social;
- Relações étnico-raciais;
- Religiosidade;
- Meio Ambiente;
- Educação;
- Comunicação e mídia;
- Aspectos geracionais;
- Aspectos jurídicos.
São parceiros na promoção do Prêmio a SEPPIR, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).
Mais informações pelos telefones (61) 2191-9845/ 9869 ou através do correio eletrônico premioterritoriosquilombolas@mda.gov.br

Curso de Metodologia de Pesquisa em Saúde da População Negra - SP

Sabemos que exitem diferenças no processo cuidado, saúde doença e morte entre brancos e negros. Porque estas diferenças??? Por que a população negra tem menor acesso a serviços de saúde? Por que merecem menor cuidado???
Escreva uma proposta e encaminhe para o NEPO/Unicamp - pois entre os dias 17 e 28 de novembro realizaremos o I Curso de Metodologia de Pesquisa da Saúde da População Negra do Estado de São Paulo.
O curso Metodologia de Pesquisa em Saúde da População Negra vai lhe ajudar a sistematizar estas informações.
Ver folder anexo, ou site www.saude.sp.gov.br
Você que tem sua atuação no campo da saúde da população negra, saúde reprodutiva, pode identificar um tema que seja de interesse de sua ONG, ou do trabalho que você realizou no projeto do CRT DST/Aids;
você que tem dados ou informações em sua instituição e que quer sistematizar estas informações, banco de dados ou trabalho realizado;
você que fez um levantamento de casos, coletou dados, realizou um trabalho, fez entrevistas...... e agora quer transformar este material em projeto de pesquisa, artigo ou algo semelhante.
O curso Metodologia de Pesquisa em Saúde da População Negra do estado de São Paulo vai lhe ajudar a sistematizar estas informações.
Escreva uma proposta e encaminhe para o NEPO/Unicamp.
Ver folder anexo, ou site www.saude.sp.gov.br
ETAPAS
1.Envie sua proposta.
2. Se a sua proposta for selecionada, você receberá correspondência do NEPO/Unicamp.
3. Depois disso você tem até dia 30 de setembro para enviar ao NEPO uma carta de sua chefia que autorize você a realizar o curso. É uma carta com o aceite de sua instituição - sua instituição vai ter que autorizar que você fique 15 dias em Campinas fazendo o curso.
4. Chegar em Campinas/SP - em sendo selecionada e carta encaminhada. Você terá que chegar em Campinas - hotel que será comunicado posteriormente - seu deslocamento até Campinas será pago por você ou por sua instituição.
Depois que você chegar no hotel, todas as despesas de alimentação e hospedagem serão cobertas/pagas pela Secretaria da Saúde.
É a Secretaria de Saúde quem vai pagar todas as despezas de almoço, jantar e estadia enquanto você estiver fazendo o curso.
A Secretaria não paga a viagem para Campinas nem sua viagem de volta a sua cidade de origem.
5.O curso será realizado de 17 a 28 de novembro em Campinas - Auditório do NEPO/Unicamp.
6. Feito o curso, você terá um tempo (15 dias) para entregar o trabalho final.
7. Se o tabalho for avaliado positivamente, você recebe o Certificado.
ENVIE SUA PROPOSTA/PROJETO.
Por favor, divulgue.
Abraços,
Luis Eduardo Batista
Elisangela Queiroz
GTAE - Área Técnica Saúde da População Negra
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo

sábado, 2 de agosto de 2008

Denúncia de racismo institucional contra o Terreiro da Casa Branca - BA

O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, Ilê Axé Iyá Nassô Oká, é uma das Casas de Culto mais antigas e respeitadas da religião dos Orixás, conhecida e venerada em todo o país. Foi o primeiro templo religioso afro-brasileiro a ser tombado como patrimônio histórico do Brasil. Foi também reconhecido como patrimônio cultural da Cidade do Salvador pela PMS, que primeiro o tombou e depois o tornou Área de Preservação Cultural e Paisagística deste município. O terreno que encerra os seus principais templos foi desapropriado pela PMS e doado à associação civil que representa sua comunidade religiosa. Posteriormente, o Governo do Estado desapropriou também, para o mesmo efeito, a chamada Praça de Oxum, que integra o conjunto monumental deste famoso Terreiro. Tudo isso está bem documentado, é de conhecimento público e matéria de lei que não pode ser ignorada.

Como todos sabem, a Constituição Brasileira, no seu artigo 150, considera imunes de taxas os templos religiosos. Não cabe dúvida de que o Terreiro da Casa Branca é um templo religioso. Como tal, aliás, foi tombado pela União e pelo Município. Podem testemunhá-lo o Ministério da Cultura e a própria Prefeitura Municipal do Salvador. Documentos etnográficos e laudos periciais o atestam abundantemente. Não se compreende, portanto, porque motivo, ou com que propósito, a Prefeitura Municipal do Salvador insiste em cobrar imaginário débito de IPTU ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho e ameaça levar a leilão seus monumentos, seu território sagrado. Por acaso cobra-se IPTU da Igreja do Bonfim, do grande templo da Igreja Universal, dos lugares sagrados de outros credos e denominações religiosas em Salvador? Porque com as religiões do povo negro é diferente? Porque os templos afro-brasileiros são tratados de forma discriminatória? Não estão as autoridades do município conscientes de que o povo o da Bahia merece respeito e suas tradições de origem africana devem ser valorizadas? As ameaças que acompanham a insistente, impertinente, importuna e desrespeitosa cobrança de um imposto indevido têm levado o desassossego a veneráveis e idosas sacerdotisas, ao povo-de-santo da Casa Branca e de toda a Bahia. É preciso pôr fim a esta ofensa ao sentimento democrático dos baianos, fazer cessar este insulto à cultura, esta agressão ao direito. A intolerância religiosa e o racismo institucional devem ser combatidos. O povo baiano não aceitará esse vexame, essa vergonha. O Grupo Hermes de Cultura e Promoção Social, o Espaço Cultural Vovó Conceição e KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, denunciam esse descalabro e conclamam todos a lutar para que os direitos das comunidades afro-brasileiras não sejam pisoteados. PELO FIM DA PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA! PELO FIM DO RACISMO!

Ato público contra expulsão de grupo de capoeira - BA

ATO PÚBLICO

LEVANTE CAPOEIRA

COMUNIDADE DA CAPOEIRAGEM DE SALVADOR REALIZA:

GRANDE RODA DE CAPOEIRA, CIDADANIA E HISTÓRIA

DATA: 5 DE AGOSTO DE 2008
LOCAL: FORTE DO BARBALHO - (Fim de linha do Barbalho, ao lado do Colégio ICEIA)
HORÁRIO: 17:30

Contra a expulsão do Grupo de capoeira Angola - Tribo de Angola Contramestre Aranha de João Pequeno.

Contatos e informações:
71- 9925-5830 // 71 -3326 2366 – nildesena@yahoo.com.br
71-8895- 6959 - 718741-2541.

ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICAS - BA

ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICAS
IV SEMANA DE EDUCAÇÃO DA PERTENÇA AFRO-BRASILEIRA

UESB - Campus de Jequié

"EDUCAÇÃO, DOCÊNCIA, CULTURAS AFRICANA E AFRO-BRASILEIRAS"
PERÍODO: 16 a 20 de Novembro de 2008

O Órgão de Educação e Relações Étnicas com Ênfase em Culturas Afro-brasileiras - ODEERE, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB - Campus de Jequié, promoverá de 16 a 20 de Novembro de 2008 o "I Encontro Estadual de Educação e Relações Étnicas e IV Semana de Educação da Pertença Afro-brasileira".Este evento tem como objetivo reunir na cidade de Jequié pesquisadores e pesquisadoras de diversas instituições e pessoas interessadas pela temática a fim de discutir a mesma; fortalecer a implantação dos conteúdos de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras; estabelecer contatos com NEAB's e demais órgãos correlatos no Estado da Bahia; reforçar as políticas de ações afirmativas no âmbito universitário.
Para atingir nossos objetivos estamos propondo uma programação com mesas redondas, conferências, mini-cursos, grupos de trabalhos, oficinas e atividades culturais. Julga-se de extrema importância levar os cidadãos e cidadãs a refletirem a cerca da positivação da identidade africana e afro-brasileira. O ODEERE é um Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, órgão este que desenvolve suas atividades em parceria com o MEC/SESU/UNIAFRO em todo território nacional nas IES e IFS, com o objetivo de desenvolver estudos da temática Afro-brasileira. Nesse sentido,convidamos todas e todos para participarem deste evento,a fim de ampliarmos as discussões a cerca da temática "EDUCAÇÃO, DOCÊNCIA, CULTURAS AFRICANA E AFRO-BRASILEIRAS".

Maiores informações: http://www.uesb. br/eventos/ encontro
Manoela Barbosa.
Equipe de Eventos do ODEERE – UESB
(73) 3526-2669 3528-9713
E-mail: encontroodeere@ gmail.com
http://www.uesb. br/eventos/ encontro

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

CECAFRO/PUC-SP promove Oficina de Música Africana - SP

Prof. Kazadi e o CECAFRO/PUCSP, com apoio FAPESP, convidam para
Oficina de ritmos e vocalidades Africanas, entre 5, 6 e 7 de agosto, das 16:30 às 18:30, no TUCA Arena.
Inscrições gratuitas, fone 36 70 85 11.
Tragam seus instrumentos musicais e suas vozes para cantarmos e celebrarmos MamÁfrica.

Campanha do coletivo Makunaima Grita

Gostaria de divulgar o início de uma grande campanha do coletivo Makunaima Grita, de apoio público aos povos Ingarikó, Makuxi, Taurepang, Wapixana e Patamona, habitantes da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Vejam detalhes do conflito e assinem a peticao a favor da manutencao da demarcacao da Raposa Serra do Sol em:
www.makunaimagrita.com

Pedimos que divulguem a campanha em todas as suas redes, no Brasil e exterior.
Cada assinatura faz a diferenca.
Obrigada e abraco,
Catarina

Makunaima Grita
cidadania com respeito à diversidade

O coletivo Makunaima Grita lança em seu site http://www.makunaimagrita.com/ campanha de apoio à manutenção da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Entre e assine a petição que será encaminhada aos ministros do Supremo Tribunal Federal, órgão responsável pelo julgamento do caso da Raposa, previsto para o mês de agosto.

Sua adesão é muito importante, pois o que está em jogo, não é somente a demarcação de uma terra indígena, mas a garantia dos direitos territoriais de todos os povos indígenas no Brasil e, além disso, o respeito à Constituição e à democracia pluralista de nosso país.

Se você não está por dentro do caso, acesse o site e encontre, além da petição: resumo do caso, artigos, documentos, notícias e vídeos.

Lute pelo Brasil que você acredita!

contato@makunaimagrita.com

Cronograma das aulas públicas do Programa Fábrica de Idéias - BA

O curso avançado em estudos étnico-raciais Fábrica de Idéias, iniciado em julho de 1998, é o resultado de uma iniciativa pioneira no âmbito das instituições universitárias brasileiras, cujo objetivo é fomentar tanto o intercâmbio de professores e alunos da pós-graduação interessados na temática dos estudos étnico-raciais e na interface com os estudos africanos, quanto favorecer à incorporação de uma dimensão comparativa e internacional.

O primeiro curso Fábrica de Idéias ocorreu em julho de 1998, no CEAA (Centro de Estudos Afro-Asiáticos), da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro. Já na primeira edição do curso ficamos entusiasmados com o número de candidatos (70 inscritos) interessados em participar da Fábrica de Idéias; ao longo destes anos a demanda tem crescido significativamente, nas últimas edições do curso temos cerca de 300 inscritos para o preenchimento de 30 a 35 vagas.

O curso Fábrica de Idéias tem quatro semanas de duração (40 horas semanais) e ocorre entre os meses de julho e/ou agosto de cada ano. Os alunos recebem passagem, hospedagem, alimentação e a uma cópia de todos os textos indicados nas bibliografias de cada módulo. A carga de leitura é de 300 páginas por módulo, perfazendo um total de 1.500 páginas.

Os professores da Fábrica de Idéias, além de ministrar aulas, auxiliam os alunos nos projetos de pesquisa. Às vezes, a partir destes contatos, alguns dos alunos despertam interesses em realizar parte dos estudos em outras instituições no Brasil ou no exterior, enquanto outros mantêm contato com os professores do curso durante a realização de suas pesquisas, ou seja, a experiência da Fábrica de Idéias muitas vezes se amplia para além do contato inicial.

Em 2002, na sua quinta edição, o curso Fábrica de Idéias transferiu-se do CEAA/UCAM, Rio de Janeiro, para o CEAO/UFBA, Bahia.

Desde o início o curso sempre cotou com a presença de alunos estrangeiros e, a partir de 2003, tornou-se internacional, graças ao anúncio em inglês e português na homepage do programa SEPHIS e à circulação do concurso veiculado na África pelo CODESRIA de Dakar.

Ainda que não explicitado no edital, o curso Fábrica de Idéias sempre manteve uma atenção especial aos candidatos negros e aos pós-graduandos residentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essa experiência tem nos ensinado que a excelência e democracia acadêmica podem e devem caminhar pari passu.

É grande a presença feminina no curso. As mulheres representam em média (62,1%), enquanto os homens(37.9%) na primeira turma. Essa predominância de mulheres negras no curso tem sido uma constante e, embora tenhamos observado um aumento no número de homens inscritos e selecionados a presença feminina ainda é majoritária.

O curso Fábrica de Idéias tem sido reconhecido como experiência única no mundo acadêmico, no sentido de sua contribuição ao debate, em nível de pós-graduação e a formação de redes entre docentes e estudantes das mais variadas regiões e países do mundo, principalmente, entre os países da América Latina e da África.

Ao longo desses dez anos tivemos 281 alunos, dos quais 80% são brasileiros e alguns estrangeiros residentes no país e 20% de alunos estrangeiros de diversas regiões do mundo. Com relação aos alunos estrangeiros, a maioria deles (25%) é colombianos, seguidos dos cubanos (15,4%) e equatorianos (9,6%). Do continente africano vieram (13,5%) dos estudantes estrangeiros.

O curso Fábrica de Idéias tem se constituído como uma experiência ímpar no sentido de contribuir para a formação e intercâmbio de pesquisadores de diferentes regiões e países, e porque não dizer que a Fábrica de Idéias é também o lugar de encontro dos várias línguas e sotaques.

EQUIPE:

Coordenadora do Curso Fábrica de Idéias:
Angela Figueiredo

Coordenador do Programa Fábrica de Idéias:
Livio Sansone

Assistente do Programa:
Núbia dos Reis Pinto

Professores associados:
Maria do Rosário de Carvalho
Paula Cristina da Silva
Ramon Grosfoguel

APOIO: CAPES, CNPq, Sephis Program e Fundação Ford.

AULAS PÚBLICAS DO PROGRAMA FÁBRICA DE IDÉIAS

EDIÇÃO 2008

PALESTRA

DATA

HORÁRIO

LOCAL

Conferência “Conflitos da Cidadania Afro-americana”

Profa. Ângela Davis

04/08

14 às 17 h

Instituto Anísio Teixeira (IAT)

Paralela

“Dilemas da cidadania afro-americana nos EUA”

Profa. Ângela Davis

06/08

18:30

Reitoria da UFBA

“Feminismo negro no Brasil”

Profa. Kia Lily Caldwell

08/08

18:30

CEAO

“Direitos Humanos, Multiculturalismo e Descolonização”

Prof. Boaventura Souza Santos

13/08

18:30

Reitoria da UFBA

“Metamorfoses da cidadania africana”

Prof. Severino Ngoenha

22/08

18:30

CEAO

“Globalização, Exclusão e Cidadania”

27/08

18:30

CEAO

Programação de agosto da Pastoral Afro Região Brasilândia - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)