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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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segunda-feira, 12 de abril de 2010

1º Encontro Estadual das Mulheres da CONEN - BA

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Coleção de DVDs Cineastas Indígenas: Um Outro Olhar

O Vídeo nas Aldeias já despachou pelo correio mais de mil e quinhentos kits e continua cadastrando escolas de ensino médio que queiram receber gratuitamente a coleção de DVDs Cineastas Indígenas: Um Outro Olhar. Com patrocínio do Programa Petrobrás Cultural, a coleção oferece uma visão única da realidade indígena brasileira através do ponto de vista dos próprios índios.

O Kit contém uma caixa com cinco DVDs dos povos Kuikuro, Panará, Huni Kui, Xavante e Ashaninka e um "Guia para professores e alunos" com informações sobre cada um dos povos, fontes para pesquisas complementares e temas para discussão em sala de aula.

Os filmes oferecem uma variedade de abordagens da temática indígena, que pode ser tratada nas aulas de História, Geografia, Meio-Ambiente, Cidadania, Ciências-Sociais, Filosofia e Artes.

Dos 20 filmes do Kit, 6 filmes estão disponíveis on-line no nosso site, no portal Curta na Escola ou na nossa pagina do Youtube: Prîara Jõ, depois do ovo a guerra, Sangradouro, Já me transformei em imagem, A gente luta mas come fruta, Os Kuikuro se apresentam, De volta à terra boa.

Criada em 1987, a Vídeo nas Aldeias funciona como uma escola de cinema para índios. Com patrocínio do Ministério da Cultura e da Embaixada da Noruega, ela equipa e treina comunidades de etnias variadas para realizar seus próprios documentários. A série de filmes incluída no pacote, com títulos premiados nacional e internacionalmente, é resultado de oficinas com comunidades indígenas do Mato Grosso e do Acre realizadas nos últimos doze anos. Os DVDs Cineastas Indígenas, lançados à partir de 2008 no mercado comercial, incluem, além dos documentários principais, extras que oferecem informações complementares sobre o povo, sua história, lutas e singularidades.

A pessoa que fizer o cadastro pela escola se compromete com o envio para o Vídeo nas Aldeias da sua avaliação do material. Lembre- se que ao mandar os relatos de projeção, assim como, das discussões surgidas em sala de aula a partir dos filmes, você estará colaborando com uma pesquisa sobre o olhar dos brasileiros sobre os índios.

Link: http://www.curtanaescola.com.br/

domingo, 11 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

OAB fará audiência pública sobre o mecanismo de cotas nas universidades

Brasília, 09/04/2010 - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizará audiência pública na próxima terça-feira (13) para debater a reserva de vagas no ensino superior por meio de programa de cotas em universidades federais. A audiência se dará durante a sessão plenária da entidade, a partir das 14h no edifício-sede da entidade, em Brasília. Conduzirá os trabalhos o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante.

Fonte: site da OAB

Lançamento do "Dicionário de personagens afrobrasileiros" - BA

O Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UNEB, o Núcleo de Estudos Canadenses da UNEB e a ABECAN- Associação Brasileira de Estudos Canadenses, convidam para o lançamento do
com a participação de vários pesquisadores canadianistas de todo o país e da França, preocupados em debater as questões das formações culturais que emergiram nas Américas, local de confrontos entre vários povos para a emergência do chamado Novo Mundo.

                            

no  dia 6 de maio, às 18h, na Livraria LDM, Rua Direita da Piedade
Salvador, Bahia
DICIONÁRIO DE PERSONAGENS AFROBRASILEIROS.
LICIA SOARES DE SOUZA (ORGANIZADORA)
SALVADOR,  QUARTETO EDITORA, 2009.
(
61 verbetes escritos por professores de vários estados brasileiros, África e França). 
Esta obra é um instrumento de trabalho docente  que se alimenta na pesquisa constante em literatura brasileira. Ao  mesmo tempo, ela constitui uma leitura agradável para todos aqueles que se interessam pela formação histórica do país. 
Nasceu de uma preocupação com o surgimento da Lei 10.639/03, do Parecer no.3 e 4, do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da Resolução CNE/CP 01/2004, que instituíram a obrigatoriedade do ensino de História da África e das culturas afrobrasileiras nos currículos das escolas públicas e particulares da Educação Básica.  O projeto de Dicionário de Personagens Afro-brasileiros  põe em cena as principais figuras literárias, nos séculos XX e XXI, na prosa narrativa, sobretudo, mas igualmente em algumas obras  poéticas e musicais, e em contos populares e infantis.
A  negritude  já representa um  importante paradigma para o exame de expressões artísticas que abordam temáticas relacionadas às marcas da cultura africana nas Américas. Os processos de conscientização do valor de tais marcas africanas abrem o caminho para o resgate de todo um universo cultural que sobreviveu, durante séculos, oprimido e relegado ao segundo plano.  Nessa direção, chega-se aos processos de mestiçagem aptos a mostrar que a identidade nacional  não é um caminho de mão única, mas, sobretudo, uma encruzilhada para onde convergem várias  formas  expressivas de saberes distintos.
O papel de todos - brancos, indígenas, negros - na formação da nação é inegável. Entretanto, pelas vicissitudes históricas, a cultura branca dominou as outras criando fendas profundas que ainda prejudicam o desenvolvimento social. Os debates sobre essa dominação são intensos e conduzem a muito desencanto em relação a qualquer esforço de valorização das culturas oprimidas, durante séculos.  Buscar a visibilidade de uma cultura, tratada como desigual, sempre levanta discussões relativas ao uso de um racismo inverso, estimulando comportamentos parecidos com os da etnia dominante.  É como se houvesse um movimento de racismo contra o branco, empreendido por negros e índios.
No entanto, todos os esforços de mostrar o peso do negro e do índio na formação nacional só tem um objetivo: apontar para uma riqueza cultural e patrimonial, que cria uma diversidade mestiça, destinada a estampar a originalidade desse país.  Essa obra inédita começa com os afrobrasileiros, contando uma história de dor, sofrimento e opressão, mas também de amizade, com festas, danças, sensualidade, criação artística, vivência popular, utopias políticas. Essa obra original começa homenageando os antepassados escravos dos brasileiros, e tudo que trouxeram, nessa rica transculturação, para fundar um Novo Mundo. Na sequência  do projeto de valorização de culturas oprimidas,  será necessário, mais adiante,  a observação e o exame de outras que tiveram a mesma importância no desenvolvimento do país.  Nesse momento, os pesquisadores da Universidade do Estado da Bahia, com o apoio da fundação de pesquisa do estado, sentem-se orgulhosos em formarem uma equipe de pesquisadores de vários estados, da França e da África, para reconhecerem a  herança incontornável de um dos  povos fundadores da nação.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dissertação aborda trajetórias femininas no comércio de Luanda - BA

O Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos convida:

Defesa de Dissertação de Mestrado 2010.1

 Do pregão da avó Ximinha ao grito da zungueira. Trajetórias femininas no comércio de rua em Luanda
Mestrando: Orlando Almeida dos Santos

Banca Examinadora:
Livio Sansone (Orientador)
Selma Pantoja(Co-orientadora-UnB)
Claúdio Pereira (UFBA)
Angela Figueiredo(UFRB)

Dia: 09/04/2010 às 10hs
Local: Auditório Milton Santos, Ceao/UFBA

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Presidenta da Libéria proferirá a palestra "Brasil, Libéria e a Diáspora Africana" - BA


Única mulher a ocupar o posto de chefe de Estado na África, a presidenta da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, fará amanhã (08), às 16h, uma palestra sobre Brasil, Libéria e a Diáspora Africana. Aberto ao público, o evento acontece no auditório do Museu de Ciência e Tecnologia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no Imbuí. Organizada pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Promoção da Igualdade
(Sepromi) em parceria com a Uneb, a atividade faz parte de uma ampla agenda da autoridade liberiana no Brasil, com a perspectiva de reforçar operações que visam a aproximação do país com o continente africano.
Na Bahia, a presidenta busca o estabelecimento de cooperações em áreas como a cultural e agrícola, além do estreitamento das relações diplomáticas com o Estado, que concentra o maior contingente de pessoas negras no Brasil. Eleita em janeiro de 2006, Johson-Sirleaf é a líder maior do país africano que inspirou o documentário “Manda o Diabo de Volta para o Inferno” (Pray the Devil Back to Hell, 2008), que credita às
mulheres da Libéria todo o fim da sangrenta guerra civil daquele país.

Informações:
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Promoção da Igualdade
(71) 3115-5142 / 3115-5132 / 9983-9721

FONTE: Correio Nagô

Projeto Afros Vivendi - SP


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7º Cine Palmarino - SP

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Cidinha da Silva lança "Os nove pentes d'África" - BA

A escritora mineira, Cidinha da Silva, lança no próximo dia 10/04, em Salvador, o livro "Os nove pentes d’África". Desta vez, a autora direciona sua criação ao público infanto-juvenil. A publicação foi apresentada, pela primeira vez em noite de autógrafos na tradicional Feira do Livro de Porto Alegre, em sua 55ª edição. O lançamento na capital baiana será realizado durante o encontro “Discutindo a sustentabilidade da causa da equidade racial no Nordeste” que acontece no próximo sábado na Faculdade de Economia da UFBA (Praça da Piedade).

Com um texto pautado pela emoção, em que a prosa a cada linha é pura poesia, a mais recente obra literária de Cidinha da Silva promete ser disputada também por adultos. A história construída em 56 páginas, com ilustração da atriz e artista plástica Iléa Ferraz, é lançamento da Mazza Edições, editora de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Na micro apresentação de seu novo livro, Cidinha da Silva expressa que “Os nove pentes d'África" tecem um bordado de poesia e surpresa na tela de uma família negra brasileira. Os pentes herdados pelos nove netos de Francisco Ayrá, personagem condutor, são a pedra de toque para abordar a pulsão de vida presente nas experiências das personagens e rituais cotidianosda narrativa.

O livro de Cidinha da Silva aborda o universo das relações familiares, e faz reverência à sabedoria dos mais velhos e à ancestralidade africana. A motivação criadora, segundo Cidinha da Silva, veio de casa, dos pequenos da família “e em especial, de uma sobrinha que, aos seis anos, em processo de alfabetização, soletrava as letras do Tridente - referência ao seu segundo livro Cada Tridente em seu lugar” -. Aquilo me comovia e angustiava. Expliquei que se tratava de um
livro para adultos, por isso as letras eram pequenas e daí sua dificuldade para ler. Ela então me perguntou: “- Tia quando você vai escrever livros para crianças?”.

Era a senha que faltava para a escritora mergulhar nesse novo processo criativo. Ela está fascinada pela experiência. “Creio que farei este caminho por algum tempo. Estou determinada a ser lida pelos pequenos da minha casa, enquanto são pequenos, e fico felicíssima quando minhas sobrinhas e irmãos levam meus livros para a biblioteca da escola em que estudam, ou quando
encontram meus livros por lá e vêm me contar. É delicioso sentir que eles têm orgulho de mim e agora poderão ler minha literatura sem esforço, apenas por prazer”.

Outras publicações da autora – “Ações afirmativas em educação: experiências brasileiras”, de 2003, um livro de ensaios organizado por Cidinha da Silva com a parceria de sete outros autores e autoras (3aedição). “Cada tridente em seu lugar”, já em segunda edição (2006/2007),
é o primeiro livro de ficção. Em 2008, Cidinha da Silva publicou “Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor”, um conjunto de 26 textos, entre crônicas e mini-contos, que gira em torno das afetividades, da sexualidade, do amor e do corpo.

Serviço O que é: Lançamento do livro de Cidinha da Silva: Os nove pentes d´África.
Quando: 10 de abril de 2010
Horário:17h
Onde:
Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia, Praça da
Piedade, Centro – Salvador, Bahia.

Contatos: Trícia Calmon: 8752-4582 e Roseni Sena 31 9951-8838 (Consultores da Fundação Kellogg)/ Iranildes Aquino 8883-1843 e Paulo Rogério 9637-5920 (CEAFRO)

Dissertação aborda imagens e representações étnicas em filmes baianos - BA

O Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos convida:
Defesa de Dissertação de Mestrado 2010.1   
 
Título: O negro encena a Bahia: imagens e representações étnicas em cinco filmes baianos de ficção
Mestranda: Luna Cristina Castro Nery
 
Banca Examinadora:
Claúdio Pereira (Orientador)
Jeferson Bacelar (UFBA)
Mohamed Bamba (UFBA)
 
Dia: 12/04/2010 às 10 horas
Local: Auditório Milton Santos / Ceao-UFBA

Mesa redonda discute estratégias de intervenção de negros e negras - BA

No próximo dia 13 de maio, data do aniversário do escritor Lima Barreto, realizaremos uma mesa redonda sobre  algumas estratégias empreendidas por negras e negros no intuito de intervirem na vida social, política e cultural do Brasil.
Participarão da mesa, além de membros da diretoria da APNB, os seguintes professores pesquisador@s:
Profa. Dra. Wlamyra Albuquerque- UFBA
Prof. Dr. Francisco Cardoso- UESB
Prof. Dr. Osmundo Pinho- UFRB

Local: Centro de Estudos Afro-Orientais, Praça General Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho, Centro, Salvador
Horario: 18 horas

2ª Formação de Professores FOQUIBA - BA

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Discutindo a sustentabilidade da causa da equidade racial no Nordeste - BA

No próximo dia 10 de abril, organizações do Movimento Negro e órgãos de promoção da igualdade racial discutem com representantes do CEAFRO (UFBA), Instituto Steve Biko e Fundação Kellogg alternativas para sustentabilidade das iniciativas de combate ao racismo.
O encontro faz parte da programação da Fundação Kellogg para a região Nordeste que se iniciou em 2008, através da consulta a algumas lideranças negras e foi ampliada, em 2009, com a realização do Mapeamento de políticas, organizações e lideranças negras do Nordeste, realizado pelo CEAFRO, programa do CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA.
O propósito da Fundação Kellogg é promover a equidade racial como forma de inclusão social, através da criação de um mecanismo sustentável de captação e aplicação de recursos. A idéia é que a iniciativa seja feita em conjunto com os movimentos negros e que crie parcerias intersetoriais com governos, empresas e universidades.
Na reunião, aberta ao público, serão apresentados dados do levantamento das principais políticas e organizações nordestinas visitadas pelo CEAFRO e será divulgada a proposta de atuação da Fundação Kellogg para os próximos anos. Além disso, o Comitê Programático, formado por lideranças reconhecidas pela luta contra o racismo, será apresentado ao público. O evento será um espaço aberto para que os movimentos possam dar sugestões ao desenvolvimento de estratégias para sustentabilidade da luta contra o racismo.
Segundo Andrés Thompson, diretor de programas para a América Latina e Caribe da Fundação Kellogg, o objetivo é garantir a sustentabilidade da causa racial. “Queremos estabelecer diálogos e parcerias com diferentes segmentos da sociedade, sejam movimentos sociais, empresas, ONGs ou organismos públicos. A intenção é identificar e nos conectar aos atores-chave da causa, entender o que tem sido feito e as principais barreiras e inovações no que se refere à busca pela equidade racial no Brasil".
Para o doutor em Administração Pública e membro do Comitê Programático, Elias Sampaio, “um dos elementos cruciais que fazem do Brasil um país desigual é exatamente a existência da desigualdade racial. Em função da forma como o racismo opera aqui, ele acaba impedindo o processo de desenvolvimento econômico e social. Então, investir nessa discussão é fundamental".
A diretora do Geledés, Sueli Carneiro, que também é parte do comitê, ressalta a importância do debate para a integração regional “Esse trabalho está resgatando processos regionais que possibilitarão um reflorescimento de estratégias coletivas do movimento negro na região Nordeste.”
A Fundação Kellogg foi criada em 1930 por um industrial da área de cereais e atualmente é uma das maiores fundações dos Estados Unidos. Hoje a instituição tem trabalhos nos Estados Unidos, na América Latina e Caribe.
A atuação da Fundação Kellogg está historicamente concentrada nas áreas de saúde, desenvolvimento rural; nutrição humana, juventude, educação básica e desenvolvimento de voluntariado. No Brasil, sua programação 2008–2013 foca a equidade racial e desenvolvimento, uma vez que, por meio do diálogo com o movimento negro, foi identificado que a problemática social do país está calcada nas desigualdades históricas baseadas no racismo.

O quê: Reunião “Discutindo a sustentabilidade da causa da equidade racial no Nordeste”
Quando: 10 de abril de 2010, das 8h30 às 17h Onde: Faculdade de Economia da UFBA. Praça da Piedade, S/N Salvador - Bahia
Contatos: Trícia Calmon: 8752-4582 e Roseni Sena 31 9951-8838 (Consultores da Fundação Kellogg)/ Iranildes Aquino 8883-1843 e Paulo Rogério 9637-5920 (CEAFRO)

FONTE: Correio Nagô

Palestra "Revisitando a Rainha Nzinga" - BA

FÁBRICA DE IDÉIAS – CURSO AVANÇADO EM ESTUDOS ÉTNICOS E RACIAIS  
CEAO/ UFBA
  
Revisitando a rainha Nzinga: historiografias e identidades
 Profª. Dra. Selma Pantoja – UNB

Quando: 09 de Abril 2010
Onde: Centro de Estudos Afro- Orientais – UFBA
Horário: 17:00

terça-feira, 30 de março de 2010

Seminário "Racismo e racialização na sociedade brasileira e na educação" - RJ


Slide 1
O Grupo de Estudos Cotidiano, Educação e Cultura(s)
GECEC
convida para o Seminário 
Racismo e racialização na sociedade brasileira e na educação: o debate atual 
 Luiz Alberto Oliveira Gonçalves (UFMG)
8 de abril, quinta-feira, 9 horas, Sala 1062 L 
Departamento de Educação - PUC/RIO

segunda-feira, 29 de março de 2010

Os perigos de uma crítica maniqueísta (Kabengele Munanga)

TENDÊNCIAS/DEBATES (Folha de São Paulo, 26 de março de 2010)
POR QUAL motivo o STF promoveria uma audiência pública antes de votar matéria de sua competência, como se seus ministros não tivessem já opinião construída sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalida de das cotas "raciais"? Penso que o Supremo teria partido do suposto de que as leis sozinhas não resolvem todos os problemas de uma sociedade e que era preciso reunir opiniões e pontos de vista provindos de diferentes setores.
É no âmbito dessa audiência pública que se coloca o pronunciamento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Os argumentos que defendeu provocaram reações, interpretações e comentários críticos que o geógrafo Demétrio Magnoli, em artigo neste espaço ("O jornalismo delinquente" , 9/3), qualificou como delinquência, amnésia ideológica, falsificação da história, manipulação, ignorância etc.
Conhece-se a facilidade sem limites que o geógrafo Demétrio Magnoli tem para atribuir palavras de sua conveniência a seus adversários. Mas o que disse exatamente o senador? Em seu pronunciamento, deixou claramente explícita sua posição contrária às cotas "raciais". Afirmou que não aconteceram sequestros e capturas de escravos porque foram os próprios africanos que o fizeram. Eles forneciam escravos não apenas aos mercados ocidentais e americanos, mas bem antes ao mundo árabe.
O senador disse ainda que os donos de escravos não eram somente brancos ou ocidentais, mas também africanos ou negros. Acrescentou à sua peça acusatória que os abusos sexuais cometidos contra as mulheres negras durante o regime escravista eram algo consentido. Ademais, criticou a categoria censitária que soma negros e mestiços numa única classificação e aproveitou para alfinetar os efeitos manipuladores das pesquisas quantitativas do IBGE e do Ipea. Chegou até a negar a existência no Brasil do racismo estrutural, reiterando a posição já antiga do racismo socioeconômico embutido no mito de democracia racial.
Na minha interpretação, o senador deixou claro que o Estado brasileiro não teria nenhuma obrigação de compensar os afrodescendentes por meio de políticas de ação afirmativa pelos crimes cuja responsabilidade cabe em parte aos próprios africanos que venderam seus "irmãos" mundo afora. Não surpreende que o senador tenha uma posição contrária.
No entanto, o conteúdo de seus argumentos, pela posição que ocupa, causou estranhamento e mal-estar político. Afirmar publicamente que a violência sexual contra a mulher negra durante o regime escravista era consentida é ignorar o contexto de assimetria e de subalternidade em que esses abusos eram cometidos. Afirmar que não aconteceram sequestros e capturas durante o tráfico negreiro é chocante para quem conhece um pouco dessa história. Todos os presentes à audiência pública, pelo menos os do campo oposto, ficaram horrorizados com as palavras do senador.
Os termos "negro", "africano", "europeu" e "branco" remetem ao mesmo contexto, pois os traficantes africanos ou reinos africanos eram negros, e os traficantes europeus eram brancos. Não vejo nenhuma manipulação ao trocar um termo por outro, a não ser na visão deturpada de alguns.
Os fatos históricos não são de todo incorretos, mas o que importa é a condenação moral da escravidão, externa ou interna, independentemente da origem geográfica ou "racial" do traficante. Ninguém inocentaria a Alemanha nazista pelo fato de o Holocausto ter contado com colaboradores europeus e traidores judeus.
Seria bom reafirmar que nenhum historiador negaria a participação de alguns reinos africanos no tráfico negreiro. Mas isto é certo: nenhum navio negreiro era propriedade dos africanos e nenhum traficante africano atravessou mares e oceanos para vender seus "irmãos" no exterior. Ao dizer isso em outros termos, o professor Luiz Felipe de Alencastro não está tendo nenhuma amnésia ideológica, como o sugere o geógrafo Demétrio Magnoli.
A demanda social das políticas de ação afirmativa não se fundamenta nesse passado escravista evocado pelo senador. Não se baseia na lógica da reparação coletiva em comparação com à que foi concedida ao Estado de Israel e aos israelitas vítimas das vexações nazistas.
Ela se fundamenta, do meu ponto de vista, sobretudo na situação estrutural das relações entre brancos e afrodescendentes que, segundo estatísticas de IBGE e Ipea, apresenta um tão profundo abismo acumulado em matéria de educação que jamais poderá ser reduzido apenas pelas políticas macrossociais ou universalistas.

KABENGELE MUNANGA, antropólogo, é professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. É autor, entre outras obras, de "Origens Africanas do Brasil Contemporâneo: Histórias, Línguas, Culturas e Civilizações" e "Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil. Identidade Nacional versus Identidade Negra".

Cursos de línguas do CEAO estão com inscrições abertas - BA

O Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA (CEAO) está inscrevendo para seus cursos de línguas oferecidos no semestre 2010.1. O curso de Japonês terá aulas às segundas-feiras para o nível avançado e toda quarta-feira para o nível inicial, com o Prof. Noriteru Fusazaki, durante seis meses, com início previsto para o dia 19 de abril. As aulas de Árabe, como Prof. Ahamad Hamed Bakari-Sheik serão realizadas às terças (nível inicial) e quintas-feiras (avançado), também pelo período de seis meses, a começar no dia 20 de abril. Já o curso de Ioruba, com o Prof. Ayanwale Ayo Olayanju, vai durar quatro meses, com aulas às segundas (nível inicial) e quartas (avançado), com início marcado respectivamente para os dias 5 e 7 de abril. Todos os cursos serão no horário das 18h30 às 20h30. As inscrições, das 9h30 às 14h, são feitas na sede do CEAO – Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho –, mesmo local das aulas. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 383-5502/5504.

domingo, 28 de março de 2010

sábado, 27 de março de 2010