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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Entrevista da Ministra Luiza Bairros à Folha de São Paulo

São Paulo, sexta-feira, 24 de dezembro de 2010.
Cota não é "dá ou desce", diz nova ministra

Para Luiza Bairros, da Igualdade Racial, o melhor caminho não é impor as ações às universidades federais

Socióloga defende as cotas raciais, em contraposição às sociais, a serem adotadas por meio de incentivos


JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA


Gaúcha radicada em Salvador há 31 anos, atual secretária de promoção da igualdade da Bahia, a socióloga Luiza Bairros, 57, assumirá a Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), órgão vinculado à Presidência da República.
À Folha ela defende as cotas raciais, em contraposição às sociais, e diz que o melhor não é impor ações às universidades federais -posição que se opõe ao atual entendimento da pasta.
"Não é assim, sim ou não, dá ou desce. Existem formas que o próprio Estado pode adotar para criar estímulos."
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Folha - Há uma ação que a sra. sabe que precisa ser feita?
Luiza Bairros -
A agenda de erradicação da miséria. A secretaria deve ressaltar o fato de que, no Brasil, a maioria das pessoas em situação de pobreza e miséria é negra.

E como isso seria alcançado?
A partir de medidas coordenadas e articuladas. As questões mais específicas são muito importantes. Quer dizer, tanto é importante o acesso ao Bolsa Família como viabilizar que os que já o recebem saiam do programa.
A questão da educação é extremamente importante, porque temos uma evasão escolar bastante grande, o que é particularmente grave na população negra.
Também a saúde. De novo, entre os negros é que se registram mortes mais precoces e em maior número.

O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado neste ano sob críticas de retirada de pontos importantes. A sra. concorda?
Não. O estatuto gerou no movimento negro uma expectativa alta. Na discussão no Congresso, foi perdendo aspectos considerados fundamentais pelo movimento, como a questão das cotas.
Boa parte da insatisfação se deve à percepção de que foi retirado um instrumento eficiente na redução das desigualdades raciais. Agora, deve ser ressaltado que, no ensino universitário, as cotas foram implantadas independentemente de legislação.

Todas as universidades federais deveriam ter cotas?
O êxito da iniciativa nas que adotaram é tão evidente que deveria ser um indicador importante para as que ainda não estão convencidas.

De forma impositiva ou não?
Qualquer pessoa negra desejaria que todas as instituições adotassem um tipo de medida para fazer face a uma coisa real, que são diferenças na inserção social, política, econômica entre brancos e negros, independentemente da questão da pobreza.

Ou seja, não é cota por estrato social, mas para negro?
Não é mesmo. Mesmo quando você analisa as estatísticas de desigualdade racial, é importante observar que, nas informações por renda entre brancos e negros, as diferenças continuam.

Há gestores que defendem a imposição. E a sra.?
Tenho dificuldade de responder isso. A imposição é dada pelas mudanças que a sociedade vai provocando nos valores. Chega num ponto em que a sociedade muda tanto que as instituições são obrigadas a mudar com ela.

Mas, talvez, elas sozinhas não façam esse movimento...
Elas têm de ser, em algum nível, levadas a isso. Há várias formas possíveis, usadas em outros países, que podemos estudar num futuro próximo. Por exemplo, oferecendo incentivos para que universidades ou outras instituições adotem essa medida.

Mesmo as públicas?
Sim, é comum em países como os EUA que as universidades só tenham acesso a determinadas verbas federais se adotarem um plano de democratização do acesso. Por isso, eu não digo imposição.
Não é assim, sim ou não, dá ou desce. Existem formas que o próprio Estado pode adotar para criar estímulos.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ONU proclama 2011 como Ano Internacional para Afro-Descendentes

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.* 10/12/2010
As Nações Unidas lançaram, nesta sexta-feira em Nova Iorque, o Ano Internacional para Descendentes de Africanos.
Em mensagem à Assembleia-Geral, Ban Ki-moon diz que o evento pretende reforçar o compromisso político para erradicar a discriminação.
As Nações Unidas lançaram, nesta sexta-feira em Nova York, o Ano Internacional para Descendentes de Africanos.
Erradicar a discriminação
Num discurso, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon explicou o objetivo do evento, que será marcado em 2011.
Diversidade
Segundo ele, o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.
Numa entrevista à Rádio ONU, de Cabo Verde, antes do lançamento, o historiador guineense Leopoldo Amado, falou sobre a importância de se conhecer as origens africanas ao comentar o trabalho feito com quilombolas no Brasil.
Dimensão

"Esses novos quilombolas têm efetivamente o objetivo primordial de fortalecer linhas de contato. No fundo restituir-se. Restituir linhas de contatos, restituir aquilo que foi de alguma forma quebrada, aquilo que foi de alguma forma confiscada dos africanos, que é a possibilidade de reestabelecer a ligação natural entre aqueles que residem em África, que continuam a residir em África e a dimensão diaspórica deste mesmo resgate. A dimensão diaspórica da África é efetivamente larga e grande", disse.
Ban lembrou que pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de ter negados seus direitos básicos à saúde de qualidade e educação.
Declaração de Durban
A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavorante não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pelo desrespeito à humanidade.
O Secretário-Geral finalizou a mensagem sobre o Ano Internacional para os Descendentes de Africanos, lembrando a Declaração de Durban e o Programa de Ação que pede a governos para assegurar a integração total de afro-descedentes em todos os aspectos da sociedade.
FONTE: Site da ONU
Apresentação: Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

CEAO lança CD Peregun e outras fábulas da minha terra, de Félix Ayoh'Omidire - BA

O CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS CONVIDA PARA O LANÇAMENTO DO CD:
 
PEREGUN E OUTRAS FÀBULAS DA MINHA TERRA,
 
de Félix Ayoh' Omidire e família, com arranjos musicais e produção de J. Velloso e a participação dos alabés do Gantois. No evento, vai ter uma apresentação de algumas das músicas do CD. O livro que acompanha o CD, em português e iorubá, já lançado em 2006, estará disponível também.
  
Quando: 22 de dezembro (quarta-feira).
Horário: 17h30.
Onde: CEAO, Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho.
Mais informações: (71) 3283-5502

sábado, 18 de dezembro de 2010

Rede Feminista denuncia propaganda de cerveja que reincide na discriminação racial e de gênero

Está na web a petição pública elaborada pela Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos que repudia a propaganda da cerveja de marca “Devassa” pelo teor discriminatório, racista e sexista. O documento é direcionado ao Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária -Conar e a outros organismos de direitos humanos. No texto, a Rede contesta o texto publicitário publicado em revista de circulação nacional, por considerá-lo “explicitamente desrespeitoso com as mulheres negras pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade”. Tendo em vista que esta propaganda viola os direitos humanos e a dignidade das mulheres afro-brasileiras e considerando que  a Cervejaria é reincidente na veiculação de publicidade discriminatória e sexista, a Rede Feminista de Saúde formulou a petição  que pode ser acessada e  assinada via on line aqui.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

IPAC disponibiliza livros gratuitamente na internet

Baixe os "Cadernos do IPAC": http://www.ipac.ba.gov.br/site/conteudo/downloads/#content

volume 1 - Pano da Costa
volume 2 - Festa da Boa Morte
volume 3 - Carnaval de Maragojipe
volume 4 - Desfile de Afoxés
volume 5 - Festa de Santa Bárbara

De importância fundamental para a memória e a difusão de bens culturais imateriais do estado, cinco publicações do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) sobre patrimônios intangíveis da Bahia já estão disponíveis para download gratuito.

Lá estão, na íntegra, os livros sobre a Festa de Santa Bárbara e o Desfile dos Afoxés, manifestações culturais que ocorrem em Salvador, o Carnaval de Maragojipe na cidade de mesmo nome, no Recôncavo baiano, a Festa da Boa Morte em Cachoeira, e o Pano da Costa que, segundo historiadores, foi o principal produto africano exportado e consumido na Bahia nos séculos 18 e 19. Ao acessar o site do IPAC, os interessados devem procurar o link downloads, que fica na barra superior da página principal do site oficial do instituto, buscar a sessão Cadernos do IPAC e escolher quais dos livros deseja. Os arquivos são obtidos em PDF (Portable Document Format) e podem ser salvos em qualquer microcomputador ou pen-drive.

Segundo o assessor de comunicação do IPAC, Geraldo Moniz, a iniciativa acontece graças à parceria da Gerência de Pesquisa e Legislação (Gepel) do instituto, que elaborou os livros com a Fundação Pedro Calmon, e o Núcleo de Informática da autarquia que gerencia o site. “As versões digitais dos livros atendem as diretrizes da SecultBA e orientações da diretoria geral do IPAC para disponibilização pública gratuita dos produtos e conteúdos científicos do instituto na internet”, diz Moniz. Os livros reúnem trabalhos desenvolvidos pelas equipes multidisciplinares do IPAC, artigos inéditos, além de trechos dos dossiês que possibilitaram o registro oficial de bens intangíveis como Patrimônios Culturais Imateriais. As cinco publicações já foram lançadas no formato impresso em 2010. Pano da Costa em abril, Carnaval de Maragojipe, Festa da Boa Morte e Desfile dos Afoxés em novembro, e Festa de Santa Bárbara em 4 de dezembro.

As versões impressas variam de 90 a 120 páginas, cerca de 20 ilustrações e fotografias em cada exemplar que tem formato de 21 por 29,7 centímetros, fechado. “A distribuição dos livros impressos está sob coordenação do gabinete do IPAC, através do endereço eletrônico ouvidoria.ipac@ipac.ba.gov.br”, alerta Moniz. Três dos Cadernos do IPAC, o Desfile dos Afoxés, Festa da Boa Morte e Carnaval do Maragojipe, são complementados com documentários em DVD, que se encontram colados nas contracapas de cada exemplar das publicações. Os documentários foram produzidos com apoio do Instituto de Radiodifusão da Bahia – Irdeb, através da TV Educativa.

Para elaboração dos dossiês que permitem o registro de Patrimônios Imateriais da Bahia, o IPAC disponibiliza equipes formadas por historiadores, sociólogos, antropólogos, fotógrafos e museólogos, entre outros profissionais, que realizam coleta de documentos e fotos, entrevistas e pesquisas. Ao final, são analisados os dados e elaboradas justificativas, fazendo com que todo o material passe a integrar o dossiê. O IPAC deve realizar ainda estudos sobre o Ofício dos Vaqueiros, Ofício dos Mestres Organistas e sobre a Festa do Bembé em Santo Amaro da Purificação. Todos devem ganhar publicações exclusivas e vídeodocumentários.

BEM IMATERIAL - A distinção de imaterial ou intangível começou a ser utilizada a partir de 1997 pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco). Modos de fazer, ofícios tradicionais, celebrações, festas, danças e outras manifestações são exemplos de bens imateriais. O patrimônio imaterial abrange tradições que determinado grupo pratica e deseja preservar em respeito à ancestralidade, à importância do ato e com objetivo de resguardá-las. Com o registro oficial, esses patrimônios imateriais passam a ter prioridade nos programas e linhas de financiamento cultural municipais, federais e até internacionais. Os estudos para o registro de um bem imaterial podem durar de seis meses até dois anos, a depender do tema pesquisado. O dossiê deve provar, através de reconstituição histórica, com registros documentais, imagéticos e depoimentos, que é um bem a ser considerado Patrimônio do Estado e não somente de uma localidade. As prefeituras são responsáveis por patrimônios de relevância municipal e o governo estadual por bens de representatividade para a Bahia, enquanto o governo federal fica com a tutela dos bens de proeminência nacional. Mais informações são obtidas no site www.ipac.ba.gov.br ou na Gepel/IPAC via telefone (71) 3116-6741.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

MARV promove a 11ª Edição do MP MARV Noite da Música, Poesia e Artes Plásticas - BA


É com imensa satisfação que convidamos você e família para prestigiar a 11ª Edição do MP MARV Noite da Música, Poesia e Artes Plásticas. Nossos artistas irão saudar o Esporte através do ícone nacional Pelé (pelos seus 70 anos) sendo este homenageado nacional em 2010 e os alunos da Parceria Educacionais Escolinhas de Futebol Esporte Clube Bahia, homenageados locais. Nossa proposta é destacar a importante contribuição que o esporte pode trazer para a formação cidadã de nossos jovens.

Data: 17 de dezembro de 2010.
Horário: a partir das 19hs.
Local: Espaço Cultural EDUCART (Conj. Parque Santa Rita, em frente à Escola Municipal Santa Rita, em Itinga).

Cordialmente,
Romilson Nascimento
Presidente do MARV
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MARV – MOVIMENTO DE APOIO E RESPEITO À VIDA

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Seminário Nacional da Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens - BA

Começa nesta quinta-feira (16), em Salvador-BA, o Seminário Nacional da Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. Até domingo (19), o evento vai reunir representantes de vários estados para aprofundar a temática sobre juventude e planejar novas ações contra as estatísticas que apontam os jovens como as principais vítimas da violência no Brasil.
Lançada em novembro de 2009, a Campanha é uma iniciativa das Pastorais da Juventude do Brasil, com o apoio do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para debater as diversas formas de violência praticadas contra a juventude, denunciar o extermínio de milhares de jovens no Brasil e desencadear ações que possam mudar a realidade.

Mais de 30 mil homicídios

Com uma taxa de até 51,7 homicídios para cada 100 mil, o Brasil é o 3º país com mais assassinatos de jovens no mundo, atrás de Colômbia e Venezuela. A conclusão consta do estudo Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil, divulgado pelo Instituto Sangari.

Segundo relatório da Ritla - Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, no Brasil morrem por dia, em média, 54 jovens vítimas de homicídio. Um estudo inédito divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos estima que 33.504 adolescentes e jovens brasileiros serão assassinados em um período de sete anos, que vai de 2006 a 2013.
Relatório da ONU publicado em 2006 revela que em cada grupo de dez jovens de 15 a 18 anos assassinados no Brasil, sete são negros. Mais de uma em cada cinco pessoas da população jovem não estuda nem trabalha.

Seminário Nacional da Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens

Data: 16 a 19 de dezembro
Local: Casa de Retiro Dom Amando
Avenida Aliomar Baleeiro, KM 65, Nova Brasília, Salvador-BA

CEAO/UFBA promove mini-curso "Conhecimento, integração e cidadania no processo de formação dos imans em espaços lusófonos" - BA

CURSO NO PÓS-AFRO  
 
Conhecimento, integração e cidadania no processo de formação dos imans em espaços lusófonos: experiências comparadas Brasil, Portugal, Angola e Guiné Bissau
 
com
 
Patricia  Schermann  
Professora Adjunta I do Departamento de Historia da    
Universidade Federal de São Paulo  
Pós Doutora do Centre d’ Étude d’ Afrique Noire /Sciences Politiques Bordeaux IV  
 
O curso pretende enfocar os processos contemporâneos de formação dos imans e lideranças muçulmanas nos espaços lusófonos, de modo especial a partir da comparação com as experiências do Brasil, Portugal, Angola e Guine Bissau, destacando as relações entre inserção nos projetos locais de cidadania e as relações transregionais com as demais comunidades muçulmanas.
 
Onde: Auditório Milton Santos (CEAO) - Pç. Inocêncio Galvão, 42,
Dois de Julho.  
Quando: 20 , 21 e 22 de dezembro de 2010, das  18h às 20h30.  
Mais informações: (71) 3283-5502 / 5508  
 
Inscrições limitadas! 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

IV Seminário Tumba Juçara - BA




O Terreiro Tumba Junçara convida a todos a participarem do realizará, nos próximos dias 16 e 17/12, o IV Seminário TUMBA JUNÇARA REDESCOBRINDO SUA HISTÓRIA.
  1. As inscrições podem se realizar no dia da abertura, O Seminário será aberto no Tumba Junçara, no dia 16/12, às 16:30h, com a palestra "Diáspora Bantu, realizada por Raimundo Dantas (Kewaanze) - Tumba Junçara e Cancomblé e Ecologia, realizada por Juçara Cristina Rego Dias (Koinonia)
  2. No dia 17/12 ocorrerá palestra sobre Animismo, a partir das 09:00h com a participação de Paulo França (Terreiro Lembá), Veridiana Machado, Kota Maiangansi (Tumbacé)
  3. Pela tarde ouviremos Augusto Cesar Alencar (Babalorixá), Ricardo Aragão (Nazazi) - Tumbancé e Suzana Torres (Artista Plástica), discutindo INCORPORAÇÃO
  4. O evento se encerrará na Camara de Vereadores, com a entrega da Medalha Zumbi dos Palmares à Nengua Ria Nkise Xagui, filha mai velha (viva) do Tata Lundiamungongo (Ciriáco).

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Projeto Nkuentos, Tobosis e Ayabas: o NafroPM & as Mães Negras - BA

Nesta quarta-feira (15), às 14h, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, acontece o Projeto Nkuentos, Tobosis & Ayabas – o NAFROPM/BA & As Mães Negras. O encontro se constitui em uma mesa composta por quatro personalidades femininas que irão explanar a respeito do papel da Mulher Negra e as diversas circunstâncias que a envolvem na sociedade baiana e brasileira. O evento é em comemoração aos cinco anos de criação, do Núcleo de Religiões de Matriz Africana (Nafro PM), entidade constituída no âmbito da Polícia Militar do Estado da Bahia no ano de 2007, para congregar policiais militares e funcionários civis da PMBA, adeptos das Religiões de Matriz Africana (Candomblé e Umbanda). A realização é da PMBA através do NafroPM e conta com apoio da Sepromi e Sedes.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lançamento dos cadernos e DVD do Projeto Camélia do CEAP - RJ

O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) lançará, no próximo dia 16 de dezembro, cadernos e o vídeo “Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho”, da série Camélia da Liberdade. O evento acontecerá no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo São Francisco de Paula, 1 – Centro, a partir das 15h, e contará com a presença dos autores(as).
Assim como toda a série, esta edição visa a consolidar a implementação da Lei 10639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História da África e da cultura afro-brasileira, nas escolas da rede oficial de ensino.
A intenção do CEAP com as publicações é também ampliar a visão crítica de professores e alunos para a formação de uma sociedade mais justa e sem preconceitos. Pois é desta forma que o CEAP acredita ser agente construtor de uma formação em que todos têm o conhecimento sobre a verdadeira história do Brasil e de seus heróis de fato.  O CEAP quer que a população deste País não deixe de conhecer nomes como o de João Cândido, Luiz Gama e muitos outros. Porém, é preciso que a Lei 10.639/03 seja cumprida.
Ao final, uma apresentação cultural contemplará os convidados.
 
A ESTIMATIVA INDICA!!!
SERVIÇO:
Lançamento dos cadernos do CEAP e DVD do Projeto Camélia da Liberdade
Data: 16/12/2010 (quinta-feira)
Horário: 15h
Local: Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS)
Endereço: Largo São Francisco de Paula, 1 – Centro – Rio de Janeiro
Realização: Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Jaime Sodré lança novo livro - BA

CONVITE

Lançamento do Livro de JAIME SODRÉ -
" DA DIABOLIZAÇÃO A DIVINIZAÇÃO - a criação do senso comum"

Local: Restaurante Aconchego da ZUZU
Rua Quintino Bocaiuva, n° 18 - Fim de Linha do Garcia
Dia: 15/12/10
Hora: 18h

Quem é a nossa Ministra Luiza Bairros


Luiza Helena de Bairros nasceu a 27 de março de 1953 em Porto Alegre (RS). Filha do militar Carlos Silveira de Bairros e da dona de casa Celina Maria de Bairros. Sempre foi estimulada pelos pais quanto a sua formação. Não causou estranheza a seus familiares quando começou a envolver-se com as questões raciais, pois no período de colégio sempre fazia parte de grêmios e na universidade pertencia a diretórios acadêmicos, demonstrando um forte interesse pela militância estudantil. E foi na universidade, a partir de um amigo participante do diretório acadêmico, que teve seu primeiro contato com informações sobre os movimentos sociais americanos e ao conhecer o material dos Panteras Negras, ficou ainda mais entusiasmada com o caminho que estava traçando para sua luta política.

No início de 1979, participa da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ocorrida em Fortaleza. Foi impactada pela presença de inúmeros integrantes do Movimento Negro de várias regiões brasileiras, quando trava um contato mais próximo com o pessoal do Movimento Negro Unificado da Bahia e resolve muda-se para Salvador, no mês de agosto do mesmo ano.

Bacharel em Administração Pública e Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com conclusão em 1975; Especialista em Planejamento Regional pela Universidade Federal do Ceará concluindo em 1979; Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Sociologia pela Michigan State University no ano de 1997.

Com toda esta qualificação trabalhou entre 2001 a 2003 no programa das nações Unidas para o Desenvolvimento/PNUD na coordenação de ações interagenciais e de projetos no processo de preparação e acompanhamento da III Conferência Mundial Contra o Racismo – relação Agências Internacionais/Governo/Sociedade Civil. Entre 2003 a 2005 trabalhou no Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional – DFID, na pré-implementação do Programa de Combate ao Racismo Institucional para os Estados de Pernambuco e Bahia. Entre 2005 a 2007 foi consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, para questões de gênero e raça como coordenadora do programa de combate ao Racismo Institucional – PCRI na Prefeitura da Cidade do Recife, Prefeitura Municipal de Salvador e Ministério Público de Pernambuco.

Entre 1976 e início da década de 1990 esteve envolvida em pesquisas relevantes para o conhecimento e combate do racismo no Brasil e nas Américas, como por exemplo sua participação na coordenação da pesquisa do Projeto Raça e Democracia nas Américas: Brasil e Estados Unidos. Uma cooperação entre CRH e a National Conference of Black Political Scientists/NCOBPS.

Enquanto docente trabalhou na Universidade Católica de Salvador, Universidade Federal da Bahia/UFBA, dentre outras. Foi organizadora de alguns livros memoráveis e autora de vários artigos e dossiês. Coordenou diversos eventos na área do combate a discriminação racial.

Dona de uma trajetória respeitável, Luiza é reconhecida como uma das principais lideranças do movimento negro no País. Faz parte dos grupos de estudiosas/os e ativistas que contribuem e lutam para a superação do racismo e sexismo e esteve nas últimas décadas à frente de inúmeras iniciativas de afirmação da identidade negra na sociedade brasileira.
Pesquisadora na área de políticas públicas para população afro descendente, sempre trabalhou em prol da redefinição de novos caminhos para as mulheres negras, apresentando e sugerindo propostas em políticas voltadas para a igualdade racial e de gênero. Coroando esta trajetória no dia 8 de agosto de 2008 tomou posse como titular da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia - Sepromi.

Fonte: Site Mulher 500 anos/ Blog de Bernardes Comunicação
Foto: Agecom/Gov. da Bahia

Escritores indígenas debatem como colocar em prática a Lei 11.645/08

PublishNews - 10/12/2010 - Redação
Segundo a lei, escolas são obrigadas a tratar do tema “História e cultura indígenas” e a literatura pode ser um excelente instrumento

Existe uma lei que obriga as escolas a incluir em seus currículos a temática “História e cultura indígenas” e a literatura pode ser de muita valia nessa tentativa de mudar a visão estigmatizada quem ainda se tem desses povos. Para debater de que maneira a literatura escrita por autores indígenas pode ser um instrumento de transformação dos estereótipos e preconceitos, editores, distribuidores, professores, estudantes e demais interessados são convidados a participar, nesta segunda-feira (13), do projeto “Encontros com a literatura indígena”, organizado pelo Instituto UK’A, Instituto Brasileiro para Propriedade Intelectual e Núcleo de escritores e artistas indígenas (Nearin), e que terá como tema “Lei 11.645/08: Modos de usar”. Participam do debate Edson Brito, Ely Makuxi, Graça Graúna e Naine Terena, e a mediação será feita por Daniel Munduruku. A atividade será realizada das 8h30 às 13h, na Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato (Rua General Jardim, 485 – Vila Buarque – São Paulo/SP. Tel.: 11 3256-4438 / 4122). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por e-mail.

Convidados
Edson Brito (AP) – Indígena Kayapó. Doutorando em Educação na Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP. Professor de História Indígena na licenciatura Intercultural Indígena no IFBA.
Ely Mukuxi (AM) – Indígena Makuxi. Escritor e Professor.
Graça Graúra (PE) – Indígena Potiguara. Escritora. Doutora em Letras pela UFPE e professora adjunta na UPE.
Naine Terena (MT) – Indígena Terena. Jornalista. Doutoranda em Educação na Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP

Mediador
Daniel Munduruku (SP) – Doutor em Educação pela USP. Escritor e Diretor-Presidente do Instituto Uk’a.

Luiza Bairros na SEPPIR: vitória das mulheres negras

Socióloga aceita convite para pasta de Igualdade Racial

Luiza Bairros acertou com Dilma que costurará apoio de movimentos sociais para que seja legitimada no cargoConsiderada uma das principais lideranças contra discriminação racial, gaúcha construiu sua militância na Bahia
NATUZA NERY
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

A presidente eleita, Dilma Rousseff, chamou a socióloga Luiza Bairros para assumir a Secretaria de Igualdade Racial. Ela aceitou o convite, mas ficou de costurar apoio de movimentos sociais ao seu nome para que seja confirmada no cargo.
Atual secretária de Igualdade Racial da Bahia, onde construiu sua militância, a gaúcha Luiza Bairros é considerada uma das principais lideranças no combate à discriminação racial.
O perfil da ministeriável, que é ligada ao PT, cumpre as exigências de Dilma para o posto: ser mulher e negra. A escolha de seu nome acabou derrubando uma outra indicação do PT para o cargo: o deputado Vicentinho (SP).
Dilma a conheceu quando era ministra. Segundo fontes do governo de transição, ela se encantou com a desenvoltura da socióloga.
Bairros, que deverá assumir um lugar no primeiro escalão na cota pessoal de Dilma, recebeu, ainda, a bênção do governador Jaques Wagner (PT-BA), um de seus principais aliados e conselheiros.
Apesar da escolha, a presidente eleita tem um problema para fechar, como planejava, o time de quatro mulheres em diferentes secretarias.
O imprevisto foi provocado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Espírito Santo, que rejeitou anteontem a prestação de contas da deputada Iriny Lopes, cotada para a secretaria das Mulheres.
O tribunal apontou irregularidades nas notas fiscais de gastos com combustível feitos pela deputada, que diz ter havido falha do posto de gasolina. Dilma decidirá sobre seu nome nos próximos dias.
Ao lado da nomeação de Ideli Salvatti (PT-SC) para Pesca e de Maria do Rosário (PT-RS) para os Direitos Humanos, Iriny e Bairros fechariam a cota de mulheres.
A pedido do PSB, Dilma pode unir portos e aeroportos para contemplar a legenda, que antes não pretendia.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Twittaço comemora o Dia dos Direitos Humanos

(Brasília, 09/12/2010) – Amanhã (10/12) é o Dia dos Direitos Humanos. Para celebrar esta data tão importante, o Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia convida todos os usuários do Twitter para uma mobilização de internautas (twittaço) em apoio aos direitos humanos.
 
Faça-se ouvir! Para participar, basta publicar mensagens com a hashtag #DireitosHumanos no dia 10 de dezembro. A iniciativa, proposta pelo Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, deve ser entendida como uma ação de toda a sociedade brasileira, comprometida com os valores e princípios dos direitos humanos universais.
 
A data marca o 62º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o primeiro documento a reconhecer, no âmbito internacional, direitos fundamentais aplicáveis a todas e todos, independentemente de raça, etnia, gênero, origem, religião, idade, situação civil, condição de saúde, ou qualquer outra forma de diferenciação. Até 10 de dezembro de 1948, o Direito Internacional não tratava de questões humanitárias em tempos de paz, confinadas à legislação interna de cada país.
 
Hoje a Declaração Universal de Direitos Humanos é o documento mais traduzido do planeta, com versões em mais de 300 idiomas e dialetos, de Abkhaz (idioma usado na região do Cáucaso) a Zulu (língua falada na África setentrional). Somos iguais na diferença!
 
O Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia é uma parceria entre seis agências do Sistema ONU e o governo federal brasileiro, com apoio do Fundo para o Alcance dos Objetivos do Milênio, criado pelo governo espanhol. Nossa missão é contribuir para a incorporação dos princípios da equidade de gênero, raça e etnia, transparência e inovação na gestão pública e para o fortalecimento da participação social nas políticas de desenvolvimento humano.
 
 
Veja abaixo algumas sugestões de Twitts, do Programa Interagencial. Crie o seu, divulgue e participe!
 
 
Hashtag
#DireitosHumanos 
 
DIREITOS HUMANOS
Sou brasileiro e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou brasileira e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou mulher e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou homem e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou negra e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou negro e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou índia e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou índio e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
GÊNERO, RAÇA E ETNIA
Sou contra o racismo e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou contra o preconceito e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Sou a favor da igualdade de gênero, raça e etnia e comemoro o Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
 Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
 Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
 Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Toda pessoa tem direitos e liberdades sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, religião, opinião política, ou origem. Dia dos #Direitos Humanos http://bit.ly/dO6bR2
 
 Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
 Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
 Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras do Estado. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
A vontade do povo será a base da autoridade do governo. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 
 Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social. Dia dos #DireitosHumanos http://bit.ly/dO6bR2
 

ARTIGO 1º DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS EM OUTRAS LÍNGUAS
Inglês
All human beings are born free and equal in dignity and rights. Dia dos #DireitosHumanos - http://bit.ly/eZ29nK

Francês
Tous les êtres humains naissent libres et égaux en dignité et en droits. Dia dos #DireitosHumanos  - http://bit.ly/eZ29nK
 
Español
Todos los seres humanos nacen libres e iguales en dignidad y derechos. Dia dos #DireitosHumanos - http://bit.ly/gnukVf

Russo
Все люди рождаются свободными и равными в своем достоинстве и правахDia dos #DireitosHumanos - http://bit.ly/eZ29nK

Swahili/Kiswahili
Watu wote wamezaliwa huru, hadhi na haki zao ni sawa.  Dia dos #DireitosHumanos  - http://bit.ly/eZ29nK

Esperanto
Ĉiuj homoj estas denaske liberaj kaj egalaj laŭ digno kaj rajtoj.  Dia dos #DireitosHumanos -  http://bit.ly/eZ29nK

Chinese
人 人 生 而 自 由, 在 尊 严 和 权 利 上 一 律 平 等。 他 们 赋 有 理 性 和 良 心, 并 应 以 兄 弟关 系 的 精 神 相 对 待。Dia dos #DireitosHumanos

Guarani
Mayma yvypóra ou ko yvy ári iñapytl'yre ha eteîcha dignidad ha derecho jeguerekópe. Dia dos #DireitosHumanos - http://bit.ly/gnukVf
 
 
Mais informações:
 
email: interagencial.gre@unifem.org

Apoio a projetos voltados para a promoção da igualdade racial

O Plano de Ação Conjunto entre o Brasil e os Estados Unidos - JAPER e a BrazilFoundation abrem edital para apoio a projetos voltados à promoção da igualdade racial e étnica, através de educação e cultura, em três áreas principais: educação voltada à promoção da igualdade racial; acesso à justiça; e promoção da equidade étnica e racial na mídia. Serão financiados até R$ 25.000,00 para projetos com duração de um ano. As propostas devem ser enviadas até o dia 31 de janeiro de 2011. Os detalhes estão em http://brazilfoundation.org/japerbrazilfoundation

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lançada a coleção História Geral da África em português

Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos. Publicada em oito volumes, a edição completa da coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção está publicada também em árabe, inglês e francês, sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A questão étnico-racial na educação do país (Antônio Carlos C. ronca, Francisco Aparecido Cordão e Nilma Lino Gomes)


TENDÊNCIAS/DEBATES

 É preciso considerar quem são os leitores e que efeitos de sentidos, usos e funções serão atribuídos a uma determinada obra literária na atualidade

O Conselho Nacional de Educação (CNE) tem função normativa e é sua atribuição, como órgão de Estado, pronunciar-se sobre temas relativos à educação nacional. A questão étnico-racial é um desses temas.
Recentemente, a Câmara de Educação Básica (CEB) aprovou, por unanimidade, o parecer CNE/CEB nº 15/2010, com orientações quanto às políticas públicas para uma educação antirracista, no qual faz referência ao livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato.
O referido parecer foi elaborado a partir de denúncia recebida, e no seu posicionamento apresenta ações e recomendações; dentre estas, reafirma os critérios anteriormente definidos pelo MEC para análise de obras literárias a serem adotadas no Programa Nacional Bibl ioteca da Escola (PNBE).
Em nenhum momento a CEB cogitou a hipótese de impor veto a essa obra literária ou a outra similar, impondo qualquer forma de censura, discriminação e segregação, seja com relação a grupos, segmentos e classes sociais, seja com relação às suas distintas formas de livre criação, manifestação e expressão.
O CNE entende que uma sociedade democrática deve proteger o direito de liberdade de expressão e, nesse sentido, não cabe veto à circulação de nenhuma obra literária e artística. Porém, essa mesma sociedade deve também garantir o direito à não discriminação, nos termos constitucionais.
Reconhecendo o importante valor literário da obra de Monteiro Lobato, especificamente do livro "Caçadas de Pedrinho", mas também sendo coerente com todos os avanços da legislação educacional brasileira, o parecer discute a presença de estereótipos raciais na literatura e apresenta sugestões e orientações ao MEC, à e ditora e aos que atuam na formação de professores.
Uma dessas orientações é a de que a editora tome o mesmo cuidado em relação à temática étnico-racial como o que já foi adotado em relação à questão ambiental no livro, sugerindo a inclusão, na apresentação, de uma nota de esclarecimento, a fim de contextualizar a obra, sem perder de vista o seu valor literário.
Mais do que focar a análise no autor em si, o que está em questão é colocar em pauta a necessária discussão sobre a temática étnico-racial na educação e sua efetivação como política pública.
O CNE está aberto ao debate. A repercussão do seu posicionamento revela o quanto ainda é preciso falar sobre a questão racial e discutir formas de superação do racismo e o quanto esse é um tema de interesse nacional.
Os receios, as ressalvas e os apoios feitos ao parecer são compreendidos pelo CNE, especialmente no que tange à necessidade de se contextualizar obras clá ssicas.
Entendemos que, assim como é importante o contexto histórico em que se produziu a obra, tão ou mais importante é o contexto histórico em que se produz a leitura dessa obra. É preciso considerar quem são os leitores e que efeitos de sentidos, usos e funções serão atribuídos a determinada obra na atualidade. A obra permanece, mas os leitores e a sociedade mudam.
É em função desse novo contexto que cabe, sim, interrogar em que condições a sociedade e, sobretudo, a escola lerão obras produzidas em momentos nos quais pouco se questionava o preconceito racial e o racismo. O propósito central do parecer e do CNE é, portanto, pautar a questão étnico-racial como tema relevante da educação nacional.  

 ANTONIO CARLOS CARUSO RONCA é presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).
FRANCISCO APARECIDO CORDÃO é presidente da Câmara de Educação Básica do CNE.
NILMA GOMES é a relatora do parecer nº 15 da Câmara de Educação Básica do CNE.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UNEB encerra Campanha dos 16 Dias com lançamento de livro sobre Lélia Gonzalez - BA

Falar da trajetória de Lélia Gonzalez (1935/1994) é quase como tomar a benção a uma das grandes líderes negras brasileira da atualidade. Não apenas pelos títulos  conquistados por essa mineira que adotou o Rio de Janeiro. Lélia foi brilhante como intelectual, parlamentar, professora universitária e antropóloga e, principalmente por ter se dedicado a pensar o feminismo negro e o movimento negro brasileiro. Por isso, em vida, conquistou amigos/as e adversários. Agora, no Orun, Lélia, recebe mais uma homenagem: o livro que leva seu nome, escrito pelo doutor em antropologia, Alex Ratts e pela doutoranda Flávia Rios. 

A obra será lançada em Salvador no próximo dia 10 de dezembro, sexta-feira, às 18 horas, no Cepaia (Largo do Carmo nº 4) e marcará o encerramento das atividades dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha desenvolvida pela UNEB, com a coordenação geral da vice-reitora, professora Amélia Maraux.
 
O lançamento contará com uma roda de conversa com as presenças de Alex Ratts, e da Secretária Estadual de Promoção da Igualdade (SEPROMI), Luiza Bairros, que também já escreveu sobre Lélia Gonzalez, a exemplo do artigo Relembrando Lélia Gonzalez. O livro integra a Coleção Retratos do Brasil Negro, coordenada por Vera Lúcia Benedito, mestre e doutora em Sociologia/Estudos Urbanos pela Michigan State University (EUA) e pesquisadora e consultora da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Essa coleção foi criada com o propósito de dar visibilidade a vida de personalidades que marcaram a cultura, política e a militância negra brasileira.
 
Alex Ratts  é professor dos cursos de graduação e mestrado em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (UFG) e já publicou artigos cujas temáticas são quilombos, relações raciais e grupos étnicos. Já Flavia Rios é socióloga, doutoranda na Universidade de São Paulo e pesquisa sobre relações raciais, movimentos sociais e políticas públicas. O evento da UNEB conta com o apoio do Cepaia e Ceafro/UFBa.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tarde de autógrafos com a jornalista Francilene Martins autora do livro fotográfico Mam’etu - BA

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Francilene Martins apresenta fotografias das indumentárias das mães de Nkisi (orixá) de nação Angola na Galeria do Livro

Mam’etu (nossa mãe em kibundo) é o livro fotográfico da jornalista, Francilene Martins, que demonstra a tradição das indumentárias usadas em cerimônias do candomblé, em eventos sociais e no dia a dia das mulheres negras de Angola e do Brasil. A tarde de autógrafos será no dia 05 de dezembro, na Galeria do Livro do Espaço Unibanco de Cinema – Glauber Rocha, Praça Castro Alves, s/n - Centro - Salvador , Castro Alves, às 15h, com entrada franca.

Para os admiradores das manifestações ancestrais, essa é uma oportunidade de conhecer noções de hierarquia feminina no candomblé e como esta é representada nas roupas e nos acessórios.

Em Mam’etu, Francilene Martins tem como proposta revelar o mundo das mães de Nkisi e de suas filhas, considerando a tradição matriarcal do candomblé, ela estabelece uma relação paralela entre a hierarquia e as roupas que traduzem esse universo de respeito e de valores basilares dentro das religiões de matrizes africanas.

Sobre a experiência de conceber o livro, Francilene Martins destaca a importância da percepção hierárquica. “Em Mam'etu pude perceber o saber do candomblé da nação Angola, os saberes que perpetuam a hierarquia. O poder das vestes não se trata de ostentação é uma relação de cultura ancestral, preservação dos valores dos nossos antepassados cultuando o Nkisi”, destaca a jornalista e fotógrafa.

Mam’etu

Trata-se de um livro fotográfico que tem como tema destacar a tradição das vestes das mães de Nkisi (orixá) ou mãe de todos/as, quem cuida e quem cria no candomblé. Mam’etu é resultado da pesquisa de conclusão do curso de jornalismo de Francilene Martins, o objetivo dessa pesquisa foi registrar a indumentária da Mam’etu usada em cerimônias, nos eventos sociais e no dia a dia, e que hoje faz parte do cotidiano das mulheres negras no Brasil.

A autora

Francilene Martins, 37, é uma baiana feminista com mais de 16 anos de história no movimento de moradia popular, com trabalhos na área de habitação de interesse social e saúde. Também é diretora, produtora, jornalista e fotógrafa. Aluna especial do Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo PPGNEIM/ UFBA e do Mestrado em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desenvolvimento Regional PPGCD/UNEB. Pesquisadora colaboradora do AYOKÁ KIANDA Núcleo de Pesquisas e Estudos Multidisciplinares Africanos e Afro-Americanos (DCHT XXIV/UNEB).  Entre seus trabalhos de destaque estão a direção em parceria com Dayanne Pereira do curta metragem O Repente que Nasce do Repente - Paraíba da Viola, a  direção do filme Os quatro cantos dos Povos Bantu, a direção do documentário do Seminário Nacional da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (ACBANTU), a produção do lançamento da loja Katuka, a exposição fotográfica Desabafo de Mulheres e a produção do projeto dos  100 anos Ilê Axé Opó Afonjá, em parceria com o produtor Ramon Rocha.

Ativista do movimento negro vem construindo políticas públicas para comunidades tradicionais na agenda nacional com o Mapeamento dos Terreiros de Candomblé, além de projetos que propõem o cinema de inclusão que aborda as comunidades afro-brasileiras.

Serviço
O que: Tarde de autógrafos com a jornalista Francilene Martins autora do livro fotográfico Mam’etu
Autora: Francilene Martins
Onde: Galeria do Livro, no cinema Unibanco/Glauber Rocha
Quando: 05/12/2010
Horário: 15h
Valor do livro: R$40
Entrada Franca

Curso "Pensando o racismo científico" - BA

 (Clique na imagem para ampliá-la)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Após avaliar audiência pública de Ilhéus, movimento Social Negro conclui que governador Wagner compactua de ação militar em assentamento - BA

Após reunião  movimento de combate a intolerância que acompanha o caso de  Ya Bernadete, entende que mesmo depois da Câmara de Vereadores de Ilhéus  debater a violência promovida por policias militares contra a yalorixá Bernadete residente no assentamento Dom Helder Câmara no Distrito de Banco do Pedro, local onde a religiosa sofreu tortura, sendo arrastada pelos cabelos e jogada em um formigueiro por sete policiais militares nada de fato aconteceu. A audiência contou com a presença de diversas lideranças  religiosas, além de organizações negras como: Conen, CEN, CUT, MNU ,Forum Nacional de Juventude Negra e de órgãos públicos como Ministério Público, Incra, Secretaria de Direitos Humanos, além do Comando local da Polícia Militar que demonstrava total indiferença com a situação ocorrida e com a atividade .

  O deputado estadual Bira Coroa (PT)  em sua  fala de abertura da sessão  registrou  seu repúdio com o ocorrido.  “É inadmissível uma ação desta na Bahia, a Meca Negra",  disse o deputado. Mesmo com a ausência do governador, Coroa informou que este vem tomando providências referentes à violência e deseja que o caso seja solucionado o mais rápido possível. A audiência começou com os relatos de Mãe Bernadete sobre a ação do Estado no assentamento. Segundo a sacerdotisa do Candomblé, os direitos do cidadão devem ser cumprido sobre qualquer situação e quando ele falha os dirigentes máximos precisam fazer valer os mesmos. Em seguida os representantes das organizações presentes fizeram reflexões de solidariedade e indignação com o ocorrido, destacando a necessidade de apuração e punição dos culpados . Para Martiniano Costa, presidente da CUT-Bahia, nos últimos tempos o Estado tem assistido a policiais matarem em vias públicas, sem que providências sejam tomadas. "Chegou, então, o momento do Comando fazer uma reflexão profunda sobre a forma de ação e que esta sessão sirva de base para que providencias sejam tomadas", ressaltou.


Para  o representante da campanha Reaja ou será morto ,Reaja ou será Morta  Hamilton Borges, irmão de santo da vitima, o ato ocorrido em Ilhéus não é diferente de casos ocorridos com  mães de santo do passado.Para Borges, a lei em Ilhéus é uma ficção, uma vez, que até o momento nada foi resolvido e a Yalorixá é a única no caso que responde a processo,  logo é preciso que o  governo da Bahia debata sériamente  sobre  a segurança pública no estado"Todos estes problemas  vem sendo relatados desde as gestões passadas, a diferença é que nesta gestão se conta corpos como nunca se contou antes ,exigimos o afastamento do Corregedor Souza Neto e que as autoridades ignorem seu relatório " . disse Borges
 
Segundo as organizações, o governador recebeu a comitiva após muita pressão por parte de sua assessoria para que fosse reduzido o número da comitiva ou que a  mesma não ocorresse, prometeu soluções e punição aos culpados mas até o momento nada foi feito. Para as organizações presentes “Ninguém esta livre de uma bala perdida, de uma policia irresponsável como a do Estado da Bahia e o governador ao  não se pronunciar mostra  que compactua destas ações “.Estamos esperando por uma resposta do governador  conclui as entidades.

Demonstrando bastante indignação o coordenador operativo da Conen, Gilberto Leal informa que irão até o fim na busca por justiça nem que para isto seja preciso acionar organismos internacionais no intuito de aprofundar e garantir o sucesso da causa tenho duvidas  se o fato no assentamento é uma ação impensada.  A policia militar é o reflexo do comando do Governo do Estado completa Leal
 
Para coordenadora do Cen Lindinalva de Paula, as posturas não mudam pode ter o governo que for, a ação de Ilhéus mostra que esta forma de policia não interessa, o caso de Ya Bernadete é o estopim de tudo que já foi suportado pela população negra neste estado. Segundo a mesma sempre que a população denuncia ou cobra respostas sobre as atuações equivocadas da policia militar , o alto comando diz que os desmandos são culpa de uma minoria .Para a mesma é interessante a forma como uma minoria consegue controlar uma maioria consciente e no comando que existe na policia. “Quero saber por quanto tempo a maioria vai se esconder atrás da minoria, por quanto tempo ainda vamos esperar pelo silencio da maioria que diz que estes fatos são isolados.” Diz de Paula. Indignada por até o momento nada ter sido feito e o comando presente dizer que nada tem a declarar.
 
As organizações presentes ao final de suas falas entende que a saída do secretário César Nunes é primordial e  o governador ao permitir sua continuidade  compactua do que está ocorrendo. Queremos que o governador nos dê respostas  e saia de trás das minorias gritam em coro na Sessão.Diante de tanta indignação Sânzio Peixoto da Secretaria de Direitos Humanos da Justiça da Bahia , diz que o governador está tomando providencias e que este não deixará o caso sem solução. A audiênciae em Ilhéus encerrou  com os presentes constatando que até o momento nada do que foi acordado pelo chefe maior do estado foi cumprido  e que entraram em contato com o mesmo no intuito de cobrar solução  e a reunião de avaliaçao entende que providencias precisam ser tomadas antes que o ano chegue ao fim, em respeito aos diversos templos religiosos de matriz Africana invadidos no Brasil.

Luciane Reis - Publicitária,Yaó do Ilé Axé Oxumare
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