SEGUIDORES DO BLOG

.

.

CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



.

Pesquisa personalizada

terça-feira, 15 de setembro de 2009

I Festival de Teatro do Subúrbio - BA

Orçado em R$ 125 mil, o I Festival de Teatro do Subúrbio, que prossegue até o próximo dia 20, tem iniciativa aplaudida pela população. “Acho muito bacana trazer um festival para o subúrbio. Muita gente não conhece este espaço maravilhoso que é o Centro Cultural Plataforma“, destaca a comerciária Jussara Dórea, residente em Iapi, que, no último sábado, assistiu ao espetáculo 'A Comida de Nzinga', com a Companhia Axé do XVIII.
Jussara disse que ficou conhecendo o espaço através de amigos. Já o ator e produtor Luciano Santiago, residente em Plataforma, elogiou o tema do festival, voltado para a questão da negritude. "É um avanço trazer para o subúrbio esta discussão, quando se tem tantos grupos negros de artistas atuando nesta área“, destacou.
Os participantes do festival também estão animados. ”Existe um paradigma de que os artistas suburbanos têm pouca qualidade técnica. Por esta razão é bacana o investimento em oficinas“, afirmou o dançarino e coreógrafo, Evandro Melo, que ministra oficinas de dança durante a realização do festival.
Local e Ingresso: Centro Cultural Plataforma – Pç. São Brás, 14, Plataforma (3398-4769), R$ 2 e R$ 1.

| Programação dos espetáculos |

Segunda (14), às 10 e 15h:
Cirandar‘t – Com a Companhia de Teatro Popular Cirandarte (Pelouri nho)

Terça (15), às 10h:
Cotidiano da Vida Urbano, com Grupo Somos nós (Paripe)

Terça (15), às 20h:
O Rico e o Pobre, com a Companhia de Teatro Kulturart (Paripe)

Quarta (16), às 20h
O Dia 14, com a Companhia de Atores Negros Abdias do Nascimento (CAN) ( Escola Teatro Ufba)

Quinta (17), às 16h
Cordel do Pega prá Capá, com a Companhia Gente de Teatro da bahia , Rio Vermelho

Quinta (17), às 20h
Meu Nome é Brasil, com o Grupo Dudú Odara- Grupo de Teatro Negro (Plataforma)

Sexta (18), às 20h
Cabaré da Rarrraça, com o Bando de Teatro Olodum (Teatro Vila Velha)

Sábado (19), às 16h
Contadores de Cena, com o Grupo Cultural Anexus ,( Pelourinho)

Sábado (19) às 20h
Era uma Vez Brasil, com a Cia de Dança E ao Quadrado (Alto do Cabrito)

Domingo (20), às 20h
Shirê Obá - A Festa do Rei, com o Grupo Nata de Teatro(Centro)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que mudou e o que ficou do Estatuto original

Confira como ficou o Estatuto da Igualdade Racial:

O QUE FOI APROVADO

Política
Partidos serão obrigados a ter 10% de negros, e não 30% como era previsto anteriormente, entre os candidatos nas eleições proporcionais.

Saúde
O Sistema Único de Saúde (SUS) terá de se especializar em doenças mais comuns na população afrobrasileira, como a anemia falciforme. Também cria as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

Educação
Inclui no currículo obrigatório disciplinas que estudem a História da África e do negro no Brasil.

Esportes
A capoeira foi reconhecida como esporte de criação nacional e o Estado deve garantir recursos para manutenção e proteção da prática.

Empregos
O poder público poderá dar incentivos fiscais para empresas que tiverem mais de 20 empregados ou que contratarem pelo menos 20% de negros.

Discriminação
A proposta acrescenta ao crime de racismo a prática deste ato pelo meio virtual. A pena varia de um a três anos.

Recursos
O Estado deverá prever recursos para ações afirmativas nos planos plurianuais e nos orçamentos anuais.

Liberdade religiosa
Assegura o livre culto às religiões afrodescendentes e a possibilidade de denúncia ao Ministério Público em casos de intolerância religiosa.

Acesso à terra
O Estado expandirá o financiamento agrícola para desenvolver as atividades da população afrobrasileira no campo.

O QUE FICOU DE FORA

Saúde
A identificação da raça/cor em documentos do SUS, que serviria de base para traçar políticas públicas específicas.

Educação
Criação de cotas em todas as universidades públicas brasileiras e nos contratos do Fies.

Quilombolas
Remanescentes de quilombos teriam a propriedade definitiva das terras ocupadas.

Mercado de trabalho
O Estado poderia realizar a contratação preferencial de afro-brasileiros no setor público e incentivar medidas semelhantes nas empresas privadas.
Em uma licitação, o critério de desempate poderia ser o fato de empresas terem ou não ações afirmativas.

Meios de comunicação
Filmes, peças publicitárias e programas de tevê teriam no mínimo 20% de afrobrasileiros.

Seminário discute escravidão e liberdade - BA

Seminário Permanente com Pesquisadores Baianos

Escravidão e Liberdade na Chapada Diamantina e Médio São Francisco

Jackson André da Silva Ferreira
Universidade do Estado da Bahia
Mestre em História
pela Universidade Federal da Bahia

Elisângela Oliveira Ferreira
Faculdade de Tecnologia e Ciências
Doutora em História
pela Universidade Federal da Bahia


Coordenação
Maria de Fátima Novaes Pires
Universidade Federal da Bahia
Doutora em História
pela Universidade de São Paulo

Data e horário:
quinta-feira
24 de setembro de 2009
16:00

Local:
Fundação Clemente Mariani
Rua Miguel Calmon, 398
Ed. Conde Pereira Marinho
Comércio - 40015-010 - Salvador BA

Inscrições e informações:
(71) 3243 2491 3243 2666
academico@fcmariani.org.br
entrada franca mediante inscrição

Seminário "Educação em e para os Direitos Humanos" - BA

TEMA: Educação em e para os Direitos Humanos,
Data: 15/09/2009 ( Terça-feira), das 8 às17 horas;
Local: Auditório da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos- SJCDH
Endereço: 4ª Avenida, nº 400, Terreo, Centro Administrativo da Bahia, Salvador-Bahia

domingo, 13 de setembro de 2009

AUDIÊNCIA PÚBLICA: Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras - BA

O Conselho Nacional de Cineclubes – CNC, em parceria com a Campanha Reaja!, a Comunicação Militância e Atitude - CMA HipHop, o Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra – CDCN, e o Mandato Popular do Vereador Moisés Rocha, no marco de celebração da trigésima sexta Jornada Internacional de Cinema da Bahia, convoca setores de governo, técnicos da área da produção áudio visual, produtores independentes e os diversos segmentos da comunidade negra baiana para participar da Audiência Pública: Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras de salvador e região metropolitana, que acontece na próxima terça-feira (15-09), às 17h, no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador (embaixo do prédio da prefeitura).

A referida audiência publica tem como objetivo discutir o compromisso institucional do poder publico frente à dois eixos fundamentais: O Direito Cultural relacionado à produção, distribuição e difusão das mídias audiovisuais e o controle da imagem captas e difundidas em ruas, favelas, quilombos e carceragens de Salvador e região metropolitana.

No que diz respeito à primeira questão, parte-se do entendimento de que a produção, a distribuição e a difusão das mídias audiovisuais pode ser entendida como um direito humano, particularmente classificado como Direito Cultural, mas que implica inúmeros fatores relacionados aos instrumentos políticos, jurídicos e socioculturais que garantem a liberdade de manifestação cultural e o amplo aceso aos bens culturais. No entanto como acontece em qualquer aspecto dos chamados “direitos humanos”, o que é anunciado pelos marcos da lei e amplamente difundido por expressões do senso comum, setores acadêmicos, empresas de comunicação e outros setores não é vivenciado na realidade das comunidades negras da periferia e quilombos como uma garantia de direito acessível à tod@s.

Apesar do avanço tecnológico proporcionado nos últimos vinte anos na área das comunicações - em veículos impressos, televisão e, sobretudo no advento de ferramentas da internet –, e de inúmeros dispositivos jurídicos protegerem o direito a produção, distribuição e a difusão das mídias audiovisuais, o controle da imagem da comunidade negra por ela mesma é um direito cultural negado como parte da negação de tantos outros direitos. Negar o acesso a produzir e controlar a veiculação de imagens para comunidades negras em certa medida pressupõe também negar o acesso a direitos básicos à vida (como educação, cultura, saúde...) e a assim vice-versa. O fato é que a grande maioria das imagens que são captadas e difundidas em ruas favelas e presídios é na realidade colocada a disposição das elites que controlam os meios de comunicação e de outras que utilizam o aparato midiático para satisfazer seus interesses particulares. Esta realidade quase sempre implica algum tipo de depreciação, criminalização e até mesmo genocídio das comunidades negras.

Por outro lado, o direito á imagem está relacionado à defesa de valores absolutos, indisponíveis, inalienáveis, intransmissíveis, imprescritíveis, irrenunciáveis e impenhoráveis da pessoa humana e sua projeção na sociedade. A sua abrangência integra direitos físicos concernentes a própria existência (direito à vida, à integridade física, ao corpo, à imagem e à voz); direitos psíquicos (direitos à liberdade, à intimidade, à integridade psíquica e ao segredo); além dos direitos morais (direito à identidade, à honra, ao respeito e às criações intelectuais). Este conjunto de direitos são devidamente expressos no artigo 5 da Constituição brasileira sobretudo nos incisos V- relativo ao direito de resposta, proporcional ao agravo e indenização por dano material, moral ou à imagem; X- relativo à inviolabilidade da vida privada, a honra e a imagem das pessoas e à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; e o XXVIII- relativo a proteção de participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas.

No entanto, o conhecimento sobre o modo como é representada a comunidade negra das periferias de Salvador e região pelas grandes empresas de comunicação e o papel que tem cumprido o Estado brasileiro na garantia destes direitos, evidenciam que esse cabedal de institutos normativos funcionam apenas para membros da elite branca de nossa cidade. A captação e a difusão da imagem negra associada ao ideário racista propagandeado por quem controla os grandes meios de comunicação tem agregado expressivo valor simbólico a infração sistemática destes princípios. Não são poucos os programas televisivos sensacionalistas e outros veículos que ao tomar prerrogativas do judiciário, julgam e sentenciam a população negra nas ruas e carceragens da cidade; mostram corpos negros dilacerados, perfurados a bala; estimulam conflitos entre familiares e comunidades e enfim, criminaliza sistematicamente não apenas pessoas, mas toda comunidade em sua representação coletiva . Este tipo de cena vendida em larga escala como fenômeno de audiência tem como efeito a criminalização e/ou ridicularização de homens, jovens e mulheres negras que quase sempre tem seu direito infringido e nem sequer chegam a autorizar a veiculação de suas imagens.

Diante do exposto, se faz necessário o desprendimento de esforços no sentido de cobrar o compromisso institucional para plena realização dos direitos sócio-culturais para as comunidades negras e para o combate ao racismo midiático em suas múltiplas faces. Fará parte da audiencia uma mostra de produções áudio visuais independentes que participarão da XXXVI Jornada internacional de cinema, além da intervenção de diversas representações da sociedade civil e do poder publico que confrontarão variadas perspectivas sobre a questão.

Serviço:
Audiência pública- Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras de salvador e região metropolitana
Data: 15 de setembro de 2009 (terça-feira), às 17:00h
Local: Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador (embaixo do prédio da prefeitura) - Praça Tomé de Souza
Entrada gratuita

Manifestação contra trabalho doméstico escravo - BA

No ultimo sete de setembro comemoramos a Independência do Brasil, mas para nós trabalhadoras domesticas, esse data não é motivo de comemoração, pois em pleno século XXI, o Trabalho Domestico Escravo é uma triste realidade, o exemplo disso é o que sofreu a companheira GABIRELA que ainda criança foi retirada do seio de sua família que residia no interior do Estado, por sua ex-patroa para trabalhar em sua residência desde os 10 anos de idade. GABRIELA desde cedo sofreu vários tipos de maltratos como: agressão física ( apanhava de cabo de vassoura, tabua de carne , cintos e etc.) agressão psicológica,( você é burra, xingamentos em geral ), impedimento de participar do enterro de sua mãe, cárcere privado e etc.
Nesta presente era não podemos aceitar que, pessoas utilizem do seu poder financeiro para humilhar e escravizar nossas crianças.
Não é mais aceitável que certas famílias arranquem as crianças que vivem no interior com a falsas promessas de estudos e regalias, quando na verdade a intenção é destruir o seu desenvolvimento intelectual, psicológico, família, social e cultural.
Vamos dar um basta nesta vergonhosa realidade.
Está na hora de fazer justiça, punindo essas pessoas que ainda insistem com a mentalidade escravocrata.
O sindomestico/BA está atento, pois sabemos que existem varias Gabrielas em nosso pais.
Aproveitamos para convidar todas e todos que lutam por Direitos humanos, para participarem de uma manifestação no prédio da Justiça do Trabalho ( no comércio), no dia 14/09/2009, ás 8:00 h, onde acontecera o julgamento de uma ação de trabalho domestico escravo.
Av. Miguel Calmon, logo após a Praça da Inglaterra, antes e no mesmo lado do INSS. Chegando na Praça da Inglaterra, a alguns metros pelo lado esquerdo

Seminário Afro-carioca - RJ

Dia 17/09

14:00h
Cerimônia de Abertura
Representantes:
Reitoria, Centros: CEH e CCS
Unidades Acadêmicas:
Instituto de Filosofia e Ciências FCHumanas
Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UERJ
14:30h às 17h
Cultura Afro-Carioca: Patrimônios e Identidades
Coordenadora: Marcia Contins – UERJ
Martha Abreu – UFF
Patrícia Faria - UFRJ
Edlaine Gomes – UFRJ
Andrea Paiva - UFRJ
Sônia GiacominiPUC-Rio
Debatedora: Ilana Strozenberg – UFRJ
18:00h - Conferência
José Jorge de Carvalho - UnB
19:00h às 21:00h - Atividade Cultural
Posters de Dissertações de Mestrado
Teses de DO do PPCIS
Mostra de livros
Local: Hall do 1º andar

Dia 18/09

14:00h às 17h
Políticas Educacionais e Ação Afirmativa
Coordenador: Rafael dos Santos - UERJ
Moema de Poli Teixeira - UFF/IBGE
Sabrina Moehlecke - UFRJ
Andreia Vieira - UFRJ
José Maurício ArrutiPUC-Rio
Elielma Ayres Machado - UERJ
Debatedor: José Jairo Vieira - UFRJ
18:00h - Conferência
Livio Sansone - UFBA
19:00h às 21:00h - Atividade Cultural
Posters de Dissertações de Mestrado
Teses de DO do PPCIS
Mostra de livros
Local: Hall do 1º andar

Comissão Organizadora do Seminário:
Maria Alice Rezende Gonçalves
Elielma Ayres Machado
Simone Vassallo

Contato:
neabuerj_semprenegro@yahoo.com.br

sábado, 12 de setembro de 2009

É o racismo, estúpidos (Edson Cardoso)


O repórter Bernardo Mello Franco, de “O Globo”, escreveu que a “Câmara dos Deputados aprovou ontem uma versão esvaziada do Estatuto da Igualdade Racial”. Na mesma reportagem, o ministro Edson Santos afirmou que “o grande avanço é que ele não vai gerar conflito”. (O Globo, p. 11.)
O Dep. Luiz Alberto (PT-BA) por sua vez afirmou, em pronunciamento da tribuna da Câmara, que o texto aprovado era “o possível”. E acrescentou: “Em caráter conclusivo, a matéria vai ao Senado Federal, onde também há um acordo para imediatamente se constituir uma Comissão Especial para aprovar o Estatuto, a fim de que o Presidente Lula, ainda este ano, possa sancioná-lo e dar ao Brasil uma oportunidade de se criar uma verdadeira democracia.”
Segundo ainda a reportagem de Bernardo Franco, “o DEM elogiou as mudanças”. Quem conduziu as negociações pelos Democratas foi o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e já se pode bem avaliar a profundidade (e a realidade) da “verdadeira democracia” para a qual se abrem agora todas as oportunidades.
Johanna Nublat, repórter da “Folha de S. Paulo”, escreveu que a oposição, comandada por Lorenzoni, afirmou “ter tirado todos os pontos com os quais não concordava”. (FSP, p. C9.) Ao “Correio Braziliense”, o deputado fez declarações mais incisivas: “Tiramos qualquer tentativa de racialização do projeto”. (CB, p. 11.)
Nublat, aliás, é autora da pérola mais preciosa escrita sobre a versão do Estatuto aprovada ontem na Câmara dos Deputados: “Há também pontos mais práticos, como a possibilidade de o governo criar incentivos fiscais para empresas com mais de 20 empregados e pelo menos 20% de negros.”
Quando o ponto mais prático é uma possibilidade, o leitor pode bem dimensionar o que representa a proposta aprovada para a superação das desigualdades raciais. Nem falo de racismo, porque a Comissão Especial, a rigor, nunca tratou do tema. Mas é fato que, sem falar de racismo, não alcançamos as motivações fundamentais.
Há algumas semanas, a mídia divulgou a discriminação sofrida por Januário Alves de Santana, agredido por seguranças do supermercado Carrefour numa cidade da Grande São Paulo. Todos conhecem a história do homem negro, técnico em eletrônica, que foi acusado de tentar roubar seu próprio veículo, um EcoSport. Acusado e violentamente espancado nas dependências do Carrefour.
Segundo ainda o noticiário, Januário viveu tantos constrangimentos após a compra do veículo, que decidiu se livrar dele. Creio que deveríamos fazer uma reflexão sobre como essas imposições violentas de limites têm afetado a população negra. Inclusive entidades e parlamentares. Por causa de seus traços fisionômicos, seu fenótipo, e de um conjunto de injunções decorrentes da hierarquização do humano vigente entre nós, Januário vê-se obrigado a rever seu projeto, reduzindo suas dimensões, buscando adequar-se aos limites impostos pelo racismo.
Um modelo mais modesto de veículo talvez lhe permitisse acomodar-se aos limites rígidos preestabelecidos, seguramente é o que pensa Januário.
Segundo os seguranças do Carrefour citados na revista Carta Capital, tudo, toda a informação estava na cara de Januário. Sua cara não nega, teriam dito os seguranças. E mais: “Você deve ter pelo menos três passagens pela polícia”. Sendo assim, não admiraria que Januário, renunciando a seu projeto legítimo de possuir um EcoSport, fosse preso ou assassinado conduzindo uma bicicleta.(Carta Capital, nº 560,25/08/09 p.16.)
O fato é que os negros vivem em um mundo em que se sabe de antemão muita coisa sobre eles. Impressiona a quantidade de informação que o olhar racista pode colher em um rosto negro. Os negros são no Brasil a evidência pública de um conjunto de delitos.
Apoiado por muitos outros autores, Umberto Eco afirma que é o outro, é o seu olhar, que nos define e nos forma. E não se trata aqui, diz ele, de nenhuma propensão sentimental, mas de uma condição fundadora (ver Cinco escritos morais. Editora Record, 1997, p. 95.)
Já sabemos como somos vistos e, a partir desse olhar, como devemos nos definir e conformar nossos projetos. Seria melhor dizer como devemos amesquinhar e reduzir nossos projetos. Sonhos não realizados, esperanças frustradas reafirmando e reforçando a ideologia que previamente nos classificou a todos.
Os parlamentares negros que ontem cantaram e ergueram os punhos fechados e se abraçaram ao DEM, o ministro Edson Santos, a Seppir, a Conen, a Unegro, todos comemoravam no fundo a redução e o amesquinhamento do projeto de Estatuto. Conformaram-se ao “possível”. Confiam que na redução ainda se podem projetar ganhos eleitorais. Vão colher, seguramente, o que plantaram.

Livro "Enredos e tramas nas minas de ouro de Jacobina" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

Sessão Especial em Homenagem a Steve Biko - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

Colóquio Centro de Estudos Afro-Orientais - BA

50 Anos de estudos africanos, afro-brasileiros e asáticos na Bahia. 29 e 30 de setembro de 2009

O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) completa, em 2009, 50 anos de dedicação à pesquisa e ação comunitária na área dos estudos afro-brasileiros e das ações afirmativas em favor das populações afro-descendentes, bem como à área dos estudos das línguas e civilizações africanas e asiática. A relevância do Centro de Estudos Afro-Orientais é amplamente reconhecida no plano nacional e internacional. Seu pioneirismo nas missões de estudo e intercâmbio com países da África antecipou as iniciativas recentes do governo brasileiro e das agências de fomento à pesquisa (Capes, CNPq) de estímulo às conexões entre o Brasil, a África e a Ásia. O Colóquio CEAO: 50 ANOS tem o intuito de propiciar a ampliação de diálogos e debates entre pesquisador@s brasileir@s e estrangeir@s sobre as culturas africanas e sobre as relações etnicorraciais, e estimular a reflexão sobre o futuro do CEAO como referência na área dos estudos étnicos e africanos no contexto local e global.

PROGRAMAÇÃO

DIA 1 – TERÇA, 29 DE SETEMBRO 2009

15:00 h - ABERTURA

HOMENAGEM AOS EX-DIRETORES E EX-FUNCIONÁRIOS DO CEAO

16:00 h. - Conferência de Abertura

Título: O CAMPO DOS ESTUDOS AFRICANOS NO BRASIL

Conferencista: Prof. Kabenguelê Munanga (Centro de Estudos Africanos - USP)

LOCAL: Anfiteatro da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBa (TERREIRO DE JESUS – Centro Histórico)

. 18:00 h.- DESCERRAMENTO DE PLACA COMEMORATIVA

. 18:30 h. - LANÇAMENTOS

. ÁFRICA NEGRA. História e Civilizações,Tomo I., de Elikia M’bokolo;

. O Poder dos Candomblés. Perseguição e Resistência no Recôncavo da Bahia, de Edmar Ferreira Santos;

. Martiniano Eliseu do Bonfim. Um Príncipe Africano na Bahia. Cadernos da Memória, Volume 1, de Marcos Santana;

. Revista Afro-Ásia n.38;

. Mapeamento dos Terreiros de Salvador (CD), Jocélio Teles dos Santos (Coord.).

LOCAL: AUDITÓRIO MILTON SANTOS – CEAO (Lgo. 2 de Julho)

DIA 2 – QUARTA, 30 DE SETEMBRO 2009

9:00 h. – Exibição seguida de debate do Filme "Agostinho da Silva - Um pensamento vivo" de João Rodrigo Mattos - 2006 - (Brasil-Portugal) - 96 min. Filme documentário realizado pelo neto do fundador do CEAO, apresenta o percurso biográfico do humanista português, retratando desde sua infância, passando pelas obras que escreveu durante seu auto-exílio de 25 anos no Brasil, e indo até sua morte, em Portugal, em 1994.

11:00 h. – Mesa Redonda – A UNIVERSIDADE E AS POLÍTICAS PARA AS COMUNIDADES NEGRAS

12:30 h. - ALMOÇO

14:00 h: Mesa Redonda - OLHARES SOBRE O BRASIL E A BAHIA – Prof. Eakin Marshall (Associação de Estudos Brasileiros; Vanderbilt University), Prof. Yussuf Adam (Univ. Eduardo Mondlane, Moçambique) e Prof. Ralph Cole Waddey (Mestre em Economia e Estudos Latino-americanos, University of Florida; pesquisador da música brasileira).

16:00: Conferência de Encerramento – Percepções da Bahia do final do Século XX: A Conexão CEAO

Conferencista: Prof. Anani Dzidzienyo (Africana Studies, Portuguese Brazilian Studies, Brown University – USA)

18 HS – COQUETEL (Carurú)

LOCAL: Anfiteatro e área externa da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBa (TERREIRO DE JESUS – Centro Histórico)

REALIZAÇÃO: CEAO - UFBA

APOIO:

FAMED - UFBA

FFCH – UFBa

PATROCÍNIO:

FAPESB

Fundação Pedro Calmon

BAHIAGÁS

DESENBAHIA

PETROBRÁS

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aprovado o Estatuto da Igualdade Racial na Câmara Federal

Comissão especial aprova o Estatuto da Igualdade Racial
A comissão especial que analisa o Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/05, do Senado) aprovou no dia 09 de setembro o substitutivo do relator, deputado Antônio Roberto (PV-MG). Após um longo processo de discussão, foi construído um acordo com os parlamentares que eram contrários ao texto. De acordo com Antônio Roberto, não houve alterações substanciais, mas apenas de redação. Foi suprimida, por exemplo, a definição de remanescente de quilombo.Na opinião do presidente da comissão, deputado Carlos Santana (PT-RJ), essa mudanças não têm importância. "O reconhecimento é o máximo, sempre se tentou esconder os 350 anos de escravidão. A construção vai ser no dia-a-dia", afirmou.Os representantes do DEM na reunião afirmaram que não vão apresentar recurso para que o texto seja votado pelo Plenário. Com isso, a proposta será encaminhada diretamente ao Senado. O partido também se comprometeu a trabalhar pela celeridade na votação na outra Casa. Agora vamos aguardar o período de apresentação de recurso.
Se não for apresentado recurso, o PL retorna ao Senado e, em seguida, para sanção do Presidente da República.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mãe Stella de Oxóssi recebe título de Doutora Honoris Causa - BA

UNEB concede título de Doutora Honoris Causa a Mãe Stella de Oxóssi, em reconhecimento à sua trajetória de luta pela Igualdade Racial e Direitos Humanos - Respeitada Sacerdotisa do Candomblé, 84 anos, é a primeira Mulher a receber essa honraria máxima da Universidade - Solenidade vai reunir autoridades, lideranças negras e religiosas e comunidade acadêmica - Dia 10/setembro, 9h30, Teatro UNEB, em Salvador.
A líder religiosa e incansável defensora da preservação da cultura africana, Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, receberá da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) uma das mais raras> honrarias da instituição: o título de doutor honoris causa. A solenidade de concessão do título, aberta ao público externo, acontece no dia 10 de setembro, às 9h30, no Teatro UNEB, no Campus I da universidade, em Salvador. Estão entre os convidados da cerimônia, o ministro da Cultura (MinC), Juca Ferreira; o governador do estado, Jaques Wagner; os secretários estaduais de Educação (SEC), Osvaldo Barreto, e de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Valmir Assunção; a presidente do Instituto Geográfico e Histórico (IGH) da Bahia, Consuelo Pondé; o fundador da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos (o Vovô do Ilê), além de parlamentares, lideranças negras e religiosas e representantes de> movimentos sociais. A homenageada considera uma surpresa agradável a lembrança de seu nome e o> reconhecimento ao seu trabalho. "Fico muito gratificada por perceber que aqueles que produzem estão sendo> valorizados. É um sinal de que estamos no caminho certo, o que me estimula a continuar trabalhando e contribuindo para a educação e a cultura baiana",> diz Mãe Stella. Segundo o reitor da UNEB, Lourisvaldo Valentim, a concessão desse título é um reconhecimento da comunidade acadêmica da universidade pelo legado cultural construído pela famosa ialorixá.
"A trajetória de Mãe Stella tem grande relevância para a academia e a sociedade, já que, como líder religiosa, foi importante defensora da cultura de matriz africana. A concessão desse título é mais uma iniciativa que reforça essa missão da nossa UNEB, de promover a igualdade étnica e social", pontua Valentim.
Honoris Causa
O título de Doutor Honoris Causa é concedido à personalidade que tenha se distinguido pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras ou do melhor entendimento entre os povos. Esta será a quarta vez que UNEB concede a honraria. O primeiro agraciado foi Thabo Mbeki, que em 2000, ano da homenagem, era o presidente em exercício da República Federativa da África do Sul. Em 2008, Abdias do Nascimento, dramaturgo e ativista político, foi também honrado com o título. O terceiro homenageado foi o historiador e escritor baiano Luís Henrique Tavares, que recebeu o título em março de 2009. Mãe Stella de Oxóssi teve o nome sugerido pela consultora técnica do Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens (Ppgel) da universidade, Ieda Pessoa. A proposta foi formalizada no Conselho Superior Universitário (Consu) da UNEB pelo diretor do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I, Egnaldo Pellegrino. "Mãe Stella tem lutado incansavelmente pela resistência e preservação da cultura africana. Suas obras tem se posicionado contra a exploração comercial dos costumes iorubás, e disseminado a língua matricial desse povo", explica Ieda.
Para Egnaldo Pellegrino, é de suma importância que a UNEB, uma universidade pioneira nas políticas de valorização da cultura afro-descendente, premie o trabalho desenvolvido pela filha de Oxóssi.
Vida e obra
Maria Stella de Azevedo Santos nasceu em Salvador, em 2 de maio de 1925, e tornou-se iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá em 11 de junho de 1976, passando a ser a quinta sacerdotisa do Candomblé de São Gonçalo do Retiro. A iyalorixá é respeitada em todo território nacional, realizando palestras e participado de seminários sobre a cultura afro-descendente. Em 2001, ganhou o prêmio jornalístico Estadão, na condição de fomentadora de cultura. Mãe Stella é graduada pela escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (Ufba), com especialização em Saúde Pública, e exerceu a profissão por mais de trinta anos como funcionária pública do estado. A enfermeira também se destacou por ter sido a primeira iyalorixá, de um terreiro tradicional, a combater o sincretismo religioso com a Igreja Católica. Em 1980, fundou o primeiro museu de um terreiro de candomblé: o Ohun Lailai. É também a presidente emérita do Instituto Alaiandê Xirê, do qual foi a fundadora. É ainda detentora da comenda Maria Quitéria, da prefeitura de Salvador, da Ordem do Cavaleiro, do governo estadual, e da comenda do Ministério da Cultura (MinC). Entre as obras publicadas por Mãe Stella, destacam-se oLivros E daí> aconteceu o encanto, de 1988; o Meu tempo é agora, de 1993; Lineamentos da religião dos orixás - memória de ternura, de 2004; Osósi - o caçador de alegrias, de 2006; e Owé - provérbios, de 2007. Informações: Cerimonial da UNEB - Tel.: (71) 3117-2427.

Palestra "Racismo, violência e globalizacao" - SP

PALESTRA RACISMO, VIOLÊNCIA E GLOBALIZAÇÃO
O CASO DE ESPACAMENTO E TORTURA DO TRABALHADOR NEGRO DA USP PELO CARREFOUR E PELA POLICIA MILITAR

No ano da França no Brasil, supermercado Francês agride negro Brasileiro

PALESTRANTES:
Prof. Kabengele Munanga (USP)
Prof. Dennis de Oliveira (USP)
Mara Punho Negro (Pão e Rosas)
Douglas Belchior (Uneafro)
Maria José (Sintusp)
Profa. Dilma de Melo Silva (ECA)

LOCAL: Espaço Aquario da Historia - USP (Cidade Universitária)
Quinta-feira (10/09/09), as 18hs.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sindjors realiza seminário internacional sobre os indicadores da negritude nos meios de comunicação - RS

Evento será nos dias 17 e 18 de setembro em Porto Alegre e terá palestrantes especialistas em indicadores sócios econômicos e jornalistas da Colômbia, Equador, Porto Rico, Espanha, Organização das Nações Unidas ONU e do governo brasileiro. A entrada é franca e o prazo para inscrições encerra no dia 15/09. Interessados (as) em participar devem enviar e-mail solicitando ficha de inscrição para: secretaria1@ jornalistasrs. brte.com. br
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul - Sindjors realiza nos dias 17 e 18 de setembro próximo, no Salão Nobre da Associação Rio-grandense de Imprensa - ARI o 2º Seminário Estadual O Negro na Mídia - a Invisibilidade da Cor, nesta edição, tendo como tema Indicadores da Negritude e os Meios de Comunicação e o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodada dos Censos de 2010. A entrada é franca e as inscrições estão abertas até o dia 15/09, podendo a ficha de inscrição ser solicitada através do e-mail:
secretaria1@jornalistasrs.brte.com.br. Os eventos são uma produção do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileiros e marcam a parceria do Sindjors com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher Unifem, Centro de Informação das Nações Unidas - UNIC e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA. Com tradução simultânea, o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodadas dos Censos 2010 já tem confirmada a presença de convidados do Equador, Colômbia, Porto Rico e Espanha.

De acordo com Jeanice Dias Ramos, integrante da diretoria do Sindjors e coordenadora do Núcleo, um dos objetivos do Seminário é refletir sobre o que significa para os profissionais da mídia ter em mãos informes e indicadores sobre a população negra, ou seja representa a oportunidade de dominar com maior propriedade a temática étnica racial. Ela, também, alerta que os eventos são abertos para o público em geral e as inscrições devem ser feitas de imediato para garantir lugar, já que a procura tem sido grande nestes últimos dias".
VISIBILIDADE - Sobre o Encontro Latino-americano de Comunicação, Jeanice Ramos enfatiza que o seminário é parte da estratégia de assegurar a visibilidade estatística de afrodescendentes na região das Américas e no Brasil, como uma ação política que garanta a coleta e análise de dados desagregados por raça/etnia nos censos de 2010/2012 e, igualmente, verificar o impacto dessas alterações na produção de dados e indicadores socioecnômicos.

A desagregação de dados por raça/etnia pode resultar, segundo a coordenadora do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileirpos , no aperfeiçoamento das políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, de acordo com os compromissos assumidos pelos Estados da região e reiterados na Conferência de Revisão de Durban, realizada em Genebra, em abril de 2009.
Esta iniciativa do Sindjors se integra aos esforços de garantir a ampliação dos direitos humanos da população negra através do enfrentamento do racismo, como determinam o Plano de Ação de Durban e as orientações do Comitê sobre Eliminação da Discriminação Racial - CERD, bem como instalar uma agenda de interlocução com jornalistas e comunicadores e sociedade civil.
O Seminário O Negro Na Mídia Invisibilidade da Cor terá abertura no dia 17/9, quinta-feira, às 18h30min, no Salão Nobre da Associação Rio-grandense de Imprensa ARI com prosseguimento, no mesmo local, no dia seguinte, 18/9, às 8h30min e reunirá representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA (DF); do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (DF); Centro de Informação das Nações Unidas UNIC (RJ); Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Seppir (DF) e Empresa Brasil de Comunicação EBC (DF) e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher Unifem (DF).

Programação
17 de setembro de 2009 - Seminário Estadual O Negro na Mídia a Invisibilidade da Cor
Das 18h30min às 22h

18 de setembro de 2009 - Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodada dos Censos de 2010

Das 8h30 às 10h - Painel I Afrodescendentes e a Rodada dos Censos de 2010

Das 10h30 às 12h - Painel II Raça e Etnia nos Censos do Brasil, Pesquisas e Indicadores sobre a População Negra

CONVIDADOS/CONFIRMA DOS
Eloi Ferreira de Araújo - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Seppir
Mário Lisboa Theodoro - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA
Maria Inês Barbosa -Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher Unifem
Ana Lucia Sabóia - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Giancarlos Suma - Centro de Informação da ONU
José Carlos Torves - Federação Nacional de Jornalistas - Fenaj
Eliane Cavalleiro - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN
Cristian Guevara - Federação de afrodescendentes iberoamericanos - Fedafro - Espanha
Esaud Noel - Presidente da Associação Nacional de Jornalistas Afrocolombianos - Colômbia
Julio Rivera - Jornalista de Porto Rico
Mais informações com: Jeanice Dias Ramos - 51 91.17.33.90 -
jeanice_ramos@ hotmail.com

Vera Daisy Barcellos - Jorn. Reg.Prof.3.804 - 51.913.56.435Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros /Sindjors
veradaisyb@yahoo. com.br

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Filme "Negros", de Mônica Simoes

( Clique na imagem para ampliá-la)

CLAUDIA entrevista Luiza Bairros

Uma das lideranças mais respeitadas quando se trata de combate à discriminação racial, a socióloga Luiza Bairros assumiu, em agosto de 2008, a Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), da Bahia. Criada em dezembro de 2006, a Sepromi tem sede em Salvador é a primeira secretaria estadual do Brasil a trabalhar especificamente políticas públicas para negras e negros. Tornar reconhecida e enfrentar as desigualdades é o desafio da gaúcha Luiza Bairros, que há mais de duas décadas vive na capital baiana. “O racismo continua sendo, no mundo todo, uma questão de poder”, ressalta ela. À frente da Sepromi, Luiza e sua equipe propõem e monitoram políticas públicas que visam assegurar e ampliar os direitos da comunidade negra. Algumas prioridades da Sepromi são combater a violência contra a mulher; criar projetos para negros e negras de geração de renda nas áreas urbanas e rurais; regularizar e dar título de terra para as comunidades quilombolas e incluí-las nos programas governamentais, garantindo estruturas como água, luz, e educação, saúde, cultura, esporte e lazer. Patrícia Negrão / Foto divulgação.
CLAUDIA - A criação de uma secretária como a Sepromi é resultado da luta do movimento negro no país?
LUIZA - A reemergência dos movimentos negros a partir de metade dos anos 1970 fez com que o combate do racimo se transformasse em questão nacional. Principalmente na última década, podemos citar várias ações afirmativas no âmbito do governo voltadas para a população negra como a criação do sistema de cotas nas universidades brasileiras e da fundação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que promoveu o surgimento de órgãos estaduais, como a Sepromi, e também municipais. Podemos destacar também a promulgação da lei que torna obrigatório o ensino da história do negro e das populações indígenas na escola brasileira. Na saúde, foram adotados programas específicos voltados para a saúde da população negra, que é uma antiga luta do movimento. Em maio de 2009, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
CLAUDIA - O país está menos racista?
LUIZA - O racismo é um fenômeno elástico. Na medida em que são conseguidas conquistas de um lado, ele se modifica e apresenta novas formas de se manifestar. Os negros são maioria no país e empoderá-los pode significar uma inversão grande de distribuição do poder, hoje exercido pelos brancos. E ninguém abre mão do poder de graça. Setores conservadores da sociedade batalham para que isso não aconteça. Por isso afirmo que o racismo é uma questão de poder.
CLAUDIA - O racismo cria privilégios para um grupo e desvantagem para outro?
LUIZA - A partir de diferenças físicas – traços do corpo, cor de pele – se estabelece a superioridade de um grupo em relação ao outro, inferiorizando e estigmatizando os negros, no caso do racismo anti negros. Há formas sofisticadas para impedir os negros a chegarem a posições de prestígio, como cargos políticos e econômicos. Não se permite, portanto, que surjam aqui figuras como Barack Obama (presidente dos Estados Unidos).
CLAUDIA - Qual a importância da criação de um órgão como a Sepromi na luta contra o racismo?
LUIZA - O papel de secretarias especiais como a Sepromi é responsabilizar o Estado a ter políticas públicas voltadas para mulheres e homens negros do país. Acredito que a criação das secretarias nos estados e nos municípios pode, com o tempo, irá produzir mudanças efetivas. Mas ainda há muita resistência para conseguirmos implantar até as políticas públicas já conquistas

domingo, 6 de setembro de 2009

Seminário Violência Racial - SP

(Clique nas imagens para ampliá-las)







sábado, 5 de setembro de 2009

Criada a primeira secretaria indígena

A primeira secretaria indígena estadual foi criada ontem no Amazonas. O ex-coordenador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Barbosa, da etnia Sateré Mawé, é o secretário. Com um orçamento de R$ 1,2 milhão para este ano, ele diz que buscará verbas no governo federal, no exterior e na iniciativa privada.
Fonte: OESP, 3/9, Nacional, p.A 8.extraído de Manchetes Socioambientais - 03/09/2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PL dos Heróis dos Búzios tem Relator da Bahia

O Projeto de Lei 5819/2009, de autoria do Deputado Federal Luiz Alberto (PT/BA), que propõe a inscrição dos nomes dos heróis e mártires da Revolta dos Búzios no Livro dos “Heróis da Pátria” já tem relator na Comissão de Educação e Cultura (CEC). Nesta quinta-feira (03), a CEC designou como Relator o Dep. Emiliano José (PT-BA). O Projeto de Lei também será apreciado, posteriormente, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.

HISTÓRICO - A Revolta dos Búzios, também chamada de Revolta dos Alfaiates, Revolta das Argolinhas ou Inconfidência Baiana aconteceu em 12 de agosto de 1798 em Salvador. João de Deus, Lucas Dantas, Manuel Faustino e Luis das Virgens foram os heróis e mártires da Revolta dos Búzios. Entre 12 e 25 de agosto de 1798 os quatro foram presos. No dia 7 de novembro de 1799 foram enforcados na Praça da Piedade, também na capital baiana.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Deputado Federal Luiz Alberto (PT/BA)
Brasília: Daniela Luciana (DRT/BA 1998)
61 3215-5954 / 61 8179-9316 - daniela.silva@camara.gov.br
Salvador: Naiara Leite (DRT/BA 2823)
71 2223-9149 / 71 8229-8159