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CALENDÁRIO NEGRO – DEZEMBRO

1 – O flautista Patápio Silva é contemplado com a medalha de ouro do Instituto Nacional de Música, prêmio até então nunca conferido a um negro (1901)
1 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Otto Henrique Trepte, o compositor Casquinha, integrante da Velha Guarda da Portela, parceiro de Candeia, autor de vários sambas de sucesso como: "Recado", "Sinal Aberto", "Preta Aloirada" (1922)
1 – O líder da Revolta da Chibata João Cândido após julgamento é absolvido (1912)
1 – Todas as unidades do Exército dos Estados Unidos (inclusive a Força Aérea, nesta época, uma parte do exército) passaram a admitir homens negros (1941)
1 – Rosa Parks recusa-se a ceder o seu lugar num ônibus de Montgomery (EUA) desafiando a lei local de segregação nos transportes públicos. Este fato deu início ao "milagre de Montgomery” (1955)
2 – Dia Nacional do Samba
2 – Nasce em Magé (RJ) Francisco de Paula Brito. Compôs as primeiras notícias deste que é hoje o mais antigo jornal do Brasil, o Jornal do Comércio (1809)
2 – Nasce em Salvador (BA) Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o sumo sacerdote do Axé Opô Afonjá, escritor e artista plástico, Mestre Didi (1917)
2 – Inicia-se na cidade de Santos (SP), o I Simpósio do Samba (1966)
2 – Fundação na cidade de Salvador (BA), do Ilê Asipa, terreiro do culto aos egugun, chefiado pelo sumo sacerdote do culto Alapini Ipekunoye Descoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1980)
2 – Começa em Valença (RJ), o 1º Encontro Nacional de Mulheres Negras (1988)
3 – Frederick Douglas, escritor, eloquente orador em favor da causa abolicionista, e Martin R. Delaney fundam nos Estados Unidos o North Star, jornal antiescravagista (1847)
3 – Nasce em Valença(BA), Maria Balbina dos Santos, a líder religiosa da Comunidade Terreiro Caxuté, de matriz Banto-indígena, localizada no território do Baixo Sul da Bahia, Mãe Bárbara ou Mam’eto kwa Nkisi Kafurengá (1973)
3 – Numa tarde de chuva, em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, é fundado o Coletivo de Escritores Negros do Rio de Janeiro (1988)
4 – Dia consagrado ao Orixá Oyá (Iansã)
4 – 22 marinheiros, revoltosos contra a chibata, castigo físico dado aos marinheiros, são presos pelo Governo brasileiro, acusados de conspiração (1910)
4 – Realizado em Valença (RJ), o I Encontro Nacional de Mulheres Negras, que serviu como um espaço de articulação política para as mais de 400(quatrocentas) mulheres negras eleitas como delegadas nos dezoito Estados brasileiros (1988)
5 – Depois de resistir de 1630 até 1695, é completamente destruído o Quilombo dos Palmares (1697)
5 – Nasce em Pinhal (SP) Otávio Henrique de Oliveira, o cantor Blecaute (1919)
5 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Rubem dos Santos, o radialista Rubem Confete (1937)
5 – O cantor jamaicano Bob Marley participa do show "Smile Jamaica Concert", no National Hero's Park, dois dias depois de sofrer um atentado provavelmente de origem política (1976)
6 – Edital proibia o porte de arma aos negros, escravos ou não e impunha-se a pena de 300 açoites aos cativos que infringissem a lei. (1816)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Jorge de Oliveira Veiga, o cantor Jorge Veiga (1910)
6 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Emílio Vitalino Santiago, o cantor Emílio Santiago (1946)
6 – Realização em Goiás (GO) do Encontro Nacional de Mulheres Negras, com o tema “30 Anos contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Brasil” (2018)
7 – Nasce Sir Milton Margai, Primeiro Ministro de Serra Leoa (1895)
7 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Luís Carlos Amaral Gomes, o poeta Éle Semog (1952)
7 – Clementina de Jesus, a "Mãe Quelé", aos 63 anos pisa o palco pela primeira vez como cantora profissional, no Teatro Jovem, primeiro show da série de espetáculos "Menestrel" sob a direção de Hermínio Bello de Carvalho (1964)
8 – Nasce em Salvador(BA) o poeta e ativista do Movimento Negro Jônatas Conceição (1952)
8 – Fundação na Província do Ceará, da Sociedade Cearense Libertadora (1880)
8 – Nasce no Harlem, Nova Iorque (EUA), Sammy Davis Jr., um dos artistas mais versáteis de toda a história da música e do "show business" americano (1925)
8 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Alaíde Costa Silveira, a cantora Alaíde Costa (1933)
8 – Dia consagrado ao Orixá Oxum
9 – Nasce em São Paulo (SP) Erlon Vieira Chaves, o compositor e arranjador Erlon Chaves (1933)
9 – Nasce em Monte Santo, Minas Gerais, o ator e diretor Milton Gonçalves (1933)
9 – Nasce em Salvador/BA, a atriz Zeni Pereira, famosa por interpretar a cozinheira Januária na novela Escrava Isaura (1924)
10 – O líder sul-africano Nelson Mandela recebe em Oslo, Noruega o Prêmio Nobel da Paz (1993)
10 – O Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, assina a nova Constituição do país, instituindo legalmente a igualdade racial (1996)
10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU em 1948
10 – Fundação em Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola - MPLA (1975)
10 – Criação do Programa SOS Racismo, do IPCN (RJ), Direitos Humanos e Civis (1987)
11 – Nasce em Gary, condado de Lake, Indiana (EUA), Jermaine LaJaune Jackson, o cantor, baixista, compositor, dançarino e produtor musical Jermaine Jackson (1954)
11 – Festa Nacional de Alto Volta (1958)
11 – Surge no Rio de Janeiro, o Jornal Redenção (1950)
12 – O Presidente Geral do CNA, Cheif Albert Luthuli, recebe o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro a ser concedido a um líder africano (1960)
12 – Nasce em Leopoldina (MG) Osvaldo Alves Pereira, o cantor e compositor Noca da Portela, autor de inúmeros sucessos como: "Portela na Avenida", "é preciso muito amor", "Vendaval da vida", "Virada", "Mil Réis" (1932)
12 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Wilson Moreira Serra, o compositor Wilson Moreira, autor de sucessos como "Gostoso Veneno", "Okolofé", "Candongueiro", "Coisa da Antiga" (1936)
12 – Independência do Quênia (1963)
13 – Dia consagrado a Oxum Apará ou Opará, a mais jovem entre todas as Oxuns, de gênio guerreiro
13 – Nasce em Exu (PE) Luiz Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e acordeonista Luiz Gonzaga (1912)
14 – Rui Barbosa assina despacho ordenando a queima de registros do tráfico e da escravidão no Brasil (1890)
15 – Machado de Assis é proclamado o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (1896)
16 – Nasce na cidade do Rio Grande (RS) o político Elbert Madruga (1921)
16 – O Congresso Nacional Africano (CNA), já na clandestinidade, cria o seu braço armado (1961)
17 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Augusto Temístocles da Silva Costa, o humorista Tião Macalé (1926)
18 – Nasce em King William's Town, próximo a Cidade do Cabo, África do Sul, o líder africano Steve Biko (1946)
18 – A aviação sul-africana bombardeia uma aldeia angolana causando a morte dezenas de habitantes (1983)
19 – Nasce nos Estados Unidos, Carter G. Woodson, considerado o "Pai da História Negra" americana (1875)
19 – Nasce no bairro de São Cristóvão (RJ) Manuel da Conceição Chantre, o compositor e violonista Mão de Vaca (1930)
20 – Abolição da escravatura na Ilha Reunião (1848)
20 – Nasce em Salvador (BA) Carlos Alberto de Oliveira, advogado, jornalista, político e ativista do Movimento Negro, autor da Lei 7.716/1989 ou Lei Caó, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor (1941)
21 – Nasce em Los Angeles (EUA) Delorez Florence Griffith, a atleta Florence Griffith Joyner - Flo-Jo, recordista mundial dos 100m (1959)
22 – Criado o Museu da Abolição, através da Lei Federal nº 3.357, com sede na cidade do Recife, em homenagem a João Alfredo e Joaquim Nabuco (1957)
23 – Nasce em Louisiana (EUA) Sarah Breedlove, a empresária de cosméticos, filantropa, política e ativista social Madam C. J. Walker, primeira mulher a construir sua própria fortuna nos Estados Unidos ao criar e vender produtos de beleza para mulheres negras. Com sua Madam C.J. Walker Manufacturing Company, ela fez doações em dinheiro a várias organizações e projetos voltados à comunidade negra (1867)
23 – Criação no Rio de Janeiro, do Grupo Vissungo (1974)
23 - O senador americano Jesse Jackson recebe o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e o diploma de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro durante visita ao Brasil, por meio do Projeto de Resolução nº 554 de 1996, de autoria do Deputado Graça e Paz (1996)
24 – João Cândido, líder da Revolta da Chibata e mais 17 revoltosos são colocados na "solitária" do quartel-general da Marinha (1910)
25 – Parte do Rio de Janeiro, o navio Satélite, levando 105 ex-marinheiros participantes da Revolta da Chibata, 44 mulheres, 298 marginais e 50 praças do Exército, enviados sem julgamento para trabalhos forçados no Amazonas. 9 marujos foram fuzilados em alto-mar e os restantes deixados nas margens do Rio Amazonas (1910)
25 – Nasce no Município de Duque de Caxias, (RJ) Jair Ventura Filho, o jogador de futebol Jairzinho, "O Furacão da Copa de 1970" (1944)
26 – Primeiro dia do Kwanza, período religioso afro-americano
27 – Nasce em Natal (RN), o jogador Richarlyson (1982)
28 – O estado de São Paulo institui o Dia da Mãe Preta (1968)
28 – Nasce na Pensilvânia (EUA), Earl Kenneth Hines, o pianista Earl “Fatha” Hines, um dos maiores pianistas da história do jazz (1903)
29 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Édio Laurindo da Silva, o sambista Delegado, famoso mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira (1922)
29 – Nasce em Diourbel, Senegal, Cheikh Anta Diop, historiador, antropólogo, físico e político (1923)
30 – Nasce no Rio de Janeiro (RJ) Maria de Lourdes Mendes, a jongueira Tia Maria da Grota (1920)
30 – Nasce em Cypress, Califórnia (EUA), Eldrick Tont Woods, o jogador de golfe Tiger Woods, considerado um dos maiores golfistas de todos os tempos (1975)
31 – Nasce no Morro da Serrinha, Madureira (RJ), Darcy Monteiro, músico profissional, compositor, percussionista, ritmista, jongueiro, criador do Grupo Bassam, nome artístico do Jongo da Serrinha (1932)
31 – Nasce na Virgínia (EUA), Gabrielle Christina Victoria Douglas, ou Gabby Douglas, a primeira pessoa afro-americana e a primeira de ascendência africana de qualquer nacionalidade na história olímpica a se tornar campeã individual e a primeira ginasta americana a ganhar medalha de ouro, tanto individualmente como em equipe, numa mesma Olimpíada, em 2012 (1995)
31 – Fundada pelo liberto Polydorio Antonio de Oliveira, na Rua General Lima e Silva nº 316, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Beneficente Floresta Aurora (1872)
31 – Dia dos Umbandistas



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domingo, 11 de outubro de 2009

Exposição de histórias em quadrinhos africanas - SP



Abertura: dia 14 de outubro, seguida de debate sobre o tema. Local: Museu Afro Brasil, Saõ Paulo. Data: de 15 de outubro a 08 de novembro de 2009. Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/no. – Parque Ibirapuera. Horário: das 10 às 17 horas, com permanência até as 18h, de terça a domingo. Informações: (11) 5579-0593 Estacionamento e acesso de visitantes: pelo portão 3 do parque Ibirapuera, (Zona Azul). Entrada: Grátis. (Texto de divulgação): "A inédita Exposição Picha, com obras de roteiristas e desenhistas de 16 países do Continente Africano será apresentada no Museu Afro Brasil, de 15 de outubro a 08 de novembro. Picha reúne originais de desenhos, álbuns, revistas e publicações de jornais e revistas, e ainda um importante banco de dados com informações sobre desenhistas, chargistas e caricaturistas. Além dos artistas africanos, participam da mostra o norte-americano David Brown, que virá ao Brasil especialmente para participar da programação do evento e o cartunista brasileiro e co-curador da exposição, Maurício Pestana, apresentando semelhanças e diferenças dos desenhos afro-descendentes destes dois países, junto com seus pares na África.

Fonte:http://observatoriodoracismovirtual.blogspot.com/

Unijorge promove Mini-curso "Religião de matriz africana em Cachoeira: o caso Gaiaku Luiza" - BA

Promovido pelo Departamento de História da Unijorge, ministrado pelo antropólogo Marlon Marcos. Serão abordados os prinicipais modelos rituais de Cachoeira, com a proposta de dinamizar reflexões sobre nações de candomblé, suas intercessões e seu histórico comum em torno da sacerdotisa.

QUANDO: Dias 22 a 30 de outubro, das 19 às 22 horas
ONDE: Unijorge, Paralela
QUANTO: R$ 10,00
CONTATO: 3203-8084

sábado, 10 de outubro de 2009

Balé África, dia 11.10.2009, no TCA - BA

O projeto Domingo no TCA recebe, em sua edição de outubro, a mais recente coreografia do Balé Teatro Castro Alves, “.África”, de autoria do coreógrafo espanhol Victor Navarro. Uma viagem simbólica através dos sons, dos cantos e do universo percussivo do continente africano. No palco, uma linguagem entre o primitivo e o contemporâneo revelando, através de um clima harmonioso, estético e versátil, o poder da dança em corpos maduros, experientes e tecnicamente bem preparados. Navarro já criou para o BTCA as coreografias Sonhos de Castro Alves, em 1982, remontado em 1987; e Ilhas, em 1981 remontada no ano passado. O Domingo no TCA está em seu terceiro ano e continua abrindo as portas do TCA para o público com atrações de qualidade e de estilos diversos por um preço acessível.


Horário: 11h

Ingressos (inteira): R$ 1,00 – compra individual no dia do espetáculo, a partir das 9 horas no TCA, com acesso imediato do público.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Seminário aborda cotidiano de presos e alienados em Salvador do século XVIII - BA

Seminário Permanente com Pesquisadores Baianos

Ordem e desordem: o cotidiano de presos e alienados em Salvador oitocentista


Cláudia Moraes Trindade
Doutoranda em História
pela Universidade Federal da Bahia


Vera Nathália Silva de Tarso
Faculdade de Tecnologia e Ciências
Mestra em História Social
pela Universidade Federal da Bahia


Coordenação
João José Reis
Universidade Federal da Bahia
Pós-doutor em História
pela Universidade de Londres, Inglaterra


Data e horário:
terça-feira
20 de outubro de 2009
16:00h


Local:
Fundação Clemente Mariani
Rua Miguel Calmon, 398
Ed. Conde Pereira Marinho
Comércio - 40015-010 - Salvador BA


Inscrições e informações:
(71) 3243 2491 | 3243 2666
academico@fcmariani.org.br
entrada franca mediante inscrição



Grupo Amuleto promove "Curso de História da África" - BA

OBJETIVOS:
Geral 
Capacitar formação de quadro de profissionais na área de Educação.

Específico
Contribuir para capacitar quadros profissionais os mais diversos, proporcionando bases histórico-sociológicas e abrindo extraordinário campo de ação.

PÚBLICO:
Profissionais das mais diversas áreas interessados na interdisciplinaridade, no protagonismo social como agente de mudanças e na capacitação diferenciada.

CONTEÚDO:

- A História da África Como Questão: História e Historiografia; Aportes Civilizacionais na Atividade e Idade Média
- O Escravismo Colonial Moderno e a Identidade Cultural Possível - Caso do Brasil: (O Tráfico Atlântico, O Ser Escravo, O Africano como Agente de Cultura, Os Quilombos, As Rebeliões, As Irmandades, A Resistência Miúda, O Abolicionismo
- A Inserção da História da África na Contemporaneidade: O Colonialismo Imperialista e o Processo de Descolonização
- A República e a Questão do Negro no Brasil: O Caráter Excludente da Abolição e da República, Os Movimentos Sociais da República Velha, A Crise da Democracia Racial em Meados do Século XX
- Afro-descendência e Cultura no Brasil: Literatura, Teatro e Cinema
- Afro-descendência e Contemporaneidade: Movimentos Sociais, Religiosidade e Criação Cultural
- Metodologia e Didática de História da África e da Afro-descendência No Brasil
- Atitude Empreendedora (Compartilhada)
- Plano de Negócio (Compartilhada)
- Contexto Empresarial Brasileiro (Compartilhada)
- Metodologia da Pesquisa, Produção de Textos e Projetos Tecnológicos
- Metodologia e Didática do Ensino Superior
- Trabalho de Conclusão de Curso (Orientação)
- Seminário de Pesquisa


JUSTIFICATIVA

O Curso de Extensão em História da África se justifica por dois motivos principais. O primeiro, por ser a África uma das matrizes históricas e culturais do povo brasileiro. Deste, cerca de metade descende mais diretamente de africanos trazidos ao Brasil, através de três séculos de tráfico escravo. É reconhecido por quase todos o elevado grau de participação que as culturas, técnicas e instituições sociais africanas tiveram, e têm, na formação da nossa sociedade. Falta conhecer melhor o continente de origem dessa contribuição, sem o que grande parte da história brasileira torna-se quase incompreensível.




O segundo motivo relaciona-se com a urgente necessidade de uma compreensão mais integrada de processos históricos extremamente relevantes da época contemporânea, como foi o caso da descolonização da África e suas conseqüências. O novo patamar em que o Brasil pretende se inserir na atual cena internacional exige um estudo de novo tipo da África ( e de outros continentes, como América Latina e Ásia). Exige igualmente que esse estudo não seja realizado na visão eurocêntrica do tipo colonial, nem através da óptica ufanista, falsamente afrocêntrica, que se seguiu pouco depois da independência. O caminho é o da utilização de uma nova corrente historiográfica, comandada por novos historiadores, que se apresenta crítica e realista. Será ela que paginará os nossos estudos da África e das suas relações com o mundo. É atendendo a isso que o presente curso será ministrado numa abordagem pluridisciplinar.



NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DO CURSO


A lei n.º 10.639, de 09 de janeiro de 2003, sancionada pelo Presidente da República, alterou a legislação anterior que estabelecia as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Desta forma, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, tornou-se obrigatório o estudo da História da África e dos Africanos e da luta dos negros no Brasil.


OBJETIVOS
Capacitar bacharéis e professores a introduzirem conteúdos de História da África na disciplina de História do ensino fundamental e médio.



ORGANIZAÇÃO:


O curso tem uma carga horária de 24 horas/aula, distribuídas em 6 encontros, com 4 horas cada (das 9:00 às 13:00 hs.). O calendário das aulas será o seguinte: 6 e 20 de maio; 3 e 24 de junho; 1 e 15 de julho.

COORDENAÇÃO ACADÊMICA:  
Prof. Dr. Marcelo Bittencourt


SERVIÇO:
ONDE: UNEB - Cabula
QUANDO: 15/10 a 12/12/2009 (Quinta feira a noite 19:00h a 21:30, Sabado 9:00h as 13:00h)
QUANTO: Gratuito
PROMOÇÃO: Grupo Cultural Amuleto
INSCRIÇÕES: Até 09/10/2009, a partir das 19:00, no Colegio Estadual Edgard Santos, no Garcia
Tatiane 8801-2152 / 8825-3142

Vídeo narra a desigualdade social

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Lideranças do país inteiro chegam a Salvador nesse fim de semana para as atividades de lançamento - BA

Salvador será nesse  fim de semana, 8, 9 e 10 outubro a capital brasileira da religiosidade de matriz africana. De Norte a Sul do país, lideranças das mais distintas tradições religiosas que conformam o universo religioso de matriz africana em nosso país, se encontrarão em Salvador para definir os detalhes finais da I Caminhada Nacional Pela Vida e Liberdade Religiosa que ocorrerá em nos dias 21 e 22 de novembro deste ano, também em Salvador.

Durante o seminário de lançamento da I Caminhada Nacional muitos serão os temas debatidos e as lideranças religiosas também conhecerão a campanha "Quem é de Axé diz que é!', voltada para o Censo de 2010.

Além de lideranças religiosas, estarão presentes lideranças políticas seculares, acadêmicos, personalidades entre outros representantes de segmentos significativos.



Participe! Mobilize!



Atenção: No dia 9 serão distribuidos os kit de mobilização, bem como 250 cópias do DVD Até Oxalá vai a guerra (Apoio CESE) para os representantes de Terreiros diversos.


Maiores informações deverão ser encontradas com Marcos Rezende, coordenador geral e responsável pelo lançamento da caminhada: 71 8868 4598.


CEN Brasil.

Acesse: http://www.cenbrasil.blogspot.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Catálogo de periódicos da Imprensa Negra digitalizados (1903-1963)

Este Catálogo apresenta ao público o resultado do trabalho de organização de 37 títulos de periódicos, em microfilme, existentes no acervo do CEDAP, produzidos pelas lideranças negras de São Paulo, da capital e do interior, entre os anos de 1903 a 1963.
A iniciativa de homens e mulheres de ampliarem sua voz, a partir de imprensa própria, sinaliza para o desejo dessas lideranças negras de organizarem sua comunidade e divulgarem para a sociedade mais ampla as suas perspectivas e projetos em prol do grupo. Para isso, definiram datas, fatos e personagens de renome, a exemplo de Zumbi, José do Patrocínio, Luiz Gama, cuja importância e trajetórias seriam capazes de funcionar como parâmetros e modelos a serem seguidos, no difícil caminho de sua inserção na sociedade brasileira.
Esses periódicos eram publicações simples, de poucas páginas, embora estruturados no formato de seções. Muitos deles utilizaram fotografias, ilustrações e anúncios. Estes últimos visavam à continuidade do jornal. Sua principal característica era divulgar acontecimentos da vida social e política da comunidade negra, nas suas diversas formas de expressão, manifestas no lazer, nas artes, nos esportes, nas festas, nas comemorações cívicas atinentes ao grupo, no dia-a-dia (aniversários, casamentos e mortes) e nos carnavais.

O Catálogo expressa o trabalho executado por alunos bolsistas do curso de Graduação em História, da UNESP, campus de Assis, que organizaram fichas que contemplam os dados essenciais sobre cada jornal, cujo objetivo é permitir aos pesquisadores e demais interessados as informações fundamentais sobre essa imprensa. Além das fichas técnicas, foram feitas pesquisas em fontes diversas (sites que poderiam trazer informações, já acessíveis ao público, sobre esses protagonistas, Enciclopédias, produções historiográficas e de memorialistas), para elaboração de pequena biografia dos editores e diretores desses periódicos. Todos os passos de construção desse instrumento de pesquisa foram cuidadosamente supervisionados.
O Catálogo, portanto, resultado desse processo de investigação, certamente propiciará aos pesquisadores e demais interessados nas causas defendidas por esses protagonistas condições de acompanhamento de sua trajetória. Esses homens e mulheres buscavam, em suas ações afirmativas, a valorização do grupo e, ao mesmo tempo, o combate aos preconceitos que impediam sua inserção na sociedade brasileira. Em suas formulações evidenciam os interditos que os excluíam de direitos elementares à cidadania, tais como: a inserção no mercado de trabalho e o acesso à educação. Esses problemas, vergonhosamente, chegaram à atualidade.


SITE: http://www.assis.unesp.br/cedap/cat_imprensa_negra/cat_imprensa_negra.html

Edital Pró-saúde da População Negra - BA

A FAPESB lançou hoje, em parceria com o Município de São Francisco do Conde (SFC), o Edital Pró-Saúde SFC. Esse edital, voltado para o fomento a pesquisas sobre a saúde da população predominantemente negra do município, tem três grandes linhas de pesquisa recomendadas:  determinantes sociais em saúde; saúde da população negra de SFC, e saúde ambiental.
 
Os projetos de pesquisa serão apoiados em até R $ 200 mil reais (linha 01); os projetos de ação – referência (pesquisas mais simples que resultem em dados sistematizados em atlas, mapas, dicionários, etc) serão apoiados em até R $ 75 mil reais (linha 02). Para as duas linhas estão previstas bolsas (IC, ICjr, Apoio Tecnico III e pesquisador local). Os projetos podem ser oriundos de qualquer área de conhecimento, desde que mantenham o foco na saúde da população local. No total, serão alocados R$ 2 milhoes de reais para o fomento. 
O edital estará aberto até 19.11.09 e pode ser consultado na íntegra no Portal FAPESB (http://www.fapesb.ba.gov.br/apoio/politica-publica/editais_tematicos/gestao-saude/edital_0262009).
Ficamos à disposição na FAPESB.
Cordialmente,
 
Lys Vinhaes
Assessora
DC - FAPESB
 
Lys Vinhaes
Diretoria Cientifica
Rua Aristides Novis, 203 - Colina de São Lázaro
Federação - Salvador - Bahia - Brasil
CEP: 40210-720
Tel: 55 [71] 3116-7642 / 3116-7630

Inscrições para audiência sobre cotas no STF estão abertas - DF

Os movimentos sociais terão a oportunidade de se manifestar sobre a instituição de cotas para o ingresso nas universidades. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski convocou audiência pública para ouvir a sociedade civil sobre o assunto. A audiência será de 3 a 5 de março de 2010, mas os interessados –especialistas em matéria de políticas de ação afirmativa no ensino superior– devem requerer a participação até o dia 30 de outubro pelo endereço eletrônico acaoafirmativa@stf.jus.br.

Na requisição, os interessados precisam explicar os pontos que pretendem defender e indicar o nome de seu representante. A relação dos inscritos habilitados será publicada no portal eletrônico do STF a partir de 13 de novembro.

O ministro Lewandowski é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, proposta pelo partido Democratas (DEM), que questiona a criação de cotas para negros na Universidade de Brasília (UnB).

Sarau Bem Black: colocando poesia e ritmo nas quartas do Pelô - BA

Depois da movimentação da estréia, o Sarau Bem Black segue com sua missão de se tornar o espaço da poesia divergente nas noites de quarta-feira do Pelourinho, no afrobaiano Sankofa African Bar. Semana passada, na segunda edição, alguns que estavam no primeiro dia se somaram a mais alguns que vieram conhecer a proposta de reunir quem gosta de ouvir e declamar poesia.
           
Os de casa fizeram o dever. Começando pelo DJ Joe, que ofereceu saborosas entradinhas de James Brown, deixando a galera com vontade de muito mais. Depois, Lázaro Erê e Dun Dun, que também ficaram só no aperitivo musical do Opanijé, já que a estrela da noite é a poesia. E Nelson Maca, que conduziu os trabalhos com a parceira Negra Íris, abrindo espaço para as contribuições de  Lucinha Black Power e Luiza Gata. O quarteto teve participação variada e ainda recebeu Robson Véio para a explosiva Calma, Rapaz, candidata a hit. O quinteto prometeu mais interação na próxima rodada.
           
Os convidados vieram do Bom Juá para mostrar o bonito trabalho de afirmação poética que fazem por lá: Iara Nascimento (que jurou que estava nervosa, mas não parecia) e o grupo Art’ Kizumba. Falaram de beleza, violência, negritude e mostraram  um pouco da visão de quem vive numa outra Salvador.
           
No final, microfone aberto para os corajosos. Os rappers Dun Dun e Xarope que já pegaram gosto e estão fazendo escola; a jornalista Sueide (que atacou de Língua, de Caetano Veloso);  Cleide, que sacou um poema esperto sobre cabelo e ainda  inscreveu a mãe... Teve muita gente na platéia que garantiu que vai voltar com o verso na ponta da língua Quarta tem mais...  

Sarau Bem Black leva poesia para as quartas do Pelourinho


Idealizado pelo coletivo Blackitude – Vozes Negras da Bahia, o Sarau Bem Black promove sua terceira edição nesta quarta (07/10), a partir das 18h, no Sankofa African Bar (Pelourinho). Com entrada gratuita, o projeto abre espaço para valorização da poética divergente, de artistas que lançam novos olhares para a arte e cultura na cidade. Já realizado nos dias 23/10 e 30/10, o sarau é conduzido pelo poeta e professor de literatura Nelson Maca, e pela cantora Negra Íris, do grupo de rap R.B.F – Rapaziada da Baixa Fria. Eles se alternam com os convidados e no final “abrem” o microfone para a contribuição da platéia. Nesta edição, o evento recebe o poeta Giovane Sobrevivente e o grupo Choque Cultural, da San Martin.

A programação tem início com a exibição dos filmes Vaguei nos livros....e me afundei na m .toda e Sarau da Cooperifa. (18h), ambos sobre literatura e poesia urbana e contemporânea. Ao longo do sarau, tem a discotecagem do DJ residente Joe, que desta vez mostra o repertório do músico nigeriano Fela Kuti, antes, durante e depois das intervenções poéticas, que começam às 20h.

“Nossa idéia é que o Sarau Bem Black sirva como um espaço aglutinador para quem gosta de ouvir e recitar poesia e também para aqueles que desejam conhecer outras vozes da poética baiana”, afirma Nelson Maca, idealizador do projeto. Ele chama atenção para o caráter democrático do sarau, que reserva um espaço para quem quiser mostrar seus versos. Na próxima semana, encerra suas atividades experimentais recebendo dois importantes nomes da poesia negra baiana e brasileira: Hamilton Borges Walê e Landê Onawale. Depois é buscar as condições necesárias para a sua continuidade.
Mais informações no blog www.saraubemblack.blogspot.com.


SERVIÇO

Evento: Sarau Bem Black
Quando: quarta-feira (07/10 e 14/10), a partir das 18h
Onde: Sankofa African Bar (Rua Frei Vicente, nº 7, Pelourinho)
Entrada franca. 
Assessoria de Imprensa: Ana Cristina Pereira (9176-5755)
Informações: Nelson Maca (3326-4620)


III Jornada de Estudos sobre Etnicidade de Pernambuco será de 4 a 6 de novembro na UFPE - PE

A III Jornada de Estudos sobre Etnicidade de Pernambuco acontece nos dias 4, 5 e 6 de novembro, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humana (CFCH), no Campus Recife da UFPE. A programação traz mesas-redondas, grupos de trabalho, fórum de pesquisas e mostra de filmes. A realização do evento é do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (Nepe), com promoção do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE.

A conferência de abertura será às 16h30 do dia 4, com o tema “Etnicidade Moderna e Pós-Moderna: sobre Políticas, Turismo e o Poder da Identidade”, com o professor Thomas H. Eriksen, da University of Oslo. No segundo dia da Jornada, a partir das 8h, estão programadas as mesas-redondas “Teorias da Etnicidade e a Produção Antropológica Contemporânea” e “Autonomias e Movimentos Étnicos”. Os grupos de trabalho também serão apresentados, além da mostra de filmes organizada pelo Laboratório de Antropologia Visual.

No dia 6, a partir das 8h, acontecem o Fórum de Discussão de Pesquisas sobre Etnicidade e as mesas-redondas “Quilombolas e a Construção de Identidades Sociais” e “Etnicidade e Debates sobre a Intolerância”. Fechando a programação, a plenária final apresentará as discussões dos grupos de trabalho.

Os interessados em participar da III Jornada de Estudos sobre Etnicidade de Pernambuco podem se inscrever através do e-mail nepe@ufpe.br, informando nome, CPF, instituição, curso, o grupo de trabalho que gostaria de participar e o resumo para o grupo de trabalho. O investimento é de R$ 10, que podem ser pagos no primeiro dia do evento.

O resumo para apresentação em um grupo de trabalho deve ter até 900 caracteres. Todos os resumos enviados serão publicados no caderno de resumos (com ISBN). O prazo vai até o dia 13 de outubro. É preciso informar o nome completo, filiação institucional, e-mail e telefone para contato. O resumo também pode ser enviado para o endereço secretaria.nepe@gmail.com.

Já para participar do Fórum de Pesquisas sobre Etnicidade, é preciso enviar um resumo e um expandido, com 900 e 9.000 caracteres, respectivamente, até o dia 13 de outubro. Serão selecionados apenas sete projetos de pesquisa para o debate do dia 6 de novembro. Os interessados devem enviar o material para o e-mail carmensllucia@gmail.com.

Outras informacões clique aqui
nepe@ufpe.br

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Convite a escrever sobre racismo no Brasil para o pambazuka news

O site pambazuka news [www.pambazuka.org] convida todos a enviarem textos sobre a realidade das relações raciais no Brasil bem como sobre a agenda do movimento negro Brasileiro.
O objetivo desta edição de novembro é de mostrar aos leitores africanos a falácia em torno do mito da democracia racial do Brasil, uma vez que essa ainda é a imagem que as relações internacionais do Brasil perpassam no exterior, principalmente nos países africanos.
Entendamos que a corrida do Brasil para África, neste momento, traduz, no fundo, o desejo de se consolidar como uma potência no mundo dos países emergentes, entretanto, se o Brasil não resolver sua questão racial que está no cerne do mito fundador deste país, a consumação de sua liderança continuará ameaçada.
O pambazuka news é uma organização panafricana sem fins lucrativos, que tem um público leitor em torno de 600 mil assinantes em todo o mundo, e é pubicado periodicamente em inglês, françês e português.
Solicitamos textos de ativistas do movimento negro, de analistas políticos, acadêmicos, jornalistas e demais interessados.
Tema: Brasil – bastião do racismo contemporâneo
prazo do envio- até 8 ou 10 de novembro
tamanho – de 3 a 5 páginas
enviar para:
Alexandra Gomes Nunes
editora do site em língua portuguesa
alyxandragomes@ gmail.com ou alyxandragomes@ yahoo.com. Br
divulgação no site pambazuka news e toda África lusófona, bem como existe a possibilidade de tradução para o inglês e francês.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Feministas realizam um "cabelaço" em protesto contra o racismo - BA

Diante do caso de racismo ocorrido abaixo - infelizmente, mais um, -feministas de Salvador resolveram protestar e reivindicar o respeito aos direitos de homens e mulheres negros.
Será realizado um "Cabelaço" hoje, 05.10.2009, às 17 horas, em frente ao Ondina Apart Hotel, em Ondina.
Compareça e contribua no movimento de repúdio público ao racismo.

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Isso que vocês vão ler aí embaixo aconteceu ontem, sábado, 26, véspera da festa tão alegre de Cosme e Damião, aqui em Salvador, com nossa amiga Isabel. Estou repassando a mensagem que ela me enviou. Ao contrário do que canta Gerônimo, nesta cidade  nem todo mundo é D'Oxum. Somos mesmo uma cidade negra, mas, infelizmente, ainda, e muito, racista.  Pra quem não sabe, o email de Bel é isabel.riber@ gmail.com. Agora, leiam e pensem o que podemos fazer pra que esta história possa servir pra mostrar  o quanto esse racismo que  escondemos ainda maltrata tanto nossos irmãos...



Aconteceu ontem, sábado, no Ondina Apart Hotel: estávamos eu, Isabel Ribeiro, Maria Lúcia Silva e Maria Helena Santos, ambas psicológas do Instituto Amma Psique, São Paulo, numa reunião de trabalho, no restaurante do referido hotel. Já estávamos de saída quando uma mulher branca acompanhada de um homem começou a falar em alto e bom som o quanto achava nojento e o quanto detestava o meu cabelo. Voltei, perguntei se falava comigo, e ela respondeu: "É com voce mesmo", repetindo tudo com raiva. Nessa altura, Lúcia e Helena, que estavam um pouco à frente, voltaram pra perguntar o que acontecia. Expliquei e, diante da perplexidade delas, a mulher repetiu mais uma vez, dessa vez acrescentando: "E saiam daqui!". Bom, esse é o resumo do evento. Fomos para a delegacia, fizemos Boletim de Ocorrencia, e a audiencia está marcada para domingo, dia 4 de outubro, às 15h.

Diante do acontecido, fico pensando no tamanho do mal que enfrentamos cotidianamente e da forma com que tentamos nos proteger. A informação que essa mulher traz é o lixo racista acumulado embaixo/em cima desta cidade. Fizemos o que tinha que ser feito. Reagimos! Acionamos a Lei. Eu espero que esse ato possa ajudar a municiar outras pessoas e que tenha um significado maior... essa dor que nos é impingida... .

Isabel Ribeiro - isabel.riber@ gmail.com

1º Colóquio sobre África e Afrobrasilidade - BA

NÚCLEO DE ANTROPOLOGIA DA IMAGEM E PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

FACULDADE DA CIDADE DO SALVADOR

1º COLÓQUIO SOBRE ÁFRICA E AFRO-BRASILIDADE

Dias 05, 06 e 07 de novembro de 2009

APRESENTAÇÃO

Desde 2007, o Núcleo de Antropologia da Imagem e Produção Audiovisual da Faculdade da Cidade do Salvador vem promovendo eventos que trazem à tona o problema das relações raciais no Brasil, a exemplo do Seminário sobre Diversidade Cultural e Política de Cotas Raciais, realizado no curso de Administração de Empresas e a da Primeira e Segunda   Semana da Consciência Negra realizadas no curso de Pedagogia.

O presente Colóquio tem caráter interdisciplinar, pois torna-se necessário para dar conta dos novos paradigmas instituídos, com a finalidade de atender as demandas do legado africano e suas imbricações, assim como reconhecer o percurso do afro-descendente no Brasil, entendendo que, suas conquistas em relação ao Direito, a Educação e a valorização da Cultura aconteceram  devido a sua resistência e lutas. O encontro pretende ouvir durante três dias professores, advogados, jornalistas, administradores, pesquisadores e outros profissionais que atuem nesta área do conhecimento.

JUSTIFICATIVA

O Projeto está inserido em um programa maior da Faculdade da Cidade, que tem a responsabilidade social como vértice de todas as suas ações e neste sentido atua como parceira do Município de Salvador, sobretudo, na revitalização do bairro do Comércio.

Dentro deste pressuposto, o Programa de Responsabilidade Social da Faculdade da Cidade do Salvador visa promover, apoiar e incentivar a inclusão social e a cidadania, que na Faculdade são parâmetros balizadores de todas as suas atividades acadêmicas.

Desse modo, o projeto tem por finalidade elaborar estratégias que oportunizem a instituição conhecer e estimular a emergência de novos temas e perspectivas de abordagens sobre questões atinentes às populações negras no Brasil em geral e na Bahia em particular. Com a institucionalização do Núcleo de Antropologia da Imagem e Produção Audiovisual como grupo de pesquisa da FTC no ano de 2009, foi aberta a possibilidade de estimular pesquisas e trabalhos de conclusão de curso que explorem o problema das relações raciais e da história e  cultura  afro-brasileira em Salvador.

OBJETIVOS
Reunir pesquisadores, estudantes e professores para dialogarem sobre as culturas negras na Bahia, buscando mapear e entender as suas trajetórias histórico-culturais.
Sensibilizar os estudantes, da Faculdade da Cidade e demais participantes, quanto à importância do conhecimento e valorização das culturas negras, por fazer parte da nossa história e também da nossa formação enquanto povo.

ORAGANIZADORES DO EVENTO: Ana Barbara Sousa, Helyon Viana e Sandra Oliveira.

PARTICIPANTES  DO EVENTO ( Confirmados até  03/10/2009).
Anselmo Santos - Formado em Secretariado Executivo  – UFBA. Mestre em Educação Contemporânea- UNEB- Representante do Terreiro Mokambo
Ana Barbara Sousa - Graduada em Licenciatura e bacharelado em Letras Vernáculas –UFBA.  Pesquisadora de História da África e Afro-brasilidade - CEAO-UFBA. Graduanda do 5º Semestre- Direito- Faculdade da Cidade
Carla Maria Ferreira Sousa -  Graduada em Licenciatura no curso de  Letras Vernáculas –UFBA. Pesquisadora de História da Àfrica e afro-brasilidade - CEAO-UFBA
Mestra. 
Cleidiana Ramos - Jornalista de ATARDE- Mestranda em estudos contemporâneos.
Mestra Cristiane  Copiks - coordenadora da FAPS.
Gilmar Tavares - Artista Plástico, Representante do 
Ms.  Helyon  Viana - Antropólogo
José Welton Ferreira Junior - Professor de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa Pesquisador de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa UFBA- Etinicidades
Drª. Luslinda Valois – A primeira Juíza Negra do Brasil.
Mestra Lauzalinda  Silva - Pedagoga
Maria de Fátima de Ribeiro Maia - Professora Doutora Comuinicação e Cultura Contemporânea UFBA. Professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa
Mestre Marlon Marcos - Formação: jornalista e antropólogo. Pesquisador das religiões de matriz africana no Brasil. Pesquisador da Música Popular Brasileira em suas identidades e identificações culturais.
Makota Valdina Pinto - Mestra de Saberes, Conselheira do Município de Salvador, Representante do Terreiro Tanurí Junçara.
Murilo Alves - Graduando do 5º semestre do Curso de Direito da Faculdade da Cidade.
Olivia Santana - vereadora, reeleita nas eleições de outubro de 2008 para a Câmara de Vereadores de Salvador, pelo PCdoB. Ex-secretária de Educação e Cultura de Salvador, atual presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal. Militante do movimento negro, das mulheres, dos direitos humanos e defensora da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade nos ensinos fundamental, médio e universitário.
Sandra Oliveira - Professora, Graduanda em Pedagogia da Faculdade da Cidade
Thiago Pedreira – Graduando de Direito da Faculdade da Cidade.
Ubiratan de Castro - Possui graduação em História pela Universidade Católica do Salvador (1970), graduação em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1971), mestrado em História - Université de Paris X, Nanterre (1973) e doutorado em História - Universite de Paris IV (Paris-Sorbonne) (1992). Atualmente é diretor geral da Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: Bahia, negros, colonização e Brasil.

Colaboradores: Monitores: Cristiane Rocha, Emerson Benes, Patrícia Araujo, Indianara, Derval Freire,

domingo, 4 de outubro de 2009

Audiência Pública “Onde estão os Negros no Mercado de Trabalho?” acontece nesta quarta-feira, dia 07 - BA

Nesta quarta-feira, dia 7, acontece no Centro Cultural da Câmara,às 9h, audiência pública para debater sobre o negro no mercado de trabalho.
A campanha proposta Pelo Atitude Quilombola, no Seminário “Onde estão os Negros no Mercado de Trabalho,” realizada no último 13 de, objetiva combater o racismo no mercado de trabalho.
O Fórum de Combate a Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho articula ações com o Movimento Negro e Sindical.

sábado, 3 de outubro de 2009

V Seminário do Povo de Santo “Acredito no Orixá” - BA

A Federação Nacional do Culto Afro - Coordenadoria de Lauro de Freitas promove o V Seminário do Povo de Santo “Acredito no Orixá”, no dia 9 (sexta-feira), às 8h, no Centro de Referência da Cultura Afro Brasileira, em Portão. O evento conta apoio da Superintendência de Promoção da Igualdade Racial (SUPIR). O tema deste ano, Tradição, Hierarquia, Ética, os  Alicerces da Nossa Religião, busca discutir e fortalecer os aspectos litúrgicos do candomblé, fortalecendo a ética, a hierarquia e o aprimoramento religioso. Durante o seminário serão homenageadas personalidades religiosas e do movimento negro organizado que lutam para a preservação e manutenção desta religião. Outras informações pelos telefones (71) 8876-6832 / (71) 8708-8138 / (71) 8811-9527 ou na sede da FENACAB localizado no Centro de Referência da Cultura Afro Brasileira - Prédio da SUPPIR.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Escravidão. Um passado que assombra o presente

A Tarde - Municípios
Publicada: 30/09/2009  |  Atualizada: 30/09/2009
Sylvio Quadros

A Bahia do presente é o estado brasileiro que sofreu maior influência da escravidão do passado. A presença do escravo africano condicionou modos de vida, influenciou a música, enriqueceu a culinária e ajudou a moldar uma cultura própria - à base de lutas e conquistas.
Mas a prática do trabalho forçado, abolida em lei há 121 anos, ainda não é página virada nos capítulos de História: de acordo com dados atualizados da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, somente este ano 193 trabalhadores foram resgatados na Bahia em decorrência de três operações realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do ministério. O número já supera em 90 os resgates realizados durante todo o ano anterior.
Desde 2003, auditores fiscais do MTE, por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE-BA), já fiscalizaram 63 pontos no estado. Na semana passada, uma ação fiscal numa fazenda de algodão no município de Sebastião Laranjeiras, sudoeste da Bahia, revelou nova irregularidade: 70 adultos, além de uma criança e um adolescente, viviam em condições análogas a de escravos. A operação, iniciada em 4 de setembro, constatou salários e cargas de trabalho abusivos: para arrecadar R$12 por dia de serviço, estas pessoas – descalças e sem direito a água potável, instalações sanitárias ou abrigos – trabalhavam cerca de dez horas diárias na colheita.
Não se trata de uma ocorrência atípica. No final de agosto, a SRTE-BA havia localizado 30 pessoas em condições semelhantes vivendo numa fazenda da zona rural de Jaborandi, no oeste do estado. A região lidera o número de ocorrências por ter sido a última fronteira agrícola aberta na Bahia, com a expansão das lavouras e a derrubada das matas.
O caso, que pode levar os donos da terra a responder por exploração de mão-de-obra escrava, foi encaminhado ao Ministério Público Federal – e deverá engrossar as cifras de pagamento de indenização, que, este ano, já geraram R$ 24.201,31 no estado em decorrência de 60 autos de infração, segundo informou a assessoria de comunicação do MTE.
Para impedir fugas, as correntes de ferro do passado foram substituídas por métodos não menos antiquados e brutais. Aliado ao uso da violência, um sistema de endividamento ajuda a manter os trabalhadores presos à terra. É um caminho sem volta. Residentes em sua maioria de zonas urbanas pobres, essas pessoas são aliciadas por empreiteiros, os chamados "gatos", na promessa de uma vida melhor no campo. Longe da cidade e da família, elas descobrem, já na mata, que devem uma alta quantia por transporte e alimentação. Como recebem pouco dinheiro, nunca conseguem quitar a dívida e sair da propriedade.
"A técnica pode ser diferente, mas o objetivo deles é sempre o mesmo. Eles tiram a tua liberdade e te exploram até o limite das forças", diz um ex-trabalhador de Goiás libertado no oeste baiano. À época, ele e mais vinte pessoas receberam a guia de seguro desemprego como benefício.

Oeste baiano maior número de denúncias
No controle de 14 agências e 7 gerências no estado, a Superintendente Regional do Trabalho e Emprego na Bahia, Norma Pereira, atribui prioridade máxima à fiscalização. "Assim que recebemos alguma informação, auditores fiscais, junto à polícia federal, são imediatamente encaminhados ao local", afirma ela. Na maioria dos casos, a ilegalidade é descoberta por meio de grupos móveis do ministério ou de trabalhadores que procuraram o órgão.
Segundo a superintendente, o maior número de casos está ligado ao setor agropecuário no oeste baiano. "São pessoas que recebem menos de um salário mínimo. A alimentação costuma ser vendida e descontada no pagamento", detalha. Após o resgate, a Superintendência autua a empresa e garante, com cálculo de rescisão trabalhista, o direito a três parcelas de seguro-desemprego. "Na última operação, os trabalhadores libertados choraram, emocionados", relata Norma. Na semana passada, um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA revelou que o Brasil está entre os seis países do mundo com maior índice de trabalho infantil e escravo. O levantamento norte-americano aponta 13 setores da economia brasileira com este tipo de mão-de-obra, como em culturas de cana-de-açúcar e algodão, na indústria ilegal de carvão ou mesmo na criação de gado.
Procurada pela Tribuna da Bahia, o Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, informou por meio de sua assessoria de imprensa que não emitirá qualquer posicionamento sobre relatórios internacionais, uma vez que o assunto diz respeito ao Itamaraty.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Reunião do Mapeamento de Iniciativas de Igualdade Racial na Região Nordeste - BA

Na próxima sexta-feira, dia 02/10, o CEAFRO em parceria com a Fundação Kellogg, realiza o último encontro do projeto Mapeamento de Iniciativas de Igualdade Racial na Região Nordeste. O encontro será realizado na sede do CEAO, Largo Dois de Julho e tem como objetivo identificar as principais iniciativas do Movimento Negro para o combate ao racismo e promoção da igualdade. Desde o dia 21/10 estamos encontrando fóruns, articulações, iniciativas governamentais e núcleos acadêmicos.
 
Para a atividade dessa sexta estamos convidando todas as organizações do Movimento Negro, incluindo grupos de capoeira, terreiros, grupos de hip-hop, além das organizações que não puderam comparecer nas datas anteriores. Pedimos, também, que os movimentos tragam publicações e materiais de divulgação para socialização com o grupo. É muito importante que vocês participem e divulguem esse comunicado para as listas.
 
Atenciosamente,
 
Maria Nazaré Mota de Lima
Coordenadora-Adjunta
CEAFRO

O quê:  Mapeamento de Iniciativas de Igualdade Racial
Onde: Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), Largo Dois de Julho.
Quando: Sexta, 02/10, 18h
 

27 de Outubro- Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra

A XII Conferência Nacional de Saúde, realizada em final de 2003, foi um marco para a população negra pois em seu relatório final apresentava mais de 70 deliberações que contemplava a perspectiva racial e de gênero.
 
Em agosto de 2004, foi realizado o I Seminário Nacional Saúde da População Negra pelo Ministério da Saúde em parceria com a SEPPIR/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Durante o seminário, o Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Ministério da Saúde foi instituído oficialmente, tendo como função assessorar o Ministério da Saúde na elaboração e desenvolvimento de políticas, programas e ações voltadas para a adequação do SUS às necessidades da população negra.
 
Na eleição de 2006, o movimento negro conquista uma vaga no Conselho Nacional de Saúde,  e em novembro do mesmo ano é aprovada a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra(PNSIPN), por unanimidade, pelo referido Conselho, fruto de mais uma estratégia bem sucedida do movimento negro e do movimento de mulheres negras no campo da saúde. Os esforços no sentido de dar continuidade a luta que visavam manter a Saúde da População Negra na agenda das políticas públicas foi fundamental para que em abril de 2008 a PNSIPN fosse pactuada na CIT/Comissão Intergestores Tripartite..
 
Ainda em 2008 o sumiço dos recursos da saúde da população negra foi denunciado pelo Movimento Negro mobilizando ativistas e mostrando que ainda temos de ficar atentos às tomadas de decisões. No primeiro semestre de 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra foi publicada em Diário Oficial, mas certamente ainda temos que continuar trabalhando para a redução das iniqüidades em saúde e garantir o direito humano à  saúde para todas e todos nós..
 
Foi pensando nisso que as organizações negras elegeram o dia 27 de Outubro para marcar o Dia Nacional de Mobilização Pró- Saúde da População Negra, realizando uma série de atividades por todo o país. Esse é um compromisso de ativistas, pesquisadores, gestores e profissionais de saúde comprometidos com a causa, lideranças do movimento negro, mulheres negras, afro-religiosos e organizações anti-racista e de direitos humanos que acreditam que RACISMO FAZ MAL À SAÜDE.
 
Comece a pensar em uma atividade na sua cidade, no seu bairro, no seu terreiro, na sua igreja, na roda entre amigos, na sua organização ou comunidade ou na sua rádio comunitária. Convide os gestores, profissionais de saúde, conselheiros de saúde e conselheiros de promoção da igualdade racial pra conversar sobre o tema.
 
Utilize sua criatividade. Caso necessite mais informações faça contato conosco.
 
27 de Outubro - Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra
 
RACISMO FAZ MAL  À SAÚDE