Inaugurada a exposição “Sonhos e Utopias dos Artistas do Brasil pela Liberdade”
Dia 23 de outubro durante comemoração, aberta ao público,
será anunciada oficialmente a qualificação da entidade como
Organização Social de Cultura
e a abertura da mostra sobre saudação aos orixás: Oriki In Corpore
será anunciada oficialmente a qualificação da entidade como
Organização Social de Cultura
e a abertura da mostra sobre saudação aos orixás: Oriki In Corpore
Programação Comemorativa Museu Afro Brasil – 5 anos
Abertura: 23/10/2009 – às 19h
Exposição: Sonhos e Utopias dos Artistas do Brasil pela Liberdade
Exposição: Oriki In Corpore
Exposição: Oriki In Corpore
São Paulo - No próximo dia 23 de outubro, data em que completa cinco anos de fundação, o Museu Afro Brasil apresentará uma programação comemorativa, que inclui a abertura de duas mostras inéditas: Sonhos e Utopias dos Artistas do Brasil pela Liberdade, com obras de diversos artistas brasileiros que serão doadas ao Museu da Solidariedade Salvador Allende (Santiago do Chile); e a instalação musical Oriki In Corpore, de Iara Rennó e Silvana Olivieri.
O Diretor-curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo, receberá convidados para o anúncio da celebração do Contrato de Gestão com o Governo do Estado de São Paulo, que transforma a instituição em um equipamento público estadual. O contrato de gestão assinado, em junho deste ano, através da Secretaria de Estado de Cultura, qualifica o museu como Organização Social de Cultura, garantindo recursos para o funcionamento da instituição.
Hoje o MAB mantém um acervo de 5 mil obras e uma biblioteca com mais de 6.800 publicações referentes a história, arte e cultura do negro no Brasil. Atualmente quatro exposições simultâneas ocupam os três pavimentos do edifício localizado no Parque Ibirapuera: “Deoscoredes Maximiliano dos Santos – O Escultor do Sagrado”, homenagem aos 90 anos do Mestre Didi”; “Formas e Pulos – O Saci no Imaginário”; “Os Mágicos Olhos das Américas” (até 6/12/2009) e “Picha – O Universo das Histórias em Quadrinhos Africanas” (até 08/11/2009).
Programação Comemorativa
Sonhos e Utopias dos Artistas do Brasil pela Liberdade – homenageia o bicentenário de independência do Chile e tem a curadoria de Emanoel Araujo, a mostra reúne 81 obras de 71 artistas, maioria brasileiros, que serão doadas para o Museo de la Solidaridad Salvador Allende, da Fundação Salvador Allende (Santiago do Chile). A doação dos artistas do Brasil é liderada pela dama da pintura brasileira Tomie Ohtake, cuja grande tela branca tem o significado subjetivo da paz e da união de todos os outros artistas doadores. “Consciente que a arte nacional seja mais representativa no acervo do Museu da Solidariedade, desse país irmão, digo em nome dos artistas brasileiros, que esta doação tem muitos significados. Como porta-voz e iniciador desta campanha digo que somos a favor da liberdade política, social, artística e cultural na América do Sul e que temos sim um compromisso de estarmos unidos como continente astral e presentes na hegemonia do mundo, livres, conscientemente, livres”, disse Emanoel.
Entre os artistas brasileiros doadores, com obras na mostra estão Antonio Henrique Amaral, Carmela Gross, Claudio Tozzi, Dias Sardenberg, Emanoel Araujo, Hercules Barsotti, Mario Cravo Neto, Nelson Leirner, Newton Mesquita, Siron Franco, Tomie Ohtake e Walter Firmo...
A idéia de montar “Sonhos e Utopias dos Artistas do Brasil pela Liberdade” é de Emanoel Araujo que está envolvido neste projeto desde 2004, quando foi indicado pelo ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, a Izabel Allende, para assinar o projeto museográfico da futura sede do Museu da Solidariedade. Emanoel conta que ao chegar no Chile teve um grande surpresa. “Vi o acervo espetacular exposto num velho e espaçoso prédio colonial na Calle Herrera, um edifício de dois magníficos andares e um grande pátio central típico da arquitetura espanhola e com alguns graves danos causados pelo último terremoto do Chile”, conta.
O Museu da Solidariedade foi fundado em 17 de maio de 1972, pelo presidente Salvador Allende, atendendo a uma idéia do crítico de arte José Maria Moreno Gálvan, que queria convocar a solidariedade de artistas de todo o mundo para doarem suas obras em apoio ao processo político que lutava pela independência do país. Para concretizar a proposta, Allende contou com o trabalho do crítico de arte brasileiro, Mario Pedrosa, asilado político naquele País, Pedro Miras e o pintor José Balmes. O projeto ganhou adesão de artistas de várias partes do mundo, inclusive do Brasil. Em 11 de setembro de 1973 Allende foi deposto, mas o processo não só continuou, como destacados artistas continuaram doando suas obras para a formação do museu.
Quando Emanoel visitou pela primeira vez as antigas instalações ficou impressionado com a grande representação latino americana. Uma placa comemorativa informava a Galeria Mário Pedrosa com uma relação de nomes de alguns artistas brasileiros que haviam doado obras, através da Embaixada do Chile em Paris. Na lista haviam artistas como Lygia Clark, Frans Krajcberg, Sérgio Camargo, Sérvulo Esmeraldo, Flavio Shiró, Arthur Luiz Piza e gravuras de Antonio Henrique Amaral, Cláudio Tozzi e Ubirajara Ribeiro. “Me foi mostrada uma grande relação de doadores brasileiros, entretanto essa grande doação nunca chegou ao Chile. Talvez devido ao regime da ditadura militar que vivíamos. A verdade é que ninguém sabe o que foi feito daquela doação dos nossos artistas”.
Em 2007, em parceria com a Imprensa Oficial do Estado e o Sistema FIESP, Emanoel Araújo trouxe para o Brasil o acervo do Museu da Solidariedade, com obras de renomados artistas internacionais que integram o significativo patrimônio cultural chileno. As obras foram expostas na Galeria de Arte do SESI, em São Paulo.
Exposição Oriki In Corpore traz para o Museu Afro Brasil saudação aos Orixás em instalação musical - Montagem criada a partir do álbum ORI OKAN ORIKI, de Iara Rennó, que criou e produziu canções com textos de orikis de orixás, em sua maioria encontrados no livro Oriki Orixá, do poeta e antropólogo Antônio Risério. O disco tem lançamento previsto para 2010. A realização de todo o trabalho se deu graças ao suporte do Prêmio Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2008 (Minc – Funarte). Orikis são versos, frases ou poemas da tradição oral Iorubá que saúdam um ser ou objeto, referindo-se a suas origens, qualidades e ancestralidade, ou narrando seus grandes feitos. Nesse caso, o foco são os orikis de orixás. A idéia geral do projeto da instalação é sair da manifestação figurativa e literal, explorando a criação de ambientes que possibilitem uma apreensão através dos sentidos, como olfato, visão (cores, luzes em movimento sincronizado, projeção de imagens em movimento), tato (chão de terra, texturas dos materiais, vibração de motores, variação de temperatura, vento), audição (as músicas, dinâmica do volume da música etc). O projeto tem concepção de Iara Rennó e da artista visual Silvana Olivieri, contando com a colaboração de Viviane Kiritani, além de Marcondes Dourado na criação dos vídeos.
Oriki é uma junção de termos da língua iorubá, ori (cabeça) e ki (saudar), ou seja, saudação à cabeça. A montagem é apresentada por doze instalações musicais todas com referência aos orixás mais conhecidos: Exu – ENCRUZILHADA 4 projeções de vídeo cruzadas de imagens de corpos em movimento; música ambiente mas não contínua – a música pára, volta, recomeça de outro ponto, brincando com a temporalidade; Ogum – ITINERANTE - kombi enferrujada com faróis acesos, entra-se no carro pra ouvir a música, onde uma caixa de sub grave faz a vibração no corpo ser mais forte tv mostrando o movimento do automóvel ; Oxóssi – TRAVESSIA - escoras de madeira do teto ao chão, é preciso fazer o corpo desviar-se e atravessa-las par se chegar aos fones de ouvido e ouvir a música luz verde densa em todo o ambiente da instalação; Ossain – IMERSÃO tina de madeira cheia de folhas secas, ervas etc. O visitante entra para escutar a música nos fones; Xangô – INCANDESCÊNCIA - cadeiras (“tronos”) sobre plataformas facho de luz ambar sobre cada cadeira emitindo calor direto no centro da cabeça música em headphones ; Iansã – TURBILHÃO - câmera fechada com luz vermelha, luz estroboscópica que de vez em quando pisca e ventiladores dispostos nas paredes gerando vento cruzado música ambiente ; Oxum – REFLEXO - túnel/ passarela de acrílico espelhado no chão paredes e teto (a imagem de si sobre a imagem do outro); Oxumaré – FURTACOR - urdidura de fios de diferentes materiais brilhantes (missangas, lantejolas) caindo do teto ao chão com iluminação colorida música em headphones pendurados; Omolu – COBERTURA - nichos feitos de papelão e feltro, como pequenas cabanas que a pessoa entra, só um corpo por vez (corpo escondido) música em pequenos falantes ; Nanã – GRAVIDADE - móveis e objetos usados pendurados no teto sobre as cabeças, criando mais ou menos uma impressão de gruta, onde as pessoas têm que se curvar par entrar e escutar o som que sai de pequenos falantes chão de terra ; Iemanjá – ENREDAMENTO - uma grande rede onde as pessoas são fisgadas para ouvir a música através de fones a idéia é ter uma projeção em vídeo de fundo do mar no teto, mas que talvez não fique pronta para essa montagem; Oxalá – CRIAÇÃO grande parede branca e iluminada a ser eventualmente apropriada pelo público com desenhos e escritos. música em headfones sem fio.
Iara Rennó, cantora, compositora, produtora e idealizadora do projeto, tem experiência na musicalização de textos dando-lhes um tratamento musical próprio e contemporâneo – como se pode ver notadamente em seu disco Macunaíma Ópera Tupi, lançado em 2008 com o patrocínio da Petrobras. Feito exclusivamente a partir de trechos do livro de Mário de Andrade, sobre a formação de uma identidade essencialmente nacional, o disco emprega linguagens musicais diversas e está esteticamente conectado às inquietações do universo da música produzida hoje, para hoje e sempre. De modo semelhante, Iara compôs e trabalhou as canções inspiradas pelos orikis no disco ORI OKAN ORIKI, investigando ainda mais fundo a raiz negra na formação da cultura brasileira.
Silvana Olivieri, artista visual, curadora, arquiteta urbanista formada pela USP e Mestre em urbanismo pela UFBA, é ganhadora em 2009 do VI Prêmio Brasileiro “Política e Planejamento Urbano e Regional” com a dissertação de mestrado “Quando o cinema vira urbanismo: o documentário como ferramenta de abordagem da cidade”. Como artista, entre outros trabalhos, colaborou na concepção e realização do “Studio Butterfly”, instalação selecionada para a 27a Bienal de São Paulo, em 2006, e em 2007 apresentou a vídeo-instalação “Faille” no Centro de Artes La Chambre Blanche, em Québec, Canadá.
Serviço – Museu Afro Brasil
Museu Afro Brasil - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Parque Ibirapuera
Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 17h, com permanência até 18h
Informações e agendamento de grupos: Tel 5579.0593 (Grupos só terão acesso acompanhados por educadores do Museu)
Estacionamento: Portão 3 (Zona Azul)
Entrada: Grátis
Realização
Secretaria de Estado da Cultura – Governo de São Paulo
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura
Data: quarta-feira, 21 de outubro de 2009 18:15
Assunto: MUSEU AFRO BRASIL COMPLETA 5 ANOS E COMEMORA COM A ABERTURA DE DUAS EXPOSIÇÕES - DIA 23 DE OUTUBRO EM SP
Aguardamos a presença de todos vocês!!!
Abs
Claudia Alexandre
Assessoria de Comunicação
Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Portão 10
Pq. Ibirapuera
Fone: 11 5579-0593 // Cel. 11. 7881-2688 (ID 86*201-11)
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